Buscar

V09_TCCII_EQ 01_2018 2

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 50 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 50 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 50 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

CENTRO UNIVERSITÁRIO – UNIFACEAR 
CAMPUS ARAUCÁRIA 
ENGENHARIA CIVIL 
 
 
 
 
ADILSON LIMA TERRAS 
MARCO ANTONIO RICCI 
MARLON ALISON ALVES DE ARAUJO 
 
 
 
 
 
ANÁLISE COMPARATIVA DE SISTEMA DE FÔRMAS DE MADEIRA E METÁLICA 
PARA EXECUÇÃO DE PILARES E VIGAS DE UM PAVIMENTO EM UM EDIFÍCIO 
COMERCIAL 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
ARAUCÁRIA 
2018 
ADILSON LIMA TERRAS 
MARCO ANTONIO RICCI 
MARLON ALISON ALVES DE ARAUJO 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
ANÁLISE COMPARATIVA DE SISTEMA DE FÔRMAS DE MADEIRA E METÁLICA 
PARA EXECUÇÃO DE PILARES E VIGAS DE UM PAVIMENTO EM UM EDIFÍCIO 
COMERCIAL 
 
 
 
 
Trabalho de conclusão de curso 
apresentado como requisito parcial à 
conclusão do Curso de Bacharelado em 
Engenharia Civil do Centro Universitário – 
UNIFACEAR. 
 
Orientadora: Profa. MSc. Elaine Souza dos 
Santos Marinho 
 
 
 
 
 
 
 
ARAUCÁRIA 
2018 
AGRADECIMENTOS 
 
Agradecemos primeiramente à Deus pelo dom da vida e por ter nos proporcionado 
chegar até aqui. As nossas famílias pelo apoio, paciência e compreensão para que 
pudéssemos ter uma jornada mais confortante durante esses anos. 
Agradecemos aos professores que sempre estiveram ao nosso lado, dispostos a 
contribuir e ajudar para um melhor aprendizado em especial nossa professora e 
orientadora que sempre esteve nos apoiando e nos indicando o caminho a ser 
seguido. 
Enfim, agradecemos a todos que de forma direta ou indireta nos ajudaram a concluir 
esta etapa. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
RESUMO 
 
Empresas ligadas ao ramo da construção civil têm buscado alternativas e métodos 
construtivos mais eficientes que impactam diretamente nos lucros, novos materiais de 
construção também são incluídos nessa perspectiva de melhorias e aumento nos 
lucros das empresas. As construtoras são as principais consumidoras de madeiras, 
mesmo algumas utilizando a madeira de reflorestamento, ainda há uma preocupação 
na questão do descarte depois de utilizá-la, este é um fator que favorece a utilização 
das fôrmas metálicas nas obras, pois comparado com a madeira não ocorrerá o 
descarte na mesma proporção. Também levou se em conta a importância desse 
estudo, a análise econômica comparando os dois sistemas, pois a fôrma metálica tem 
um número maior de reutilizações que a fôrma de madeira. O objetivo dessa pesquisa 
visou o comparativo de custo-benefício entre fôrmas de madeira e fôrmas metálicas, 
para isso foi feito uma avaliação entre os dois sistemas, em função dos elementos e 
etapas de execução, considerando que os sistemas fossem aplicados para confecção 
de elementos de concreto estrutural (pilares, vigas e escoramentos) em um edifíco 
comercial na cidade de Pinhais PR, estudo realizado no 3º pavimento do prédio com 
uma área total de 1.120,00 m². Para o levantamento do quantitativo dos materias foi 
necessário acesso ao projeto da obra, identificando todos os elementos estruturais 
(pilares e vigas) que compõe o pavimento em estudo, para a composição dos preços 
foi utilizado como base a TCPO 14º edição e tabela SINAPI 2018 que forneceram 
dados e índices referentes a calculo de mão de obra e produtividade. O orçamento foi 
dividido visando o custo para confecção dos dois elementos estabelecidos para pilares 
e vigas, juntamente com conjunto de escoras. O maior diferencial entre os orçamentos 
foram os valores relacionados à mão de obra, pois a eficiêcia para montagem de um 
conjunto de fôrmas metálicas foi muito maior do que a fabricação in loco do conjunto 
de fôrmas de madeira, em questão dos materiais destaca-se o custo de locação dos 
painéis metálicos deixando evidente o custo mais baixo, em torno de 40% de 
vantagem, devido a reutilização após o uso no pavimento escolhido. 
 
Palavras-chave: Fôrma de madeira. Fôrma metálica. Escoramento de madeira. 
Escoramento metálico. Orçamento. 
ABSTRACT 
 
Companies involved in the construction industry have sought alternatives and more 
efficient construction methods that directly impact on profits, new construction 
materials are also included in this perspective of improvements and increase in 
corporate profits. The construction companies are the main consumers of wood, even 
some using the wood of reforestation, there is still a concern in the matter of the 
disposal after using it, this is a factor that favors the use of the metallic forms in the 
works, as compared to the wood will not occur in the same proportion. It also took into 
account the importance of this study, the economic analysis comparing the two 
systems, because the metal form has a greater number of reuses than the wood form. 
The objective of this research was to compare the cost-benefit ratio between wood and 
metal structures, for which an evaluation was made between the two systems, 
depending on the elements and stages of execution, considering that the systems were 
applied to make elements of (pillar, beams and shoring) in a commercial building in the 
city of Pinhais PR, a study carried out on the 3rd floor of the building with a total area 
of 1,120.00 m². For the survey of the quantity of materials, it was necessary to access 
the project of the work, identifying all the structural elements (pillars and beams) that 
compose the pavement under study, for the composition of the prices was used as 
basis to TCPO 14th edition and table SINAPI 2018 that provided data and indices 
referring to manpower calculation and productivity. The budget was divided for the cost 
of making the two elements established for pillars and beams, together with set of 
struts. The biggest difference between the budgets was the values related to labor, 
since the efficiency for assembling a set of metallic structures was much greater than 
the in loco manufacture of the set of wood panels, in question of the materials stands 
out the cost of leasing the metal panels leaving the lowest cost evident, around 40% 
advantage, due to reuse after use on the chosen floor. 
 
Key-words: Wood formwork. Metal formwork. Wood chiseling. Metal anchoring. 
Budget. 
 
LISTA DE ILUSTRAÇÕES 
 
FIGURA 1 – FABRICAÇÃO DE FÔRMAS DE COMPENSADO ................................ 14 
FIGURA 2 – TIPOS DE COMPENSADO .................................................................. 14 
FIGURA 3 – ESTRUTURA DE FÔRMA DE MADEIRA ............................................. 15 
FIGURA 4 – TÁBUAS (MADEIRA SERRADA) .......................................................... 15 
FIGURA 5 – TIPOS DE PREGOS ............................................................................. 16 
FIGURA 6 – ELEMENTOS PARA TRAVAMENTOS ................................................. 17 
FIGURA 7 – ESQUEMA DE ESCORAMENTO ......................................................... 18 
FIGURA 8 – VIGA COM FÔRMA EM MADEIRA ...................................................... 20 
FIGURA 9 – GASTALHO .......................................................................................... 20 
FIGURA 10 – PILAR COM TIRANTES ..................................................................... 21 
FIGURA 11 – PROJETO DE APLICAÇÃO DE FÔRMA METÁLICA ......................... 22 
FIGURA 12 – PAINEL DE FÔRMA METÁLICA PERMUTHE ................................... 23 
FIGURA 13 – PAINEL COM REVESTIMENTO METÁLICO ..................................... 23 
FIGURA 14 – ELEMENTOS DE TRAVAMENTO DE FÔRMAS METÁLICAS........... 24 
FIGURA 15 – ESCORA METÁLICA .......................................................................... 25 
FIGURA 16 – SISTEMA DE ESCORAS COM GUIAS DE BARROTEAMENTO ....... 26 
FIGURA 17 – FÔRMAS METÁLICAS EM PILARES ................................................. 26 
FIGURA 18 – CONCRETO APÓS DESFORMA ....................................................... 27 
FIGURA 19 – PREPARAÇÃO DA FÔRMA METÁLICA ............................................ 27 
FIGURA 20 – INÍCIO DA MONTAGEM DO SISTEMA .............................................. 28 
FIGURA21 – CUSTO POR M² DE CADA SISTEMA DE FÔRMA ............................ 29 
FIGURA 22 – FLUXOGRAMA DA PESQUISA .......................................................... 30 
FIGURA 23 – PROJETO DE FÔRMAS DO 3º PAVIMENTO .................................... 31 
FIGURA 24 – COMPARATIVO FÔRMAS PARA PILARES ...................................... 38 
FIGURA 25 – COMPARATIVO FÔRMAS PARA VIGAS .......................................... 41 
FIGURA 26 – COMPARATIVO DE ESCORAMENTOS ............................................ 44 
 
 
 
 
 
 
LISTA DE TABELAS 
 
TABELA 1 – DIMENSÕES E ÁREAS DE FÔRMAS DOS PILARES ......................... 32 
TABELA 2 – DIMENSÕES E ÁREAS DE FÔRMAS DAS VIGAS ............................. 33 
TABELA 3 – CUSTO FÔRMA EM MADEIRA PARA PILAR...................................... 36 
TABELA 4 – CUSTO FÔRMA METÁLICA PARA PILAR .......................................... 37 
TABELA 5 – CUSTO FÔRMA DE MADEIRA PARA VIGAS ..................................... 39 
TABELA 6 – CUSTO FÔRMA METÁLICA PARA VIGAS .......................................... 40 
TABELA 7 – CUSTO ESCORAMENTO DE MADEIRA PARA VIGAS ...................... 42 
TABELA 8 – CUSTO ESCORAMENTO METÁLICO PARA VIGA ............................. 43 
 
 
 
 
 
 
 
