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Nutrição em Estética e Nutricosméticos Uma abordagem prática Mariana Braga Neves 1ª Edição 2012 EXPEDIENTE Produção Editorial e Revisão Final Adelson Marques Canudo Assistência Editorial Adriana Lopes Peixoto CRN9 - 9521 Capa e Produção Gráfica Peter Pereira da Silva Edição Ortográfica e Textual Jornalista Éverton Oliveira Coordenação de Projeto para mídia digital Rafael da Silva Carrasco Coordenação Geral Adelson Marques Canudo Luiz Eduardo Ferreira Fontes Todos os direitos reservados. Nenhuma parte deste livro eletrônico poderá ser reproduzida total ou parcialmente sem autorização prévia da A.S. Sistemas. Nutrição em Estética e Nutricosméticos – Uma abordagem prática ISBN nº: 978-85-65880-07-7 Mariana Braga Neves CRN9 - 2000100325 A.S. Sistemas Rua Professor Carlos Schlottfeld, casa 10 – Clélia Bernardes – Viçosa – MG – CEP 36570-000 Tel: (31) 3892 7700 site: www.assistemas.com.br INTRODUÇÃO Nutrição em Estética e Nutricosméticos – uma abordagem prática destina-se a profissionais e estudantes de nutrição, medicina, fisioterapia, cosmetologia e a empreendedores do ramo da beleza. A nutrição em estética é uma área em crescente expansão e seu conteúdo soma-se à medicina, à cirurgia plástica, à educação física e à fisioterapia dermatofuncional para que conhecimentos científicos sejam transformados em conselhos práticos na busca da beleza e da qualidade de vida. Com este livro digital, objetiva-se capacitar o leitor a atuar em nutrição em estética. Busca-se ainda fornecer informações sobre os nutrientes relevantes em estética e sobre as principais condutas nutricionais no tratamento do sobrepeso, magreza, acne, flacidez, lipodistrofia ginoide e nos cuidados da pele, unhas e cabelos. Mariana Braga Neves Sumário Módulo 1 1 Considerações sobre a beleza 2 Atuação em estética Módulo 2 3 Nutrientes relevantes em estética 4 Hidratação 5 Envelhecimento Módulo 3 6 Nutrição no emagrecimento 7 Nutrição no ganho de peso Módulo 4 8 Nutrição na cirurgia plástica 9 Nutrição na flacidez Módulo 5 10 Nutrição e saúde dos cabelos, das unhas e no controle das estrias e da gordura localizada 11 Nutrição na lipodistrofia ginoide Módulo 6 12 Nutrição e acne 13 Alimentos funcionais, sinais do tempo e fotoproteção Módulo 7 14 Cuidado nutricional associado aos procedimentos estéticos 15 Avaliação bioquímica, fitoterapia aplicada e situações vivenciadas em consultório Módulo 8 16 Atualidades em nutrição em estética e oportunidades de trabalho 17 Nutricosméticos 18 Glossário 19 Apêndice 1 20 Apêndice 2 Módulo 1 A nutrição em estética 1 Considerações sobre a beleza A beleza é uma preocupação constante de grande parte da população. Essa busca por uma boa aparência não é um privilégio dos séculos XX e XXI. Estudos mostram que, há muitos anos, ser belo sempre esteve na lista de prioridades da população. Entretanto, com o passar do tempo, o padrão de beleza foi sofrendo alterações. No século XVII, o excesso de peso era considerado uma referência de beleza. Corpos torneados e com excesso de gordura corporal representavam não somente uma figura mais bela, como também significavam mais saúde e fertilidade. Nas artes barrocas, é possível perceber a presença da lipodistrofia ginoide, a popular “celulite”, registrada em boa parte das peças. No fim do último século e especialmente neste, percebemos que a beleza está ligada à saúde. Com o aumento das doenças crônico-degenerativas, preocupar-se com o peso corporal, por exemplo, torna-se uma questão de saúde. Pessoas que buscam o peso saudável e que, para isso, alimentam-se de forma mais saudável e praticam uma atividade física regular se mostram mais atentas à qualidade de vida e preocupadas com a longevidade. A beleza também está ligada ao bem-estar, à autoestima. Pessoas que se cuidam são mais seguras e têm maiores chances de sucesso em suas relações afetivas, profissionais e sociais por se mostrarem mais confiantes em suas possibilidades. Em uma época na qual o mercado de trabalho apresenta-se cada vez mais competitivo, pessoas bem cuidadas e com boa aparência representam trabalhadores preocupados com a saúde e que podem significar melhores rendimentos para as empresas e menores riscos de se ausentarem de suas ocupações. Por tudo isso, percebe-se a importância dos profissionais ligados aos cuidados estéticos no sentido de orientarem seus clientes na busca saudável pela beleza. É importante que esse assunto fique bem claro, porque a busca desenfreada pela beleza é tão prejudicial quanto à falta de cuidados com o corpo, pele e cabelo. É nítida a preocupação dos profissionais de saúde com os transtornos ou distúrbios alimentares, especialmente a anorexia, a bulimia e a vigorexia. A anorexia nervosa é um distúrbio alimentar resultante da preocupação exagerada com o peso corporal, com a imagem e que pode provocar problemas psiquiátricos graves devido à obsessão pela forma física, já que a pessoa, ainda que excessivamente magra, enxerga-se gorda. Para emagrecer cada vez mais, o portador abusa de diuréticos, laxantes e passa dias sem se alimentar. Manifesta-se principalmente em mulheres jovens, embora sua incidência esteja aumentando também em homens. Às vezes, os pacientes anoréticos chegam rapidamente à caquexia, um grau extremo da desnutrição e o índice de mortalidade chega a atingir 15% a 20% dos casos. O suporte nutricional muitas vezes é fundamental e a hospitalização é inevitável em muitos casos. Na bulimia nervosa, os portadores são, na maioria das vezes, jovens com leve sobrepeso e habituados a fazer todo e qualquer tipo de dieta. Nesse tipo de transtorno, os períodos de dietas são intercalados com episódios de vômitos provocados após episódios de comer compulsivo, seguido de culpa. Alguns também fazem uso de laxantes e diuréticos. Assim, bulimia é um transtorno alimentar no qual as principais características são os episódios de compulsão alimentar seguidos de comportamentos compensatórios para evitar o ganho de peso. As pessoas que sofrem de bulimia vivem em um círculo vicioso de compulsão-purgação. O culto excessivo ao corpo também tem aumentado os casos de vigorexia. O transtorno tem início quando a intensidade de exercício praticado por um indivíduo excede a sua capacidade de recuperação, o que se soma ao fato de que geralmente apresenta uma auto-imagem um tanto distorcida. Tais transtornos são considerados multicausais, mas têm nas dietas sem orientação e na busca pela forma física ideal, seus principais agravantes. Assim, na tentativa de atingirem o padrão físico idealizado, jovens utilizam recursos como uso sem prescrição de drogas para emagrecer, laxantes, diuréticos e excessos de suplementos e anabolizantes, colocando em risco à saúde, sem contar nos inúmeros transtornos psicológicos gerados. Cabe ao profissional de saúde atuante em estética, orientar o seu cliente a buscar o bem-estar e a boa forma física, preservando a saúde e garantindo aumento da autoestima. 2 Atuação em estética Como falamos, nos dias de hoje, sentir-se bem com o corpo, pele e cabelo é uma necessidade e uma condição valorizada, inclusive nos ambientes corporativos. O mercado da beleza está aquecido e é fundamental que o profissional de saúde faça uso da ciência a seu favor, transformando conhecimentos científicos em conselhos práticos. Até há algumas décadas, a nutrição em estética era carente em estudos capazes de comprovar a eficácia de nutrientes nos diversos tratamentos estéticos. Devido a esse problema, muitas das informações da nutrição em estética eram precárias e sem comprovação. Com o aumento do número de pesquisas na área, foi possível conhecer mais sobre o papel dos nutrientes para a beleza. Foi possível também mostrar que os cuidados estéticos exigem a interação dediversos profissionais de saúde. Podemos dizer que os principais profissionais ligados à estética são: Médico – especialmente o endocrinologista e o especialista em cirurgia plástica; Nutricionista – responsável pelo planejamento alimentar de acordo com cada procedimento estético; Fonoaudiólogo – principalmente o que atua na área da fonoaudiologia estética, especialidade ligada à melhora, por exemplo, do tônus da pele e na diminuição das linhaças de expressão; Fisioterapeuta – especialmente o que atua na área da fisioterapia dermatofuncional; Dentista – o que promove uma melhor saúde bucal que atua na ortodontia; Esteticista – não somente o que atua na área dos procedimentos corporais, mas também o que oferece serviços ligados à saúde da pele, pés e cabelos; Educador físico – atuantes no emagrecimento, hipertrofia ou melhora do tônus muscular. O trabalho conjunto desses profissionais faz com que os tratamentos estéticos tenham maior eficácia. Dieta saudável Qualidade de vida = Exercício Procedimentos estéticos O contato entre os diversos profissionais ligados à estética constitui também oportunidade de trabalho para todos. Isso porque um profissional pode indicar o trabalho do outro. A troca de indicação é uma prática comum entre os diversos profissionais de saúde. Segundo algumas pesquisas, a procura por um profissional é fruto de: • 35% Indicação de profissionais da área médica; • 30% Indicação de familiares, amigos e conhecidos; • 20% Indicação de outros profissionais da área de saúde; • 15% Internet, planos de saúde, catálogos, propaganda, outros. No caso da nutrição em estética, a atuação do nutricionista pode ocorrer nas seguintes áreas: • Emagrecimento – controlando sobrepeso, obesidade e oferecendo assessoria para o emagrecimento saudável, contínuo e duradouro; • Nutrição esportiva – auxiliando o cliente não somente no planejamento de acordo com a atividade física como também na diminuição do percentual de gordura, aumento do tônus