Buscar

Resumo para a P1 Nutrição e Dietética I (Materno-Infantil)

Prévia do material em texto

Resumo para a P1 – Nutrição e Dietética I (Materno-Infantil) 
Parte 1: Materno 
A gestação é o estado fisiológico da mulher que se inicia a partir da fecundação do óvulo, 
terminando geralmente com o nascimento do feto a termo. 
▪ Multigesta – a mulher que já teve duas ou mais gestações 
▪ Nuligesta – a mulher que nunca gestou 
▪ Primigesta – a mulher que esta gravida pela primeira vez 
Uma gestante multípara é a mulher que completou duas ou mais gestações até o estagio de 
viabilidade fetal. Já a Nulípara é a mulher que não completou uma gestação com um ou mais 
fetos que tenham atingido o estagio de viabilidade fetal. 
A gravidez pode ser identificada pelo: diagnóstico clínico, diagnóstico laboratorial e pelo 
diagnóstico por imagem. 
O ​Diagnóstico Clínico​ se baseia nos sintomas e sinais identificados durante o exame físico da 
mulher. Esses sintomas podem ser divididos em três categorias (sinais de presunção, sinais de 
probabilidade e sinais de certeza) 
● Sinais de Presunção: 
▪ Náusea matinal da gravidez devido ao aumento do hcG e que desaparece 
espontaneamente após 12 semanas, pode vir ou não acompanhada de 
vômitos. 
▪ Aumento da frequência em que vai ao banheiro devido a pressão do útero 
sobre a bexiga. 
▪ Fadiga e sonolência decorrentes da vasodilatação 
▪ Cessação da menstruação (é o sinal mais precoce e importante quando se 
trata de mulher saudável, jovem e com ciclos menstruais regulares, vida sexual 
ativa, sem uso de método anticoncepcional). 
● Sinais de Probabilidade: 
▪ Aumento do volume uterino (com 12 semanas o útero é palpável acima da 
sínfise púbica; com 16 semanas está entre a sínfise púbica e cicatriz umbilical; 
e mais ou menos com 40 semanas tinge o apêndice xifoide). 
● Sinais de Certeza: 
▪ Ausculta dos batimentos cárdio fetais. 
▪ Percepção dos movimentos do feto. 
O ​Diagnóstico Laboratorial​ se baseia em exames feitos para diagnostico da gravidez. Como: 
● TIG (teste imunológico da gravidez) – BHCG é o recurso mais precoce pois o HCG 
(hormônio proteico gonadotrofina coriônica humana) é a substância representativa de 
um ovo implantado. Desde o primeiro momento aumenta o seu nível no sangue e na 
urina, duplicando-se nas primeiras 48 horas. (No sangue materno o Beta HCG é 
detectável com +/- 8 a 11 dias após a concepção. Na urina detecta-se entre 14 e 20 
dias após a concepção). 
O ​Diagnóstico por Imagem​ se baseia em exames feitos para diagnostico da gravidez. Como: 
● Exame Ultrassonográfico – mostra a imagem do embrião e/ou o contorno fetal 
▪ A ultrassonografia é a prova mais inegável de gravidez. 
▪ Pode se utilizada por via transabdominal ou transvaginal (a transvaginal é mais 
utilizada na gravidez inicial por permitir a visualização das estruturas ovulares). 
▪ Pode identificar o saco gestacional com apenas 4 semanas de gravidez, 
próximo ao atraso menstrual. 
▪ Consegue determinar a idade gestacional através da medida céfalo-caudal 
(entre 6 e 10 semanas) 
A duração de uma gestação é de 9 meses ou 40 semanas ou 280 dias. E a gestação é dividida 
em 3 trimestres. 
● O 1° Trimestre vai da 1° semana a 13° semana 
● O 2° Trimestre vai da 14° semana até 28° semana 
● O 3° Trimestre vai da 28° semana até o termino da gestação 
Então como se faz o diagnostico de uma gravidez?​ → ​Após o atraso ou irregularidade 
menstrual, náuseas e aumento do volume abdominal, deve-se avaliar o ciclo menstrual e a 
data da última menstruação em mulheres que tenham atividade sexual. Se realmente houver 
um atraso, deve-se solicitar num teste imunológico de gravidez (TIG), se o resultado for 
positivo a gravidez esta confirmada e a gestante deve iniciar o acompanhamento gestacional. 
Se o resultado for negativo, deve-se repetir o TIG após 15 dias (se o resultado for positivo, a 
gravidez está confirmada e a gestante deve iniciar o acompanhamento gestacional), se o 
resultado for negativo e ainda estiver ocorrendo o atraso menstrual (amenorreia), deve-se 
avaliar as causas ginecológicas. 
Como se calcula a idade gestacional? 
1. Quando a data da ultima menstruação (DUM) é conhecida: 
▪ É feita a contagem com o uso de um calendário. Deve-se contar o numero de 
semanas a partir do 1° dia da ultima menstruação até a data da consulta. 
▪ A data provável do parto (DPP) corresponde ao final da 40° semana contada a 
partir da data do 1° dia da ultima menstruação (ou seja, contar 40 semanas 
após o 1° dia da última menstruação). 
2. Quando a data da ultima menstruação é desconhecida, mas se conhece o período do 
mês que ela ocorreu: 
▪ Se o período for no início = considera o dia 5 do mês 
▪ Se o período for no meio = considera o dia 15 do mês 
▪ Se o período for no final = considera o dia 25 do mês 
▪ Em seguida, deve-se calcular a idade gestacional e a DPP do mesmo jeito 
citado acima. 
3. Quando a data e o período da última menstruação são desconhecidos: 
▪ Proceder o exame físico: medir a altura uterina e posicional o valor encontrado 
na curva de crescimento uterino (verificar a idade gestacional correspondente 
a esse ponto). Porém: a medida de altura uterina não é a melhor forma de 
calcular a idade gestacional pois é bastante duvidosa. 
▪ Solicitar ultrassom: quando não for possível determinar a idade gestacional 
clinicamente. 
Como se calcula a data provável do parto (DPP)? 
Se calcula levando em consideração o 1° dia do ultimo ciclo menstrual e respeitando a duração do 
período de 40 semanas ou 280 dias. 
▪ Pode ser calculada somando-se 280 dias da data ou subtraindo-se 85 dias. 
▪ Pode ser calculada pela REGRA DE NAEGRELE, onde: 
✓ Soma-se 7 dias ao primeiro dia da última menstruação. 
✓ Subtrai 3 meses do mês que ocorreu a ultima menstruação (ou adicionar 9 
meses se a ultima menstruação ocorreu em janeiro, fevereiro ou março) 
✓ Verificar o ano. 
OBS: nos casos em que o numero de dias encontrados (após somar 7 dias) for maior do que o 
numero de dias do mês, deve-se passar os dias excedentes para o mês seguinte e adicionar +1 
no calculo do mês (ou seja, adiciona 10 ou subtrai 4). 
Ajustes Fisiológicos na Gravidez: 
Na gestação, os ajustes fisiológicos (como acumulo de tecido adiposo para a amamentação) 
são necessários para regular o metabolismo materno, promovendo o crescimento fetal e 
preparando a mulher para o parto e a lactação. 
Ocorre alterações no sistema cardiovascular, no sistema respiratório, alterações metabólicas, 
alterações no sistema digestivo, no sistema urinário e alterações ósteo-articulares. 
1. Alterações no Sistema Cardiovascular: 
✓ Diminuição da Pressão Arterial (ligeira diminuição na sistólica ou máxima e 
significativa diminuição na diastólica ou mínima) no 2° trimestre, retornando 
