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UNIVERSIDADE ESTÁCIO DE SÁ BARREIRO CURSO DE PEDAGOGIA AVALIAÇÃO INSTITUCIONAL PROFESSORA TUTORA: MARIA TEIXEIRA DO AMARAL MONTES Práticas como Componente Curricular (PCC) OBSERVAR, PESQUISAR E CONSTRUIR O CONHECIMENTO LORENA THAIS DOS SANTOS 201909164305 BELO HORIZONTE Setembro/2020 OBJETIVO Esse relatório contém a pesquisa feita sobre a Avaliação da Educação Básica no Brasil. Permitiu conhecer como é realizada a Avaliação Institucional, o IDEB (Índice de Desenvolvimento da Educação Básica) e sua funcionalidade na avaliação escolar, e os principais tipos de avaliação no Brasil. Visou conhecer o cenário educacional e as metas educacionais propostas no IDEB, bem como o IDEB do município pesquisado. INTRODUÇÃO O conjunto de referências que faz da avaliação um procedimento necessário para definir prioridades e garantir a qualidade do ensino, leva a União a elaborar um sistema de avaliação capaz de diagnosticar e indicar necessidades de controle e correções de rumos na política educacional coordenada pelo MEC, em colaboração com os Estados e Municípios. Essas questões nos indicam que o desafio não está somente em desenvolver metodologias de avaliação para a educação básica e para o ensino médio em particular, mas como se podem tornar coerentes os objetivos e metodologias. Quando compreendemos a importância de um processo de Avaliação, podemos dizer que Avaliação Institucional é um instrumento que nos permite saber em que ponto estamos e qual o caminho ideal a seguir para alcançar nossas metas. De acordo com Ristoff (2005, p.50) a avaliação precisa ser espelho e lâmpada, não apenas espelho. Precisa não apenas refletir a realidade, mas iluminá-la, criando enfoques, perspectivas, mostrando relações, atribuindo significados. Sem eficiente trabalho interpretativo, os dados serão apenas marcas sobre tabelas e gráficos, sem utilidade gerencial. A Avaliação Institucional nos possibilita, essencialmente, conhecer a organização, o sistema educacional, identificando seus pontos fortes e suas fragilidades, permitindo ao gestor corrigir seus erros e buscar aprimoramento de sua ação de avaliar por avaliar, em uma perspectiva de mudança é perda de tempo e recursos. É importante entender a abrangência e a diversificação do ato de avaliar. “A Avaliação precisa ser um processo de construção, e não a mera mediação de padrões estabelecidos por iluminados.” (Ristoff, 2005, p.47). PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS O acesso ao portal do MEC e do INEP permitiram identificar e descrever o cenário educacional e a avaliação institucional no Brasil, assim como as metas educacionais propostas no IDEB PROVA BRASIL A Prova Brasil e o Sistema Nacional de Avaliação da Educação Básica (Saeb) são avaliações para diagnóstico, em larga escala, desenvolvidas pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep/MEC). Têm o objetivo de avaliar a qualidade do ensino oferecido pelo sistema educacional brasileiro a partir de testes padronizados e questionários socioeconômicos. Nos testes aplicados na quarta e oitava séries (quinto e nono anos) do ensino fundamental, os estudantes respondem a itens (questões) de língua portuguesa, com foco em leitura, e matemática, com foco na resolução de problemas. No questionário socioeconômico, os estudantes fornecem informações sobre fatores de contexto que podem estar associados ao desempenho. Professores e diretores das turmas e escolas avaliadas também respondem a questionários que coletam dados demográficos, perfil profissional e de condições de trabalho. A partir das informações do Saeb e da Prova Brasil, o MEC e as secretarias estaduais e municipais de Educação podem definir ações voltadas ao aprimoramento da qualidade da educação no país e a redução das desigualdades existentes, promovendo, por exemplo, a correção de distorções e debilidades identificadas e direcionando seus recursos técnicos e financeiros para áreas identificadas como prioritárias. As médias de desempenho nessas avaliações também subsidiam o cálculo do Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (IDEB), ao lado das taxas de aprovação nessas esferas. Além disso, os dados também estão disponíveis para toda a sociedade que, a partir dos resultados, pode acompanhar as políticas implementadas pelas diferentes esferas de governo. No caso da Prova Brasil, ainda pode ser observado o desempenho específico de cada rede de ensino e do sistema como um todo das escolas públicas urbanas e rurais do país. IDEB O Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (IDEB) foi criado em 2007 e reúne, em um só indicador, os resultados de dois conceitos igualmente importantes para a qualidade da educação: o fluxo escolar e as médias de desempenho nas avaliações. O IDEB é calculado a partir dos dados sobre aprovação escolar, obtidos no Censo Escolar e das médias de desempenho no Sistema de Avaliação da Educação Básica (Saeb). O IDEB agrega ao enfoque pedagógico das avaliações em larga escala a possibilidade de resultados sintéticos, facilmente assimiláveis, e que permitem traçar metas de qualidade educacional para os sistemas. O índice varia de 0 a 10. A combinação entre fluxo e aprendizagem tem o mérito de equilibrar as duas dimensões: se um sistema de ensino retiver seus alunos para obter resultados de melhor qualidade no Saeb, o fator fluxo será alterado, indicando a necessidade de melhoria do sistema. Se, ao contrário, o sistema apressar a aprovação do aluno sem qualidade, o resultado das avaliações indicará igualmente a necessidade de melhoria do sistema. O índice também é importante condutor de