muscular, ganho de massa magra; • Saúde da pele e do cabelo – a nutrição adequada garante melhor aspecto da pele, facilita a hidratação, pode evitar o envelhecimento precoce e atua no arsenal antiacne. Pode ainda nutrir o indivíduo, diminuindo as marcas de expressão e evitando a queda de cabelo, muitas vezes reflexo de uma má nutrição; • Saúde do corpo – a escolha adequada do cardápio e a manutenção de um peso saudável está envolvida no processo de prevenção de estrias, flacidez e lipodistrofia ginoide; • Pré e pós-operatório – especialmente conciliada à cirurgia plástica, a nutrição em estética garante resultados melhores, rapidez da recuperação e manutenção do efeito das cirurgias reparadoras. Por todas essas possibilidades, percebe-se que a nutrição em estética é um campo promissor para atuação. Nota-se, porém, que muitos profissionais de saúde tem receio em atuar na área temendo ser uma opção fútil, já que é ligada à beleza. Nesse sentido, vale a pena ressaltar que muitos transtornos estéticos mostram uma precariedade da saúde do indivíduo, carências ou excessos alimentares. Como exemplo, podemos citar o caso do sobrepeso, que pode significar ingestão excessiva de nutrientes energéticos e a possibilidade de consequências como outras doenças crônico-degenerativas. Fica então o desafio para o profissional que pretende atuar na nutrição em estética: melhorar a qualidade de vida, o bem-estar e contribuir para uma aparência saudável, incluindo, no cardápio, nutrientes com comprovação científica no que diz respeito à promoção da boa apresentação. Módulo 2 Nutrientes relevantes em estética, hidratação e envelhecimento 3 Nutrientes relevantes em estética Antes de falarmos sobre os principais nutrientes relevantes em estética, cabe conceituar as principais alterações para as quais a conduta nutricional pode ser eficaz. Lipodistrofia ginoide – também chamada de celulite. Pode aparecer em diferentes graus, sedo que, nos casos mais graves, há nódulos e dor. Trata-se de um transtorno muti fatorial, que envolve a predisposição genética, associada ao efeito hormonal e a alterações da microcirculação da composição corporal, de modo que as células adipócitas incham muito a ponto de dificultar a drenagem linfática. Isso provoca a retenção de líquido, toxinas e excesso de gordura. Além disso, outras alterações hormonais podem piorar o quadro, como no período menstrual e gravidez, além do uso de pílulas anticoncepcionais e, eventualmente, no caso de ocorrerem alterações da tireoide. Outros fatores implicados nas causas de celulite são o estresse, sedentarismo, cigarro, consumo frequente de refrigerantes e comidas gordurosas. Acne – trata-se de uma doença inflamatória da pele. A sua frequência é maior na adolescência, quando o nível elevado de hormonas sexuais causa o aumento da secreção de sebo pelas glândulas sebáceas, provocando o aparecimento de espinhas, bolhas e pontos negros, principalmente no rosto, costas, peito e ombros. Flacidez - alteração da elasticidade da pele e dos músculos, devido a transtornos nos fibroblastos, as células encarregadas de fabricar colágeno e elastina. Estrias - estrias caracterizam-se por um rompimento das fibras elásticas que sustentam a camada intermediária da pele, formada por colágeno e elastina. Envelhecimento – o trabalho relacionado a evitar o aparecimento de manchas e linhas de expressão não compreende todas as funções da nutrição estética, mas também engloba a inclusão de nutrientes capazes de desacelerar o envelhecimento fisiológico e hormonal. Além dessas alterações, sabemos da importância da nutrição em estética na promoção da boa saúde da pele, cabelos, unhas e nos processos de cicatrização. A inclusão de vitaminas no cardápio tem se mostrado uma alternativa interessante nos cuidados estéticos. A vitamina A, por exemplo, um potente antioxidante, é encontrada em produtos de origem animal e na forma de betacaroteno nos vegetais amarelos, evita a oleosidade da pele e do cabelo, além de desempenhar outras funções nutricionais. Trata-se de um nutriente cujas recomendações nutricionais pode ser atingidas facilmente, com um cardápio equilibrado, rico em hortaliças, frutas e carnes magras. Entretanto, a deficiência de vitamina A, em algumas áreas do país, é uma preocupação da saúde pública. Uma vez que o efeito da vitamina A na estética é conhecido de grande parte da população, muitos são os que buscam na suplementação uma forma de ingerir o nutriente. Vale lembrar que a suplementação desse nutriente pode ser tóxica e que é fundamental a orientação profissional durante o uso. No grupo dos nutrientes antioxidantes, a vedete é a vitamina C. Esse nutriente atua na formação das fibras musculares, é importante para a formação do colágeno e confere fotoproteção. Estudos mostram ação anti-inflamatória e pró-cicatrizante. Assim como a vitamina A, a C também costuma ser usada pela população sem critério. É importante ressaltar que excessos de vitamina C podem elevar o risco de formação de cálculos renais em pessoas já susceptíveis. A suplementação é desnecessária, uma vez que o equilíbrio é facilmente conseguido com a inclusão de frutas cítricas, tomate, pimentão. O uso da vitamina E é conhecido quando se trata da prevenção do envelhecimento precoce. Entretanto, estudos mostram que esse antioxidante melhora a microcirculação no couro cabeludo, facilitando o crescimento capilar e a nutrição dos fios. A vitamina B6 evita a retenção de líquido, tendo assim aplicação em casos de edema comum na tensão pré-menstrual, no linfoedema e na lipodistrofia ginoide, destacando-se pelo seu papel no metabolismo de aminoácidos, o que contribui para o excelente reparo dos tecidos. O poderoso selênio, cujo equilíbrio pode ser facilmente conseguido a partir da inclusão da castanha-do-pará no cardápio, além de ser um antioxidante potente, tem se mostradoeficaz na tonicidade dos tecidos, o que faz com que o nutriente seja indispensável nas dietas antiflacidez. Já o magnésio atua na renovação celular, crescimento dos cabelos, vitalidade da pele e melhora o bem-estar. Deve receber atenção especial na dieta, no período pré-menstrual, porque sua carência eleva a necessidade de consumo de carboidratos simples, o que pode contribuir para o ganho de peso no período. Muitos estudos foram feitos com zinco. O mineral melhora o paladar e o apetite, sendo importante receber atenção nas dietas para ganho de peso, e ainda: • Melhora a ação do sistema enzimático antioxidante; • Tem ação anti-inflamatória e cicatrizante; • Favorece a síntese proteica. O ferro, conhecido pela sua importância na dieta como agente na prevenção à anemia, tem também a sua aplicação em estética. Por ser o componente da hemoglobina, a manutenção dos bons estoques de ferro e a oferta satisfatória na dieta fazem com que haja uma melhor oxigenação dos tecidos. O resultado é uma melhor nutrição dos tecidos e, consequentemente, menores riscos de desenvolver a celulite, além de maior capacidade para os músculos realizarem trabalho, o que contribui para o rendimento do exercício. Já o enxofre tem ação anti-inflamatória, facilita o controle da acne e é fundamental para a formação da queratina. Bem distribuído em frutas e vegetais, o potássio facilita o equilíbrio de líquidos e tem atuação na contração muscular, o que faz com que haja a necessidade de atenção especial para as dietas de combate à flacidez e de ganho de massa muscular. Como sabemos, a tireoide é a glândula que tem a função de regular a velocidade das reações orgânica e o iodo faz parte da estrutura do hormônio da tireoide . Assim, uma dieta adequada em iodo é fundamental para a manutenção do bom metabolismo, o que significa uma melhor chance de manter o peso saudável e a contribuição na prevenção da constipação intestinal, por exemplo. Especula-se ainda o papel do iodo na prevenção do acúmulo da gordura localizada. Nenhum nutriente ganhou tanto destaque como o ômega 3, encontrado em peixes de águas geladas, algumas oleaginosas e na linhaça. Entre suas principais funções estão: • Ação anti-inflamatória; • Melhora da competência imune; • Melhora da circulação; • O fato de estudos mostrarem um melhor controle da pele acneica quando a dieta é associada à suplementação de ômega 3. Quando o assunto é alimentação, não faltam novidades. Estamos em uma época na qual as enzimas presentes nos alimentos também são alvo de estudos. No caso da área de estética, a bromelina, presente no abacaxi, tem se mostrado importante no controle das alterações estéticas ligadas à inflamação, como é o caso da acne e da celulite. No planejamento alimentar também merece destaque a fibra presente nos alimentos. Fibras facilitam o trabalho intestinal e isso se traduz em contribuição para a saúde e para evitar a distensão abdominal causada pela constipação. Também diminuem a velocidade de formação dos triglicerídeos, o que tem aplicação para a saúde e para controle da gordura abdominal. O silício atua na formação dos tecidos conjuntivos e é essencial para a formação do colágeno. É encontrado na forma de suplementos, como o silício orgânico, e também em alimentos como cereais. O chá-verde é rico em catequinas e estudos mostram seu papel em diversas funções orgânicas, além das seguintes comprovações; • É diurético sem ser desidratante (contém metade da cafeína do café comum); • Previne cáries; • Melhora o sistema imune; • Acelera o metabolismo levemente. Já o chá branco tem atributos ainda melhores que o chá-verde por ser menos processado e ter maior concentração dos nutrientes. Uma ressalva deve ser feita em relação à quantidade de cafeína, que é maior do que a do verde. Por tal motivo, o consumo deve ser criterioso em condições como hipertensão e gastrite. O consumo de