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04/10/2017 TEC Concursos - Questões para concursos, provas, editais, simulados. https://www.tecconcursos.com.br/teoria/modulos/44708/capitulos/1817167 1/25 (https://www.tecconcursos.com.br) MENU Administração Geral (https://www.tecconcursos.com.br/teoria/modulos/44708) Equipe e grupos 1. Grupos Um grupo é a reunião de pessoas, interdependentes e interativas, visando à obtenção de um determinado objetivo. Os grupos podem ser formais ou informais (ROBBINS, 2005). Grupos formais são aqueles definidos pela estrutura da organização, onde o comportamento das pessoas é estipulado e dirigido em função das metas organizacio nais. A tripulação de um voo comercial é um exemplo de grupo formal. Quanto aos grupos formais, podem ser subclassificados assim: Grupo de comando: determinado pelo organograma da organização, é composto por pessoas que se reportam diretamente a um executivo. A diretora de uma escola primária e suas 18 professoras formam um grupo de comando, assim como o diretor de auditoria postal e seus cinco inspetores. Grupo de tarefa: também determinado pela organização, é formado por pessoas que se reúnem para executar uma determinada tarefa. Contudo, as fronteiras do grupo de tarefa não se limitam ao seu superior hierárquico imediato. Elas podem ultrapassar as relações de comando. Por exemplo, se um estudante é acusado de um crime dentro da universidade, este processo pode exigir a comunicação e coordenação entre o reitor, o diretor da faculdade, o chefe da segurança e os professores. Este conjunto de pessoas poderia ser definido como um grupo de tarefa. Pode-se dizer que todos os grupos de comando são também grupos de tarefa, mas, como estes últimos podem romper as fronteiras hierárquicas dentro da organização, o inverso não é verdadeiro. Grupos informais são alianças que não são estruturadas formalmente nem determinadas pela organização. São formações naturais dentro do ambiente de trabalho, que surgem em resposta à necessidade de contato (1817167?exercicio=1) (1817157) (1817193) ✏ https://www.tecconcursos.com.br/ https://www.tecconcursos.com.br/teoria/modulos/44708 https://www.tecconcursos.com.br/teoria/modulos/44708/capitulos/1817167?exercicio=1 https://www.tecconcursos.com.br/teoria/modulos/44708/capitulos/1817157 https://www.tecconcursos.com.br/teoria/modulos/44708/capitulos/1817193 04/10/2017 TEC Concursos - Questões para concursos, provas, editais, simulados. https://www.tecconcursos.com.br/teoria/modulos/44708/capitulos/1817167 2/25 social. Funcionários de departamentos diferentes que regularmente se encontram para almoçar juntos é um exemplo de grupo informal. Quanto aos grupos informais, podem ser subclassificados assim: Grupo de interesse: quando as pessoas se reúnem para atingir um objetivo comum, sendo ou não membros de um grupo de comando ou de tarefa. Os funcionários que se juntam para tentar mudar seus esquemas de férias, para apoiar um colega que foi demitido ou para reivindicar melhores condições de trabalho formam um bloco unido para lutar por seus interesses comuns. Grupo de amizade: quando se formam pelas características em comum de pessoas. Essas alianças sociais, que geralmente extrapolam o ambiente de tra balho, podem se basear na mesma faixa etária, na mesma herança cultural, na torcida pelo mesmo time de futebol ou no fato de terem opções políticas semelhantes — para citar apenas algumas das possíveis características comuns. Independentemente se formais ou informais, no interior de quaisquer grupos se fazem presentes três elementos básicos: interação, atividade e sentimento. (HAMPTOM, 1991). Interação: refere-se ao comportamento interpessoal, que pode variar de grupo para grupo. A relação social de interação não implica, necessariamente, no estabelecimento de uma conversa ou de um contato pessoal muito próximo. Quando os atos de duas ou mais pessoas que se encontram, estão intimamente relacionados, é possível reconhecer e se falar em interação. Atividade: as coisas que as pessoas fazem são denominadas simplesmente atividades. No contexto organizacional desde o ato de falar até o executar