Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
CENTRO UNIVERSITÁRIO – UNIFACEAR CAMPUS ARAUCÁRIA ENGENHARIA CIVIL ADILSON LIMA TERRAS MARCO ANTONIO RICCI MARLON ALISON ALVES DE ARAUJO ANÁLISE COMPARATIVA DE SISTEMA DE FÔRMAS DE MADEIRA E METÁLICA PARA EXECUÇÃO DE PILARES E VIGAS DE UM PAVIMENTO EM UM EDIFÍCIO COMERCIAL ARAUCÁRIA 2018 ADILSON LIMA TERRAS MARCO ANTONIO RICCI MARLON ALISON ALVES DE ARAUJO ANÁLISE COMPARATIVA DE SISTEMA DE FÔRMAS DE MADEIRA E METÁLICA PARA EXECUÇÃO DE PILARES E VIGAS DE UM PAVIMENTO EM UM EDIFÍCIO COMERCIAL Trabalho de conclusão de curso apresentado como requisito parcial à conclusão do Curso de Bacharelado em Engenharia Civil do Centro Universitário – UNIFACEAR. Orientadora: Profa. MSc. Elaine Souza dos Santos Marinho ARAUCÁRIA 2018 AGRADECIMENTOS Agradecemos primeiramente à Deus pelo dom da vida e por ter nos proporcionado chegar até aqui. As nossas famílias pelo apoio, paciência e compreensão para que pudéssemos ter uma jornada mais confortante durante esses anos. Agradecemos aos professores que sempre estiveram ao nosso lado, dispostos a contribuir e ajudar para um melhor aprendizado em especial nossa professora e orientadora que sempre esteve nos apoiando e nos indicando o caminho a ser seguido. Enfim, agradecemos a todos que de forma direta ou indireta nos ajudaram a concluir esta etapa. RESUMO Empresas ligadas ao ramo da construção civil têm buscado alternativas e métodos construtivos mais eficientes que impactam diretamente nos lucros, novos materiais de construção também são incluídos nessa perspectiva de melhorias e aumento nos lucros das empresas. As construtoras são as principais consumidoras de madeiras, mesmo algumas utilizando a madeira de reflorestamento, ainda há uma preocupação na questão do descarte depois de utilizá-la, este é um fator que favorece a utilização das fôrmas metálicas nas obras, pois comparado com a madeira não ocorrerá o descarte na mesma proporção. Também levou se em conta a importância desse estudo, a análise econômica comparando os dois sistemas, pois a fôrma metálica tem um número maior de reutilizações que a fôrma de madeira. O objetivo dessa pesquisa visou o comparativo de custo-benefício entre fôrmas de madeira e fôrmas metálicas, para isso foi feito uma avaliação entre os dois sistemas, em função dos elementos e etapas de execução, considerando que os sistemas fossem aplicados para confecção de elementos de concreto estrutural (pilares, vigas e escoramentos) em um edifíco comercial na cidade de Pinhais PR, estudo realizado no 3º pavimento do prédio com uma área total de 1.120,00 m². Para o levantamento do quantitativo dos materias foi necessário acesso ao projeto da obra, identificando todos os elementos estruturais (pilares e vigas) que compõe o pavimento em estudo, para a composição dos preços foi utilizado como base a TCPO 14º edição e tabela SINAPI 2018 que forneceram dados e índices referentes a calculo de mão de obra e produtividade. O orçamento foi dividido visando o custo para confecção dos dois elementos estabelecidos para pilares e vigas, juntamente com conjunto de escoras. O maior diferencial entre os orçamentos foram os valores relacionados à mão de obra, pois a eficiêcia para montagem de um conjunto de fôrmas metálicas foi muito maior do que a fabricação in loco do conjunto de fôrmas de madeira, em questão dos materiais destaca-se o custo de locação dos painéis metálicos deixando evidente o custo mais baixo, em torno de 40% de vantagem, devido a reutilização após o uso no pavimento escolhido. Palavras-chave: Fôrma de madeira. Fôrma metálica. Escoramento de madeira. Escoramento metálico. Orçamento. ABSTRACT Companies involved in the construction industry have sought alternatives and more efficient construction methods that directly impact on profits, new construction materials are also included in this perspective of improvements and increase in corporate profits. The construction companies are the main consumers of wood, even some using the wood of reforestation, there is still a concern in the matter of the disposal after using it, this is a factor that favors the use of the metallic forms in the works, as compared to the wood will not occur in the same proportion. It also took into account the importance of this study, the economic analysis comparing the two systems, because the metal form has a greater number of reuses than the wood form. The objective of this research was to compare the cost-benefit ratio between wood and metal structures, for which an evaluation was made between the two systems, depending on the elements and stages of execution, considering that the systems were applied to make elements of (pillar, beams and shoring) in a commercial building in the city of Pinhais PR, a study carried out on the 3rd floor of the building with a total area of 1,120.00 m². For the survey of the quantity of materials, it was necessary to access the project of the work, identifying all the structural elements (pillars and beams) that compose the pavement under study, for the composition of the prices was used as basis to TCPO 14th edition and table SINAPI 2018 that provided data and indices referring to manpower calculation and productivity. The budget was divided for the cost of making the two elements established for pillars and beams, together with set of struts. The biggest difference between the budgets was the values related to labor, since the efficiency for assembling a set of metallic structures was much greater than the in loco manufacture of the set of wood panels, in question of the materials stands out the cost of leasing the metal panels leaving the lowest cost evident, around 40% advantage, due to reuse after use on the chosen floor. Key-words: Wood formwork. Metal formwork. Wood chiseling. Metal anchoring. Budget. LISTA DE ILUSTRAÇÕES FIGURA 1 – FABRICAÇÃO DE FÔRMAS DE COMPENSADO ................................ 14 FIGURA 2 – TIPOS DE COMPENSADO .................................................................. 14 FIGURA 3 – ESTRUTURA DE FÔRMA DE MADEIRA ............................................. 15 FIGURA 4 – TÁBUAS (MADEIRA SERRADA) .......................................................... 15 FIGURA 5 – TIPOS DE PREGOS ............................................................................. 16 FIGURA 6 – ELEMENTOS PARA TRAVAMENTOS ................................................. 17 FIGURA 7 – ESQUEMA DE ESCORAMENTO ......................................................... 18 FIGURA 8 – VIGA COM FÔRMA EM MADEIRA ...................................................... 20 FIGURA 9 – GASTALHO .......................................................................................... 20 FIGURA 10 – PILAR COM TIRANTES ..................................................................... 21 FIGURA 11 – PROJETO DE APLICAÇÃO DE FÔRMA METÁLICA ......................... 22 FIGURA 12 – PAINEL DE FÔRMA METÁLICA PERMUTHE ................................... 23 FIGURA 13 – PAINEL COM REVESTIMENTO METÁLICO ..................................... 23 FIGURA 14 – ELEMENTOS DE TRAVAMENTO DE FÔRMAS METÁLICAS........... 24 FIGURA 15 – ESCORA METÁLICA .......................................................................... 25 FIGURA 16 – SISTEMA DE ESCORAS COM GUIAS DE BARROTEAMENTO ....... 26 FIGURA 17 – FÔRMAS METÁLICAS EM PILARES ................................................. 26 FIGURA 18 – CONCRETO APÓS DESFORMA ....................................................... 27 FIGURA 19 – PREPARAÇÃO DA FÔRMA METÁLICA ............................................ 27 FIGURA 20 – INÍCIO DA MONTAGEM DO SISTEMA .............................................. 28 FIGURA21 – CUSTO POR M² DE CADA SISTEMA DE FÔRMA ............................ 29 FIGURA 22 – FLUXOGRAMA DA PESQUISA .......................................................... 30 FIGURA 23 – PROJETO DE FÔRMAS DO 3º PAVIMENTO .................................... 31 FIGURA 24 – COMPARATIVO FÔRMAS PARA PILARES ...................................... 38 FIGURA 25 – COMPARATIVO FÔRMAS PARA VIGAS .......................................... 41 FIGURA 26 – COMPARATIVO DE ESCORAMENTOS ............................................ 44 LISTA DE TABELAS TABELA 1 – DIMENSÕES E ÁREAS DE FÔRMAS DOS PILARES ......................... 32 TABELA 2 – DIMENSÕES E ÁREAS DE FÔRMAS DAS VIGAS ............................. 33 TABELA 3 – CUSTO FÔRMA EM MADEIRA PARA PILAR...................................... 36 TABELA 4 – CUSTO FÔRMA METÁLICA PARA PILAR .......................................... 37 TABELA 5 – CUSTO FÔRMA DE MADEIRA PARA VIGAS ..................................... 39 TABELA 6 – CUSTO FÔRMA METÁLICA PARA VIGAS .......................................... 40 TABELA 7 – CUSTO ESCORAMENTO DE MADEIRA PARA VIGAS ...................... 42 TABELA 8 – CUSTO ESCORAMENTO METÁLICO PARA VIGA ............................. 43 SUMÁRIO 1 INTRODUÇÃO ............................................................................................... 9 1.1 PROBLEMA DE PESQUISA .......................................................................... 