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INSTITUTO SUPERIOR DE CIÊNCIAS E EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS SOCIAIS E HUMANAS LICENCIATURA EM ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA A GESTÃO CAPITAL HUMANA NA ORGANIZAÇÃO (IMPORTÂNCIA E VALOR ACRESCIDO DA COMPECTIVIDADE): CASO DE CHILONGUA COMERCIAL. 1º Ano Sónia da Graça Matsinhe Tsenane: 41200574 Maxixe, Outubro de 2020 INSTITUTO SUPERIOR DE CIÊNCIAS E EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS SOCIAIS E HUMANAS LICENCIATURA EM ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA A GESTÃO CAPITAL HUMANA NA ORGANIZAÇÃO (IMPORTÂNCIA E VALOR ACRESCIDO DA COMPECTIVIDADE): CASO DE CHILONGUA COMERCIAL. Trabalho a ser submetido ao Departamento de Ciências Sociais e Humanas em cumprimento dos requisitos exigidos pelo ISCED para ser submetida ao Teste 2 de Fundamentos de gestão de Recursos Humanos no curso de Administração Pública. Orientado por: Sónia da Graça Matsinhe Tsenane: 41200574 Maxixe, Outubro de 2020 Conteúdo 1. INTRODUÇÃO .................................................................................................................. 4 1.1. Objectivos.................................................................................................................... 4 1.1.1. Objectivo geral ..................................................................................................... 4 1.1.2. Objectivos específicos ......................................................................................... 4 1.2. Estrutura ...................................................................................................................... 4 1.3. Metodologias ............................................................................................................... 4 2. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA ..................................................................................... 5 2.1. As Organizações .......................................................................................................... 5 2.2. Capital humano ........................................................................................................... 5 2.3. A importância do investimento em capital humano na criação de valor para as empresas. ................................................................................................................................ 7 2.4. O Investimento em Capital Humano: criação de valor nas organizações ................... 7 2.5. Capital humano como factor de competitividade ........................................................ 8 3. ESTUDO DE CASO .......................................................................................................... 9 3.1. Descrição da organização ............................................................................................ 9 3.2. Ambiente competitivo ............................................................................................... 10 3.3. Estalecendo objectivos .............................................................................................. 11 3.4. Desenvolvimento e implantação das estratégias ....................................................... 12 4. CONCLUSÃO .................................................................................................................. 14 5. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ............................................................................. 14 4 1. INTRODUÇÃO Um funcionário, dependendo de suas habilidades e competências, pode agregar valor, gerando resultados ainda melhores para as organizações. O capital humano, ou seja, a capacidade, a experiência e o conhecimento dos funcionários são hoje reconhecidos como o principal activo de qualquer organização, despertando a atenção de contabilistas, gestores, economistas e investidores devido à sua influência no valor de mercado das empresas, o qual se encontra, muitas vezes, desfasado do valor contabilístico. Partindo do pressuposto, pretende-se neste trabalho de campo demonstrar a importância do Capital Humano nas organizações (particularmente na rede de abastecimento de combustível-CHILONGUA COMERCIAL), nos postos de Massinga e Morrumbene. 1.1.Objectivos 1.1.1. Objectivo geral Analisar a importância da Gestão do Capital Humano na Competitividade das Organizações Empresariais; 1.1.2. Objectivos específicos Conceptualizar as organizações e capital humano; Conhecer a importância do investimento em capital humano na criação de valor para as empresas; Avaliar o grau de enquadramento dos critérios contabilísticos de reconhecimento dos investimentos em formação do capital humano nos postos de abastecimento de combustível (caso de Massinga e Morrumbene). 