aos níveis normais no 3° trimestre. 
2. Alterações no Sistema Respiratório: 
✓ Os altos níveis de progesterona fazem com que ocorra o aumento da 
ventilação pulmonar. 
✓ Queixas comuns de dispneia (dificuldade para respirar) 
✓ Maior movimentação do diafragma e do tórax (aumento do volume corrente, 
expiração mais completa e maior quantidade de ar é expirado). 
3. Alterações Metabólicas: 
✓ Aumento da TMB (para suprir as necessidades fetais e o aumento da função 
renal e cardíaca). 
✓ Maior conservação energética (para atender as necessidades do bebe) 
4. Alterações no Sistema Digestivo: 
✓ O aumento de estrogênio pode causar náuseas, enjoo e vômitos matinais 
✓ A ação do HCG, Progesterona e Estrogênio fazem com que as gengivas fiquem 
edemaciadas, hiperemias (com muito sangue) e que sangue com facilidade. 
✓ O ph da saliva diminui (propiciando o desenvolvimento de microrganismos, 
como a cárie) 
5. Alterações no Sistema Urinário: 
✓ Aumenta da taxa de filtração glomerular desde o 2° mês e do fluxo renal 
✓ Fluxo da urina mais retardado (por causa da obstrução mecânica dos ureteres 
pela dilatação das veias ovarianas) – aumenta a predisposição de infecções 
urinarias. 
6. Alterações Ósteo-Articulares: 
✓ Aumento do peso 
✓ Tendência a lordose 
Os hormônios que são produzidos na gestação sãoresponsáveis pelas modificações corporais, 
desenvolvimento fetal, amadurecimento fetal, parto e lactação. 
▪ Os constituídos de esteroides são: progesterona e estrogênio 
▪ Os constituídos de proteínas são: hcG e lactogênio placentário humano 
Qual o objetivo da nutrição no pré-natal? 
Identificar as gestantes com déficit nutricional ou sobrepeso/obesidade pré gestacional; 
detectar gestante com ganho de peso insuficiente para a idade gestacional em função de 
estado nutricional prévio; identificar gestantes com alimentação inadequada; permitir 
orientação adequada a cada caso0 (visando a melhoria do estado nutricional materno, suas 
condições para o parto e o peso do recém-nascido e condições para a lactação). 
Quais são as condutas feitas pelo nutricionista no pré-natal? 
Cálculo da idade gestacional e data provável do parto; orientação alimentar e 
acompanhamento do ganho de peso gestacional; encaminhamento para imunização; 
anamnese atual sucinta; calcular idade gestacional; determinar a massa corporal para IMC; 
avaliar pressão arterial e pesquisar edema; avaliar o ganho de peso até a data da consulta; 
reprogramar o ganho de peso (se necessário); verificar suplementação de sulfato ferro e ácido 
fólico e etc. 
Como é feito o atendimento de nutrição no pré-natal? 
1° - é feita a IDENTIFICAÇÃO DA GESTANTE, por meio de nome, idade (menor que 15 e maior 
que 35 anos), cor (certos tipos de anemia), naturalidade, endereço atual e a unidade de 
referência. 
2° - é feita a coleta dos DADOS SOCIECONOMICOS, por meio de grau de instrução, 
profissão/ocupação, estado civil, numero e idade de dependentes, renda familiar, condições 
de moradia e condições de saneamento. 
3° - é feita a coleta dos ANTECEDENTES FAMILIARES, averiguando se tem ou teve caso na 
família de hipertensão arterial, diabetes mellitus, doenças congênitas, gemelaridade, 
hanseníase, doenças de chagas, câncer de mama ou do colo uterino, se o parceiro sexual é 
portador de infecção pelo HIV, se teve tuberculose e etc. 
4° - é feita a coleta dos ANTECEDENTES PESSOAIS, averiguando se a gestante tem ou teve 
hipertensão arterial crônica (pré-eclâmpsia, eclampsia); cardiopatias (inclusive doença de 
chagas); diabetes mellitus; anemia e etc. 
5°- é feita a coleta dos ANTECEDENTES OBSTETRICOS, em caso de já ter ocorrido uma gestação 
anteriormente, averiguando o numero de gestações, numero de partos, numero de 
abortamentos, numero de filhos vivos, idade na primeira gestação, intervalo entre as 
gestações, número de recém-nascidos pré-termo e pós-termo, numero de RN de baixo peso e 
etc. 
6° - é feita a coleta de informações da GESTAÇÃO ATUAL, averiguando a data da primeira e da 
ultima menstruação (DUM), peso prévio e altura, sinais e sintomas na gestação em curso, 
hábitos alimentares, medicamentos usados na gestação, internação durante a gestação, 
hábitos (fumo, álcool, drogas) e se há aceitação ou não da gravidez pela mulher, parceiro ou 
família. 
7° - é feita a verificação dos EXAMES COMPLEMENTARES, como hemoglobina e hematócrito, 
grupo sanguíneo e fator rh, sorologia para sífilis, glicemia de jejum, exame de urina e etc. 
Intercorrências mais comuns na gravidez: 
1. Êmese, náuseas, vômitos e tonturas: 
▪ Comum no inicio da gestação e pela manhã 
▪ Causado por influência hormonal, tensão, ansiedade e hábitos dietéticos 
deficientes 
▪ Conduta: maior fracionamento das refeições, não ficar mais de 3 horas sem 
comer, fazer refeições secas e sólidas, evitar odores, evitar refrigerantes e 
frituras, ingerir líquidos entre as refeições. 
2. Hiperêmese: 
▪ Caracterizada por vomito intensos, prolongados e persistentes 
▪ Causada por fatores emocionais como a ansiedade e alterações hormonais. 
▪ Conduta: apoio psicológico e educativo, as mesmas da êmese. Porém, deve-se 
ter cuidado com a desidratação e a internação pode ser necessária, além de 
hidratação venosa. 
3. Pirose, azia, sensação de plenitude: 
▪ Ocorre especialmente após as refeições, por volta do 7° mês. 
▪ Causada pela plenitude (compressão gástrica geral) 
▪ Conduta: fracionamento das refeições, aumentar o VET sem aumentar o 
volume, evitar frituras café e chá preto, mastigação adequada e elevar a 
cabeceira da cama, não deitar após refeições. 
4. Obstipação, constipação: 
▪ Causada pela alimentação pobre em fibra, baixa ingestão de líquidos, 
compressão do útero e alteração hormonal. 
▪ Conduta: aumentar a ingestão de líquidos e alimentos laxantes. 
5. Hemorroidas: 
▪ Causada pela compressão devido ao aumento do feto 
▪ Conduta: aumentar a ingestão de líquidos e de alimentos laxantes, evitar 
alimentos de alta fermentação, caminhar e repousar ao final do dia, maior 
higiene e evitar papel higiênico áspero. 
6. Sialorreia: 
▪ Associada a náuseas, interferir no sono 
▪ Conduta: dieta semelhante a indicada para náuseas e vômitos 
7. Câimbras musculares: 
▪ Conduta: aumentar o consumo de alimentos ricos em potássio e riscos em 
cálcio e B1. 
8. Picamalácia: 
▪ Distorção do paladar com desejos incontroláveis de ingerir substâncias não 
alimentares 
▪ Conduta: esclarecer os males associados a ingestão dessas substâncias 
9. Cefaleia (dor de cabeça): 
▪ Afastar hipertensão e pré-eclâmpsia 
▪ Conduta: psicoterapia, acupuntura, relaxamentos, meditação, exercícios 
físicos. 
10. Sangramento nas gengivas: 
▪ Gengivite + deficiência de hábitos higiênicos da cavidade bucal. 
▪ Conduta: uso de escova dental macia e atendimento odontológico. 
 
