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Bragança, 12 de maio de 2020 DIETÉTICA E NUTRIÇÃO SISTEMA HACCP MICROBIOLOGIA E SEGURANÇA ALIMENTAR DOCENTE ERMELINDA LOPES PEREIRA BÁRBARA ALMEIDA A38534 DAPHNE MORAES A43366 ISABELA CORTEZÃO A43448 SVITLANA TYSHCHENKO A43663 2 3 ÍNDICE INTRODUÇÃO....................................................................................................................... 4 O QUE É O SISTEMA HACCP ............................................................................................. 5 IDENTIFICAÇÃO DOS PERIGOS ....................................................................................... 5 ORIGEM DO SISTEMA HACCP ......................................................................................... 6 OS 7 PRINCÍPIOS DO SISTEMA HACCP .......................................................................... 8 1. Análise dos perigos ...................................................................................................... 8 2. Determinação dos pontos críticos de controlo (PCC) ................................................. 8 3. Estabelecimento de Limites Críticos ........................................................................... 8 4. Monitorizar/controlar cada PCC ................................................................................ 8 5. Implementação de medidas corretivas ........................................................................ 8 6. Estabelecer procedimentos de verificação .................................................................. 8 7. Criar/implementar documentos e registo para todos os controlos efetuados ............ 8 CODEX ALIMENTARIUS .................................................................................................... 9 PRÉ REQUISITOS ................................................................................................................. 9 1. Requisitos Estruturais ................................................................................................. 9 2. Empenho da Direção / Aministração .......................................................................... 9 3. Formação ................................................................................................................... 10 4. Controlo de Pragas .................................................................................................... 10 5. Procedimentos de Higiene ......................................................................................... 10 6. Plano de Limpeza e Desinfeção ................................................................................. 10 7. Controlo da Potabilidade da Água ............................................................................ 11 8. Saúde do Manipulador .............................................................................................. 11 CONCLUSÃO ....................................................................................................................... 12 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ...................................... Erro! Marcador não definido. 4 INTRODUÇÃO O Sistema HACCP é baseado em normas de autocontrolo assim como a higienização do local de trabalho que envolve alimentação. Existem algumas regras a serem tomadas, como fichas técnicas de controlo e formação, nele também existem algumas precauções as quais os manipuladores de alimentos devem seguir e também as empresas desse género, desde o local de produção de alimento até a sua distribuição. A base fundamental para o funcionamento desse sistema é a higienização, controle de temperatura para evitar que microrganismos se manifestem nos alimentos, local adequado para armazenagem da matéria-prima, disposição dos equipamentos de manipulação no local de trabalho, assim como planos de limpeza e formação dos funcionários. Este trabalho visa mostrar o funcionamento do Sistema HACCP em diversas áreas da alimentação, desde a matéria-prima até chegar ao consumidor, assim como compreender o que é um Sistema HACCP e como pode ser utilizado no dia a dia para empresas que trabalham com a manipulação de alimentos frescos até sua distribuição. Os resultados da pesquisa foram obtidos a partir de pesquisas em sites reconhecidos. Dentro dos dados coletados observa-se como é atuado as normas desse sistema e como devem ser efetuados, assim como o surgimento dessas regras e quais os perigos. 