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Nutricao estetica e nutricosmet Mariana Braga Neves.pdf

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Nutrição em Estética e Nutricosméticos
Uma abordagem prática
 
Mariana Braga Neves
1ª Edição
2012
 
 
EXPEDIENTE
Produção Editorial e Revisão Final
Adelson Marques Canudo
 
Assistência Editorial
Adriana Lopes Peixoto
CRN9 - 9521
 
Capa e Produção Gráfica
Peter Pereira da Silva
 
Edição Ortográfica e Textual
Jornalista Éverton Oliveira
 
Coordenação de Projeto para mídia digital
Rafael da Silva Carrasco
 
Coordenação Geral
Adelson Marques Canudo
Luiz Eduardo Ferreira Fontes
 Todos os direitos reservados. Nenhuma parte deste livro
eletrônico poderá ser reproduzida total ou parcialmente
sem autorização prévia da A.S. Sistemas.
 
 
Nutrição em Estética e Nutricosméticos – Uma
abordagem prática
ISBN nº: 978-85-65880-07-7
Mariana Braga Neves
CRN9 - 2000100325
 
A.S. Sistemas
Rua Professor Carlos Schlottfeld, casa 10 – Clélia
Bernardes – Viçosa – MG – CEP 36570-000
Tel: (31) 3892 7700
site: www.assistemas.com.br
 
 
 
INTRODUÇÃO
Nutrição em Estética e Nutricosméticos – uma abordagem prática destina-se a
profissionais e estudantes de nutrição, medicina, fisioterapia, cosmetologia e a
empreendedores do ramo da beleza. A nutrição em estética é uma área em crescente
expansão e seu conteúdo soma-se à medicina, à cirurgia plástica, à educação física e à
fisioterapia dermatofuncional para que conhecimentos científicos sejam transformados
em conselhos práticos na busca da beleza e da qualidade de vida.
Com este livro digital, objetiva-se capacitar o leitor a atuar em nutrição em estética.
Busca-se ainda fornecer informações sobre os nutrientes relevantes em estética e sobre as
principais condutas nutricionais no tratamento do sobrepeso, magreza, acne, flacidez,
lipodistrofia ginoide e nos cuidados da pele, unhas e cabelos.
 
Mariana Braga Neves
 Sumário
Módulo 1
1 Considerações sobre a beleza
2 Atuação em estética
Módulo 2
3 Nutrientes relevantes em estética
4 Hidratação
5 Envelhecimento
Módulo 3
6 Nutrição no emagrecimento
7 Nutrição no ganho de peso
Módulo 4
8 Nutrição na cirurgia plástica
9 Nutrição na flacidez
Módulo 5
10 Nutrição e saúde dos cabelos, das unhas e no controle das estrias e da gordura localizada
11 Nutrição na lipodistrofia ginoide
Módulo 6
12 Nutrição e acne
13 Alimentos funcionais, sinais do tempo e fotoproteção
Módulo 7
14 Cuidado nutricional associado aos procedimentos estéticos
15 Avaliação bioquímica, fitoterapia aplicada e situações vivenciadas em consultório
Módulo 8
16 Atualidades em nutrição em estética e oportunidades de trabalho
17 Nutricosméticos
18 Glossário
19 Apêndice 1
20 Apêndice 2
Módulo 1
A nutrição em estética
1 Considerações sobre a beleza
A beleza é uma preocupação constante de grande parte da população. Essa busca por
uma boa aparência não é um privilégio dos séculos XX e XXI. Estudos mostram que, há
muitos anos, ser belo sempre esteve na lista de prioridades da população. Entretanto,
com o passar do tempo, o padrão de beleza foi sofrendo alterações.
No século XVII, o excesso de peso era considerado uma referência de beleza. Corpos
torneados e com excesso de gordura corporal representavam não somente uma figura
mais bela, como também significavam mais saúde e fertilidade. Nas artes barrocas, é
possível perceber a presença da lipodistrofia ginoide, a popular “celulite”, registrada em
boa parte das peças.
No fim do último século e especialmente neste, percebemos que a beleza está ligada
à saúde. Com o aumento das doenças crônico-degenerativas, preocupar-se com o peso
corporal, por exemplo, torna-se uma questão de saúde. Pessoas que buscam o peso
saudável e que, para isso, alimentam-se de forma mais saudável e praticam uma
atividade física regular se mostram mais atentas à qualidade de vida e preocupadas com
a longevidade.
A beleza também está ligada ao bem-estar, à autoestima. Pessoas que se cuidam são
mais seguras e têm maiores chances de sucesso em suas relações afetivas, profissionais e
sociais por se mostrarem mais confiantes em suas possibilidades.
Em uma época na qual o mercado de trabalho apresenta-se cada vez mais
competitivo, pessoas bem cuidadas e com boa aparência representam trabalhadores
preocupados com a saúde e que podem significar melhores rendimentos para as
empresas e menores riscos de se ausentarem de suas ocupações.
Por tudo isso, percebe-se a importância dos profissionais ligados aos cuidados
estéticos no sentido de orientarem seus clientes na busca saudável pela beleza. É
importante que esse assunto fique bem claro, porque a busca desenfreada pela beleza é
tão prejudicial quanto à falta de cuidados com o corpo, pele e cabelo. É nítida a
preocupação dos profissionais de saúde com os transtornos ou distúrbios alimentares,
especialmente a anorexia, a bulimia e a vigorexia.
A anorexia nervosa é um distúrbio alimentar resultante da preocupação exagerada
com o peso corporal, com a imagem e que pode provocar problemas psiquiátricos graves
devido à obsessão pela forma física, já que a pessoa, ainda que excessivamente magra,
enxerga-se gorda. Para emagrecer cada vez mais, o portador abusa de diuréticos, laxantes
e passa dias sem se alimentar. Manifesta-se principalmente em mulheres jovens, embora
sua incidência esteja aumentando também em homens. Às vezes, os pacientes anoréticos
chegam rapidamente à caquexia, um grau extremo da desnutrição e o índice de
mortalidade chega a atingir 15% a 20% dos casos. O suporte nutricional muitas vezes é
fundamental e a hospitalização é inevitável em muitos casos.
Na bulimia nervosa, os portadores são, na maioria das vezes, jovens com leve
sobrepeso e habituados a fazer todo e qualquer tipo de dieta. Nesse tipo de transtorno,
os períodos de dietas são intercalados com episódios de vômitos provocados após
episódios de comer compulsivo, seguido de culpa. Alguns também fazem uso de laxantes
e diuréticos. Assim, bulimia é um transtorno alimentar no qual as principais
características são os episódios de compulsão alimentar seguidos de comportamentos
compensatórios para evitar o ganho de peso. As pessoas que sofrem de bulimia vivem
em um círculo vicioso de compulsão-purgação.
O culto excessivo ao corpo também tem aumentado os casos de vigorexia. O
transtorno tem início quando a intensidade de exercício praticado por um indivíduo
excede a sua capacidade de recuperação, o que se soma ao fato de que geralmente
apresenta uma auto-imagem um tanto distorcida.
Tais transtornos são considerados multicausais, mas têm nas dietas sem orientação e
na busca pela forma física ideal, seus principais agravantes. Assim, na tentativa de
atingirem o padrão físico idealizado, jovens utilizam recursos como uso sem prescrição
de drogas para emagrecer, laxantes, diuréticos e excessos de suplementos e
anabolizantes, colocando em risco à saúde, sem contar nos inúmeros transtornos
psicológicos gerados.
Cabe ao profissional de saúde atuante em estética, orientar o seu cliente a buscar o
bem-estar e a boa forma física, preservando a saúde e garantindo aumento da
autoestima.
2 Atuação em estética
Como falamos, nos dias de hoje, sentir-se bem com o corpo, pele e cabelo é uma
necessidade e uma condição valorizada, inclusive nos ambientes corporativos.
O mercado da beleza está aquecido e é fundamental que o profissional de saúde faça
uso da ciência a seu favor, transformando conhecimentos científicos em conselhos
práticos.
Até há algumas décadas, a nutrição em estética era carente em estudos capazes de
comprovar a eficácia de nutrientes nos diversos tratamentos estéticos. Devido a esse
problema, muitas das informações da nutrição em estética eram precárias e sem
comprovação. Com o aumento do número de pesquisas na área, foi possível conhecer
mais sobre o papel dos nutrientes para a beleza. Foi possível também mostrar que os
cuidados estéticos exigem a interação dediversos profissionais de saúde.
Podemos dizer que os principais profissionais ligados à estética são:
Médico – especialmente o endocrinologista e o especialista em cirurgia plástica;
Nutricionista – responsável pelo planejamento alimentar de acordo com cada
procedimento estético;
Fonoaudiólogo – principalmente o que atua na área da fonoaudiologia estética,
especialidade ligada à melhora, por exemplo, do tônus da pele e na diminuição das
linhaças de expressão;
Fisioterapeuta – especialmente o que atua na área da fisioterapia dermatofuncional;
Dentista – o que promove uma melhor saúde bucal que atua na ortodontia;
Esteticista – não somente o que atua na área dos procedimentos corporais, mas
também o que oferece serviços ligados à saúde da pele, pés e cabelos;
Educador físico – atuantes no emagrecimento, hipertrofia ou melhora do tônus
muscular.
O trabalho conjunto desses profissionais faz com que os tratamentos estéticos
tenham maior eficácia.
 Dieta saudável
Qualidade de vida = Exercício
 Procedimentos estéticos
O contato entre os diversos profissionais ligados à estética constitui também
oportunidade de trabalho para todos. Isso porque um profissional pode indicar o
trabalho do outro. A troca de indicação é uma prática comum entre os diversos
profissionais de saúde. Segundo algumas pesquisas, a procura por um profissional é
fruto de:
• 35% Indicação de profissionais da área médica;
• 30% Indicação de familiares, amigos e conhecidos;
• 20% Indicação de outros profissionais da área de saúde;
• 15% Internet, planos de saúde, catálogos, propaganda, outros.
No caso da nutrição em estética, a atuação do nutricionista pode ocorrer nas
seguintes áreas:
• Emagrecimento – controlando sobrepeso, obesidade e oferecendo
assessoria para o emagrecimento saudável, contínuo e duradouro;
• Nutrição esportiva – auxiliando o cliente não somente no
planejamento de acordo com a atividade física como também na
diminuição do percentual de gordura, aumento do tônus muscular,
ganho de massa magra;
• Saúde da pele e do cabelo – a nutrição adequada garante melhor
aspecto da pele, facilita a hidratação, pode evitar o envelhecimento
precoce e atua no arsenal antiacne. Pode ainda nutrir o indivíduo,
diminuindo as marcas de expressão e evitando a queda de cabelo,
muitas vezes reflexo de uma má nutrição;
• Saúde do corpo – a escolha adequada do cardápio e a manutenção
de um peso saudável está envolvida no processo de prevenção de
estrias, flacidez e lipodistrofia ginoide;
• Pré e pós-operatório – especialmente conciliada à cirurgia plástica,
a nutrição em estética garante resultados melhores, rapidez da
recuperação e manutenção do efeito das cirurgias reparadoras.
Por todas essas possibilidades, percebe-se que a nutrição em estética é um campo
promissor para atuação. Nota-se, porém, que muitos profissionais de saúde tem receio
em atuar na área temendo ser uma opção fútil, já que é ligada à beleza. Nesse sentido,
vale a pena ressaltar que muitos transtornos estéticos mostram uma precariedade da
saúde do indivíduo, carências ou excessos alimentares. Como exemplo, podemos citar o
caso do sobrepeso, que pode significar ingestão excessiva de nutrientes energéticos e a
possibilidade de consequências como outras doenças crônico-degenerativas.
Fica então o desafio para o profissional que pretende atuar na nutrição em estética:
melhorar a qualidade de vida, o bem-estar e contribuir para uma aparência saudável,
incluindo, no cardápio, nutrientes com comprovação científica no que diz respeito à
promoção da boa apresentação.
 