Considerações Importantes: 
● A partir da 20° semana, é necessário que a gestante seja suplementada com sulfato 
ferroso (ferro). Porque o leite materno não é rico em ferro e o bebe precisa te ruma 
reserva nos 3 primeiros meses. Por isso a gravida é suplementada. 
● Eritroblastose Fetal:​ Quando a mulher tem sangue fator Rh negativo (ou seja, é A 
negativo, B negativo, AB negativo ou O negativo) os cuidados têm de ser redobrados 
ao engravidar. A primeira coisa a se descobrir é o fator Rh do sangue do marido. Se ele 
tiver Rh contrário, ou seja, for Rh positivo, o bebê tem 50 % de chance de ser como o 
pai. Se o bebê herdar o Rh positivo do pai e o sangue deste bebê entrar em contato 
com a corrente sanguínea da mãe, o sistema imunológico materno pode reagir como 
se o feto fosse um “invasor” e produzir anticorpos contra o fator Rh dele. Os 
anticorpos do sistema imunológico materno podem atravessar a placenta e destruir as 
células sanguíneas do bebê provocando icterícia (quadro caracterizado pela coloração 
amarelada de pele), anemia e até insuficiência cardíaca e hepática no bebê. (essa 
doença não tem problema no 1° bebe, mas no 2° a mãe vai ter criando anticorpos para 
o rh + e se o 2° bebe também for (+) tem risco de morte). 
▪ Aborto – até a 20° semana gestacional 
▪ Prematuro – 20° a 37° semana gestacional 
▪ A termo – 37° a 42° semana gestacional 
▪ Pós-termo – mais de 42 semanas gestacional 
Diabetes e Gestação: 
A diabetes mellitus representa um conjunto de distúrbios metabólicos caracterizados por 
hiperglicemia consequente a deficiência insulínica. Pode ocorrer devido a produção 
pancreática reduzida, inadequada liberação ou resistência periférica ao hormônio. 
Classificação do diabetes mellitus: 
Diabetes Mellitus tipo 1: 
▪ É autoimune (produção de insulina do pâncreas é insuficiente, pois suas células sofrem 
de destruição autoimune) 
Diabetes Mellitus tipo 2: 
▪ Defeito na ação e secreção da insulina 
Diabetes Mellitus Gestacional: 
▪ o diabetes gestacional se cura logo após o parto. Mas se você teve diabetes 
gestacional, você está em risco para o diabetes do tipo 2. Dessa forma, é importante 
manter os cuidados e acompanhamento médico mesmo após ter o bebê. 
Diabetes Mellitus Gestacional X Diabetes Mellitus diagnosticado na gestação: 
Na DMG a mulher com hiperglicemia é detectada pela primeira vez durante a gravidez, com 
níveis glicêmicos sanguíneos que não atingem os critérios diagnosticados para DM. Já a 
diabetes mellitus diagnosticado na gestação, a mulher semdiagnostico prévio de DM, com 
hiperglicemia detectada na gravidez e com níveis glicêmicos sanguíneos que atingem critérios 
da OMS para DM na ausência de gestação. 
 