proteínas costuma ser abusivo quando há uma preocupação maior com a estética. De certo, o nutriente é fundamental para o tônus muscular e para a síntese de colágeno. No entanto, excessos de proteínas são danosos e podem levar à sobrecarga dos rins e do fígado. A orientação nutricional personalizada é fundamental. Sobre a proteína, são papéis relevantes: • Fortalecimento muscular; • Firmeza e elasticidade da pele; • Melhora da competência imune; • Síntese de colágeno. Além dos cuidados mencionados, vale frisar que as fontes proteicas de animais muitas vezes são fontes de gordura, o que pode elevar taxas de colesterol e aumentar o valor calórico consumido. A mesa do brasileiro tem mudado o perfil proteico com o incentivo ao consumo de proteínas de origem vegetal como a das leguminosas e dos cereais. Nesse contexto, o nutricionista deve estar preparado para a inclusão no cardápio dessas fontes proteicas. Os pseudocereais, como a quinua e o amaranto, recentemente incorporados à dieta da nossa população, fornecem um excelente perfil amino acídico. Alguns aminoácidos têm papel especial na estética. Entre eles, podemos citar a arginina e a lisina, que estimulam a produção do glucagon, hormônio capaz de elevar o metabolismo. Os polifenóis encontrados, por exemplo, na uva roxa e na ameixa, têm papel marcante na saúde cardiovascular. Na nutrição em estética, eles têm as seguintes funções: • São antioxidantes e, por isso, previnem o envelhecimento precoce; • Auxiliam no processo de vasodilatação e, com isso, favorecem a nutrição dos tecidos. Também merecem ser citados os alimentos termogênicos que possuem a capacidade de aumentar o metabolismo e, com isso, auxiliam, por exemplo, na manutenção do peso saudável. Sobre os termogênicos, podemos comentar: • O organismo tem um gasto calórico para processá-los e, com isso, há uma contribuição para o emagrecimento; • São exemplos: pimenta, cacau, gengibre, mostarda, vinagre de maçã, guaraná; • A inclusão na dieta deve ser cautelosa, já que são contraindicados para gestantes e a prescrição para idosos, hipertensos e crianças deve ser avaliada cuidadosamente. 4 Hidratação A hidratação adequada é fundamental para o bom funcionamento do organismo. Um corpo bem hidratado não somente funciona melhor como também mantém melhor aparência. As principais contribuições da água no nosso corpo são: • Favorecimento das funções orgânicas; • Manutenção metabólica; • Tônus da pele e dos músculos. A ingestão adequada de água favorece a absorção dos nutrientes necessários ao equilíbrio da pele e garante a sua hidratação. Em estética, a água é fundamental. A água trabalha junto com as fibras, estimulando o trânsito intestinal e eliminando as toxinas do organismo, além de impedir que o seu acúmulo seja refletido na pele. Quando a pele perde água, ela se desidrata, fica áspera e se torna vulnerável ao processo do envelhecimento. Daí a importância de mantê-la sempre hidratada. Só que a pele não absorve água num simples banho, o que evidencia a importância da frequente ingestão de água. A quantidade mínima de água a ser ingerida por dia é de 1 ml por caloria ou 35 ml/kg/dia. Essa necessidade pode varia conforme clima, temperatura do ambiente, estado fisiológico, doenças, temperatura corporal e outros fatores. Assim, é sempre válido o bom senso no profissional na hora de indicar quantos litros de água o cliente deve ser usar diariamente. Nota importante Devem ser abandonadas certas recomendações como ingerir 2 litros de água por dia. Sempre que possível, personalize suas orientações nutricionais. Para atingir a necessidade diária de líquidos, o profissional deve indicar que a hidratação seja feita preferencialmente com água. A hidratação feita com água é mais rápida e não veicula calorias, uma vez que se torna importante também considerar esse fator. Além da água, podem ser usadas outras bebidas, como: • Sucos, água de coco, alguns chás sem cafeína(chás de frutas), águas aromatizadas sem gás. É importante ressaltar que, em atividades físicas aeróbicas de baixa intensidade, a hidratação, embora dependente do clima, pode ser feita com água até 50 minutos após o início da atividade. Após esse tempo, as bebidas que contêm carboidratos e eletrólitos são mais indicadas. Para esses casos, a recomendação não é de 1 ml por caloria, ou seja, durante a atividade utiliza-se de 150 a 250 ml de água a cada 15 ou 20 minutos de prática. Como foi dito, algumas situações, além da atividade física, exigem uma maior necessidade de água, como: • Constipação intestinal – mais 40%; • Procedimentos estéticos capazes de favorecer a diurese, como a drenagem linfática; • Infecções; • Gestação; • Lactação; • Alterações climáticas e de temperatura ambiental. Quando o corpo não está adequadamente hidratado, alguns sinais indicam o estado de desidratação. Nervosismo, falta de concentração, dor de cabeça, fadiga são alguns exemplos. Os sintomas da desidratação são percebidos na pele. Verifica-se além da diminuição da elasticidade da pele, um campo propício para o aparecimento de outras alterações como as estrias. Também percebe-se que peles pouco hidratadas apresentam aspecto envelhecido, o que evidencia a relação entre envelhecimento e hidratação. 5 Envelhecimento Passamos por um período de transição demográfica. O Brasil caminha para a maturidade de forma que a nossa pirâmide tem mudado de configuração. Na década de 50, as pessoas padeciam com as doenças infectocontagiosas e morriam com pouca idade. Com todos os avanços da medicina e da imunologia, essas doenças não nos afligem mais. Entretanto, convivemos agora com as doenças crônico-degenerativas. Por um lado, aumentam os casos de doenças como hipertensão, diabetes, câncer. Por outro, cresce a preocupação da população com a qualidade de vida. Melhora o acesso da população aos serviços de saúde. Aumenta a conscientização da população sobre a importância do controle médico. Esses fatores somados ao fato de que a terceira idade tem se engajado em projetos sociais, tem buscado participar de grupos para socialização e tem se mostrado cada vez mais consciente de sua importância na sociedade têm valorizado o idoso. Sabemos que, na atualidade, o idoso tem toda condição de trabalhar, produzir e gozar da vida em sua plenitude. Por tudo isso, doenças como a depressão têm diminuído nesse grupo da população. O próprio idoso busca formas de aumentar a sua qualidade de vida, praticando esportes e participando dos grupos da terceira idade na qual a convivência saudável melhora a sua saúde. Estima-se que, em 2025, o Brasil será o sexto país do mundo em população idosa. As pessoas estão envelhecendo e os profissionais de saúde precisam estar preparados para atender a essa demanda, conhecendo as peculiaridades desse grupo e fazendo com que a essa população fique bem. Ficar bem é não somente ter condições de saúde sob controle, mas também ter um bom estado emocional e social. Soma-se a isso, o sentir-se bem por fora também. Ao pensarmos, inicialmente, na questão saúde, temos os seguintes dados: • 40% dos brasileiros estão com sobrepeso ou obesidade; • 35% dos brasileiros acima de 40 anos são acometidos de hipertensão (Ministério da Saúde); • 11% das pessoas acima de 40 anos são acometidas de diabetes tipo 2 (Sociedade Brasileira de Diabetes). Assim, o profissional de saúde se pergunta: Com que qualidade de vida essa população idosa cumprirá a sua expectativa de vida? Temos então o conceito de longevidade e a nutrição preventiva e estética têm a função de melhorar a longevidade dessa população. Nosso corpo passa por modificações ao longo dos anos. O ápice de nossas funções ocorre por volta dos 30 anos, ou seja, passamos a maior parte de nossa vida envelhecendo e todas as espécies passam por esse processo. Bons hábitos de vida diminuem a velocidade desse processo e a função dos profissionais de saúde é de sempre incentivá- los. O corpo do idoso passa por alterações na sua composição que englobam basicamente o aumento dos estoques de gordura, a diminuição da massa magra total e a queda da densidade óssea. Além dessas alterações, existem as mudanças psicológicas e a deterioração do desempenho físico. Alterações hormonais também ocorrem, sendo que a principal é a diminuição da ação da insulina. Sobre a composição corporal: • Pessoas idosas tendem a pesar 25% mais do que adultos jovens; • Ocorre menor síntese proteica; • Redução na massa magra dos 25-70 anos em 12 Kg nas mulheres e 5 Kg em homens; • A gordura corporal total aumenta entre os 18-85 anos em 18% em homens e 12% em mulheres; • Há redistribuição de gordura predominantemente visceral. “A senescência não é uma ladeira que todos descem com a mesma velocidade. É uma sucessão de degraus irregulares onde alguns despencam mais depressa que outros” (Howell) Ao realizar o planejamento alimentar do idoso, o profissional precisa estar atento à diminuição da capacidade gustativa e a redução da força dos dentes. Vários sistemas hormonais sofrem um declínio de suas atividades fisiologicamente, afetando muito estas alterações corporais e de capacidade física e intelectual. Visualize a apresentação sobre envelhecimento hormonal e qualidade de vida para entender um pouco mais sobre esse processo. A nutrição em estética, quando aplicada ao envelhecimento tem a função de: • Acompanhar o peso do cliente e fazer os ajustes necessários no equilíbrio de nutrientes energéticos, de modo a mantê-lo na faixa saudável; • Ofertar nutrientes antioxidantes; • Acompanhar a atividade física, de modo a dar condições de aumento do tônus muscular; • Incluir nutrientes funcionais; • Cuidar da saúde tireoidiana. No capítulo sobre nutricosméticos, falaremos um pouco mais sobre o envelhecimento de forma a complementar este capítulo. Módulo 