1.2.Estrutura O trabalho está estruturado em quatro (4) capítulos. O primeiro é dedicado a considerações gerais sobre o problema. O segundo capítulo é dedicado a analisar os principais conceitos que sustentarão a discussão do tema. O conceito de capital humano, é analisado com maior profundidade, pois julgamos que a compreensão deste é vital para a reflexão que se pretende fazer. No terceiro capítulo, encontra-se o estudo do caso, que dedica-se a fazer o estudo descritivo; e o quarto, por sinal o último, faz-se a síntese da pesquisa, apresentando-se as considerações finais. 1.3. Metodologias A elaboração deste trabalho baseou-se no método hipotético-dedutivo, através do qual partiu- se das hipóteses formuladas para se dar uma resposta ao problema levantado na pesquisa. Para 5 a compreensão do problema em estudo assim como para o alcance das devidas conclusões, recorreu-se a recolha da informação disponível sobre o reconhecimento e registo dos investimentos em formação do capital humano na óptica contabilística, através dos seguintes procedimentos: Pesquisa bibliográfica, baseada em consulta de livros de Administração Publica, contabilidade analítica, gestão de recursos humanos, artigos, leis e normas de contabilidade que servem de suporte para a presente pesquisa; e Estudo de caso, como forma de consolidar o aprendizado teórico ao prático sobre a relevância da gerência do capital humano nas organizações (particularmente na rede de abastecimento de combustível-CHILONGUA COMERCIAL), que foi possível entrevistar alguns funcionários dos seus postos. 2. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA 2.1. As Organizações A história mostra que o homem sempre procurou formas de melhor utilizar os seus esforços para conseguir melhores resultados. A organização é uma dessas criações e apresenta diversidade. Até meados do século XVIII, as organizações se desenvolveram mais lentamente. A partir da Revolução Industrial, com a invenção da máquina a vapor aplicada à produção, entre outras invenções tecnológicas, apareceram modernas organizações e novos desafios no campo administrativo. Observa-se que a humanidade como um todo e as pessoas individualmente dependem da organização, quer para a sobrevivência, quer para o contínuo desenvolvimento. É através da organização que a vida se torna viável nas sociedades modernas. Schein (1982, p.10-12) afirma que o indivíduo, sozinho, é incapaz de satisfazer todos os seus desejos e necessidades; então, o homem, devido às suas limitações, necessita interagir com outros. Desta forma, reconhece que a organização é o instrumento através do qual os indivíduos atingem seus objectivos e satisfazem seus desejos e necessidades. 2.2. Capital humano De acordo com Davenport (2007), a expressão capital humano surgiu pela primeira vez em 1961, num artigo da autoria de Theodore Schultz, que provou que nos Estados Unidos a 6 rendibilidade do investimento em capital humano era superior à resultante do investimento em capital físico, devido à educação e à formação. Desde então, investigadores de diversas áreas adicionaramoutros termos ao conceito de capital humano. Contudo, é praticamente unânime que o capital humano engloba a capacidade, experiência e conhecimento das pessoas. Na opinião de Becker (1993), o capital humano significa produção, em que um investimento adicional produz resultados (outputs) adicionais. Segundo o autor, o capital humano é substituível, mas não transferível. Segundo Bontis, Dragonetti, Jacobsen e Roos (1999), o capital humano representa o factor humano na organização, ou seja, a conjugação de inteligência, qualificações e competências que conferem à organização o seu caráter distinto. Os elementos humanos da organização são aqueles que são capazes de aprender, alterar, inovar e espoletar o impulso criador que, devidamente motivado, pode garantir a sobrevivência a longo prazo da organização. O Capital Humano é um dos principais activos geradores de riquezas nas empresas. O valor de cada indivíduo contribuiu para o crescimento da organização e pode ser aumentado ou depreciado e acordo com as políticas e práticas de gestão aplicadas. O Capital Humano é composto de dois aspectos principais: Talentos: dotados de conhecimentos, habilidades e competências que são constantemente reforçados, atualizados e recompensados. Contudo, não se pode abordar o talento isoladamente como um sistema fechado. Sozinho, ele não vai longe, pois precisa existir e coexistir dentro de um contexto que lhe permitirá liberdade, autonomia e retaguarda para poder se expandir. Contexto: é o ambiente interno adequado para que os talentos floresçam e cresçam. Sem esse contexto, os talentos não se desenvolvem. O contexto é determinado por aspectos como: a. Arquitetura organizacional, com um desenho flexível, integrador com uma divisão de trabalho que coordene as pessoas e o fluxo de processos e das atividades de maneira integrada. A organização do trabalho deve facilitar o contato e a comunicação das pessoas. b. Cultura organizacional, democrática e participativa que inspire confiança, comprometimento, satisfação, espírito de equipe. Uma cultura baseada em solidariedade entre as pessoas. 