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Educação para o Trânsito - Final

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Prévia do material em texto

Brasília-DF. 
Educação para o TrânsiTo
Elaboração
Daniel Celestino de Freitas Pereira
Produção
Equipe Técnica de Avaliação, Revisão Linguística e Editoração
Sumário
APrESEntAção ................................................................................................................................. 4
orgAnizAção do CAdErno dE EStudoS E PESquiSA .................................................................... 5
introdução.................................................................................................................................... 7
unidAdE ÚniCA
EDUCAÇÃO PARA O TRÂNSITO ............................................................................................................ 13
CAPítulo 1
O qUE é EDUCAÇÃO PARA O TRÂNSITO ................................................................................. 13
CAPítulo 2
PACTO NACIONAl PARA REDUÇÃO DE ACIDENTES DE TRÂNSITO ............................................. 24
CAPítulo 3
CAmPANhAS DE EDUCAÇÃO DO DENATRAN ......................................................................... 66
CAPítulo 4
SEmANA NACIONAl DO TRÂNSITO.......................................................................................... 73
CAPítulo 5
DIRETRIzES NACIONAIS DE EDUCAÇÃO NO TRÂNSITO ............................................................ 78
CAPítulo 6
PRêmIO DENATRAN DE EDUCAÇÃO NO TRÂNSITO .................................................................. 86
CAPítulo 7
EDUCAÇÃO PARA O TRÂNSITO Em OUTROS PAíSES ................................................................. 88
CAPítulo 8
EDUCAÇÃO PARA O TRÂNSITO NA ESCOlA ............................................................................ 93
PArA (não) FinAlizAr ..................................................................................................................... 96
rEFErênCiAS .................................................................................................................................. 99
4
Apresentação
Caro aluno
A proposta editorial deste Caderno de Estudos e Pesquisa reúne elementos que se 
entendem necessários para o desenvolvimento do estudo com segurança e qualidade. 
Caracteriza-se pela atualidade, dinâmica e pertinência de seu conteúdo, bem como pela 
interatividade e modernidade de sua estrutura formal, adequadas à metodologia da 
Educação a Distância – EaD.
Pretende-se, com este material, levá-lo à reflexão e à compreensão da pluralidade 
dos conhecimentos a serem oferecidos, possibilitando-lhe ampliar conceitos 
específicos da área e atuar de forma competente e conscienciosa, como convém 
ao profissional que busca a formação continuada para vencer os desafios que a 
evolução científico-tecnológica impõe ao mundo contemporâneo.
Elaborou-se a presente publicação com a intenção de torná-la subsídio valioso, de modo 
a facilitar sua caminhada na trajetória a ser percorrida tanto na vida pessoal quanto na 
profissional. Utilize-a como instrumento para seu sucesso na carreira.
Conselho Editorial
5
organização do Caderno
de Estudos e Pesquisa
Para facilitar seu estudo, os conteúdos são organizados em unidades, subdivididas em 
capítulos, de forma didática, objetiva e coerente. Eles serão abordados por meio de textos 
básicos, com questões para refl exão, entre outros recursos editoriais que visam a tornar 
sua leitura mais agradável. Ao fi nal, serão indicadas, também, fontes de consulta, para 
aprofundar os estudos com leituras e pesquisas complementares.
A seguir, uma breve descrição dos ícones utilizados na organização dos Cadernos de 
Estudos e Pesquisa.
Provocação
Textos que buscam instigar o aluno a refletir sobre determinado assunto antes 
mesmo de iniciar sua leitura ou após algum trecho pertinente para o autor 
conteudista.
Para refletir
Questões inseridas no decorrer do estudo a fi m de que o aluno faça uma pausa e refl ita 
sobre o conteúdo estudado ou temas que o ajudem em seu raciocínio. É importante 
que ele verifi que seus conhecimentos, suas experiências e seus sentimentos. As 
refl exões são o ponto de partida para a construção de suas conclusões.
Sugestão de estudo complementar
Sugestões de leituras adicionais, fi lmes e sites para aprofundamento do estudo, 
discussões em fóruns ou encontros presenciais quando for o caso.
Praticando
Sugestão de atividades, no decorrer das leituras, com o objetivo didático de fortalecer 
o processo de aprendizagem do aluno.
6
Atenção
Chamadas para alertar detalhes/tópicos importantes que contribuam para a 
síntese/conclusão do assunto abordado.
Saiba mais
Informações complementares para elucidar a construção das sínteses/conclusões 
sobre o assunto abordado.
Sintetizando
Trecho que busca resumir informações relevantes do conteúdo, facilitando o 
entendimento pelo aluno sobre trechos mais complexos.
Exercício de � xação
Atividades que buscam reforçar a assimilação e fi xação dos períodos que o autor/
conteudista achar mais relevante em relação a aprendizagem de seu módulo (não 
há registro de menção).
Avaliação Final
Questionário com 10 questões objetivas, baseadas nos objetivos do curso, 
que visam verifi car a aprendizagem do curso (há registro de menção). É a única 
atividade do curso que vale nota, ou seja, é a atividade que o aluno fará para saber 
se pode ou não receber a certifi cação.
Para (não) � nalizar
Texto integrador, ao fi nal do módulo, que motiva o aluno a continuar a aprendizagem 
ou estimula ponderações complementares sobre o módulo estudado.
7
introdução
O trânsito é uma questão de extrema importância para a sociedade atual. Isso porque 
o trânsito além de ser umas das principais causas de mortes no mundo, ainda pode ser 
um fator crítico ao se falar em qualidade de vida da população, pois a mobilidade tem 
interferência direta nessa questão. É nesse contexto que a educação de trânsito se torna 
um fator chave para uma sociedade melhor. 
A educação de trânsito possui diversas vertentes entre os estudiosos do ramo. Para a 
legislação de trânsito brasileira, a educação de trânsito é tratada com foco no sentido 
relacionado a bancos escolares. Para Rozestraten (1988), a educação de trânsito 
além das escolas, está relacionada à educação recebida no lar e ao comportamento e 
personalidade do individuo. Para Ramalho (2011), há ainda nesse contexto a questão 
emocional, que deva ser trabalhada constantemente na população.
Mas pra quê educar? 
Não bastariam apenas as leis mais severas e uma fi scalização mais efetiva 
quantos às leis? 
Pretendo que cheguemos juntos a essas respostas no decorrer de nosso estudo, 
entretanto, antes de mergulharmos no assunto da educação para o trânsito, vamos 
entender um pouco dos números que cercam o trânsito, números estes que nos provam 
a importância do assunto para a população.
Segundo estudo da WHO (2014) a respeito das principais causas de morte no mundo de 
2000 a 2014, o trânsito aparece entre elas conforme Figura 1.
Figura 1. Comparação dos percentuais das principais causas de mortes no mundo.
 
0
1
2
3
4
5
6
7
8
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2000
2012
Fonte: WhO (2014) com adaptações.
8
Voltando nossa atenção para o Brasil, vemos que estamos entre os países com maior 
número de morte no trânsito. Segundo o Instituto Avante Brasil, em 2010, o Brasil 
estava entre os quatro países com maiores números de mortos no trânsito, conforme 
fi gura 2.
Figura 2. Ranking dos países com maior número de mortes no trânsito.
Fonte: GOMES (2014).
Uma melhor análise deve levar em consideração não apenas a quantidade total, mas 
sim essa quantidade em relação ao número de habitantes. Ao realizar a análise por 
habitantes, verifi camos que o Brasil possui taxa de 22,5 mortes para cada 100 mil, 
conforme dados do Ministério da Saúde (MS). Essataxa coloca o Brasil em 33o país 
com maior taxa de mortalidade (fi gura 3).
9
Figura 3. Ranking dos países com maior taxa de mortalidade (por 100 mil habitantes) em acidentes de trânsito em 
2010.
Fonte: Waiselfisz (2013) com adaptações.
Conforme dados do MS (Figuras 4 e 5), o trânsito mata mais que arma de fogo no Brasil.
Figura 3. quadro de mortes por arma de fogo.
Ano do Óbito Região Norte Região Nordeste Região Sudeste Região Sul Região Centro-Oeste Total
2001 1.388 7.548 19.343 2.885 2.237 33.401
2002 1.526 7.710 19.365 3.173 2.386 34.160
2003 1.683 8.552 19.917 3.513 2.450 36.115
2004 1.789 8.078 18.245 3.719 2.356 34.187
2005 2.032 9.209 16.047 3.898 2.233 33.419
2006 2.308 10.360 15.923 4.034 2.296 34.921
2007 2.347 11.412 13.579 4.330 2.479 34.147
2008 2.892 12.719 12.447 4.855 2.763 35.676
2009 3.241 13.617 11.989 4.832 2.945 36.624
2010 3.820 14.179 11.366 4.620 2.807 36.792
2011 3.556 14.588 10.988 4.390 3.215 36.737
2012 3.746 16.132 11.854 4.673 3.672 40.077
Total 30.328 134.104 181.063 48.922 31.839 426.256
Fonte: Brasil (2011) com adaptações.
10
Figura 4. quadro de mortes no trânsito.
Ano do Óbito Região Norte Região Nordeste Região Sudeste Região Sul Região Centro-Oeste Total
2001 1.930 6.578 13.061 5.830 3.125 30.524
2002 2.168 7.586 12.994 6.365 3.640 32.753
2003 2.198 7.296 13.716 6.483 3.445 33.138
2004 2.289 7.810 14.178 7.032 3.796 35.105
2005 2.366 8.550 14.424 6.909 3.745 35.994
2006 2.512 8.608 14.862 6.860 3.525 36.367
2007 2.567 9.139 15.008 7.026 3.667 37.407
2008 2.728 9.295 15.183 7.076 3.991 38.273
2009 2.698 9.663 14.151 6.981 4.101 37.594
2010 3.371 11.887 15.572 7.535 4.479 42.844
2011 3.448 12.063 15.887 7.432 4.426 43.256
2012 3.634 13.285 15.687 7.640 4.566 44.812
Total 31.909 111.760 174.723 83.169 46.506 448.067
Fonte: Brasil (2011) com adaptações.
Segundo a Who (2014), se nada for feito, os acidentes de trânsito acarretarão a morte 
de cerca de 1,9 milhões de pessoas por ano até 2020.
Já que falamos em educação no trânsito também como contexto escolar, vamos também 
analisar os dados referente à mortalidade de jovens no trânsito. Segundo Waiselfi sz 
(2014), de 2010 a 2012 a média de mortes de jovens em acidentes de trânsito foi de 
mais de 15.000 mortes por ano.
Figura 5. Número e taxas de óbito (por 100 mil) em acidentes de transporte nos anos de 1992 a 2012 – População 
Jovem, Não Jovem e Total.
