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EXAME FÍSICO EM FISIOTERAPIA Disciplina: MTAF- Métodos e Técnicas de Avaliação Fisioterapêutica Profa. Responsável: Hellyangela Bertalha Blascovich (hellybertalha@hotmail.com) INSPEÇÃO PALPAÇÃO PERCUSSÃO AUSCULTA MOBILIZAÇÃO EXAME FÍSICO • Utilizado para confirmar ou refutar a hipótese diagnóstica : ANAMNESE. • INÍCIO: Momento que o paciente se encaminha a sala de avaliação; • Deve informar ao paciente o que você está fazendo; • Consentimento Informado; • Como proceder: • Testar primeiro lado normal (não envolvido); • Seguir a sequência: MOVIMENTO ATIVO -> MOVIMENTO PASSIVO -> MOVIMENTO RESISTIDO • Informar de possível exacerbação • Ética ATENÇÃO: CONDIÇÃO ARTICULAR: IRRITÁVEL/AGUDA • OBJETIVO: Coletar informações sobre defeitos visíveis, déficits funcionais e anormalidades de alinhamento; • Observar postura, marcha, atitudes, comportamento que gere dor; - Ocorre de forma global e localizada; - Observar em várias posições e fazer comparações bilaterais (simetria). - Ex: Cor da pele; cicatrizes, calosidades, edema, tipo de tórax, etc.. INSPEÇÃO/OBSERVAÇÃO PALPAÇÃO - Importante técnica de avaliação; - Tocar com as mãos o local a ser examinado; - Área a ser palpada deve estar desnuda; - Requer conhecimento anatômico prévio; - Palpar proeminências ósseas e tecidos moles em questão; - Iniciar com palpação leve e depois, se necessário, aprofundar; - Palpar áreas dolorosas por último; - O que pode ser avaliado? - Tensão e textura do tecido, tônus muscular, espessamento tecidual, edema, temperatura, sensibilidade, presença de pulso e continuidade das estruturas anatômicas. Enxergar com as mãos • Dígito-pressão • Dorso da mão e dedos • Pinça com polegar e indicador • Mão espalmada • Polpas digitais TÉCNICAS DE PALPAÇÃO PERCUSSÃO • Percutir: • Som emitido (Maciço; submaciço; timpânico, som claro) • Resistência oferecida • Técnica: • Direta • Dígito-digital • Punho-percussão • Piparote SONS DA PERCUSSÃO • Maciço: Obtém-se percutindo regiões desprovidas de ar. • Ex: músculo, fígado, coração. • Submaciço: órgãos onde há presença de ar, porém em pequenas quantidades. • Ex: Baço. • Timpânico: é obtido em regiões que contenham grandes quantidades de ar. • Ex. Estômago. • Claro pulmonar: Obtém-se quando percute especificamente os pulmões. • Método de exploração funcional que tem por objetivo identificar os sons normais e/ou patológicos que ocorrem no interior dos pulmões durante a ventilação. • Uso do Estetoscópio • Pedir ao paciente que realize inspirações e expirações profundas com a boca aberta; • Deve-se realizar uma comparação entre duas regiões simétricas do hemitórax; • Não realizar por cima da roupa; • Áreas de ausculta: • Pulmão • Coração • Abdômen AUSCULTA Pulmonar COMO REALIZAR AUSCULTA Cardíaca COMO REALIZAR AUSCULTA - Exame das articulações específicas. - Exame sistemático - Confirma ou não um diagnóstico. - Cuidado com articulações em processo inflamatório. - COMO REALIZAR: ✓Mobilização Ativa ✓Mobilização Passiva • Princípios a serem seguidos na mobilização: • 1º realizar mob. na seguinte sequência: ativo – passivo – ativo-resistido • Realizar bilateralmente (lado não comprometido é testado primeiro) – padrão • Mov. Dolorosos devem ser feitos por