Fisiopatologia: 
✓ A elevação da glicose durante o período gestacional faz com que o pâncreas tente 
diminui-la aumentando seus níveis de insulina 
✓ O pâncreas materno é capaz de produzir 3 vezes mais insulina do que uma mulher não 
gravida. No entrando se esse aumento não for suficiente para controlar as trocas 
hormonais, os níveis glicêmicos aumentam resultando no diabetes gestacional 
✓ Quase todas as mulheres têm um certo grau de intolerância a glicose durante o 
período gestacional, resultado das intensas trocas hormonais. 
Epidemiologia: 
Ocorre em todas as raças, porem mais comum em negros, hispânicos e asiáticos. Ocorre 
também pelo papel do estilo de vida, a alimentação, IMC e sedentarismo. Além do aumento da 
obesidade também levar ao aumento do DMG. 
Fatores de Risco: 
Idade (quanto maior a idade, maior o risco); sobrepeso e obesidade; antecedentes familiares 
de DM; antecedentes pessoais de alterações metabólicas (como doenças cardiovasculares); 
antecedentes obstétricos (como malformação fetal). 
Consequências maternas e fetais: 
Materna: Pré-eclâmpsia, maior ganho ponderal, infecções do trato urinário, diabetes 
pós-parto, aumento da prevalência de cesariana, cetoacidose diabética e etc. 
Fetais: Intra-útero (abortamento, macrossomia, RN GIG, anomalias congênitas, óbito fetal), 
após o parto (hipoglicemia, prematuridade, síndrome do desconforto respiratório, mortalidade 
perinatal). 
Consequências na infância e fase adulta para filhos de mães diabéticas: 
Na infância pode ter uma maior frequência de obesidade; já na vida adulta pode ter um maior 
risco para diabetes tipo 2, com a chance potencial de complicações cardiovasculares. 
Tratamento: 
O tratamento inicial do SMG consiste em orientação alimentar que possibilite ganho de peso 
adequado e controle metabólico, evitando episódios de hiperglicemia, hipoglicemia e cetose. É 
possível utilizar adoçantes artificiais como o aspartame, sacarina, acessulfame-K e sucralose 
com moderação. 
É importante evitar a hipoglicemia noturna se tiver em uso de insulina. É feita também a 
contagem de carboidratos. Além disso, a prática de atividade física deve fazer parte do 
tratamento, promovendo uma sensação de bem-estar, menos ganho de peso e redução da 
adiposidade fetal, melhora no controle glicêmico e menos problemas durante o parto. 
A insulina é a melhor medicação de escolha. 
Parto e Pós-Parto: 
Parto: bom controle metabólico e aguardar o parto espontâneo; durante o trabalho de parto é 
importante monitorar a glicemia; via de parto: normal ou cesariana (indicação obstétrica); 
avaliar necessidade de insulina no puerpério. 
Pós-parto: o aleitamento natural deve ser estimulado; observar os níveis de glicemia nos 
primeiros dias após o parto (a maior parte das mulheres não requer mais o uso da insulina, seu 
uso é indicado em caso da hiperglicemia na amamentação); o estado de regulação da glicose 
deverá ser reavaliado a partir da 6° semana após o parto. 
Gestação na Adolescência 
Adolescência é o período entre 10 a 19 anos. A fertilidade completa ocorre 2 anos após a 
menarca, porem o crescimento físico e maturação ocorre somente depois de 4 anos 
pós-menarca. 
Motivos:​ precocidade da iniciação sexual, limitado acesso aos serviços de saúde, conflitos 
familiares, inadequação das informações sobre sexualidade e métodos contraceptivos, 
ocorrência de gravidez na adolescência em familiares e pessoas próximas como modelos 
sociais. 
Problemas:​ resultado obstétrico desfavorável, prematuridade, baixo peso ao nascer, restrição 
do crescimento intrauterino. 
Comportamento alimentar: 
▪ Fatores culturais: cultura do corpo esbelto, dieta inadequada (anorexia e bulimia), 
ganho de peso inadequado para esconder a gravidez. 
▪ Fatores psicológicos: depressão, isolamento, anorexia e bulimia, rejeição da gravidez. 
▪ Fatores econômicos: dificuldade financeira 
▪ Fatores psicossociais: mudança fisiológica, corporal, afetiva e relacional; indefinição 
entre ser criança e ser adulta; inserção da jovem no mundo adulto; construção da 
identidade própria; desenvolvimento afetivo-sexual e profissional; transformações 
corporais e emocionais. 
Repercussões da Gravidez na adolescência: 
Maternas: DHEG, anemia, prematuridade, anomalias congênitas, disfunção uterina e 
mortalidade materna e perinatal. 
Ao Concepto: morbidade perinatal, mortalidade infantil, BPN, muito baixo peso ao nascer, 
prematuridade. 
Considerações Finais: 
✓ Ocorre um crescimento fetal mais lento em gestantes que continuam crescendo, 
porque se tem uma competição de nutrientes entre mãe e feto 
✓ O crescimento da gestante adolescente pode parar 
✓ Cerca de 50% mantem o crescimento, porém mais lento 
✓ Ocorre uma redução da estatura, a pelve se estreita e pode limitar o crescimento do 
bebe. 
Doença Hipertensiva Específica da Gravidez (DHEG) 
Classificação da Hipertensão: 
▪ Hipertensão crônica:​ presença de PAS > 140 mmHg e/ou PAD > 90 mmHg (em duas 
ocasiões: com pelo menos 4 horas de intervalo, antes da 20° semana de gestação e 
que permanece após 12 semanas de puerpério). O IDEAL É FAZER DIAGNOSTICO 
ANTES DE 12 SEMANAS GESTACIONAIS. 
▪ Hipertensão gestacional:​ elevação nos níveis pressóricos (a pressão se normaliza nas 
primeiras semanas pós-parto); é uma hipertensão isolada e sem proteinúria; é mais 
frequente no final da gravidez. 
▪ Pré-eclâmpsia​: Pode ser leve, grava e superajuntada. Ocorre hipertensão e 
proteinúria. Aparece a partir da 20° semana de gestação, com consequências letais. 
▪ Eclâmpsia:​ Complicações da pré-eclâmpsia e tem os mesmos sintomas. Ocorre crises 
convulsivas, coma, insuficiência hepática e renal. Ocorre uma redução do número de 
plaquetas no sangue. Ocorre mais próximo ao parto ou no momento do parto. 
▪ Síndrome de Hellp:​ H= hemólise; EL= elevação das enzimas hepáticas, LP= diminuição 
das plaquetas. Tem os mesmos sintomas da eclâmpsia + icterícia. 
Pré-Eclâmpsia: 
Fatores de Risco:​ maior incidência em gestantes obesas e de baixa estatura; hipertensão em 
gestação anterior; história familiar de hipertensão crônica; adolescentes; negras; gestante com 
baixa escolaridade e que trabalham fora de casa; maior prevalência nos grupos sanguíneos AB; 
primigestas; gestação múltipla. 
Complicações:​ Eclâmpsia; descolamento da placenta; esteatose hepática aguda; edema agudo 
de pulmão; descolamento da retina. 
Consequências:​ BPN, asfixia; prematuridade, partos cirúrgicos; descolamento prematura da 
placenta; óbito intrauterino e eclâmpsia. 
Tratamento: 
▪ Repouso 
▪ Controle da PA 
▪ Controle do peso 
▪ Dieta normossodica e hiperproteica 
▪ Consultas de pré-natal mais frequentes 
Parte 2: Infantil 
✓ O neném quando tem a sustentação da cabeça (geralmente no final do 2° trimestre) é 
capaz de começar a alimentação e conseguir reter o alimento na boca. 
✓ Quando vai se medir um bebe, pode-se fazer de duas formas: 
▪ Estatura: medido em pé, com auxílio de outra pessoa 
▪ Comprimento: geralmente medido deitado 
✓ O teste do olhinho é feito para prevenção de catarata congênita, que pode causar 
cegueira 
✓ O teste de audição é feito para identificação de surdez 
✓ O perímetro cefálico deve ser medido até os 2 anos de idade, por causa do 
crescimento cerebral ou microcefalia. 
✓ O bebe quando nasce tem mais dificuldade de captar macronutrientes de modo geral, 
porém o seu estomago tem lipase gástrica, na borda em escova tem muita lactase 
(melhor digestão de carboidratos – lactose), porém, para carboidratos mais complexos 
não tem boa digestibilidade ainda. 
✓ A proteína via leite materno tem elos que são quebrados facilmente na digestão do 
bebe, logo, essa proteína não tem uma estrutura muito complexa. 
✓ Quando o leite é de outra fonte, o bebe não consegue quebrar totalmente as 
proteínas por causa da baixa acidez no estomagodo bebe (ocorrendo uma 
regurgitação maior e refluxo) 
✓ A acidez do estomago do bebe vai aumentando conforme são oferecidos alimentos 
✓ Fezes com gordura nos primeiros dias/meses de vida são porque ingeriu gordura do 
leite sem ser do leite materno. 
Motilidade Gástrica: 
● Reflexo Gastrocólico​: no início quando o neném mama, faz coco logo em seguida (esse 
estímulo é mais exacerbado com o leite materno) 
● Ocorre uma motilidade mais lenta se o conteúdo de proteína é maior ou é mais 
complexo de ser quebrado 
● Nos primeiros dias de nascido, o bebe toma 2 ml de leite por mamada, chegando a 
totalizar 10 ml por dia. Depois essa quantidade vai aumentando. 
● No primeiro ano de vida o bebe chega a tomar 250 ml por porção de leite 
● Reflexo de Protusão:​ empurrar a língua para fora na hora da refeição; isso nem 
sempre significa que o bebe não quer o alimento oferecido. Conduta: deve-se 
posicionar a colher na porção mediana da língua, assim, a criança consegue fazer a 
dobradura da língua para trás e deglutir. 
● Bebes que mama só no peito podem ficar até 5 dias sem fazer cocô e não se prisão de 
ventre. 
● Apojadura:​ Quando a mãe esta com o peito “explodindo” de leite, significa que tem 
muita lactose e essa fermentação pode provocar gases (cólica) no bebe. O ideal é não 
trocar de mama quando isso ocorrer, até esvaziar. A mãe não precisa fazer restrição 
alimentar. 
● O primeiro leite da mamada é rico em água, lactose e proteína. 
 