Fonte: Waiselfisz (2014) com adaptações.
11
Um último dados de extrema relevância diz respeito a questões financeiras. Segundo 
o Waiselfisz (2013), em 2013 os acidentes de trânsito representaram para o Brasil um 
custo total de R$ 210,8 milhões de reais, e para o mundo, um custo aproximado de U$ 
518 bilhões por ano. 
Com todos os dados informados até aqui, percebemos a importância do assunto trânsito. 
Melhorar esses números não é apenas uma ação de competência do Governo, a educação 
para o trânsito possibilita intervir nesse cenário. Vale ressaltar, que segundo estudo 
da Fundação Dom Cabral (RESENDE, 2011), o comportamento humano chegam a ser 
responsáveis por 90% dos acidentes.
objetivos
 » Entender a educação para o trânsito e como é tratado nas escolas.
 » Considerar como o Governo Brasileiro, outros países e os Organismos 
Mundiais têm tratado do assunto.
13
unidAdE ÚniCAEduCAção PArA o 
trÂnSito
O comportamento humano está presente em 90% dos acidentes de trânsito (RESENDE, 
2011), isso nos revela que as ações governamentais relacionadas a legislações severas e 
fi scalizações rigorosas não são sufi cientes para melhorar o quadro do trânsito mundial. 
É preciso uma mudança de comportamento de todas as pessoas que fazem uso do 
trânsito e nesse cenário a educar para o trânsito, de forma continuada e permanente, 
pode ser uma solução efi caz.
Com aspecto introdutório de nosso estudo, vejamos o vídeo Cidadania e 
Educação no Trânsito produzido pela Secretaria de Estado de Educação do 
Paraná. Disponível em: <https://www.youtube.com/watch?v=WNPvkczJsbQ>.
Bons estudos.
CAPítulo 1
o que é Educação para o trânsito
Nesse capítulo, começaremos nosso entendimento sobre o que é educação para o 
trânsito. Abordaremos conceitos introdutórios sobre o que é educação e o que seria 
a educação para o trânsito propriamente dita, além de vermos como a legislação de 
trânsito brasileira trata esse tema.
Vamos lá!
o que é Educar?
Para começar nosso estudo sobre Educação para o Trânsito, iniciaremos conceituando 
a palavra educar.
14
unidAdE ÚniCA │ EduCAção PArA o trÂnSito
e.du.car (lat educare) vtd 1 Ministrar educação a. vtd 2 Formar a inteligência, 
o coração e o espírito de: Educai bem vossos � lhos. Educai-os com elevados 
conselhos e bons exemplos. Educai-vos na fé cristã. vtd 3 Doutrinar, instruir: 
O professor educa os seus alunos. vpr 4 Cultivar a inteligência; instruir-se: 
Esta geração amalucada mal se educa nas lides escolares.vtd 5 Aperfeiçoar, 
desenvolver a efi ciência ou a beleza: Educar a voz, o ouvido. vtd 6 Criar e 
adestrar animais domésticos. vtd 7 Criar e fazer multiplicarem-se os animais para 
tirar deles proveito industrial. vtd 8 Aclimar, plantar ou cultivar, empregando 
todos os recursos da arte ou da experiência, para obter maior soma possível de 
produtos ou de vantagens. vpr 9 Criar-se.
(MICHAELIS, 2014)
Para falar de educação, gostaria de retomar aqui a conceituação dada pelo grande 
fi losofo Sócrates. Para ele, a educação apenas ajudava as pessoas a tirarem de si mesmas 
opiniões próprias e limpas de falsos valores, pois o verdadeiro conhecimento tem de vir 
de dentro, de acordo com a consciência, o professor nada mais pode fazer que orientar 
e esclarecer dúvidas, mas não é o construtor do conhecimento. Assim o aprendizado 
acontece a partir de conhecimentos que o individuo já possua, assim (PLATÃO, 1987).
Mas e quantos as leis? Elas são importantes?
Para responder essa pergunta, gostaria de retomar o pensamento do Filósofo Santo 
Tomas de Aquino que seguindo a escola de Platão, complementa que há duas linhas para 
a educação do homem baseado nos valores do indivíduo. Caso o cidadão seja virtuoso, 
aplica-se perfeitamente o método Socrático de educar. Entretanto, caso o indivíduo não 
possua valores de virtude, ou seja, difícil resgatá-los, então deve-se utilizar as leis como 
caráter obrigatório ou doutrinário (AQUINO, 2002).
Essas conceituações são perfeitamente aplicáveis ao contexto da educação para o 
trânsito, que é a educação como caráter formativo do indivíduo como cidadão em 
uma sociedade. Trata-se de valores sociais que se estendem ao trânsito. De fato o 
comportamento e os valores do ser humano são fatores que devem ser trabalhados, 
pois possuem relação direta com sua postura ao volante, adotando-se assim as leis, e 
suas punições, como elemento delimitador de condutas.
Agora que já entendemos o conceito de educação vamos entender o que é trânsito, para 
então tentarmos chegar ao conceito chave que trataremos nessa disciplina, a Educação 
para o Trânsito.
15
EduCAção PArA o trÂnSito │ unidAdE ÚniCA
o que é trânsito
Para conceituar o que é trânsito, vamos iniciar com a conceituação dada pelo Código de 
Trânsito Brasileiro (CTB):
Art. 1o O trânsito de qualquer natureza nas vias terrestres do território 
nacional, abertas à circulação, rege-se por este Código.
§ 1o Considera-se trânsito a utilização das vias por pessoas, veículos 
e animais, isolados ou em grupos, conduzidos ou não, para fins de 
circulação, parada, estacionamento e operação de carga ou descarga.
(BRASIL, 1997).
Para Vasconcelos (1995):
O trânsito é uma disputa pelo espaço físico, que reflete uma disputa 
pelo tempo e pelo acesso aos equipamentos urbanos, é uma negociação 
permanente do espaço coletiva e conflituosa. E essa negociação, dadas 
às características de nossa sociedade, não se dá entre pessoas iguais: 
a disputa pelo espaço tem uma base ideológica e política; depende de 
como as pessoas se veem na sociedade e de seu acesso real ao poder.
(VASCONCELOS, 1995).Para Rozestraten (1988):
“O trânsito é conjunto de deslocamentos de pessoas e veículos nas vias 
públicas, dentro de um sistema convencional de normas, que tem por 
fim assegurar a integridade de seus participantes.”
(ROZESTRATEN, 1988).
Baseado nesses conceitos de trânsito, vamos agora buscar a junção do que aprendemos 
sobre educação e trânsito, com o objetivo de entender o assunto chave desse nosso 
estudo!
Educação para o trânsito
Buscando a junção dos conceitos, podemos entender que a educação para o trânsito 
significa que o comportamento humano no trânsito possa ser determinado por sua 
capacidade de aprendizado, sendo que esse conhecimento ocorre por meio de sua 
experiência individual. Em outras palavras, moldar ou educar um motorista, é uma 
16
unidAdE ÚniCA │ EduCAção PArA o trÂnSito
atividade que interfere diretamente no comportamento do motorista ao volante, trabalho 
que será melhor aproveitado pelo aluno a medida que a formação do conhecimento é 
gerado a partir de conhecimentos pré-adquiridos.
Embora, exista uma divergência sobre a melhor forma de aplicação da educação 
para o trânsito, assunto que iremos tratar ao longo de nosso estudo, é preciso ter em 
mente que o conceito de educação de trânsito propriamente dita, implica diretamente 
na conquista de um trânsito civilizado e não militarizado. A militarização do trânsito 
implica no fortalecimento do caráter punitivo do trânsito, fortalecendo regras e a 
fiscalização sobre a obediência as mesmas, já a civilização do trânsito, consiste em um 
foco educacional e formativo do motorista, utilizando inclusive valores baseados em 
princípios éticos sociais para um trânsito harmonizado.
Antes de entrarmos em mais detalhes da educação para o trânsito, precisamos 
primeiramente deixar claro em qual escopo estamos atuando. Precisamos ter como 
premissa que embora no Brasil as pessoas se locomovam utilizando canoas, barcos, 
bicicletas, carroças, ônibus, lotação, moto-taxi, aviões e diversos outros meio de 
transporte, o escopo principal de nosso estudo é o trânsito terrestre, que é aquele regido 
pelo Código de Trânsito Brasileiro, embora podemos mencionar aspectos dos outros 
meios com o intuito de melhorar a aprendizagem.
Educação para o trânsito no Código de trânsito 
Brasileiro
O Código de Trânsito Brasileiro (CTB) tratou o tema de forma geral e abstrata, como 
trata normalmente os assuntos relacionados ao trânsito. O CTB trata aspectos gerais e 
deixa lacunas para, em regra, serem tratadas por resoluções do Conselho Nacional de 
Trânsito (CONTRAN).
Para melhor esclarecer, embora não seja o foco de nossa disciplina, devemos 
entender que a Lei no 9.503/1997 denominada de CTB, reuni grande parte das 
legislações relacionadas ao trânsito terrestre em uma só norma. Podemos assim 
fazer uma analogia com as normas constitucionais de eficácia limitada, que 
necessitam de leis que preencham suas lacunas.
A educação de trânsito no CTB possui entre suas deliberações as seguintes:
 » criação de uma coordenação educacional em cada órgão do Sistema 
Nacional de Trânsito (SNT);
 » criação de Escolas Públicas de Trânsito;
17
EduCAção PArA o trÂnSito │ unidAdE ÚniCA
 » estabelecimento de campanhas educativas de trânsito de caráter 
permanente e da Semana Nacional de Trânsito;
 » promoção de educação de trânsito nas escolas de 1o, 2o e 3o graus;
 » divulgação de técnicas e procedimentos a serem adotados como primeiros 
socorros; e
 » criação de programas destinados à prevenção de acidentes.
Vejamos o texto do CTB:
CAPÍTULO VI
DA EDUCAÇÃO PARA O TRÂNSITO
Art. 74. A educação para o trânsito é direito de todos e constitui dever 
prioritário para os componentes do Sistema Nacional de Trânsito.
§ 1o É obrigatória a existência de coordenação educacional em cada 
órgão ou entidade componente do Sistema Nacional de Trânsito.
§ 2o Os órgãos ou entidades executivos de trânsito deverão promover, 
dentro de sua estrutura organizacional ou mediante convênio, o 
funcionamento de Escolas Públicas de Trânsito, nos moldes e padrões 
estabelecidos pelo CONTRAN.
Art. 75. O CONTRAN estabelecerá, anualmente, os temas e os 
cronogramas das campanhas de âmbito nacional que deverão ser 
promovidas por todos os órgãos ou entidades do Sistema Nacional 
de Trânsito, em especial nos períodos referentes às férias escolares, 
feriados prolongados e à Semana Nacional de Trânsito.