último. • Observar ADM (goniômetria) MOBILIZAÇÃO MOBILIZAÇÃO ATIVA MOBILIZAÇÃO PASSIVA • Quando e qual o local que ocorre dor? • Qual o arco de mov. que ocorre os sintomas? • Se o mov. Ativo aumenta a intensidade da dor? • Qual a Reação do paciente (expressão de dor)? • Mov. Está Restrito ou tem compensações de movimentos? • Ritmo e qualidade do movimento? • Tem Limitação funcional? • Sente dor, quando e aonde ocorre? • Limitações de movimento? MOBILIZAÇÃO ATIVO-RESISTIDO • A contração causa dor? Qual intensidade? Localização? • Qual Força de contração? • Nessa contração o paciente deve ter nível 3 a 5, se for menor que 3 deve-se utilizar os testes específicos de prova muscular. •Teste muscular manual • Método subjetivo e prático, com grande utilidade na prática clínica. • Como realizar: • Palpar cada músculo; • Estabilizar o segmento proximal; • Evitar compensações; • O paciente não deve sentir dor durante o teste. FORÇA MUSCULAR Como posso realizar? FORÇA MUSCULAR FORÇA MUSCULAR AUSENTE NORMAL BOA MINÍMA FRACA REGULAR GRAU DA FORÇA MUSCULAR AVALIAÇÃO FUNCIONAL • Representa uma mensuração da capacidade de realização de tarefa do corpo inteiro; • Demonstra se um comprometimento isolado afeta a capacidade do paciente de realizar as AVD´s; AIVD´s; atividades laborativas; esportivas e recreativas. • Auxilia o fisioterapeuta estabelecer o que é importante, as prioridades e as expectativas do paciente; O EFEITO DA LESÃO SOBRE A VIDA DO PACIENTE, AS ATIVIDADES QUE PRODUZEM SINTOMAS, QUE SÃO RESTRINGIDAS PELOS SINTOMAS E OS FATORES (FORÇA, POTÊNCIA, FLEXIBILIDADE) • Tabela CIF (Classificação Internacional de Funcionalidade, incapacidade e saúde) TESTES CLÍNICOS ESPECÍFICOS • Complementam a avaliação da articulação alterada; • Faz um diagnóstico diferencial ou confirma o diagnóstico inicial; • Utilizado para diferenciar estruturas ou entender sinais incomuns da articulação; • Chamados também de testes provocativos, estruturais ou acessórios; • O teste positivo não é diagnóstico por si próprio, mas sim é uma avaliação biomecânica importante a ser usada como parte de uma avaliação clínica completa. • Contra indicação: ✓Dor severa e aguda ✓Doença óssea ✓Instabilidade ✓Osteoporose ✓Fratura ✓Se você não sabe interpreta SINAIS VITAIS • São indicadores das condições de saúde do indivíduo revelando o seu estado geral. • TEMPERATURA (C°) • PULSO – FREQUÊNCIA CARDÍACA (bpm) • PRESSÃO ARTERIAL (mmHg) • FREQUÊNCIA RESPIRATÓRIA (ipm/rpm) DOR DIRETRIZES PARA AFERIÇÃO • Conhecer a variação normal do paciente avaliando individualmente; • Tentar controlar os fatores ambientais que possam influenciar; • Conhecer a história do paciente; • Estabelecer frequência de aferição conforme necessidade do paciente; • Em situação de alteração, repetir a aferição. • Rotina de aferição na fisioterapia: • Na consulta/avaliação • Sempre que o paciente manifestar sinais de alteração ou queixa; • Conforme necessidade (Idoso, hipertenso, etc) VARIÁVEIS QUE INFLUENCIAM •Idade •Sexo •Peso •Altura •Estado geral de saúde •Hora do dia •Época do mês •Exercício •Dor •Ingestão de medicamentos/alimentos •Postura TEMPERATURA • A temperatura é o equilíbrio entre a produção e a perda de calor do organismo. • Pode ser verificada: Região axilar, bucal, inguinal