Módulo 2
Nutrientes relevantes em estética, hidratação e envelhecimento
3 Nutrientes relevantes em estética
Antes de falarmos sobre os principais nutrientes relevantes em estética, cabe
conceituar as principais alterações para as quais a conduta nutricional pode ser eficaz.
Lipodistrofia ginoide – também chamada de celulite. Pode aparecer em diferentes
graus, sedo que, nos casos mais graves, há nódulos e dor. Trata-se de um transtorno muti
fatorial, que envolve a predisposição genética, associada ao efeito hormonal e a alterações
da microcirculação da composição corporal, de modo que as células adipócitas incham
muito a ponto de dificultar a drenagem linfática. Isso provoca a retenção de líquido,
toxinas e excesso de gordura. Além disso, outras alterações hormonais podem piorar o
quadro, como no período menstrual e gravidez, além do uso de pílulas anticoncepcionais
e, eventualmente, no caso de ocorrerem alterações da tireoide. Outros fatores implicados
nas causas de celulite são o estresse, sedentarismo, cigarro, consumo frequente de
refrigerantes e comidas gordurosas.
Acne – trata-se de uma doença inflamatória da pele. A sua frequência é maior na
adolescência, quando o nível elevado de hormonas sexuais causa o aumento da secreção
de sebo pelas glândulas sebáceas, provocando o aparecimento de espinhas, bolhas e
pontos negros, principalmente no rosto, costas, peito e ombros.
Flacidez - alteração da elasticidade da pele e dos músculos, devido a transtornos nos
fibroblastos, as células encarregadas de fabricar colágeno e elastina.
Estrias - estrias caracterizam-se por um rompimento das fibras elásticas que
sustentam a camada intermediária da pele, formada por colágeno e elastina.
Envelhecimento – o trabalho relacionado a evitar o aparecimento de manchas e
linhas de expressão não compreende todas as funções da nutrição estética, mas também
engloba a inclusão de nutrientes capazes de desacelerar o envelhecimento fisiológico e
hormonal.
Além dessas alterações, sabemos da importância da nutrição em estética na
promoção da boa saúde da pele, cabelos, unhas e nos processos de cicatrização. A
inclusão de vitaminas no cardápio tem se mostrado uma alternativa interessante nos
cuidados estéticos.
A vitamina A, por exemplo, um potente antioxidante, é encontrada em produtos de
origem animal e na forma de betacaroteno nos vegetais amarelos, evita a oleosidade da
pele e do cabelo, além de desempenhar outras funções nutricionais. Trata-se de um
nutriente cujas recomendações nutricionais pode ser atingidas facilmente, com um
cardápio equilibrado, rico em hortaliças, frutas e carnes magras. Entretanto, a deficiência
de vitamina A, em algumas áreas do país, é uma preocupação da saúde pública.
Uma vez que o efeito da vitamina A na estética é conhecido de grande parte da
população, muitos são os que buscam na suplementação uma forma de ingerir o
nutriente. Vale lembrar que a suplementação desse nutriente pode ser tóxica e que é
fundamental a orientação profissional durante o uso.
No grupo dos nutrientes antioxidantes, a vedete é a vitamina C. Esse nutriente atua
na formação das fibras musculares, é importante para a formação do colágeno e confere
fotoproteção. Estudos mostram ação anti-inflamatória e pró-cicatrizante. Assim como a
vitamina A, a C também costuma ser usada pela população sem critério. É importante
ressaltar que excessos de vitamina C podem elevar o risco de formação de cálculos renais
em pessoas já susceptíveis. A suplementação é desnecessária, uma vez que o equilíbrio é
facilmente conseguido com a inclusão de frutas cítricas, tomate, pimentão.
O uso da vitamina E é conhecido quando se trata da prevenção do envelhecimento
precoce. Entretanto, estudos mostram que esse antioxidante melhora a microcirculação
no couro cabeludo, facilitando o crescimento capilar e a nutrição dos fios.
A vitamina B6 evita a retenção de líquido, tendo assim aplicação em casos de edema
comum na tensão pré-menstrual, no linfoedema e na lipodistrofia ginoide, destacando-se
pelo seu papel no metabolismo de aminoácidos, o que contribui para o excelente reparo
dos tecidos.
O poderoso selênio, cujo equilíbrio pode ser facilmente conseguido a partir da
inclusão da castanha-do-pará no cardápio, além de ser um antioxidante potente, tem se
mostradoeficaz na tonicidade dos tecidos, o que faz com que o nutriente seja
indispensável nas dietas antiflacidez.
Já o magnésio atua na renovação celular, crescimento dos cabelos, vitalidade da pele
e melhora o bem-estar. Deve receber atenção especial na dieta, no período pré-menstrual,
porque sua carência eleva a necessidade de consumo de carboidratos simples, o que pode
contribuir para o ganho de peso no período.
Muitos estudos foram feitos com zinco. O mineral melhora o paladar e o apetite,
sendo importante receber atenção nas dietas para ganho de peso, e ainda:
• Melhora a ação do sistema enzimático antioxidante;
• Tem ação anti-inflamatória e cicatrizante;
• Favorece a síntese proteica.
O ferro, conhecido pela sua importância na dieta como agente na prevenção à
anemia, tem também a sua aplicação em estética. Por ser o componente da hemoglobina,
a manutenção dos bons estoques de ferro e a oferta satisfatória na dieta fazem com que
haja uma melhor oxigenação dos tecidos. O resultado é uma melhor nutrição dos tecidos
e, consequentemente, menores riscos de desenvolver a celulite, além de maior
capacidade para os músculos realizarem trabalho, o que contribui para o rendimento do
exercício.
Já o enxofre tem ação anti-inflamatória, facilita o controle da acne e é fundamental
para a formação da queratina.
Bem distribuído em frutas e vegetais, o potássio facilita o equilíbrio de líquidos e
tem atuação na contração muscular, o que faz com que haja a necessidade de atenção
especial para as dietas de combate à flacidez e de ganho de massa muscular.
Como sabemos, a tireoide é a glândula que tem a função de regular a velocidade das
reações orgânica e o iodo faz parte da estrutura do hormônio da tireoide . Assim, uma
dieta adequada em iodo é fundamental para a manutenção do bom metabolismo, o que
significa uma melhor chance de manter o peso saudável e a contribuição na prevenção da
constipação intestinal, por exemplo. Especula-se ainda o papel do iodo na prevenção do
acúmulo da gordura localizada.
Nenhum nutriente ganhou tanto destaque como o ômega 3, encontrado em peixes de
águas geladas, algumas oleaginosas e na linhaça. Entre suas principais funções estão:
• Ação anti-inflamatória;
• Melhora da competência imune;
• Melhora da circulação;
• O fato de estudos mostrarem um melhor controle da pele acneica
quando a dieta é associada à suplementação de ômega 3.
Quando o assunto é alimentação, não faltam novidades. Estamos em uma época na
qual as enzimas presentes nos alimentos também são alvo de estudos. No caso da área
de estética, a bromelina, presente no abacaxi, tem se mostrado importante no controle
das alterações estéticas ligadas à inflamação, como é o caso da acne e da celulite.
No planejamento alimentar também merece destaque a fibra presente nos
alimentos. Fibras facilitam o trabalho intestinal e isso se traduz em contribuição para a
saúde e para evitar a distensão abdominal causada pela constipação. Também diminuem
a velocidade de formação dos triglicerídeos, o que tem aplicação para a saúde e para
controle da gordura abdominal.
O silício atua na formação dos tecidos conjuntivos e é essencial para a formação do
colágeno. É encontrado na forma de suplementos, como o silício orgânico, e também em
alimentos como cereais.
O chá-verde é rico em catequinas e estudos mostram seu papel em diversas funções
orgânicas, além das seguintes comprovações;
• É diurético sem ser desidratante (contém metade da cafeína do café
comum);
• Previne cáries;
• Melhora o sistema imune;
• Acelera o metabolismo levemente.
Já o chá branco tem atributos ainda melhores que o chá-verde por ser menos
processado e ter maior concentração dos nutrientes. Uma ressalva deve ser feita em
relação à quantidade de cafeína, que é maior do que a do verde. Por tal motivo, o
consumo deve ser criterioso em condições como hipertensão e gastrite.
O consumo de proteínas costuma ser abusivo quando há uma preocupação maior
com a estética. De certo, o nutriente é fundamental para o tônus muscular e para a
síntese de colágeno. No entanto, excessos de proteínas são danosos e podem levar à
sobrecarga dos rins e do fígado. A orientação nutricional personalizada é fundamental.
Sobre a proteína, são papéis relevantes:
• Fortalecimento muscular;
• Firmeza e elasticidade da pele;
• Melhora da competência imune;
• Síntese de colágeno.
Além dos cuidados mencionados, vale frisar que as fontes proteicas de animais
muitas vezes são fontes de gordura, o que pode elevar taxas de colesterol e aumentar o
valor calórico consumido. A mesa do brasileiro tem mudado o perfil proteico com o
incentivo ao consumo de proteínas de origem vegetal como a das leguminosas e dos
cereais. Nesse contexto, o nutricionista deve estar preparado para a inclusão no cardápio
dessas fontes proteicas. Os pseudocereais, como a quinua e o amaranto, recentemente
incorporados à dieta da nossa população, fornecem um excelente perfil amino acídico.
Alguns aminoácidos têm papel especial na estética. Entre eles, podemos citar a
arginina e a lisina, que estimulam a produção do glucagon, hormônio capaz de elevar o
metabolismo.
Os polifenóis encontrados, por exemplo, na uva roxa e na ameixa, têm papel
marcante na saúde cardiovascular. Na nutrição em estética, eles têm as seguintes
funções:
• São antioxidantes e, por isso, previnem o envelhecimento precoce;
• Auxiliam no processo de vasodilatação e, com isso, favorecem a
nutrição dos tecidos.
Também merecem ser citados os alimentos termogênicos que possuem a capacidade
de aumentar o metabolismo e, com isso, auxiliam, por exemplo, na manutenção do peso
saudável. Sobre os termogênicos, podemos comentar:
• O organismo tem um gasto calórico para processá-los e, com isso,
há uma contribuição para o emagrecimento;
• São exemplos: pimenta, cacau, gengibre, mostarda, vinagre de
maçã, guaraná;
• A inclusão na dieta deve ser cautelosa, já que são contraindicados
para gestantes e a prescrição para idosos, hipertensos e crianças
deve ser avaliada cuidadosamente.
4 Hidratação
A hidratação adequada é fundamental para o bom funcionamento do organismo. Um
corpo bem hidratado não somente funciona melhor como também mantém melhor
aparência.
As principais contribuições da água no nosso corpo são:
• Favorecimento das funções orgânicas;
• Manutenção metabólica;
• Tônus da pele e dos músculos.
A ingestão adequada de água favorece a absorção dos nutrientes necessários ao
equilíbrio da pele e garante a sua hidratação.
Em estética, a água é fundamental. A água trabalha junto com as fibras, estimulando
o trânsito intestinal e eliminando as toxinas do organismo, além de impedir que o seu
acúmulo seja refletido na pele.
Quando a pele perde água, ela se desidrata, fica áspera e se torna vulnerável ao
processo do envelhecimento. Daí a importância de mantê-la sempre hidratada. Só que a
pele não absorve água num simples banho, o que evidencia a importância da frequente
ingestão de água.
A quantidade mínima de água a ser ingerida por dia é de 1 ml por caloria ou 35
ml/kg/dia. Essa necessidade pode varia conforme clima, temperatura do ambiente, estado
fisiológico, doenças, temperatura corporal e outros fatores. Assim, é sempre válido o
bom senso no profissional na hora de indicar quantos litros de água o cliente deve ser
usar diariamente.
Nota importante
Devem ser abandonadas certas recomendações como ingerir 2 litros de
água por dia. Sempre que possível, personalize suas orientações
nutricionais.
Para atingir a necessidade diária de líquidos, o profissional deve indicar que a
hidratação seja feita preferencialmente com água. A hidratação feita com água é mais
rápida e não veicula calorias, uma vez que se torna importante também considerar esse
fator.
Além da água, podem ser usadas outras bebidas, como:
• Sucos, água de coco, alguns chás sem cafeína(chás de frutas),
águas aromatizadas sem gás.
É importante ressaltar que, em atividades físicas aeróbicas de baixa intensidade, a
hidratação, embora dependente do clima, pode ser feita com água até 50 minutos após o
início da atividade. Após esse tempo, as bebidas que contêm carboidratos e eletrólitos
são mais indicadas. Para esses casos, a recomendação não é de 1 ml por caloria, ou seja,
durante a atividade utiliza-se de 150 a 250 ml de água a cada 15 ou 20 minutos de prática.
Como foi dito, algumas situações, além da atividade física, exigem uma maior
necessidade de água, como:
• Constipação intestinal – mais 40%;
• Procedimentos estéticos capazes de favorecer a diurese, como a
drenagem linfática;
• Infecções;
• Gestação;
• Lactação;
• Alterações climáticas e de temperatura ambiental.
Quando o corpo não está adequadamente hidratado, alguns sinais indicam o estado
de desidratação. Nervosismo, falta de concentração, dor de cabeça, fadiga são alguns
exemplos.
Os sintomas da desidratação são percebidos na pele. Verifica-se além da diminuição
da elasticidade da pele, um campo propício para o aparecimento de outras alterações
como as estrias. Também percebe-se que peles pouco hidratadas apresentam aspecto
envelhecido, o que evidencia a relação entre envelhecimento e hidratação.
5 Envelhecimento
Passamos por um período de transição demográfica. O Brasil caminha para a
maturidade de forma que a nossa pirâmide tem mudado de configuração.
Na década de 50, as pessoas padeciam com as doenças infectocontagiosas e morriam
com pouca idade. Com todos os avanços da medicina e da imunologia, essas doenças não
nos afligem mais.
Entretanto, convivemos agora com as doenças crônico-degenerativas. Por um lado,
aumentam os casos de doenças como hipertensão, diabetes, câncer. Por outro, cresce a
preocupação da população com a qualidade de vida. Melhora o acesso da população aos
serviços de saúde. Aumenta a conscientização da população sobre a importância do
controle médico.
Esses fatores somados ao fato de que a terceira idade tem se engajado em projetos
sociais, tem buscado participar de grupos para socialização e tem se mostrado cada vez
mais consciente de sua importância na sociedade têm valorizado o idoso. Sabemos que,
na atualidade, o idoso tem toda condição de trabalhar, produzir e gozar da vida em sua
plenitude. Por tudo isso, doenças como a depressão têm diminuído nesse grupo da
população. O próprio idoso busca formas de aumentar a sua qualidade de vida,
praticando esportes e participando dos grupos da terceira idade na qual a convivência
saudável melhora a sua saúde.
Estima-se que, em 2025, o Brasil será o sexto país do mundo em população idosa. As
pessoas estão envelhecendo e os profissionais de saúde precisam estar preparados para
atender a essa demanda, conhecendo as peculiaridades desse grupo e fazendo com que a
essa população fique bem. Ficar bem é não somente ter condições de saúde sob controle,
mas também ter um bom estado emocional e social. Soma-se a isso, o sentir-se bem por
fora também.
Ao pensarmos, inicialmente, na questão saúde, temos os seguintes dados:
• 40% dos brasileiros estão com sobrepeso ou obesidade;
• 35% dos brasileiros acima de 40 anos são acometidos de
hipertensão (Ministério da Saúde);
• 11% das pessoas acima de 40 anos são acometidas de diabetes tipo
2 (Sociedade Brasileira de Diabetes).
Assim, o profissional de saúde se pergunta: Com que qualidade de vida essa
população idosa cumprirá a sua expectativa de vida? Temos então o conceito de
longevidade e a nutrição preventiva e estética têm a função de melhorar a longevidade
dessa população.
Nosso corpo passa por modificações ao longo dos anos. O ápice de nossas funções
ocorre por volta dos 30 anos, ou seja, passamos a maior parte de nossa vida envelhecendo
e todas as espécies passam por esse processo. Bons hábitos de vida diminuem a
velocidade desse processo e a função dos profissionais de saúde é de sempre incentivá-
los.
O corpo do idoso passa por alterações na sua composição que englobam basicamente
o aumento dos estoques de gordura, a diminuição da massa magra total e a queda da
densidade óssea. Além dessas alterações, existem as mudanças psicológicas e a
deterioração do desempenho físico. Alterações hormonais também ocorrem, sendo que a
principal é a diminuição da ação da insulina.
Sobre a composição corporal:
• Pessoas idosas tendem a pesar 25% mais do que adultos jovens;
• Ocorre menor síntese proteica;
• Redução na massa magra dos 25-70 anos em 12 Kg nas mulheres e
5 Kg em homens;
• A gordura corporal total aumenta entre os 18-85 anos em 18% em
homens e 12% em mulheres;
• Há redistribuição de gordura predominantemente visceral.
“A senescência não é uma ladeira que todos descem com a mesma
velocidade. É uma sucessão de degraus irregulares onde alguns
despencam mais depressa que outros” (Howell)
Ao realizar o planejamento alimentar do idoso, o profissional precisa estar atento à
diminuição da capacidade gustativa e a redução da força dos dentes.
Vários sistemas hormonais sofrem um declínio de suas atividades fisiologicamente,
afetando muito estas alterações corporais e de capacidade física e intelectual.
Visualize a apresentação sobre envelhecimento hormonal e qualidade de vida para
entender um pouco mais sobre esse processo.
A nutrição em estética, quando aplicada ao envelhecimento tem a função de:
• Acompanhar o peso do cliente e fazer os ajustes necessários no
equilíbrio de nutrientes energéticos, de modo a mantê-lo na faixa
saudável;
• Ofertar nutrientes antioxidantes;
• Acompanhar a atividade física, de modo a dar condições de
aumento do tônus muscular;
• Incluir nutrientes funcionais;
• Cuidar da saúde tireoidiana.
No capítulo sobre nutricosméticos, falaremos um pouco mais sobre o
envelhecimento de forma a complementar este capítulo.
 