§ 1o Os órgãos ou entidades do Sistema Nacional de Trânsito deverão 
promover outras campanhas no âmbito de sua circunscrição e de acordo 
com as peculiaridades locais.
§ 2o As campanhas de que trata este artigo são de caráter permanente, 
e os serviços de rádio e difusão sonora de sons e imagens explorados 
pelo poder público são obrigados a difundi-las gratuitamente, com a 
frequência recomendada pelos órgãos competentes do Sistema Nacional 
de Trânsito.
Art. 76. A educação para o trânsito será promovida na pré-escola 
e nas escolas de 1o, 2o e 3o graus, por meio de planejamento e ações 
coordenadas entre os órgãos e entidades do Sistema Nacional de 
18
unidAdE ÚniCA │ EduCAção PArA o trÂnSito
Trânsito e de Educação, da União, dos Estados, do Distrito Federal e 
dos Municípios, nas respectivas áreas de atuação.
Parágrafo único. Para a finalidade prevista neste artigo, o Ministério 
da Educação e do Desporto, mediante proposta do CONTRAN e do 
Conselho de Reitores das Universidades Brasileiras, diretamente ou 
mediante convênio, promoverá:
I - a adoção, em todos os níveis de ensino, de um currículo 
interdisciplinar com conteúdo programático sobre segurança de 
trânsito;
II - a adoção de conteúdos relativos à educação para o trânsito nas 
escolas de formação para o magistério e o treinamento de professores e 
multiplicadores;
III - a criação de corpos técnicos interprofissionais para levantamento e 
análise de dados estatísticos relativos ao trânsito;
IV - a elaboração de planos de redução de acidentes de trânsito junto 
aos núcleos interdisciplinares universitários de trânsito, com vistas à 
integração universidades-sociedade na área de trânsito.
Art. 77. No âmbito da educação para o trânsito caberá ao Ministério 
da Saúde, mediante proposta do CONTRAN, estabelecer campanha 
nacional esclarecendo condutas a serem seguidas nos primeiros 
socorros em caso de acidente de trânsito.
Parágrafo único. As campanhas terão caráter permanente por 
intermédio do Sistema Único de Saúde (SUS), sendo intensificadas nos 
períodos e na forma estabelecidos no art. 76.
Art. 77-A. São assegurados aos órgãos ou entidades componentes do 
Sistema Nacional de Trânsito os mecanismos instituídos nos arts. 77-B 
a 77-E para a veiculação de mensagens educativas de trânsito em todo o 
território nacional, em caráter suplementar às campanhas previstas nos 
arts. 75 e 77. (Incluído pela Lei no 12.006, de 2009).
Art. 77-B. Toda peça publicitária destinada à divulgação ou promoção, 
nos meios de comunicação social, de produto oriundo da indústria 
automobilística ou afim, incluirá, obrigatoriamente, mensagem 
educativa de trânsito a ser conjuntamente veiculada. (Incluído pela Lei 
no 12.006, de 2009).
19
EduCAção PArA o trÂnSito │ unidAdE ÚniCA
§ 1o Para os efeitos dos arts. 77-A a 77-E, consideram-se produtos 
oriundos da indústria automobilística ou afins: (Incluído pela Lei no 
12.006, de 2009).
I – os veículos rodoviários automotores de qualquer espécie, incluídos 
os de passageiros e os de carga; (Incluído pela Lei no 12.006, de 2009).
II – os componentes, as peças e os acessórios utilizados nos veículos 
mencionados no inciso I. (Incluído pela Lei no 12.006, de 2009).
§ 2o O disposto no caput deste artigo aplica-se à propaganda de 
natureza comercial, veiculada por iniciativa do fabricante do produto, 
em qualquer das seguintes modalidades: (Incluído pela Lei no 12.006, 
de 2009).
I – rádio; (Incluído pela Lei no 12.006, de 2009).
II – televisão; (Incluído pela Lei no 12.006, de 2009).
III – jornal; (Incluído pelaLei no 12.006, de 2009).
IV – revista; (Incluído pela Lei no 12.006, de 2009).
V – outdoor. (Incluído pela Lei no 12.006, de 2009).
§ 3o Para efeito do disposto no § 2o, equiparam-se ao fabricante o 
montador, o encarroçador, o importador e o revendedor autorizado dos 
veículos e demais produtos discriminados no § 1o deste artigo. (Incluído 
pela Lei no 12.006, de 2009).
Art. 77-C. Quando se tratar de publicidade veiculada em outdoor 
instalado à margem de rodovia, dentro ou fora da respectiva faixa de 
domínio, a obrigação prevista no art. 77-B estende-se à propaganda 
de qualquer tipo de produto e anunciante, inclusive àquela de caráter 
institucional ou eleitoral. (Incluído pela Lei no 12.006, de 2009).
Art. 77-D. O Conselho Nacional de Trânsito (Contran) especificará o 
conteúdo e o padrão de apresentação das mensagens, bem como os 
procedimentos envolvidos na respectiva veiculação, em conformidade 
com as diretrizes fixadas para as campanhas educativas de trânsito a 
que se refere o art. 75. (Incluído pela Lei no 12.006, de 2009).
Art. 77-E. A veiculação de publicidade feita em desacordo com as 
condições fixadas nos arts. 77-A a 77-D constitui infração punível com 
as seguintes sanções: (Incluído pela Lei no 12.006, de 2009).
20
unidAdE ÚniCA │ EduCAção PArA o trÂnSito
I – advertência por escrito; (Incluído pela Lei no 12.006, de 2009).
II – suspensão, nos veículos de divulgação da publicidade, de qualquer 
outra propaganda do produto, pelo prazo de até 60 (sessenta) dias; 
(Incluído pela Lei no 12.006, de 2009).
III – multa de 1.000 (um mil) a 5.000 (cinco mil) vezes o valor da 
Unidade Fiscal de Referência (Ufir), ou unidade que a substituir, 
cobrada do dobro até o quíntuplo, em caso de reincidência. (Incluído 
pela Lei no 12.006, de 2009).
§ 1o As sanções serão aplicadas isolada ou cumulativamente, conforme 
dispuser o regulamento. (Incluído pela Lei no 12.006, de 2009).
§ 2o Sem prejuízo do disposto no caput deste artigo, qualquer infração 
acarretará a imediata suspensão da veiculação da peça publicitária 
até que sejam cumpridas as exigências fixadas nos arts. 77-A a 77-D. 
(Incluído pela Lei no 12.006, de 2009).
Art. 78. Os Ministérios da Saúde, da Educação e do Desporto, do 
Trabalho, dos Transportes e da Justiça, por intermédio do CONTRAN, 
desenvolverão e implementarão programas destinados à prevenção de 
acidentes.
Parágrafo único. O percentual de dez por cento do total dos valores 
arrecadados destinados à Previdência Social, do Prêmio do Seguro 
Obrigatório de Danos Pessoais causados por Veículos Automotores de 
Via Terrestre (DPVAT), de que trata a Lei no 6.194, de 19 de dezembro 
de 1974, serão repassados mensalmente ao Coordenador do Sistema 
Nacional de Trânsito para aplicação exclusiva em programas de que 
trata este artigo.
Art. 79. Os órgãos e entidades executivos de trânsito poderão firmar 
convênio com os órgãos de educação da União, dos Estados, do Distrito 
Federal e dos Municípios, objetivando o cumprimento das obrigações 
estabelecidas neste capítulo.”
(BRASIL, 1997).
Podemos perceber que mesmo com as diversas ações previstas no CTB, muitas 
iniciativas não evoluíram muito no Brasil. Em nossas escolas, no geral, não houve a 
implantação do que é descrito em nosso CTB, pois a inclusão de educação de trânsito 
no plano de aulas das escolas é uma atividade conjunta de todos os entes da federação. 
Veremos no ultimo capítulo, mais detalhes de como a educação de trânsito tem sido 
21
EduCAção PArA o trÂnSito │ unidAdE ÚniCA
tratado pelo Ministério da Educação (MEC) e pelas escolas em geral. Um tema em que 
houve evolução, diz respeito às campanhas educativas por parte dos órgãos executivos 
de trânsito.
Educação para o trânsito nas resoluções do 
ContrAn
O CONTRAN tratou o tema educação de trânsito de forma bem clara na Resolução no 
166/2004. Vejamos um trecho importante dessa resolução: 
A educação para o trânsito é direito de todos e constitui dever prioritário 
dos componentes do Sistema Nacional de Trânsito (CTB, capítulo V).
A educação para o trânsito deve ser promovida desde a pré-escola ao 
ensino superior, por meio de planejamento e ações integradas entre os 
diversos órgãos do Sistema Nacional de Trânsito e do Sistema Nacional 
de Educação. Segundo o Código de Trânsito Brasileiro, mediante 
proposta do Conselho Nacional de Trânsito e do Conselho de Reitores 
das Universidades Brasileiras, cabe ao Ministério da Educação, 
promover a adoção, em todos os níveis de ensino, de um currículo 
interdisciplinar sobre segurança de trânsito, além de conteúdos de 
trânsito nas escolas de formação para o magistério e na capacitação de 
professores e multiplicadores.
A educação para o trânsito ultrapassa a mera transmissão de 
informações. Tem como foco o ser humano, e trabalha a possibilidade 
de mudança de valores, comportamentos e atitudes. Não se limita a 
eventos esporádicos e não permite ações descoordenadas. Pressupõe 
um processo de aprendizagem continuada e deve utilizar metodologias 
diversas para atingir diferentes faixas etárias e clientela diferenciada.
A educação para o trânsito tem como mola mestra a disseminação de 
informações e a participação da população na resolução de problemas, 
principalmente quando da implantação de mudanças, e só é considerada 
eficaz na medida em que a população alvo se conscientiza do seu papel 
como protagonista no trânsito e modifica comportamentos indevidos. 
Uma comunidade mal informada não reage positivamente a ações 
educativas.
A educação inclui a percepção da realidade e a adaptação, assimilação 
e incorporação de novos hábitos e atitudes frente ao trânsito ─ 
22
UNIDADE ÚNICA │ EDUCAÇÃO PARA O TRÂNSITO
enfatizando a corresponsabilidade governo e sociedade, em busca da 
segurança e bem-estar.
O governo e a sociedade brasileira vêm se mostrando a cada dia mais 
sensíveis e atentos ao investimento e à participação em ações educativas 
de trânsito. É preciso fomentar e executar programas educativos 
contínuos, junto às escolas regulares de ensino e junto à comunidade 
organizada, centrados em resultados e integrados aos outros aspectos 
da gestão do trânsito, principalmente com relação à segurança, à 
engenharia de tráfego e à fiscalização.
