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2 - EXAME FISICO

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EXAME FÍSICO EM 
FISIOTERAPIA 
Disciplina: MTAF- Métodos e Técnicas de Avaliação 
Fisioterapêutica
Profa. Responsável: Hellyangela Bertalha Blascovich 
(hellybertalha@hotmail.com)
INSPEÇÃO PALPAÇÃO PERCUSSÃO
AUSCULTA MOBILIZAÇÃO
EXAME FÍSICO
• Utilizado para confirmar ou refutar a hipótese diagnóstica : ANAMNESE.
• INÍCIO: Momento que o paciente se encaminha a sala de avaliação;
• Deve informar ao paciente o que você está fazendo;
• Consentimento Informado;
• Como proceder: 
• Testar primeiro lado normal (não envolvido);
• Seguir a sequência: MOVIMENTO ATIVO -> MOVIMENTO PASSIVO -> MOVIMENTO 
RESISTIDO
• Informar de possível exacerbação
• Ética
ATENÇÃO: CONDIÇÃO ARTICULAR: IRRITÁVEL/AGUDA
• OBJETIVO: Coletar informações sobre defeitos visíveis, déficits 
funcionais e anormalidades de alinhamento; 
• Observar postura, marcha, atitudes, comportamento que gere dor;
- Ocorre de forma global e localizada;
- Observar em várias posições e fazer comparações bilaterais (simetria).
- Ex: Cor da pele; cicatrizes, calosidades, edema, 
tipo de tórax, etc..
INSPEÇÃO/OBSERVAÇÃO 
PALPAÇÃO
- Importante técnica de avaliação;
- Tocar com as mãos o local a ser examinado;
- Área a ser palpada deve estar desnuda;
- Requer conhecimento anatômico prévio;
- Palpar proeminências ósseas e tecidos moles em questão;
- Iniciar com palpação leve e depois, se necessário, aprofundar;
- Palpar áreas dolorosas por último;
- O que pode ser avaliado?
- Tensão e textura do tecido, tônus muscular, espessamento tecidual, edema, 
temperatura, sensibilidade, presença de pulso e continuidade das estruturas 
anatômicas.
Enxergar com as mãos 
• Dígito-pressão
• Dorso da mão e dedos
• Pinça com polegar e 
indicador
• Mão espalmada
• Polpas digitais
TÉCNICAS DE PALPAÇÃO
PERCUSSÃO 
• Percutir: 
• Som emitido (Maciço; submaciço; timpânico, som claro)
• Resistência oferecida
• Técnica:
• Direta
• Dígito-digital
• Punho-percussão
• Piparote
SONS DA PERCUSSÃO 
• Maciço: Obtém-se percutindo regiões desprovidas de ar. 
• Ex: músculo, fígado, coração.
• Submaciço: órgãos onde há presença de ar, porém em 
pequenas quantidades.
• Ex: Baço. 
• Timpânico: é obtido em regiões que contenham grandes 
quantidades de ar. 
• Ex. Estômago.
• Claro pulmonar: Obtém-se quando percute especificamente 
os pulmões.
• Método de exploração funcional que tem por 
objetivo identificar os sons normais e/ou 
patológicos que ocorrem no interior dos 
pulmões durante a ventilação.
• Uso do Estetoscópio
• Pedir ao paciente que realize inspirações e 
expirações profundas com a boca aberta;
• Deve-se realizar uma comparação entre duas 
regiões simétricas do hemitórax;
• Não realizar por cima da roupa;
• Áreas de ausculta:
• Pulmão
• Coração 
• Abdômen
AUSCULTA
Pulmonar
COMO REALIZAR AUSCULTA
Cardíaca
COMO REALIZAR AUSCULTA
- Exame das articulações específicas.
- Exame sistemático
- Confirma ou não um diagnóstico.
- Cuidado com articulações em processo inflamatório.
- COMO REALIZAR:
✓Mobilização Ativa
✓Mobilização Passiva
• Princípios a serem seguidos na mobilização:
• 1º realizar mob. na seguinte sequência: ativo – passivo – ativo-resistido 
• Realizar bilateralmente (lado não comprometido é testado primeiro) – padrão 
• Mov. Dolorosos devem ser feitos por último.