5 O QUE É O SISTEMA HACCP O Sistema HACCP, é um sistema com uma abordagem sistemática e estruturada sobre o processo produtivo dos alimentos, de modo a garantir a segurança dos mesmos desde a “colheita” até ao consumidor. Consiste em uma sigla reconhecida internacionalmente como Hazard Analysis and Critical Control Point ou Análise de Perigos e Controlo de Pontos Críticos. Este sistema tem na sua base uma estratégia de identificação de perigos, avaliação e controlo de riscos, que visa a prevenir, minimizar e/ou eliminar possíveis danos nos alimentos, garantindo assim, alimentos seguros à população. IDENTIFICAÇÃO DOS PERIGOS O perigo pode acontecer em alguns estados, podendo colocar em risco a saúde humana quando seu consumo não é adequado. Na área alimentar deve-se ter em conta os seguintes perigos: Perigos Biológicos: bactérias, fungos, vírus e parasitas. Perigos Químicos: presentes naturalmente ou adicionados – Pesticidas, contaminadores inorgânicos tóxicos, antibióticos, promotores de crescimento, aditivos alimentares tóxicos, lubrificantes, tintas, toxinas do marisco (PSP, DSP), histamina (pescado), mico-toxinas (afla-toxinas, ocra-toxinas), dioxinas, nitrosaminas, partículas dos materiais de embalagem. Perigos Físicos: fragmentos de madeira, plástico, metal, tinta, vidros, pedras, pelos, areia, agulhas, entre outro. Perigos Nutricionais: alergénicos, sal, gorduras, açúcar em excesso, entre outros perigos. 6 ORIGEM DO SISTEMA HACCP Consoante a Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura – FAO (1998), o sistema de HACCP teve as suas origens por volta dos anos 50/60. Em 1959, os Laboratórios das Forças Armadas dos Estados Unidos da América convidaram a empresa Pillsbury a participar num programa da National Aeronautics and Space Administration – NASA, cujo propósito era produzir um alimento que pudesse ser utilizado em condições de gravidade zero pelos astronautas, a abordagem inicial à resolução desse desafio passava pela produção de frações de alimento, que seriam cobertas por uma camada que evitasse a sua desagregação e consequente contaminação atmosférica. No entanto, tornava-se mais difícil assegurar na sua totalidade que esses alimentos não eram contaminados por microrganismos patogénicos, toxinas, perigos físicos ou químicos que pudessem causar qualquer doença ou injúria que resultasse numa missão catastrófica ou abortada. Rapidamente se constatou que as técnicas de controlo de qualidade usadas na altura – inspeções aos ingredientes e/ou produtos e/ou análises laboratoriais, não concediam assegurar que toda a produção era segura, sem a testar na sua quase totalidade. A necessidade de adotar uma abordagem preventiva do sistema de controlo da qualidade e segurança alimentar tornava-se evidente. A procura de elementos que constituíssem essa nova abordagem, levou a Pillsbury a descobrir que o Centro de Desenvolvimento e Pesquisa Natick das Forças Armadas dos EUA usava um sistema de análise para fornecimentos médicos: “Failure, Mode and Effect Analysis” – FMEA. O sistema FMEA consistia em pesquisar o que pode correr mal em cada fase de uma operação, bem como as causas e efeitos resultantesdessas possíveis falhas, antes de elaborar mecanismos efetivos de controlo das mesmas. Após avaliação do método mencionado, a Pillsbury adotou esse modelo de análise, com algumas renovações, surgindo assim o conceito de HACCP. Em 1973/1974, o organismo estatal United States Food and Drug Administration (US-FDA), dos EUA, declarou os regulamentos para alimentos enlatados de baixa acidez e acidificados, que incluíam o uso dos princípios de HACCP. 7 No início dos anos 80, as grandes empresas alimentares começaram a exercer uma aproximação ao sistema de HACCP. Em 1985, a National Academy of Science – NAS, dos EUA, publicou um documento: An Evaluation of the Role of Microbiological Criteria for Foods and Food Ingredients, que determinava que um sistema preventivo (HACCP) era essencial para o controlo dos perigos microbiológicos e que a inspeção do produto final era inadequada à prevenção de doenças de origem alimentar. Desde 1986 que a Comissão do Codex Alimentarius recomenda às empresas alimentares, a aplicação de sistemas de autocontrolo baseados nos princípios HACCP. Na União Europeia, o Conselho Europeu publicou a Diretiva 93/43/CEE, de 14 de Junho de 1993, relativa à higiene dos géneros alimentícios. Este documento recomenda aos Estados-membros o incentivo e participação “na elaboração de guias de boa conduta de higiene para orientação dos operadores do ramo alimentar, baseados, sempre que necessário, no código internacional de práticas recomendadas em matéria de higiéne – do Codex Alimentarius; para além disso, constata a aplicação dos princípios de HACCP, enunciando o seguinte: “As empresas do sector alimentar devem identificar todas as fases das suas atividades determinantes para garantir a segurança dos alimentos e velar pela criação, aplicação, atualização e cumprimento de procedimentos de segurança adequados, com base nos princípios a seguir enunciados, que foram utilizados para desenvolver o sistema HACCP (análise do risco e pontos de controlo críticos): Análise dos potenciais perigos alimentares nas operações do sector alimentar; Identificação das fases dessas operações em que podem verificar-se riscos alimentares; Determinação acerca das fases identificadas que são críticas para a segurança dos alimentos; Definição e aplicação de um controlo eficaz e de processos de acompanhamento nos referidos pontos críticos; Revisão periódica, e sempre que haja alterações dos processos da empresa, da análise de riscos alimentares, dos pontos críticos de controlo e dos processos de controlo e acompanhamento.” 