Módulo 3
Nutrição e composição corporal
6 Nutrição no emagrecimento
Os nutrientes podem ser divididos em energéticos e não energéticos. No grupo dos
energéticos, temos os carboidratos, proteínas, lipídios e o álcool. Já no grupo dos não
energéticos são incluídas as vitaminas, os minerais, as fibras e os nutrientes funcionais,
ou seja, aqueles capazes de promover saúde, além da função básica de nutrir.
Com o aumento das doenças crônico-degenerativas, a manutenção do peso saudável
é a principal medida de controle e promoção de qualidade de vida. Além disso, um corpo
em forma é almejado pelas pessoas que buscam um bem-estar físico.
Nosso corpo precisa de energia para realizar trabalho, manter as funções vitais e as
atividades físicas diárias. Há ainda a termogênese induzida pelo alimento, ou seja, o
efeito térmico que cada nutriente produz. A manutenção do peso dar-se-á quando o valor
calórico ingerido equivale ao gasto energético diário. Quando há um desbalanço entre
ingestão e gasto, situações como ganho ou perda de peso acontecem.
Para a promoção do emagrecimento, é preciso que o indivíduo ingira menos do que
gasta. É importante ressaltar que emagrecer e perde peso são conceitos diferentes. O
emagrecimento refere-se à queima de gordura. Para que o organismo queime gordura, é
fundamental que o valor calórico da dieta seja bem escolhido.
Quanto mais próximo do gasto total for a dieta, menor o risco de queima de massa
magra e maiores as chances de queima de gordura. Estudos mostram a necessidade de
que a dieta seja preferencialmente planejada de modo a cobrir pelo menos o
metabolismo basal. O metabolismo basal, na prática, significa o gasto com as funções
vitais. Para o cálculo do metabolismo, podem ser usadas diversas equações.
Metabolismo basal ou taxa metabólica basal é a quantidade calórica ou energética
que o corpo utiliza, durante o repouso, para o funcionamento de todos os órgãos, por
exemplo, o coração, cérebro, pulmões, intestino.
Feitoo cálculo do metabolismo, é importante que o profissional procure levar em
consideração o gasto com a atividade física diária. Multiplicar o metabolismo basal pelo
fator atividade é uma forma de calcular o gasto energético total, sendo:
Regra prática
Gasto calórico total = gasto energético basal + gasto com as funções
dias + gasto com o esporte
Ao planejar uma dieta para emagrecer, o profissional deverá ter em mãos
informações fundamentais e isso, uma avaliação é necessária e deve conter:
• Data de nascimento;
• Sexo;
• Estatura;
• Peso;
• Percentual de gordura corporal;
• Dados da rotina de diária – ocupação, formas de locomoção, estilo
de vida;
• Informações sobre a atividade física praticada – modalidade,
horários, frequência, tempo de prática.
Calculado o gasto total, cabe ao profissional escolher o valor calórico a ser prescrito,
de acordo com a sua estratégia.
Dica
Prescrever valores calóricos muito baixos pode dar origem à fome e
levar à queima de massa magra. Por outro lado, valores muito
próximos ao gasto total podem fazer com que o emagrecimento seja
lento e desmotivante. Assim, procure prescrever uma dieta
confortável, levemente acima do metabolismo basal, mas que permita
uma flexibilidade nos fins de semana, por exemplo.
O planejamento alimentar para o emagrecimento deve ser personalizado.
A avaliação alimentar é a primeira etapa para a realização do trabalho de
emagrecimento e pode ser feita pela ingestão habitual, recordatório de 24 horas,
questionários de frequência alimentar qualitativo ou quantitativo ou ainda por outros
inquéritos.
A anamnese completa inclui informações sobre estilo de vida, como uso ou não de
bebidas alcoólicas, fumo, medicamentos e suplementos. Também é fundamental uma
avaliação clínica completa que aborde uma análise de sinais e sintomas, apalpação,
observação e informações sobre histórico familiar de doenças, além da apresentação de
exames laboratoriais.
Já a avaliação antropométrica deve ser cuidadosamente aplicada. Para cada grupo há
um protocolo mais indicado para análise antropométrica.
A reeducação alimentar, que nada mais é do que o incentivo ao consumo de
alimentos saudáveis e a diminuição da frequência dos gêneros pouco saudáveis, deve ser
sempre incentivada.
O plano alimentar deve ser variado, criativo e totalmente adaptado à rotina do
cliente, permitindo que seja possível a nutrição antes e após o exercício físico, por
exemplo.
Assim, a nutrição aplicada ao emagrecimento e o profissional devem:
• Permitir o adequado fracionamento das refeições;
• Capacitar o cliente ao adequado porcionamento;
• Fornecer informações sobre grupos de alimentos para que o cliente
seja treinado a substituir um gênero por outro sem comprometer o
equilíbrio da dieta;
• Incluir alimentos nutritivos e saborosos;
• Monitorar o cliente constantemente para análise dos resultados,
reprogramação calórica e trocas de planos alimentares, visando a
evitar a monotonia;
• Incluir, na medida do possível, nutrientes termogênicos.
É importante que o profissional ofereça ao cliente, técnicas para controle do apetite e
faça reeducação alimentar a cada consulta.
Conhecer os principais medicamentos ligados ao emagrecimento também é
importante para o profissional. Ainda que a prescrição tenha que ser feita
necessariamente por um médico, após a análise do cliente como um todo e da
determinação da necessidade de uso ou não, conhecer as drogas auxilia o nutricionista a
entender melhor o processo e a avaliar possíveis interações droga-nutriente.
A fitoterapia também tem se mostrado eficaz como tratamento auxiliar ao
emagrecimento. De acordo com o CFN (Conselho Federal de Nutricionistas), a prescrição
dos fitoterápicos que não precisam de receita médica pode ser feita pelo nutricionista,
desde que haja indicação da apresentação do produto, dosagem, forma e tempo de uso.
No emagrecimento, os fitoterápicos podem atuar diminuindo a ansiedade e a
compulsão, acelerando o metabolismo, suprimindo o apetite ou reduzindo a vontade do
consumo de doces, reduzindo o acúmulo de gordura abdominal, proporcionando
saciedade ou reduzindo a absorção de gorduras e carboidratos. Para adequada prescrição,
é necessário um curso de prescrição de fitoterápicos por se tratar de um assunto extenso.
Na busca pelo emagrecimento, muitas pessoas acabam optando por dietas
divulgadas na mídia. Essas dietas nem sempre são equilibradas. Algumas são
extremamente reduzidas em calorias. Outras privam algum alimento específico.
Objetiva-se, com essa apresentação, destacar os principais pontos de cada dieta para
que sejam elaborados argumentos capazes de mostrar ao cliente que tais condutas não
proporcionarão um emagrecimento saudável e duradouro.
 