3 Nutrição e composição corporal 6 Nutrição no emagrecimento Os nutrientes podem ser divididos em energéticos e não energéticos. No grupo dos energéticos, temos os carboidratos, proteínas, lipídios e o álcool. Já no grupo dos não energéticos são incluídas as vitaminas, os minerais, as fibras e os nutrientes funcionais, ou seja, aqueles capazes de promover saúde, além da função básica de nutrir. Com o aumento das doenças crônico-degenerativas, a manutenção do peso saudável é a principal medida de controle e promoção de qualidade de vida. Além disso, um corpo em forma é almejado pelas pessoas que buscam um bem-estar físico. Nosso corpo precisa de energia para realizar trabalho, manter as funções vitais e as atividades físicas diárias. Há ainda a termogênese induzida pelo alimento, ou seja, o efeito térmico que cada nutriente produz. A manutenção do peso dar-se-á quando o valor calórico ingerido equivale ao gasto energético diário. Quando há um desbalanço entre ingestão e gasto, situações como ganho ou perda de peso acontecem. Para a promoção do emagrecimento, é preciso que o indivíduo ingira menos do que gasta. É importante ressaltar que emagrecer e perde peso são conceitos diferentes. O emagrecimento refere-se à queima de gordura. Para que o organismo queime gordura, é fundamental que o valor calórico da dieta seja bem escolhido. Quanto mais próximo do gasto total for a dieta, menor o risco de queima de massa magra e maiores as chances de queima de gordura. Estudos mostram a necessidade de que a dieta seja preferencialmente planejada de modo a cobrir pelo menos o metabolismo basal. O metabolismo basal, na prática, significa o gasto com as funções vitais. Para o cálculo do metabolismo, podem ser usadas diversas equações. Metabolismo basal ou taxa metabólica basal é a quantidade calórica ou energética que o corpo utiliza, durante o repouso, para o funcionamento de todos os órgãos, por exemplo, o coração, cérebro, pulmões, intestino. Feitoo cálculo do metabolismo, é importante que o profissional procure levar em consideração o gasto com a atividade física diária. Multiplicar o metabolismo basal pelo fator atividade é uma forma de calcular o gasto energético total, sendo: Regra prática Gasto calórico total = gasto energético basal + gasto com as funções dias + gasto com o esporte Ao planejar uma dieta para emagrecer, o profissional deverá ter em mãos informações fundamentais e isso, uma avaliação é necessária e deve conter: • Data de nascimento; • Sexo; • Estatura; • Peso; • Percentual de gordura corporal; • Dados da rotina de diária – ocupação, formas de locomoção, estilo de vida; • Informações sobre a atividade física praticada – modalidade, horários, frequência, tempo de prática. Calculado o gasto total, cabe ao profissional escolher o valor calórico a ser prescrito, de acordo com a sua estratégia. Dica Prescrever valores calóricos muito baixos pode dar origem à fome e levar à queima de massa magra. Por outro lado, valores muito próximos ao gasto total podem fazer com que o emagrecimento seja lento e desmotivante. Assim, procure prescrever uma dieta confortável, levemente acima do metabolismo basal, mas que permita uma flexibilidade nos fins de semana, por exemplo. O planejamento alimentar para o emagrecimento deve ser personalizado. A avaliação alimentar é a primeira etapa para a realização do trabalho de emagrecimento e pode ser feita pela ingestão habitual, recordatório de 24 horas, questionários de frequência alimentar qualitativo ou quantitativo ou ainda por outros inquéritos. A anamnese completa inclui informações sobre estilo de vida, como uso ou não de bebidas alcoólicas, fumo, medicamentos e suplementos. Também é fundamental uma avaliação clínica completa que aborde uma análise de sinais e sintomas, apalpação, observação e informações sobre histórico familiar de doenças, além da apresentação de exames laboratoriais. Já a avaliação antropométrica deve ser cuidadosamente aplicada. Para cada grupo há um protocolo mais indicado para análise antropométrica. A reeducação alimentar, que nada mais é do que o incentivo ao consumo de alimentos saudáveis e a diminuição da frequência dos gêneros pouco saudáveis, deve ser sempre incentivada. O plano alimentar deve ser variado, criativo e totalmente adaptado à rotina do cliente, permitindo que seja possível a nutrição antes e após o exercício físico, por exemplo. Assim, a nutrição aplicada ao emagrecimento e o profissional devem: • Permitir o adequado fracionamento das refeições; • Capacitar o cliente ao adequado porcionamento; • Fornecer informações sobre grupos de alimentos para que o cliente seja treinado a substituir um gênero por outro sem comprometer o equilíbrio da dieta; • Incluir alimentos nutritivos e saborosos; • Monitorar o cliente constantemente para análise dos resultados, reprogramação calórica e trocas de planos alimentares, visando a evitar a monotonia; • Incluir, na medida do possível, nutrientes termogênicos. É importante que o profissional ofereça ao cliente, técnicas para controle do apetite e faça reeducação alimentar a cada consulta. Conhecer os principais medicamentos ligados ao emagrecimento também é importante para o profissional. Ainda que a prescrição tenha que ser feita necessariamente por um médico, após a análise do cliente como um todo e da determinação da necessidade de uso ou não, conhecer as drogas auxilia o nutricionista a entender melhor o processo e a avaliar possíveis interações droga-nutriente. A fitoterapia também tem se mostrado eficaz como tratamento auxiliar ao emagrecimento. De acordo com o CFN (Conselho Federal de Nutricionistas), a prescrição dos fitoterápicos que não precisam de receita médica pode ser feita pelo nutricionista, desde que haja indicação da apresentação do produto, dosagem, forma e tempo de uso. No emagrecimento, os fitoterápicos podem atuar diminuindo a ansiedade e a compulsão, acelerando o metabolismo, suprimindo o apetite ou reduzindo a vontade do consumo de doces, reduzindo o acúmulo de gordura abdominal, proporcionando saciedade ou reduzindo a absorção de gorduras e carboidratos. Para adequada prescrição, é necessário um curso de prescrição de fitoterápicos por se tratar de um assunto extenso. Na busca pelo emagrecimento, muitas pessoas acabam optando por dietas divulgadas na mídia. Essas dietas nem sempre são equilibradas. Algumas são extremamente reduzidas em calorias. Outras privam algum alimento específico. Objetiva-se, com essa apresentação, destacar os principais pontos de cada dieta para que sejam elaborados argumentos capazes de mostrar ao cliente que tais condutas não proporcionarão um emagrecimento saudável e duradouro. 7 Nutrição no ganho de peso Nosso corpo é composto por massa muscular, ossos, peles, pelos, líquidos, gordura, água. Todos esses componentes contribuem para a massa corporal. Uma criança pode ganhar um incremento em algum desses componentes e assim aumentar o peso da balança. No adulto, normalmente o ganho de peso dar-se-á por aumento de tecido gorduroso, muscular ou por líquidos e, em alguns casos, por um aumento da massa óssea, dependente da idade. Na maioria das vezes, os clientes que buscam ganhar peso para atingir um perfil estético almejado desejam aumentar a massa magra. A gordura corporal tem papel fundamental na manutenção da temperatura, no estoque energético e na regulação hormonal e, por isso, homens e mulheres precisam ter garantida, em sua composição corporal, ao menos a chamada gordura essencial. Quando avaliamos um cliente com um percentual de gordura extremamente baixo, é importante ajustarmos a composição corporal. Até mesmo atletas precisam de ter pelo menos a gordura essencial. Portanto, o primeiro passo para o atendimento de pessoas que têm por objetivo o ganho de peso é a avaliação antropométrica. É ainda importante checar se houve perda de peso recente para que seja feito o cálculo do percentual de peso perdido. Perdas pessoas bruscas podem indicar problemas de saúde e torna-se fundamental o acompanhamento nutricional clínico, além do encaminhamento a um médico. Muitas vezes, a perda de peso brusca indica desequilíbrio entre ingestão de nutrientes energéticos e gasto. Essa situação é comum, por exemplo, em atletas ou em pessoas que passaram a incluir o esporte em sua rotina, sem um devido ajuste nutricional. Assim, fica claro que o segundo passo para o planejamento do ganho de peso é a coleta das seguintes informações: • Atividade física – modalidade, frequência da prática, tempo de prática, velocidade, intensidade, gasto energético do exercício; • Gasto energético com as atividades ocupacionais – atividade profissional, número de horas trabalhadas em cada atividade ocupacional, gasto com atividades domésticas, funções em casa; • Deslocamento – formas de deslocamento, tempo de deslocamento. Tomadas todas essas informações, o profissional deve calcular o gasto energético diário do cliente, que, na prática, significa avaliar o gasto energético basal e somar a ele o dispêndio calórico do esporte e das atividades diárias. Uma vez calculado o gasto total, cabe ao profissional criar a estratégia para o ganho de peso. Para o ganho de 1000 gramas de gordura, o aumento calórico deve ser de cerca de 7777 Kcal por um período determinado. Com o aumento das doenças crônico-degenerativas, há uma preocupação crescente com o excesso de gordura corporal. Por esse motivo, salvo em clientes que não têm o mínimo de gordura compatível com a saúde, é fundamental que o ganho de peso seja obtido com uma estratégia que combine nutrição adequada e exercício físico para o ganho de massa magra. Para o ganho de massa magra, deve ser elaborada uma estratégia nutricional que contemple um aumento calórico de 5 a 8 Kcal