7 c. Estilo de gestão, baseado na liderança renovadora e no coaching, com descentralização de poder, delegação e empowerment. 2.3. A importância do investimento em capital humano na criação de valor para as empresas. Num mundo de interdependência global, o sucesso económico não é mais uma questão de cálculos exatos e rigorosos. Este envolve, também, parâmetros não quantificáveis e elementos não materiais como a formação, a qualidade do serviço ou a capacidade de inovar. Como refere Cabrita (2009), os factores de competitividade vigentes na era industrial não se aplicam na era do conhecimento. Assim, atualmente a competitividade assenta em fatores dinâmicos como a inovação, a tecnologia ou o conhecimento. Há inúmeros estudos que apontam para uma relação entre o capital humano e o desenvolvimento dos países, e entre o capital humano e o sucesso nas organizações. Relativamente à relação entre o capital humano e o desenvolvimento dos países, existem estudos sobre o desenvolvimento da economia americana e as fontes de crescimento de muitos países do mundo, em que se tornou reconhecido que o capital humano e as habilitações da população desempenham um papel importante na explicação das diferenças na produtividade e na desigualdade entre as nações (Becker, 1964; Schultz, 1981, referenciados por Heckman, 2005). Heckman (2005) afirma que uma força de trabalho mais educada tem uma maior capacidade de adaptabilidade à importação de nova tecnologia e ressalva que o capital humano melhora a produtividade do capital físico de alta tecnologia. Relativamente à relação entre o capital humano e o sucesso nas organizações, existe um consenso generalizado, sustentado pela evidência empírica realizada, que a gestão do capital humano e as políticas de gestão dos recursos humanos, se devidamente configuradas, fornecem uma contribuição direta e economicamente significativa para o desempenho da organização, tal como demonstrou Huselid (1995). 2.4. O Investimento em Capital Humano: criação de valor nas organizações As constantes alterações no ambiente competitivo e a concorrência feroz, no mundo dos negócios, requerer das empresas diligências maiores na procura de vantagens competitivas 8 superiores às dos concorrentes. Devendo estas, desenvolverem planos de negócios dinâmicos que incorporem a criatividade e a inovação de produtos e serviços como procedimento constante. E incontestavelmente, apenas através das pessoas, é possível trazer a inovação e criatividade para uma organização, assim, o Capital Humano desempenha um papel de destaque no aumento da competitividade de qualquer organização (Marimuthu et al., 2009). Na perspetiva de Chatzkel (2004), referenciado em Baron e Armstrong (2007:17), “as organizações não são mais do que uma extensão do pensamento e da acção de humanos”. Sendo, por via dos conhecimentos, capacidades e qualificações das pessoas que se cria valor numa organização, pelo que se deve investir e criar meios de atrair, reter e desenvolver o Capital Humano que a compõe. O investimento em Capital Humano, através da sua seleção e desenvolvimento, é decisivo para a alavancar o seu potencial e promover os contributos destes para a criação de valor numa organização (Lepak e Snell, 1999). Deste modo, as empresas devem repensar a forma como definem os custos associados às remunerações, formação e desenvolvimento do seu Capital Humano, devendo estes passarem a ser percebidos como investimentos passíveis de gerarem valor futuro para estas (Scarborough et al.,2002 apud Baron e Armstrong, 2007:22) De acordo com Hatch e Dyer (2004), a formação e aprendizagem promovidas pelas organizações aos seus colaboradores permite que estes adquiram conhecimentos cada vez mais específicos ao nível da empresa, tornando-os capazes de fornecer contributos, cada vez mais, inimitáveis para o desempenho e aprendizagem desta. Resultado que conduz ao reconhecimento do Capital Humano como uma fonte de vantagem competitiva. Porém, as ações de formação promovidas pelas organizações ao seu Capital Humano devem ser definidas tendo em conta o fortalecimento ou aquisição de conhecimentos, técnicas ou competências, que os seus RH necessitam para a prossecução da sua estratégia (Baron e Armstrong., 2007). A Gestão de Capital Humano, em contexto organizacional, realça as pessoas como activos e recursos de uma organização, fortalecendo o seu potencial para a constituição de uma vantagem competitiva, por via de investimentos, nestes activos, com o objectivo de comprometê-los com a organização, retê-los e desenvolver os seus talentos através de programas de aprendizagem e formação (Armstrong, 2007). 