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A engenharia de tráfego prova

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Engenharia do tráfego e medicina de tráfego
A engenharia de tráfego vista como uma atividade unicamente técnica, que utiliza recursos científicos para disciplinar a circulação urbana. Engenharia de tráfego é um ramo da engenharia de transporte que se relaciona com o planejamento, desenho técnico, operações de tráfego de estradas e vias urbanas. Suas redes, terminais e terrenos sendo integrado por todos os modos e tipos de transporte, focando em proporcionar a movimentação segura e eficiente de pessoas e mercadorias.
A engenharia de tráfego é integrada em uma cidade dinâmica, refletindo as mudanças que ocorre no seu sistema de mercado local. Isto não impede que ela seja vista num espaço curto de tempo, durante o qual a estrutura que caracteriza este espaço pode ser visualizada com toda a clareza. Essa clareza é uma tarefa básica da engenharia de trafego, feita com levantamento de dados qualitativo e quantitativo como: volume de tráfego, velocidade, desejos de viagens, comportamentos de motoristas, capacidade do sistema viário, etc. Com o objetivo genérico de estabelecer prioridades na utilização de espaço disponível de ordenar os movimentos de veículos e pessoas.
Isso é fundamental para diferenciar a engenharia de trafego do planejamento urbano, enquanto aquela tenta absolver a realidade em um espaço de tempo curto, sendo então aceitável falar em estrutura, estes tentam pegar os seus movimentos em um prazo longo, perdendo assim a noção de estrutura.
A engenharia de trafego não cuida dos problemas das mudanças que acontecem nas cidades como: ocupação do solo, demanda de transporte. Ela é uma técnica de desenvolvimento de curto prazo, destinado para lidar com a mudança da cidade em certo momento, sendo subordinada a uma politica ampla de planejamento.
Não pode ser em uma única direção, é necessário ter várias rotas, no sentido da engenharia de trafego informar o planejamento sobre as características da operação de transito, definir uma politica de utilização de solo. A atuação da engenharia está condicionada fortemente por um fator externo, que é o nível de aceitação da mesma por parte dos usuários. Isto nos leva a pensar que a educação e fiscalização do trânsito, nem sempre competem a ela.
O gerenciamento de tráfego é o processo de ajuste ou adaptação do uso de um sistema viário existente para atingir determinados objetivos, sem a construção viária substancial. Algumas técnicas são utilizadas como: alterações físicas no sistema viário; mão única, limites de velocidade, proibições de movimentos; informações aos usuários; cobrança pelo uso da estrutura urbana, como estacionamento rotativo, pedágios entre outros; medidas físicas como realocação do espaço, alteração de interseções, alterações na superfície para controle de velocidade, provisão de travessias e mobiliário urbano, sendo este um sistema de sinalização, informação, iluminação pública, energia, comunicação segurança e transporte, ornamentação e acessórios implementados no espaço publico.
Visando a um melhor planejamento da cidade e da circulação, a engenharia necessita de conhecimentos práticos para a elaboração de estudos e projetos de gerenciamento. Esses conhecimentos incluem a coleta de dados, analise de dados e o detalhe do projeto. Sendo que a elaboração de projetos é: elaboração do mapa de localização, localização funcional do sistema viário, circulação e movimentos nas interseções principais, contagem do fluxo de veículos. Ainda pode se destacar algumas regulamentações especificas estabelecida pelo CONTRAN que definem competências e normatizam a utilização da sinalização. De acordo com o CTB no seu artigo 24, incisos 2º e 3º, define a competência do município para planejar, regulamentar e operar o trânsito de veículos, de pedestre, e de animais e promover a segurança viária, implantar, manter e operar o sistema de sinalização.
Os grandes problemas da engenharia de tráfego são à ordenação dos movimentos de bens e pessoas, num certo espaço socioeconômico e em certa época da vida de uma cidade. Os produtos finais de sua atuação são os planos de circulação de bens e das pessoas, regulamentados e disciplinados pelos dispositivos de controle de tráfego. Os meios fundamentais da engenharia é a ordenação da circulação de bens e pessoas, ela lida com vários parâmetros, sendo os mais discutidos e que parecem em todos os projetos:
· Fluidez: a facilidade com que realiza a circulação, medida normalmente em termos de velocidade.