8 OS 7 PRINCÍPIOS DO SISTEMA HACCP De acordo com o Codex Alimentarius, para a implementação de um sistema HACCP, devem ser considerados os seguintes princípios: 1. Análise dos perigos Identificar todos os perigos a ser evitados, eliminando-os ou reduzindo-os para níveis aceitáveis. 2. Determinação dos pontos críticos de controlo (PCC) Identificar os PCCs na fase ou fases em que o controlo é essencial para evitar ou eliminar um risco ou para reduzir para níveis aceitáveis. 3. Estabelecimento de Limites Críticos Estabelecer limites críticos em PCC, que separem a aceitabilidade da não aceitabilidade com vista à prevenção, eliminação ou redução dos riscos identificados. 4. Monitorizar/controlar cada PCC Estabelecer e aplicar processos eficazes de vigilância em pontos críticos de controlo. 5. Implementação de medidas corretivas Estabelecer medidas corretivas quando a vigilância indicar que um ponto crítico não se encontra sob controlo. 6. Estabelecer procedimentos de verificação Estabelecer processos, a efetuar regularmente, para verificar que as medidas referidas nos princípios de 1 a 5 funcionam eficazmente. 7. Criar/implementar documentos e registo para todos os controlos efetuados Elaboração de documentos e registos adequados à natureza e dimensão das empresas, a fim de demonstrar a aplicação eficaz das medidas referidas nos princípios 1 a 6. 9 CODEX ALIMENTARIUS O Codex Alimentarius, deriva do Codex Alimentarius Austriacus, é uma expressão em latim que significa "código alimentar", Foi desenvolvido nos anos 60 pelas Organizações das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO) e pela Organização Mundial de Saúde (OMS). Este código alimentar engloba uma série de regras gerais e específicas relativas à segurança alimentar, a fim de orientar, promover, desenvolver e criar definições e exigências para os alimentos, com o objetivo de proteger a saúde dos consumidores e assegurar práticas justas no comércio alimentar. PRÉ REQUISITOS De forma a prevenir, eliminar ou apenas reduzir os perigos que podem vir a contaminar o género alimentício durante o seu processo produtivo e posterior distribuição, devem ser tidos em conta requisitos que uma vez contemplados permitiram a aplicação efetiva do sistema HACCP. Os pré-requisitos controlam os perigos associados ao meio envolvente ao processo de produção do género alimentício, enquanto que o sistema HACCP controla os perigos associados ao processo de produção. Devem ser considerados os seguintes pré-requisitos: 1. Requisitos Estruturais Estes dizem respeito aos requisitos físicos e às regras de higiene, exigidos pela legislação horizontal e vertical, a que estão sujeitas as fases de preparação, transformação, fabrico, embalagem, armazenagem, transporte, distribuição, manuseamento, venda e colocação dos géneros alimentícios a disposição do público consumidor. 2. Empenho da Direção / Aministração O envolvimento e o comprometimento da administração com o sistema HACCP a implementar é essencial para o sucesso do processo. A Direcção tem um papel 10 fundamental no envolvimento de todos os colaboradores na filosofia do HACCP. É a responsável máxima pelo projecto e ainda pela selecção da equipa HACCP, pelo controlo orçamental e pela disponibilidade de recursos financeiros e humanos. 3. Formação A formação e sensibilização dos colaboradores é indispensável para o sucesso do sistema HACCP. A formação em higiene e segurança alimentar deve ser ministrada a todos os colaboradores a um nível apropriado às operações que executam. A formação em HACCP deve ser orientada para a administração, equipa HACCP e pessoal responsável pela monitorização. 4. Controlo de Pragas Nos locais onde se manipulam, confecionam, conservam, armazenam, expõem e comercializam alimentos, deve efetuar-se o controlo dos insetos e roedores. Estes são portadores de microrganismos patogénicos e podem contaminar os alimentos, para além dos prejuízos que provocam nas instalações e equipamentos. O controlo de pragas deve ser efetuado por pessoal com formação específica e com uma periodicidade determinada. Devem existir nas instalações da empresa, documentos comprovativos desse controlo (ex.: relatórios de visita, fichas técnicas dos iscos utilizados, mapa de iscos, entre outros). 