7 Nutrição no ganho de peso
Nosso corpo é composto por massa muscular, ossos, peles, pelos, líquidos, gordura,
água. Todos esses componentes contribuem para a massa corporal. Uma criança pode
ganhar um incremento em algum desses componentes e assim aumentar o peso da
balança. No adulto, normalmente o ganho de peso dar-se-á por aumento de tecido
gorduroso, muscular ou por líquidos e, em alguns casos, por um aumento da massa
óssea, dependente da idade.
Na maioria das vezes, os clientes que buscam ganhar peso para atingir um perfil
estético almejado desejam aumentar a massa magra. A gordura corporal tem papel
fundamental na manutenção da temperatura, no estoque energético e na regulação
hormonal e, por isso, homens e mulheres precisam ter garantida, em sua composição
corporal, ao menos a chamada gordura essencial.
Quando avaliamos um cliente com um percentual de gordura extremamente baixo, é
importante ajustarmos a composição corporal. Até mesmo atletas precisam de ter pelo
menos a gordura essencial. Portanto, o primeiro passo para o atendimento de pessoas
que têm por objetivo o ganho de peso é a avaliação antropométrica. É ainda importante
checar se houve perda de peso recente para que seja feito o cálculo do percentual de peso
perdido. Perdas pessoas bruscas podem indicar problemas de saúde e torna-se
fundamental o acompanhamento nutricional clínico, além do encaminhamento a um
médico.
Muitas vezes, a perda de peso brusca indica desequilíbrio entre ingestão de
nutrientes energéticos e gasto. Essa situação é comum, por exemplo, em atletas ou em
pessoas que passaram a incluir o esporte em sua rotina, sem um devido ajuste
nutricional. Assim, fica claro que o segundo passo para o planejamento do ganho de peso
é a coleta das seguintes informações:
• Atividade física – modalidade, frequência da prática, tempo de
prática, velocidade, intensidade, gasto energético do exercício;
• Gasto energético com as atividades ocupacionais – atividade
profissional, número de horas trabalhadas em cada atividade
ocupacional, gasto com atividades domésticas, funções em casa;
• Deslocamento – formas de deslocamento, tempo de deslocamento.
Tomadas todas essas informações, o profissional deve calcular o gasto energético
diário do cliente, que, na prática, significa avaliar o gasto energético basal e somar a ele o
dispêndio calórico do esporte e das atividades diárias.
Uma vez calculado o gasto total, cabe ao profissional criar a estratégia para o ganho
de peso. Para o ganho de 1000 gramas de gordura, o aumento calórico deve ser de cerca
de 7777 Kcal por um período determinado.
Com o aumento das doenças crônico-degenerativas, há uma preocupação crescente
com o excesso de gordura corporal. Por esse motivo, salvo em clientes que não têm o
mínimo de gordura compatível com a saúde, é fundamental que o ganho de peso seja
obtido com uma estratégia que combine nutrição adequada e exercício físico para o
ganho de massa magra.
Para o ganho de massa magra, deve ser elaborada uma estratégia nutricional que
contemple um aumento calórico de 5 a 8 Kcal por kg de peso diariamente. Estudos
mostram que, quantomais ousado for o aumento calórico, maior o risco de que o cliente
venha a ganhar massa gordurosa também.
Dica
O primeiro mês de acompanhamento de um cliente que está em
processo de ganho de massa magra é muito importante. Isso porque a
avaliação nutricional do primeiro mês dará a você, profissional, uma
noção do perfil do seu cliente, ou seja, será possível evidenciar se trata
de uma pessoa com mais potencialidade para ganho de massa magra
ou com um certo risco de ganho de gordura concomitantemente.
 