2.5.Capital humano como factor de competitividade 9 As pessoas constituem o recurso eminentemente dinâmico das organizações. Entre os vários recursos organizacionais, as pessoas se destacam por ser o único recurso vivo e inteligente, por seu caráter eminentemente dinâmico e por seu incrível potencial de desenvolvimento. Elas têm a enorme capacidade para aprender novas habilidades, captar informações, adquirir novos conhecimentos, modificar atitudes e comportamentos, bem como desenvolver conceitos e abstrações. As organizações lançam mão de ampla variedade de meios para desenvolver as pessoas, agregar-lhes valor e torná-las cada vez mais capacitadas e habilitadas para o trabalho. Assim, o capital humano passou a ser o principal fator da vantagem competitiva, é o que vai determinar o futuro da companhia. Sem um gerenciamento adequado deste requisito, nenhuma empresa terá sucesso com suas metas e objetivos e, consequentemente, não alcançará os resultados esperados. Segundo Stewart “trabalhadores inteligentes trabalham de forma mais inteligente. As empresas gerenciam o capitalintelectual de forma aleatória e o principal motivo é a dificuldade de diferenciar o custo de se remunerar os funcionários do valor de investir neles”. “O trabalho rotineiro, que exige pouca habilidade, mesmo quando feito manualmente, não gera nem emprega capital humano para a organização. Pessoa contratada – mente contratada”. Para usar mais o que as pessoas sabem, as empresas precisam criar oportunidades de tornar público o conhecimento privado. O capital humano se dissipa com facilidade, é preciso concentrá-lo. As organizações necessitam rapidamente ajustar-se a estes novos tempos sob o risco de não mais se manterem competitivas e serem eliminadas pela concorrência. O sucesso da empresa está diretamente ligado aos empregados, seu principal ativo. Eles são responsáveis pelo aumento da qualidade dos produtos e pela competitividade da organização. 3. ESTUDO DE CASO 3.1. Descrição da organização A rede de postos de combustíveis “CHILONGUA COMERCIAL”, é constituída por empresa de serviços, familiar e geridas por dois irmãos sócios proprietários, quanto aos demais funcionários não fazem parte da família. A rede é composta por três postos em diferentes locais, dois situados na vila autárquica de Massinga (Inhambane) e outro no distrito de Morrumbene (Inhambane). 10 Cada posto com características físicas diferentes, cada qual com seu lay-out típico, um diferencial num mercado tão competitivo. Os administradores enfrentam problemas constantemente, falta de qualificação da mão de obra, a própria mão de obra, e entendimento das atividades rotineiras; alguns problemas destes demandam acções imediatas, assim, é necessário bem administrar o capital humano destas empresas, onde todos os funcionários tenham o prazer em bem atender aos clientes. A Direção entende que a competitividade depende do conhecimento do capital humano; o detentor, integrador e dinamizador do conhecimento, passando então, a uma condição onde ele deve ser a base da organização, devendo ser reconhecido e valorizado como tal. A estrutura organizacional da empresa tem como critérios que todos os funcionários sejam atendidos prontamente quando preciso for. Para isso a empresa adotou organograma a seguir: Assim, o Capital Humano da empresa distribuído desta maneira hierárquica dá a organização mais facilidade e mais suporte para seus funcionários. O principal desafio é o de suprir a demanda no treinamento dos funcionários, ajustando-o as metas da empresa. Atingindo seus objectivos de vantagem competitiva em um mercado acirrado e muito competitivo. 