A formação e a capacitação de condutores e instrutores do Centro de 
Formação de Condutores (CFC) é outro campo a se priorizar, para que 
as exigências do Código de Trânsito Brasileiro possam ser cumpridas 
com eficiência e possam fazer parte do currículo dos cursos a discussão 
da cidadania e de valores. (BRASIL, 2004A)
Conforme podemos ver no trecho da Resolução no 166/2004, para o CONTRAN a 
educação para o trânsito possui as seguintes vertentes:
 » constitui dever prioritário do Sistema Nacional de Trânsito (SNT);
 » a educação de trânsito deve ser inserida no contexto educacional das 
escolas desde a pré-escola ao ensino superior.
 » a educação para o trânsito tem como foco o ser humano, trabalhando na 
mudança de valores, comportamentos e atitudes.
 » a educação de trânsito é um processo continuado; e 
 » mudanças nesse aspecto para o Centro de Formações de Condutores 
(CFC’s).
Educação para o trânsito na Política nacional 
de trânsito
Não iremos aqui entrar em detalhes da Política Nacional de Trânsito (PNT), que é objeto 
da disciplina de Políticas Públicas para o Trânsito e Legislação aplicada, no entanto é 
importante sinalizarmos que a PNT é um documento formal de um planejamento a ser 
adotado para o trânsito. 
23
EDUCAÇÃO PARA O TRÂNSITO │ UNIDADE ÚNICA
Nesse contexto, a educação para o trânsito é uma das diretrizes da PNT, juntamente 
com a Segurança, a Fluidez, o Conforto e a defesa ambiental. Importante ainda citar 
que essas diretrizes também compõem os objetivos do Sistema Nacional de Trânsito. 
A dificuldade em tratar a Educação para o Trânsito na PNT está no fato de que esse tema 
deve ser tratado como algo continuado pelo governo, mas de fato, a própriaPNT é algo 
transitório, que muda de acordo com as políticas de governo definidas pelo governante 
que toma posse.
Gostaria de finalizar esse tema com um texto publicado no site da Companhia de 
Engenharia de Transportes e Trânsito do Município de Cascavel no Estado do Paraná.
A educação é o instrumento capaz de formar cidadãos mais conscientes 
e preparados para enfrentar a vida e o trânsito. Educar para o trânsito 
não se limita apenas a ensinar regras de circulação, mas também 
deve contribuir para formar cidadãos responsáveis, autônomos e 
comprometidos com a preservação da vida. Diante do quadro de 
violência que vem se apresentando no trânsito e também em outras 
esferas sociais, torna-se necessário o envolvimento de toda a sociedade 
nessa tarefa de educar, na qual a família e a escola são a base formadora 
e não podem se eximir de tal responsabilidade.(PARANÁ, 2014)
24
CAPítulo 2
Pacto nacional para redução de 
Acidentes de trânsito
Bom, agora que já estudamos o que é a educação de trânsito e sua aplicação inicial no 
território brasileiro, vamos entender o que é o Pacto Nacional para Redução de Acidentes 
de Trânsito. Estudaremos qual sua origem e qual sua importância. Abordaremos ainda 
o Pacto Nacional pela Redução de Acidentes (PARADA) e o Programa Nacional de 
Redução de Acidentes de Trânsito (PRONARAT).
Vamos lá!
Plano global para a Segurança no trânsito 
2011 – 2020
Para iniciarmos nosso estudo sobre o Pacto Nacional para Redução de Acidentes de 
Trânsito, é importante entendermos o cenário mundial sobre este aspecto. O que o 
mundo tem feito sobre essa questão.
Nesse aspecto, foi elaborado foi publicado em 11 de maio de 2011 o “Global Plan for the 
Decade of Action for Road Safety 2011–2020”, que poderia ser traduzido como Plano 
Global para a Década de Ações para a Segurança no Trânsito. Esse desafio de reduzir os 
acidentes de trânsito começou de uma iniciativa da Organização das Nações Unidas ─ 
ONU em março de 2010 (BRASIL, 2014), movimento que nomeou a década de 2011 a 
2020 como a Década das ações para a segurança no trânsito.
Esse plano consiste em modelo a ser usado no mundo todo, com vistas à redução do 
número de acidentes no trânsito. Esse plano servirá de balizador para que os países 
elaborem seus planos nacionais. Esse documento está planejado em torno de cinco pilares 
que são:
 » gestão da segurança do trânsito; 
 » estradas mais seguras e mobilidade; 
 » veículos mais seguros; 
 » usuários de rodovia mais seguros; 
 » atendimento às vítimas. 
Vamos falar um pouco sobre cada um deles:
25
EDUCAÇÃO PARA O TRÂNSITO │ UNIDADE ÚNICA
Pilar 1: gestão da segurança do trânsito
Esse pilar consiste no incentivo a criação de parcerias multissetoriais e a designação de 
organismos-piloto, para o desenvolvimento de estratégias nacionais de segurança do 
trânsito, baseadas em estudos que avaliem a execução e eficácia das ações. 
Esse pilar possui cinco atividades que são:
 » estabelecer uma agência nacional da segurança do trânsito; 
 » desenvolver uma estratégia nacional; 
 » definir objetivos realistas e de longo prazo; 
 » verificar que os financiamentos são suficientes; 
 » instalar e manter os sistemas de dados.
Abaixo um detalhamento do Pilar 1 do “Global Plan for the Decade of Action for Road 
Safety 2011–2020” com a tradução do site vias-seguras. Devido à objetividade do texto 
iremos transcorrer aqui o texto retirado do site:
Pilar 1: Gestão da segurança do trânsito
Incentivar a criação de parcerias multissetoriais e a designação de 
organismos-piloto, tendo a capacidade de desenvolver e conduzir a 
elaboração de estratégias nacionais de segurança do trânsito, incluindo 
os planos de ação e os objetivos, baseados na coleta de dados e em 
estudos adequados para avaliar a concepção das medidas corretivas e 
para supervisionar a sua execução e a sua eficácia.
Atividade 1: Estabelecer uma agência nacional da segurança 
do trânsito (e os mecanismos de coordenação associados) que inclua 
representantes de uma larga gama de setores:
 » designar a agência e constituir o seu secretariado;
 » incentivar o estabelecimento de grupos de coordenação;
 » desenvolver principais programas de trabalho.
Atividade 2: Desenvolver uma estratégia nacional (ao nível do 
governo ou ao nível ministerial) coordenada pela agência nacional:
 » confirmação das prioridades de investimento de longo prazo;
26
UNIDADE ÚNICA │ EDUCAÇÃO PARA O TRÂNSITO
 » definição das responsabilidades e dos compromissos da agência 
para o desenvolvimento e a execução dos principais programas 
de trabalho;
 » identificação de projetos;
 » criação de parcerias;
 » promoção de iniciativas de gestão de segurança do trânsito, 
como a nova norma ISO 39001 relativa à gestão da segurança 
do trânsito; e
 » implementação e manutenção dos sistemas de coleta dos dados 
necessários para fornecer os elementos que permitam avaliar 
os progressos em matéria de redução das lesões e das mortes 
causadas pelo trânsito e outros indicadores importantes como 
o custo etc.
Atividade 3: Definir objetivos realistas e de longo prazo ao 
nível nacional, baseados na análise dos dados nacionais de acidentes 
de trânsito:
 » identificação áreas para a melhoria de desempenho; e
 » estimativa do potencial para progressos.
Atividade 4: Verificar que os financiamentos são suficientes:
 » realizar estudos de casos de financiamento baseados nos custos 
e benefícios reais de operações já realizadas;
 » recomendar objetivos orçamentários anuais e de médio prazo;
 » favorecer o estabelecimento de procedimentos para uma 
distribuição eficaz dos recursos entre os diversos programas de 
segurança;
 » utilizar, para a segurança do trânsito, 10% dos investimentos 
de infraestrutura; e
 » identificar e aproveitar mecanismos de financiamento 
inovadores.
27
EDUCAÇÃO PARA O TRÂNSITO │ UNIDADE ÚNICA
Atividade 5: Instalar e manter os sistemas de dados 
necessários para a supervisão e a avaliação, incluindo diversas 
medidas de processos e de resultados, tais como:
 » instalação e manutenção dos sistemas nacionais e locais 
necessários para conhecer as estatísticas de acidentes, de 
mortes e de feridos, e a sua evolução;
 » mesma tarefa para demais dados, como a velocidade média, a 
frequência de uso do capacete, do cinto de segurança etc.;
 » mesma tarefa para os resultados das intervenções de segurança 
do trânsito;
 » mesma tarefa para o impacto econômico dos danos corporais 
causados pelos acidentes de trânsito; e
 » mesma tarefa para a exposição aos danos corporais causados 
pelos acidentes de trânsito.
(WHO, 2011)
Pilar 2: Estradas mais seguras e mobilidade
Esse pilar consiste na atenção aos critérios de segurança e mobilidade, em especial 
referente aos pedestres, ciclistas e motociclistas. O foco aqui é aumentar a segurança 
viária desde o planejamento, passando pela concepção, até a construção e operação das 
vias.
Esse pilar possui seis atividades que são:
 » promover um sentimento de responsabilidade e de compromisso em 
matéria de segurança do trânsito entre os órgãos gestores de vias, os 
engenheiros rodoviários e os urbanistas; 
 » levar em consideração as necessidades dos usuários;
 » promover a segurança na operação, na manutenção e nos melhoramentos; 
 » promover o desenvolvimento de novas infraestruturas seguras; 
 » incentivar a capacidade de realização e a transferência de conhecimentos 
em matéria de infraestrutura segura; 
28
UNIDADE ÚNICA │ EDUCAÇÃO PARA O TRÂNSITO
 » incentivar pesquisa e desenvolvimento em matéria de vias mais seguras 
e mobilidade.
Segue abaixo um detalhamento do Pilar 2 do “Global Plan for the Decade of Action for 
Road Safety 2011–2020” com a tradução do site vias-seguras:
Pilar 2: Estradas mais seguras e mobilidade
Aumentar a segurança inerente e o caráter protetor das redes viárias 
em relação a todos os usuários, particularmente os mais vulneráveis 
(em especial, os pedestres, ciclistas e motociclistas).Isto necessitará 
a avaliação das infraestruturas viárias e uma melhor consideração da 
segurança no planejamento, na concepção, na construção e na operação 
das vias.