Nota importante
Faça avaliações antropométricas de 45 em 45 dias para que seja
possível evidenciar as alterações na composição corporal. Caso a sua
estratégia para ganho de massa magra não esteja de acordo com o que
o cliente almejou, mude a velocidade do ganho de peso.
Além da avaliação nutricional periódica, é fundamental que o plano alimentar seja
personalizado, com devido equilíbrio de nutrientes e orientação para as refeições antes e
depois da atividade física.
Lembre-se
Os clientes desejam aumentar o peso, mas não estão dispostos à prática
de um exercício com orientação específica para alcançar tal objetivo.
Nesses casos, o risco de ganho de gordura é alto e, por isso, o incentivo à
prática do exercício deve ser promovido, uma vez que, do contrário, talvez
o cliente não atinja o seu objetivo.
Módulo 4
Nutrição nas alterações estéticas – Parte 1
8 Nutrição na cirurgia plástica
A Nutrição em estética aplicada à cirurgia plástica é um campo promissor. Por esse
motivo, o profissional de nutrição em estética deve procurar firmar contatos e parcerias
com médicos que atuem na cirurgia plástica.
Pensemos, inicialmente, na cirurgia plástica que visa a uma melhor forma física.
Nesse grupo, temos as populares lipoaspirações e lipoesculturas, além das
abdominoplastias. O trabalho começa no pré-cirúrgico. Há uma ilusão no sentido de se
achar que a cirurgia plástica estética emagrece. Muitas pessoas optam por lipoaspiração e
cirurgia plástica abdominal para a diminuição dos ponteiros da balança.
O cirurgião, ao fazer a avaliação inicial (pré cirúrgica), costuma orientar o cliente a
buscar a adequação do peso antes da intervenção, visando a um melhor resultado. Isso
porque, o emagrecimento brusco após a cirurgia plástica pode gerar flacidez de tecidos, o
que pode comprometer o resultado final. Além disso, o corpo com a quantidade de
gordura corporal dentro do esperado proporciona uma cirurgia mais segura, inclusive na
questão da anestesia. Por esse motivo, o papel do nutricionista nas equipes de cirurgia
plástica é essencial.
No pré-cirúrgico, o trabalho do nutricionista vai além da adequação do peso. Entre as
principais funções do nutricionista no pré-cirúrgico estão:
• Ajustar o peso – pelos motivos citados;
• Melhorar estado nutricional – equilibrar nutrientes;
• Aumentar a biodisponibilidade de ferro – uma vez que o corpo
passará por uma intervenção na qual ocorrerá perda de sangue;
• Oferecer nutrientes capazes de melhorar o sistema imune – para
facilitar a recuperação.
Seja atuando em equipes de saúde ou como autônomo, o nutricionista que atua na
cirurgia plástica tem um vasto trabalho também no pós-cirúrgico. Isso porque, além de
auxiliar na recuperação, o nutricionista poderá monitorar o cliente e seu peso, fazendo
com que o resultado da intervenção seja duradouro. Assim, no pós-cirúrgico, o
nutricionista poderá:
• Prescrever uma dieta ligeiramente hiperproteica, com proteínas de
boa qualidade, auxiliando na recuperação dos tecidos;
• Acompanhar o peso e auxiliar na manutenção do mesmo;
• Oferecer auxílio à diminuição da retenção de líquido e à
cicatrização;
• Oferecer condições para bom funcionamento intestinal, uma vez
que a constipação é mais comum em cirurgias que exigem repouso.
São nutrientes relevantes para o pós-cirúrgico:
• Vitamina C – é essencial à síntese de colágeno, além de ser
antioxidante;
• Vitamina A – essencial à reconstrução dos tecidos; melhora da
competência imune;
• Zinco – ajuda na aceleração do processo de cicatrização. Fontes:
carnes vermelhas, aves, peixes, grãos, laticínios;
• Arginina – melhora a oxigenação dos tecidos, indiretamente, o que
facilita a recuperação.
Como sugestão, o trabalho nutricional relacionado à cirurgia plástica pode seguir os
seguintes passos:
No pré-cirúrgico:
• Avaliação nutricional completa;
• Definição de metas e retorno ao cirurgião sobre a previsão de
emagrecimento;
• Reeducação nutrição;
• Plano alimentar personalizado;
• Acompanhamento periódico – quinzenal ou mensal destinado a
novas avaliações, monitoramento da composição corporal, reforço
da educação nutricional e retorno ao médico.
No pós-cirúrgico:
• Acompanhar o peso e a involução do edema inicial;
• Avaliar o funcionamento intestinal e propor dieta antiflatulência e
laxativa;
• Prescrever nutrientes capazes de auxiliar na recuperação do
estresse orgânico e na melhora da competência imune;
• Monitorar o cliente com frequência.
Dica:
Dependendo do tempo que o nutricionista tem para realizar o
emagrecimento pós-cirúrgico, o uso de nutrientes termogênicos, como
vinagre de maçã, linhaça, cacau, pode ser interessante.
 
Nota:
Converse com o médico sobre a suplementação de ômega3 desde o
pós-cirúrgico.
 