por kg de peso diariamente. Estudos mostram que, quantomais ousado for o aumento calórico, maior o risco de que o cliente venha a ganhar massa gordurosa também. Dica O primeiro mês de acompanhamento de um cliente que está em processo de ganho de massa magra é muito importante. Isso porque a avaliação nutricional do primeiro mês dará a você, profissional, uma noção do perfil do seu cliente, ou seja, será possível evidenciar se trata de uma pessoa com mais potencialidade para ganho de massa magra ou com um certo risco de ganho de gordura concomitantemente. Nota importante Faça avaliações antropométricas de 45 em 45 dias para que seja possível evidenciar as alterações na composição corporal. Caso a sua estratégia para ganho de massa magra não esteja de acordo com o que o cliente almejou, mude a velocidade do ganho de peso. Além da avaliação nutricional periódica, é fundamental que o plano alimentar seja personalizado, com devido equilíbrio de nutrientes e orientação para as refeições antes e depois da atividade física. Lembre-se Os clientes desejam aumentar o peso, mas não estão dispostos à prática de um exercício com orientação específica para alcançar tal objetivo. Nesses casos, o risco de ganho de gordura é alto e, por isso, o incentivo à prática do exercício deve ser promovido, uma vez que, do contrário, talvez o cliente não atinja o seu objetivo. Módulo 4 Nutrição nas alterações estéticas – Parte 1 8 Nutrição na cirurgia plástica A Nutrição em estética aplicada à cirurgia plástica é um campo promissor. Por esse motivo, o profissional de nutrição em estética deve procurar firmar contatos e parcerias com médicos que atuem na cirurgia plástica. Pensemos, inicialmente, na cirurgia plástica que visa a uma melhor forma física. Nesse grupo, temos as populares lipoaspirações e lipoesculturas, além das abdominoplastias. O trabalho começa no pré-cirúrgico. Há uma ilusão no sentido de se achar que a cirurgia plástica estética emagrece. Muitas pessoas optam por lipoaspiração e cirurgia plástica abdominal para a diminuição dos ponteiros da balança. O cirurgião, ao fazer a avaliação inicial (pré cirúrgica), costuma orientar o cliente a buscar a adequação do peso antes da intervenção, visando a um melhor resultado. Isso porque, o emagrecimento brusco após a cirurgia plástica pode gerar flacidez de tecidos, o que pode comprometer o resultado final. Além disso, o corpo com a quantidade de gordura corporal dentro do esperado proporciona uma cirurgia mais segura, inclusive na questão da anestesia. Por esse motivo, o papel do nutricionista nas equipes de cirurgia plástica é essencial. No pré-cirúrgico, o trabalho do nutricionista vai além da adequação do peso. Entre as principais funções do nutricionista no pré-cirúrgico estão: • Ajustar o peso – pelos motivos citados; • Melhorar estado nutricional – equilibrar nutrientes; • Aumentar a biodisponibilidade de ferro – uma vez que o corpo passará por uma intervenção na qual ocorrerá perda de sangue; • Oferecer nutrientes capazes de melhorar o sistema imune – para facilitar a recuperação. Seja atuando em equipes de saúde ou como autônomo, o nutricionista que atua na cirurgia plástica tem um vasto trabalho também no pós-cirúrgico. Isso porque, além de auxiliar na recuperação, o nutricionista poderá monitorar o cliente e seu peso, fazendo com que o resultado da intervenção seja duradouro. Assim, no pós-cirúrgico, o nutricionista poderá: • Prescrever uma dieta ligeiramente hiperproteica, com proteínas de boa qualidade, auxiliando na recuperação dos tecidos; • Acompanhar o peso e auxiliar na manutenção do mesmo; • Oferecer auxílio à diminuição da retenção de líquido e à cicatrização; • Oferecer condições para bom funcionamento intestinal, uma vez que a constipação é mais comum em cirurgias que exigem repouso. São nutrientes relevantes para o pós-cirúrgico: • Vitamina C – é essencial à síntese de colágeno, além de ser antioxidante; • Vitamina A – essencial à reconstrução dos tecidos; melhora da competência imune; • Zinco – ajuda na aceleração do processo de cicatrização. Fontes: carnes vermelhas, aves, peixes, grãos, laticínios; • Arginina – melhora a oxigenação dos tecidos, indiretamente, o que facilita a recuperação. Como sugestão, o trabalho nutricional relacionado à cirurgia plástica pode seguir os seguintes passos: No pré-cirúrgico: • Avaliação nutricional completa; • Definição de metas e retorno ao cirurgião sobre a previsão de emagrecimento; • Reeducação nutrição; • Plano alimentar personalizado; • Acompanhamento periódico – quinzenal ou mensal destinado a novas avaliações, monitoramento da composição corporal, reforço da educação nutricional e retorno ao médico. No pós-cirúrgico: • Acompanhar o peso e a involução do edema inicial; • Avaliar o funcionamento intestinal e propor dieta antiflatulência e laxativa; • Prescrever nutrientes capazes de auxiliar na recuperação do estresse orgânico e na melhora da competência imune; • Monitorar o cliente com frequência. Dica: Dependendo do tempo que o nutricionista tem para realizar o emagrecimento pós-cirúrgico, o uso de nutrientes termogênicos, como vinagre de maçã, linhaça, cacau, pode ser interessante. Nota: Converse com o médico sobre a suplementação de ômega3 desde o pós-cirúrgico. Fique ligado: Ofereça o atendimento domiciliar para o seu cliente. No pós-cirúrgico, será uma opção de mais conforto! Outros casos de cirurgia plástica, como as de menores extensões e as reconstrutoras, têm na nutrição um auxílio para o sucesso. Vários estudos relacionam o equilíbrio de nutrientes, excesso ou carência como fatores que ditam o curso de uma cicatrização. Fatores como instabilidade hemodinâmica, estresse metabólico e estado nutricional podem interferir desfavoravelmente no processo de cicatrização (Whitney e Heitkemper, 1999). A presença ou deficiência de vitaminas lipossolúveis (A e E), hidrossolúveis (C e tiamina) e oligoelementos (zinco, magnésio) podem modificar a evolução do processo cicatricial (Rojas e col, 1999). 9 Nutrição na flacidez O corpo humano passa por modificações à medida que envelhece. Com o passar dos anos, ocorre uma perda de massa magra e um aumento da gordura corporal. Simultaneamente, as fibras colágenas e de elastina diminuem. Essas modificações fazem com que corpo se torne mais flácido à medida que os anos passam. A velocidade desse processo depende de uma série de fatores e de características do próprio indivíduo. Ainda na adolescência, alguns fatores podem contribuir para que ocorra a flacidez, o que evidencia que o problema não é relacionado apenas à idade, ou seja, algumas situações podem fazer o corpo ficar mais flácido. Assim, as principais causas da flacidez são: • genética; • excesso de peso; • sedentarismo; • alimentação inadequada; • emagrecimento acelerado. Muitas pessoas que procuram os consultórios de nutrição para emagrecer temem a flacidez. Estudos mostram que a velocidade do emagrecimento pode fazer com que a flacidez apareça em menor ou maior grau. Também é importante deixar claro que, quando uma pessoa com menos idade passa pelo processo de emagrecimento, a possibilidade de recuperar essa flacidez é maior. Assim, quanto mais idade tiver o cliente, maior deve ser a preocupação com a estratégia para o emagrecimento. Também é importante ressaltar que, durante o processo de emagrecimento, o estímulo à atividade física diminui a possibilidade de aparecimento da flacidez, já que, simultaneamente, o corpo passará por um processo de manutenção e/ou ganho da massa magra enquanto perde a gordura em excesso. Quando um corpo aumenta de peso sem o devido acompanhamento, normalmente ele ganha gordura. Entretanto, no emagrecimento sem orientação, a perda de gordura pode ser acompanhada de queima de massa magra, principalmente em dietas de restrição severa decalorias. A alimentação inadequada também é um ponto que deve ser avaliado na etiologia da flacidez. Isso porque, para a manutenção da massa magra, é preciso que haja o devido intervalo entre as refeições e um equilíbrio entre carboidrato, proteína e lipídios, além de minerais e vitaminas. O baixo consumo proteico, por exemplo, pode fazer com que o corpo não sintetize adequadamente as fibras colágenas. O controle alimentar para evitar a flacidez tem quatro pontos principais: • Utilização de alimentos proteicos associados à atividade física; • Controle para evitar o acúmulo de gordura – ajuste calórico; • Estímulo à produção de colágeno; • Hidratação. O equilíbrio alimentar diário é fundamental para que o corpo receba o que precisa. Seja para emagrecer ou para manter o peso, a atividade física ajuda no controle da flacidez porque melhora o tônus muscular e aumenta a massa magra. Também é importante dispensar uma atenção diferenciada a atletas, já que a alimentação inadequada nesse grupo pode fazer com que massa magra seja desviada para o fornecimento de energia e também abrir espaço para a flacidez. À medida que os anos passam, o corpo acumula gordura. Assim, os ajustes calóricos precisam ser feitos sempre de acordo com a idade e o nível de exercício do cliente. Para quem quer emagrecer, as reduções calóricas devem ser graduais e não ousadas demais, visando a preservar a massa magra. Nesses clientes, a atividade física auxiliará o ganho de massa magra. Como foi falado, a hidratação adequada é fundamental para os processos orgânicos, funcionamento intestinal e saúde da pele. No controle da flacidez, a água melhora a elasticidade da pele. A pele é um órgão que precisa se adaptar a cada mudança da composição corporal e, por isso, tal elasticidade é fundamental. A produção das fibras colágenas precisa ser sempre estimulada e uma das formas de fazê-lo é oferecer ao organismo proteínas das quais serão tirados