tarefas de alta complexidade, são ações que determinam a atividade por elas exercida. Dessa forma, é possível notar que há diferença entre as atividades desenvolvidas pelas diversas pessoas junto a uma organização. Tais diferenças podem ser medidas e tomadas como indicadores de desempenho. Sentimento: inclui os processos mentais e emocionais que estão dentro das pessoas e que não podem ser vistos, mas cuja presença é inferida a partir das atividades e interações das pessoas. De tal modo, um sorriso sugere um determinado sentimento, um punho ameaçador sugere outro. Mas são as atitudes, os sentimentos, as opiniões e as crenças compartilhadas pelas pessoas que interessam especialmente para a compreensão do comportamento dos grupos. Em se tratando de grupos em ambientes de trabalho, devemos levar em consideração alguns estágios ou fases, já que esse processo de reunir pessoas vinculadas a objetivos não é algo que ocorre da noite para o dia. https://www.tecconcursos.com.br/teoria/modulos/44708/capitulos/1817167?exercicio=1 https://www.tecconcursos.com.br/teoria/modulos/44708/capitulos/1817157 https://www.tecconcursos.com.br/teoria/modulos/44708/capitulos/1817193 https://www.tecconcursos.com.br/teoria/modulos/44708/capitulos/1817167?exercicio=1 https://www.tecconcursos.com.br/teoria/modulos/44708/capitulos/1817157 https://www.tecconcursos.com.br/teoria/modulos/44708/capitulos/1817193 04/10/2017 TEC Concursos - Questões para concursos, provas, editais, simulados. https://www.tecconcursos.com.br/teoria/modulos/44708/capitulos/1817167 3/25 É nesse rumo que Robbins (2005) nos apresenta um modelo de cinco estágios de desenvolvimento do grupo, com cinco etapas diferentes: formação, tormenta, normalização, desempenho e interrupção. O primeiro estágio é o da formação, caracterizado por uma grande dose de incerteza sobre os propósitos do grupo, sua estrutura e sua liderança. Os membros estão “reconhecendo o terreno” para descobrir quais os comportamentos aceitáveis no grupo. Este estágio termina quando os membros começam a pensar em si mesmos como parte do grupo. O estágio da tormenta é aquele dos conflitos dentro do grupo. Os membros aceitam a existência do grupo, mas demonstram alguma resistência aos limites impostos à sua individualidade. Além disso, existe um conflito sobre quem controlará o grupo. Quando este estágio estiver concluído, haverá uma hierarquia de liderança rela tivamente clara. O terceiro estágio é o de normalização, onde se desenvolvem os relacionamentos mais próximos e o grupo passa a demonstrar coesão. Existe agora um forte sentido de identidade grupal e de camaradagem. Este estágio de normalização se completa quando a estrutura do grupo se solidifica e ele assimila um conjunto de expectativas que definem qual deve ser o comportamento correto de seus membros. O quarto estágio é o do desempenho. A estrutura, neste momento, é totalmente funcional e aceita. A energia do grupo transfere-se, do esforço voltado ao conhecimento e compreensão mútuos de seus membros, para o desempenho da tarefa que deve ser realizada. Para os grupos permanentes de trabalho, o desempenho é o último estágio do desenvolvimento. Para os grupos temporários — como comissões, equipes, forças-tarefa e similares, que possuem uma determinada tarefa a cumprir — existe o estágio da interrupção. Nesta etapa, o grupo se prepara para a sua dissolução. O alto desempe nho já não é mais a prioridade máxima. Todas as atenções voltam-se para a conclusão das atividades. As reações dos membros variam neste estágio. Alguns se mostram otimistas, 04/10/2017 TEC Concursos - Questões para concursos, provas, editais, simulados. https://www.tecconcursos.com.br/teoria/modulos/44708/capitulos/1817167 4/25 confiantes nas realizações do grupo. Outros se mostram abatidos,sentindo a perda da camaradagem e da amizade que nasceu no convívio com o grupo. A classificação de Robbins (2005) é uma das mais cobradas em concursos públicos. No entanto, recentemente houve cobrança de outra classificação: a de Bass e Ryterband (1978), abaixo. Aceitação mútua. Nos primeiros estágios da formação do grupo, os membros têm certa