9 1.2 OBJETIVOS ................................................................................................. 10 1.3 JUSTIFICATIVAS ......................................................................................... 10 2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA ................................................................... 12 2.1 FÔRMAS DE MADEIRA ............................................................................... 12 2.1.1 Tipos de madeira .......................................................................................... 13 2.1.1.1 Sistema de fôrmas de madeira compensada ............................................... 13 2.1.1.2 Madeira serrada............................................................................................ 15 2.1.2 Elementos de ligação e travamento.............................................................. 16 2.1.3 Escoramento ................................................................................................ 17 2.1.4 Execução ...................................................................................................... 18 2.2 FÔRMAS METÁLICAS ................................................................................. 21 2.2.1 Painéis .......................................................................................................... 22 2.2.2 Elementos de ligação e travamento.............................................................. 24 2.2.3 Escoramento ................................................................................................ 25 2.2.4 Execução ...................................................................................................... 26 2.3 CUSTO ......................................................................................................... 28 3 MATERIAL E MÉTODOS ............................................................................. 30 3.1 INFORMAÇÕES DA OBRA .......................................................................... 31 3.2 TIPOLOGIA E CONCEPÇÃO DOS SISTEMAS ........................................... 33 3.3 COMPARATIVO DE MÃO DE OBRA ........................................................... 34 3.4 COMPARATIVO DE CUSTOS ..................................................................... 34 4 RESULTADOS E ANÁLISES ...................................................................... 36 4.1 PILARES ...................................................................................................... 36 4.2 VIGAS ........................................................................................................... 38 4.3 ESCORAMENTO .......................................................................................... 42 5 CONSIDERAÇÕES FINAIS ......................................................................... 45 5.1 RECOMENDAÇÕES PARA TRABALHOS FUTUROS ................................. 47 REFERÊNCIAS ............................................................................................ 48 9 1 INTRODUÇÃO Grandes construtoras de obras civis têm buscado cada vez mais reduções de custos e alternativas para métodos construtivos e materiais, sendo que estes dois últimos são os primeiros a sofrerem mudanças orçamentárias. Essas construtoras são grandes consumidoras de madeira, seja para uso em elementos estruturais, ou para a execução de processos construtivos. Mesmo com a utilização de madeira de reflorestamento, há a necessidade de que seja substituída por elementos que diminuam os impactos ambientais, sem contar o fato dos critérios técnicos e econômicos que permeiam todo o processo. (AZEREDO, 1987) Isso tudo abre frente ao constante desenvolvimento tecnológico, que dá margem ao uso de métodos construtivos mais rápidos, eficientes e de boa qualidade. Para a comparação entre os sistemas de fôrmas de uma obra, torna-se necessário um estudo sobre dois métodos construtivos para edificar pilares e vigas por meio da comparação entre o sistema de fôrmas de madeira e metálica. (LIMA et al., 2017) Pretende-se, com este estudo, analisar os sistemas de fôrmas individuais em uma mesma situação e apresentar os resultados de maneira que se possibilite uma estimativa de custos aos profissionais da construção civil, auxiliando no processo de análise. Mesmo com essa comparação, cabe ao engenheiro responsável pela obra determinar a opção mais adequada do sistema de fôrmas para uso na obra em execução, avaliando o cronograma, orçamento e necessidades. (MAGNAGNAGNO, 2014) 1.1 PROBLEMA DE PESQUISA Com construções sustentáveis crescendo cada vez mais hoje em dia, observa-se a necessidade de substituição de alguns materiais. A madeira é um recurso importante na construção, pois é utilizada em muitos processos de edificação, e sua extração traz um considerável impacto ao meio ambiente. (LIMA, et al., 2017) Na construção civil, quais seriam as vantagens da utilização de fôrmas metálicas ao invés das de madeira para a confecção de pilares e vigas de um edifício comercial? 10 1.2 OBJETIVOS Consistiram na análise de sistemas de fôrmas para a construção de pilares e vigas com escoramento de um pavimento em um edifício comercial na cidade de Pinhais, no estado do Paraná, comparando-se a relação custo-benefício da utilização das fôrmas metálicas em substituição às formas de madeira para a edificação de pilares e vigas. Para o cumprimento do objetivo geral da pesquisa, recorreu-se aos seguintes objetivos específicos: quantificação dos elementos necessários à utilização de fôrmas e escoramentos e levantamento de custos de materiais e mão de obra. 1.3 JUSTIFICATIVAS A execução de um bom sistema de fôrmas é tão importante quanto a elaboração de um projeto estrutural. As fôrmas em uma estrutura de concreto têm um impacto significativo no custo, no tempo e na qualidade do projeto final. Diante disso, torna-se justificável a importância de um planejamento e projeto de fôrmas para as estruturas. Estes devem estar amparados em análises e estudos para que, posteriormente, se possa definir o esquema mais econômico para cada caso (MAGNAGNAGNO, 2014). A substituição das fôrmas de madeira por fôrmas metálicas pode trazer vantagens ao meio ambiente. Segundo Lima et al. (2017), a madeira, na construção civil, é utilizada seja para fins temporários ou definitivos. Os temporários são justamenteos que mais causam problemas ambientais, pois após a utilização desse material, o descarte, na maioria das vezes, é feito de forma irregular. As fôrmas metálicas podem ser uma solução para esse problema devido ao fato de serem reutilizadas, evitando-se descartes. Os levantamentos realizados por Silva e Silva em 2016 para coleta de dados, evidenciaram que a geração dos resíduos da madeira ocorre em obras privadas e públicas, sendo que a recolha e deposição é realizada por empresas licenciadas e conforme esse levantamento de dados, foi obtido o custo de destinação e tratamento do resíduo que totaliza em média, R$3.840,00 por tonelada de RCD. (XXIII CONGRESSO BRASILEIRO DE CUSTOS, 2016) 11 Vantagens econômicas na utilização das fôrmas metálicas são vistas já em sua concepção, pois ela proporciona rapidez na montagem e facilidade na desforma. Esse fator pode fazer com que o custo da fôrma metálica seja cerca de 30% menor do que as de madeira. (LOTURCOC, 2007) Apesar de ter um custo inicial elevado, a durabilidade da primeira (mais de 200 utilizações) e a qualidade proporcionada pela superfície de contato metálica oferecem um ganho real no custo final do m3 de concreto lançado, aumentando, assim, o lucro da obra. (MAGALHÃES, 2000) 12 2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA Existem muitos sistemas de fôrmas que podem ser utilizados em uma determinada obra. Durante a definição do tipo de sistema a ser escolhido, deve-se analisar o método de sua execução e a mão de obra que requererá, pois ambos os fatores influenciam no custo do material a ser adquirido ou locado para executá-la. (NAZAR, 2007) Neste trabalho serão abordados dois tipos de fôrma: a de madeira e a metálica. A NBR 15696 (2009) define fôrmas como estruturas provisórias utilizadas para moldar o concreto fresco, resistindo a todas as ações provenientes das cargas variáveis resultantes das pressões do lançamento do concreto fresco até que ele se torne autoportante. Além disso, elas devem garantir o correto posicionamento das instalações e das armaduras, permitindo a colocação de espaçadores para garantir os cobrimentos e servir de suporte para os serviços de armação e concretagem. 