 
Caso 1:​ Sofia tem 1 mês e 5 dias de vida, apresenta crescimento e desenvolvimento adequados 
e está em aleitamento materno exclusivo. A mãe, Alice, está preocupada com a cólica e com as 
evacuações liquidas que ocorrem frequentemente logo após as mamadas. Sofia nasceu de 
parto normal, 1 semana antes da DPP. Alice é mãe solteira, mora com os pais e trabalha como 
secretaria. 
✓ Nesse caso as diarreias são orgânicas, ocorrem após 20 a 30 minutos após a 
amamentação e são normais nesse período neonatal. As causas mais comuns são a 
pega inadequada ou intervalos muito curtos de mamadas por insuficiência de 
esvaziamento adequado da mama. Ocorre então uma sobrecarga de lactose 
aumentando a formação de gases e levando ao desconforto abdominal do lactente. 
✓ Não parece também ser o caso de diarreia pois não há sinais de associação com 
desidratação (ausência de lagrimas, maior volume de urina e etc). 
✓ Bebê de 1 mês e 5 dias já deve olhar na direção de vultos, reage a som, reflexos 
primitivos, sucção (reflexo mais inicial) 
✓ Tempo normal de gestação: 40 semanas, desde a DUM. Com 39 semanas o bebe 
nasceu a termo. 
▪ 38 a 40 semanas = a termo 
▪ Antes de 37 semanas = pré-maturidade 
▪ 40 a 42 semanas = a termo 
▪ Depois de 42 semanas = pós-maturidade 
✓ Enzima mais abundante quando nascemos é a lactase. O bebê já nasce com uma 
capacidade máxima para digerir a lactose. Por isso, mamadas muito frequentes vão 
levar ao excesso de lactose. 
▪ O leite não tem constituição homogênea. A 1° porção é mais abundante em 
lactose e alguns eletrólitos. A porção final é rica em lipídios, justamente para 
que a criança fique saciada no final da mamada. 
▪ Os bebês tendem a sugar quando sentem cólicas, pois a sucção alivia o 
desconforto, já que estimula o peristaltismo. Não quer dizer que o bebê esteja 
com fome, chegando a golfar. A mãe, ao oferecer a mama a cada 20-30 
minutos piora a situação, pois o leite inicial é rico em lactose e aumenta a 
quantidade de lactase, o que aumenta o desconforto abdominal. 
▪ Ainda assim, é possível que o bebê tenha cólicas, provavelmente é o estímulo 
do sistema digestório ao produzir outras enzimas, pode ser também devido a 
eliminação das fezes, etc. 
✓ O leite materno é praticamente todo absorvido, ou seja, as fezes têm muito pouco 
volume. São aquosas e ricas em lactobacilos. É normal a demora para evacuar (até 7 
dias). Com 2 meses, o bebê tem um crescimento acelerado e as fezes praticamente 
desaparecem por alguns dias. 
✓ A mãe provavelmente está insegura e ficou com receio sobre a situação, que não 
representa problema. Não há relação com o fato de ter nascido de 39 semanas. 
✓ A composição do leite materno parecer se independente do estado nutricional da 
mãe, a menos que se trate de uma subnutrição grave, onde o volume de leite 
produzido vai decaindo até cessar totalmente (casos extremos) 
✓ A alimentação da mãe reflete no leite apenas nos casos de consumo excessivo de 
determinados alimentos, como café, chá, ovos, leite, álcool e etc. 
▪ A nicotina diminui a liberação da prolactina, através do efeito inibidor, 
reduzindo a produção de leite. Pode também intoxicar a criança. 
▪ Grandes quantidades de álcool inibem o reflexo de descida do leite, além d 
elevar ao retardo psicomotor. 
Caso 2:​ Lucas tem 5 dias de vida, nasceu de parto cesáreo, a termo, com peso adequado a 
idade gestacional. A mãe queixa-se que tem pouco leite, ele é ralo e não está com suas mamas 
vazando. Os pais de Lucas têm um comercio. 
✓ Todas as mulheres, mesmo as desnutridas leves e moderadas, produzem leite com a 
mesma composição nutricional, capaz de satisfazer as necessidades do recém-nascido 
nos primeiros 4 a 6 meses de vida. 
✓ O leite humano tem composição variável de acordo com o estágio de lactação, 
podendo ser chamado de colostro, leite de transição e leite maduro. 
▪ O colostro é secretado do nascimento ao 4° ou 7° dia de vida. É um fluido 
espesso, amarelado (pois tem muito Beta Caroteno), muito rico em proteínas. 
▪ O leite de transição é produzido entre o 7° e 21° dia de vida da criança. Tem 
menos proteínas e minerais, mais gordura e lactose. 
▪ O leite maduro é o que se segue ao leite de transição (após o 21° dia), ele é 
branco, opaco e tem pouco odor. 
✓ O tipo de parto também influencia a produção do leite nos primeiros dias, já que o 
parto programado leva a maior secreção de ocitocina. 
▪ A iniciação e manutenção da lactação fazem parte de um complexo sistema 
neuroendócrino. Envolve hormônios como prolactina, ACTH, glicocorticoides e 
ocitocina. 
▪ A ocitocina é liberada a partir do estimulo de sucção. Esse hormônio é 
responsável pela descida do leite. 
▪ O estresse e alterações emocionais podem inibir o reflexo de descida do leite. 
✓ Seria interessante que a família toda fosse orientada sobre questões da amamentação, 
já que os pais possuem um comercio e dificilmente a mãe poderá se ausentar do 
trabalho. 
▪ O padrão de sucção entre mamadeira e mama é muito diferente um do outro. 
Na mamadeira, a língua do bebe fica posicionada para trás, na mama, a língua 
vai para frente e ajuda a ejetar o leite. O ideal, no caso da impossibilidade de 