Fique ligado:
Ofereça o atendimento domiciliar para o seu cliente. No pós-cirúrgico,
será uma opção de mais conforto!
Outros casos de cirurgia plástica, como as de menores extensões e as reconstrutoras,
têm na nutrição um auxílio para o sucesso. Vários estudos relacionam o equilíbrio de
nutrientes, excesso ou carência como fatores que ditam o curso de uma cicatrização.
Fatores como instabilidade hemodinâmica, estresse metabólico e estado nutricional
podem interferir desfavoravelmente no processo de cicatrização (Whitney e Heitkemper,
1999).
A presença ou deficiência de vitaminas lipossolúveis (A e E), hidrossolúveis (C e
tiamina) e oligoelementos (zinco, magnésio) podem modificar a evolução do processo
cicatricial (Rojas e col, 1999).
9 Nutrição na flacidez
O corpo humano passa por modificações à medida que envelhece. Com o passar dos
anos, ocorre uma perda de massa magra e um aumento da gordura corporal.
Simultaneamente, as fibras colágenas e de elastina diminuem. Essas modificações fazem
com que corpo se torne mais flácido à medida que os anos passam.
A velocidade desse processo depende de uma série de fatores e de características do
próprio indivíduo. Ainda na adolescência, alguns fatores podem contribuir para que
ocorra a flacidez, o que evidencia que o problema não é relacionado apenas à idade, ou
seja, algumas situações podem fazer o corpo ficar mais flácido.
Assim, as principais causas da flacidez são:
• genética;
• excesso de peso;
• sedentarismo;
• alimentação inadequada;
• emagrecimento acelerado.
Muitas pessoas que procuram os consultórios de nutrição para emagrecer temem a
flacidez. Estudos mostram que a velocidade do emagrecimento pode fazer com que a
flacidez apareça em menor ou maior grau. Também é importante deixar claro que,
quando uma pessoa com menos idade passa pelo processo de emagrecimento, a
possibilidade de recuperar essa flacidez é maior. Assim, quanto mais idade tiver o
cliente, maior deve ser a preocupação com a estratégia para o emagrecimento. Também é
importante ressaltar que, durante o processo de emagrecimento, o estímulo à atividade
física diminui a possibilidade de aparecimento da flacidez, já que, simultaneamente, o
corpo passará por um processo de manutenção e/ou ganho da massa magra enquanto
perde a gordura em excesso.
Quando um corpo aumenta de peso sem o devido acompanhamento, normalmente
ele ganha gordura. Entretanto, no emagrecimento sem orientação, a perda de gordura
pode ser acompanhada de queima de massa magra, principalmente em dietas de
restrição severa decalorias.
A alimentação inadequada também é um ponto que deve ser avaliado na etiologia da
flacidez. Isso porque, para a manutenção da massa magra, é preciso que haja o devido
intervalo entre as refeições e um equilíbrio entre carboidrato, proteína e lipídios, além de
minerais e vitaminas. O baixo consumo proteico, por exemplo, pode fazer com que o
corpo não sintetize adequadamente as fibras colágenas.
O controle alimentar para evitar a flacidez tem quatro pontos principais:
• Utilização de alimentos proteicos associados à atividade física;
• Controle para evitar o acúmulo de gordura – ajuste calórico;
• Estímulo à produção de colágeno;
• Hidratação.
O equilíbrio alimentar diário é fundamental para que o corpo receba o que precisa.
Seja para emagrecer ou para manter o peso, a atividade física ajuda no controle da
flacidez porque melhora o tônus muscular e aumenta a massa magra. Também é
importante dispensar uma atenção diferenciada a atletas, já que a alimentação
inadequada nesse grupo pode fazer com que massa magra seja desviada para o
fornecimento de energia e também abrir espaço para a flacidez.
À medida que os anos passam, o corpo acumula gordura. Assim, os ajustes calóricos
precisam ser feitos sempre de acordo com a idade e o nível de exercício do cliente. Para
quem quer emagrecer, as reduções calóricas devem ser graduais e não ousadas demais,
visando a preservar a massa magra. Nesses clientes, a atividade física auxiliará o ganho
de massa magra.
Como foi falado, a hidratação adequada é fundamental para os processos orgânicos,
funcionamento intestinal e saúde da pele. No controle da flacidez, a água melhora a
elasticidade da pele. A pele é um órgão que precisa se adaptar a cada mudança da
composição corporal e, por isso, tal elasticidade é fundamental.
A produção das fibras colágenas precisa ser sempre estimulada e uma das formas de
fazê-lo é oferecer ao organismo proteínas das quais serão tirados os aminoácidos para a
produção do colágeno.
 Vamos falar sobre o colágeno?
O colágeno tem uma série de funções no nosso corpo e em estética relaciona-se não
somente com a flacidez, como também com a saúde das unhas e da pele. Com o passar
dos anos, o corpo pode sofrer privações de proteínas, vitaminas e, assim, a produção ser
escassa. A falta de colágeno se torna mais visível e notável quando o homem entra na fase
da maturidade, quando há uma possibilidade maior dele sofrer fraturas com frequência.
Também é nessa etapa da vida que começam a aparecer as rugas, pois a pele não tem
mais a mesma elasticidade de antes. A deficiência de colágeno no organismo acarreta
alguns problemas, como má formação óssea, rigidez muscular e doenças na pele.
No controle da flacidez, alguns nutrientes são fundamentais:
• Silício – encontrado em cereais integrais, o mineral, além de
estimular os fibroblastos a produzirem mais colágeno e elastina, que
são responsáveis pela sustentação e elasticidade da pele, protege a
integridade dessas fibras;
• Vitamina C – estimula a produção do colágeno, além de ser
antioxidantes;
• Aminoácidos – especialmente lisina, prolina e glicina são
fundamentais para a síntese do colágeno.
A importância da vitamina C na síntese do colágeno é extrema. A deficiência dessa
vitamina leva ao escorbuto, doença relacionada à falha na síntese do colágeno que pode
causar hemorragias.
No mercado, ficou famoso o colágeno hidrolisado. Entre os principais benefícios em
estudo estão as seguintes funções:
• Retarda o envelhecimento e previne rugas;
• Combate a flacidez da pele;
• Fortalece unhas e cabelo;
• Contribui para saúde dos ossos;
• Combate celulite e estrias;
• Auxilia no funcionamento do sistema linfático.
Trata-se de um produto formulado, usando-se um processo científico único e
específico, que consiste em hidrolisar o colágeno e, sequencialmente, implementar o
processo de liofilização, ocorrendo, assim, a preservação natural do produto e uma
assimilação de mais de 90% (pré-digerido e absorvido) pelo organismo.
No controle da flacidez também, ficou famoso o DMAE
(DIMETILAMINOETANOL). Naturalmente produzido pelo organismo e presente na
membrana celular, o DMAE é percussor do neurotransmissor Acetilcolina, que diminui
no organismo ao longo dos anos. O DMAE é uma substância presente em muitos
cosméticos e que também é encontrada naturalmente em alimentos como salmão,
sardinha e anchova. O DAME causa uma contração excessiva dos músculos e, por isso, é
indicado também para a flacidez, embora a maior aplicação seja para amenizar as linhas
de expressão. Como função adicional, o DMAE estimula a memória. Também é estudado
o seu uso para tratamento do Mal de Alzheimer.
O cuidado nutricional para evitar a flacidez deve seguir uma estratégia própria,
formulada de forma personalizado. Sugere a seguinte sequência de passos:
• Avaliação nutricional completa;
• Adequação ao peso;
• Em caso de necessidade de emagrecimento, formular redução
calórica gradual;
• Estímulo à atividade física orientada;
• Determinação do equilíbrio de nutrientes – escolha de fontes
proteicas de boa qualidade, equilíbrios de antioxidantes,
organização de micro e macronutrientes, com especial atenção à
vitamina C;
• Organização da estratégia de hidratação;
• Elaboração do plano alimentar personalizado, associado à atividade
física; introdução de fontes de DMAE;
• Prescrição, se necessária, de colágeno hidrolisado.
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Módulo 5
Nutrição nas alterações estéticas – Parte 2
10 Nutrição e saúde dos cabelos, das unhas e no
controle das estrias e da gordura localizada
A carência de nutrientes pode se manifestar de diversas formas. Entre elas, o cabelo
é um bom indicador do estado nutricional. Cabelos quebradiços, fracos e áreas de
alopecia podem indicar que o corpo não está adequadamente nutrido. Assim, o cabelo é
um indicador do estado nutricional. Além disso, as células do couro cabeludo sofrem
renovação rápida.
Ao avaliar o cliente com queixas relacionadas a alterações capilares, é importante que
sejam analisados alguns pontos. Sugere-se anotar as principais informações:
• Fios quebradiços;
• Cabelo sem brilho;
• Alopécia;
• Oleosidade;
• Ressecamento.
Um material de sinais e sintomas pode ser interessante na hora de supor transtornos
envolvidos nas alterações capilares. Mas é importante que se tenha todo o cuidado na
interpretação. Também é necessário encaminhamento médico para diagnóstico.
A biotina, ou vitamina H, é especialmente importante quando o assunto é saúde
capilar. A sua deficiência pode gerar dermatites e a suplementação contribui para
diminuição da queda de cabelo. Como as principais fontes são rim, fígado e a gema,
talvez a suplementação seja uma estratégia interessante em alguns casos.
O zinco estimula a multiplicação das células e o crescimento do cabelo e nutrientes
como lisina, cisteína e prolina são necessários para a síntese dos fios.
A história do peso do cliente é fundamental. Emagrecimentos bruscos podem gerar
perda de cabelo. Além disso, dietas hipocalóricas costumam ser deficientes em vários
nutrientes, especialmente em zinco. A análise das fontes proteicas presentes na dieta
deve ser feita visando a verificar a presença de aminoácidos essenciais.
Exames bioquímicos podem indicar que, na ocorrência de alterações, essas podem
estar relacionadas a anemia, que resulta, por exemplo, no enfraquecimento das unhas.
As unhas saudáveis são rosas, firmes e sem manchas. Deficiências de nutrientes
como o cálcio podem gerar manchas nas unhas. Como as unhas são formadas por
queratina, é necessária a presença de proteínas na dieta para manutenção da saúde das
mesmas.
Outra alteração estética bastante incômoda é a estria. As estrias são causadas pelo
estiramento excessivo da pele, o que provoca o rompimento das fibras elásticas e
colágenas. Algumas situações contribuem para o aparecimentodelas, como gestação,
aumento brusco do peso e genética.
O cuidado nutricional envolve a adequada hidratação, o controle do peso e o
estímulo à formação endógena do colágeno por meio da oferta adequada de proteína e
vitamina C.
Nas dietas de emagrecimento, é comum os comentários sobre o “efeito sanfona”.
Trata-se da situação na qual o indivíduo vivencia quedas e aumentos de peso
significativo. Na prática, é a situação vivida por pessoas que emagrecem, mas que não
conseguem manter o peso e ganham novamente, às vezes, mais do que o que foi perdido.
Esse efeito, além de contribuir para a flacidez, pode formar estrias também.
O aumento de massa muscular brusco, se não associado à adequada dieta com a
devida hidratação, também pode causar o rompimento das fibras e assim gerar as estrias.
O cuidado nutricional é voltado à prevenção, por meio da manutenção do peso e da
nutrição adequada.
Quando o corpo ganha peso sem atividade física conciliada, muitas vezes o aumento
dar-se-á por elevação das reservas de gordura, geralmente localizada em regiões como
abdômen e glúten.
Assim, a incômoda gordura localizada normalmente concentra-se no glúten e no
abdômen. Infelizmente, não há nenhuma dieta que comprovadamente reduza apenas a
gordura localizada.
Especula-se o papel das fibras e da dieta com baixo índice glicêmico como estratégia
de controle. Alguns estudos feitos com as dietas ricas em fibras mostram-se eficazes.
A estratégia de destaque é a associação de uma dieta hipocalórica à prática da
atividade física quando há a necessidade de adequação do peso. Quando não existe a
necessidade de emagrecimento, os cuidados podem ser feitos com a atividade física
associada à dieta rica em fibras e com baixo índice glicêmico.
As fibras são responsáveis pela promoção da saciedade e, com isso, evitam o
consumo excessivo de alimentos. Melhoram o funcionamento intestinal e, assim, evitam
a sensação de abdômen cheio. Também modulam o índice glicêmico.
A escolha da dieta de índice glicêmico reduzido com maior teor de fibras evita a
formação de triglicérides.
Caso haja a necessidade de emagrecimento, a dieta termogênica pode ser
interessante e até mesmo a prescrição de fitoterápicos capazes de atuar na diminuição da
gordura abdominal.
 