• Observar ADM (goniômetria)
MOBILIZAÇÃO
MOBILIZAÇÃO ATIVA MOBILIZAÇÃO PASSIVA
• Quando e qual o local que ocorre dor?
• Qual o arco de mov. que ocorre os 
sintomas?
• Se o mov. Ativo aumenta a intensidade da 
dor?
• Qual a Reação do paciente (expressão de 
dor)?
• Mov. Está Restrito ou tem compensações 
de movimentos?
• Ritmo e qualidade do movimento?
• Tem Limitação funcional?
• Sente dor, quando e aonde ocorre?
• Limitações de movimento?
MOBILIZAÇÃO ATIVO-RESISTIDO
• A contração causa dor? Qual intensidade? Localização?
• Qual Força de contração?
• Nessa contração o paciente deve ter nível 3 a 5, se for 
menor que 3 deve-se utilizar os testes específicos de 
prova muscular. 
•Teste muscular manual
• Método subjetivo e prático, com grande utilidade na 
prática clínica.
• Como realizar:
• Palpar cada músculo;
• Estabilizar o segmento proximal;
• Evitar compensações;
• O paciente não deve sentir dor durante o teste.
FORÇA MUSCULAR 
Como posso realizar?
FORÇA MUSCULAR 
FORÇA MUSCULAR 
AUSENTE
NORMAL
BOA
MINÍMA
FRACA
REGULAR
GRAU DA FORÇA 
MUSCULAR
AVALIAÇÃO FUNCIONAL
• Representa uma mensuração da capacidade de realização de tarefa do
corpo inteiro;
• Demonstra se um comprometimento isolado afeta a capacidade do 
paciente de realizar as AVD´s; AIVD´s; atividades laborativas; esportivas e 
recreativas.
• Auxilia o fisioterapeuta estabelecer o que é importante, as prioridades e as 
expectativas do paciente;
O EFEITO DA LESÃO SOBRE A VIDA DO PACIENTE, AS ATIVIDADES QUE 
PRODUZEM SINTOMAS, QUE SÃO RESTRINGIDAS PELOS SINTOMAS E OS 
FATORES (FORÇA, POTÊNCIA, FLEXIBILIDADE)
• Tabela CIF (Classificação Internacional de Funcionalidade, incapacidade e 
saúde)
TESTES CLÍNICOS ESPECÍFICOS
• Complementam a avaliação da articulação alterada;
• Faz um diagnóstico diferencial ou confirma o diagnóstico inicial;
• Utilizado para diferenciar estruturas ou entender sinais incomuns da articulação;
• Chamados também de testes provocativos, estruturais ou acessórios;
• O teste positivo não é diagnóstico por si próprio, mas sim é uma avaliação 
biomecânica importante a ser usada como parte de uma avaliação clínica 
completa.
• Contra indicação:
✓Dor severa e aguda
✓Doença óssea
✓Instabilidade
✓Osteoporose
✓Fratura
✓Se você não sabe interpreta
SINAIS VITAIS
• São indicadores das condições de saúde do indivíduo revelando o seu 
estado geral. 
• TEMPERATURA (C°)
• PULSO – FREQUÊNCIA CARDÍACA (bpm)
• PRESSÃO ARTERIAL (mmHg)
• FREQUÊNCIA RESPIRATÓRIA (ipm/rpm)
DOR
DIRETRIZES PARA AFERIÇÃO 
• Conhecer a variação normal do paciente avaliando individualmente;
• Tentar controlar os fatores ambientais que possam influenciar;
• Conhecer a história do paciente;
• Estabelecer frequência de aferição conforme necessidade do 
paciente;
• Em situação de alteração, repetir a aferição.
• Rotina de aferição na fisioterapia:
• Na consulta/avaliação
• Sempre que o paciente manifestar sinais de alteração ou queixa;
• Conforme necessidade (Idoso, hipertenso, etc)
VARIÁVEIS QUE INFLUENCIAM
•Idade
•Sexo
•Peso
•Altura
•Estado geral de saúde 
•Hora do dia 
•Época do mês 
•Exercício
•Dor 
•Ingestão de 
medicamentos/alimentos
•Postura 
TEMPERATURA
• A temperatura é o equilíbrio entre a produção e a perda de calor do 
organismo.