5. Procedimentos de Higiene Todos os alimentos são suscetíveis de ser contaminados, devendo, por isso, ser adotados os procedimentos mais corretos na manipulação dos alimentos, para que a sua segurança não sofra alterações nem coloquem em risco a saúde dos consumidores. Assim, devem ser elaborados e adotados Procedimentos de Higiene específicos para cada empresa, que devem ser distribuídos e explicados a todos os colaboradores, por forma a dar cumprimento aos mesmos. 6. Plano de Limpeza e Desinfeção A correta higienização de instalações e equipamentos tem de ser previamente assegurada. Para isso deve ser elaborado e posto em prática um Plano de Limpeza e Desinfeção que contemple todos os produtos, procedimentos e periodicidade adotados para cada uma das zonas e equipamentos a higienizar. Desinfeção ou Plano de 11 Higienização, como forma de comprovar o cumprimento desse plano bemcomo de responsabilizar os operadores que executam as operações de higienização deve-se monitorizar essas operações através do preenchimento de um registo. 7. Controlo da Potabilidade da Água Tendo em conta que a água é utilizada para a preparação dos alimentos, bem como para a lavagem de utensílios e equipamentos que vão estar em contacto com eles, é necessário efetuar um controlo da potabilidade da água. Se a água não for potável, estão a ser criadas condições de contaminação aos alimentos que produzimos. 8. Saúde do Manipulador No âmbito da segurança alimentar interessa considerar a saúde dos manipuladores, dado que existem determinadas doenças que podem provocar contaminação nos alimentos e dar origem a toxinfecções alimentares. As pessoas que trabalham com alimentos não podem sofrer de qualquer doença infeto-contagiosa como por exemplo a tuberculose ou a hepatite. Assim, todas as pessoas que contactam com os alimentos devem efetuar um exame médico completo no início da sua atividade profissional, que inclua zaragatoa nasofaríngea, microrradiografia e análise às fezes, por forma a averiguar a sua aptidão para o serviço. Devem repeti-lo periodicamente e sempre que existam razões que justifiquem a realização de novos exames. O manipulador de alimentos deve comunicar ao seu responsável sempre que sofra de doenças ou sintomas, tais como: Dores abdominais, diarreia, febre, náuseas e vómitos; Anginas, tosse ou corrimento nasal; Processos inflamatórios da boca, olhos e ouvidos; Lesões da pele como erupções, furúnculos e feridas infetadas. Estas situações podem levar ao afastamento temporário dos manipuladores, por forma a prevenir a contaminação dos alimentos que manipulam. 12 CONCLUSÃO Mediante aos estudos selecionados pode concluir-se que, as regras de higienização e formação são claras se controladas de forma correta. Além de sintetizar de forma simples para que até trabalhadores com menos experiência consigam entender a importância do método e como utilizá-lo. As pesquisas carregam em si um leque de informações sobre como proceder através deste conhecimento. Esse sistema é relevante não somente como regras para estabelecimentos, mas como de conhecimento básico e geral para a população. 13 REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICAS SAFEMED: Segurança e Saúde no Trabalho, Eng. J. Ramos, 2015. Segurança Alimentar. Disponível em: http://blog.safemed.pt/download/Joel-Ramos-Historia-e-Evolucao-doHACCP.pdf Consultado a 23 de Março 2020 MANUAL DE FORMAÇÃO HACCP: - Formação Qualidade e Auditoria Agroalimentar, Lda. e DCTA/ESAC – Departamento de Ciência e Tecnologia Alimentares da Escola Superior Agrária de Coimbra no âmbito do Projecto AGRO DE&D nº 44, 2002. Disponível em: http://www.esac.pt/noronha/cq/pdf/Manual%20HACCP%20%20AGRO44.pdf Consultado a 24 de março de 2020 ASAE: HACCP, O que é, 2017. Segurança Alimentar. Disponível em: https://www.asae.gov.pt/perguntas-frequentes1/haccp-o-que-e-.aspx Consultado a 25 de Abril de 2020 CONCEITO.DE: Conceito de perigo, 2012. 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Disponível em: http://blog.safemed.pt/download/Joel-Ramos-Historia-e-Evolucao-doHACCP.pdf http://www.esac.pt/noronha/cq/pdf/Manual%20HACCP%20%20AGRO44.pdf https://www.asae.gov.pt/perguntas-frequentes1/haccp-o-que-e-.aspx https://conceito.de/perigo http://blog.safemed.pt/origem-e-evolucao-do-haccp/ http://www.egiquimica.com/index.asp?idEdicao=51&idSeccao=794&id=316&action=n%20oticia http://www.egiquimica.com/index.asp?idEdicao=51&idSeccao=794&id=316&action=n%20oticia http://www.intedya.pt/internacional/589/noticia-o-que-e-o-codex-alimentarius.html 14 https://acisat.pt/wpcontent/uploads/2016/10/codex_alimentarius.pdf Consultado a 26 de Abril de 2020 https://acisat.pt/wpcontent/uploads/2016/10/codex_alimentarius.pdf
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