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CASAMENTO Conceito clássico: união entre homem e mulher, para fins de procriação, mútua assistência e sustento, guarda e educação dos filhos; Conceito: casamento é a união entre duas pessoas, regulamentada pelo Estado e formalizada por um ato solene Ele é civil e sua celebração é gratuita Só é válido após os proclamas – visa impedir que pessoas impedidas de casar, se casem O casamento religioso pode ser celebrado com efeitos civis caso passe por um processo de habilitação 1. Se o casamento foi feito apenas no religioso, ele não conta como casamento; 2. Deve ser registrado em registro próprio e começa a ter efeitos a partir de sua publicação; 3. Há dois tipos de habilitação: 3.1. Habilitação prévia: todo o procedimento de um casamento civil comum, porém, após a baixa dos proclamas a autorização não é para o juiz celebrar o casamento, mas sim, para a autoridade religiosa – independente de qual for a religião 3.2. Habilitação posterior: após o casamento, eles devem passar por todo o procedimento como se fossem casar posteriormente ao registro, porém, após a baixa das proclamas, a certidão que autorizaria a autoridade religiosa a celebrar o casamento retroage à data em que o casamento ocorreu Uma das principais diferenças do casamento para a união estável é que, enquanto o casamento é um ato solene, a união estável é um fato Diferença da recusa do consentimento para o arrependimento -> recusa do consentimento não aceita, arrependimento aceita e quer voltar atrás Casamento estabelece comunhão plena de vida – ideal de vida em comum Fim da comunhão plena de vida constitui motivo para requerer a extinção do vínculo conjugal IMPEDIMENTOS MATRIMONIAIS Não podem se casar – SE CASAREM O CASAMENTO SERÁ NULO 1. Ascendentes com descendentes – sejam naturais ou civis; 2. Parentes em linha reta – parentes por afinidade 2.1. Sogro/sogra, genro/nora, cunhados, madrasta/padrasto, enteado/enteada; 2.2. Parentesco por afinidade não acaba com a dissolução do casamento; 2.3. Parentesco por afinidade se estende à união estável. 3. Irmãos unilaterais (pais diferentes) ou bilaterais (mesmo pai e mesma mae – irmãos germanos) e os demais colaterais 3.1. Irmãos são colaterais de segundo grau 4. Colaterais de 3º grau – tios – a não ser que sejam autorizados pelo juiz e façam um exame que ateste sua sanidade 4.1. Primos podem se casar, pois, são colaterais de 4º grau 5. O adotado e o filho do adotante – irmãos 6. As pessoas casadas – pessoa casada com uma pessoa não pode casar novamente 6.1. Bigamia – crime contra o casamento, art. 235 CP – Pena de reclusão de 2 a 6 anos 7. Conjuge com o condenado por tentativa de homicídio ou homicídio contra seu consorte CAUSAS SUSPENSIVAS Não devem casar – SE CASAREM O CASAMENTO SERÁ VÁLIDO O casamento é válido pelo regime de separação obrigatória de bens 1. Pessoa maior de 70 anos 2. O divorciado, enquanto não tiver sido homologada ou decidida a partilha do bem 3. O viúvo antes de fazer o inventário, dividindo o que é dela e o que é de cada filho 4. Tutor ou curador, antes de casar com o tutelado ou curatelado, tem que prestar contas As causas suspensivas podem ser afastadas pelo juiz CASAMENTO POR MOLÉSTIA GRAVE Um dos nubentes está enfermo e não pode ir até o cartório, o juiz vai até o lugar onde está o enfermo e celebra o casamento perante duas testemunhas 1. O juiz pode celebrar o casamento ou nomear alguém para fazê-lo (nomeação -> ad hoc) CASAMENTO NUNCUPATIVO Casamento em iminente risco Um dos nubentes está em iminente risco de vida e não dá tempo de o juiz chegar, deste modo o casamento pode ser celebrado na presença de 6 testemunhas que não tenham parentesco com os nubentes As testemunhas devem comparecer em 10 dias para declarar que foram convocadas por parte do doente, que ele estava em perigo de vida e que eles manifestaram vontade de se casar – caso as testemunhas não compareçam em juízo, o casamento não produzirá efeitos CASAMENTO POR PROCURAÇÃO A procuração pode ser revogada mesmo antes de chegar a ciência do procurador Se a procuração for revogada e o casamento ocorrer antes que o mandatário fique sabendo, a pessoa que revogou responde por perdas e danos CASAMENTO NULO Por infringência dos impedimentos acima listados -> O casamento não pode acontecer, porém, se acontece mesmo assim, o casamento é nulo CASAMENTO ANULÁVEL De quem completou a idade mínima para casar – 16 anos com autorização dos pais ou representantes legais enquanto não atingida a maioridade civil Por vício da vontade 1. Erro (ignorância – me enganei) – Art. 1556, CC – Rol de erros – art. 1557, CC: 1.1. Erro sobre a sua identidade, honra e boa fama; 1.2. Ignorância de crime, anterior ao casamento, que torne insuportável a vida conjugal; 1.3. Prazo de três anos contados do casamento 2. Coação (violência moral – fui forçado) 2.1. Prazo de 4 anos contados do casamento Realizado pelo mandatário – desde que não haja coabitação entre os cônjuges Por autoridade incompetente CASAMENTO PUTATIVO Pessoa casada se casou com outra que não tem conhecimento do primeiro matrimonio – o casamento é anulável, porém, se contraído de boa-fé, produz todos os efeitos até o dia da sentença anulatória do casamento
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