· Acessibilidade: a facilidade com que os equipamentos e construções urbanas são atingidos pelas pessoas.
· Segurança: a garantia de uma circulação isenta de perigos para os usuários, medida normalmente pelos índices de acidentes.
· Qualidade de vida: Conceito mais subjetivo, que reflete uma serie de condições sobre a qualidade de vida urbana, grau de poluição, respeito ao uso do solo e á hierarquia funcional das vias.
Enquanto a Medicina de Tráfego é o ramo da ciência médica que trata da manutenção do bem-estar físico, psíquico e social do ser humano que se desloca, qualquer que seja o meio que propicie a sua mobilidade, cuidando, também, das interações desses deslocamentos (e dos mecanismos que o propiciam) com o homem, visando ao equilíbrio ecológico.
Estuda as causas do acidente de tráfego a fim de preveni-lo ou mitigar suas consequências, além de contribuir com subsídios técnicos para a elaboração do ordenamento legal e modificação do comportamento do usuário do sistema de circulação viária.
A medicina de trafego começou na década de 60. Médicos legistas, reunidos em Nova York, durante a realização do II International Meeting on Forensic Medicine, sob a liderança do professor Cesare Gerin, Diretor do Instituto de Medicina Legal de Roma e Presidente da Associação Italiana de Medicina de Tráfego, já então fundada, tomaram a decisão histórica de se reunirem “em futuro próximo, com o propósito especifico de debater as graves consequências dos acidentes de trânsito e sua problemática médica”.
O que os levava a essa decisão era o fato de, no dizer dos legistas, “virem ter, às nossas mãos, as consequências mais dramáticas dos infortúnios do tráfego” (cf. Veiga de Carvalho, H, Rev. ABRAMET, 1999).
A reunião proposta aconteceu em San Remo, Itália, entre 8 e 11 de dezembro do mesmo ano, e foi chamada de Congresso de Medicina de Tráfego, aglutinando mais de 300 participantes de diferentes países. O professor Gerin abriu o Congresso falando das finalidades deste:
“Visto a grande atualidade dos problemas do tráfego e suas perspectivas, cada vez mais evidentes, com os novos voos espaciais e a utilização, cada vez maior, dos automóveis, criando uma elevação assustadora de acidentes nas estradas, trazendo inúmeros problemas que deveriam ser estudados nesse conjunto que se deve denominar Medicina de Tráfego”.
O Brasil foi representado, no evento, pelo professor Hilário Veiga de Carvalho, à época professor da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo, diretor do Instituto Oscar Freire e presidente da Sociedade de Medicina Legal e Criminologia de São Paulo, convidado especial do Congresso.
Na ocasião, foi proposta e aceita a fundação da sociedade Internacional de Infortunística e Medicina do Tráfego, que posteriormente passaria a ser denominada Associação Internacional de Medicina e Acidentes e do Tráfego – IAATM –, para a qual o professor Hilário foi indicado como vice-presidente.
O primeiro congresso dessa nova sociedade aconteceu em Roma, em abril de 1963. Registro importante deve ser feito ao IV Congresso, que teve lugar em Paris, em 1972, visto ter sido, naquele momento, atribuído ao médico “avaliar o comportamento humano nos acidentes de tráfego”. Eram as seguintes essas atribuições:
•   desenvolver critérios médicos e psicológicos para a condução segura;
•   realizar pesquisas para estudar as causas que determinam os acidentes;
•   colaborar para que se impeçam os motoristas, com tendências para infortúnios, de dirigir, especialmente os alcoólatras e viciados em  drogas;
•   agir como consultor das agências de seguroem grupo de licenciamento;
•   advertir seus pacientes para não dirigir enquanto não estiverem devidamente qualificados;
•   melhorar os cuidados com as vítimas de acidentes e promover os meios ideais para o transporte das pessoas lesionadas.

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