11 Nutrição na lipodistrofia ginoide
A lipodistrofia ginoide, popularmente conhecida como celulite, não é somente uma
alteração estética. Na etiologia dessa alteração, existem pontos que merecem ser
cuidados para garantir a adequada saúde do cliente.
A lipodistrofia ginoide atinge mais de 80% das mulheres e os tratamentos estéticos
precisam de mais estudos para consenso sobre a eficácia dos resultados.
As causas incluem diversas hipóteses fisiopatológicas, como alterações do tecido
adiposo e da microcirculação.
A lipodistrofia ginoide é considerada uma distrofia dermo-hipodérmica de natureza
complexa, envolvendo uma alteração no metabolismo da gordura em locais
característicos do contorno corporal feminino associado à saturação hídrica e causada por
mecanismos hormonais, fisiológicos e bioquímicos.
As seguintes etapas ocorrem para a formação da lipodistrofia ginoide:
• As células adipócitas tornam-se aumentadas em volume e
quantidade;
• Ocorre espessamento e proliferação das fibras de colágeno
interadipositárias, causando ingurgitamento dos tecidos;
• A circulação de líquidos é reduzida;
• O sistema linfático é afetado;
• As fibras elásticas tornam-se frágeis e rompíveis e podem comprimir
vasos e nervos, causando a dor;
• Podem ocorrer modificações do tecido conjuntivo, gerando
nódulos.
A lipodistrofia pode evoluir de grau e cumprir todas as etapas citadas ou
comprometer apenas alguns tecidos. Para fins de avaliação, classifica-se:
• Grau I – visível apenas com compressão manual;
• Grau II – aparece com compressão leve (sentada, deitada);
• Grau III – tem aspecto de relevo, espontaneamente;
• Grau IV – forma nódulos, com dor.
Para a formulação da estratégia de intervenção nutricional, é importante o
conhecimento dos fatores envolvidos.
Nosso organismo tem defesas naturais capazes de deter a entrada de agentes
estranhos. Entre essas defesas, podemos citar a pele, as enzimas, as células de defesa e a
barreira intestinal.
Agentes estranhos ou indesejáveis ao organismo, como vírus, bactérias,
contaminantes químicos, físicos, xenobióticos, radicais livres, são detidos em maior ou
menor grau por esse sistema de defesas na medida que ele está bem ou mal funcionante.
Xenobióticos são compostos químicos estranhos a um organismo biológico ou em
quantidades maiores do que o suportável. Alguns exemplos são: antibióticos, corantes,
derivados de plásticos, pesticidas, certos metais e outra substâncias. Todos com efeito
cumulativo.
Como as consequências do acúmulo de xenobióticos no corpo incluem alergias,
neoplasias, queda na qualidade do sêmen, depressão, inflamação, o organismo utiliza
meios para desintoxicação. A desintoxicação de xenobiótico inclui a neutralização (no
fígado) e a excreção (na urina, suor, fezes). O resultado é a produção de radicais livres.
A flora bacteriana é um sistema inato de defesa do organismo. Quando agentes
estranhos tentam atingir a circulação, a flora bacteriana atua formando uma barreira
capaz de diminuir as chances de invasão. Isso porque bactérias da flora normal
competem com patógenos por comida e locais de fixação, diminuindo a probabilidade de
estes últimos se multiplicarem em número suficiente para causar uma doença.
No mundo moderno, a disbiose intestinal tornou-se uma preocupação. No nosso
organismo, 100 trilhões de bactérias de mais de 400 espécies diferentes vivem em um
delicado balanço. A nossa flora intestinal tem funções importantes como a síntese de
algumas vitaminas e a defesa do nosso organismo. Quando essa flora é abalada, nosso
organismo fica sujeito à passagem de toxinas para a circulação portal. É a disbiose
intestinal, transtorno no qual as bactérias da flora normal ficam em minoria e o
organismo torna-se debilitado, já que a capacidade de defesa orgânica diminui. Artrite
reumatoide, acne, urticárias, depressões e celulite são transtorno que podem ter na
disbiose um possível fator etiológico.
Situações como uso de medicamentos (principalmente antibióticos), estresse, uso de
laxantes, infecções, dieta inadequada e constipação intestinal podem fazer com que haja
um desequilíbrio dessa população bacteriana. Os sintomas incluem desde alterações no
ritmo intestinal, até flatulência, irritabilidade e fadiga. A avaliação de um médico faz-se
necessária para o início do tratamento e a alimentação tem papel fundamental nesse
processo.
A dieta deve ser individualizada e focada na causa do problema. De forma geral,
deve-se evitar corantes, conservantes, glutamato monossódico, carnes vermelhas e
alimentos gordurosos. Alguns alimentos como leite, ovos, soja, açúcar branco e
embutidos também devem ser evitados. Frutos do mar e alimentos ricos em glúten
podem não ser desejáveis dependendo da gravidade do problema.
A dieta deve consistir em grande quantidade de vegetais, particularmente cenoura ,
couve-flor, repolho, chicória, cebola, alho e alho-poró, além de frutas, farinha de banana,
arroz integral e leguminosas. Sob orientação, também devem ser usados produtos
contendo pró-bióticos (micro-organismos vivos que melhoram a flora intestinal) como
leites fermentados e iogurtes especiais.
Processos inflamatórios diversos encontram na disbiose um dos fatores agravantes.
Na etiologia da lipodistrofia ginoide, é preciso levar em consideração o processo
inflamatório envolvido no seu curso.
O sedentarismo, associado à alimentação contemporânea com o uso excessivo de
xenobióticos, somado ainda à carência de nutrientes devido aos erros alimentares e ao
excesso de peso, além da disbiose, criam uma condição favorável aos processos
inflamatórios. Estes, além de alteraçõesestéticas, geram danos à saúde e contribuem com
processos como a formação de ateromas.
Após essa abordagem mais detalhada sobre a etiologia da lipodistrofia ginoide, é
possível entender o papel do nutricionista em:
• Controle do peso – estudos mostram que o aumento do peso piora
o quadro da celulite;
• Saúde intestinal – controle da disbiose com o uso de probióticos,
pré-bióticos, fibras;
• Ingestão de líquido – água, especialmente para favorecer os
processos orgânicos, eliminar toxinas, melhorar a saúde intestinal;
• Combate à retenção de líquido – por meio da escolha de alimentos
naturais e eliminação de embutidos e enlatados;
• Aumento do potássio e diminuição do sódio – educação nutricional
voltada para análise de rótulos, inclusão de frutas, diminuição do
uso de sal de cozinha, refrigerantes e temperos artificiais;
• Iodo – envolvido na função da tireoide. Alimentos fontes, como
algas, devem ser introduzidos para que haja um devido
funcionamento da glândula, fazendo, assim, com que a velocidade
das reações orgânicas fique sob controle;
• Vitaminas e minerais antioxidantes – ajudam a evitar a formação
dos radicais livres formados durante a desintoxicação orgânica e o
estresse do dia a dia;
• Ômega 3 – melhora a circulação, é antioxidante e evita processos
inflamatórios;
• Termogênicos – alimentos termogênicos facilitam o processo de
emagrecimento, o que contribui para o quadro todo;
• Favorecer oxigenação dos tecidos – por meio do adequado
fornecimento de ferro e líquidos;
• Gordura trans – aumento da atividade de citocinas marcadoras de
atividade inflamatória e aumento da proteína C-reativa devem ser
evitados;
• Silício – quantidade diminui ao longo dos anos (ele é importante
para estrutura da elastina e colágeno), o que exige reposição na
forma de silício orgânico. Fontes: cereais integrais. Há opção de
suplementação.
Nota
Oriente o seu cliente na diminuição do uso de xenobióticos. Chame a
atenção para o uso de sucos em pó, alimentos com glutamato
monossódico, corantes e conservantes.
 
Curiosidade
O simples fato de aquecer alimentos no micro-ondas com papel filme
ou em vasilhas de plásticos pode gerar a formação de xenobióticos.
Prefira vasilhames de vidro próprio, sem a tampa plástica.
O cliente deve ser orientado à diminuição do consumo de substâncias pró-
inflamatórias- excesso de gordura trans, gordura saturada (carnes, queijos amarelos,
bolachas, sorvetes de creme, etc.), sal, alimentos industrializados, carboidratos refinados
(pão branco, macarrão refinado, arroz branco, etc), açúcar e excesso de adoçantes,
alimentos possíveis de causar alergia (chocolate, amendoim, lactose – caso haja uma
intolerância em suspeita).
O nutricionista deve ainda incentivar o consumo de alimentos favoráveis à prevenção
da celulite como:
• Linhaça e peixes de água gelada;
• Aveia e outros cereais integrais (arroz, trigo);
• Chicória, farinha de banana-verde, batata yacon;
• Alimentos termogênicos;
• Iogurte e leite fermentados;
• Frutas e vegetais de forma geral;
• Acaí e outras fontes de ferro;
• Ameixa seca preta, damasco;
• Água, água de coco;
• Acelga, taioba, laranja, banana.
Módulo 6
Nutrição nas alterações estéticas – Parte 3
12 Nutrição e acne
A relação entre a alimentação e a acne é polêmica. Quando avaliamos os estudos
sobre o assunto encontramos uma série de autores que constataram a relação entre a
alimentação e a acne e outros tantos que não conseguiram constatar essa relação.
O assunto divide a opção de nutricionistas, dermatologistas e outros profissionais de
estética. Na prática de atendimento nutricional, os profissionais que atuam em estética
percebem claramente o papel da alimentação não somente no agravamento do quadro,
como também a função dos nutrientes na melhora do aspecto da pele de quem sofre com
a acne. Assim, não podemos colocar a alimentação como único agente capaz de causar a
acne, mas precisamos estar atentos na atuação da dieta como um dos fatores etiológicos.
Observações de povos de sociedades tribais onde não há alimentos industrializados,
gordura trans, corantes artificiais e conservantes mostram que a acne praticamente
inexiste nessas pessoas que são também consumidoras de frutas frescas e vegetais in
natura.
A acne é uma doença de predisposição genética, cuja manifestação depende dos
hormônios sexuais e que se manifesta na forma de um processo inflamatório que pode
ter a influência da dieta e do estresse. Dependendo da sua gravidade, pode ser dividida
em grau I, II e III. As lesões são de várias formas: comedões, pápulas, pústulas, cistos,
nódulos e cicatrizes que se localizam principalmente na face, pescoço, ombros, costas e
peito. Essa classificação e nomenclatura para diagnóstico fica por conta do
dermatologista e do esteticista que estiverem realizando o acompanhamento.
Má alimentação, genética, uso inadequado de cosméticos, higienização inadequada
da pele podem ser causadores. As peles oleosas são muito afetadas por essa doença, pois
os micro-organismos presentes sobre a pele encontram nesse tipo de pele seu ambiente
ideal, o que favorece seu desenvolvimento e multiplicação.
Um estudo realizado por Wolf e col. (2004) mostrou que não há como relacionar acne
e dieta já que outros fatores, principalmente os genéticos, influenciam os resultados das
pesquisas.
Esse mesmo estudo também mostrou que não há relação entre aumento de IMC e o
aparecimento de acne.
De acordo com o mesmo autor, ainda há dados insuficientes que possam comprovar
que uma dieta rica em gordura ou carboidratos possa interferir na quantidade e na
composição da secreção formada pelas glândulas sebáceas, o que poderia influenciar no
aparecimento da acne. E ainda, diversos estudos analisados pelo mesmo autor, não
mostraram relação entre o aumento do consumo de chocolate e o aparecimento de
qualquer tipo de alterações na pele.
Schaefer apud in Wolf e col.2004 mostram aumento do aparecimento de acne em
indivíduos que mudaram seus hábitos alimentares. Já Smith (2007) constatou que
ingestão alimentar pode alterar os parâmetros bioquímicos e endócrinos que são
associados com metabolismo de acne, e que mudanças dietéticas contribuíram para a
melhora do quadro clínico dos indivíduos estudados.
Danby, 2008 mostra que a acne é causada pela ação de dihidrotestosterona que é um
produto da testosterona e também é encontrado em alimentos como leite e carnes.
Dica
Fique atento a estudos na área, observe seus clientes e assuma uma
postura sobre o assunto.
O cuidado nutricional especulado para controle da acne tem por finalidade evitar o
processo inflamatório, a formação do sebo, a redução da oleosidade e o controle dos
hormônios, na medida do possível. Assim, deve-se controlar o fornecimento de gordura,
especialmente a trans. Controlar também a porcentagem total de gordura da dieta para
evitar a formação de sebo é fundamental. Além disso, é importante buscar equilíbrio
entre ômega 3 e ômega 6, pois o excesso de ômega 6 pode gerar processo inflamatório.
Controlar a quantidade de carboidratos e o índice glicêmico da dieta também é
necessário, pois a elevação do índice glicêmico pode contribuir para o processo
inflamatório envolvido na etiologia da acne. Além disso, as elevações de glicose do
plasma ocorrem em consequência da ingestão de uma carga significativa de glicose, e
essas elevações podem causar um aumento da testosterona e uma diminuição dos
hormônios sexuais envolvidos no controle da secreção das glândulas sebáceas.
Para a intervenção nutricional, sugere-se a seguinte rotina:
• Ajuste do hábitos alimentares;
• Diminuição do IG das refeições;
• Controle de gordura saturada;
• Ajuste de ômega 3;
• Diminuição do alimento inflamatório;
• Alternativas para redução (não eliminação) de carne, leite,
derivado;
• Observações individuais sobre alimentos que potencializama
formação da acne do seu cliente.
Além do que foi citado, cabe ao profissional também orientar o cliente a buscar o
controle médico e um esteticista com formação técnica para indicação de cosméticos e
medicações para controle, desestimulando a automedicação. Convêm ainda estimular
estratégias para controle do estresse, como a prática da atividade física.
 