e retal • A axilar é a mais comumente verificada , embora a retal seja a mais fidedigna. • PIREXIA -> FEBRE Proibida fabricação e comercialização a partir de 01/01/2019 TEMPERATURA - VALORES NORMAIS 37,2 – 39,5 FC/PULSO • É a onda de expansão e contração das artérias, resultante da contração dos ventrículos. • É verificado utilizando a polpa dos dedos indicador e médio contra uma superfície óssea. • Na palpação do pulso verifica-se: • Frequência • Ritmo • Intensidade FC/PULSO • Frequência: • Recém-nascido: 120 – 160 bpm • Crianças: 80 – 140 bpm • Adultos: 50 – 100bpm • Ritmo: • Rítmico: batimentos obedecem a intervalos regulares • Arrítmico: batimentos com intervalos irregulares • Intensidade: (volume de sangue ejetado contra a parede da artéria em cada contração ventricular) • Cheio/forte • Filiforme/fraco TAQUICARDIA BRADICARDIA PULSO • Braquial • Radial • Carotídeo • Femoral • Poplíteo • Pedioso • Tibial posterior • Temporal Pulso braquial: palpar a artéria braquial imediatament e medial ao tendão do músculo bíceps, sendo que o braço do paciente deve repousar com o cotovelo esticado e as palmas da mão para cima. PULSO RADIAL: Palpa região medialmente ao processo estilóide do rádio; Emprega-se a polpa dos dedos indicador e médio.Polegar se fixa ao dorsodo punho. Antebraço apoiado e em supinação • PULSO CAROTÍDEO: palpar profundamente à borda anterior do músculo esternocleidomastóideo. Aproximadamente ao nível da cartilagem cricóide. • PULSO FEMORAL: pode- se sentir a pulsação abaixo do ligamento inguinal, entre a espinha ilíaca anterossuperior e a sínfise pubiana. • PULSO POPLÍTEO: Palpar parte posterior da perna na altura do joelho • PULSO PEDIOSO: palpada entre o primeiro e segundo tendões dorsais do pé, cerca de 2,0 cm abaixo da articulação do tornozelo. • PULSO TIBIAL POSTERIOR: Palpa-se posteriormente ao maléolo medial • PULSO TEMPORAL: é o palpável e superior ao arco zigomático, anterior e superior ao tragus. PRESSÃO ARTERIAL • É a força exercida pelo sangue contra a parede interna das artérias quando este é impulsionado pela contração cardíaca. • Pressão Sistólica: • Pressão mais elevada observada nas artérias durante a fase sistólica • Em indivíduos saudáveis, é aproximadamente 120mmHg • Pressão Diastólica: • Menor pressão detectada, durante a diástole • Pressão arterial cai para cerca de 70 ou 80mmHg. Pressão arterial • Antes de aferir a PA, deve-se perguntar ao paciente se: • Fumou ou bebeu café ou outros estimulantes há menos de 30 minutos; • Está sentindo dor; • Está com a bexiga cheia; • Está em repouso há menos de 5 a 10 minutos • Após ter realizado, e estiver alterada, realizar nova aferição. Aguarde no mínimo 1 minuto e realize novamente. V Diretrizes Brasileiras de Hipertensão Arterial PRESSÃO ARTERIAL NORMOTENSO HIPOTENSO (90x60mmHg) (produz sintomas) HIPERTENSO FREQUÊNCIA RESPIRATÓRIA • VALORES NORMAIS: • RECÉM-NASCIDOS: 30 – 60 ipm • CRIANÇAS: 20 – 30 ipm • ADULTO: 12 – 20 ipm • EUPNÉIA: respiração normal sem dificuldades e com frequência normal. • TAQUIPNÉIA: respiração com frequência aumentada. • BRADIPNÉIA: respiração com frequência diminuída. • DISPNÉIA: Dificuldade de respirar relatada pelo paciente. EXAME FÍSICO GERAL Paciente como um todo • Biótipo • (longilíneo;Mediolíneo;Brevelínio) • Peso