SUMÁRIO 
 
1 INTRODUÇÃO ............................................................................................... 9 
1.1 PROBLEMA DE PESQUISA .......................................................................... 9 
1.2 OBJETIVOS ................................................................................................. 10 
1.3 JUSTIFICATIVAS ......................................................................................... 10 
2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA ................................................................... 12 
2.1 FÔRMAS DE MADEIRA ............................................................................... 12 
2.1.1 Tipos de madeira .......................................................................................... 13 
2.1.1.1 Sistema de fôrmas de madeira compensada ............................................... 13 
2.1.1.2 Madeira serrada............................................................................................ 15 
2.1.2 Elementos de ligação e travamento.............................................................. 16 
2.1.3 Escoramento ................................................................................................ 17 
2.1.4 Execução ...................................................................................................... 18 
2.2 FÔRMAS METÁLICAS ................................................................................. 21 
2.2.1 Painéis .......................................................................................................... 22 
2.2.2 Elementos de ligação e travamento.............................................................. 24 
2.2.3 Escoramento ................................................................................................ 25 
2.2.4 Execução ...................................................................................................... 26 
2.3 CUSTO ......................................................................................................... 28 
3 MATERIAL E MÉTODOS ............................................................................. 30 
3.1 INFORMAÇÕES DA OBRA .......................................................................... 31 
3.2 TIPOLOGIA E CONCEPÇÃO DOS SISTEMAS ........................................... 33 
3.3 COMPARATIVO DE MÃO DE OBRA ........................................................... 34 
3.4 COMPARATIVO DE CUSTOS ..................................................................... 34 
4 RESULTADOS E ANÁLISES ...................................................................... 36 
4.1 PILARES ...................................................................................................... 36 
4.2 VIGAS ........................................................................................................... 38 
4.3 ESCORAMENTO .......................................................................................... 42 
5 CONSIDERAÇÕES FINAIS ......................................................................... 45 
5.1 RECOMENDAÇÕES PARA TRABALHOS FUTUROS ................................. 47 
REFERÊNCIAS ............................................................................................ 48 
9 
 
1 INTRODUÇÃO 
 
Grandes construtoras de obras civis têm buscado cada vez mais reduções de 
custos e alternativas para métodos construtivos e materiais, sendo que estes dois 
últimos são os primeiros a sofrerem mudanças orçamentárias. Essas construtoras são 
grandes consumidoras de madeira, seja para uso em elementos estruturais, ou para 
a execução de processos construtivos. Mesmo com a utilização de madeira de 
reflorestamento, há a necessidade de que seja substituída por elementos que 
diminuam os impactos ambientais, sem contar o fato dos critérios técnicos e 
econômicos que permeiam todo o processo. (AZEREDO, 1987) 
Isso tudo abre frente ao constante desenvolvimento tecnológico, que dá 
margem ao uso de métodos construtivos mais rápidos, eficientes e de boa qualidade. 
Para a comparação entre os sistemas de fôrmas de uma obra, torna-se necessário 
um estudo sobre dois métodos construtivos para edificar pilares e vigas por meio da 
comparação entre o sistema de fôrmas de madeira e metálica. (LIMA et al., 2017) 
Pretende-se, com este estudo, analisar os sistemas de fôrmas individuais em 
uma mesma situação e apresentar os resultados de maneira que se possibilite uma 
estimativa de custos aos profissionais da construção civil, auxiliando no processo de 
análise. Mesmo com essa comparação, cabe ao engenheiro responsável pela obra 
determinar a opção mais adequada do sistema de fôrmas para uso na obra em 
execução, avaliando o cronograma, orçamento e necessidades. (MAGNAGNAGNO, 
2014) 
 
1.1 PROBLEMA DE PESQUISA 
 
Com construções sustentáveis crescendo cada vez mais hoje em dia, 
observa-se a necessidade de substituição de alguns materiais. A madeira é um 
recurso importante na construção, pois é utilizada em muitos processos de edificação, 
e sua extração traz um considerável impacto ao meio ambiente. (LIMA, et al., 2017) 
Na construção civil, quais seriam as vantagens da utilização de fôrmas metálicas ao 
invés das de madeira para a confecção de pilares e vigas de um edifício comercial? 
 
 
10 
 
1.2 OBJETIVOS 
 
Consistiram na análise de sistemas de fôrmas para a construção de pilares e 
vigas com escoramento de um pavimento em um edifício comercial na cidade de 
Pinhais, no estado do Paraná, comparando-se a relação custo-benefício da utilização 
das fôrmas metálicas em substituição às formas de madeira para a edificação de 
pilares e vigas. 
Para o cumprimento do objetivo geral da pesquisa, recorreu-se aos seguintes 
objetivos específicos: quantificação dos elementos necessários à utilização de fôrmas 
e escoramentos e levantamento de custos de materiais e mão de obra. 
 
1.3 JUSTIFICATIVAS 
 
A execução de um bom sistema de fôrmas é tão importante quanto a 
elaboração de um projeto estrutural. As fôrmas em uma estrutura de concreto têm um 
impacto significativo no custo, no tempo e na qualidade do projeto final. Diante disso, 
torna-se justificável a importância de um planejamento e projeto de fôrmas para as 
estruturas. Estes devem estar amparados em análises e estudos para que, 
posteriormente, se possa definir o esquema mais econômico para cada caso 
(MAGNAGNAGNO, 2014). 
A substituição das fôrmas de madeira por fôrmas metálicas pode trazer 
vantagens ao meio ambiente. Segundo Lima et al. (2017), a madeira, na construção 
civil, é utilizada seja para fins temporários ou definitivos. Os temporários são 
justamenteos que mais causam problemas ambientais, pois após a utilização desse 
material, o descarte, na maioria das vezes, é feito de forma irregular. As fôrmas 
metálicas podem ser uma solução para esse problema devido ao fato de serem 
reutilizadas, evitando-se descartes. 
Os levantamentos realizados por Silva e Silva em 2016 para coleta de dados, 
evidenciaram que a geração dos resíduos da madeira ocorre em obras privadas e 
públicas, sendo que a recolha e deposição é realizada por empresas licenciadas e 
conforme esse levantamento de dados, foi obtido o custo de destinação e tratamento 
do resíduo que totaliza em média, R$3.840,00 por tonelada de RCD. (XXIII 
CONGRESSO BRASILEIRO DE CUSTOS, 2016) 
11 
 
Vantagens econômicas na utilização das fôrmas metálicas são vistas já em 
sua concepção, pois ela proporciona rapidez na montagem e facilidade na desforma. 
Esse fator pode fazer com que o custo da fôrma metálica seja cerca de 30% menor 
do que as de madeira. (LOTURCOC, 2007) Apesar de ter um custo inicial elevado, a 
durabilidade da primeira (mais de 200 utilizações) e a qualidade proporcionada pela 
superfície de contato metálica oferecem um ganho real no custo final do m3 de 
concreto lançado, aumentando, assim, o lucro da obra. (MAGALHÃES, 2000) 
 
12 
 
2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA 
 
Existem muitos sistemas de fôrmas que podem ser utilizados em uma 
determinada obra. Durante a definição do tipo de sistema a ser escolhido, deve-se 
analisar o método de sua execução e a mão de obra que requererá, pois ambos os 
fatores influenciam no custo do material a ser adquirido ou locado para executá-la. 
(NAZAR, 2007) Neste trabalho serão abordados dois tipos de fôrma: a de madeira e 
a metálica. 
A NBR 15696 (2009) define fôrmas como estruturas provisórias utilizadas para 
moldar o concreto fresco, resistindo a todas as ações provenientes das cargas 
variáveis resultantes das pressões do lançamento do concreto fresco até que ele se 
torne autoportante. Além disso, elas devem garantir o correto posicionamento das 
instalações e das armaduras, permitindo a colocação de espaçadores para garantir 
os cobrimentos e servir de suporte para os serviços de armação e concretagem. 
 
2.1 FÔRMAS DE MADEIRA 
 
A madeira tem sido por muito tempo o principal elemento para a moldagem 
das vigas e pilares de concreto nas construções de prédios, chamados também de 
caixarias, e servem para dar formato às estruturas de concreto, garantindo seu 
perfeito alinhamento e mantendo a geometria dos vários elementos de estrutura da 
obra, sejam estes os pilares, lajes, vigas etc. (MAGALHÃES, 2000) 
Em meados dos anos 1940 foi realizado um estudo de fôrmas encomendado 
pela ABCP (Associação Brasileira de Cimento Portland). Nessa época a indústria de 
compensados ainda estava em desenvolvimento no Brasil; as fôrmas eram 
confeccionadas em madeira maciça e faziam uso de tábuas como painéis, visto que 
não existia nenhuma indicação técnica a respeito. No ano de 1943, a ABCP lançou 
um boletim técnico no qual apresentou um sistema de fôrmas de madeira maciça 
(CALIL JUNIOR et al., 2007). 
Azeredo (1987) cita que a ABCP, em seu Boletim Técnico de 1943, 
estabeleceu procedimentos básicos para a aplicação de fôrmas de madeira serradas 
em construções de estruturas de concreto. Tais procedimentos consideravam que o 
sistema de fôrmas de vigas e pilares era formado por tábuas de pinho do Paraná com 
2,5 cm de espessura e 30 cm de largura, apoiadas em transversinas de seção 
13 
 
quadrada de 7,5 cm de lado, ligadas por sarrafos de 2,5 cm x 10 cm ou por caibros de 
7,5 cm x 7,5 cm, sendo estes fixados por gravatas, que eram elementos de travamento 
dos painéis. Esse sistema de fôrmas, nos dias de hoje, é pouco utilizado. 
Castro et al. (2017) citam que com o crescimento da indústria de 
compensados em meados da década de 1960 o engenheiro Toshio Ueno desenvolveu 
o primeiro sistema otimizado de fôrmas do país, utilizando a madeira compensada, 
com a qual se tem contato direto com o concreto. A partir de então, vários sistemas 
foram desenvolvidos por outras empresas, visando sempre a diminuição de custo; 
agilidade na montagem e na desforma; e melhoria do acabamento final do concreto. 
 
2.1.1 Tipos de madeira 
 
Utilizam-se dois tipos de madeira mais comuns para executar os projetos de 
fôrmas. São elas: as chapas de compensado e madeira serrada, ou “tábuas”. O 
sistema de compensados, também chamados de derivados da madeira, foi introduzido 
ao longo do tempo nas construções por se tratar de um material mais barato e também 
devido à facilidade de se encontrá-lo junto a fornecedores. (YAZIGI, 2013). 
 
2.1.1.1 Sistema de fôrmas de madeira compensada 
 
Os compensados recebem esse nome por apresentarem uma estrutura em 
função da distribuição das lâminas que os compõem, e contêm uma compensação na 
distribuição de tensões quando solicitado. (MAGALHÃES, 2000). 
De acordo com Nazar (2007), normalmente as lâminas são assentadas umas 
sobre as outras em direções perpendiculares entre si, proporcionando ao painel de 
compensado uma excelente resistência mecânica, tornando-o à prova de 
movimentações de compressão e expansão. A FIGURA 1 mostra o processo de 
fabricação in loco de fôrmas de compensado. 
 
 
 
 
 
 
14 
 
FIGURA 1 – FABRICAÇÃO DE FÔRMAS DE COMPENSADO 
 
Fonte: Magalhães (2000). 
 
A madeira compensada é colada e composta por lâminas (FIGURA 2). O 
adesivo de colagem dessas lâminas é de origem sintética e tem como função ligar as 
camadas. O volume de adesivo não deve ultrapassar 1% do volume total do composto. 
Morikawa (2003) enfatiza que é de grande importância a qualidade do adesivo, sendo 
fundamental para as características de resistência e elasticidade da chapa. 
 