os aminoácidos para a produção do colágeno. Vamos falar sobre o colágeno? O colágeno tem uma série de funções no nosso corpo e em estética relaciona-se não somente com a flacidez, como também com a saúde das unhas e da pele. Com o passar dos anos, o corpo pode sofrer privações de proteínas, vitaminas e, assim, a produção ser escassa. A falta de colágeno se torna mais visível e notável quando o homem entra na fase da maturidade, quando há uma possibilidade maior dele sofrer fraturas com frequência. Também é nessa etapa da vida que começam a aparecer as rugas, pois a pele não tem mais a mesma elasticidade de antes. A deficiência de colágeno no organismo acarreta alguns problemas, como má formação óssea, rigidez muscular e doenças na pele. No controle da flacidez, alguns nutrientes são fundamentais: • Silício – encontrado em cereais integrais, o mineral, além de estimular os fibroblastos a produzirem mais colágeno e elastina, que são responsáveis pela sustentação e elasticidade da pele, protege a integridade dessas fibras; • Vitamina C – estimula a produção do colágeno, além de ser antioxidantes; • Aminoácidos – especialmente lisina, prolina e glicina são fundamentais para a síntese do colágeno. A importância da vitamina C na síntese do colágeno é extrema. A deficiência dessa vitamina leva ao escorbuto, doença relacionada à falha na síntese do colágeno que pode causar hemorragias. No mercado, ficou famoso o colágeno hidrolisado. Entre os principais benefícios em estudo estão as seguintes funções: • Retarda o envelhecimento e previne rugas; • Combate a flacidez da pele; • Fortalece unhas e cabelo; • Contribui para saúde dos ossos; • Combate celulite e estrias; • Auxilia no funcionamento do sistema linfático. Trata-se de um produto formulado, usando-se um processo científico único e específico, que consiste em hidrolisar o colágeno e, sequencialmente, implementar o processo de liofilização, ocorrendo, assim, a preservação natural do produto e uma assimilação de mais de 90% (pré-digerido e absorvido) pelo organismo. No controle da flacidez também, ficou famoso o DMAE (DIMETILAMINOETANOL). Naturalmente produzido pelo organismo e presente na membrana celular, o DMAE é percussor do neurotransmissor Acetilcolina, que diminui no organismo ao longo dos anos. O DMAE é uma substância presente em muitos cosméticos e que também é encontrada naturalmente em alimentos como salmão, sardinha e anchova. O DAME causa uma contração excessiva dos músculos e, por isso, é indicado também para a flacidez, embora a maior aplicação seja para amenizar as linhas de expressão. Como função adicional, o DMAE estimula a memória. Também é estudado o seu uso para tratamento do Mal de Alzheimer. O cuidado nutricional para evitar a flacidez deve seguir uma estratégia própria, formulada de forma personalizado. Sugere a seguinte sequência de passos: • Avaliação nutricional completa; • Adequação ao peso; • Em caso de necessidade de emagrecimento, formular redução calórica gradual; • Estímulo à atividade física orientada; • Determinação do equilíbrio de nutrientes – escolha de fontes proteicas de boa qualidade, equilíbrios de antioxidantes, organização de micro e macronutrientes, com especial atenção à vitamina C; • Organização da estratégia de hidratação; • Elaboração do plano alimentar personalizado, associado à atividade física; introdução de fontes de DMAE; • Prescrição, se necessária, de colágeno hidrolisado. � Módulo 5 Nutrição nas alterações estéticas – Parte 2 10 Nutrição e saúde dos cabelos, das unhas e no controle das estrias e da gordura localizada A carência de nutrientes pode se manifestar de diversas formas. Entre elas, o cabelo é um bom indicador do estado nutricional. Cabelos quebradiços, fracos e áreas de alopecia podem indicar que o corpo não está adequadamente nutrido. Assim, o cabelo é um indicador do estado nutricional. Além disso, as células do couro cabeludo sofrem renovação rápida. Ao avaliar o cliente com queixas relacionadas a alterações capilares, é importante que sejam analisados alguns pontos. Sugere-se anotar as principais informações: • Fios quebradiços; • Cabelo sem brilho; • Alopécia; • Oleosidade; • Ressecamento. Um material de sinais e sintomas pode ser interessante na hora de supor transtornos envolvidos nas alterações capilares. Mas é importante que se tenha todo o cuidado na interpretação. Também é necessário encaminhamento médico para diagnóstico. A biotina, ou vitamina H, é especialmente importante quando o assunto é saúde capilar. A sua deficiência pode gerar dermatites e a suplementação contribui para diminuição da queda de cabelo. Como as principais fontes são rim, fígado e a gema, talvez a suplementação seja uma estratégia interessante em alguns casos. O zinco estimula a multiplicação das células e o crescimento do cabelo e nutrientes como lisina, cisteína e prolina são necessários para a síntese dos fios. A história do peso do cliente é fundamental. Emagrecimentos bruscos podem gerar perda de cabelo. Além disso, dietas hipocalóricas costumam ser deficientes em vários nutrientes, especialmente em zinco. A análise das fontes proteicas presentes na dieta deve ser feita visando a verificar a presença de aminoácidos essenciais. Exames bioquímicos podem indicar que, na ocorrência de alterações, essas podem estar relacionadas a anemia, que resulta, por exemplo, no enfraquecimento das unhas. As unhas saudáveis são rosas, firmes e sem manchas. Deficiências de nutrientes como o cálcio podem gerar manchas nas unhas. Como as unhas são formadas por queratina, é necessária a presença de proteínas na dieta para manutenção da saúde das mesmas. Outra alteração estética bastante incômoda é a estria. As estrias são causadas pelo estiramento excessivo da pele, o que provoca o rompimento das fibras elásticas e colágenas. Algumas situações contribuem para o aparecimentodelas, como gestação, aumento brusco do peso e genética. O cuidado nutricional envolve a adequada hidratação, o controle do peso e o estímulo à formação endógena do colágeno por meio da oferta adequada de proteína e vitamina C. Nas dietas de emagrecimento, é comum os comentários sobre o “efeito sanfona”. Trata-se da situação na qual o indivíduo vivencia quedas e aumentos de peso significativo. Na prática, é a situação vivida por pessoas que emagrecem, mas que não conseguem manter o peso e ganham novamente, às vezes, mais do que o que foi perdido. Esse efeito, além de contribuir para a flacidez, pode formar estrias também. O aumento de massa muscular brusco, se não associado à adequada dieta com a devida hidratação, também pode causar o rompimento das fibras e assim gerar as estrias. O cuidado nutricional é voltado à prevenção, por meio da manutenção do peso e da nutrição adequada. Quando o corpo ganha peso sem atividade física conciliada, muitas vezes o aumento dar-se-á por elevação das reservas de gordura, geralmente localizada em regiões como abdômen e glúten. Assim, a incômoda gordura localizada normalmente concentra-se no glúten e no abdômen. Infelizmente, não há nenhuma dieta que comprovadamente reduza apenas a gordura localizada. Especula-se o papel das fibras e da dieta com baixo índice glicêmico como estratégia de controle. Alguns estudos feitos com as dietas ricas em fibras mostram-se eficazes. A estratégia de destaque é a associação de uma dieta hipocalórica à prática da atividade física quando há a necessidade de adequação do peso. Quando não existe a necessidade de emagrecimento, os cuidados podem ser feitos com a atividade física associada à dieta rica em fibras e com baixo índice glicêmico. As fibras são responsáveis pela promoção da saciedade e, com isso, evitam o consumo excessivo de alimentos. Melhoram o funcionamento intestinal e, assim, evitam a sensação de abdômen cheio. Também modulam o índice glicêmico. A escolha da dieta de índice glicêmico reduzido com maior teor de fibras evita a formação de triglicérides. Caso haja a necessidade de emagrecimento, a dieta termogênica pode ser interessante e até mesmo a prescrição de fitoterápicos capazes de atuar na diminuição da gordura abdominal. 11 Nutrição na lipodistrofia ginoide A lipodistrofia ginoide, popularmente conhecida como celulite, não é somente uma alteração estética. Na etiologia dessa alteração, existem pontos que merecem ser cuidados para garantir a adequada saúde do cliente. A lipodistrofia ginoide atinge mais de 80% das mulheres e os tratamentos estéticos precisam de mais estudos para consenso sobre a eficácia dos resultados. As causas incluem diversas hipóteses fisiopatológicas, como alterações do tecido adiposo e da microcirculação. A lipodistrofia ginoide é considerada uma distrofia dermo-hipodérmica de natureza complexa, envolvendo uma alteração no metabolismo da gordura em locais característicos do contorno corporal feminino associado à saturação hídrica e causada por mecanismos hormonais, fisiológicos e bioquímicos. As seguintes etapas ocorrem para a formação da lipodistrofia ginoide: • As células adipócitas tornam-se aumentadas em volume e quantidade; • Ocorre espessamento e proliferação das fibras de colágeno interadipositárias, causando ingurgitamento dos tecidos; • A circulação de líquidos é reduzida; • O sistema linfático é afetado; • As fibras elásticas tornam-se frágeis e rompíveis e podem comprimir vasos e nervos, causando a dor; • Podem ocorrer modificações do tecido conjuntivo, gerando nódulos. A lipodistrofia pode evoluir de grau e cumprir todas as etapas citadas ou comprometer apenas alguns tecidos. Para fins de avaliação, classifica-se: • Grau I – visível apenas com compressão manual; • Grau II – aparece com compressão leve (sentada, deitada); • Grau III – tem aspecto de relevo, espontaneamente; • Grau IV – forma