2.1 FÔRMAS DE MADEIRA A madeira tem sido por muito tempo o principal elemento para a moldagem das vigas e pilares de concreto nas construções de prédios, chamados também de caixarias, e servem para dar formato às estruturas de concreto, garantindo seu perfeito alinhamento e mantendo a geometria dos vários elementos de estrutura da obra, sejam estes os pilares, lajes, vigas etc. (MAGALHÃES, 2000) Em meados dos anos 1940 foi realizado um estudo de fôrmas encomendado pela ABCP (Associação Brasileira de Cimento Portland). Nessa época a indústria de compensados ainda estava em desenvolvimento no Brasil; as fôrmas eram confeccionadas em madeira maciça e faziam uso de tábuas como painéis, visto que não existia nenhuma indicação técnica a respeito. No ano de 1943, a ABCP lançou um boletim técnico no qual apresentou um sistema de fôrmas de madeira maciça (CALIL JUNIOR et al., 2007). Azeredo (1987) cita que a ABCP, em seu Boletim Técnico de 1943, estabeleceu procedimentos básicos para a aplicação de fôrmas de madeira serradas em construções de estruturas de concreto. Tais procedimentos consideravam que o sistema de fôrmas de vigas e pilares era formado por tábuas de pinho do Paraná com 2,5 cm de espessura e 30 cm de largura, apoiadas em transversinas de seção 13 quadrada de 7,5 cm de lado, ligadas por sarrafos de 2,5 cm x 10 cm ou por caibros de 7,5 cm x 7,5 cm, sendo estes fixados por gravatas, que eram elementos de travamento dos painéis. Esse sistema de fôrmas, nos dias de hoje, é pouco utilizado. Castro et al. (2017) citam que com o crescimento da indústria de compensados em meados da década de 1960 o engenheiro Toshio Ueno desenvolveu o primeiro sistema otimizado de fôrmas do país, utilizando a madeira compensada, com a qual se tem contato direto com o concreto. A partir de então, vários sistemas foram desenvolvidos por outras empresas, visando sempre a diminuição de custo; agilidade na montagem e na desforma; e melhoria do acabamento final do concreto. 2.1.1 Tipos de madeira Utilizam-se dois tipos de madeira mais comuns para executar os projetos de fôrmas. São elas: as chapas de compensado e madeira serrada, ou “tábuas”. O sistema de compensados, também chamados de derivados da madeira, foi introduzido ao longo do tempo nas construções por se tratar de um material mais barato e também devido à facilidade de se encontrá-lo junto a fornecedores. (YAZIGI, 2013). 2.1.1.1 Sistema de fôrmas de madeira compensada Os compensados recebem esse nome por apresentarem uma estrutura em função da distribuição das lâminas que os compõem, e contêm uma compensação na distribuição de tensões quando solicitado. (MAGALHÃES, 2000). De acordo com Nazar (2007), normalmente as lâminas são assentadas umas sobre as outras em direções perpendiculares entre si, proporcionando ao painel de compensado uma excelente resistência mecânica, tornando-o à prova de movimentações de compressão e expansão. A FIGURA 1 mostra o processo de fabricação in loco de fôrmas de compensado. 14 FIGURA 1 – FABRICAÇÃO DE FÔRMAS DE COMPENSADO Fonte: Magalhães (2000). A madeira compensada é colada e composta por lâminas (FIGURA 2). O adesivo de colagem dessas lâminas é de origem sintética e tem como função ligar as camadas. O volume de adesivo não deve ultrapassar 1% do volume total do composto. Morikawa (2003) enfatiza que é de grande importância a qualidade do adesivo, sendo fundamental para as características de resistência e elasticidade da chapa. FIGURA 2 – TIPOS DE COMPENSADO Fonte: Loturcoc (2007). Esses painéis de madeira têm variações em seu acabamento superficial. Algumas chapas são lixadas e suas faces externas recebem um ótimo tratamento superficial, enquanto que outras recebem uma película plástica nas lâminas externas. (MÜLLER, 2016). A estrutura de uma fôrma de madeira feita por compensados também é composta por reforços, travamentos e pregos: os reforços têm a função de estruturar melhor o conjunto de fôrmas, ou seja, são adequados para reforçar as chapas a fim de se obter um melhor rendimento pelo aumento da rigidez delas, conforme 15 evidenciado na FIGURA 3. Além do mais, é importante que o concreto fresco “mole” permaneça com as dimensões projetadas e executadas até seu estado final “endurecido”. (NAZAR, 2007). FIGURA 3 – ESTRUTURA DE FÔRMA DE MADEIRA Fonte: Nazar (2007). 2.1.1.2 Madeira serrada Madeira serrada é aquela que resulta diretamente do desdobro de toras ou toretes, constituída de peças cortadas longitudinalmente por meio de serra, independentemente de suas dimensões, de seção retangular ou quadrada. Também é conhecida como “tábua” (FIGURA 4) e foi muito utilizada na confecção dos moldes de estrutura de concreto antes do surgimento das chapas compensadas, gerando maior quantidade de resíduos e baixa padronização das peças, havendo, consequentemente, maior necessidade de mão de obra para a confecção das fôrmas. (YAZIGI, 2013). FIGURA 4 – TÁBUAS (MADEIRA SERRADA) Fonte: Ferreira (2014). 16 Por apresentarem melhor desempenho, também geram muita procura e, consequentemente, a preocupação com o uso frequente de madeiras nos canteiros de obras tem feito com que muitos profissionais pensem em medidas alternativas para assegurar um trabalho sustentável. Atualmente, o pínus e o cedrinho ocupam 85% do mercado, e essas madeiras são provenientes de reflorestamento, sendo mais utilizadas na confecção de fôrmas de tábuas convencionais. (NAZAR 2007). Produzida em serrarias e transformada em peças menores de formato prismático, pode ser obtida por diversas técnicas de desdobro, escolhidasprincipalmente em função de critérios técnicos e econômicos. As duas práticas mais comuns são os cortes radial e tangencial. O corte tangencial é mais utilizado pela eficiência de produção de madeira serrada e menor formação de resíduos. Nele, após a fixação da tora e retirada da primeira costaneira, as tábuas são extraídas paralelamente, uma após a outra, até a proximidade da medula, que é descartada. Em seguida, a tora é girada, tendo a outra metade processada do mesmo modo. (YAZIGI 2013). 2.1.2 Elementos de ligação e travamento Os pregos são os elementos mais utilizados nas ligações das chapas de madeira; e os travamentos, nos conjuntos de fôrmas. Pfeil e Pfeil (2003) citam que os pregos são fabricados com arame de aço doce, em grande variedade de tamanhos, conforme demonstrado na FIGURA 5. Devido a essa variedade de tamanhos de pregos, cabe ao projetista uniformizar ao máximo a utilização das bitolas desses pregos na execução e montagem das fôrmas. FIGURA 5 – TIPOS DE PREGOS Fonte: Téchne (2011). 17 Yazigi (2013) revela que para fixar os painéis de chapas de compensado que moldam pilares e vigas de grandes dimensões e bases para lajes é necessário reforçar as chapas a fim de se obter um melhor rendimento por meio do aumento da inércia das chapas. Para isso, pode-se utilizar reforços de madeira, ripamento justaposto ou os chamados travamentos. Também podem ser usadas peças metálicas ou ainda sistemas mistos de peças de madeira e metálicas. Os travamentos de fôrmas têm suas funções juntamente com complementos e acessórios que auxiliam na execução, conforme cita Azeredo (1987), eles são utilizados para reforçar e sustentar os painéis de chapas compensadas ou tábuas, como mostra a FIGURA 6. Esses elementos podem ser peças de madeira ou metálicas, ou ainda conjuntos mistos, compostos de madeira e metal, como por exemplo: guias, talas de emenda, cunhas, placas de apoio, chapuzes, gravatas, escoras (mão-francesa), espaçadores, estais, tirantes. FIGURA 6 – ELEMENTOS PARA TRAVAMENTOS Fonte: Assahi (1989). 2.1.3 Escoramento Os painéis de madeira que compõem a estrutura inferior de vigas e lajes devem ser perfeitamente escorados. As escoras, que geralmente são feitas de 18 madeira ou de metal, devem garantir a estabilidade e não sofrer desníveis que provocam deformações nos elementos de concreto. (HURD, 1981). Azeredo (1987) cita que as escoras, também chamadas de pontaletes, devem ser de preferência peças de madeira beneficiada, que são colocadas na vertical para sustentar os painéis de lajes e de vigas. Algumas empresas do ramo da construção têm preferência em utilizar escoras de eucalipto ou bracatinga. A NBR 15696 (ABNT, 2009) traz alguns parâmetros para dimensionamento das escoras de madeira. Por exemplo: as peças de seção circular devem ter diâmetro mínimo de 8 cm e comprimentos variando de 2,40 m a 3,20 m. No caso de pontaletes de seção quadrada, as dimensões mínimas são de 2” x 2” para madeiras mais resistentes e 3” x 3” para madeiras menos resistentes. A norma ainda cita que as escoras deverão ficar apoiadas sobre calços de madeira assentados sobre um piso nivelado ou contrapiso de concreto, ficando uma pequena folga entre a escora e o calço para a introdução de cunhas de madeira. O esquema geral de fôrmas, juntamente com as escoras, está ilustrado na FIGURA 7. FIGURA 7 – ESQUEMA DE ESCORAMENTO Fonte: Assahi (1989). 