3.2. Ambiente competitivo O constante aumento do mercado de automóveis propicia a crescente venda de combustíveis já que a maior parte da população brasileira possui veículo. Torna-se um ambiente promissor sócio proprietário gerente encarregado de pista frentista frentista suporte administrativo caixa 11 para proprietários de postos de combustíveis, e pequeno já que nem todos conseguem atribuir certamente o que é exigido pela Lei Ambiental. Mas a disputa por preços de combustíveis dependem unicamente dos acordos realizados entre empresas de revenda e empresas distribuidoras. Além é claro da posição do sindicato frente a pequenos preços praticados no mercado, faz com que todos trabalhem mesmos parâmetros. Porém, os distribuidores que estão em desvantagem no mercado adotam a estratégia de diminuir o percentual de lucro no preço final ao consumidor, é o que tecnicamente chama-se diminuição de Margem ou diminuição do IVA (índice de valor agregado). Nos postos localizados no distrito de Massinga não há concorrentes directos, visto que dentro da vila só existe os postos da rede e estão bem localizados no centro destes. Já o posto localizado no distrito de Morrumbene, tem como concorrente grandes revendedores por toda a vila que sufocam os pequenos empreendedores. Por estar localizado numa vila de pequeno porte, o atendimento acaba sendo para os clientes frequentadores inovador e pessoal, já que se tornam pessoas conhecidas. O encarregado de pista além de orientar a movimentação dos clientes em momento de “pico”, ajuda na reposição de mercadorias e divide a atenção dada aos clientes, o que melhora ainda mais o atendimento. O gráfico abaixo informa o volume de vendas da rede de postos referente ao mês de Setembro de 2020. Massinga1 Massinga2 Morrumb. Como pode se verificar os postos têm diferentes faturamentos mensais, já os localizados na vila autárquica e com nível alto populacional, neste caso, está se falando de Massinga (1 e 2), as vendas totais dos combustíveis são próximas. 3.3. Estalecendo objectivos 12 Na incessante busca da qualidade, produtividade e competitividade, as empresas da rede CHILONGUA COMERCIAL sentiram a necessidade de novas práticas de recursos humanos, apresentando políticas e estratégias para o alcance dos objectivos organizacionais. Ainda que as instalações físicas, equipamentos e recursos financeiros sejam necessários para a organização, as pessoas – os recursos humanos – são particularmente importantes. Elas planeam e produzem os produtos e serviços, controlam a qualidade, vendem os produtos, alocam recursos financeiros e estabelecem as estratégias e objectivos para a organização. A ausência de pessoas devidamente qualificadas aumenta a dificuldade de qualquer empresa, inclusive na rede CHILONGUA COMERCIAL, de alcançar seus objectivos. O atendimento no comércio vizinho é de extrema importância, havendo qualidade no atendimento com certeza o empreendimento estará em condições de competir no mercado. Houve a necessidade de uma missão da rede ser implantada e efectivada, com o conhecimento de todos os envolvidos no atendimento ao cliente interno e externo. “Ser a primeira opção de abastecimento no nosso cliente, praticando bons preços e com excelência no atendimento”. 3.4. Desenvolvimento e implantação das estratégias Os gestores desta rede de postos devem saber que comportamentos querem motivar nas pessoas. Embora pessoas produtivas pareçam fazer um número aparentemente ilimitado de coisas, a maioria das actividades mais importantes pode ser agrupada em cinco categorias: Fazer parte da organização; Permanecer na organização; Comparecer ao trabalho regularmente; Ter bom desempenho; Demonstrar cidadania. Bons cidadãos da organização são funcionários comprometidos, satisfeitos, que tem desempenho acima e além de seu dever, fazendo tarefas suplementares que podem ajudar a empresa. Administradores eficientes facilitam o desempenho fornecendo as coisas de que as pessoas precisem para desempenhar sua função. Podem oferecer a seu pessoal treinamento adequado, ferramentas e equipamentos necessários, orçamento apropriado e pessoal de apoio, autoridade 13 e informações suficientes para que o pessoal faça um bom trabalho. Sem esses elementos, até mesmo as pessoas altamente motivadas não vão ter bom desempenho. Fornecer às pessoas metas relacionadas ao trabalho é um modo extremamente eficaz de estimular a motivação. Mas, metas individuais geram competição e reduzem a cooperação, se a cooperação for essencial, as metas de desempenho devem ser estabelecidas para a equipe. Em 1911, o psicólogo Edward Thorndike formulou a Lei do efeito: o comportamento que é seguido de consequências positivas provavelmente será repetido. Exemplos disso são: elogios, cartas de congratulações, avaliações de desempenho favoráveis e aumento de salário. No entanto no que diz respeito ao reforço negativo estão as cartas de advertência, ameaças de demissão, ou até quando as pessoas têm um bom desempenho e não recebem elogios. As pessoas têm diferentes necessidades, que as energizam e motivam na direção de metas diferentes. A medida e os modos em que as necessidades de uma pessoa podem ser