oferecer o seio, seria alimentar o bebê com o leite materno oferecido em um 
copinho. 
✓ No 1° dia devida, a criança ingere cerca de 2 mL a cada mamada, totalizando 10 mL. 
✓ A cor do leite muda de mãe para mãe. O colostro tem muitos carotenoides – 
antioxidantes que protegem o leite dos radicais livres (por isso a cor amarelada). Há 
também muitas imunoglobulinas. Após a fase do colostro, segue-se a fase de 
apojadura – afluxo volumoso de leite aos seios da mulher que amamenta. Essa fase 
leva alguns dias para acontecer. 
✓ O empedramento ocorre devido a estase – o leite foi produzido e não foi retirado por 
alguma razão. 
Caso 3:​ Gabriela, 5 meses, com crescimento e desenvolvimento adequado. Ela vem sendo 
mantida em aleitamento materno exclusivo, porém sua mãe, Andreia vai começar a trabalhar 
na próxima semana e ficou desesperada porque Gabriela cuspiu o lanche da manhã oferecido 
pela 1° vez hoje. Andreia é assistente social e trabalha em órgão público. 
✓ A criança não cuspiu de fato a comida, ela teve um reflexo de protusão, já que a 
mamava exclusivamente no peito. Ao oferecer uma colher ao bebê, ele tem o reflexo 
de sugar, colocando a língua para fora e então acaba por empurrar o alimento. 
✓ Uma alternativa: ao oferecer a comida, tentar colocar esse alimento no meio da língua. 
✓ O bebê abre a boca em resposta a estímulos domamilo em volta do lábio ou no lábio. 
Acaba abrindo a boca naturalmente para a colher também. 
✓ Crescimento e desenvolvimento adequados: o bebê já sustenta a cabeça, vira de 
bruços, agarra objetos, gira sobre o abdome, senta. Pesa em torno de 7kg e mede 
cerca de 75 cm. A criança já mostra interesse no que outra pessoa está comendo. 
▪ A introdução de alimentos sólidos depende que a criança sustente a cabeça e 
o tronco. 
▪ A gordura dificulta e atrasa o processo da digestão. Porém, o leite materno 
possui lipídios com cadeias de mais fácil acesso para as lipases, facilitando o 
processo. 
▪ A lipase gástrica do bebê está ativa quando ele recebe aleitamento materno 
exclusivo. Porém, essa enzima é inativada se o bebê recebe fórmulas – o ph 
fica improprio para a ativação da lipase gástrica. 
Caso 4:​ Pedro, 3 meses de vida, nasceu com 36 semanas gestacionais e grande para a idade 
gestacional. Ele foi alimentado com leite materno complementando com fórmula até a idade 
de 20 dias e desde então está em aleitamento materno exclusivo. Mas Janaína, sua mãe, acha 
que o leite está secando, porque suas mamas não vazam mais. Pedro tem crescimento e 
desenvolvimento adequados. Janaína é professora do ensino médio de uma escola privada e 
seu marido, fisioterapeuta. 
✓ Prematuro = nasceu com menos de 37 semanas 
✓ O bebê prematuro tem dificuldade para sugar, o que justifica o uso de fórmulas 
✓ Nasceu grande para a idade gestacional: mãe com diabete gestacional ou mãe obesa 
(obesidade gestacional) 
✓ Macrossomia fetal = feto grande (maior ou igual a 4kg) 
✓ O bebê poder ser PIG (pequeno para a idade gestacional), GIG (grande para a idade 
gestacional) ou AIG (adequado para a idade gestacional), depende de 2 parâmetros: 
▪ Massa Corporal 
▪ Tempo de duração da gestação 
✓ Com 3 meses, o bebê responde ao contato social (sorriso), emite sons, segura objetos, 
rola (sustenta o tronco). 
✓ As mamas não vazam mais: a mãe está com demanda e produção ajustadas. O bebe 
suga e consome todo o leite que foi produzido. 
✓ Hiperglicemia gestacional: nascimento de bebês macrossomicos 
▪ Com 12 semanas gestacionais, o bebê produz sua própria insulina 
▪ A gestação é uma fase diabetogênica. Os hormônios responsáveis por manter 
e desenvolver a placenta possuem uma ação anti-insulínica. Se há algum 
problema no pâncreas da mãe, ou quando ela entra de uma forma muito 
abrupta nesse ambiente diabetogênico, poderá desenvolver diabetes 
gestacional que implica em uma oferta exagerada de glicose para o bebê, que 
acaba armazenando esse excesso e ganhando peso. 
❖ Pode desenvolver obesidade muito cedo 
❖ Pode ficar hipoglicêmico rapidamente no período pós-parto. Precisa ser monitorado 
até atingir o equilíbrio metabólico. 
❖ Pode desenvolver diabetes futuramente 
Classificação do recém-nascido: 
Quanto ao peso ao nascer 
(OMS) 
Quanto a idade 
gestacional (Ballard) 
Quanto a adequação de 
crescimento (Battaglia) 
BPN (< 2,5 Kg) Prematuro (< 37SG) PIG ( <P10°) 
MBPM (< 1,5 Kg) A Termo (38 a 42 SG) AIG (P10 – P90°) 
EBPN (< 1Kg) Pós Termo (> 42 SG) GIG (P >90°) 
● As crianças que nascem baixo peso, mas no tempo normal (a termo) pode ser que a 
mãe não se alimentou direito ou não teve a suplementação necessária. O que também 
influencia é se ela tem doenças crônicas, os seus hábitos de vida, se fuma, usa drogas 
ou bebe álcool. 
Composto Lácteo x Fórmula Infantil x Leite de Vaca: 
1. Composto Lácteo: 
▪ Produto em pó resultado da mistura do leite com produtos ou substâncias alimentícias 
lácteas ou não lácteas (ou ambas) adicionadas ou não de produtos. 
▪ Não pode ser chamado de leite 
▪ Composto de leite (mínimo de 51%), óleo vegetal, prebioticos e fibra alimentar 
▪ Alguns contem xarope de milho (um tipo de açúcar) que pode viciar o paladar da 
criança (por isso, alguns profissionais não indicam antes dos 2 anos) 
 