2.1.4 Execução Magalhães (2000) cita que antes da concretagem, é necessário a aplicação de desmoldante na superficie interna do sistema de fôrmas, seja ele de madeira serrada ou compensado, os desmoldantes são substâncias químicas, que formam Fonte: Madeirit longarina cunha escora tirante cunha Mão-francesa prumo tensor gastalho Sarrafo nivelamento Painel da laje garfo guia gravata 19 uma camada oleosa e tem a função de facilitar a remoção das fôrmas sem danificar as arestas do concreto depois de seco. Conforme Yazigi (2013) o desmoldante forma uma barreira química que proteje a penetração da água na madeira, dando uma durabilidade siginificativa, a aplicação deve ser feita com broxas ou escovões de maneira uniforme, óleos ou graxas devem ser evitados como desmoldante. Conforme Azeredo (1987), na década de 1940 a Associação Brasileira de Cimento Portland editou procedimentos para a execução de fôrmas de madeira serrada em construções de estrutura de concreto, os quais deviam seguir os seguintes requisitos: a) 1º: serem executadas de acordo com as dimensões indicadas no projeto e terem a resistência necessária para não se deformarem sob a ação dos esforços que vão suportar (peso próprio; peso e pressão do concreto fresco; peso das armaduras e das cargas acidentais). b) 2º: serem estanques. Os elementos devem estar bem alinhados e as fendas devem ser vedadas; c) 3º: devem ser construídas de tal maneira que permitam a retirada dos diversos elementos que as compõem com facilidade; d) 4º: número de utilizações possíveis das mesmas peças; e) 5º: utilização de madeira aparelhada no caso de o concreto ser aparente. Magalhães (2000) cita que a escolha dos painéis para fechamento de caixarias deve ser estabelecida já no projeto. Os elementos laterais e de fundo das fôrmas podem ser constituídos por chapas de madeira compensada ou serrada, enrijecidos por sarrafos. Fazersztan (1987) cita que o escoramento dos painéis é executado por garfos de madeira, podendo esse também ser metálico. A configuração dos painéis é alterada utilizando-se pontaletes de 7,5 cm x 7,5 cm. Para vigas curvas utilizam-se sarrafos de 2,5 cm x 5 cm forrados por chapa de zinco e estruturados por uma combinação de chapa e sarrafos denominados de "cambota" e travados por gravatas e mão-francesa como mostra a FIGURA 8. 20 FIGURA 8 – VIGA COM FÔRMA EM MADEIRA Fonte: Nazar (2007). O subsistema de pilar é executado conforme o de vigas, seguindo o projeto de execução. Possui como principais componentes os painéis de madeira serrada ou chapas de compensados, gravatas, gastalhos, ou tensores, tirantes e acessórios para nivelamento. (MAGALHÃES, 2000). Os gastalhos têm como principal função locar a fôrma para o correto posicionamento do molde e conter os empuxos na base do pilar. O molde, como demonstrado na FIGURA 9, é composto pelos painéis laterais confeccionados usualmente em madeira compensada ou serrada. Pode-se considerar o gastalho como um gabarito da fôrma, respeitando os espaçamentos corretos de cobrimento da armadura. (AZEREDO, 1987) FIGURA 9 – GASTALHO Fonte: Clube do Concreto (2018). 21 Conforme Magalhães (2000), para a montagem das fôrmas de pilares são utilizados sarrafos e pontaletes para a estruturação do molde e o seu travamento é executado com a utilização das gravatas e os tirantes conforme indicado na FIGURA 10, já os tirantes normalmente são as barras de ancoragem apertadas com porcas sextavadas, são os responsáveis juntamente com as gravatas para que a fôrma tenha funcionalidade de travamento, assim retringindo a movimentação das fôrmas e não sofrendo deformações excessivas na estrutura a ser executada. FIGURA 10 – PILAR COM TIRANTES Fonte: Maranhão (2000). 2.2 FÔRMAS METÁLICAS Maranhão (2000) explica que o sistema de fôrmas metálicas é fabricado totalmente em aço de alta resistência, incluindo os acessórios que fazem parte da estrutura e os itens de consumo. Conforme explica Assahi (1990), o sistema prevê painéis bem estruturados, que resistem a grandes pressões durante as concretagens. As dimensões dos painéis são muitas, o que torna esse tipo de fôrma mais versátil para diversas aplicações em diferentes tipos de estrutura. São empregadas em todos os tipos de elementos estruturais blocos, pilares, vigas, lajes e cortinas. Para esse tipo de sistemaé necessário um melhor planejamento e maior detalhamento nos projetos para que as vantagens em sua utilização sejam otimizadas. (MAGNAGNAGNO, 2014). 22 As formas metálicas apresentam uma maior produtividade, uma vez que se trata de um sistema de formas leve, projetado para montagem manual de maneira fácil e rápida, apresentando poucos componentes. (MORIKAWA, 2003). A viabilidade dos sistemas de fôrmas metálicas depende da racionalização e do reaproveitamento, que devem ser indicados no projeto e, portanto, elaborados pela fornecedora. Evitar painéis ociosos diminui custos que variam com o tempo, e não com a quantidade de usos. (NAZAR, 2007). A FIGURA 11 exemplifica um projeto de aplicação de fôrmas metálicas em uma viga travessa. FIGURA 11 – PROJETO DE APLICAÇÃO DE FÔRMA METÁLICA Fonte: Os Autores (2018). 2.2.1 Painéis Segundo Magnagnagno (2014), as fôrmas metálicas são painéis com estruturas de aço. Em alguns modelos seu revestimento interno é feito com chapas de compensado. Não existe um padrão determinado para esse tipo de material. Dessa forma, cada fornecedor apresenta o seu produto com características particulares. Os painéis de fôrmas metálicas em geral são fabricados com diversas espessuras e tamanhos; cabe ao projetista indicar esses itens em projeto. Os painéis 23 metálicos, juntamente com todo o sistema de fôrmas, devem permanecer fixos durante as fases de armação, lançamento, adensamento e cura do concreto. (NASCIMENTO, 2014). A FIGURA 12 mostra uma fôrma metálica cuja estrutura é metálica e seu revestimento é feito de uma chapa de compensado resinado. FIGURA 12 – PAINEL DE FÔRMA METÁLICA PERMUTHE Fonte: Permuthe (2018). Pode-se definir também que a forma metálica é um sistema no qual praticamente todos os elementos que a compõem são metálicos, podendo ser de aço ou alumínio. (NAZAR, 2007) A FIGURA 13 apresenta uma fôrma da empresa METAX, cuja estrutura e revestimento são feitos de aço. FIGURA 13 – PAINEL COM REVESTIMENTO METÁLICO Fonte: Clube do Concreto (2018). 24 Fonte: SH Fôrmas (2018). 2.2.2 Elementos de ligação e travamento O sistema de fôrmas metálicas é composto por barras de ancoragem, perfis “C”, parafusos, clips, porcas, sarrafos de pressão, sendo que estes podem ser de madeira serrada, além dos painéis, grampos, grapas, tensores e os aprumadores, conforme pode-se observar na FIGURA 14. (SH Fôrmas, 2018). FIGURA 14 – ELEMENTOS DE TRAVAMENTO DE FÔRMAS METÁLICAS Esses elementos são essenciais nas montagens de fôrmas para vigas e pilares e devem ser indicados no projeto quando solicitado. (NAZAR, 2007). Em alguns casos a função dos grampos é substituir parafusos e porcas que unem as fôrmas de forma simples e rápida, agilizando o processo construtivo. As grapas têm a mesma função dos grampos; já os espaçadores funcionam como um limitador de distância entre uma face e outra de uma viga e protegem o tensor de entrar em contato com o concreto, facilitando sua retirada. (NASCIMENTO, 2014). A função do tensor é fixar e tencionar a fôrma entre os blocos ou espaçadores no sistema de vigas, fazendo uma espécie de sanduíche, e suportar os esforços causados pelo empuxo do concreto fresco e adensamento, mantendo as dimensões do projeto. Em caso de vigas aéreas, utiliza-se suporte de cantoneira 1.1/2” por 3/16”, que nada mais é do que uma mão-francesa com parafusos ajustáveis à dimensão da fôrma e tem a função de dar sustentação e estabilidade à viga aérea, mantendo-a estável durante a concretagem. (MOLITERNO, 1989). 25 2.2.3 Escoramento Para realizar a concretagem segura de uma estrutura, é preciso montar adequadamente não apenas as fôrmas, mas também o escoramento delas. É esse sistema que irá sustentar o peso do pavimento enquanto o concreto não endurece e adquire resistência. (NAZAR, 2007). O escoramento metálico possui peças de andaime modulares e acessórios, como bases ajustáveis ou fixas, diagonais de travamento, forcados e cruzetas. Muitas vezes são utilizadas escoras metálicas (FIGURA 15) com ajuste telescópico; estas possuem uma chapa soldada na base superior e outra na base inferior, que servem como apoio. (MAGNAGNAGNO, 2014). FIGURA 15 – ESCORA METÁLICA Fonte: Permuthe (2018). As guias e barroteamento para esse tipo de montagem são executadas em aço, alumínio ou de forma mista. A definição do barroteamento, conforme a FIGURA 16, está ligada ao conjunto de escoramento; ela tem a função de apoiar a laje, para que a escora não tenha contato direto com sua parte inferior, dando assim uma melhor distribuição às cargas solicitadas. (LIMA, 2017). 26 FIGURA 16 – SISTEMA DE ESCORAS COM GUIAS DE BARROTEAMENTO Fonte: Lima (2017). 2.2.4 Execução Segundo Assahi (1990), a montagem dos sistemas de fôrmas metálicas requer uma mão de obra especializada. Alguns cuidados devem ser levados em conta antes e durante o processo de montagem, como, por exemplo, o recebimento e estocagem dos painéis e elementos; a existência do projeto estrutural completo com a indicação das prumadas e embutidos das instalações prediais (água, esgoto, elétrica, telefone etc.); além do projeto de fôrmas. Magnagnagno (2014) cita que durante a execução de fôrmas para os pilares (FIGURA 17) requer-se uma atenção maior para quem a executa, pois deve se garantir a transferência dos eixos, barras de ancoragem do piso anterior (no caso de edificação com pavimentos). FIGURA 17 – FÔRMAS METÁLICAS EM PILARES Fonte: Permuthe (2018). 