Atividade 1: promover uma sentimento de responsabilidade 
e de compromisso em matéria de segurança do trânsito entre 
os órgãos gestores de vias, os engenheiros rodoviários e os 
urbanistas:
 » incentivar os governos e os órgãos gestores de vias a fixar-se no 
objetivo de não ter mais vias de alto risco em 2020;
 » incentivar os órgãos gestores de vias a consagrar um mínimo de 
10% das verbas viárias aos programas de melhoria da segurança 
das infraestruturas;
 » tornar os órgãos gestores de vias legalmente responsáveis pela 
melhoria da segurança do trânsito sobre as suas redes por 
medidas rentáveis e pelo fornecimento de relatórios anuais 
sobre a situação da segurança, as tendências e os trabalhos de 
melhoria empreendidos;
 » estabelecer um organismo especializado em segurança do 
trânsito para supervisionar e melhorar a segurança da rede 
viária;
 » promover uma abordagem sistêmica da segurança, e as funções 
autoexplicativas e “forgiving” da infraestrutura rodoviária, e
 » controlar os desempenhos em matéria de segurança dos 
investimentos em infraestrutura viária realizados por órgãos 
rodoviários nacionais, bancos de desenvolvimento e outras 
entidades.
29
EDUCAÇÃO PARA O TRÂNSITO │ UNIDADE ÚNICA
Atividade 2: Levar em consideração as necessidades dos 
usuários da via como elemento de urbanismo durável, de gestão da 
demanda de transporte e de gerenciamento do uso do solo:
 » planificação da utilização do solo de forma a responder 
às necessidades de mobilidade de todos em condições de 
segurança, incluindo a gestão da demanda de deslocamentos, as 
necessidades de acesso, as exigências do mercado, as condições 
geográficas e demográficas;
 » avaliação das incidências sobre a segurança de qualquer decisão 
em matéria de planificação e desenvolvimento;
 » estabelecimento de procedimentos efetivos de controle em 
matéria de acessos e desenvolvimento, para evitar qualquer 
desenvolvimento contrário à segurança.
Atividade 3: promover a segurança na operação, na 
manutenção e nos melhoramentos da infraestrutura viária 
existente exigindo dos órgãos gestores de vias:
 » identificar o número de mortes e de feridos e a localização 
por tipo de usuário da via, e os principais fatores ligados à 
infraestrutura que influenciam o risco incorrido por cada grupo 
de usuários;
 » identificar os pontos ou segmentos perigosos onde acontecem 
acidentes com frequência ou gravidade excessiva e tomar 
medidas corretivas apropriadas;
 » efetuar avaliações de segurança da infraestrutura viária 
existente e aplicar medidas de engenharia de eficiência 
comprovada para melhorar a segurança;
 » assumir uma função de responsabilidade em matéria de gestão 
da velocidade do tráfego e de tomada em conta da velocidade 
na concepção e na operação da rede viária; e
 » assegurar a segurança das zonas de obras.
Atividade 4: promover o desenvolvimento de novas 
infraestruturas seguras que atendam às necessidades de mobilidade 
e acessos dos usuários, incentivando as autoridades competentes a:
30
UNIDADE ÚNICA │ EDUCAÇÃO PARA O TRÂNSITO
 » levar em conta todos os modos de transporte em caso de 
realização de uma nova infraestrutura;
 » definir níveis mínimos de segurança para todos os projetos 
e investimentos viários de forma que as necessidades de 
segurança dos usuários da via sejam levadas em conta nas 
especificações dos novos projetos;
 » recorrer a intervenientes independentes para a avaliação dos 
impactos sobre a segurança viária e para as auditorias de 
segurança da planificação, da concepção, da construção, da 
operação e da manutenção de novos projetos viários, e fazer 
com que as recomendações que resultam dos controles sejam 
devidamente postas em aplicação.
Atividade 5: incentivar a capacidade de realização e a 
transferência de conhecimentos em matéria de infraestrutura 
segura com:
 » a criação de parcerias com bancos de desenvolvimento, 
administrações nacionais, sociedade civil, profissionais do 
ensino e o setor privado para fazer com que os princípios de 
concepção de infraestrutura segura sejam bem entendidos e 
aplicados;
 » a promoção da formação à segurança viária e do ensino de 
técnicas de engenharia de segurança viária de baixo custo, de 
auditorias de segurança e de avaliação de via;
 » o desenvolvimento e promoção de normas para a concepção e a 
operação de vias seguras, que identifiquem e levem em conta os 
fatores humanos e as características dos veículos.
Atividade 6: incentivar pesquisa e desenvolvimento em 
matéria de vias mais seguras e mobilidade através da:
 » realização e compartilhamento dos resultados da pesquisa 
sobre os estudos de casos de infraestrutura viária mais segura e 
os níveis de investimento necessários para alcançar os objetivos 
da década de ações;
31
EDUCAÇÃO PARA O TRÂNSITO │ UNIDADE ÚNICA
 » promoção da pesquisa e do desenvolvimento em matéria de 
melhorias da segurança das infraestruturas para redes viárias 
em países de baixo ou médio nível de renda; e
 » promoção de projetos experimentais que permitam 
avaliar inovações em matéria de melhoria da segurança, 
particularmente para os usuários mais vulneráveis da 
rodovia.
(WHO, 2011)
Pilar 3: Veículos mais seguros
Esse pilar consiste na atenção aos critérios de segurança com atuação direta do governo 
dos Estados-Membros quanto a incentivos fiscais e a utilização de tecnologias de 
segurança no trânsito. Esse pilar possui sete atividades que são:
 » incentivar a aplicação e promulgação dos regulamentos de segurança de 
trânsito nos os Estados-Membros;
 » incentivar a execução de novos programas de avaliação de automóveis;
 » incentivar que todos os veículos motorizados novos sejam equipados de 
cintos de segurança;
 » incentivar o uso das tecnologias comprovadas de prevenção de acidente;
 » incentivar a utilização de estímulos fiscais e outros para os veículos a 
motor que forneçam níveis elevados de proteção;
 » incentivar a aplicação de regulamentos de proteção dos pedestres e uma 
pesquisa maior em tecnologias de segurança; e
 » incentivar os responsáveis de frotas de veículos que utilizem veículos 
seguros.
Segue abaixo um detalhamento do Pilar 3 do “Global Plan for the Decade of Action for 
Road Safety 2011–2020” com a tradução do site vias-seguras:
Pilar 3: Veículos mais seguros
Incentivar o uso generalizado das tecnologias comprovadas de segurança 
dos veículos, para a segurança passiva e a segurança ativa, por uma 
combinação da harmonização das normas globais correspondentes, dos 
32
unidAdE ÚniCA │ EduCAção PArA o trÂnSito
esquemas de informação do consumidor e dos estímulos para acelerar a 
utilização de novas tecnologias.
Atividade 1: Incentivar os Estados-Membros a aplicar e 
promulgar os regulamentos de segurança dos veículos à 
motor desenvolvidos pelo Fórum Mundial das Nações Unidas para a 
harmonização dos regulamentos relativos aos veículos (WP 29).
Atividade 2: Incentivar a execução de novos programas de 
avaliação de automóveis em todas as regiões do mundo a fim de 
aumentar a disponibilidade de informações do consumidor sobre os 
desempenhos em matéria de segurança dos veículos motorizados.
Atividade 3: Incentivar um acordo que garanta que todos 
os veículos motorizados novos sejam equipados de cintos 
de segurança e de ancoragens que respondam às exigências da 
normatização e passem pelos padrões de ensaios de acidente aplicáveis 
(como dispositivos mínimos de segurança).
Atividade 4: Incentivar a universalização do emprego das 
tecnologias comprovadas de prevenção de acidente como o ESC 
(Electronic Stability Control) e, sobre as motocicletas, o ABS (AntiLock 
Braking System).
Atividade 5: Incentivar a utilização de estímulos fiscais e 
outros para os veículos à motor que forneçam níveiselevados 
de proteção do usuário da via e combater a importação e a exportação 
de automóveis novos ou de segunda mão que tenham padrões de 
segurança reduzidos.
Atividade 6: Incentivar a aplicação de regulamentos de 
proteção dos pedestres e uma pesquisa maior em tecnologias 
de segurança concebidas para reduzir os riscos dos usuários mais 
vulneráveis ao trânsito.
Atividade 7: Incentivar os responsáveis de frotas de veículos 
das administrações públicas e das empresas do setor privado a comprar, 
operar e manter veículos que disponham das tecnologias de segurança 
avançadas e que ofereçam níveis elevados de proteção dos ocupantes.
(WHO, 2011)
33
EDUCAÇÃO PARA O TRÂNSITO │ UNIDADE ÚNICA
Pilar 4: usuários de rodovia mais seguros
Esse pilar consiste na atenção aos critérios de segurança com atuação por meio das 
leis. Podemos perceber que pelas atividades o foco é no fator limitativo e punitivo aos 
infratores.
Esse pilar possui oito atividades que são:
 » aumentar o conhecimento dos fatores de risco de segurança viária;
 » estabelecer limitações de velocidade;
 » estabelecer leis sobre o consumo de álcool;
 » estabelecer leis sobre o uso do capacete;
 » estabelecer leis sobre o uso do cinto;
 » estabelecer leis profissionais de saúde e de segurança; 
 » pesquisar, desenvolver e promover políticas; e 
 » favorecer o estabelecimento dos sistemas de atribuição gradativa das 
licenças de motorista.
Segue um detalhamento do Pilar 4 do “Global Plan for the Decade of Action for Road 
Safety 2011–2020” com a tradução do site vias-seguras:
Pilar 4: Usuários de rodovia mais seguros
Desenvolver programas completos para melhorar o comportamento 
do usuário do trânsito. Controle mantido ou acentuado da aplicação 
das leis e das normas, combinado com a educação e a sensibilização 
do público, para aumentar as taxas de uso do cinto de segurança e do 
capacete, e para reduzir a prática de dirigir em estado de ebriedade, o 
excesso de velocidade e outros fatores de risco.
Atividade 1: Aumentar o conhecimento dos fatores de risco de 
segurança viária e das medidas preventivas e realizar campanhas de 
marketing social afim de ajudar a influenciar as atitudes e as opiniões 
sobre a necessidade de programas de segurança do trânsito.
Atividade 2: Estabelecer limitações de velocidade e normas e 
regras baseadas na experiência para reduzir os acidentes e prejuízos 
devidos ao excesso de velocidade, e fazer com que sejam respeitados.
34
UNIDADE ÚNICA │ EDUCAÇÃO PARA O TRÂNSITO
Atividade 3: Estabelecer leis sobre o consumo de álcool em 
relação à direção de veículos e normas e regras baseadas na experiência 
para reduzir os acidentes e prejuízos devidos ao abuso de bebidas 
alcoólicas, e fazer com que sejam respeitados.
Atividade 4: Estabelecer leis sobre o uso do capacete e normas 
e regras baseadas na experiência para reduzir as lesões à cabeça, e fazer 
com que sejam respeitados.