FIGURA 2 – TIPOS DE COMPENSADO 
 
Fonte: Loturcoc (2007). 
 
Esses painéis de madeira têm variações em seu acabamento superficial. 
Algumas chapas são lixadas e suas faces externas recebem um ótimo tratamento 
superficial, enquanto que outras recebem uma película plástica nas lâminas externas. 
(MÜLLER, 2016). 
A estrutura de uma fôrma de madeira feita por compensados também é 
composta por reforços, travamentos e pregos: os reforços têm a função de estruturar 
melhor o conjunto de fôrmas, ou seja, são adequados para reforçar as chapas a fim 
de se obter um melhor rendimento pelo aumento da rigidez delas, conforme 
15 
 
evidenciado na FIGURA 3. Além do mais, é importante que o concreto fresco “mole” 
permaneça com as dimensões projetadas e executadas até seu estado final 
“endurecido”. (NAZAR, 2007). 
 
FIGURA 3 – ESTRUTURA DE FÔRMA DE MADEIRA 
 
Fonte: Nazar (2007). 
 
2.1.1.2 Madeira serrada 
Madeira serrada é aquela que resulta diretamente do desdobro de toras ou 
toretes, constituída de peças cortadas longitudinalmente por meio de serra, 
independentemente de suas dimensões, de seção retangular ou quadrada. 
Também é conhecida como “tábua” (FIGURA 4) e foi muito utilizada na 
confecção dos moldes de estrutura de concreto antes do surgimento das chapas 
compensadas, gerando maior quantidade de resíduos e baixa padronização das 
peças, havendo, consequentemente, maior necessidade de mão de obra para a 
confecção das fôrmas. (YAZIGI, 2013). 
 
FIGURA 4 – TÁBUAS (MADEIRA SERRADA) 
 
Fonte: Ferreira (2014). 
16 
 
Por apresentarem melhor desempenho, também geram muita procura e, 
consequentemente, a preocupação com o uso frequente de madeiras nos canteiros 
de obras tem feito com que muitos profissionais pensem em medidas alternativas para 
assegurar um trabalho sustentável. Atualmente, o pínus e o cedrinho ocupam 85% do 
mercado, e essas madeiras são provenientes de reflorestamento, sendo mais 
utilizadas na confecção de fôrmas de tábuas convencionais. (NAZAR 2007). 
Produzida em serrarias e transformada em peças menores de formato 
prismático, pode ser obtida por diversas técnicas de desdobro, escolhidasprincipalmente em função de critérios técnicos e econômicos. As duas práticas mais 
comuns são os cortes radial e tangencial. O corte tangencial é mais utilizado pela 
eficiência de produção de madeira serrada e menor formação de resíduos. Nele, após 
a fixação da tora e retirada da primeira costaneira, as tábuas são extraídas 
paralelamente, uma após a outra, até a proximidade da medula, que é descartada. 
Em seguida, a tora é girada, tendo a outra metade processada do mesmo modo. 
(YAZIGI 2013). 
 
2.1.2 Elementos de ligação e travamento 
Os pregos são os elementos mais utilizados nas ligações das chapas de 
madeira; e os travamentos, nos conjuntos de fôrmas. Pfeil e Pfeil (2003) citam que os 
pregos são fabricados com arame de aço doce, em grande variedade de tamanhos, 
conforme demonstrado na FIGURA 5. Devido a essa variedade de tamanhos de 
pregos, cabe ao projetista uniformizar ao máximo a utilização das bitolas desses 
pregos na execução e montagem das fôrmas. 
 
FIGURA 5 – TIPOS DE PREGOS 
 
Fonte: Téchne (2011). 
17 
 
 
Yazigi (2013) revela que para fixar os painéis de chapas de compensado que 
moldam pilares e vigas de grandes dimensões e bases para lajes é necessário reforçar 
as chapas a fim de se obter um melhor rendimento por meio do aumento da inércia 
das chapas. Para isso, pode-se utilizar reforços de madeira, ripamento justaposto ou 
os chamados travamentos. Também podem ser usadas peças metálicas ou ainda 
sistemas mistos de peças de madeira e metálicas. 
Os travamentos de fôrmas têm suas funções juntamente com complementos 
e acessórios que auxiliam na execução, conforme cita Azeredo (1987), eles são 
utilizados para reforçar e sustentar os painéis de chapas compensadas ou tábuas, 
como mostra a FIGURA 6. Esses elementos podem ser peças de madeira ou 
metálicas, ou ainda conjuntos mistos, compostos de madeira e metal, como por 
exemplo: guias, talas de emenda, cunhas, placas de apoio, chapuzes, gravatas, 
escoras (mão-francesa), espaçadores, estais, tirantes. 
 
FIGURA 6 – ELEMENTOS PARA TRAVAMENTOS 
 
Fonte: Assahi (1989). 
 
2.1.3 Escoramento 
 
Os painéis de madeira que compõem a estrutura inferior de vigas e lajes 
devem ser perfeitamente escorados. As escoras, que geralmente são feitas de 
18 
 
madeira ou de metal, devem garantir a estabilidade e não sofrer desníveis que 
provocam deformações nos elementos de concreto. (HURD, 1981). 
Azeredo (1987) cita que as escoras, também chamadas de pontaletes, devem 
ser de preferência peças de madeira beneficiada, que são colocadas na vertical para 
sustentar os painéis de lajes e de vigas. Algumas empresas do ramo da construção 
têm preferência em utilizar escoras de eucalipto ou bracatinga. 
A NBR 15696 (ABNT, 2009) traz alguns parâmetros para dimensionamento 
das escoras de madeira. Por exemplo: as peças de seção circular devem ter diâmetro 
mínimo de 8 cm e comprimentos variando de 2,40 m a 3,20 m. No caso de pontaletes 
de seção quadrada, as dimensões mínimas são de 2” x 2” para madeiras mais 
resistentes e 3” x 3” para madeiras menos resistentes. A norma ainda cita que as 
escoras deverão ficar apoiadas sobre calços de madeira assentados sobre um piso 
nivelado ou contrapiso de concreto, ficando uma pequena folga entre a escora e o 
calço para a introdução de cunhas de madeira. O esquema geral de fôrmas, 
juntamente com as escoras, está ilustrado na FIGURA 7. 
 
FIGURA 7 – ESQUEMA DE ESCORAMENTO 
 
Fonte: Assahi (1989). 
 
2.1.4 Execução 
 
Magalhães (2000) cita que antes da concretagem, é necessário a aplicação 
de desmoldante na superficie interna do sistema de fôrmas, seja ele de madeira 
serrada ou compensado, os desmoldantes são substâncias químicas, que formam 
Fonte: Madeirit
longarina
cunha
escora
tirante
cunha
Mão-francesa
prumo
tensor
gastalho
Sarrafo
nivelamento
Painel da
laje
garfo
guia
gravata
19 
 
uma camada oleosa e tem a função de facilitar a remoção das fôrmas sem danificar 
as arestas do concreto depois de seco. Conforme Yazigi (2013) o desmoldante forma 
uma barreira química que proteje a penetração da água na madeira, dando uma 
durabilidade siginificativa, a aplicação deve ser feita com broxas ou escovões de 
maneira uniforme, óleos ou graxas devem ser evitados como desmoldante. 
Conforme Azeredo (1987), na década de 1940 a Associação Brasileira de 
Cimento Portland editou procedimentos para a execução de fôrmas de madeira 
serrada em construções de estrutura de concreto, os quais deviam seguir os seguintes 
requisitos: 
a) 1º: serem executadas de acordo com as dimensões indicadas no projeto e 
terem a resistência necessária para não se deformarem sob a ação dos 
esforços que vão suportar (peso próprio; peso e pressão do concreto 
fresco; peso das armaduras e das cargas acidentais). 
b) 2º: serem estanques. Os elementos devem estar bem alinhados e as 
fendas devem ser vedadas; 
c) 3º: devem ser construídas de tal maneira que permitam a retirada dos 
diversos elementos que as compõem com facilidade; 
d) 4º: número de utilizações possíveis das mesmas peças; 
e) 5º: utilização de madeira aparelhada no caso de o concreto ser aparente. 
 
Magalhães (2000) cita que a escolha dos painéis para fechamento de 
caixarias deve ser estabelecida já no projeto. Os elementos laterais e de fundo das 
fôrmas podem ser constituídos por chapas de madeira compensada ou serrada, 
enrijecidos por sarrafos. 
 Fazersztan (1987) cita que o escoramento dos painéis é executado por garfos 
de madeira, podendo esse também ser metálico. A configuração dos painéis é 
alterada utilizando-se pontaletes de 7,5 cm x 7,5 cm. Para vigas curvas utilizam-se 
sarrafos de 2,5 cm x 5 cm forrados por chapa de zinco e estruturados por uma 
combinação de chapa e sarrafos denominados de "cambota" e travados por gravatas 
e mão-francesa como mostra a FIGURA 8. 
 
 
 
 
20 
 
FIGURA 8 – VIGA COM FÔRMA EM MADEIRA 
 
Fonte: Nazar (2007). 
 
O subsistema de pilar é executado conforme o de vigas, seguindo o projeto 
de execução. Possui como principais componentes os painéis de madeira serrada ou 
chapas de compensados, gravatas, gastalhos, ou tensores, tirantes e acessórios para 
nivelamento. (MAGALHÃES, 2000). 
Os gastalhos têm como principal função locar a fôrma para o correto 
posicionamento do molde e conter os empuxos na base do pilar. O molde, como 
demonstrado na FIGURA 9, é composto pelos painéis laterais confeccionados 
usualmente em madeira compensada ou serrada. Pode-se considerar o gastalho 
como um gabarito da fôrma, respeitando os espaçamentos corretos de cobrimento da 
armadura. (AZEREDO, 1987) 
 
FIGURA 9 – GASTALHO 
 
 
Fonte: Clube do Concreto (2018). 
 
21 
 
 Conforme Magalhães (2000), para a montagem das fôrmas de pilares são 
utilizados sarrafos e pontaletes para a estruturação do molde e o seu travamento é 
executado com a utilização das gravatas e os tirantes conforme indicado na FIGURA 
10, já os tirantes normalmente são as barras de ancoragem apertadas com porcas 
sextavadas, são os responsáveis juntamente com as gravatas para que a fôrma tenha 
funcionalidade de travamento, assim retringindo a movimentação das fôrmas e não 
sofrendo deformações excessivas na estrutura a ser executada. 
 
FIGURA 10 – PILAR COM TIRANTES 
 
Fonte: Maranhão (2000). 
 