27 O dimensionamento das fôrmas de cada elemento estrutural (pilares, vigas, lajes, paredes) deve ser feito de modo criterioso, atentando se que, após a desforma a superfície do concreto terá que ter um ótimo acabamento conforme a FIGURA 18, facilitando os processos nas próximas etapas da construção. (LIMA, 2017). FIGURA 18 – CONCRETO APÓS DESFORMA Fonte: Permuthe (2018). Antes do início da montagem das fôrmas metálicas é necessário preparar o local para garantir uma montagem apropriada e posicionamento correto da estrutura a ser executada. (SANTOS, 2011). Loturcoc (2007) orienta que antes de iniciar a montagem, também é preciso um rápido preparo das fôrmas com a aplicação de desmoldante nas suas faces (FIGURA 19). Essa operação auxilia na desforma e evita possíveis danos na estrutura. Algumas locadoras de fôrmas metálicas enviam seu equipamento já preparado e com o desmoldante aplicado. FIGURA 19 – PREPARAÇÃO DA FÔRMA METÁLICA Fonte: Clube do Concreto (2018). 28 Após o preparo, inicia-se a montagem das fôrmas metálicas pelos cantos (FIGURA 20), posicionando-se sempre o primeiro painel e travando-o com o próximo a ser montado. O procedimento deve ser repetido nos demais lados. Terminada a montagem das fôrmas, os alinhadores horizontais são posicionados em um dos lados da fôrma, podendo ser interno ou externo à estrutura. Para finalizar a montagem do conjunto, devem ser posicionados os aprumadores que darão o prumo ao conjunto. (HOWE e NATAN, 2014). FIGURA 20 – INÍCIO DA MONTAGEM DO SISTEMA Fonte: Téchne (2018). Nazar (2007) afirma que esse sistema permite que alguns painéis de fôrma sejam removidos temporariamente (janelas de concretagem) para uma eventual limpeza antes do lançamento do concreto, algum reparo de última hora ou, até mesmo, uma inspeção. Normalmente, dependendo da espessura da estrutura, é possível desformar dentro de um período de 24 horas após a concretagem. A desforma dos painéis de fôrma metálica é feita de maneira simples e rápida, começando pela remoção dos aprumadores e alinhadores do conjunto. Após a remoção de todos os itens, o painel é removido da estrutura. (LOTURCOC, 2007). 2.3 CUSTO Assahi (1990) mostra que o custo do sistema de fôrmas representa uma variação em torno de 25% a 40%da estrutura, o que equivale de 5% a 8% do custo 29 total. A variação deve-se a vários fatores, sendo os principais: sistema de fôrma adotado; número de reaproveitamento dos materiais; e método executivo. Para Nazar (2007), o custo da mão de obra é o fator de maior variabilidade e apresenta uma variação de 50% a 70% no total do custo da confecção de fôrmas, influenciando diretamente a produtividade e o custo dos equipamentos locados. O custo das fôrmas merece atenção especial não só por sua representatividade, mas principalmente em razão de sua fragilidade tornar-se, na maioria das vezes, o único fator significativo de concorrência na execução. Para a análise do sistema de fôrmas metálicas em comparação com o sistema de fôrmas em madeira, Magnagnagno (2014) utilizou o custo médio de cada produto, a mão de obra necessária e o tempo de duração de cada serviço. Com esses dados obteve os parâmetros de custo e produção para determinar quais métodos apresentam vantagem com relação a custo, tempo de execução e número de funcionários. Conforme ilustrado pela FIGURA 21, pode-se observar que o custo por m² das fôrmas metálicas para os pilares foi 49% menor em relação aos custos das fôrmas em madeira, semelhante ao caso das vigas, no qual o custo das fôrmas metálicas é 51% menor do que o custo das fôrmas em madeira. FIGURA 21 – CUSTO POR M² DE CADA SISTEMA DE FÔRMA Fonte: Os Autores (2018). R$- R$200,00 R$400,00 R$600,00 R$800,00 R$1.000,00 FÔRMA PARA PILARES FÔRMA PARA VIGAS FÔRMAS EM MADEIRA FÔRMAS METÁLICAS 30 3 MATERIAL E MÉTODOS Para a análise dos sistemas, foi desenvolvido um fluxograma (FIGURA 22) que mostra as principais etapas para se obter os dados e informações necessários dos sistemas de fôrmas da obra para assim, adquirir os parâmetros de comparação. FIGURA 22 – FLUXOGRAMA DA PESQUISA Fonte: Os Autores (2018). Para a elaboração do fluxograma foi feita uma análise dos dois sistemas em estudo (fôrma de madeira e fôrma metálica). Depois, partiu-se para a escolha da obra e as informações que ela traz em seu projeto. Com a obra escolhida, foi possível fazer os levantamentos gerais dos elementos estruturais (pilares e vigas) em função dos quantitativos. Como etapa seguinte, levantou-se custos de materiais e mão de obra 31 de cada sistema para que então fosse uma análise comparativa entre fôrmas de madeira e fôrmas em metálicas. 3.1 INFORMAÇÕES DA OBRA Neste trabalho foi realizada uma análise comparativa entre sistemas de fôrmas para a execução de estruturas de pilares e vigas de um edifício comercial de 8 pavimentos que está localizado na rua Jaguariaíva, bairro Alphaville Graciosa, na cidade de Pinhais/PR. A planta escolhida foi o 3º pavimento (FIGURA 23) do edifício. O pavimento possui uma área de 1.120,00 m², pé direito livre de 4,55 m, laje maciça (plana) com 18 cm de espessura. A escolha dessa planta se deu pelo grande volume de material necessário para a execução, mão de obra empregada, tempo de execução e segurança da obra. FIGURA 23 – PROJETO DE FÔRMAS DO 3º PAVIMENTO Fonte: Os Autores (2018). O pavimento em estudo que compõe as vigas e pilares foi executado com o sistema de fôrmas metálicas locados através de uma empresa locadora de fôrmas e complementos. Desenvolveu-se um projeto utilizando o sistema de fôrma metálica, considerando as condições específicas da obra. Através dos projetos pôde ser quantificado e identificado os equipamentos necessários para a execução do sistema 32 em fôrmas metálicas, utilizando o levantamento para montagem do sistema metálico conseguiu-se o levantamento de materiais para confeccionar o conjunto de madeiras, por conta da mesma situação de metros quadrados estabelecidos para estudo. Para a análise, elaboração do orçamento e mensuração dos dados, foi feito o levantamento dos quantitativos do projeto, apresentando todas as áreas nas quais houve aplicação dos sistemas de fôrma para os pilares e vigas, conforme a TABELA 1 e TABELA 2 que trazem as dimensões dos elementos estruturais que foram estudados, sendo que a área total de aplicação de fôrmas nos pilares foi de 442,53m² e nas vigas de 734,06m². TABELA 1 – DIMENSÕES E ÁREAS DE FÔRMAS DOS PILARES PILAR SEÇÃO (m) ALTURA (m) ÁREA DE FÔRMA (m²) PILAR SEÇÃO (m) ALTURA (m) ÁREA DE FÔRMA (m²) P1 0,30x0,70 4,55 9,10 P22 0,30x0,70 4,55 9,10 P2 0,30x1,00 4,55 11,83 P23 0,30x0,70 4,55 9,10 P3 0,30x1,00 4,55 11,83 P24 0,30x0,70 4,55 9,10 P4 0,30x1,00 4,55 11,83 P25 0,19x0,60 4,55 7,19 P5 0,30x0,70 4,55 9,10 P26 0,30x0,60 4,55 8,19 P6 0,19x0,60 4,55 7,19 P27 0,30x1,00 4,55 11,83 P7 0,30x0,80 4,55 10,01 P28 0,30x1,00 4,55 11,83 P8 0,30x0,70 4,55 9,10 P29 0,30x1,00 4,55 11,83 P9 0,30x0,70 4,55 9,10 P30 0,30x0,70 4,55 9,10 P10 0,30x0,70 4,55 9,10 P31 0,30x1,00 4,55 11,83 P11 0,30x0,70 4,55 9,10 P32 0,30x0,60 4,55 8,19 P12 0,19x0,60 4,55 7,19 P33 0,30x0,80 4,55 10,01 P13 0,19x2,29 4,55 22,57 P34 0,30x0,70 4,55 9,10 P14 0,19x2,29 4,55 22,57 P35 0,30x0,70 4,55 9,10 P15 0,30x1,00 4,55 11,83 P36 0,30x0,70 4,55 9,10 P16 0,30x1,00 4,55 11,83 P37 0,30x0,70 4,55 9,10 P17 0,30x1,00 4,55 11,83 P38 0,30x0,70 4,55 9,10 P18 0,30x1,00 4,55 11,83 P39 0,30x1,00 4,55 11,83 P19 0,30x0,70 4,55 9,10 P40 0,30x1,00 4,55 11,83 P20 0,30x0,80 4,55 10,01 P41 0,30x1,00 4,55 11,83 P21 0,30x0,70 4,55 9,10 P42 0,30x0,70 4,55 9,10 ÁREA TOTAL = 442,53m² Fonte: Os Autores (2018). 33 A TABELA 2 a seguir, nos mostra as dimensões e área de aplicação de fôrmas nas vigas do projeto analisado. TABELA 2 – DIMENSÕES E ÁREAS DE FÔRMAS DAS VIGAS VIGA SEÇÃO (m) L (m) ÁREA DE FÔRMA (m²) VIGA SEÇÃO (m) L (m) ÁREA DE FÔRMA (m²) V1 0,30x0,80 31,04 49,66 V13 0,30x0,80 31,04 49,66 V2 0,19x0,60 7,50 9,00 V14 0,19x0,50 4,80 4,80 V3 0,30x0,70 31,04 43,46 V15 0,19x0,50 10,9 10,90 V4 0,19x0,60 2,20 2,64 V16 0,19x0,50 4,8 4,80 V5 0,19x0,60 7,50 9,00 V17 0,19x0,50 2,5 2,50 V6 0,50x0.90 31,04 55,87 V18 0,30x0,65 30,8 40,04 V7 0,30x0,60 31,04 37,25 V19 0,30x0,80 30,8 49,28 V8 0,30x0,60 7,50 9,00 V20 0,50x0,85 30,8 52,36 V9 0,50x0.90 31,04 55,87 V21 0,50x0,85 30,8 52,36 V10 0,19x0,60 1,20 1,44 V22 0,30x0,65 30,8 40,04 V11 0,19x0,60 7,50 9,00 V23 0,50x0,85 30,8 52,36 V12 0,30x0,70 31,04 43,46 V24 0,30x0,80 30,8 49,28 ÁREA TOTAL = 734,03m² Fonte: Os Autores (2018). 3.2 TIPOLOGIA E CONCEPÇÃO DOS SISTEMAS Para a execução do sistema das fôrmas de madeira em vigas e pilares em estudo, utilizou-se uma chapa de madeira compensada plastificada para os painéis no sistema convencional de execução. Os sarrafos, travessas, gravatas, chapuz e escoramentos com madeira serrada e pontaletes ou escoras são de eucalípto. Considerou-se fundo de viga estruturado, com compensado de 15 mm para o sistema de fôrmas em madeiras. No sistema de fôrmas de madeira, o método utilizado é uma das maneiras mais usuais de montagem para execução do projeto, que consiste em fabricação e montagem in-loco das fôrmas e com relação ao sistema de fôrmas metálicas será utilizado o projeto de acordo com os painéis disponibilizados pelo fornecedor. As fôrmas metálicas e seus complementos com os quais foram feitas as análises foram elementos da empresa que forneceu os dados, sendo que os painéis 34 foram estruturados em aço e forrados com chapa de compensado. Esse tipo de equipamento dispensa o uso de pregos e parafusos, o que torna o equipamento prático e interessante, além de ágil. Para a junção dos painéis foi feita a utilização das chaves metálicas; o alinhamento será feito com perfis metálicos; e seu travamento, com barras e porcas trapezoidais. 