nódulos, com dor. Para a formulação da estratégia de intervenção nutricional, é importante o conhecimento dos fatores envolvidos. Nosso organismo tem defesas naturais capazes de deter a entrada de agentes estranhos. Entre essas defesas, podemos citar a pele, as enzimas, as células de defesa e a barreira intestinal. Agentes estranhos ou indesejáveis ao organismo, como vírus, bactérias, contaminantes químicos, físicos, xenobióticos, radicais livres, são detidos em maior ou menor grau por esse sistema de defesas na medida que ele está bem ou mal funcionante. Xenobióticos são compostos químicos estranhos a um organismo biológico ou em quantidades maiores do que o suportável. Alguns exemplos são: antibióticos, corantes, derivados de plásticos, pesticidas, certos metais e outra substâncias. Todos com efeito cumulativo. Como as consequências do acúmulo de xenobióticos no corpo incluem alergias, neoplasias, queda na qualidade do sêmen, depressão, inflamação, o organismo utiliza meios para desintoxicação. A desintoxicação de xenobiótico inclui a neutralização (no fígado) e a excreção (na urina, suor, fezes). O resultado é a produção de radicais livres. A flora bacteriana é um sistema inato de defesa do organismo. Quando agentes estranhos tentam atingir a circulação, a flora bacteriana atua formando uma barreira capaz de diminuir as chances de invasão. Isso porque bactérias da flora normal competem com patógenos por comida e locais de fixação, diminuindo a probabilidade de estes últimos se multiplicarem em número suficiente para causar uma doença. No mundo moderno, a disbiose intestinal tornou-se uma preocupação. No nosso organismo, 100 trilhões de bactérias de mais de 400 espécies diferentes vivem em um delicado balanço. A nossa flora intestinal tem funções importantes como a síntese de algumas vitaminas e a defesa do nosso organismo. Quando essa flora é abalada, nosso organismo fica sujeito à passagem de toxinas para a circulação portal. É a disbiose intestinal, transtorno no qual as bactérias da flora normal ficam em minoria e o organismo torna-se debilitado, já que a capacidade de defesa orgânica diminui. Artrite reumatoide, acne, urticárias, depressões e celulite são transtorno que podem ter na disbiose um possível fator etiológico. Situações como uso de medicamentos (principalmente antibióticos), estresse, uso de laxantes, infecções, dieta inadequada e constipação intestinal podem fazer com que haja um desequilíbrio dessa população bacteriana. Os sintomas incluem desde alterações no ritmo intestinal, até flatulência, irritabilidade e fadiga. A avaliação de um médico faz-se necessária para o início do tratamento e a alimentação tem papel fundamental nesse processo. A dieta deve ser individualizada e focada na causa do problema. De forma geral, deve-se evitar corantes, conservantes, glutamato monossódico, carnes vermelhas e alimentos gordurosos. Alguns alimentos como leite, ovos, soja, açúcar branco e embutidos também devem ser evitados. Frutos do mar e alimentos ricos em glúten podem não ser desejáveis dependendo da gravidade do problema. A dieta deve consistir em grande quantidade de vegetais, particularmente cenoura , couve-flor, repolho, chicória, cebola, alho e alho-poró, além de frutas, farinha de banana, arroz integral e leguminosas. Sob orientação, também devem ser usados produtos contendo pró-bióticos (micro-organismos vivos que melhoram a flora intestinal) como leites fermentados e iogurtes especiais. Processos inflamatórios diversos encontram na disbiose um dos fatores agravantes. Na etiologia da lipodistrofia ginoide, é preciso levar em consideração o processo inflamatório envolvido no seu curso. O sedentarismo, associado à alimentação contemporânea com o uso excessivo de xenobióticos, somado ainda à carência de nutrientes devido aos erros alimentares e ao excesso de peso, além da disbiose, criam uma condição favorável aos processos inflamatórios. Estes, além de alteraçõesestéticas, geram danos à saúde e contribuem com processos como a formação de ateromas. Após essa abordagem mais detalhada sobre a etiologia da lipodistrofia ginoide, é possível entender o papel do nutricionista em: • Controle do peso – estudos mostram que o aumento do peso piora o quadro da celulite; • Saúde intestinal – controle da disbiose com o uso de probióticos, pré-bióticos, fibras; • Ingestão de líquido – água, especialmente para favorecer os processos orgânicos, eliminar toxinas, melhorar a saúde intestinal; • Combate à retenção de líquido – por meio da escolha de alimentos naturais e eliminação de embutidos e enlatados; • Aumento do potássio e diminuição do sódio – educação nutricional voltada para análise de rótulos, inclusão de frutas, diminuição do uso de sal de cozinha, refrigerantes e temperos artificiais; • Iodo – envolvido na função da tireoide. Alimentos fontes, como algas, devem ser introduzidos para que haja um devido funcionamento da glândula, fazendo, assim, com que a velocidade das reações orgânicas fique sob controle; • Vitaminas e minerais antioxidantes – ajudam a evitar a formação dos radicais livres formados durante a desintoxicação orgânica e o estresse do dia a dia; • Ômega 3 – melhora a circulação, é antioxidante e evita processos inflamatórios; • Termogênicos – alimentos termogênicos facilitam o processo de emagrecimento, o que contribui para o quadro todo; • Favorecer oxigenação dos tecidos – por meio do adequado fornecimento de ferro e líquidos; • Gordura trans – aumento da atividade de citocinas marcadoras de atividade inflamatória e aumento da proteína C-reativa devem ser evitados; • Silício – quantidade diminui ao longo dos anos (ele é importante para estrutura da elastina e colágeno), o que exige reposição na forma de silício orgânico. Fontes: cereais integrais. Há opção de suplementação. Nota Oriente o seu cliente na diminuição do uso de xenobióticos. Chame a atenção para o uso de sucos em pó, alimentos com glutamato monossódico, corantes e conservantes. Curiosidade O simples fato de aquecer alimentos no micro-ondas com papel filme ou em vasilhas de plásticos pode gerar a formação de xenobióticos. Prefira vasilhames de vidro próprio, sem a tampa plástica. O cliente deve ser orientado à diminuição do consumo de substâncias pró- inflamatórias- excesso de gordura trans, gordura saturada (carnes, queijos amarelos, bolachas, sorvetes de creme, etc.), sal, alimentos industrializados, carboidratos refinados (pão branco, macarrão refinado, arroz branco, etc), açúcar e excesso de adoçantes, alimentos possíveis de causar alergia (chocolate, amendoim, lactose – caso haja uma intolerância em suspeita). O nutricionista deve ainda incentivar o consumo de alimentos favoráveis à prevenção da celulite como: • Linhaça e peixes de água gelada; • Aveia e outros cereais integrais (arroz, trigo); • Chicória, farinha de banana-verde, batata yacon; • Alimentos termogênicos; • Iogurte e leite fermentados; • Frutas e vegetais de forma geral; • Acaí e outras fontes de ferro; • Ameixa seca preta, damasco; • Água, água de coco; • Acelga, taioba, laranja, banana. Módulo 6 Nutrição nas alterações estéticas – Parte 3 12 Nutrição e acne A relação entre a alimentação e a acne é polêmica. Quando avaliamos os estudos sobre o assunto encontramos uma série de autores que constataram a relação entre a alimentação e a acne e outros tantos que não conseguiram constatar essa relação. O assunto divide a opção de nutricionistas, dermatologistas e outros profissionais de estética. Na prática de atendimento nutricional, os profissionais que atuam em estética percebem claramente o papel da alimentação não somente no agravamento do quadro, como também a função dos nutrientes na melhora do aspecto da pele de quem sofre com a acne. Assim, não podemos colocar a alimentação como único agente capaz de causar a acne, mas precisamos estar atentos na atuação da dieta como um dos fatores etiológicos. Observações de povos de sociedades tribais onde não há alimentos industrializados, gordura trans, corantes artificiais e conservantes mostram que a acne praticamente inexiste nessas pessoas que são também consumidoras de frutas frescas e vegetais in natura. A acne é uma doença de predisposição genética, cuja manifestação depende dos hormônios sexuais e que se manifesta na forma de um processo inflamatório que pode ter a influência da dieta e do estresse. Dependendo da sua gravidade, pode ser dividida em grau I, II e III. As lesões são de várias formas: comedões, pápulas, pústulas, cistos, nódulos e cicatrizes que se localizam principalmente na face, pescoço, ombros, costas e peito. Essa classificação e nomenclatura para diagnóstico fica por conta do dermatologista e do esteticista que estiverem realizando o acompanhamento. Má alimentação, genética, uso inadequado de cosméticos, higienização inadequada da pele podem ser causadores. As peles oleosas são muito afetadas por essa doença, pois os micro-organismos presentes sobre a pele encontram nesse tipo de pele seu ambiente ideal, o que favorece seu desenvolvimento e multiplicação. Um estudo realizado por Wolf e col. (2004) mostrou que não há como relacionar acne e dieta já que outros fatores, principalmente os genéticos, influenciam os resultados das pesquisas. Esse mesmo estudo também mostrou que não há relação entre aumento de IMC e o aparecimento de acne. De acordo com o mesmo autor, ainda há dados insuficientes que possam comprovar que uma dieta rica em gordura ou carboidratos possa interferir na quantidade e na composição da secreção formada pelas glândulas sebáceas, o que poderia influenciar no aparecimento da acne. E ainda, diversos estudos analisados pelo mesmo autor, não mostraram relação entre o aumento do consumo de chocolate e o aparecimento