2.2 FÔRMAS METÁLICAS 
 
Maranhão (2000) explica que o sistema de fôrmas metálicas é fabricado 
totalmente em aço de alta resistência, incluindo os acessórios que fazem parte da 
estrutura e os itens de consumo. Conforme explica Assahi (1990), o sistema prevê 
painéis bem estruturados, que resistem a grandes pressões durante as concretagens. 
As dimensões dos painéis são muitas, o que torna esse tipo de fôrma mais versátil 
para diversas aplicações em diferentes tipos de estrutura. 
São empregadas em todos os tipos de elementos estruturais blocos, pilares, 
vigas, lajes e cortinas. Para esse tipo de sistemaé necessário um melhor 
planejamento e maior detalhamento nos projetos para que as vantagens em sua 
utilização sejam otimizadas. (MAGNAGNAGNO, 2014). 
22 
 
As formas metálicas apresentam uma maior produtividade, uma vez que se 
trata de um sistema de formas leve, projetado para montagem manual de maneira 
fácil e rápida, apresentando poucos componentes. (MORIKAWA, 2003). 
A viabilidade dos sistemas de fôrmas metálicas depende da racionalização e 
do reaproveitamento, que devem ser indicados no projeto e, portanto, elaborados pela 
fornecedora. Evitar painéis ociosos diminui custos que variam com o tempo, e não 
com a quantidade de usos. (NAZAR, 2007). 
A FIGURA 11 exemplifica um projeto de aplicação de fôrmas metálicas em 
uma viga travessa. 
 
FIGURA 11 – PROJETO DE APLICAÇÃO DE FÔRMA METÁLICA 
 
Fonte: Os Autores (2018). 
 
2.2.1 Painéis 
 
Segundo Magnagnagno (2014), as fôrmas metálicas são painéis com 
estruturas de aço. Em alguns modelos seu revestimento interno é feito com chapas 
de compensado. Não existe um padrão determinado para esse tipo de material. Dessa 
forma, cada fornecedor apresenta o seu produto com características particulares. 
Os painéis de fôrmas metálicas em geral são fabricados com diversas 
espessuras e tamanhos; cabe ao projetista indicar esses itens em projeto. Os painéis 
23 
 
metálicos, juntamente com todo o sistema de fôrmas, devem permanecer fixos 
durante as fases de armação, lançamento, adensamento e cura do concreto. 
(NASCIMENTO, 2014). 
A FIGURA 12 mostra uma fôrma metálica cuja estrutura é metálica e seu 
revestimento é feito de uma chapa de compensado resinado. 
 
FIGURA 12 – PAINEL DE FÔRMA METÁLICA PERMUTHE 
 
Fonte: Permuthe (2018). 
 
Pode-se definir também que a forma metálica é um sistema no qual 
praticamente todos os elementos que a compõem são metálicos, podendo ser de aço 
ou alumínio. (NAZAR, 2007) 
A FIGURA 13 apresenta uma fôrma da empresa METAX, cuja estrutura e 
revestimento são feitos de aço. 
 
FIGURA 13 – PAINEL COM REVESTIMENTO METÁLICO 
 
Fonte: Clube do Concreto (2018). 
 
 
24 
 
Fonte: SH Fôrmas (2018). 
2.2.2 Elementos de ligação e travamento 
 
O sistema de fôrmas metálicas é composto por barras de ancoragem, perfis 
“C”, parafusos, clips, porcas, sarrafos de pressão, sendo que estes podem ser de 
madeira serrada, além dos painéis, grampos, grapas, tensores e os aprumadores, 
conforme pode-se observar na FIGURA 14. (SH Fôrmas, 2018). 
 
FIGURA 14 – ELEMENTOS DE TRAVAMENTO DE FÔRMAS METÁLICAS 
 
 
Esses elementos são essenciais nas montagens de fôrmas para vigas e 
pilares e devem ser indicados no projeto quando solicitado. (NAZAR, 2007). 
Em alguns casos a função dos grampos é substituir parafusos e porcas que 
unem as fôrmas de forma simples e rápida, agilizando o processo construtivo. As 
grapas têm a mesma função dos grampos; já os espaçadores funcionam como um 
limitador de distância entre uma face e outra de uma viga e protegem o tensor de 
entrar em contato com o concreto, facilitando sua retirada. (NASCIMENTO, 2014). 
 A função do tensor é fixar e tencionar a fôrma entre os blocos ou espaçadores 
no sistema de vigas, fazendo uma espécie de sanduíche, e suportar os esforços 
causados pelo empuxo do concreto fresco e adensamento, mantendo as dimensões 
do projeto. Em caso de vigas aéreas, utiliza-se suporte de cantoneira 1.1/2” por 3/16”, 
que nada mais é do que uma mão-francesa com parafusos ajustáveis à dimensão da 
fôrma e tem a função de dar sustentação e estabilidade à viga aérea, mantendo-a 
estável durante a concretagem. (MOLITERNO, 1989). 
25 
 
2.2.3 Escoramento 
 
Para realizar a concretagem segura de uma estrutura, é preciso montar 
adequadamente não apenas as fôrmas, mas também o escoramento delas. É esse 
sistema que irá sustentar o peso do pavimento enquanto o concreto não endurece e 
adquire resistência. (NAZAR, 2007). 
O escoramento metálico possui peças de andaime modulares e acessórios, 
como bases ajustáveis ou fixas, diagonais de travamento, forcados e cruzetas. Muitas 
vezes são utilizadas escoras metálicas (FIGURA 15) com ajuste telescópico; estas 
possuem uma chapa soldada na base superior e outra na base inferior, que servem 
como apoio. (MAGNAGNAGNO, 2014). 
 
FIGURA 15 – ESCORA METÁLICA 
 
Fonte: Permuthe (2018). 
 
As guias e barroteamento para esse tipo de montagem são executadas em 
aço, alumínio ou de forma mista. A definição do barroteamento, conforme a FIGURA 
16, está ligada ao conjunto de escoramento; ela tem a função de apoiar a laje, para 
que a escora não tenha contato direto com sua parte inferior, dando assim uma melhor 
distribuição às cargas solicitadas. (LIMA, 2017). 
 
 
 
 
26 
 
FIGURA 16 – SISTEMA DE ESCORAS COM GUIAS DE BARROTEAMENTO 
 
Fonte: Lima (2017). 
 
2.2.4 Execução 
 
 Segundo Assahi (1990), a montagem dos sistemas de fôrmas metálicas 
requer uma mão de obra especializada. Alguns cuidados devem ser levados em conta 
antes e durante o processo de montagem, como, por exemplo, o recebimento e 
estocagem dos painéis e elementos; a existência do projeto estrutural completo com 
a indicação das prumadas e embutidos das instalações prediais (água, esgoto, 
elétrica, telefone etc.); além do projeto de fôrmas. 
Magnagnagno (2014) cita que durante a execução de fôrmas para os pilares 
(FIGURA 17) requer-se uma atenção maior para quem a executa, pois deve se 
garantir a transferência dos eixos, barras de ancoragem do piso anterior (no caso de 
edificação com pavimentos). 
 
FIGURA 17 – FÔRMAS METÁLICAS EM PILARES 
 
Fonte: Permuthe (2018). 
27 
 
O dimensionamento das fôrmas de cada elemento estrutural (pilares, vigas, 
lajes, paredes) deve ser feito de modo criterioso, atentando se que, após a desforma 
a superfície do concreto terá que ter um ótimo acabamento conforme a FIGURA 18, 
facilitando os processos nas próximas etapas da construção. (LIMA, 2017). 
 
FIGURA 18 – CONCRETO APÓS DESFORMA 
 
Fonte: Permuthe (2018). 
 
Antes do início da montagem das fôrmas metálicas é necessário preparar o 
local para garantir uma montagem apropriada e posicionamento correto da estrutura 
a ser executada. (SANTOS, 2011). Loturcoc (2007) orienta que antes de iniciar a 
montagem, também é preciso um rápido preparo das fôrmas com a aplicação de 
desmoldante nas suas faces (FIGURA 19). Essa operação auxilia na desforma e evita 
possíveis danos na estrutura. Algumas locadoras de fôrmas metálicas enviam seu 
equipamento já preparado e com o desmoldante aplicado. 
 
FIGURA 19 – PREPARAÇÃO DA FÔRMA METÁLICA 
 
Fonte: Clube do Concreto (2018). 
28 
 
Após o preparo, inicia-se a montagem das fôrmas metálicas pelos cantos 
(FIGURA 20), posicionando-se sempre o primeiro painel e travando-o com o próximo 
a ser montado. O procedimento deve ser repetido nos demais lados. Terminada a 
montagem das fôrmas, os alinhadores horizontais são posicionados em um dos lados 
da fôrma, podendo ser interno ou externo à estrutura. Para finalizar a montagem do 
conjunto, devem ser posicionados os aprumadores que darão o prumo ao conjunto. 
(HOWE e NATAN, 2014). 
 
FIGURA 20 – INÍCIO DA MONTAGEM DO SISTEMA 
 
Fonte: Téchne (2018). 
 
Nazar (2007) afirma que esse sistema permite que alguns painéis de fôrma 
sejam removidos temporariamente (janelas de concretagem) para uma eventual 
limpeza antes do lançamento do concreto, algum reparo de última hora ou, até 
mesmo, uma inspeção. 
Normalmente, dependendo da espessura da estrutura, é possível desformar 
dentro de um período de 24 horas após a concretagem. A desforma dos painéis de 
fôrma metálica é feita de maneira simples e rápida, começando pela remoção dos 
aprumadores e alinhadores do conjunto. Após a remoção de todos os itens, o painel 
é removido da estrutura. (LOTURCOC, 2007). 
 
2.3 CUSTO 
 
Assahi (1990) mostra que o custo do sistema de fôrmas representa uma 
variação em torno de 25% a 40%da estrutura, o que equivale de 5% a 8% do custo 
29 
 
total. A variação deve-se a vários fatores, sendo os principais: sistema de fôrma 
adotado; número de reaproveitamento dos materiais; e método executivo. 
 Para Nazar (2007), o custo da mão de obra é o fator de maior variabilidade e 
apresenta uma variação de 50% a 70% no total do custo da confecção de fôrmas, 
influenciando diretamente a produtividade e o custo dos equipamentos locados. O 
custo das fôrmas merece atenção especial não só por sua representatividade, mas 
principalmente em razão de sua fragilidade tornar-se, na maioria das vezes, o único 
fator significativo de concorrência na execução. 
Para a análise do sistema de fôrmas metálicas em comparação com o sistema 
de fôrmas em madeira, Magnagnagno (2014) utilizou o custo médio de cada produto, 
a mão de obra necessária e o tempo de duração de cada serviço. Com esses dados 
obteve os parâmetros de custo e produção para determinar quais métodos 
apresentam vantagem com relação a custo, tempo de execução e número de 
funcionários. Conforme ilustrado pela FIGURA 21, pode-se observar que o custo por 
m² das fôrmas metálicas para os pilares foi 49% menor em relação aos custos das 
fôrmas em madeira, semelhante ao caso das vigas, no qual o custo das fôrmas 
metálicas é 51% menor do que o custo das fôrmas em madeira. 
 