3.3 COMPARATIVO DE MÃO DE OBRA Com o levantamento quantitativo do projeto, foram investigadas as áreas de projeção da fôrmae quantitativos de escoramento para pilares e vigas. Utilizando a tabela TCPO 2014 informações técnicas, dados de obra e informações proporcionadas pelos fornecedores, será quantificada a mão de obra e taxa de produtividade para a execução dos sistemas de fôrmas para pilares e vigas a serem analisados, para calculo de produção os índices também foram extraídos da TCPO 14ª edição e Tabela SINAPI 2018. O processo de execução dos sistemas de fôrmas deve atender aos objetivos de desempenho para que a estrutura seja moldada corretamente e para se obter os resultados planejados em relação ao tempo de execução das estruturas da obra. Os objetivos a serem analisados é a rapidez e o seu custo, pois estes serão os objetivos que apresentarão relevância no processo de escolha entre os sistemas. Para cada objetivo, foram avaliadas as variáveis que lhe dizem respeito para que, desta forma, a análise comparativa seja feita de forma mais abrangente. 3.4 COMPARATIVO DE CUSTOS As variáveis que compõem o custo direto das fôrmas são os gastos com a mão de obra e com os materiais da fôrma propriamente dita. Fatores como prazo de execução e número de utilizações assumem papel decisivo no critério a ser escolhido para execução das fôrmas. Para a análise do custo de execução das fôrmas em madeira, utilizou-se os custos médios de cada produto, os índices de produção conforme a tabela SINAPI 2018 e o tempo de duração para a montagem e execução do sistema. 35 Para as fôrmas metálicas realizou-se levantamento dos índices de produção na obra. Quanto aos orçamentos dos insumos e equipamentos, os valores foram fornecidos pela empresa responsável pelas fôrmas metálicas. O comparativo do sistema de escoras levou se em conta os insumos que são utilizados tanto no sistema metálico (escoras metálicas) como no sistema de madeira (escoras de madeira) e também os índices de produtividade retirados da Tabela SINAPI, para a analise dos materiais utilizando as escoras de madeira utilizou se o custo de compra dos insumos e na comparação com o sistema metálico utilizou se a forma de locação dos materiais que compõe o conjunto. Com os dados e informações, obteve-se os parâmetros para comparar quais os métodos que apresentaram vantagens levando em consideração os custos, mão de obra e tempo de execução do sistema. A variação no custo de cada sistema será comparada com a produção diferenciada que cada um possibilitou, usando a mesma mão de obra empregada. Com base nesses resultados, possibilitou a classificação de cada sistema com relação ao custo final para utilização. A partir das quantificações de materiais de cada sistema foi feito um orçamento de cada insumo, juntamente com o custo relativo à mão de obra, para que pudesse chegar aos valores gastos com sistema de fôrmas em madeira e fôrmas metálicas. Sendo assim, para a composição dos custos, considerou-se as seguintes variáveis: valores de compra dos componentes para execução das fôrmas em madeira, valor de locação do conjunto de fôrma metálica e a produtividade, que será fornecida considerando a montagem e desmontagem de ambos os sistemas. 36 4 RESULTADOS E ANÁLISES O estudo segue demonstrando os resultados dos custos totais, analisando-os de forma comparativa, para mão de obra de forma geral considerou se uma equipe composta por um carpinteiro e um ajudante, nos painéis de vedação que compõe as fôrmas de madeira utilizou se a chapa de compensado plastificado, no sistema metálico aplicou se o custo de locação para o comparativo. 4.1 PILARES A TABELA 3 apresenta os gastos com mão de obra e materiais para fabricação e montagem das fôrmas feitas em madeira na execução dos pilares da obra. Os maiores custos estão concentrados na chapa de compensado R$22,52/m2 e na mão de obra do carpinteiro com R$18,46/h, obtendo um custo total (mão de obra e material) do comparativo de R$ 53.285,65. TABELA 3 – CUSTO FÔRMA EM MADEIRA PARA PILAR DESCRIÇÃO UN. CPU QUANT VALOR UNITÁRIO SUB TOTAL TOTAL M .O Ajudante de carpinteiro h 0,44 194,27 R$ 12,86 R$ 16.826,93 R$ 53.285,65 Carpinteiro h 1,75 776,20 R$ 18,46 M A T E R IA L Chapa de madeira compensada plastificada (espessura: 12 mm) m² 1,35 597,42 R$ 22,52 R$ 36.458,72 Pontalete 3" x 3" (altura: 75 mm / espessura: 75 mm) m 6,20 2.743,69 R$ 5,40 Prego 17 x 21 com cabeça (comprimento: 48,3 mm / diâmetro da cabeça: 3,0 mm) kg 0,20 88,51 R$ 9,66 Sarrafo 1" x 3" (altura: 75 mm / espessura: 25 mm) m 8,20 3.628,75 R$ 1,76 Desmoldante de fôrmas para concreto l 0,02 8,85 R$ 8,55 Prego 17 x 27 com cabeça dupla (comprimento: 62,1 mm / diâmetro da cabeça: 3,0 mm) kg 0,20 88,51 R$ 9,85 Fonte: Os Autores (2018). 37 No demosntrativo de custos das fôrmas metálicas para os pilares conforme (TABELA 4), os dados incluem valores de mão de obra, materiais e elementos de travamento que compõe o conjunto. Os painéis foram os insumos que encareceram mais o sistema de fôrmas metálicas R$21,30 m² somando aos restantes dos elementos que totalizou R$21.452,75 de insumos, no comparativo com os insumos das fôrmas de madeira diferenciou 41% aproximadamente entre um sistema e outro, ficando uma diferença de R$15.005,97. Já a comparação da mão de obra obteve uma diferença considerável para os dois sistemas, enquanto no sistema de madeira foi necessário R$16.826,93 para execução, no sistema metálico foram apenas R$3.755,04. TABELA 4 – CUSTO FÔRMA METÁLICA PARA PILAR DESCRIÇÃO UN. CPU QUANT VALOR UNITÁRIO SUB TOTAL TOTAL M .O Ajudante de carpinteiro h 0,10 44,25 R$ 12,86 R$ 3.755,04 R$ 25.207,79 Carpinteiro h 0,39 172,59 R$ 18,46 M A T E R IA L Painel c/ Estrutura Metalica e Revestimento com chapa compensada e=18mm m² 1,00 442,53 R$ 21,30 R$ 21.452,75 Cantoneira Metálica 7 furos P/ Pilar un. 1,00 442,53 R$ 4,80 Chaves/Travas P/ travamento de Painéis un. 5,00 2.212,65 R$ 2,65 Perfil Metálico Alinhador 4" m 1,00 442,53 R$ 4,53 Suporte Metálico P/ Alinhador un. 0,50 221,27 R$ 2,70 Aprumador metálico para pilar 2700mm un. 0,41 181,44 R$ 3,75 Desmoldante de fôrmas para concreto l 0,20 88,51 R$ 8,55 Fonte: Os Autores (2018). 38 Baseando-se nos resultados obtidos e utilizando um carpinteiro e um ajundante como no comparativo de pilares o custo de mão de obra reduz gradativamente no comparativo com fôrmas de madeira próximo de 78%, essa redução é devido a execução do sistema, fôrmas metálicas inclui somente a montagem do sistema no item mão de obra. Conforme a FIGURA 24, pode-se observar graficamente onde estão os custos que causam o maior impacto em cada sistema, podendo assim avaliar o porquê da utilização de cada sistema, no caso estudado um custo total de R$ 53.285,65 para fôrmas em madeira e para as fôrmas metálicas um total de R$25.207,79, essa diferença representa 47,30% entre um sistema e outro. FIGURA 24 – COMPARATIVO FÔRMAS PARA PILARES Fonte: Os Autores (2018). 4.2 VIGAS A TABELA 5 apresenta os custos com mão de obra e materiais para fabricação e montagem do sistema de fôrmas feitas com madeira para as vigas da obra, considerou se para execução desse sistema a fabricação in loco assim como no sistema para pilares, observou-se que o custo maior assim como nos pilares estão nas chapas de compensado, R$ 22,52 a unidade, deixando o custo total de insumos em R$ 39.954,72, já na mão de obra o quantitativo de horas do carpinteiro 1.287,49 MADEIRA METÁLICO MATERIAL R$ 36.458,72 R$ 21.452,75 M.O R$ 16.826,93 R$ 3.755,04 R$ 0,00 R$ 10.000,00 R$ 20.000,00 R$ 30.000,00 R$ 40.000,00 R$ 50.000,00 R$ 60.000,00 FÔRMAS PARA PILARES 39 h/h, foi o fator que predominou no total, ficando em R$ 27.911,04 no custo total de mão de obra. TABELA 5 – CUSTO FÔRMA DE MADEIRAPARA VIGAS DESCRIÇÃO UN. CPU QUANT VALOR UNITÁRIO SUB TOTAL TOTAL M .O Ajudante de carpinteiro h 0,44 322,24 R$ 12,86 R$ 27.911,04 R$ 67.865,76 Carpinteiro h 1,75 1.287,49 R$ 18,46 M A T E R IA L Chapa de madeira compensada plastificada (espessura: 17 mm) m² 1,200 880,84 R$ 22,52 R$ 39.954,72 Pontalete 3" x 3" (altura: 75 mm / espessura: 75 mm) m 3,200 2.348,90 R$ 5,40 Prego 17 x 21 com cabeça (comprimento: 48,3 mm / diâmetro da cabeça: 3,0 mm) kg 0,200 146,81 R$ 9,66 Sarrafo 1" x 3" (altura: 75 mm / espessura: 25 mm) m 4,000 2.936,12 R$ 1,76 Desmoldante de fôrmas para concreto l 0,020 14,68 R$ 8,55 Prego 17 x 27 com cabeça dupla (comprimento: 62,1 mm / diâmetro da cabeça: 3,0 mm) kg 0,100 73,40 R$ 9,85 Fonte: Os Autores (2018). Os valores representados na TABELA 6 mostram os custos para montagem do sistema de fôrmas metálicas nas vigas em estudo, assim como no comparativo de pilares há uma grande vantagem nos valores totais de mão de obra. O índice de valor hora de R$18,46 foi o item mais caro para composição dos custos incluindo somente a mão de obra do carpinteiro, ficando no total de R$6228,54 do ítem mão de obra. Já nos materiais o insumo mais caro foram os painéis locados, ficando em um total de R$ 30.932,02 na somatória de todos os elementos locados. O custo somando mão de obra e materiais representou em torno de 50% mais barato no comparativo com as fôrmas de madeira, ficando um total de R$ 37.160,56. 