RECURSO ORDINÁRIO TRABALHISTA Maria José Pereira

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EXCELENTÍSSIMO SENHOR JUIZ DA 2º VARA DO TRABALHO DE GOIÂNIA/ GO
Processo número: 0010001-10.2017.518.0002.
Maria José Pereira, já qualificada nos autos do processo acima descrito, por seu advogado, no processo de Reclamação Trabalhista envolvendo Albano Machado, também, já qualificada nos autos, inconformado com a sentença publicado despacho RTOrd 0010001-10.2017.518.0002, vem tempestivamente e respeitosamente a presença de Vossa Excelência, dentro do prazo processual devidamente obedecido - sendo que o último dia do prazo termina em 01 de dezembro de 2017, interpor
RECURSO ORDINÁRIO
Com base no artigo 895, alínea “a” da CLT, de acordo com as razões, em anexo, as quais requer que sejam recebidas e remetidas ao Egrégio Tribunal Regional da “xx” Região.
A recorrente é beneficiária da Justiça Gratuita, portanto fica dispensado de recolher custas do processo e a realização do depósito recursal para fins de interposição do Recurso Ordinário.
Segue comprovante do recolhimento das custas e depósito recursal.
Nestes termos, pede e espera deferimento
Goiânia, GO. “dia” de “mês” de “ano”
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“Nome do advogado” - OAB número “xxxxxx” 
Escritório rua “xxxxxxxxxxx”, número “xx”, bairro “xxxxxxxxxx”,
CEP “xxxxxxx” no município de Goiânia, GO. 
 
RAZÕES DE RECURSO ORDINÁRIO
Origem: 2º Vara do Trabalho de Goiânia
Processo nº 0010001-10.2017.518.0002
Recorrente: Albano Machado 
Recorrido: Maria Jose Pereira
RESUMO DOS FATOS
Foi ajuizada reclamação trabalhista em face da recorrente pleiteando o pagamento de horas extras em relação a 8º hora da jornada de 12x36 horas, pagamento dos domingos e feriados em dobro, intervalo de intrajornada, reversão da justa causa, indenização por danos morais, multa do artigo 477 da CLT.
O reclamante diz que nunca usufruiu uma hora de intervalo para refeições e descanso, tendo direito há uma hora extra, por dia de trabalho nos termos da súmula número 437 do TST, desde a publicação da Lei Complementar número 150 em 02/06/2015, até o termino do contrato de trabalho, com reflexos em aviso prévio, férias +1/3, décimo terceiro salário e na multa de 40% do FGTS.
Requereu ainda a reversão da justa causa que lhe foi aplicada, ao fundamento de que não houve qualquer conduta grave a ponto de ensejar pagamento de indenização por danos morais, haja visto que foi registrada em sua CTPS a modalidade de dispensa. Por fim, uma vez revertida a justa causa, requer a aplicação da multa prevista no artigo 477, §8 º, da CLT.
DO CABIMENTO DO PRESENTE RECURSO ORDINÁRIO
A decisão proferida na Vara do trabalho trata-se de uma sentença e encerra a atividade jurisdicional em primeira instância. Assim, o reexame da decisão supracitada só poderá ser realizado através de Recurso Ordinário conforme artigo 895, alínea “a” da CLT. 
Cumpre ressaltar que o presente recurso ter sido interposto dentro do prazo processual, sendo que o último dia do prazo termina em 01 de dezembro de 2017,
Dessa forma, preenchido os pressupostos de admissibilidade requer o devido processamento do presente recurso.
DO FERIADOS TRABALHADOS
A sentença deferiu em dobro o pagamento dos feriados fundamentado que há previsão expressa de que o feriado deve ser pago em dobro, pelo fato que mesmo no regime 12x36 o trabalhador tem direito a folga neste dia, além daquelas 36 horas de descanso que fazem parte do sistema 12x36. 
Porém se há o pagamento do feriado em dobro seria desconsiderar a essência lógica do referido regime, uma vez que o trabalho executado em dia de feriado já é automaticamente compensado pelas folgas naturais inerentes ao regime.
 