• Pode ser verificada: Região axilar, bucal, inguinal e retal
• A axilar é a mais 
comumente verificada , 
embora a retal seja a
mais fidedigna.
• PIREXIA -> FEBRE
Proibida fabricação e 
comercialização a partir 
de 01/01/2019
TEMPERATURA - VALORES NORMAIS
37,2 – 39,5
FC/PULSO
• É a onda de expansão e contração 
das artérias, resultante da 
contração dos ventrículos.
• É verificado utilizando a polpa dos 
dedos indicador e médio contra 
uma superfície óssea.
• Na palpação do pulso verifica-se:
• Frequência 
• Ritmo 
• Intensidade 
FC/PULSO
• Frequência:
• Recém-nascido: 120 – 160 bpm
• Crianças: 80 – 140 bpm
• Adultos: 50 – 100bpm
• Ritmo:
• Rítmico: batimentos obedecem a intervalos regulares
• Arrítmico: batimentos com intervalos irregulares
• Intensidade: (volume de sangue ejetado contra a parede da artéria em cada 
contração ventricular)
• Cheio/forte
• Filiforme/fraco
TAQUICARDIA
BRADICARDIA
PULSO
• Braquial
• Radial
• Carotídeo
• Femoral
• Poplíteo
• Pedioso
• Tibial posterior
• Temporal
Pulso braquial: palpar a
artéria braquial imediatament
e medial ao tendão do
músculo bíceps, sendo que o
braço do paciente deve
repousar com o cotovelo
esticado e as palmas da mão
para cima.
PULSO RADIAL: Palpa
região medialmente ao
processo estilóide do rádio;
Emprega-se a polpa dos
dedos indicador e
médio.Polegar se fixa ao
dorsodo punho. Antebraço
apoiado e em supinação
• PULSO CAROTÍDEO:
palpar profundamente à
borda anterior do músculo
esternocleidomastóideo.
Aproximadamente ao nível
da cartilagem cricóide.
• PULSO FEMORAL: pode-
se sentir a pulsação 
abaixo do ligamento 
inguinal, entre a espinha 
ilíaca anterossuperior e a 
sínfise pubiana.
• PULSO POPLÍTEO: Palpar parte 
posterior da perna na altura do 
joelho
• PULSO PEDIOSO: palpada 
entre o primeiro e 
segundo tendões dorsais 
do pé, cerca de 2,0 cm 
abaixo da articulação do 
tornozelo.
• PULSO TIBIAL POSTERIOR: 
Palpa-se posteriormente ao 
maléolo medial
• PULSO TEMPORAL: é o 
palpável e superior ao arco 
zigomático, anterior e superior 
ao tragus.
PRESSÃO ARTERIAL
• É a força exercida pelo sangue contra a parede interna das artérias 
quando este é impulsionado pela contração cardíaca. 
• Pressão Sistólica:
• Pressão mais elevada observada nas artérias durante a fase sistólica 
• Em indivíduos saudáveis, é aproximadamente 120mmHg
• Pressão Diastólica: 
• Menor pressão detectada, durante a diástole
• Pressão arterial cai para cerca de 70 ou 80mmHg. 
Pressão arterial
• Antes de aferir a PA, deve-se perguntar ao paciente se: 
• Fumou ou bebeu café ou outros estimulantes há menos de 30 minutos; 
• Está sentindo dor; 
• Está com a bexiga cheia; 
• Está em repouso há menos de 5 a 10 minutos 
• Após ter realizado, e estiver alterada, realizar nova aferição. Aguarde 
no mínimo 1 minuto e realize novamente.
V Diretrizes Brasileiras de Hipertensão Arterial
PRESSÃO ARTERIAL
NORMOTENSO
HIPOTENSO
(90x60mmHg) 
(produz sintomas)
HIPERTENSO
FREQUÊNCIA RESPIRATÓRIA
• VALORES NORMAIS:
• RECÉM-NASCIDOS: 30 – 60 ipm
• CRIANÇAS: 20 – 30 ipm
• ADULTO: 12 – 20 ipm
• EUPNÉIA: respiração normal sem dificuldades e com frequência normal. 
• TAQUIPNÉIA: respiração com frequência aumentada. 
