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Nome do Aluno: Greyce Kelly Carvalho Araújo Matrícula: 201602693111 Disciplina: Prática Simulada IV (Cível) Caso concreto - Semana 1 AO JUÍZO DE DIREITO DA VARA DE FAMÍLIA DA COMARCA DO RIO DE JANEI- RO/RJ. CAPITU, brasileira, solteira, (PROFISSÃO), portadora da carteira de identidade nº ..., expedida pelo ..., inscrita no CPF sob o nº ..., com o endereço eletrônico ..., domiciliada e residente em Rio de Janeiro/RJ, na rua..., vem por seu advogado neste ato, com endereço profissional..., para fins do artigo 77, inciso V E 319 do CPC, vem a este juízo, propor: AÇÃO DE ALIMENTOS GRAVÍDICOS C/C TUTELA ANTECIPADA Pelo Procedimento Especial, em face de: ANTUNES, brasileiro, solteiro, empresário, portador da carteira de identidade nº..., ex- pedida pelo..., inscrito no CPF sob o nº..., com o endereço eletrônico..., domiciliado e residente em São Paulo/SP, na rua ..., pelos fatos e fundamentos que passaa expor: I. GRATUIDADE DE JUSTIÇA Inicialmente, afirma a Autora que não possui condições de arcar com custas processuais e demais despesas do processo, sem prejuízo do sustento próprio, bem como o de sua família. Por is- so, alicerçada no art. 1º, § 2º, da Lei de Alimentos, requer lhe seja concedido os benefícios da gra- tuidade da justiça, pleito esse que o faz por meio de seu patrono que ora assina. II. DA OPÇÃO DO AUTOR PELA REALIZAÇÃO OU PELA NÃO REALIZAÇÃODA AU- DIÊNCIA DECONCILIAÇÃO OU MEDIAÇÃO. A autora opta pela realização de audiência de conciliação III. DOS FATOS No ano de 2018 a autora iniciou um relacionamento com o réu, e desde que passaram a namorar, a autora passou a frequentar todos os lugares com o réu que sempre a apresentou como sua namorada. Após algum tempo a autora engravidou do réu. O réu, ao receber a notícia, se recusou a reconhecer o filho, alegando que o relacionamento estava acabado, e, que não queria ser pai naquele momento, por isso, não reconheceria a paternidade da criança e tampouco iria contribuir economi- camente para o bom curso da gestação e subsistência da criança, a qual deveria ser criada somen- te pela autora. Por essa razão, ao saber da reação do réu, a autora ficou desesperada, pois quando da des- coberta da gravidez estava desempregada e sem condições de custear o seu plano de saúde e todas as despesas de gestação, a qual, conforme atestada por seu médico, era de risco. Desta forma, ao agir de forma desidiosa, o réu deixou autora em situação de extrema difi- culdade. IV. DOS FUNDAMENTOS O ordenamento jurídico pátrio protege o direito à vida e à dignidade como sendo dois dos direitos fundamentais do ser humano. Esses direitos têm sua importância ressaltada pela CF(art. 1º, III; art. 5º, “caput”) e por diplomas legais internacionais dos quais o Brasil é signatário, a exemplo do Pacto de São José da Costa Rica. O direito à vida é a base que fundamenta todos os demais direitos, que não podem sequer ser cogitados sem que aquele figure como palco para sua manifestação. A lei põe a salvo, desde a concepção, os direitos do nascituro (art.2º, do CC). A doutrina e jurisprudência clássica afirmam ser alguns dos direitos do nascituro mera expectativa (direitos patri- moniais e de herança, por exemplo). Já os que estão relacionados à vida, são propriamente direitos fundamentais e irrenunciáveis, além de sujeitos a proteção jurídica especial. Assim, no que tange aos direitos do nascituro, protege-se especialmente o direito de filiação, o direito a alimentos, o di- reito à gestação saudável, o direito a acompanhamento pré-natal (art.8º, do ECA), direito a um parto digno, dentre muitos outros. Isto se justifica de forma concreta, eis que uma gravidez gera uma série de gastos como exames pré-natais, ultrassonografia, remédios, alimentação adequada, dentre outros. Esses gastos, que serão revertidos ao bebê que ainda não nasceu não devem ser suportados exclusivamente pela mãe, pois o dever de cuidado para com os filhos deve ser suportado por ambos os pais. Esse direito está respaldado, enfim, no próprio direito à vida, bem como nos dispositivos previstos na CF (art.227, CF) e no ECA (arts. 7º a14, Lei 8.069/90). É certo ainda que a obrigação alimentar dos pais em relação aos filhos menores funda-se no poder familiar a que estão submetidos. Esse dever é abordado, inclusive, pelo ECA, que em seu artigo 22 realça: “aos pais incumbe o dever de sustento, guarda e educação dos filhos menores...”. A própria Constituição também prevê a obrigação alimentar em seu art.229. Com atenção a esse res- peito, a própria Lei 11.804/08 prevê sobre a conversão dos alimentos à criança nascida com vida (art. 6º, par. Ún.) Nem se diga que a condenação aqui pretendida dependeria de prova cabal da ascendência biológica do requerido, porquanto os dispositivos da Lei nº 11.804/08 foram editados justamente pa- ra coibir este tipo de raciocínio, primando pelo sustento daquele que não possui condições de prover a própria subsistência. Claro que se trata de prova praticamente impossível. A gravidez decorre de uma relação sexual que, para não afrontar a ‘moral e os bons costumes’, precisa ocorrer em local privado. As- sim, os indícios do ato sexual seriam, nada mais nada menos, do que a existência do reconhecimen- to social de uma convivência afetiva do par. Ora, com a instantaneidade com que acontece o chama- do sexo casual nos dias de hoje, difícil a prova de tal prática. Mas a tendência é exigir indícios da paternidade, sabe-se lá quais sejam. V. DO PEDIDO Diante do exposto, requer: a) os benefícios da justiça gratuita, vez que se declara pobre no sentido jurídico do termo, confor- me declaração anexa; b) intimação do ilustre representante do Ministério Público para acompanhar o feito ad finem; c) a citação pessoal do réu para que, querendo, apresente defesa no prazo legal, sob pena de caracte- rizar os efeitos da revelia; d) seja o réu condenado ao pagamento de alimentos gravídicos, nos termos requeridos; e) a total procedência da ação, deferindo os alimentos gravídicos em face da autora nas porcenta- gens supremacia citadas; e f) Seja julgado procedente o pedido para condenar o réu nas custas processuais e nos honorários ad- vocatícios. VI. DAS PROVAS Protesta provar o alegado por todos os meios de prova em direito admitidas, em especial por depoimento pessoal do RÉU (sob pena de confissão quanto à matéria de fato), oitiva de teste- munhas, prova documental e outras cabíveis à espécie. VII. DO VALOR DA CAUSA Dá-se à causa o valor de R$ ... Nestes termos, pede deferimento. Rio de Janeiro-RJ, Data... Advogada OAB/...
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