Atividade 5: Estabelecer leis sobre o uso do cinto e os dispositivos 
correspondentes para as crianças e normas e regras baseadas na 
experiência para reduzir as consequências dos acidentes, e fazer com 
que sejam respeitados.
Atividade 6: Estabelecer leis profissionais de saúde e de 
segurança relativas ao transporte, normas e regras para a operação 
segura dos veículos utilitários de frete e de transporte, os serviços de 
transportes rodoviários de passageiros e as frotas de veículos dos setores 
públicos e privados para reduzir os prejuízos corporais causados pelos 
acidentes de transporte, e fazer com que sejam respeitados.
Atividade 7: Pesquisar, desenvolver e promover políticas e 
práticas destinadas a reduzir os prejuízos causados por acidentes de 
trânsito ligados ao trabalho nos setores públicos, privados e informais, 
a partir de padrões reconhecidos internacionalmente para sistemas de 
gestão de segurança de trânsito e de saúde e segurança profissionais.
Atividade 9: Favorecer o estabelecimento dos sistemas 
de atribuição gradativa das licenças de motorista para os 
motoristas novos.
(WHO, 2011)
Pilar 5: Assistência às vítimas
Esse pilar consiste na atenção às vítimas de acidentes de trânsito que vão desde os 
tratamentos hospitalares até a reinclusão na sociedade em caso de sequelas definitivas.
Esse pilar possui sete atividades que são:
 » desenvolver os sistemas de atendimento pré-hospitalar;
 » desenvolver os sistemas hospitalares de tratamento de trauma;
35
EDUCAÇÃO PARA O TRÂNSITO │ UNIDADE ÚNICA
 » fornecer rapidamente uma reabilitação e um apoio;
 » incentivar o estabelecimento de sistemas adequados de seguro;
 » incentivar a análise detalhada dos acidentes e a obrigação de uma resposta 
legal efetiva;
 » incentivar e propor incentivos de forma que os empregadores contratem 
e mantenham pessoas deficientes; 
 » incentivar a pesquisa e o desenvolvimento para melhorar a assistência às 
vítimas de acidentes.
Veja o detalhamento do Pilar 5 do “Global Plan for the Decade of Action for Road Safety 
2011–2020” com a tradução do site vias-seguras:
Pilar 5: assistência às vítimas
Aumentar a capacidade de resposta às emergências decorrentes de 
acidentes e melhorar a capacidade do sistema de saúde e dos outros 
sistemas envolvidos a fornecer o tratamento emergencial adequado 
urgente e, em mais longo prazo, a reabilitação das vítimas de acidente.
Atividade 1: Desenvolver os sistemas de atendimento 
pré-hospitalar, incluindo a extração das vítimas dos veículos 
após o acidente, e instalação de um número de telefone nacional 
único para as emergências, fazendo uso de boas práticas existentes.
Atividade 2: Desenvolver os sistemas hospitalares de 
tratamento de trauma e avaliar a qualidade dos tratamentos, 
aplicando boas práticas em termos de sistemas de tratamento de trauma 
e controle de qualidade.
Atividade 3: Fornecer rapidamente uma reabilitação e um 
apoio aos feridos e às pessoas afetadas pelos acidentes, para reduzir 
quanto mais possível o trauma físico e psicológico.
Atividade 4: Incentivar o estabelecimento de sistemas 
adequados de seguro dos usuários do trânsito que permitem financiar 
os serviços de reabilitação das vítimas de acidente por meio de:
 » introdução de um seguro de responsabilidade dos danos 
causados a terceiros; e
36
UNIDADE ÚNICA │ EDUCAÇÃO PARA O TRÂNSITO
 » reconhecimento mútuo internacional de seguro, por exemplo, 
sistema de “Green card”.
Atividade 5: Incentivar a análise detalhada dos acidentes e a 
obrigação de uma resposta legal efetiva aos óbitos e aos prejuízos 
do trânsito e incentivar a procura de acertos equitativos para as famílias 
dos mortos e para os feridos.
Atividade 6: Incentivar e propor incentivos de forma que os 
empregadores contratem e mantenham pessoas deficientes.
Atividade 7: Incentivar a pesquisa e o desenvolvimento para 
melhorar a assistência às vítimas de acidentes.
(WHO, 2011)
Plano nacional de redução de Acidentes e 
Segurança Viária para a década 2011-2020
Em resposta ao Plano Global para a Segurança no Trânsito 2011-2020, o Brasil adotou 
algumas iniciativas para redução dos acidentes de trânsito como por exemplo o Pacto 
Nacional pela Redução de Acidentes (PARADA) que estudaremos ainda nesse capítulo. 
Outra iniciativa importante foi a elaboração do Plano (ou pacto) Nacional de Redução 
de Acidentes e Segurança Viária para a Década 2011-2020, que é o assunto que 
estudaremos nessa etapa. É importante mencionarmos que o documento encontra-se 
com texto com caráter de versão preliminar, no entanto podemos observar os aspectos 
chaves do documento e sua aplicabilidade em todo cenário do trânsito nacional.
Comitê nacional de Mobilização pela Saúde, 
Segurança e Paz no trânsito
O Comitê Nacional de Mobilização pela Saúde, Segurança e Paz no Trânsito, foi criado 
pelo Decreto de 10 de setembro de 2007, com a finalidade de diagnosticar a situação 
atual do trânsito e estabelecer estratégias para melhorá-lo.
Art. 1o Fica instituído, no âmbito do Ministériodas Cidades, o Comitê 
Nacional de Mobilização pela Saúde, Segurança e Paz no Trânsito com 
a finalidade de diagnosticar a situação de saúde, segurança e paz no 
trânsito e promover a articulação e definição de estratégias intersetoriais 
para a melhoria da segurança, promoção da saúde, e da cultura de paz 
no trânsito. (BRASIL, 2007)
37
EDUCAÇÃO PARA O TRÂNSITO │ UNIDADE ÚNICA
O comitê será composto dos seguintes órgãos:
a. Ministério das Cidades, sendo que um deles o coordenará;
b. Ministério da Saúde;
c. Ministério dos Transportes;
d. Ministério da Justiça;
e. Ministério da Educação;
f. Secretaria Especial de Direitos Humanos da Presidência da República;
g. Secretaria Nacional da Juventude da Secretaria-Geral da Presidência da 
República; e
h. Secretaria Nacional Antidrogas do Gabinete de Segurança Institucional 
da Presidência da República.
Art. 2o O Comitê Nacional de Mobilização pela Saúde, Segurança e Paz 
no Trânsito será composto por:
I ─ dois representantes de cada um dos os seguintes órgãos:
a) Ministério das Cidades, sendo que um deles o coordenará;
b) Ministério da Saúde;
c) Ministério dos Transportes;
d) Ministério da Justiça;
e) Ministério da Educação;
II ─ um representante de cada um dos seguintes órgãos:
a) Secretaria Especial de Direitos Humanos da Presidência da República;
b) Secretaria Nacional da Juventude da Secretaria-Geral da Presidência 
da República; e
c) Secretaria Nacional Antidrogas do Gabinete de Segurança 
Institucional da Presidência da República.(BRASIL, 2007)
Esse comitê deverá executar algumas atividades voltadas à prevenção de acidentes de 
trânsito, à promoção da saúde, à paz no trânsito e à cultura de paz, visando à redução 
da morbimortalidade e o aumento da expectativa e da qualidade de vida da população. 
38
UNIDADE ÚNICA │ EDUCAÇÃO PARA O TRÂNSITO
Então podemos perceber que foi esse comitê o responsável pela elaboração do Pacto 
Nacional para Redução de Acidentes de Trânsito.
da elaboração do documento 
Para elaboração do documento, o Comitê Nacional de Mobilização pela Saúde, 
Segurança e Paz no Trânsito convidou integrantes dos seguintes órgãos:
 » Associação Brasileira dos Departamentos Estaduais de Estradas de 
Rodagem (ABDER) (DER – MG);
 » Associação Brasileira de Engenharia Automotiva (AEA);
 » Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores 
(ANFAVEA);
 » Associação Nacional dos Organismos de Inspeção (ANGIS);
 » Confederação Nacional de Municípios (CNM);
 » Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT);
 » Empresa de Transportes e Trânsito de Belo Horizonte S/A (BHTrans); 
 » Centro Interdisciplinar de Estudos em Transportes (CEFTRU/UnB); 
 » Companhia de Engenharia de Tráfego (CET/SP);
 » Clube de Pilotagem Automobilística (CPA); 
 » Conselho Estadual de Trânsito (Cetran- SC);
 » Conselho Estadual de Trânsito (Cetran- MG 3);
 » Corpo de Bombeiros;
 » Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT);
 » Departamento de Polícia Rodoviária Federal (DPRF);
 » Departamento Estadual de Trânsito do Rio Grande do Sul;
 » Departamento Estadual de Trânsito de São Paulo;
 » Departamento Estadual de Trânsito de Santa Catarina;
39
EDUCAÇÃO PARA O TRÂNSITO │ UNIDADE ÚNICA
 » Departamento de Trânsito do Distrito Federal;
 » Instituto Nacional do Seguro Social (INSS);
 » Instituto Nacional de Traumatologia e Ortopedia (INTO);
 » Associação Nacional do Transporte de Cargas e Logística (NTC e 
Logística);
 » Polícia Militar do Paraná;
 » Polícia Militar de Minas Gerais;
 » Polícia Militar do Distrito Federal;
 » Prefeitura Municipal de Barretos (SP);
 » Prefeitura Municipal de Campinas (SP);
 » Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU);
 » Secretaria Nacional de Transporte e de Mobilidade Urbana do Ministério 
das Cidades;
 » Empresa de Desenvolvimento Urbano e Social de Sorocaba (URBS);
 » Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP); e
 » Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP).
Conceitos chaves 
Vamos aqui entender alguns aspectos importantes do Plano Nacional de Redução de 
Acidentes e Segurança Viária cuja conceituação foi dada pelo próprio documento.
o que é o Plano nacional de redução de Acidentes e 
Segurança Viária
Vejamos o conceito constante no primeiro parágrafo da introdução:
O PLANO NACIONAL DE REDUÇÃO DE ACIDENTES E SEGURANÇA 
VIÁRIA para a Década 2011-2020, é um conjunto de medidas que 
visam contribuir para a redução das taxas de mortalidade e lesões por 
acidentes de trânsito no país, através da implementação de ações de 
40
UNIDADE ÚNICA │ EDUCAÇÃO PARA O TRÂNSITO
fiscalização, educação, saúde infraestrutura e segurança veicular, a 
curto, médio e longo prazo. (BRASIL, 2010)
Com essa conceituação podemos perceber o caráter continuo do documento, 
diferentemente de uma Política Nacional de Trânsito que tem prazo limitado, no 
entanto, nada impede sua transformação em programas de governo como forma de 
implementação do mesmo.
diretrizes gerais
Ao verificarmos as diretrizes gerais do plano, que o foco do documento gira em torno de 
uma integração entre todos os entes federativos, fortalecendo o DENATRAN com vistas 
a garantir essa integração. Vamos então ver quais são essas diretrizes:
 » Implantar o OBSERVATÓRIO NACIONAL DE TRÂNSITO e incentivar a 
criação de observatórios regionais. 