satisfeitas no trabalho afetam seu comportamento. Na rede CHILONGUACOMERCIAL as metas aos funcionários frentistas são classificadas em: Limpeza da área do posto; Venda por comissão de lubrificantes e filtros de óleo; Cortesia no atendimento ao cliente. Mas para todos os funcionários a meta é única: Melhor atendimento ao cliente interno e externo Para a gerência a meta é a venda geral dos combustíveis no mês, sem que haja falta destes nos tanques e nem problemas ocasionados com despejo em tanques errados, ou seja, gasolina no tanque de etanol ou similar. Para o caixa a meta é simples, sempre ter a loja de conveniência abastecida e as vendas estarem de acordo com os recebimentos, sem perdas ou sobras. Já o administrativo deverá estar em dia com as contas pagas e os recebimentos a prazo, efetuar o fechamento do caixa, lançamento de notas fiscais no sistema; sempre orientando sobre pequenos problemas, fechamento de caixa em desacordo, por exemplo. 14 Em cada posto existe uma equipe com oito funcionários frentistas e dois funcionários caixas que trabalham em turnos divididos em noturno e diurno. Folgas semanais, e não descansam em feriados e finais de semana, salvo se a folga for para esses dias. Não há tempo estipulado nem horário para descanso durante o turno, o que será necessário o bom entendimento dos colegas para cada qual ter o seu horário respeitado. Nenhum destes postos trabalha vinte e quatro horas, o horário de todos é de 6h00 as 22h00, de segunda a sábado e aos domingos e feriados de 7h00 as 21h00. Não há confraternização dos colegas de trabalho, nem reuniões periódicas de desempenho e motivação. 4. CONCLUSÃO Neste trabalho abordam-se assuntos inerentes a importância da gestão do capital humano nas organizações, estudo de caso rede CHILONGUA COMERCIAL, portanto, indo ao concreto, deu a entender que com a falta de entendimento de suas tarefas e com o conhecimento da importância do volume de vendas, foi possível encontrar-se algumas dificuldades dos funcionários. Após o feedback de todo o conteúdo oferecido, visualizou-se nos volumes de vendas. Mensurando o volume de vendas, motivando a equipe e informando a importância da cooperação de todos os envolvidos, além da competitividade saudável entre os funcionários, chegamos ao objectivo das vendas gradualmente conforme o avanço das actividades. Em suma, a base do sucesso das organizações centra-se nas pessoas. Estas possuem um conjunto de características e capacidades que permitem às organizações gerar vantagens competitivas sustentáveis, constituindo um activo único e dificilmente imitável. Neste sentido, sendo amplamente aceite na literatura que o capital humano tem impacto na performance financeira das organizações, urge a necessidade de mensurar e divulgar corretamente este capital, de modo a que todos os utentes da informação financeira tenham acesso a informação comparável no processo de tomada de decisão. 5. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 1. Baron, Angela; Armstrong, Michael (2007) “Gestão do Capital Humano – Gerar Valor Acrescentado através das Pessoas”, Editora Instituto Piaget. 2. Becker, G.S. (1993). Human capital – A theorical and empirical analysis with special reference to education. London: University Chicago Press. 15 3. Bontis, Nick, Dragonetti, N., Jacobsen, K. & G. Roos (1999). The knowledge toolbox: A review of the tools available to measure and manage intangible resources. European Management Journal, 17(4), 391-402. 4. Cabrita, M. R. (2009). Competir com o capital intelectual. Recursos Humanos Magazine, 65, 26-30. 5. Davenport, Thomas (2007) Capital Humano – Criando Vantagens Competitivas através das Pessoas. Lisboa: Planeta DeAgostini. 6. Hatch, Nile; Dyer, Jeffrey (2004) “Human Capital and Learning as a source of sustainable competitive advantage”, Strategic Management Journal, Vol. 25, pp. 1155-1178 7. Heckman, J.J. (2005). China´s human capital investment. China Economic Review, 16(1), 50-70. 8. Huselid, M. A. (1995). The impact of human resource management practices on turnover, productivity, and corporate financial performance. Academy of Management Journal, 38, 635–672. 9. Lepak, David; Snell, Scott (1999) “The Human Resource Architecture: Toward a Theory of Human Capital Allocation and Development”, Academy of Management Review, Vol. 24, pp. 31-48. 10. Marimuthu, M., Arokiasamy, L., Ismail, M. (2009) “Human Capital development and its impact on firm performance: Evidence from developmental economics”, The Journal of International Social Research, Vol. 2, pp. 265-272. 11. SCHEIN, Edgar H. Psicologia Organizacional. 3ª Ed., Rio de Janeiro: PHB, 1982;
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