2. Fórmula Infantil: 
▪ Produto modificado (composição química baseada no leite materno) 
▪ Gordura animal e vegetal 
▪ Lactose é o carboidrato principal 
▪ Adição de minerais (ferro) e vitaminas (vitamina C) 
▪ 60 a 70 kcal/ml 
 
3. Leite de Vaca: 
▪ Produto natural 
▪ Composto por água, gordura, vitaminas, proteínas, enzimas e lactose 
▪ Tem o cálcio mais biodisponivel 
▪ Dificuldade em achar leite sem produtos químicos 
▪ Menores de 1 ano não devem tomar pois o TGI não está totalmente desenvolvido e 
pode causar APLV – alergia a proteína do leite de vaca 
Soja: 
Megadoses de fitoestrógenos no pó da soja pode aumentar o desenvolvimento sexual 
prematuro em meninas e no retardo do desenvolvimento sexual em meninos. 
Considerações Finais: 
▪ IgA secretora é exclusiva do leite materno 
▪ Banco de leite é para bebes enfermos 
▪ Formula infantil é para bebes saudáveis 
▪ Icterícia pelo aleitamento materno aparece a partir da 2° semana de amamentação. 
Protocolo de alimentação para crianças menos de dois anos – Amamentadas: 
1. Como fazer a introdução da alimentação complementar saudável: 
✓ O aleitamento materno deve ser exclusivo até os 6 meses e continuado até os 
2 anos ou + 
✓ A partir dessa idade a criança deve receber os alimentos de forma lenta e 
gradual 
✓ No inicio a criança pode recusar alguns alimentos, por isso eles devem ser 
oferecidos várias vezes e em dias diferentes para estimular o paladar 
✓ Aos 7 meses introduzir o jantar e aos 8 meses a criança já pode receber 
gradativamente os alimentos preparados para a família 
✓ A alimentação complementar saudável deve ser variada, saborosa, de boa 
qualidade, colorida com a presença dos diversos grupos de alimentos para ser 
rica em energia e nutrientes. 
✓ Orientar a escolha de alimentos frescos, naturais e da safra 
 
 
 
2. Orientações: 
 Ao completar 6 
meses 
Aos 7 meses 8 a 11 meses 12 a 24 meses 
Início da Manhã Leite materno 
sob livre 
demanda 
Leite materno 
sob livre 
demanda 
Leite materno 
sob livre 
demanda 
Leite materno e 
fruta ou cereal 
Meio da Manhã Papa de fruta Papa de fruta Fruta Fruta 
Final da Manhã Almoço Almoço Almoço Almoço 
Meio da Tarde Papa de fruta Fruta Fruta Fruta e Pão ou 
cereal 
Final da Tarde/ 
Noite 
Leite materno Jantar Jantar Jantar 
Quantidade 2 a 3 colheres 
de sopa 
4 a 5 colheres 
de sopa 
6 a 7 colheres 
de sopa 
8 a 10 colheres 
de sopa 
Consistência Alimentos bem 
amassados 
(papa ou purê) 
Alimentos bem 
amassados 
(papa ou purê) 
Alimentos bem 
picados ou 
levemente 
amassados 
Alimentos 
picados 
 
3. Observações: 
✓ As quantidades sugeridas no quadro anterior podem variar de acordo com o apetite e 
desenvolvimento da criança 
✓ A água deve ser introduzida assim que inicia a alimentação complementar. Deve ser 
tratada, filtrada ou fervida e oferecida nos intervalos das refeições 
✓ O mel não pode ser oferecido a menores de 1 ano 
✓ Doces, frituras, embutidos e etc não devem ser oferecidos 
✓ Os alimentos devem ser bem cozidos, refogados ou ensopados, com pouco água até 
ficarem macios 
✓ Usar tempero natural: óleo, alho, cebola, salda, cebolinha e pouco sal 
✓ Os alimentos devem ser amassados com garfo. Não liquidificados e não passar na 
peneira 
✓ Papa deve ser consistente e ser oferecida com a colher 
✓ Não deve misturar os alimentos no prato para que a criança consiga reconhecê0los 
✓ No lanche da manhã e da tarde: frutas sem adição de açúcar, mel ou geleias 
✓ Os líquidos como água e suco de frutas, sem adição de açúcar, devem ser oferecidos 
no copo 
✓ Ao longo do dia variar os alimentos: 
▪ Que prendem o intestino 
▪ Que soltam o intestino 
▪ Ricos em ferro junto com os ricos em vitamina C 
▪ Ricos em vitamina A 
✓ Orientar um alimento de cada grupo no almoço e no jantar: cereais e batatas 
(tubérculos), leguminosas (caldo e grão), verduras, legumes e frutas, carnes e ovos. 
 