40 Com os resultados obtidos observa se que esses valores impactam diretamente nos lucros, em qualquer um dos casos de pilares ou vigas, utilizando fôrmas metálicas o ganho com a produtividade é relevante. TABELA 6 – CUSTO FÔRMA METÁLICA PARA VIGAS DESCRIÇÃO UN. CPU QUANT VALOR UNITÁRIO SUB TOTAL TOTAL M .O Ajudante de carpinteiro h 0,10 73,40 R$ 12,86 R$ 6.228,54 R$ 37.160,56 Carpinteiro h 0,39 286,27 R$ 18,46 M A T E R IA L Painel c/ Estrutura Metalica e Revestimento com chapa compensada e=18mm m² 1,00 734,03 R$ 21,30 R$ 30.932,02 Chaves/Travas P/ travamento de Painéis un. 5,00 3.670,15 R$ 2,65 Perfil Metálico Alinhador 4" m 1,00 734,03 R$ 4,53 Suporte metálico P/ Alinhador un. 0,50 367,02 R$ 2,70 Desmoldante de fôrmas para concreto l 0,20 146,81 R$ 8,55 Fonte: Os Autores (2018). Como já citado no texto acima, no conjunto de elementos que compõe as fôrmas metálicas se destaca o custo dos painéis de vedação, R$21,30 o m² locado para um total de 734 m² de fôrmas a serem concretadas, este foi o elemento mais caro em termos de locação, somente este item custou R$15.634,84, isso representa 50% do custo total dos insumos que foi de R$ 30.932,02 no conjunto metálico, mas salientando que o mesmo será reutilizado diversas vezes na mesma obra. Considera se também os elementos que travam as fôrmas, eles são locados em maior quantidade quando se trata de vigas, no comparativo este item representou 30% dos insumos locados ficando no valor R$9725,90, assim como nos painéis ele será reutilizado até o término da obra, por serem peças de fácil manuseio ganha se no índice de produtividade. 41 A FIGURA 25 demonstra onde estão aplicados os custos mais relevantes dos dois sistemas comparados nos elementos de vigas. Um custo total de R$ 67.865,76 para fôrmas em madeira, este representou um aumento de 54% no comparativo com o sistema metálico que ficou no total de R$ 37.160,56, essa diferença toda ficou concentrada na mão de obra, fator de maior desigualdade no comparativo, em torno de 78% menor para o custo total da mão de obra na montagem do sistema metálico. FIGURA 25 – COMPARATIVO FÔRMAS PARA VIGAS Fonte: Os Autores (2018). O fator mão de obra desse comparativo demonstra valores extremos de desigualdade, o ganho com a produtividade no sistema metálico favarece a escolha ideal do sistema, a dispensa de ferramentas, pregos e elementos para fabricação das fôrmas de madeira torna ainda mais interessante a escolha do sistema metálico, a praticidade e agilidade dos funcionários implica em aumento nos lucros das construtoras, melhorando prazos de entrega. Com uma diferença de R$9.000,00 aproximados na comparação dos materias utilizados, observa se que o sistema metálico tem larga vantagem sobre a madeira como nos elementos de pilares, essa diferença representou 23% entre um sistema e outro, a vantagem como já citados nos pilares está na locação dos painéis que são cobrados por metro quadrado de vigas a serem concretadas. MADEIRA METÁLICO MATERIAL R$ 39.954,72 R$ 30.932,02 M.O R$ 27.911,04 R$ 6.228,54 R$ 0,00 R$ 10.000,00 R$ 20.000,00 R$ 30.000,00 R$ 40.000,00 R$ 50.000,00 R$ 60.000,00 R$ 70.000,00 R$ 80.000,00 FÔRMAS PARA VIGAS 42 4.3 ESCORAMENTO O custo do sistema de escoramento tem influência direta no orçamento das fôrmas, o mesmo deve considerar mão de obra e materiais, seja ele de madeira ou metálico, para o comparativo analisou se primeiramente as escoras de madeira. Na TABELA 7 observa se que o maior custo está no material empregado para utilização, levando-se em conta somente os materiais obteve-se um custo de R$ 19.854,27, isso equivale a 91% do custo total no sistema utilizando a madeira. Este sistema foi executado com escora de eucalipto e os pontaletes beneficiados, itens comprados para execução. No sistema de escoras de madeira são muito utilizadas as madeiras serradas para complemento, travamento e suporte das escoras. Com apenas 9% do total a mão de obra foi o fator de menor custo neste comparativo com o total de R$ 2.120,04, utilizando um carpinteiro e um ajudante. TABELA 7 – CUSTO ESCORAMENTO DE MADEIRA PARA VIGAS DESCRIÇÃO UN. CPU QUANT VALOR UNITÁRIO SUB TOTAL TOTAL M .O Ajudante de carpinteiro h 0,06 24,36 R$ 12,86 R$ 2.120,04 R$ 21.974,31 Carpinteiro h 0,23 97,88 R$ 18,46 M A T E R IA L Escora de eucalipito (Diametro da seção 100mm) m² 5,700 2.479,50 R$ 1,90 R$ 19.854,27 Pontalete 3"x 3" (altura: 75 mm / espessura: 75 mm) m 3,200 1.392,00 R$ 5,40 Prego 17 x 21 com cabeça (comprimento: 48,3 mm / diâmetro da cabeça: 3,0 mm) kg 0,200 87,00 R$ 9,66 Tábua (esp. 25mm/ larg. 150mm/ seção transv. 1x6") m 2,000 870,00 R$ 7,80 Fonte: Os Autores (2018). 43 O sistema de escoras metálicas adotado para as fôrmas nas vigas constitui de poucos elementos em sua estrutura, isso favorece um baixo custo de locação dos materiais, esses elementos são cobrados de uma maneira parecida com os painéis metálicos, ou seja, são calculados por metros quadrados de fôrmas, no comparativo foi considerado apenas uma haste metálica com bases ajustáveis em suas extremidades, observa se na TABELA 8 os custos totais para execução de escoramento metálico nas vigas em estudo. TABELA 8 – CUSTO ESCORAMENTO METÁLICO PARA VIGA DESCRIÇÃO UN. CPU QUANT VALOR UNITÁRIO SUB TOTAL TOTAL M .O Montador h 0,54 234,90 R$ 15,84 R$ 15.963,80 R$ 22.777,47 Servente h 2,16 939,60 R$ 13,03 M A T E R IA L Tubo metálico equipado para escoramento m 0,600 1.487,70 R$ 4,58 R$ 6.813,67 Fonte: Os Autores (2018). Desta forma pode se observar que os menores custos estão no material locado ficando assim em um total de materiais locados de R$ 6.813,67, esses valores são equivalentes a 30% do custo total do sistema metálico que ficou em R$22.777,47. Já no comparativo mão de obra é possível observar que o ítem se tornou mais caro, ficando em R$ 15.963,80, considerando o mesmo número de funcionários um carpinteiro e um ajudante, esse valor representou 70% do custo total, no comparativo foi considerado mão de obra especializada para montagem, mesmo assim considera se viável a execução utilizando escoramento metálico, pois nesse sistema há um número maior de reutilizações do tubo metálico comparado com as escoras de madeira.44 A FIGURA 26 mostra graficamente os custos de mão de obra e material e onde houve o maior impacto no comparativo do sistema de escoramento. FIGURA 26 – COMPARATIVO DE ESCORAMENTOS Fonte: Os Autores (2018). O sistema utilizando a madeira obteve maior custo para compra dos elementos que fazem a função da escora nas vigas que são os eucaliptos e os pontaletes, ficando no total de R$19.854,27, esse valor representa 91 % do custo total incluindo a mão de obra. Pelo lado das metálicas o maior custo se concentrou na mão de obra, ficando no total de R$15.963,80 que representa 70 % do custo total. De uma maneira geral os dois sistemas do comparativo ficaram semelhantes na soma total dos custos, isso devido aos sistemas serem parecidos na execução, mesmo que cada um tenha suas características para montagem, para essa pesquisa foram compradas as peças que fazem a função da escora nas vigas no sistema de madeira, mas, algumas empresas fazem a locação dessa madeira para escoramento o que tornaria praticamente iguais os custos no comparativo do sistema de escora. MADEIRA METÁLICO MATERIAL R$ 19.854,27 R$ 6.813,67 M.O R$ 2.120,04 R$ 15.963,80 R$ 0,00 R$ 5.000,00 R$ 10.000,00 R$ 15.000,00 R$ 20.000,00 R$ 25.000,00 ESCORAMENTO DAS VIGAS 45 5 CONSIDERAÇÕES FINAIS Para realização desse estudo, foi estabelecido a análise comparativa entre sistemas de fôrmas para confecção de pilares e vigas na construção de um edifício comercial na cidade de Pinhais PR, juntamente foi feita a comparação do sistema de escoras de madeira e metálica para vigas, após estabelecer o pavimento para o estudo, no caso o 3º andar, os dois elementos abordados foram pilares e vigas com análise no contexto geral de mão de obra e materiais que empregam o conjunto de fôrmas para executá-los. Neste comparativo a madeira escolhida para confeccionar os painéis do conjunto de fôrmas foram os compensados plastificados, escolhidos de maneira que pudessem fabricar o conjunto in loco, ou seja, fabricar as fôrmas na obra em estudo, esta maneira ajuda no rendimento da execução. Já a escolha do sistema metálico foi através de locação dos componentes do sistema realizados pela empresa fornecedora. O sistema de locação conforme citado mostra um grande diferencial deste comparativo, a principal vantagem é a reutilização dos elementos do conjunto das fôrmas metálicas nos pavimentos superiores que deverão ser concretados, analisando os valores reais desse comparativo dos materiais das fôrmas, concluiu-se que as diferenças consideradas no comparativo das fôrmas para pilares possuem uma diferença de R$15.005,97, este valor representa 59% dessa diferença, onde a utilização de fôrmas metálicas se torna muito mais viável que a utilização de fôrmas de madeira. Na execução das fôrmas para vigas os resultados também apresentam vantagem da fôrma metálica sobre a de madeira, uma desigualdade de R$30.705,20 que representa 55% de diferença, mostrando que o maior impacto é quanto a mão de obra, onde nas fôrmas metálicas o custo é cerca de 22% menor que o custo da mão de obra empregada na fôrma em madeira. Pode-se concluir também que a mão de obra é o fator primordial para os resultados positivos desse comparativo, a diferença está na montagem do sistema metálico, a mão de obra para execução das fôrmas metálicas é mais ágil em virtude do sistema ser apenas montagem dos painéis e seus travamentos, por exemplo, na execução das fôrmas para pilares a diferencial ficou de R$13.251,93 cerca de 78% entre o conjunto de madeira e a metálica. 