de qualquer tipo de alterações na pele. Schaefer apud in Wolf e col.2004 mostram aumento do aparecimento de acne em indivíduos que mudaram seus hábitos alimentares. Já Smith (2007) constatou que ingestão alimentar pode alterar os parâmetros bioquímicos e endócrinos que são associados com metabolismo de acne, e que mudanças dietéticas contribuíram para a melhora do quadro clínico dos indivíduos estudados. Danby, 2008 mostra que a acne é causada pela ação de dihidrotestosterona que é um produto da testosterona e também é encontrado em alimentos como leite e carnes. Dica Fique atento a estudos na área, observe seus clientes e assuma uma postura sobre o assunto. O cuidado nutricional especulado para controle da acne tem por finalidade evitar o processo inflamatório, a formação do sebo, a redução da oleosidade e o controle dos hormônios, na medida do possível. Assim, deve-se controlar o fornecimento de gordura, especialmente a trans. Controlar também a porcentagem total de gordura da dieta para evitar a formação de sebo é fundamental. Além disso, é importante buscar equilíbrio entre ômega 3 e ômega 6, pois o excesso de ômega 6 pode gerar processo inflamatório. Controlar a quantidade de carboidratos e o índice glicêmico da dieta também é necessário, pois a elevação do índice glicêmico pode contribuir para o processo inflamatório envolvido na etiologia da acne. Além disso, as elevações de glicose do plasma ocorrem em consequência da ingestão de uma carga significativa de glicose, e essas elevações podem causar um aumento da testosterona e uma diminuição dos hormônios sexuais envolvidos no controle da secreção das glândulas sebáceas. Para a intervenção nutricional, sugere-se a seguinte rotina: • Ajuste do hábitos alimentares; • Diminuição do IG das refeições; • Controle de gordura saturada; • Ajuste de ômega 3; • Diminuição do alimento inflamatório; • Alternativas para redução (não eliminação) de carne, leite, derivado; • Observações individuais sobre alimentos que potencializama formação da acne do seu cliente. Além do que foi citado, cabe ao profissional também orientar o cliente a buscar o controle médico e um esteticista com formação técnica para indicação de cosméticos e medicações para controle, desestimulando a automedicação. Convêm ainda estimular estratégias para controle do estresse, como a prática da atividade física. 13 Alimentos funcionais, sinais do tempo e fotoproteção Já foi dito sobre as modificações que o corpo sofre à medida que envelhece. A carência de proteínas na dieta impede o adequado reparo das nossas células e acelera o processo de envelhecimento. Assim, tão importante quanto a hidratação é o devido aporte de proteínas de boa qualidade via dieta. A vitamina C, comentada no módulo sobre flacidez nos chama a atenção também nesse assunto, já que é antioxidante e necessária para a formação do colágeno, elasticidade e do tônus da pele. A alimentação antioxidante rica em alimentos funcionais, garante uma pele mais livres de manchas, sejam do sol, sejam da idade. Especial atenção deve ser dada ao controle alimentar de atletas que podem produzir mais radicais livres e também terem mais chance de exposição ao sol. Nesses indivíduos, o consumo de antioxidantes deve ser especialmente estimulado. Uma estratégia para controle dessas linhas de expressão é a inclusão de ácido elágico na alimentação. Encontrado, sobretudo, em frutas vermelhas como morango, amora, framboesa e romã, essa substância evita a ruptura das fibras de colágeno. A água garante o viço e melhora a elasticidade da pele, garantindo adequada hidratação. Os alimentos fontes de ômega 3, como os peixes, a linhaça e a quinua, também auxiliam a hidratação, evitando processos inflamatórios que dão origem aos radicais livres, responsáveis também pela aparência envelhecida da pele. Outros antioxidantes, como azeite, as castanhas, a uva roxa, devem ser estimulados. A soja, rica em isoflavona, garante maior firmeza à pele, já que estimula a produção de proteínas da derme. Na mídia não faltam produtos capazes de evitar o envelhecimento precoce. Coenzima Q10, vitamina Q10, ubidecarenona ou ubiquinona são os nomes de uma substância que virou moda. A Coenzima Q10 promove reações químicas essenciais e contribui também para o processo de produção de energia a nível celular. É um poderoso antioxidante do nosso organismo e suas fontes são: sardinha, cavalinha, soja, nozes, amendoim, gergelim e brócolis. Dica Para estimular a Coenzima Q 10 naturalmente, ensine o seu cliente a preparar o gelo de couve batendo 1 xícara de chá de água ou água de coco com 1 xícara de chá de folhas de couve picadas e bem lavadas. O suco grosso pode ser congelado em formas de gelo e usado diariamente em sucos ou coquetéis. Neste livro, muito foi falado sobre os alimentos funcionais. São alimentos que fornecem energia para o corpo e uma nutrição adequada, produzem efeitos que proporcionam benefícios à saúde, auxiliando na redução e prevenção de muitas doenças. Vistos como promotores da saúde, podem melhorar a saúde quando fazem parte de uma dieta contendo uma variedade de alimentos, incluindo frutas, vegetais, grãos e legumes. Alguns deles: Aveia • Rica em fibra solúvel; • Ajuda a reduzir o colesterol LDL,“ruim”; • Ajuda a melhorar a constipação intestinal; • Alimentos ricos em fibras devem ser consumidos acompanhados de líquidos. Alho • Rico em alicina; • Diminui a pressão arterial; • Diminui a taxa de colesterol LDL; • Aumenta níveis de colesterol HDL,”bom”. Azeite de oliva • Rico em ômega 9 e compostos fenólicos; • Auxilia na redução de LDL; • Pode diminuir o risco de doenças do coração em até 40%, caso seja ingerido no lugar da margarina ou manteiga. Castanha-do-pará • Contém ômega 3, vitamina E e selênio(mineral); • Auxilia na prevenção de problemas cardíacos; • Retarda o envelhecimento. Chá verde – rico em catequinas • Auxilia no tratamento da obesidade – termogênico; • Retarda o envelhecimento; • Pode diminuir as doenças do coração. Peixes • Rico em ômega 3; • Previne infartos e derrames(protegem o coração); • Reduz o LDL e aumenta o HDL; • Melhoram o sistema imune. Soja • Possui fitoestrógenos que oferecem proteção contra o câncer de próstata; • Consumo regular pode reduzir níveis de LDL; • Ajuda a regular o intestino; • Pode ajudar a amenizar incômodos da menopausa e prevenir o câncer de mama e de cólon; • Ajuda a diminuir risco de doenças do coração. Tomate • Rico em licopeno(substância antioxidante); • Auxilia na prevenção de câncer de próstata; • Retarda o envelhecimento; Uva e suco de uva • Tem flavonoides e resveratrol (pigmento antioxidante); • Ajuda a aumentar o HDL; • Evita acúmulo de gordura nas artérias, prevenindo doenças do coração. Alimentos integrais • Ricos em fibras; • Ajuda no funcionamento do intestino(prevenção do câncer de cólon); • Ajuda no tratamento da obesidade(proporciona aumento da saciedade). Nozes • Rica em vitaminas lipossolúveis; • Contêm arginina – produção de Óxido Nítrico; • Antioxidante. Linhaça • Tem ômega 3, 6 e lignina; • Ajuda no controle da constipação. Frutas e verduras • Previnem alguns tipos de câncer – devido às fibras, pigmentos, vitaminas e minerais antioxidantes; • Auxiliam na redução de doenças cardíacas; • Auxiliam na diminuição da pressão sanguínea; • Evitam doenças como a catarata. A inclusão de alimentos com propriedades funcionais na dieta não somente auxilia na prevenção de doenças, como é interessante para a nutrição em estética. Os alimentos ricos em carotenoides são especialmente importantes para a prevenção do envelhecimento precoce e para proteger a pele do sol, além de auxiliarem a evitar a vermelhidão provocada pelo excesso de sol. Sobre os carotenoides: • Efeito fotoprotetor, reduzindo a sensibilidade da pele às queimaduras solares (BOELSMA et al.,2001; ALALUF et al., 2002); • Esse efeito pode estar relacionado à sua capacidade de estimular a produção de melanina. Sobre a vitamina A: • Diminuição da vermelhidão após a exposição; • Antioxidante; • Fotoproteção. Já as vitaminas E e C reduzem os efeitos maléficos causados pela exposição ao sol. Módulo 7 Nutrição nos procedimentos estéticos e situações práticas 14 Cuidado nutricional associado aos procedimentos estéticos Muitos são os procedimentos estéticos capazes de melhorar o aspecto da pele, controlar a lipodistrofia ginoide e contribuir para um melhor tônus muscular. O profissional que tem interesse em atuar na área deve buscar informações detalhadas sobre esses procedimentos com a finalidade de conhecer as características de cada um. É importante que o nutricionista procure oferecer ao cliente a dieta mais adequado à rotina de vida, estado fisiológico e nível de atividade, mas que também leve em consideração os procedimentos estéticos aos quais ele se submete. A seguir, acompanhe um breve resumo dos principais procedimentos estéticos e os cuidados nutricionais relacionados. 1. Drenagem linfática O método de drenagem linfática manual foi desenvolvido por um terapeuta dinamarquês e data da década de 30. Popularizou-se por ser indicado para evitar a retenção de líquidos ao trabalhar a estimulação do sistema linfático. É fundamental que seja realizado por profissional com formação técnica com amplo conhecimento sobre anatomia e fisiologia, já que é contraindicado em algumas situações. Embora algumas pessoas não saibam, o método não deve doer ou provocar hematomas e por isto a formação técnica faz toda a diferença. Ativa a circulação do sangue e da linfa, facilitando a excreção e a redução do edema, sendo indicado também para o pós-operatório de uma série de cirurgias. Em estética, o método é indicado para a redução da celulite e do linfoedema. Cuidado
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