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EXAME FÍSICO ABDOMINAL Introdução · 60% -70% dos diagnósticos gastroenterológicos são feitos com a anamnese. · 90% associando-se ao exame físico. · Exames subsidiários podem ser desnecessários ou confundidores. 1. Inspeção 2. Ausculta 3. Percussão 4. Palpação Quadrante é usado mais em gestantes A principal queixa abdominal é a dor. 1. Orientações a. Expor o abdome da região abaixo da mama até as cristas ilíacas 2. Inspeção a. Estática i. Paciente posições ortostática e decúbito dorsal. ii. Tipos de abdome iii. Abaulamentos, retrações, cicatrizes iv. Pele e anexos v. Turgência venosa b. Dinâmica i. Hérnias (importância da expiração e expiração forçada) ii. Respiração iii. Movimentos peristálticos iv. Pulsações (aortismo x dilatação aneurismática) c. Abdome Normal i. Plano d. Abdome globoso i. Aumentado de forma uniforme ii. Causas – Obesidade, pneumoperitônio, ascite, gases iii. e. Abdome pendular ou “em avental” i. Porção inferior da parede abdominal protusa ii. Ex: Obesidade de longa duração iii. f. Abdome escavado g. Por último SIMETRIA (olhar tangencialmente a região) h. Inspeção – Abaulamentos i. Hérnias e eventrações (são protrusões na parede abdominal) ii. Circulação colateral e pulsação iii. Tumores iv. Abaulamentos v. Lesões cutâneas vi. Cicatrizes....etc i. Inspeção – Alterações de pele i. Hérpes Zoster ii. Cicatrizes iii. Circulação colateral iv. Equimose v. j. Circulação Colateral i. “tipo cava” x “tipo porta” ii. k. Equimoses l. m. Inspeção Dinâmica i. Movimentos peristálticos ii. Pulsações 1. Normal: aorta 2. Anormal: aneurisma (abaulamento) 3. Ausculta a. Após a inspeção e antes da percussão e palpação b. Ambiente tranquilo c. Permanência por 2 minutos a 2,5 minutos d. Auscultar todos os quatro quadrantes e. Avaliar o estado de motilidade intestinal f. Pesquisa de sopros vasculares na aorta e seus ramos g. Recomenda-se executar a ausculta antes da palpação para evitar aumento involuntário do peristaltismo. h. Normal i. Ruído hidroaéreo 1. Presente ou abolido ii. Estalidos e gorgolejos ou burburinhos (sons de água) iii. Frequência – 5 a 34 por minuto (aumenta em colite/inflamação) i. Patológicos i. Exacerbação 1. Diarreia, obstrução intestinal (inicialmente) ii. Redução 1. Íleo paralítico, obstrução (fases finais) j. Sopros abdominais (auscultar a artéria aorta) i. A ausculta da artéria aorta é na região epigástrica na divisa com a monogástrica ii. Pode-se também auscultar as artérias ilíacas e femorais iii. Estreitamento da luz ou fístulas arteriovenosas iv. Seguir trajeto da aorta e seus ramos 4. Percussão (visa avaliar o conteúdo abdominal nos quatro quadrantes) a. Técnica i. Ajuda na palpação b. Sequência i. As nove regiões abdominais c. O que é esperado. i. Macicez (órgãos maciços) ou timpanismo (órgãos ocos) d. Técnica habitual (dígito-digital) e. Sons: hiper timpânico- acúmulo de gases; macicez- ascite ou massa solida (anormal ou órgão) i. Para diferenciar se o conteúdo da macicez é líquido ou sólido- Teste de piparote: o paciente coloca a mão na região medial, o médico dá um peteleco no abdome se for líquido, ele vai se deslocar ao longo do abdome (coloque a mão do outro lado do abdome para tentar sentir esse deslocamento), se for uma massa, ela estará fixa em uma ou mais estruturas, não possuindo essa mobilidade. Ou então, vire o paciente em decúbito lateral, o líquido vai se deslocar com a gravidade. percutir novamente o mesmo local, se a macicez deu lugar ao timpanismo o líquido se deslocou: ascite. Se não se movimentar- massa. f. Identificar presença de líquido ascítico, massas sólidas, aumento exagerado de ar nas alças intestinas ou fora delas, determinação do tamanho do fígado e baço g. Na ausência de suspeita de alterações significativas – pesquisar 4 quadrantes, fígado e baço h. Normal i. Timpanismo ii. Exceção – Hipocôndrio direito (onde se localiza o fígado) iii. Hipertimpanismo – Extasia gástrica, obstrução intestinal, pneumoperitônio i. HEPATIMETRIA (avalia o tamanho do fígado) Percutir de cima para baixo e de baixo para cima até chegar no som timpânico, na linha hemiclavicular direita Som timpânico, chegou no fígado= maciço. Medir para obter o tamanho do lobo direito- se tiver maior que 12 cm= hepatomegalia o lobo direito deve ter entre 6 e 12 cm Na linha médio-esternal, percutir de baixo para cima e de cima para baixo até chegar no som