46 Já no comparativo de fôrmas para vigas relacionando a mão de obra essa diferença subiu para R$21.682,50, valores que somados trazem um total de R$34.934,43, essa diferença somente em um pavimento, em termos de lucro se torna um grande atrativo visando lucros da construtora responsável, com isso as empresas que adotam os índices de produtividade para execução conseguem ver lucros reais em todo processo. No comparativo do sistema de escoras houve também uma grande desproporção nos valores dos materiais empregados, enquanto a madeira obteve um total de custos de R$19.854,27 somente nos materiais, a metálica ficou com R$6.813,67, representando somente os gastos com locação, esta diferença representa 65% de economia. A vantagem é devido ao sistema ser mais prático para fixação pois se trata de poucos itens para montagem e também pelo custo de locação, enquanto as escoras de madeira para esse comparativo foram incluídos os valores de compras das escoras. O sistema metálico leva vantagem na locação das escoras metálicas mas fica atrás no comparativo de valores totais de mão de obra, sendo que o total de mão de obra para execução de escoramento de madeira ficou em R$2.120,04, já o custo de mão de obra para escoras metálica ficou em R$15.963,80. Desta maneira fica claro que o melhor sistema para executar as fôrmas para concreto é o sistema metálico, o comparativo deixa claro em termos de lucros e produtividade. 47 5.1 RECOMENDAÇÕES PARA TRABALHOS FUTUROS No desenvolvimento desta pesquisa observou-se algumas ramificações do tema em estudo, que podem ser um pouco mais exploradas, novos trabalhos podem analisar o custo geral de substituição de fôrmas utilizando o mesmo comparativo para uma obra completa, ou seja, comparando as em todos os pavimentos e elementos estruturais incluindo as lajes, desta maneira chegaria a valores que tornam os lucros muito maiores do que deste trabalho que foi incluído apenas em um pavimento. Também deixa se a recomendação para pesquisas envolvendo o descarte correto da madeira, quais as melhores maneiras para descarte e quais os custos de uma empresa, tendo que descartar de maneira correta toda madeira utilizada para execução de fôrmas em uma obra. 48 REFERÊNCIAS ASSAHI, P. N. Sistema de fôrmas de madeira para concreto aparente. Simpósio de Aperfeiçoamento em Tecnologia do Concreto. São Paulo, 1989. _________. Fabricação, montagem e controle de execução das fôrmas. Garantia da Qualidade das Estruturas de Concreto. São Paulo, 1990. ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 7190: Projeto de Estruturas de Madeira. Rio de Janeiro: ABNT. 2014a. _________. NBR 15696: Fôrmas e escoramentos para estruturas em concreto – projeto, dimensionamento e procedimentos executivos. Rio de Janeiro: ABNT, 2014b. AZEREDO, H. A. de. O edifício e seu acabamento. São Paulo: Edgard Blucher, 1987. CÁNOVAS, M. F. Patologia e Terapia do Concreto Armado. 1. ed. (Trad. de M. C. Marcondes; C. W. F. dos Santos; B. Cannabrava). São Paulo: Pini, 1988, 522 p. CALIL, C. J. & LAHR, F. A. R. Madeiras para fôrmas e escoramentos de estruturas. In: Materiais de construção civil (Isaia, editor). São Paulo: IBRACON, p. 1231-1262, 2007. CASTRO, J. J. V. et al. Fôrmas Para Concreto: Análise Comparativa entre Formas Mistas e Formas Convencionais tendo como Referência a Aplicação Em Vigas. Revista Pensar. Belo Horizonte, p. 15-17. mar. 2018. Disponível em: <http://revistapensar.com.br/engenharia/pasta_upload/artigos/a189.pdf>. Acesso em: 25 maio 2018. CLUBE DO CONCRETO. Tecnologia: paredes maciças. Disponível em: <http://www.clubedoconcreto.com.br/2013/07/paredes-macicas-techne.html> Acesso em: 18.mai.18. FAJERSZTAJN, H. Fôrmas para concreto armado: aplicação para o caso do edifício. (Tese de doutorado). São Paulo: Escola Politécnica – Universidade de São Paulo, 1987, 247p. FERREIRA, A. S. Estudo comparativo de sistemas construtivos industrializados: paredes de concreto, steel frame e wood frame (TCC – Curso de Engenharia Civil – Universidade Federal de Santa Maria). Santa Maria, 62 f., 2014. Disponível em: <http://coral.ufsm.br/engcivil/images/PDF/1_2014/TCC_AUGUSTO%20SENDTKO% 20FERREIRA.pdf>. Acesso em: 24.mar.18. Howe, Nathan; FluidScape:Research in Parametric Concrete Formwork, p. 405- 409 . In: Proceedings of the XVII Conference of the Iberoamerican Society of Digital. 2014. Disponível em: <http://www.proceedings.blucher.com.br/article- http://www.clubedoconcreto.com.br/2013/07/paredes-macicas-techne.html http://www.proceedings.blucher.com.br/article-details/fluidscape-research-in-parametric-concrete-formwork-14163 49 details/fluidscape-research-in-parametric-concrete-formwork-14163>. Acesso em 25.abr.2018. HURD, M. K. Formwork for Concrete. 6. ed. Detroit: American Concrete Institute, 1981. 450 p. LIMA, A. I. N; CRUZ, C. B. & SILVA, E. de L. Impactos Provocados no Meio Ambiente Pelo uso da Madeira na Construção Civil. Revista Científica Multidisciplinar Núcleo do Conhecimento. 3ª ed., p. 116-135, junho de 2017. LOTURCOC, B. “Fator fôrma”. Téchne, 118ª ed., janeiro de 2007. Disponível em: <http://techne17.pini.com.br/engenharia-civil/118/artigo287411-1.aspx>. Acesso em: 24.mar.18. MAGNAGNAGNO, L. C. Análise entre os sistemas de fôrma e escoramento para execução de pilares e lajes na cidade de Curitiba/PR. TCC – Curso de Engenharia Civil – Universidade Tuiuti do Paraná – Curitiba. 67 f., 2018. Disponível em: <http://tcconline.utp.br/media/tcc/2017/06/ANALISE-ENTRE-OS-SISTEMAS-DE- FORMA-E-ESCORAMENTO.pdf>. Acesso em: 16.mar.18. MARANHÃO, G. M. “Fôrmas para concreto: subsídios para a otimização do projeto segundo a NBR 7190/97” (Dissertação de Mestrado – Escola de Engenharia de São Carlos – Universidade de São Paulo – São Carlos), 188 p., 2000. MOLITERNO, A. Escoramentos, cimbramentos, fôrmas para concreto e travessias em estrutura de madeira. São Paulo: E. Blucher, 1989. MORIKAWA, M. S. Materiais alternativos utilizados em fôrmas para concreto armado. TCC – Curso de Engenharia Civil – Universidade Estadual de Campinas – Campinas, 137 f., 2003. MÜLLER, G. L. “Dimensionamento de fôrmas de madeira para estruturas de concreto armado: uma proposta teórica” (Monografia – Especialização – Curso de Engenharia Civil – Univates – Lajeado), 89 f., 2016. NASCIMENTO, J. A. Utilização de fôrmas metálicas na construção de casas populares. TCC – Curso Superior de Tecnologia em Materiais de Construção Civil – Universidade Tecnológica Federal do Paraná. Campo Mourão, 66 f., 2014. NAZAR, N. Fôrmas e escoramentos para edifícios: critérios para dimensionamento e escolha do sistema. São Paulo: Pini, 2007, 173 p. PERMUTHE LOCADORA DE EQUIPAMETNOS LTDA. Disponível em: <http://www.permuthe.com.br/formas> Acesso em: 16.mar.18. PFEIL, W. & PFEIL, M. Estruturas de madeiras. 6. ed. Rio de Janeiro: Ltc, 2003, 243 p. SINAPI – Índices da Construção Civil. Disponível em: <http://goo.gl/ttgltv>. Acesso em 28 outubro.2018. http://www.proceedings.blucher.com.br/article-details/fluidscape-research-in-parametric-concrete-formwork-14163 50 SH FORMAS LTDA. Disponível em: <http://www.sh.com.br/formas-para- concreto/forma-de-concreto-concreform-sh/> Acesso em: 16.mar.18. TCPO – Tabelas de Composições de Preços para Orçamentos. 14ª.ed São Paulo, PINI Ltda. 2014 TECHNE TECNOLOGIA: “Paredes de concreto com fôrmas metálicas”. [s.i]: Techne, abril de 2011. Disponível em: <http://techne17.pini.com.br/engenharia- civil/169/artigo286819-1.aspx>. Acesso em: 16.mar.18. XXIII CONGRESSO BRASILEIRO DE CUSTOS, 2016, Porto de Galinhas. Resíduos sólidos na construção civil: qual o custo de sua destinação e tratamento. Porto de Galinhas, Pe: Anaiscbc, 2016. 14 p. Disponível em: <https://anaiscbc.emnuvens.com.br/anais/article/download/4101/4102>. Acesso em: 21 ago. 2018. YAZIGI, W. Walid Yazigi. 10a edição – Revisada e Atualizada. São Paulo. 2013.
Compartilhar