FIGURA 21 – CUSTO POR M² DE CADA SISTEMA DE FÔRMA 
 
Fonte: Os Autores (2018). 
 R$-
 R$200,00
 R$400,00
 R$600,00
 R$800,00
 R$1.000,00
FÔRMA PARA PILARES FÔRMA PARA VIGAS
FÔRMAS EM MADEIRA FÔRMAS METÁLICAS
30 
 
3 MATERIAL E MÉTODOS 
 
Para a análise dos sistemas, foi desenvolvido um fluxograma (FIGURA 22) 
que mostra as principais etapas para se obter os dados e informações necessários 
dos sistemas de fôrmas da obra para assim, adquirir os parâmetros de comparação. 
 
FIGURA 22 – FLUXOGRAMA DA PESQUISA 
 
Fonte: Os Autores (2018). 
 
Para a elaboração do fluxograma foi feita uma análise dos dois sistemas em 
estudo (fôrma de madeira e fôrma metálica). Depois, partiu-se para a escolha da obra 
e as informações que ela traz em seu projeto. Com a obra escolhida, foi possível fazer 
os levantamentos gerais dos elementos estruturais (pilares e vigas) em função dos 
quantitativos. Como etapa seguinte, levantou-se custos de materiais e mão de obra 
31 
 
de cada sistema para que então fosse uma análise comparativa entre fôrmas de 
madeira e fôrmas em metálicas. 
 
3.1 INFORMAÇÕES DA OBRA 
 
Neste trabalho foi realizada uma análise comparativa entre sistemas de 
fôrmas para a execução de estruturas de pilares e vigas de um edifício comercial de 
8 pavimentos que está localizado na rua Jaguariaíva, bairro Alphaville Graciosa, na 
cidade de Pinhais/PR. 
A planta escolhida foi o 3º pavimento (FIGURA 23) do edifício. O pavimento 
possui uma área de 1.120,00 m², pé direito livre de 4,55 m, laje maciça (plana) com 
18 cm de espessura. A escolha dessa planta se deu pelo grande volume de material 
necessário para a execução, mão de obra empregada, tempo de execução e 
segurança da obra. 
FIGURA 23 – PROJETO DE FÔRMAS DO 3º PAVIMENTO 
 
Fonte: Os Autores (2018). 
O pavimento em estudo que compõe as vigas e pilares foi executado com o 
sistema de fôrmas metálicas locados através de uma empresa locadora de fôrmas e 
complementos. Desenvolveu-se um projeto utilizando o sistema de fôrma metálica, 
considerando as condições específicas da obra. Através dos projetos pôde ser 
quantificado e identificado os equipamentos necessários para a execução do sistema 
32 
 
em fôrmas metálicas, utilizando o levantamento para montagem do sistema metálico 
conseguiu-se o levantamento de materiais para confeccionar o conjunto de madeiras, 
por conta da mesma situação de metros quadrados estabelecidos para estudo. 
Para a análise, elaboração do orçamento e mensuração dos dados, foi feito o 
levantamento dos quantitativos do projeto, apresentando todas as áreas nas quais 
houve aplicação dos sistemas de fôrma para os pilares e vigas, conforme a TABELA 
1 e TABELA 2 que trazem as dimensões dos elementos estruturais que foram 
estudados, sendo que a área total de aplicação de fôrmas nos pilares foi de 442,53m² 
e nas vigas de 734,06m². 
 
 TABELA 1 – DIMENSÕES E ÁREAS DE FÔRMAS DOS PILARES 
PILAR 
SEÇÃO 
(m) 
ALTURA 
(m) 
ÁREA 
DE 
FÔRMA 
(m²) 
 PILAR 
SEÇÃO 
(m) 
ALTURA 
(m) 
ÁREA 
DE 
FÔRMA 
(m²) 
P1 0,30x0,70 4,55 9,10 P22 0,30x0,70 4,55 9,10 
P2 0,30x1,00 4,55 11,83 P23 0,30x0,70 4,55 9,10 
P3 0,30x1,00 4,55 11,83 P24 0,30x0,70 4,55 9,10 
P4 0,30x1,00 4,55 11,83 P25 0,19x0,60 4,55 7,19 
P5 0,30x0,70 4,55 9,10 P26 0,30x0,60 4,55 8,19 
P6 0,19x0,60 4,55 7,19 P27 0,30x1,00 4,55 11,83 
P7 0,30x0,80 4,55 10,01 P28 0,30x1,00 4,55 11,83 
P8 0,30x0,70 4,55 9,10 P29 0,30x1,00 4,55 11,83 
P9 0,30x0,70 4,55 9,10 P30 0,30x0,70 4,55 9,10 
P10 0,30x0,70 4,55 9,10 P31 0,30x1,00 4,55 11,83 
P11 0,30x0,70 4,55 9,10 P32 0,30x0,60 4,55 8,19 
P12 0,19x0,60 4,55 7,19 P33 0,30x0,80 4,55 10,01 
P13 0,19x2,29 4,55 22,57 P34 0,30x0,70 4,55 9,10 
P14 0,19x2,29 4,55 22,57 P35 0,30x0,70 4,55 9,10 
P15 0,30x1,00 4,55 11,83 P36 0,30x0,70 4,55 9,10 
P16 0,30x1,00 4,55 11,83 P37 0,30x0,70 4,55 9,10 
P17 0,30x1,00 4,55 11,83 P38 0,30x0,70 4,55 9,10 
P18 0,30x1,00 4,55 11,83 P39 0,30x1,00 4,55 11,83 
P19 0,30x0,70 4,55 9,10 P40 0,30x1,00 4,55 11,83 
P20 0,30x0,80 4,55 10,01 P41 0,30x1,00 4,55 11,83 
P21 0,30x0,70 4,55 9,10 P42 0,30x0,70 4,55 9,10 
ÁREA TOTAL = 442,53m² 
 
 Fonte: Os Autores (2018). 
 
 
33 
 
A TABELA 2 a seguir, nos mostra as dimensões e área de aplicação de fôrmas nas 
vigas do projeto analisado. 
 
TABELA 2 – DIMENSÕES E ÁREAS DE FÔRMAS DAS VIGAS 
 
VIGA 
SEÇÃO 
(m) 
L (m) 
ÁREA 
DE 
FÔRMA 
(m²) 
 VIGA 
SEÇÃO 
(m) 
L (m) 
ÁREA 
DE 
FÔRMA 
(m²) 
V1 0,30x0,80 31,04 49,66 V13 0,30x0,80 31,04 49,66 
V2 0,19x0,60 7,50 9,00 V14 0,19x0,50 4,80 4,80 
V3 0,30x0,70 31,04 43,46 V15 0,19x0,50 10,9 10,90 
V4 0,19x0,60 2,20 2,64 V16 0,19x0,50 4,8 4,80 
V5 0,19x0,60 7,50 9,00 V17 0,19x0,50 2,5 2,50 
V6 0,50x0.90 31,04 55,87 V18 0,30x0,65 30,8 40,04 
V7 0,30x0,60 31,04 37,25 V19 0,30x0,80 30,8 49,28 
V8 0,30x0,60 7,50 9,00 V20 0,50x0,85 30,8 52,36 
V9 0,50x0.90 31,04 55,87 V21 0,50x0,85 30,8 52,36 
V10 0,19x0,60 1,20 1,44 V22 0,30x0,65 30,8 40,04 
V11 0,19x0,60 7,50 9,00 V23 0,50x0,85 30,8 52,36 
V12 0,30x0,70 31,04 43,46 V24 0,30x0,80 30,8 49,28 
ÁREA TOTAL = 734,03m² 
 
 Fonte: Os Autores (2018). 
 
 
 
3.2 TIPOLOGIA E CONCEPÇÃO DOS SISTEMAS 
 
Para a execução do sistema das fôrmas de madeira em vigas e pilares em 
estudo, utilizou-se uma chapa de madeira compensada plastificada para os painéis 
no sistema convencional de execução. Os sarrafos, travessas, gravatas, chapuz e 
escoramentos com madeira serrada e pontaletes ou escoras são de eucalípto. 
Considerou-se fundo de viga estruturado, com compensado de 15 mm para o sistema 
de fôrmas em madeiras. 
No sistema de fôrmas de madeira, o método utilizado é uma das maneiras mais 
usuais de montagem para execução do projeto, que consiste em fabricação e 
montagem in-loco das fôrmas e com relação ao sistema de fôrmas metálicas será 
utilizado o projeto de acordo com os painéis disponibilizados pelo fornecedor. 
As fôrmas metálicas e seus complementos com os quais foram feitas as 
análises foram elementos da empresa que forneceu os dados, sendo que os painéis 
34 
 
foram estruturados em aço e forrados com chapa de compensado. Esse tipo de 
equipamento dispensa o uso de pregos e parafusos, o que torna o equipamento 
prático e interessante, além de ágil. Para a junção dos painéis foi feita a utilização das 
chaves metálicas; o alinhamento será feito com perfis metálicos; e seu travamento, 
com barras e porcas trapezoidais. 
 
3.3 COMPARATIVO DE MÃO DE OBRA 
 
 Com o levantamento quantitativo do projeto, foram investigadas as áreas de 
projeção da fôrmae quantitativos de escoramento para pilares e vigas. Utilizando 
a tabela TCPO 2014 informações técnicas, dados de obra e informações 
proporcionadas pelos fornecedores, será quantificada a mão de obra e taxa de 
produtividade para a execução dos sistemas de fôrmas para pilares e vigas a serem 
analisados, para calculo de produção os índices também foram extraídos da TCPO 
14ª edição e Tabela SINAPI 2018. 
 O processo de execução dos sistemas de fôrmas deve atender aos objetivos 
de desempenho para que a estrutura seja moldada corretamente e para se obter os 
resultados planejados em relação ao tempo de execução das estruturas da obra. Os 
objetivos a serem analisados é a rapidez e o seu custo, pois estes serão os objetivos 
que apresentarão relevância no processo de escolha entre os sistemas. Para cada 
objetivo, foram avaliadas as variáveis que lhe dizem respeito para que, desta forma, 
a análise comparativa seja feita de forma mais abrangente. 
 