 » Criar, no âmbito de cada órgão do Sistema Nacional de Trânsito (SNT), 
programas voltados à:
 › segurança do pedestre; 
 › segurança para motociclistas; 
 › segurança para ciclistas; 
 › segurança para transporte de carga e transporte público de passageiros. 
 » Criar Programa Nacional de Gestão Integrada de Informações no âmbito 
federal, estadual e municipal.
 » Promover os preceitos de acessibilidade em todos os programas que 
compõem o plano da década.
 » Fortalecer o órgão máximo executivo de trânsito da União, como forma 
de garantir a integração de todo o SNT. 
dos fundamentos (ou pilares) do Plano nacional
Ao estudarmos os fundamentos do Plano Nacional de Redução de Acidentes e Segurança 
Viária, conseguiremos perceber, mesmo que de forma sucinta a analogia com os cinco 
pilares do Plano Global. Vamos então estudar cada um deles e à medida que formos 
41
EDUCAÇÃO PARA O TRÂNSITO │ UNIDADE ÚNICA
entrando nos detalhes dos fundamentos, iremos fazer uma analogia com os pilares do 
Plano Global.
Os pilares do Plano Nacional são:
 » fiscalização;
 » educação; 
 » saúde;
 » infraestrutura; e
 » segurança veicular.
Iremos agora entrar no detalhe de cada um dos pilares na mesma ordem que se 
apresentam no Plano Nacional.
Fiscalização
Esse fundamento consiste na padronização e maior eficácia nos procedimentos 
fiscalizatórios. Podemos fazer a analogia com o Pilar 4 (Usuários de rodovia mais 
seguros) do Plano Global, em virtude de sua atenção às leis.
Esse pilar possui sete atividades principais que são:
 » criar selo de qualidade na fiscalização de trânsito; 
 » priorizar campanhas fiscalizatórias no âmbito nacional; 
 » elaborar um diagnóstico da fiscalização exercida pelos agentes;
 » padronizar procedimentos fiscalizatórios no âmbito nacional; 
 » fortalecer a capacidade de gestão do Sistema Trânsito;
 » incentivar a celebração de convênios entre os entes federados para a 
gestão do trânsito de trechos urbanos em rodovias; 
 » priorizar a fiscalização das condutas infracionais com maior potencial de 
vitimização.
42
UNIDADE ÚNICA │ EDUCAÇÃO PARA O TRÂNSITO
Veja o detalhamento das atividades relacionadas a esse primeiro pilar 1 (Fiscalização):
Pilar 1: Fiscalização
AÇÃO 1: Implementar rede de articulação dos órgãos no 
âmbito nacional. 
Objetivo: Cumprir o ciclo de aplicação das normas legais existentes. 
Implementação: 
a. formar gabinetes de gestão de trânsito local; 
b. estabelecer plano de comunicação e marketing das ações (mídia); 
c. fomentar discussão com o poder judiciário e Ministério Público sobre 
as ações de trânsito; 
d. integrar os órgãos do SNT com celebração de convêniopara 
regulamentação, manutenção, operação e fiscalização; 
e. estabelecer agenda. 
Metas físicas: Não aplicável. 
Cronograma de execução: Permanente. 
Parcerias recomendadas: Todos os órgãos do SNT; Ministério Público; 
Poder Judiciário; Polícia Civil; Polícia Científica; Ministérios e veículos 
de comunicação. 
AÇÃO 2: Elaborar um diagnóstico da fiscalização exercida 
pelos agentes; 
Objetivo: Conhecer a realidade da fiscalização.
Implementação: 
a. coletar dados; 
b. elaborar relatórios gerenciais; 
c. executar seminários regionais e nacional. 
Metas físicas: Um seminário nacional e um regional por ano. 
Cronograma de execução: Calendário anual. 
Parcerias recomendadas: Todos os órgãos executivos do SNT. 
43
EDUCAÇÃO PARA O TRÂNSITO │ UNIDADE ÚNICA
AÇÃO 3: Investir em recursos materiais e humanos. 
Objetivo: Melhoria da desempenho operacional ; 
Implementação: 
a. dotar os órgãos executivos de meios materiais de fiscalização e 
efetivos de agentes suficientes; 
b. prospectar recursos financeiros; 
c. elaborar projetos, exemplo: informatização, equipamentos, viaturas, 
guinchos, pátio para recolhimento; 
d. acompanhar a execução. 
Metas físicas: Expansão dos efetivos e dotações orçamentárias. Dotar 
os órgãos com número suficiente de agentes de trânsito (mínimo de 
um agente para cada mil veículos registrados), suprindo-os com 
equipamentos de fiscalização modernos. 
Cronograma de execução: Início em 2011 atingindo a meta em 2020. 
Parcerias recomendadas: Banco Mundial; SENASP; BNDS; Banco 
Interamericano de Desenvolvimento; UNESCO. 
AÇÃO 4: Padronizar procedimentos fiscalizatórios no âmbito 
nacional; 
Objetivo: Melhorar a qualidade dos serviços prestados; 
Implementação: 
a. Capacitar os agentes de trânsito; 
b. Implantar manual de fiscalização; 
c. Reforçar a conduta positiva nas abordagens de fiscalização. 
Metas físicas: Requalificação de 10% do efetivo a cada ano; implantação 
do manual de fiscalização:100% do efetivo. 
Cronograma de execução: 2011 a 2020. 
Parcerias recomendadas: SEST/SENAT, todos os órgãos do SNT e 
instituições credenciadas e autorizadas. 
44
UNIDADE ÚNICA │ EDUCAÇÃO PARA O TRÂNSITO
AÇÃO 5: Padronizar a coleta e processamento estatístico; 
Objetivo: Obter dados de trânsito confiáveis da realidade brasileira; 
Implementação: 
a. estabelecer campos obrigatórios mínimos para o boletim de 
ocorrência; 
b. capacitar agentes responsáveis pela coleta e análise de dados; 
c. instituir observatórios de trânsito regionais e nacional. 
Metas físicas: Permanente.
Cronograma de execução: Início em 2011 com atualização permanente. 
Parcerias recomendadas: Todos os órgãos do SNT. Órgãos nacionais, 
estaduais, e municipais de: saúde, educação, meio ambiente, transporte, 
e segurança pública. 
AÇÃO 6: Priorizar campanhas fiscalizatórias no âmbito 
nacional; 
Objetivo: Redução de acidentes de trânsito. 
Implementação: 
a. expandir a fiscalização eletrônica de velocidade e avanço de sinal 
vermelho; 
b. expandir a fiscalização de: alcoolemia, faixa de pedestre, motocicleta, 
uso do capacete, cinto de segurança, celular, transporte de crianças e 
ultrapassagem proibida; 
c. padronizar e divulgar as boas práticas por meio dos órgãos de 
comunicação social. 
Metas físicas: Redução de 50% do índice de fatalidade dos acidentes de 
trânsito na década. 
Cronograma de execução: 2011 a 2020. 
Parcerias recomendadas: Todos os órgãos do SNT. 
AÇÃO 7: Integrar os municípios ao SNT. 
Objetivo: Cumprimento da legislação de trânsito; 
45
EDUCAÇÃO PARA O TRÂNSITO │ UNIDADE ÚNICA
Implementação: Elaborar estudo para viabilidade da integração dos 
municípios por meio de consórcio, previsto na Resolução no 296 do 
CONTRAN.
Metas físicas: Integração de todos os municípios. 
Cronograma de execução: 2011 a 2020. 
Parcerias recomendadas: MP, DENATRAN, CETRAN. 
AÇÃO 8: Criar selo de qualidade na fiscalização de trânsito; 
Objetivo: Incentivo ao cumprimento da legislação; 
Implementação: 
a. estabelecer os indicadores de qualidade e desempenho; 
b. criar banco de ações positivas de fiscalização no trânsito. 
Metas físicas: Certificar 50% dos órgãos e entidades que compõe o 
sistema até 2015 e 100% até 2020. 
Cronograma de execução: 2011 a 2020. 
Parcerias recomendadas: DENATRAN, demais integrantes do SNT, 
SEST/SENAT, SESI, SENAI, SESC, SENAC.
(BRASIL, 2010)
Educação
Esse fundamento consiste na padronização e maior eficácia nos procedimentos de 
educação e conscientização dos valores sociais ao trânsito. Podemos fazer a analogia 
com o Pilar 1 (Gestão da segurança do trânsito) do Plano Global, em virtude de ambos 
tratares de questões estratégicas e a longo prazo. Podemos ressaltar que em diversas 
documentações o Brasil deixou claro que a estratégia nacional está pautada fortemente 
também na educação constante dos motoristas desde as crianças (futuros motoristas) 
até os motoristas atuais.
Esse pilar possui cinco atividades principais que são:
 » implementar a educação para o trânsito como prática pedagógica 
cotidiana nas pré- escolas e nas escolas de Ensino Fundamental;
 » promover o debate do tema trânsito nas escolas de Ensino Médio;
46
UNIDADE ÚNICA │ EDUCAÇÃO PARA O TRÂNSITO
 » promover cursos de extensão e de Pós-Graduação, na área de trânsito 
(presenciais, semipresenciais e a distância);
 » desenvolver uma estratégia de integração com os meios de comunicação 
com a finalidade de criar uma mídia de trânsito cidadã;
 » capacitar, formar e requalificar (presencialmente, semipresencialmente 
e a distância), profissionais do Sistema Nacional de Trânsito, professores 
e profissionais da educação básica e superior, instrutores, examinadores, 
diretores geral e de ensino, dos Centros de Formação de Condutores, em 
diferentes áreas do trânsito.
Veja o detalhamento das atividades relacionadas a esse segundo pilar 2 (Educação):
Pilar 2: Educação
AÇÃO 1: Capacitação de Profissionais do Trânsito. 
Objetivo: capacitar, formar e requalificar, (presencialmente, 
semipresencialmente e a distância) profissionais do Sistema Nacional 
de Trânsito, professores e profissionais da educação básica e superior, 
instrutores, examinadores, diretores geral e de ensino dos Centros de 
Formação de Condutores, em diferentes áreas do trânsito. 
Implementação: o Departamento Nacional de Trânsito ─ Denatran 
definirá temas e conteúdos a serem desenvolvidos nos cursos e elaborará 
recursos pedagógicos para a execução da ação, conforme demanda do 
Sistema Nacional de Trânsito e de profissionais a serem capacitados. 