13 Alimentos funcionais, sinais do tempo e
fotoproteção
Já foi dito sobre as modificações que o corpo sofre à medida que envelhece.
A carência de proteínas na dieta impede o adequado reparo das nossas células e
acelera o processo de envelhecimento. Assim, tão importante quanto a hidratação é o
devido aporte de proteínas de boa qualidade via dieta. A vitamina C, comentada no
módulo sobre flacidez nos chama a atenção também nesse assunto, já que é antioxidante
e necessária para a formação do colágeno, elasticidade e do tônus da pele.
A alimentação antioxidante rica em alimentos funcionais, garante uma pele mais
livres de manchas, sejam do sol, sejam da idade.
Especial atenção deve ser dada ao controle alimentar de atletas que podem produzir
mais radicais livres e também terem mais chance de exposição ao sol. Nesses indivíduos,
o consumo de antioxidantes deve ser especialmente estimulado.
Uma estratégia para controle dessas linhas de expressão é a inclusão de ácido elágico
na alimentação. Encontrado, sobretudo, em frutas vermelhas como morango, amora,
framboesa e romã, essa substância evita a ruptura das fibras de colágeno.
A água garante o viço e melhora a elasticidade da pele, garantindo adequada
hidratação. Os alimentos fontes de ômega 3, como os peixes, a linhaça e a quinua,
também auxiliam a hidratação, evitando processos inflamatórios que dão origem aos
radicais livres, responsáveis também pela aparência envelhecida da pele. Outros
antioxidantes, como azeite, as castanhas, a uva roxa, devem ser estimulados.
A soja, rica em isoflavona, garante maior firmeza à pele, já que estimula a produção
de proteínas da derme.
Na mídia não faltam produtos capazes de evitar o envelhecimento precoce.
Coenzima Q10, vitamina Q10, ubidecarenona ou ubiquinona são os nomes de uma
substância que virou moda.
A Coenzima Q10 promove reações químicas essenciais e contribui também para o
processo de produção de energia a nível celular. É um poderoso antioxidante do nosso
organismo e suas fontes são: sardinha, cavalinha, soja, nozes, amendoim, gergelim e
brócolis.
Dica
Para estimular a Coenzima Q 10 naturalmente, ensine o seu cliente a
preparar o gelo de couve batendo 1 xícara de chá de água ou água de
coco com 1 xícara de chá de folhas de couve picadas e bem lavadas. O
suco grosso pode ser congelado em formas de gelo e usado
diariamente em sucos ou coquetéis.
Neste livro, muito foi falado sobre os alimentos funcionais. São alimentos que
fornecem energia para o corpo e uma nutrição adequada, produzem efeitos que
proporcionam benefícios à saúde, auxiliando na redução e prevenção de muitas doenças.
Vistos como promotores da saúde, podem melhorar a saúde quando fazem parte de
uma dieta contendo uma variedade de alimentos, incluindo frutas, vegetais, grãos e
legumes.
Alguns deles:
Aveia
• Rica em fibra solúvel;
• Ajuda a reduzir o colesterol LDL,“ruim”;
• Ajuda a melhorar a constipação intestinal;
• Alimentos ricos em fibras devem ser consumidos acompanhados de
líquidos.
Alho
• Rico em alicina;
• Diminui a pressão arterial;
• Diminui a taxa de colesterol LDL;
• Aumenta níveis de colesterol HDL,”bom”.
Azeite de oliva
• Rico em ômega 9 e compostos fenólicos;
• Auxilia na redução de LDL;
• Pode diminuir o risco de doenças do coração em até 40%, caso seja
ingerido no lugar da margarina ou manteiga.
Castanha-do-pará
• Contém ômega 3, vitamina E e selênio(mineral);
• Auxilia na prevenção de problemas cardíacos;
• Retarda o envelhecimento.
Chá verde – rico em catequinas
• Auxilia no tratamento da obesidade – termogênico;
• Retarda o envelhecimento;
• Pode diminuir as doenças do coração.
Peixes
• Rico em ômega 3;
• Previne infartos e derrames(protegem o coração);
• Reduz o LDL e aumenta o HDL;
• Melhoram o sistema imune.
Soja
• Possui fitoestrógenos que oferecem proteção contra o câncer de
próstata;
• Consumo regular pode reduzir níveis de LDL;
• Ajuda a regular o intestino;
• Pode ajudar a amenizar incômodos da menopausa e prevenir o
câncer de mama e de cólon;
• Ajuda a diminuir risco de doenças do coração.
Tomate
• Rico em licopeno(substância antioxidante);
• Auxilia na prevenção de câncer de próstata;
• Retarda o envelhecimento;
Uva e suco de uva
• Tem flavonoides e resveratrol (pigmento antioxidante);
• Ajuda a aumentar o HDL;
• Evita acúmulo de gordura nas artérias, prevenindo doenças do
coração.
Alimentos integrais
• Ricos em fibras;
• Ajuda no funcionamento do intestino(prevenção do câncer de
cólon);
• Ajuda no tratamento da obesidade(proporciona aumento da
saciedade).
Nozes
• Rica em vitaminas lipossolúveis;
• Contêm arginina – produção de Óxido Nítrico;
• Antioxidante.
Linhaça
• Tem ômega 3, 6 e lignina;
• Ajuda no controle da constipação.
Frutas e verduras
• Previnem alguns tipos de câncer – devido às fibras, pigmentos,
vitaminas e minerais antioxidantes;
• Auxiliam na redução de doenças cardíacas;
• Auxiliam na diminuição da pressão sanguínea;
• Evitam doenças como a catarata.
A inclusão de alimentos com propriedades funcionais na dieta não somente auxilia
na prevenção de doenças, como é interessante para a nutrição em estética.
Os alimentos ricos em carotenoides são especialmente importantes para a prevenção
do envelhecimento precoce e para proteger a pele do sol, além de auxiliarem a evitar a
vermelhidão provocada pelo excesso de sol.
Sobre os carotenoides:
• Efeito fotoprotetor, reduzindo a sensibilidade da pele às
queimaduras solares (BOELSMA et al.,2001; ALALUF et al., 2002);
• Esse efeito pode estar relacionado à sua capacidade de estimular a
produção de melanina.
Sobre a vitamina A:
• Diminuição da vermelhidão após a exposição;
• Antioxidante;
• Fotoproteção.
Já as vitaminas E e C reduzem os efeitos maléficos causados pela exposição ao sol.
Módulo 7
Nutrição nos procedimentos estéticos e situações práticas
14 Cuidado nutricional associado aos
procedimentos estéticos
Muitos são os procedimentos estéticos capazes de melhorar o aspecto da pele,
controlar a lipodistrofia ginoide e contribuir para um melhor tônus muscular. O
profissional que tem interesse em atuar na área deve buscar informações detalhadas
sobre esses procedimentos com a finalidade de conhecer as características de cada um.
É importante que o nutricionista procure oferecer ao cliente a dieta mais adequado à
rotina de vida, estado fisiológico e nível de atividade, mas que também leve em
consideração os procedimentos estéticos aos quais ele se submete.
A seguir, acompanhe um breve resumo dos principais procedimentos estéticos e os
cuidados nutricionais relacionados.
1. Drenagem linfática
O método de drenagem linfática manual foi desenvolvido por um terapeuta
dinamarquês e data da década de 30. Popularizou-se por ser indicado para evitar a
retenção de líquidos ao trabalhar a estimulação do sistema linfático. É fundamental que
seja realizado por profissional com formação técnica com amplo conhecimento sobre
anatomia e fisiologia, já que é contraindicado em algumas situações.
Embora algumas pessoas não saibam, o método não deve doer ou provocar
hematomas e por isto a formação técnica faz toda a diferença.
Ativa a circulação do sangue e da linfa, facilitando a excreção e a redução do edema,
sendo indicado também para o pós-operatório de uma série de cirurgias.
Em estética, o método é indicado para a redução da celulite e do linfoedema.
Cuidado

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