política pública em prol da qualidade da educação. É a ferramenta para acompanhamento das metas de qualidade para a educação básica, que tem estabelecido como meta para 2022, alcançar média 6 – valor que corresponde a um sistema educacional de qualidade comparável ao dos países desenvolvidos. SAEB O Sistema de Avaliação da Educação Básica é composto por um conjunto de avaliações externas em larga escala. Por meio de provas e questionários, o Saeb permite avaliar a qualidade da educação brasileira, oferecendo subsídios para o monitoramento, a elaboração e o aprimoramento de políticas públicas com base em evidências. As médias de desempenho dos estudantes, apuradas no Saeb, juntamente com as taxas de aprovação, reprovação e abandono, apuradas no Censo Escolar, compõem o Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (IDEB). Realizado desde 1990, o Saeb passou por várias estruturações até chegar ao formato atual. A partir de 2019, a avaliação contempla também a educação infantil, ao lado do ensino fundamental e do ensino médio. CENSO ESCOLAR Maior levantamento de dados estatísticos da educação brasileira, o Censo Escolar é realizado anualmente com a colaboração de todas as instituições públicas e privadas com oferta de ensino infantil, fundamental e médio. ENEM Desde 1998, o Exame Nacional do Ensino Médio avalia o desempenho do estudante brasileiro, permitindo o acesso à Educação Superior e ao financiamento estudantil, além de promover o desenvolvimento pessoal e melhorias na educação. IDEB do município de São João de Meriti da rede pública (Atualizado em 01/08/2020) 5º Ano ANO Metas Observadas Metas Planejadas 2005 3.6 ------------- 2007 3.5 3.7 2009 3.9 4.0 2011 4.1 4.4 2013 4.4 4.7 2015 4.5 5.0 2017 4.6 5.3 2019 --------------- 5.6 2021 --------------- 5.8 9º Ano ANO Metas Observadas Metas Planejadas 2005 2.9 --------------- 2007 2.6 2.9 2009 2.9 3.1 2011 3.1 3.3 2013 3.4 3.7 2015 3.6 4.1 2017 3.5 4.4 2019 ---------------4.6 2021 --------------- 4.9 3º Série EM ANO Metas Observadas Metas Planejadas 2005 ---------------- ---------------- 2007 ---------------- ---------------- 2009 ---------------- ---------------- 2011 ---------------- ---------------- 2015 ---------------- ---------------- 2017 3.3 ------------------- 2019 -------------------- 3.6 2021 ------------------- 3.8 CONCLUSÃO Podemos perceber que avaliação é uma construção e está ou pelo menos deveria estar em constante melhora, não é perfeita, mas é eficiente; ela não pode ser simplesmente um acúmulo de papel e de dados, é preciso se analisar e pôr em prática o que precisa melhorar. Também o processo de verificação do rendimento escolar implica dois momentos: Medir e avaliar. No primeiro, tentamos, com mais ou menos objetividade, por meio de um instrumento adequado, “medir” o desempenho do educando, isto é, simplesmente coletar e registrar seu desempenho: em seguida, “avaliamos” em sentido estrito (...) (Romão, p.76) Nos exames nacionais, são considerados os dados revelados pelo formulário que o aluno e a escola preenchem sobre as condições em que o aluno realiza os seus estudos? Todos os anos, o MEC faz um Relatório Pedagógico sobre os exames que aplica. Não sabemos se a equipe que se encarrega de elaborar as provas consideram essas informações como importantes para direcionar a escolha das perguntas que serão incluídas no exame do ano seguinte ou se desconsideram as nuances e as matrizes que certamente darão uma noção mais real de como o ensino acontece no país. ‘A prova mostra todo o conhecimento de um aluno? A avaliação é um diagnóstico para identificar os erros, falhas e encaminhar para os caminhos que precisam ser seguidos. ’ Segundo Hoffmann (2008), a avaliação educacional transformou-se em um sintoma do sistema de ensino atual, confirmador de injustiças sociais e ineficaz em aspectos como: para que avaliar e para quem? A prática avaliativa reproduz e revela fortemente as vivências do docente, tanto sendo estudante como sendo educador. Dessa forma, o maior desafio da ferramenta do avaliar é como é encarada pelos profissionais da educação: como poder, sinônimo de autoritarismo. Podemos entender a avaliação da aprendizagem escolar como um ato amoroso, na medida em que a avaliação tem por objetivo diagnosticar e incluir o educando pelos mais variados meios, no curso da aprendizagem satisfatória, que integre todas as suas experiências de vida (Luckesi, 1999, p. 173). Nas últimas décadas, as instituições educacionais passaram a ser avaliadas e os resultados obtidos pelos alunos de ensino fundamental e médio têm sido insatisfatórios. As metas desejadas pelo IDEB ainda não foram alcançadas. Esta realidade mostra objetivamente que as políticas públicas, a sociedade e as instituições escolares precisam somar esforços para a melhoria do processo de avaliação de ensino-aprendizagem. REFERÊNCIAS HOFFMANN, Jussara. Avaliação: mito & desafio – uma perspectiva construtivista. Educação e Realidade, Porto Alegre, 39ª ed. 2008. LUCKESI, Cipriano Carlos. Avaliação da aprendizagem es colar: estudos e proposições. São Paulo: Cortez, 1999 http://portal.inep.gov.br/web/guest/sobre-o-inep, acessado em 01 de agosto de 2020 http://ideb.inep.gov.br/resultado/home.seam?cid=821410, acessado em 01 de agosto de 2020 WebAula da disciplina, disponível em: http://estacio.webaula.com.br/Classroom/index.asp? 191C757E76=484725382A40B1F19EC0C0794B305C6D54FE98CD1999A6E92620A12A8 D487191CCB697620C3DB7A07FF673FE9B8AFF88FF2E52DD316CA566B1E9C6F2B71D 28C41846D9A0EA7DA366D680715BD47159B7D2218BF1C9A39D, Acessado durante o semestre 2020.3 Desmarcar 4 5
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