DO INTERVALO INTRAJORNADA
A sentença deferiu horas extras para o intervalo intrajornada, porém ele não faz jus as horas porque quando o idoso estava repousando (dormindo) o trabalhador ficava descansando, significando que essas horas ultrapassavam o que tem de direito em relação ao intervalo de intrajornada.
DO DANOS MORAIS
 
A sentença deferiu o valor de R$ 10.000,00 (dez mil reais) pelo fato da dispensa por justa causa e anotação desabonadora na CTPS. Porém a sentença vai em desencontro com o fundamento inicial do artigo 29, parágrafo 2º, “c” da CLT que determina que a anotação da rescisão de contrato de trabalho deve constar na CTPS sem qualquer ressalva.
Art. 29. O empregador terá o prazo de 5 (cinco) dias úteis para anotar na CTPS, em relação aos trabalhadores que admitir, a data de admissão, a remuneração e as condições especiais, se houver, facultada a adoção de sistema manual, mecânico ou eletrônico, conforme instruções a serem expedidas pelo Ministério da Economia. § 2 - As anotações na Carteira de Trabalho e Previdência Social serão feitas: “c” - no caso de rescisão contratual
Assim, mesmo que houvesse equívoco na anotação na anotação não seria motivo a indenização pelo fato de não existência, neste ato, de qualquer constrangimento ao trabalhador. Então e totalmente improcedente o pleito a indenização e consequentemente a sentença deferida.
DOS HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS
. A sentença deferiu o pagamento honorários advocatícios em 5%(cinco por cento) em relação ao valor da condenação apurado em sede de liquidação de sentença, mas acontece, que a reclamação trabalhista foi distribuída antes da reforma trabalhista, ou seja, antes de entrar em vigor a Lei 13.467/17. Dispõe o artigo 791, § 4 º, da CLT. 
§ 4º Vencido o beneficiário da justiça gratuita, desde que não tenha obtido em juízo, ainda que em outro processo, créditos capazes de suportar a despesa, as obrigações decorrentes de sua sucumbência ficarão sob condição suspensiva de exigibilidade e somente poderão ser executadas se, nos dois anos subsequentes ao trânsito em julgado da decisão que as certificou, o credor demonstrar que deixou de existir a situação de insuficiência de recursos que justificou a concessão de gratuidade, extinguindo-se, passado esse prazo, tais obrigações do beneficiário.
No momento, a recorrente e sua família não tem condições de arcar com as despesas processuais, conforme comprovam os documentos em anexo.
DOS PEDIDOS DE REFORMA DE SENTENÇA.
Diante do exposto, requer:
a. O reconhecimento e provimento do presente Recurso Ordinário, para fins de reforma da Sentença.
b. Reforma da sentença para no que tange ao pagamento aos feriados em dobro, pelo fato do regime de 12 horas de trabalho seguindo de 36 horas de descanso são automaticamente compensados, já praticada nos estabelecimentos hospitalares e sua atividade, por uma interpretação extensiva pode se enquadrar como uma atividade na área da saúde. Desta forma são improcedentes os pedidos do autor.
c. Reforma da sentença das horas extras referentes ao intervalo intrajornada, pelo fato de não ser cabível para o trabalhador pelo fato do regime de 12 horas de trabalho seguindo de 36 horas de descanso são automaticamente compensados, já praticada nos estabelecimentos hospitalares e sua atividade, por uma interpretação extensiva pode se enquadrar como uma atividade na área da saúde. Desta forma são improcedentes os pedidos do autor.
d. Reforma da sentença para o pedido de indenização por danos morais em razão do artigo 791-A, § 4º e dos documentados anexados.
Nestes termos, requer que o presente recurso seja conhecido e provido.
Goiânia, GO. xx de xxxxxx de xxxx.
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“Nome do advogado” - OAB número “xxxxxx”