Metas físicas: 100.000 (cem mil) profissionais em cursos presenciais, 
semipresenciais e a distância.
Cronograma de execução: Abril/Novembro, anualmente, de 2011 a 
2020. 
Parcerias recomendadas: órgãos e entidades do Sistema Nacional de 
Trânsito, Secretarias de Educação, Sistema S, associações, federações, 
sindicatos, organizações não governamentais, entidades públicas e 
privadas ligadas ao setor. 
AÇÃO 2: Elaborar programa de acompanhamento e 
avaliação qualitativa dos cursos de formação, reciclagem e 
especialização de condutores. 
Objetivo: Formação de condutores. 
47
EDUCAÇÃO PARA O TRÂNSITO │ UNIDADE ÚNICA
Implementação: o Departamento Nacional de Trânsito (Denatran) 
definirá diretrizes, cronograma de execução e instrumentos de avaliação 
a serem disponibilizados aos Departamentos Estaduais de Trânsito 
para o desenvolvimento do programa. 
Metas físicas: 20% dos cursos ofertados anualmente. 
Cronograma de execução: No decorrer dos 10 (dez) anos, com relatórios 
anuais. 
Parcerias recomendadas: Departamentos Estaduais de Trânsito e 
entidades por eles credenciadas. 
AÇÃO 3: Realização periódica de encontros, seminários, 
congressos e outros eventos em âmbitos nacional, estadual 
e municipal, voltados para educação e promoção da vida no 
trânsito. 
Objetivo: difusão de políticas e ações voltadas à promoção da vida no 
trânsito.
Implementação: o Departamento Nacionalde Trânsito (Denatran) 
realizará anualmente: “Seminário Denatran de Educação e Segurança 
no Trânsito”; “Encontro de 
Educadores do Sistema Nacional de Trânsito”; e bianualmente o 
Congresso Nacional/Internacional de Segurança Viária. 
Metas físicas: 10 (dez) Seminários, 10 (dez) Encontros e 5 (cinco) 
Congressos com 12.000 (doze mil) participantes.
Cronograma de execução: Seminários e Encontros, anuais; Congressos: 
2012, 2014, 2016, 2018 e 2020. 
Parcerias recomendadas: órgãos e entidades do Sistema Nacional de 
Trânsito, 
Secretarias de Educação, Sistema S, associações, federações, sindicatos, 
organizações não governamentais, entidades públicas e privadas 
nacionais e internacionais ligadas ao setor. 
AÇÃO 4: Elaborar e distribuir recursos pedagógicos (livros, 
filmes educativos, livretos, softwares etc.), para diferentes 
público alvo. 
Objetivo: educação para Cidadania no Trânsito. 
48
UNIDADE ÚNICA │ EDUCAÇÃO PARA O TRÂNSITO
Implementação: o Departamento Nacional de Trânsito produzirá 
diferentes recursos pedagógicos, com linguagens acessíveis e conteúdos 
adequados à política nacional de educação. 
Metas físicas: 100% dos municípios integrados ao Sistema Nacional de 
Trânsito. 
Cronograma de execução: de janeiro de 2011 a dezembro de 2020.
Parcerias recomendadas: órgãos e entidades do Sistema Nacional 
de Trânsito, associações, federações, sindicatos, organizações não 
governamentais, entidades públicas e privadas, instituições de ensino 
e usuários do sistema. 
AÇÃO 5: Disponibilizar obras técnicas e científicas, artigos 
e outras informações de interesse social relacionadas ao 
trânsito. 
Objetivo: Educação para Cidadania no Trânsito. 
Implementação: o Departamento Nacional de Trânsito (Denatran) 
criará espaço virtual em sua Plataforma Educacional para a difusão e 
socialização de conhecimentos.
Metas físicas: 1.000.000 (um milhão) de acessos por ano, totalizando 
10 milhões de acessos. 
Cronograma de execução: de janeiro de 2011 a dezembro de 2020.
Parcerias recomendadas: órgãos e entidades do Sistema Nacional 
de Trânsito, universidades, autores, jornalistas etc.; associações, 
federações, sindicatos, organizações não governamentais, entidades 
públicas e privadas nacionais e internacionais ligadas ao setor.
AÇÃO 6: Implementar a educação para o trânsito como 
prática pedagógica cotidiana nas Pré-Escolas e nas escolas de 
Ensino Fundamental. 
Objetivo: Educação para Cidadania no Trânsito. 
Implementação: o Departamento Nacional de Trânsito elaborará projeto 
e materiais didáticos de apoio para subsidiar o trabalho pedagógico nas 
escolas. 
Metas físicas: 35.000 (trinta e cinco mil) escolas. 
49
EDUCAÇÃO PARA O TRÂNSITO │ UNIDADE ÚNICA
Cronograma de execução: No decorrer dos anos letivos de 2011 a 2020.
Parcerias recomendadas: Órgãos e entidades do Sistema Nacional de 
Trânsito, Secretarias de Educação, instituições de ensino públicas e 
privadas. 
AÇÃO 7: Promover o debate do tema trânsito nas escolas de 
ensino médio. 
Objetivo: Educação para Cidadania no Trânsito. 
Implementação: o Departamento Nacional de Trânsito (Denatran) 
promoverá encontros com estudantes do ensino médio para discutir 
práticas de educação e segurança no trânsito. 
Metas físicas: 150.000 (cento e cinquenta mil) estudantes. 
Cronograma de execução: no decorrer dos anos letivos de 2011 a 2020.
Parcerias recomendadas: órgãos e entidades do Sistema Nacional de 
Trânsito, Secretarias de Educação e instituições de ensino públicas e 
privadas. 
AÇÃO 8: Promover cursos de extensão e de Pós-Graduação 
(presenciais, semipresenciais e a distância).
Objetivo: Educação para Cidadania no Trânsito.
Implementação: o Departamento Nacional de Trânsito (Denatran) 
estabelecerá parcerias com instituições de ensino superior para a 
criação de cursos de extensão e de Pós-Graduação na área de trânsito.
Metas físicas: 540 (quinhentos e quarenta) cursos.
Cronograma de execução: de março de 2011 a dezembro de 2020.
Parcerias recomendadas: órgãos e entidades do Sistema Nacional de 
Trânsito, Ministério da Educação, Secretarias de Educação e instituições 
de ensino públicas e privadas.
AÇÃO 9: Definir indicadores que favoreçam a implementação 
de atividades e atendam as reais necessidades de segurança 
da população no trânsito. 
Objetivo: Educação para Cidadania no Trânsito. 
Implementação: o Departamento Nacional de Trânsito (Denatran) 
realizará pesquisas pontuais, com públicos-alvo específicos. 
50
UNIDADE ÚNICA │ EDUCAÇÃO PARA O TRÂNSITO
Metas físicas: 1 (uma) pesquisa por ano, totalizando 10 (dez) pesquisas. 
Cronograma de execução: de janeiro de 2011 a dezembro de 2020. 
Parcerias recomendadas: órgãos e entidades do Sistema Nacional de 
Trânsito, Secretarias Estaduais e Municipais, instituições de ensino 
públicas e privadas. 
AÇÃO 10: Realização de campanhas educativas conforme 
temas e cronogramas estabelecidos pelo CONTRAN e em 
conformidade às diretrizes da legislação vigente. 
Objetivo: Educação para Cidadania no Trânsito. 
Implementação: Realização de pesquisa para indicadores quantitativos 
e/ou qualitativos sobre a percepção da população em relação ao trânsito; 
definição da concepção a ser adotada e das linguagens utilizadas, seleção 
das mídias, frequência de veiculação etc.; avaliação de impacto.
Metas físicas: 6 (seis) campanhas ao ano, totalizando 60 (sessenta) 
campanhas. 
Cronograma de execução: Bimestralmente, de 2011 a 2020.
Parcerias recomendadas: Órgãos e entidades do Sistema Nacional de 
Trânsito. 
AÇÃO 11: Desenvolver estratégia de integração com os meios 
de comunicação com a finalidade de criar uma mídia de 
trânsito cidadã.
Objetivo: valorizar as ações de mídia que promovam e incentivem 
comportamentos seguros no trânsito. 
Implementação: divulgação de relatórios periódicos, ações de 
sensibilização para profissionais da mídia e premiação das que 
incentivam o comportamento seguro. 
Metas físicas: 1(um) relatório semestral de avaliação e 1(um) encontro 
anual. 
Cronograma de execução: nos meses de julho e novembro de 2011 a 
2020. 
Parcerias recomendadas: empresas de radiodifusão e de comunicação.
(BRASIL, 2010)
51
EDUCAÇÃO PARA O TRÂNSITO │ UNIDADE ÚNICA
Saúde
Esse fundamento consiste no atendimento às vítimas de trânsito e avanços nas 
pesquisas relacionadas para direcionamento das atividades governamentais voltadas 
para o trânsito. Podemos fazer a analogia com o Pilar 5 (Atendimento às vítimas) do 
Plano Global, em virtude de ambos tratares das saúde das vítimas de trânsito. 
Esse pilar possui três atividades principais que são:
 » promover os preceitos de promoção da saúde voltada à mobilidade urbana 
junto aos setores responsáveis pelo espaço/ambiente de circulação; 
 » promover e garantir o cuidado e a atenção integral às vítimas; 
 » fortalecer a intersetorialidade entre os órgãos de saúde e trânsito. 
Abaixo um detalhamento das atividades relacionadas a esse segundo pilar 3 (Saúde):
Pilar 3: Saúde
AÇÃO 1: Redução da exposição aos riscos, dos segmentos 
mais vulneráveis no trânsito. 
Objetivo: Promover os preceitos de promoção da saúde voltada à 
mobilidade urbana junto aos setores responsáveis pelo espaço/
ambiente de circulação. 
Implementação: 
a. criar/ampliar espaços seguros e atrativos para circulação não 
motorizada.
b. fomentar políticas eficientes de transporte público, de modo a reduzir 
a necessidade da utilização de meios de maior risco; 
c. políticas de uso do solo que reduzam a necessidade de deslocamentos 
motorizados e/ou a exposição de grupos mais vulneráveis ao risco; 
d. incentivar intervenções de moderação de tráfego. 
Metas físicas: A ser detalhado conforme projeto a ser desenvolvido. 
Cronograma de execução: Início: imediato. Final: a ser detalhado 
conforme projeto a ser desenvolvido.
52
UNIDADE ÚNICA │ EDUCAÇÃO PARA O TRÂNSITO
Parcerias recomendadas: DENATRAN, Ministério da Saúde, MEC, 
Secretarias Estaduais e Municipais

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