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FILME NO LIMITE DO SILENCIO

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RESENHA DI FILME
NO LIMITE DO SILENCIO
A trama conta a história de Michel, um psicólogo renomado, que sofre uma grande perda afetiva que desestrutura e altera o decorrer de sua vida. E a história de Tommy, um jovem que após a morte de sua mãe, vê sua vida totalmente modificada também.
	Michel era casado com uma mulher e tinha dois filhos, Kyle e Shelly. Ao entrar na adolescência, Kyle desenvolve depressão e começa a ser tratado, por determinação do pai, com um terapeuta que se formou com ele na faculdade. O menino apresenta leve melhora após algumas semanas de terapia, porém mesmo assim, comete suicídio na garagem de casa. Os pais o encontram morto e isso traumatiza toda a família. 
	A esposa culpa o marido, pois ele preferiu que o jovem fizesse apenas terapia ao invés de tomar medicamento. A filha, Shelly, se culpa, pois pensa que poderia ter feito mais para ajudar o irmão, ter se importado mais com o sofrimento dele e não apenas com o seu próprio. E Michel, por sua vez, toma toda a culpa para si pois tempos depois da morte do filho, ele encontrou uma carta que o jovem o escreveu, relatando que sofria abusos sexuais de seu terapeuta e que sentia muita vergonha de relatar isso para a família. Tudo isso se somou à dor da perda e motivou em Michel, uma tentativa de assassinato, do terapeuta de seu filho. Sem revelar à ninguém sobre a carta, ele vai ate uma loja de armas, porém estava fechada. Mesmo assim, segue transtornado até a casa do terapeuta. O homem por sua vez, ao ver que o Michel descobriu, aponta uma arma para ele e em seguida para si mesmo, e sobre o incentivo de Michel, atira contra si mesmo e comete suicídio. 
	A partir desses acontecimentos, o casal se separa e a filha, Shelly passa a morar somente com a mãe, porém seu relacionamento com os pais está muito abalado, pois ela carrega dentro de si um sentimento de culpa muito grande pela morte do irmão, e se sente abandonada pelos pais, após esse episódio, pois para ela, eles não a enxergam mais. Isso tudo resultou em uma revolta dentro da jovem.
	Michel, imergido no luto da perda do filho, passa a morar sozinho, tem pouca vida social e sua carreira profissional passa à ser somente dar palestras e escrever livros, parou de clinicar. Porém, um dia, após uma palestra, uma antiga aluna sua o encontra e pede que ele a auxilie com um caso de um jovem chamado Tommy, que mora em um abrigo para jovens que precisam de reabilitação, onde ela trabalha como assistente social. Michel, reluta porém ao analisar superficialmente o caso, decide ir até o abrigo e estabelecer um contato com o jovem.
	Tommy é um jovem que está prestes à sair do abrigo, pois completará maior idade. Ele foi morar na instituição há quatro anos, após presenciar o pai assassinando sua mãe por espancamento na cozinha de casa em decorrência de um flagrante de traição. Depois do episódio, o pai ficou preso com pena de prisão perpétua e Tommy foi encaminhado para o abrigo. Desde então o contato do menino com o pai foi rompido.
	O jovem faz acompanhamento há bastante tempo com Monica, ex aluna que apresentou o caso à Michel. E ela observa que ele não gosta de falar sobre a morte da mãe e sobre seu relacionamento familiar e que parece não ter se afetado com o episódio da morte dela. Tommy aparenta ser uma pessoa tranquila e “bem resolvida”, mantém bons relacionamentos na instituição e deseja muito sair de lá, ao atingir a maior idade. Monica pede ajuda de Michel na tentativa do psicólogo conseguir “acessar” essas questões no jovem de forma mais efetiva. Pois para ela, o jovem sofre de uma repressão profunda em relação à morte de sua mãe. Foi uma atitude muito coerente e profissional de Monica, pois ela não se limitou ao que o jovem aparentava e a falava nos atendimentos, ela foi além, observou que o “não dito” estava repleto de conteúdo e significado e pediu ajuda para acessa-los e interpreta-los. 
	Ao longo da trama é possível observar que Michel estabelece uma contra-transferência com Tommy, pois algumas atitudes do menino o fazem lembrar de seu filho Kyle, que se suicidou. Inicia-se após o psicólogo assistir um vídeo de uma conversa de Tommy com a assistência social, onde o jovem manipula uma bolinha azul jogando-a de uma mão para outra, exatamente como seu filho gostava de fazer. Aquele ato o chama atenção e momentos depois ele vai até a instituição se encontrar com Tommy. Não é possível afirmar com exatidão se a motivação do psicólogo em ir ao abrigo foi somente a lembrança intensa do filho. Mas acredita-se que isso teve uma contribuição.
	Michel estabelece diversas conversas o jovem Tommy. O faz perguntas sobre sobre sua vida atual e cotidiana, e também algumas sobre seu passado. Tudo na intenção de estabelecer um vínculo de confiança e cordialidade com o rapaz, na finalidade de colher dados relevantes para o caso. Porém Tommy não se permite aprofundar nas conversas e responde tudo com muita desconfiança e superficialidade, pois sabe que Michel é um terapeuta e pensa que ele é “sua última prova” para poder sair da instituição.
	O sigilo profissional que deve haver sobre a vida pessoal do terapeuta é quebrado após Tommy se aproximar e se envolver afetivamente com a filha de Michel. O jovem se aproxima da moça, intencionalmente, após ve-la buscando o pai na porta da instituição. Ele procura saber, sutilmente, sobre a família e após saber de todos os detalhes sobre a morte de Kyle, manipula Michel representando ações e falas do filho do terapeuta. Tudo isso da muito certo pois Michel faz uma intensa projeção do filho em Tommy, o que acaba em atrapalhar o acompanhamento terapêutico pois com isso, o jovem se esquivava de falar de si e confundia o psicólogo.
	Apesar de Tommy não falar sobre seus pais e sobre o relacionamento que tinha com eles, um sintoma fica evidente ao decorrer da trama. O jovem tem intensa aversão ao toque feminino. Quando uma mulher se aproximava dele de forma amorosa ou carinhosa, ele instantaneamente ficava irado e agressivo. Em uma ocasião, uma jovem tentou estabelecer relação sexual com ele e o rapaz a agrediu e em seguida a assassinou. 
Os encontros que mantinha sigilosamente com a filha de Michel era resumido em conversas, quando a jovem tentava algum contato físico carinhoso, ele interrompia de forma brusca no mesmo instante e se controlava muito para não agredi-la. Certa vez, após uma investida de Shelly, Tommy sonhou que a jovem o tocava e dizia que o amava, e após ele pedir para ela interromper o ato, sem sucesso, ele a assassina jogando-a na frente do trem em movimento. Fica evidente o quanto esse sintoma é intenso e forte em Tommy. 
	
Michel obteve êxito ao descobrir, após uma conversa tensa com Tommy, que o jovem se sente culpado pela morte da mãe e que para ele, não houve adultério por parte dela, não havia amante nenhum na casa. O pai que por raiva a assassinou, mas sem confidencias. motivos. 
Por esse caso estar ainda sem muitas informações relevantes e compreensivas, o terapeuta decide procurar o pai de Tommy na cadeia e interroga-lo a respeito do dia e da motivação do assassinato da esposa. O homem demonstra grande resistência e não quer falar do caso, porém após diversas tentativas de Michel e de uma revelação pessoal, contou da morte de Kyle, do envolvimento do filho com seu terapeuta e da morte do mesmo; o homem decide falar sobre o dia da morte da esposa e deixa claro que seria a primeira e última vez que revelaria tais

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