• BRADIPNÉIA: respiração com frequência diminuída.
• DISPNÉIA: Dificuldade de respirar relatada pelo paciente.
EXAME FÍSICO GERAL 
Paciente como um todo
• Biótipo 
• (longilíneo;Mediolíneo;Brevelínio)
• Peso e altura
• IMC (Magreza;eutrofia,obesidade)
• Exame da pele
• Hidratação/coloração 
• Edema
• Local/temperatura/sina do cacifo
BIÓTIPO
• ÂNGULO DE CHARPY:
• Junção dos rebordos costais com o apêndice xifoide;
• Caracteriza o biótipo;
• Â = 90° Normolíneo/mediolíneo
• Â > 90° Brevelíneo (pessoas mais gordinhas)
• Â < 90° Longilíneo (magras e altas)
Biótipo 
• É a junção das 
características 
hereditárias e 
adquiridas de 
um indivíduo.
ECTOMORFO MESOMORFO ENDOMORFO
Biótipo 
PESO E ALTURA
• IMC: Índice de Massa corpórea
• Peso em relação a altura
• Medida para verificar se o indivíduo 
está no pessoa ideal, condições de 
desnutrição ou obesidade.
EXAME DA PELE e ANEXOS 
• Lesão/cicatriz ?
• Anexos (unha/cabelo)
• Hidratação 
• observa-se textura, umidade, temperatura, 
mobilidade, turgor e edema.
• Umidificação das mucosas (mucosa oral e língua)
• Turgor da pele (elástico)
• Crianças: fontanela
EXAME DA PELE 
• UNHA EM BAQUETA/HIPOCRATISMO DIGITAL): 
• Aumento de tecido mole no leitou unguel
• Doenças cardíacas e pulmonares
EXAME DA PELE 
• Coloração:
• Palidez – ocorre quando a concentração de hemoglobina do sangue diminui 
ou em situações em que o fluxo de sangue arterial está diminuído.
• Cianose: É o termo que significa uma coloração azulada da pele. 
• Periférica: Ocorre pela demasiada desoxigenação pelos tecidos periféricos, sendo 
generalizada ou local. Pode aparecer em indivíduos normais e ser devido a frio ou a 
ansiedade. Em situações patológicas nas quais existe diminuição do fluxo sanguíneo (ICC, 
choque circulatório, etc.).
• Central: decorre de oxigenação inadequada do sangue arterial nos pulmões, diminuição 
do aporte geral de oxigênio ao organismo, como ocorre nas doenças pulmonares 
avançadas. É melhor observada nos lábios, mucosa oral e língua e desaparece ou diminui 
com a inalação de oxigênio.
• Ícterico: É o termo que designa uma coloração amarelada da pele, mucosas 
e esclerótica resultantes do acúmulo de bilirrubina no sangue.
EDEMA
Excesso de líquido acumulado no espaço intersticial
ou no interior das próprias células.
• Investigar:
• Localização
• Duração
• Evolução
• Intensidade
• Consistência
• Temperatura da pele adjacente
• Sensibilidade da pele adjacente
• Outras alterações da pele adjacente
LOCALIZAÇÃO - Localizado
- Generalizado 
Intensidade - Compressão firme de encontro à estrutura rígida / Formação de fóvea 
- Intensidade do edema = Profundidade da fóvea 
( Até +4)
SINAL DO CACIFO
Consistência Digitopressão
Edema mole 
- Infiltração aquosa 
- Retenção hídrica de curta duração
Edema duro 
- Proliferação fibroblástica (edema de longa duração ou com repetidos surtos 
inflamatórios) 
- Linfedema
Elasticidade - Digitopressão: duração da fóvea
- Edema elástico 
- Síndrome nefrótica, IC
Temperatura da Pele 
Adjacente
- Comparação com região homóloga 
- Geralmente não há alterações de temperatura
Pele quente ◦ Edema inflamatório 
Pele fria ◦ Comprometimento da irrigação sanguínea
SINAL DE GODET/CACIFO
• É um sinal clínico avaliado por meio da dígito-pressão sobre a pele, 
por pelo menos 1 a 2 segundos, a fim de se evidenciar edema. 
É considerado positivo se a depressão ("cacifo") formada não se 
desfizer imediatamente após a descompressão.

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