3.4 COMPARATIVO DE CUSTOS 
 
As variáveis que compõem o custo direto das fôrmas são os gastos com a 
mão de obra e com os materiais da fôrma propriamente dita. Fatores como prazo de 
execução e número de utilizações assumem papel decisivo no critério a ser escolhido 
para execução das fôrmas. 
Para a análise do custo de execução das fôrmas em madeira, utilizou-se os 
custos médios de cada produto, os índices de produção conforme a tabela SINAPI 
2018 e o tempo de duração para a montagem e execução do sistema. 
35 
 
Para as fôrmas metálicas realizou-se levantamento dos índices de produção 
na obra. Quanto aos orçamentos dos insumos e equipamentos, os valores foram 
fornecidos pela empresa responsável pelas fôrmas metálicas. 
O comparativo do sistema de escoras levou se em conta os insumos que são 
utilizados tanto no sistema metálico (escoras metálicas) como no sistema de madeira 
(escoras de madeira) e também os índices de produtividade retirados da Tabela 
SINAPI, para a analise dos materiais utilizando as escoras de madeira utilizou se o 
custo de compra dos insumos e na comparação com o sistema metálico utilizou se a 
forma de locação dos materiais que compõe o conjunto. 
Com os dados e informações, obteve-se os parâmetros para comparar quais 
os métodos que apresentaram vantagens levando em consideração os custos, mão 
de obra e tempo de execução do sistema. 
A variação no custo de cada sistema será comparada com a produção 
diferenciada que cada um possibilitou, usando a mesma mão de obra empregada. 
Com base nesses resultados, possibilitou a classificação de cada sistema com relação 
ao custo final para utilização. 
A partir das quantificações de materiais de cada sistema foi feito um 
orçamento de cada insumo, juntamente com o custo relativo à mão de obra, para que 
pudesse chegar aos valores gastos com sistema de fôrmas em madeira e fôrmas 
metálicas. Sendo assim, para a composição dos custos, considerou-se as seguintes 
variáveis: valores de compra dos componentes para execução das fôrmas em 
madeira, valor de locação do conjunto de fôrma metálica e a produtividade, que será 
fornecida considerando a montagem e desmontagem de ambos os sistemas. 
 
36 
 
4 RESULTADOS E ANÁLISES 
 
O estudo segue demonstrando os resultados dos custos totais, analisando-os 
de forma comparativa, para mão de obra de forma geral considerou se uma equipe 
composta por um carpinteiro e um ajudante, nos painéis de vedação que compõe as 
fôrmas de madeira utilizou se a chapa de compensado plastificado, no sistema 
metálico aplicou se o custo de locação para o comparativo. 
 
4.1 PILARES 
 
 A TABELA 3 apresenta os gastos com mão de obra e materiais para 
fabricação e montagem das fôrmas feitas em madeira na execução dos pilares da 
obra. Os maiores custos estão concentrados na chapa de compensado R$22,52/m2 e 
na mão de obra do carpinteiro com R$18,46/h, obtendo um custo total (mão de obra 
e material) do comparativo de R$ 53.285,65. 
 
TABELA 3 – CUSTO FÔRMA EM MADEIRA PARA PILAR 
 DESCRIÇÃO UN. CPU QUANT 
VALOR 
UNITÁRIO 
SUB TOTAL TOTAL 
M
.O
 
Ajudante de carpinteiro h 0,44 194,27 R$ 12,86 
R$ 16.826,93 
R$ 53.285,65 
Carpinteiro h 1,75 776,20 R$ 18,46 
M
A
T
E
R
IA
L
 
Chapa de madeira 
compensada plastificada 
(espessura: 12 mm) 
m² 1,35 597,42 R$ 22,52 
R$ 36.458,72 
Pontalete 3" x 3" (altura: 75 
mm / espessura: 75 mm) 
m 6,20 2.743,69 R$ 5,40 
Prego 17 x 21 com cabeça 
(comprimento: 48,3 mm / 
diâmetro da cabeça: 3,0 mm) 
kg 0,20 88,51 R$ 9,66 
Sarrafo 1" x 3" (altura: 75 mm 
/ espessura: 25 mm) 
m 8,20 3.628,75 R$ 1,76 
Desmoldante de fôrmas para 
concreto 
l 0,02 8,85 R$ 8,55 
Prego 17 x 27 com cabeça 
dupla (comprimento: 62,1 
mm / diâmetro da cabeça: 3,0 
mm) 
kg 0,20 88,51 R$ 9,85 
Fonte: Os Autores (2018). 
37 
 
No demosntrativo de custos das fôrmas metálicas para os pilares conforme 
(TABELA 4), os dados incluem valores de mão de obra, materiais e elementos de 
travamento que compõe o conjunto. 
Os painéis foram os insumos que encareceram mais o sistema de fôrmas 
metálicas R$21,30 m² somando aos restantes dos elementos que totalizou 
R$21.452,75 de insumos, no comparativo com os insumos das fôrmas de madeira 
diferenciou 41% aproximadamente entre um sistema e outro, ficando uma diferença 
de R$15.005,97. Já a comparação da mão de obra obteve uma diferença considerável 
para os dois sistemas, enquanto no sistema de madeira foi necessário R$16.826,93 
para execução, no sistema metálico foram apenas R$3.755,04. 
 
TABELA 4 – CUSTO FÔRMA METÁLICA PARA PILAR 
 DESCRIÇÃO UN. CPU QUANT 
VALOR 
UNITÁRIO 
SUB TOTAL TOTAL 
M
.O
 
Ajudante de carpinteiro h 0,10 44,25 R$ 12,86 
R$ 3.755,04 
R$ 25.207,79 
Carpinteiro h 0,39 172,59 R$ 18,46 
M
A
T
E
R
IA
L
 
Painel c/ Estrutura Metalica e 
Revestimento com chapa 
compensada e=18mm 
m² 
 
1,00 
442,53 R$ 21,30 
R$ 21.452,75 
Cantoneira Metálica 7 furos P/ 
Pilar 
un. 
 
1,00 
442,53 R$ 4,80 
Chaves/Travas P/ travamento 
de Painéis 
un. 
 
5,00 
2.212,65 R$ 2,65 
Perfil Metálico Alinhador 4" m 
 
1,00 
442,53 R$ 4,53 
Suporte Metálico P/ Alinhador un. 
 
0,50 
221,27 R$ 2,70 
Aprumador metálico para pilar 
2700mm 
un. 
 
0,41 
181,44 R$ 3,75 
Desmoldante de fôrmas para 
concreto 
l 
 
0,20 
88,51 R$ 8,55 
Fonte: Os Autores (2018). 
 
38 
 
Baseando-se nos resultados obtidos e utilizando um carpinteiro e um 
ajundante como no comparativo de pilares o custo de mão de obra reduz 
gradativamente no comparativo com fôrmas de madeira próximo de 78%, essa 
redução é devido a execução do sistema, fôrmas metálicas inclui somente a 
montagem do sistema no item mão de obra. 
Conforme a FIGURA 24, pode-se observar graficamente onde estão os custos 
que causam o maior impacto em cada sistema, podendo assim avaliar o porquê da 
utilização de cada sistema, no caso estudado um custo total de R$ 53.285,65 para 
fôrmas em madeira e para as fôrmas metálicas um total de R$25.207,79, essa 
diferença representa 47,30% entre um sistema e outro. 
 
FIGURA 24 – COMPARATIVO FÔRMAS PARA PILARES 
 
Fonte: Os Autores (2018). 
 
4.2 VIGAS 
 
A TABELA 5 apresenta os custos com mão de obra e materiais para 
fabricação e montagem do sistema de fôrmas feitas com madeira para as vigas da 
obra, considerou se para execução desse sistema a fabricação in loco assim como 
no sistema para pilares, observou-se que o custo maior assim como nos pilares estão 
nas chapas de compensado, R$ 22,52 a unidade, deixando o custo total de insumos 
em R$ 39.954,72, já na mão de obra o quantitativo de horas do carpinteiro 1.287,49 
MADEIRA METÁLICO
MATERIAL R$ 36.458,72 R$ 21.452,75
M.O R$ 16.826,93 R$ 3.755,04
R$ 0,00
R$ 10.000,00
R$ 20.000,00
R$ 30.000,00
R$ 40.000,00
R$ 50.000,00
R$ 60.000,00
FÔRMAS PARA PILARES
39 
 
h/h, foi o fator que predominou no total, ficando em R$ 27.911,04 no custo total de 
mão de obra. 
 
TABELA 5 – CUSTO FÔRMA DE MADEIRAPARA VIGAS 
 DESCRIÇÃO UN. CPU QUANT 
VALOR 
UNITÁRIO 
SUB TOTAL TOTAL 
M
.O
 
Ajudante de carpinteiro h 0,44 322,24 R$ 12,86 
R$ 27.911,04 
R$ 67.865,76 
Carpinteiro h 1,75 1.287,49 R$ 18,46 
M
A
T
E
R
IA
L
 
Chapa de madeira 
compensada plastificada 
(espessura: 17 mm) 
m² 1,200 880,84 R$ 22,52 
R$ 39.954,72 
Pontalete 3" x 3" (altura: 75 
mm / espessura: 75 mm) 
m 3,200 2.348,90 R$ 5,40 
Prego 17 x 21 com cabeça 
(comprimento: 48,3 mm / 
diâmetro da cabeça: 3,0 mm) 
kg 0,200 146,81 R$ 9,66 
Sarrafo 1" x 3" (altura: 75 mm 
/ espessura: 25 mm) 
m 4,000 2.936,12 R$ 1,76 
Desmoldante de fôrmas para 
concreto 
l 0,020 14,68 R$ 8,55 
Prego 17 x 27 com cabeça 
dupla (comprimento: 62,1 mm 
/ diâmetro da cabeça: 3,0 mm) 
kg 0,100 73,40 R$ 9,85 
Fonte: Os Autores (2018). 
 
Os valores representados na TABELA 6 mostram os custos para montagem 
do sistema de fôrmas metálicas nas vigas em estudo, assim como no comparativo de 
pilares há uma grande vantagem nos valores totais de mão de obra. O índice de valor 
hora de R$18,46 foi o item mais caro para composição dos custos incluindo somente 
a mão de obra do carpinteiro, ficando no total de R$6228,54 do ítem mão de obra. 
 Já nos materiais o insumo mais caro foram os painéis locados, ficando em 
um total de R$ 30.932,02 na somatória de todos os elementos locados. O custo 
somando mão de obra e materiais representou em torno de 50% mais barato no 
comparativo com as fôrmas de madeira, ficando um total de R$ 37.160,56. 
40 
 
Com os resultados obtidos observa se que esses valores impactam 
diretamente nos lucros, em qualquer um dos casos de pilares ou vigas, utilizando 
fôrmas metálicas o ganho com a produtividade é relevante. 
 