e altura • IMC (Magreza;eutrofia,obesidade) • Exame da pele • Hidratação/coloração • Edema • Local/temperatura/sina do cacifo BIÓTIPO • ÂNGULO DE CHARPY: • Junção dos rebordos costais com o apêndice xifoide; • Caracteriza o biótipo; • Â = 90° Normolíneo/mediolíneo • Â > 90° Brevelíneo (pessoas mais gordinhas) • Â < 90° Longilíneo (magras e altas) Biótipo • É a junção das características hereditárias e adquiridas de um indivíduo. ECTOMORFO MESOMORFO ENDOMORFO Biótipo PESO E ALTURA • IMC: Índice de Massa corpórea • Peso em relação a altura • Medida para verificar se o indivíduo está no pessoa ideal, condições de desnutrição ou obesidade. EXAME DA PELE e ANEXOS • Lesão/cicatriz ? • Anexos (unha/cabelo) • Hidratação • observa-se textura, umidade, temperatura, mobilidade, turgor e edema. • Umidificação das mucosas (mucosa oral e língua) • Turgor da pele (elástico) • Crianças: fontanela EXAME DA PELE • UNHA EM BAQUETA/HIPOCRATISMO DIGITAL): • Aumento de tecido mole no leitou unguel • Doenças cardíacas e pulmonares EXAME DA PELE • Coloração: • Palidez – ocorre quando a concentração de hemoglobina do sangue diminui ou em situações em que o fluxo de sangue arterial está diminuído. • Cianose: É o termo que significa uma coloração azulada da pele. • Periférica: Ocorre pela demasiada desoxigenação pelos tecidos periféricos, sendo generalizada ou local. Pode aparecer em indivíduos normais e ser devido a frio ou a ansiedade. Em situações patológicas nas quais existe diminuição do fluxo sanguíneo (ICC, choque circulatório, etc.). • Central: decorre de oxigenação inadequada do sangue arterial nos pulmões, diminuição do aporte geral de oxigênio ao organismo, como ocorre nas doenças pulmonares avançadas. É melhor observada nos lábios, mucosa oral e língua e desaparece ou diminui com a inalação de oxigênio. • Ícterico: É o termo que designa uma coloração amarelada da pele, mucosas e esclerótica resultantes do acúmulo de bilirrubina no sangue. EDEMA Excesso de líquido acumulado no espaço intersticial ou no interior das próprias células. • Investigar: • Localização • Duração • Evolução • Intensidade • Consistência • Temperatura da pele adjacente • Sensibilidade da pele adjacente • Outras alterações da pele adjacente LOCALIZAÇÃO - Localizado - Generalizado Intensidade - Compressão firme de encontro à estrutura rígida / Formação de fóvea - Intensidade do edema = Profundidade da fóvea ( Até +4) SINAL DO CACIFO Consistência Digitopressão Edema mole - Infiltração aquosa - Retenção hídrica de curta duração Edema duro - Proliferação fibroblástica (edema de longa duração ou com repetidos surtos inflamatórios) - Linfedema Elasticidade - Digitopressão: duração da fóvea - Edema elástico - Síndrome nefrótica, IC Temperatura da Pele Adjacente - Comparação com região homóloga - Geralmente não há alterações de temperatura Pele quente ◦ Edema inflamatório Pele fria ◦ Comprometimento da irrigação sanguínea SINAL DE GODET/CACIFO • É um sinal clínico avaliado por meio da dígito-pressão sobre a pele, por pelo menos 1 a 2 segundos, a fim de se evidenciar edema. É considerado positivo se a depressão ("cacifo") formada não se desfizer imediatamente após a descompressão.
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