maciço. Medir o tamanho do lobo esquerdo. Se tiver maior que 8 com= hepatomegalia · O lobo esquerdo deve ter entre 4 e 8 cm. j. Sinal de Jobert i. A presença de timpanismo na região da linha hemiclavicular direita onde normalmente se encontra macicez hepática, caracteriza pneumoperitônio k. Percussão – BAÇO i. Espaço de Traube ii. O paciente fica em decúbito lateral direito, durante a inspiração, o médico percute o espaço de traube (no lado esquerdo): se tiver macicez esplenomegalia iii. Espaço semilunar do sexto ao décimo primeiro espaços intercostais, na linha axilar anterior esquerda Inspiração iv. v. HÁ OU NÃO MACICEZ??SIM! ESPLENOMEGALIA 5. Palpação (pedir para o paciente apontar o local da dor) buscar o local da dor. a. Superficial x profunda i. Objetivos ii. Avaliar o grau de resistência da parede abdominal iii. Palpar pelo menos os quatro quadrantes e as nove regiões, deixando para o final a região dolorosa. iv. Estabelecer as condições físicas das vísceras v. Explorar a sensibilidade dolorosa do abdome vi. Paciente em decúbito dorsal, confortável, com pernas e braços estendidos · Distrair o paciente · Evitar tensões · Queixas falsas · Manter as unhas cortadas · Não machucar o paciente · Temperatura não pode estar com a mão muito gelada · Atritando as mãos · Evite movimentos bruscos b. Estruturas que podem ser palpadas: i. Borda inferior do fígado ii. Grande curvatura do estômago iii. Sigmoide iv. Ceco v. Cólon ascendente vi. Partes do cólon transverso e descendente vii. Aorta viii. Polo inferior do rim direito c. Palpáveis em situações patológicas i. Duodeno ii. Baço iii. Vesícula biliar iv. Apêndice v. Delgado vi. Bexiga vii. Útero, ovários e trompas -Palpação abdominovaginal d. Palpação superficial i. Mãos e pontas dos dedos ii. Destinada à superfície cutânea da parede abdominal iii. Mão direita espalmada, com movimentos rápidos e rotativos iv. Reconhecer: v. Hipertonicidade muscular vi. “defesa” muscular e. Palpação profunda i. Duas mãos ii. Para toda víscera avaliar forma, consistência, limites, mobilidades e sensibilidade f. Ruídos produzidos na palpação i. Roncos ii. Borborigmos iii. Gargarejo Propedêutica I – EXAME FÍSICO ABDOMINAL - MEDICINA UNIMAR.T28/ BEATRYS JULIANI RAMALHO g. 2 h. Sinal de Blumberg i. dor ou piora da dor à compressão e descompressão súbita do ponto de McBurney ii. PERITONITE!! iii. APENDICITE!! i. j. PALPAÇÃO – FÍGADO i. Pedir para o paciente realizar uma inspiração profunda. ii. Rebaixar o diafragma e os órgãos abdominais. iii. Noção do tamanho do órgão pela hepatimetria k. Técnica de Lemos-Torres i. A BORDA DO FÍGADO FICA PALPÁVEL HÁ 4 CM ii. ABAIXO DO REBORDO COSTAL DIREITO! iii. Em forma de parábola iv. Em situações patológicas a borda do fígado é palpada em uma região mais alta do abdome!! l. MÃO EM “GARRA”! i. Avaliar a Consistência ii. Maciço NORMAL iii. Endurecido Patológico iv. Avaliar a superfície v. Lisa NORMAL vi. Nodulações Patológico vii. Borda Fina e bem delimitada NORMAL viii. Romba Patológica (Cirrose) m. n. Palpação – Baço i. ii. Percussão iii. Espaço de Traube iv. Palpação v. Posições especiais (Shuster) (decúbito lateral direito com a perna esquerda flexionada) vi. 5% população mundial vii. o baço é palpável Posição de Shuster o. Palpação – Rim i. Limitação propedêutica devido a posição retroperitonial (pólo inferior) ii. Palpação pelo método de Israel e Devoto iii. Giordano x Punho percussão de Murphy Sinal de giordano positivo- dor à punho percussão p. Palpação – Pâncreas q. Palpação – Vesícula Biliar i. Palpável quando há grande aumento de volumeii. Sinal de Murphy iii. Sinal de Murphy- colocar a mão sobre o local da vesícula e pedir para o paciente respirar- positivos se para a respiração quando a gente tocar a vesícula colecistite aguda. iv. r. Palpação – Ascite i. Inspeção ii. Percussão iii. Teste da macicez móvel (0,3 a 1L) iv. Semicírculo de Skoda (1-3L) v. Teste da onda líquida (Piparote – Peteleco) (>3L) vi. Ascite-problemas hepáticos vii. Um peteleco de um lado que se reflete para o outro lado, porque o líquido leva esse reflexo s. Manobra de Valsalva i. Emitir forçadamente o ar contra os lábios fechados e nariz tapado, forçando o ar em direção ao ouvido médio. ii. aumenta a pressão intratorácica, diminui o retorno venoso ao coração e aumenta a pressão arterial, além de evidenciar sopros e hérnias abdominais.
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