TABELA 6 – CUSTO FÔRMA METÁLICA PARA VIGAS 
 DESCRIÇÃO UN. CPU QUANT 
VALOR 
UNITÁRIO 
SUB TOTAL TOTAL 
M
.O
 
Ajudante de carpinteiro h 0,10 73,40 R$ 12,86 
R$ 6.228,54 
R$ 37.160,56 
Carpinteiro h 0,39 286,27 R$ 18,46 
M
A
T
E
R
IA
L
 
Painel c/ Estrutura Metalica e 
Revestimento com chapa 
compensada e=18mm 
m² 1,00 734,03 R$ 21,30 
R$ 30.932,02 
Chaves/Travas P/ travamento 
de Painéis 
un. 5,00 3.670,15 R$ 2,65 
Perfil Metálico Alinhador 4" m 1,00 734,03 R$ 4,53 
Suporte metálico P/ Alinhador un. 0,50 367,02 R$ 2,70 
Desmoldante de fôrmas para 
concreto 
l 0,20 146,81 R$ 8,55 
Fonte: Os Autores (2018). 
 
Como já citado no texto acima, no conjunto de elementos que compõe as 
fôrmas metálicas se destaca o custo dos painéis de vedação, R$21,30 o m² locado 
para um total de 734 m² de fôrmas a serem concretadas, este foi o elemento mais 
caro em termos de locação, somente este item custou R$15.634,84, isso representa 
50% do custo total dos insumos que foi de R$ 30.932,02 no conjunto metálico, mas 
salientando que o mesmo será reutilizado diversas vezes na mesma obra. 
 Considera se também os elementos que travam as fôrmas, eles são locados 
em maior quantidade quando se trata de vigas, no comparativo este item representou 
30% dos insumos locados ficando no valor R$9725,90, assim como nos painéis ele 
será reutilizado até o término da obra, por serem peças de fácil manuseio ganha se 
no índice de produtividade. 
41 
 
A FIGURA 25 demonstra onde estão aplicados os custos mais relevantes dos 
dois sistemas comparados nos elementos de vigas. Um custo total de R$ 67.865,76 
para fôrmas em madeira, este representou um aumento de 54% no comparativo com 
o sistema metálico que ficou no total de R$ 37.160,56, essa diferença toda ficou 
concentrada na mão de obra, fator de maior desigualdade no comparativo, em torno 
de 78% menor para o custo total da mão de obra na montagem do sistema metálico. 
 
FIGURA 25 – COMPARATIVO FÔRMAS PARA VIGAS 
 
Fonte: Os Autores (2018). 
 
O fator mão de obra desse comparativo demonstra valores extremos de 
desigualdade, o ganho com a produtividade no sistema metálico favarece a escolha 
ideal do sistema, a dispensa de ferramentas, pregos e elementos para fabricação das 
fôrmas de madeira torna ainda mais interessante a escolha do sistema metálico, a 
praticidade e agilidade dos funcionários implica em aumento nos lucros das 
construtoras, melhorando prazos de entrega. 
Com uma diferença de R$9.000,00 aproximados na comparação dos materias 
utilizados, observa se que o sistema metálico tem larga vantagem sobre a madeira 
como nos elementos de pilares, essa diferença representou 23% entre um sistema e 
outro, a vantagem como já citados nos pilares está na locação dos painéis que são 
cobrados por metro quadrado de vigas a serem concretadas. 
MADEIRA METÁLICO
MATERIAL R$ 39.954,72 R$ 30.932,02
M.O R$ 27.911,04 R$ 6.228,54
R$ 0,00
R$ 10.000,00
R$ 20.000,00
R$ 30.000,00
R$ 40.000,00
R$ 50.000,00
R$ 60.000,00
R$ 70.000,00
R$ 80.000,00
FÔRMAS PARA VIGAS
42 
 
4.3 ESCORAMENTO 
 
O custo do sistema de escoramento tem influência direta no orçamento das 
fôrmas, o mesmo deve considerar mão de obra e materiais, seja ele de madeira ou 
metálico, para o comparativo analisou se primeiramente as escoras de madeira. Na 
TABELA 7 observa se que o maior custo está no material empregado para utilização, 
levando-se em conta somente os materiais obteve-se um custo de R$ 19.854,27, isso 
equivale a 91% do custo total no sistema utilizando a madeira. 
Este sistema foi executado com escora de eucalipto e os pontaletes 
beneficiados, itens comprados para execução. No sistema de escoras de madeira são 
muito utilizadas as madeiras serradas para complemento, travamento e suporte das 
escoras. Com apenas 9% do total a mão de obra foi o fator de menor custo neste 
comparativo com o total de R$ 2.120,04, utilizando um carpinteiro e um ajudante. 
 
TABELA 7 – CUSTO ESCORAMENTO DE MADEIRA PARA VIGAS 
 DESCRIÇÃO UN. CPU QUANT 
VALOR 
UNITÁRIO 
SUB TOTAL TOTAL 
M
.O
 
Ajudante de carpinteiro h 0,06 24,36 R$ 12,86 
R$ 2.120,04 
R$ 21.974,31 
Carpinteiro h 0,23 97,88 R$ 18,46 
M
A
T
E
R
IA
L
 
Escora de eucalipito (Diametro 
da seção 100mm) 
m² 5,700 2.479,50 R$ 1,90 
R$ 19.854,27 
Pontalete 3"x 3" (altura: 75 
mm / espessura: 75 mm) 
m 3,200 1.392,00 R$ 5,40 
Prego 17 x 21 com cabeça 
(comprimento: 48,3 mm / 
diâmetro da cabeça: 3,0 mm) 
kg 0,200 87,00 R$ 9,66 
Tábua (esp. 25mm/ larg. 
150mm/ seção transv. 1x6") 
m 2,000 870,00 R$ 7,80 
Fonte: Os Autores (2018). 
 
43 
 
O sistema de escoras metálicas adotado para as fôrmas nas vigas constitui 
de poucos elementos em sua estrutura, isso favorece um baixo custo de locação dos 
materiais, esses elementos são cobrados de uma maneira parecida com os painéis 
metálicos, ou seja, são calculados por metros quadrados de fôrmas, no comparativo 
foi considerado apenas uma haste metálica com bases ajustáveis em suas 
extremidades, observa se na TABELA 8 os custos totais para execução de 
escoramento metálico nas vigas em estudo. 
 
TABELA 8 – CUSTO ESCORAMENTO METÁLICO PARA VIGA 
 DESCRIÇÃO UN. CPU QUANT 
VALOR 
UNITÁRIO 
SUB TOTAL TOTAL 
M
.O
 
Montador h 0,54 234,90 R$ 15,84 
R$ 15.963,80 
R$ 22.777,47 
Servente h 2,16 939,60 R$ 13,03 
M
A
T
E
R
IA
L
 
Tubo metálico equipado para 
escoramento 
m 0,600 1.487,70 R$ 4,58 R$ 6.813,67 
Fonte: Os Autores (2018). 
 
Desta forma pode se observar que os menores custos estão no material 
locado ficando assim em um total de materiais locados de R$ 6.813,67, esses valores 
são equivalentes a 30% do custo total do sistema metálico que ficou em R$22.777,47. 
 Já no comparativo mão de obra é possível observar que o ítem se tornou 
mais caro, ficando em R$ 15.963,80, considerando o mesmo número de funcionários 
um carpinteiro e um ajudante, esse valor representou 70% do custo total, no 
comparativo foi considerado mão de obra especializada para montagem, mesmo 
assim considera se viável a execução utilizando escoramento metálico, pois nesse 
sistema há um número maior de reutilizações do tubo metálico comparado com as 
escoras de madeira.44 
 
 A FIGURA 26 mostra graficamente os custos de mão de obra e material e 
onde houve o maior impacto no comparativo do sistema de escoramento. 
 
FIGURA 26 – COMPARATIVO DE ESCORAMENTOS 
 
Fonte: Os Autores (2018). 
 
O sistema utilizando a madeira obteve maior custo para compra dos 
elementos que fazem a função da escora nas vigas que são os eucaliptos e os 
pontaletes, ficando no total de R$19.854,27, esse valor representa 91 % do custo total 
incluindo a mão de obra. Pelo lado das metálicas o maior custo se concentrou na mão 
de obra, ficando no total de R$15.963,80 que representa 70 % do custo total. 
De uma maneira geral os dois sistemas do comparativo ficaram semelhantes 
na soma total dos custos, isso devido aos sistemas serem parecidos na execução, 
mesmo que cada um tenha suas características para montagem, para essa pesquisa 
foram compradas as peças que fazem a função da escora nas vigas no sistema de 
madeira, mas, algumas empresas fazem a locação dessa madeira para escoramento 
o que tornaria praticamente iguais os custos no comparativo do sistema de escora. 
MADEIRA METÁLICO
MATERIAL R$ 19.854,27 R$ 6.813,67
M.O R$ 2.120,04 R$ 15.963,80
R$ 0,00
R$ 5.000,00
R$ 10.000,00
R$ 15.000,00
R$ 20.000,00
R$ 25.000,00
ESCORAMENTO DAS VIGAS
45 
 
5 CONSIDERAÇÕES FINAIS 
 
Para realização desse estudo, foi estabelecido a análise comparativa entre 
sistemas de fôrmas para confecção de pilares e vigas na construção de um edifício 
comercial na cidade de Pinhais PR, juntamente foi feita a comparação do sistema de 
escoras de madeira e metálica para vigas, após estabelecer o pavimento para o 
estudo, no caso o 3º andar, os dois elementos abordados foram pilares e vigas com 
análise no contexto geral de mão de obra e materiais que empregam o conjunto de 
fôrmas para executá-los. 
Neste comparativo a madeira escolhida para confeccionar os painéis do 
conjunto de fôrmas foram os compensados plastificados, escolhidos de maneira que 
pudessem fabricar o conjunto in loco, ou seja, fabricar as fôrmas na obra em estudo, 
esta maneira ajuda no rendimento da execução. Já a escolha do sistema metálico foi 
através de locação dos componentes do sistema realizados pela empresa 
fornecedora. 
 O sistema de locação conforme citado mostra um grande diferencial deste 
comparativo, a principal vantagem é a reutilização dos elementos do conjunto das 
fôrmas metálicas nos pavimentos superiores que deverão ser concretados, analisando 
os valores reais desse comparativo dos materiais das fôrmas, concluiu-se que as 
diferenças consideradas no comparativo das fôrmas para pilares possuem uma 
diferença de R$15.005,97, este valor representa 59% dessa diferença, onde a 
utilização de fôrmas metálicas se torna muito mais viável que a utilização de fôrmas 
de madeira. 
Na execução das fôrmas para vigas os resultados também apresentam 
vantagem da fôrma metálica sobre a de madeira, uma desigualdade de R$30.705,20 
que representa 55% de diferença, mostrando que o maior impacto é quanto a mão de 
obra, onde nas fôrmas metálicas o custo é cerca de 22% menor que o custo da mão 
de obra empregada na fôrma em madeira. 
 Pode-se concluir também que a mão de obra é o fator primordial para os 
resultados positivos desse comparativo, a diferença está na montagem do sistema 
metálico, a mão de obra para execução das fôrmas metálicas é mais ágil em virtude 
do sistema ser apenas montagem dos painéis e seus travamentos, por exemplo, na 
execução das fôrmas para pilares a diferencial ficou de R$13.251,93 cerca de 78% 
entre o conjunto de madeira e a metálica. 
46 
 