 
 
Protocolo de alimentação para crianças menos de dois anos – Desmamadas: 
1. Como fazer a introdução alimentar complementar de crianças desmamadas: 
✓ Qualquer que seja a razão da interrupção da amamentação e uma vez esgotadas aspossibilidades de reverter o desmame, deve-se seguir o esquema alimentar de 
crianças amamentadas, com as seguintes modificações: 
▪ Crianças menores de 4 meses: oferecer apenas refeições lácteas (leite diluído 
+ óleo ou formula láctea infantil) 
▪ Aos 4 meses introduzir lanche da manhã, almoço e lanche da tarde 
▪ Aos 5 meses introduzir o jantar 
 Menores de 4 
meses 
Aos 4 meses Aos 5 meses 8 a 11 meses 12 a 24 
meses 
Tipo de 
Refeição 
Lácteas 
(mamadas) 
Lácteas 
(mamadas) + 
Sólidas: 
lanche da 
manhã e da 
tarde e 
almoço 
Lácteas 
(mamadas) + 
Sólidas: 
lanche da 
manhã e da 
tarde, 
almoço e 
jantar 
Lácteas + 
Sólidas: 
lanche da 
manhã e da 
tarde, 
almoço e 
jantar 
Lácteas + 
Sólidas: 
desjejum, 
lanche da 
manhã e 
da tarde, 
almoço e 
jantar 
Frequência 3/3 horas 3/3 horas 3/3 horas 3/3 horas 3/3 horas 
Quantidade 
dia/volume 
por refeição 
Variam 
conforme 
idade e 
peso(kg) 
Lácteas (3x 
ao dia com 
volume 
variável); 
Sólidas: 2 a 3 
colheres de 
sopa 
Lácteas (2x 
ao dia com 
volume: 150 
a 180 mL); 
Sólidas: 4 a 5 
colheres de 
sopa 
Lácteas (2x 
ao dia com 
volume: 150 
a 180 mL); 
Sólidas: 6 a 7 
colheres de 
sopa 
Lácteas (2x 
ao dia com 
volume: 
150 a 180 
mL); 
Sólidas: 8 a 
10 
colheres 
de sopa 
Consistência Líquida Alimentos 
bem 
amassados 
(papa ou 
purê) 
Alimentos 
bem 
amassados 
(papa ou 
purê) 
Alimentos 
bem picados 
ou 
levemente 
amassados 
Alimentos 
picados 
 
Passo a Passo de como fazer cálculo de ganho de peso de gestante! 
Primeiro:​ Calcular a idade gestacional: 
▪ 1 a 3 dias= considerar o numero de semanas completas (ex: 14 semanas e 3 dias= 14 
semanas) 
▪ 4 a 6 dias= considerar a semana seguinte (ex: 14 semanas e 4 dias= 15 semanas) 
Segundo:​ Calcular o IMC Pré-Gestacional da gestante: 
A) Se o peso pré-gestacional é conhecido: 
< 18,5 Baixo Peso 
18,5 – 24,99 Eutrofia 
25,0 – 29,99 Sobrepeso 
>30 Obesidade 
B) Se o peso pré-gestacional é desconhecido: 
Calcula o IMG gestacional atual, depois localiza no “quadro de avaliação do estado nutricional 
da gestante acima de 19 anos, seguindo índice de massa corporal (IMC) por semana 
gestacional” a semana gestacional e a posição do IMC calculado e classificar o estado 
nutricional da gestante. 
Terceiro:​ Baseado na classificação, estimar o ganho de peso semanal e total (baseando-se no 
quadro de ganho de peso) 
▪ 1° trimestre é até 13° semana 
▪ 2° e 3° trimestres são de 14° a 40° semanas ou mais 
 
Observação: a gestante que já atingiu o ganho de peso total no 2° trimestre: programar o 
ganho de peso mínimo (gestantes com sobrepeso ou obesas o ganho mínimo é de 0,5kg/mês e 
para as com baixo peso ou eutróficas o ganho de peso mínimo é de 1kg/mês) 
Quarto:​ Cálculos 
● VET para adultas: VET= GE (TMB x NAF) + adicional calórico 
● TMB para adultas: 
✓ (18 a 30 anos): (14,818 x peso) + 486,6 
✓ (30 a 60 anos): (8,126 x peso) + 845,6 
✓ Qual peso utilizar para calcular TMB? 
❖ Se a gestante for baixo peso = peso desejável 
❖ Se a gestante for normal= peso desejável ou peso pré-gestacional 
❖ Se a gestante tiver sobrepeso/obesidade = peso pré-gestacional 
● NAF: 
✓ Sedentária: 1,40 – 1,69 (1,53) 
✓ Moderado: 1,70 – 1,99 (1,76) 
✓ Vigoroso: 2,00 – 2,40 (2,25) 
 
● Adicional calórico: 
✓ 1° Trimestre= + 85 kcal 
✓ 2° Trimestre= + 285 kcal 
✓ 3° Trimestre= + 475 kcal 
✓ Se não iniciar o acompanhamento no 1° trimestre, adiciona 85 kcal ao 2° trim. 
 
● Adicional calórico individualizado: 
Passo 1: Calcular o ganho de peso esperado (kg) até a 40° semana gestacional 
Passo 2: Multiplicar o ganho de peso (kg) por 6.417 kcal 
Passo 3: Dividir pelo número de dias que faltam para a gestante completar 40 semanas 
● Recomendações energéticas: 
Proteínas: 
❖ 1° Trimestre = 1,0g/ KG PG + 1g/dia 
❖ 2° Trimestre= 1,0g/ KG PG + 9g/dia 
❖ 3° Trimestre= 1,0g/ KG PG + 31g/dia

Continue navegando