 Já no comparativo de fôrmas para vigas relacionando a mão de obra essa 
diferença subiu para R$21.682,50, valores que somados trazem um total de 
R$34.934,43, essa diferença somente em um pavimento, em termos de lucro se torna 
um grande atrativo visando lucros da construtora responsável, com isso as empresas 
que adotam os índices de produtividade para execução conseguem ver lucros reais 
em todo processo. 
No comparativo do sistema de escoras houve também uma grande 
desproporção nos valores dos materiais empregados, enquanto a madeira obteve um 
total de custos de R$19.854,27 somente nos materiais, a metálica ficou com 
R$6.813,67, representando somente os gastos com locação, esta diferença 
representa 65% de economia. A vantagem é devido ao sistema ser mais prático para 
fixação pois se trata de poucos itens para montagem e também pelo custo de locação, 
enquanto as escoras de madeira para esse comparativo foram incluídos os valores de 
compras das escoras. 
O sistema metálico leva vantagem na locação das escoras metálicas mas fica 
atrás no comparativo de valores totais de mão de obra, sendo que o total de mão de 
obra para execução de escoramento de madeira ficou em R$2.120,04, já o custo de 
mão de obra para escoras metálica ficou em R$15.963,80. 
Desta maneira fica claro que o melhor sistema para executar as fôrmas para 
concreto é o sistema metálico, o comparativo deixa claro em termos de lucros e 
produtividade. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
47 
 
 
5.1 RECOMENDAÇÕES PARA TRABALHOS FUTUROS 
 
No desenvolvimento desta pesquisa observou-se algumas ramificações do 
tema em estudo, que podem ser um pouco mais exploradas, novos trabalhos podem 
analisar o custo geral de substituição de fôrmas utilizando o mesmo comparativo para 
uma obra completa, ou seja, comparando as em todos os pavimentos e elementos 
estruturais incluindo as lajes, desta maneira chegaria a valores que tornam os lucros 
muito maiores do que deste trabalho que foi incluído apenas em um pavimento. 
Também deixa se a recomendação para pesquisas envolvendo o descarte 
correto da madeira, quais as melhores maneiras para descarte e quais os custos de 
uma empresa, tendo que descartar de maneira correta toda madeira utilizada para 
execução de fôrmas em uma obra. 
 
 
48 
 
 REFERÊNCIAS 
 
ASSAHI, P. N. Sistema de fôrmas de madeira para concreto aparente. Simpósio 
de Aperfeiçoamento em Tecnologia do Concreto. São Paulo, 1989. 
 
_________. Fabricação, montagem e controle de execução das fôrmas. Garantia 
da Qualidade das Estruturas de Concreto. São Paulo, 1990. 
 
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 7190: Projeto de 
Estruturas de Madeira. Rio de Janeiro: ABNT. 2014a. 
 
_________. NBR 15696: Fôrmas e escoramentos para estruturas em concreto – 
projeto, dimensionamento e procedimentos executivos. Rio de Janeiro: ABNT, 
2014b. 
 
AZEREDO, H. A. de. O edifício e seu acabamento. São Paulo: Edgard Blucher, 
1987. 
 
CÁNOVAS, M. F. Patologia e Terapia do Concreto Armado. 1. ed. (Trad. de M. C. 
Marcondes; C. W. F. dos Santos; B. Cannabrava). São Paulo: Pini, 1988, 522 p. 
 
CALIL, C. J. & LAHR, F. A. R. Madeiras para fôrmas e escoramentos de estruturas. 
In: Materiais de construção civil (Isaia, editor). São Paulo: IBRACON, p. 1231-1262, 
2007. 
 
CASTRO, J. J. V. et al. Fôrmas Para Concreto: Análise Comparativa entre Formas 
Mistas e Formas Convencionais tendo como Referência a Aplicação Em 
Vigas. Revista Pensar. Belo Horizonte, p. 15-17. mar. 2018. Disponível em: 
<http://revistapensar.com.br/engenharia/pasta_upload/artigos/a189.pdf>. Acesso em: 
25 maio 2018. 
 
CLUBE DO CONCRETO. Tecnologia: paredes maciças. Disponível em: 
<http://www.clubedoconcreto.com.br/2013/07/paredes-macicas-techne.html> Acesso 
em: 18.mai.18. 
 
FAJERSZTAJN, H. Fôrmas para concreto armado: aplicação para o caso do edifício. 
(Tese de doutorado). São Paulo: Escola Politécnica – Universidade de São Paulo, 
1987, 247p. 
 
FERREIRA, A. S. Estudo comparativo de sistemas construtivos industrializados: 
paredes de concreto, steel frame e wood frame (TCC – Curso de Engenharia Civil – 
Universidade Federal de Santa Maria). Santa Maria, 62 f., 2014. Disponível em: 
<http://coral.ufsm.br/engcivil/images/PDF/1_2014/TCC_AUGUSTO%20SENDTKO%
20FERREIRA.pdf>. Acesso em: 24.mar.18. 
 
Howe, Nathan; FluidScape:Research in Parametric Concrete Formwork, p. 405-
409 . In: Proceedings of the XVII Conference of the Iberoamerican Society of Digital. 
2014. Disponível em: <http://www.proceedings.blucher.com.br/article-
http://www.clubedoconcreto.com.br/2013/07/paredes-macicas-techne.html
http://www.proceedings.blucher.com.br/article-details/fluidscape-research-in-parametric-concrete-formwork-14163
49 
 
details/fluidscape-research-in-parametric-concrete-formwork-14163>. Acesso em 
25.abr.2018. 
 
HURD, M. K. Formwork for Concrete. 6. ed. Detroit: American Concrete Institute, 
1981. 450 p. 
 
LIMA, A. I. N; CRUZ, C. B. & SILVA, E. de L. Impactos Provocados no Meio Ambiente 
Pelo uso da Madeira na Construção Civil. Revista Científica Multidisciplinar Núcleo 
do Conhecimento. 3ª ed., p. 116-135, junho de 2017. 
 
LOTURCOC, B. “Fator fôrma”. Téchne, 118ª ed., janeiro de 2007. Disponível em: 
<http://techne17.pini.com.br/engenharia-civil/118/artigo287411-1.aspx>. Acesso em: 
24.mar.18. 
 
MAGNAGNAGNO, L. C. Análise entre os sistemas de fôrma e escoramento para 
execução de pilares e lajes na cidade de Curitiba/PR. TCC – Curso de Engenharia 
Civil – Universidade Tuiuti do Paraná – Curitiba. 67 f., 2018. Disponível em: 
<http://tcconline.utp.br/media/tcc/2017/06/ANALISE-ENTRE-OS-SISTEMAS-DE-
FORMA-E-ESCORAMENTO.pdf>. Acesso em: 16.mar.18. 
 
MARANHÃO, G. M. “Fôrmas para concreto: subsídios para a otimização do projeto 
segundo a NBR 7190/97” (Dissertação de Mestrado – Escola de Engenharia de São 
Carlos – Universidade de São Paulo – São Carlos), 188 p., 2000. 
 
MOLITERNO, A. Escoramentos, cimbramentos, fôrmas para concreto e 
travessias em estrutura de madeira. São Paulo: E. Blucher, 1989. 
 
MORIKAWA, M. S. Materiais alternativos utilizados em fôrmas para concreto armado. 
TCC – Curso de Engenharia Civil – Universidade Estadual de Campinas – Campinas, 
137 f., 2003. 
 
MÜLLER, G. L. “Dimensionamento de fôrmas de madeira para estruturas de concreto 
armado: uma proposta teórica” (Monografia – Especialização – Curso de Engenharia 
Civil – Univates – Lajeado), 89 f., 2016. 
 
NASCIMENTO, J. A. Utilização de fôrmas metálicas na construção de casas 
populares. TCC – Curso Superior de Tecnologia em Materiais de Construção Civil – 
Universidade Tecnológica Federal do Paraná. Campo Mourão, 66 f., 2014. 
 
NAZAR, N. Fôrmas e escoramentos para edifícios: critérios para 
dimensionamento e escolha do sistema. São Paulo: Pini, 2007, 173 p. 
 
PERMUTHE LOCADORA DE EQUIPAMETNOS LTDA. Disponível em: 
<http://www.permuthe.com.br/formas> Acesso em: 16.mar.18. 
 
PFEIL, W. & PFEIL, M. Estruturas de madeiras. 6. ed. Rio de Janeiro: Ltc, 2003, 243 
p. 
 
SINAPI – Índices da Construção Civil. Disponível em: <http://goo.gl/ttgltv>. Acesso em 
28 outubro.2018. 
http://www.proceedings.blucher.com.br/article-details/fluidscape-research-in-parametric-concrete-formwork-14163
50 
 
 
SH FORMAS LTDA. Disponível em: <http://www.sh.com.br/formas-para-
concreto/forma-de-concreto-concreform-sh/> Acesso em: 16.mar.18. 
 
TCPO – Tabelas de Composições de Preços para Orçamentos. 14ª.ed São Paulo, 
PINI Ltda. 2014 
 
TECHNE TECNOLOGIA: “Paredes de concreto com fôrmas metálicas”. [s.i]: Techne, 
abril de 2011. Disponível em: <http://techne17.pini.com.br/engenharia-
civil/169/artigo286819-1.aspx>. Acesso em: 16.mar.18. 
 
XXIII CONGRESSO BRASILEIRO DE CUSTOS, 2016, Porto de Galinhas. Resíduos 
sólidos na construção civil: qual o custo de sua destinação e tratamento. Porto 
de Galinhas, Pe: Anaiscbc, 2016. 14 p. Disponível em: 
<https://anaiscbc.emnuvens.com.br/anais/article/download/4101/4102>. Acesso em: 
21 ago. 2018. 
 
YAZIGI, W. Walid Yazigi. 10a edição – Revisada e Atualizada. São Paulo. 2013.

Continue navegando