relutância em comunicar-se entre si. Embora o grupo de solução de problema tenha uma tarefa a cumprir, seus membros normalmente não gostam de expressar opiniões, atitudes ou crenças. Essa situação assemelha-se à de um membro de uma faculdade, no início de novo semestre. Comunicação e tomada de decisões. Depois que o grupo de solução de problema atinge o ponto da mútua aceitação, os membros passam a comunicar-se entre si, abertamente. Essa comunicação gera maior confiança e maior interação dentro do grupo. As discussões passam a tratar mais especificamente das tarefas de solução de problema e do desenvolvimento de estratégias alternativas para realizá-las. Algumas estratégias para suprimir as falhas que possam advir das atividades em grupo são elencadas por Robbins (2010) da seguinte maneira: pensamento grupal, grupo nominal, grupo de interação, brainstorming e a reunião eletrônica. O pensamento grupal se evidencia quando, por exemplo, em uma reunião, uma pessoa sente vontade de falar, mas acaba desistindo. Essa pessoa pode estar sendo vítima desse fenômeno, que ocorre quando as normas para o consenso passam por cima da avaliação realista das alternativas de ação e da expressão de pontos de vista desviantes. A eficiência mental do indivíduo, seu senso de realidade e seu julgamento moral sofrem como resultado da pressão do grupo. Pela técnica de grupo nominal, todos os membros do grupo estão fisicamente presentes, mas cada um atua de forma independente, pois as soluções aos problemas apontados são apresentadas em etapas, da seguinte maneira: As pessoas se reúnem como em um grupo, mas, antes de iniciar a discussão, cada membro coloca, por escrito, suas ideias sobre o problema. Depois desse período silencioso, cada participante apresenta uma ideia ao grupo até que todas tenham sido apresentadas e registradas. Nenhuma discussão é permitida até que essa fase se encerre. O grupo discute as ideias para esclarecê-las e as avalia. Cada participante, em silêncio e separadamente dos demais, faz uma classificação das ideias apresentadas. A ideia que receber a melhor pontuação determina a decisão final. Na técnica de grupo de interação, os membros interagem face a face, usando a interação verbal e a não verbal para se comunicarem. Como pontos negativos, nota-se a autocensura e a pressão 04/10/2017 TEC Concursos - Questões para concursos, provas, editais, simulados. https://www.tecconcursos.com.br/teoria/modulos/44708/capitulos/1817167 5/25 dos participantes à conformidade de opinião. O brainstorming é uma técnica que possibilita a geração de ideias, pois estimula o indivíduo a apresentar toda e qualquer alternativa, ao mesmo tempo que impede críticas a essas apresentações individuais. Uma ideia estimula a outra, e as críticas, mesmo as mais bizarras, só serão permitidas em fase posterior. Os participantes se sentem encorajados a “pensar o incomum”. No entanto, essa técnica é simplesmente um processo de geração de ideias. Pela reunião eletrônica, as questões são apresentadas aos diversos participantes que, munidos de um terminal eletrônico, digitam sua resposta. Os comentários individuais, bem como os votos de cada um, são apresentados em uma tela de projeção colocada na sala. Assim, com a vantagem do anonimato, da honestidade sem medo de represálias e da velocidade, que permite que todos possam “falar” simultaneamente, eliminando a conversação e a digressão, a reunião eletrônica tem sido aceita com entusiasmo nos meios empresariais, apesar de não sanar totalmente os problemas que as reuniões convencionais apresentam. Motivação e produtividade. Este é o estágio de desenvolvimento em que se gasta esforço para atingir as metas do grupo. Num grupo de solução de problema, a tarefa é produzir a melhor solução. O grupo passa a trabalhar como uma unidade cooperativa e não como uma unidade competitiva. Controle e organização. Este é o estágio em que a filiação ao grupo é valorizada, há flexibilidade na atuação e os membros passam a ser regulados por normas. As metas do grupo têm precedência sobre as metas do indivíduo e cumprem-se as normas ou aplicam-se sanções. Há autocríticas e correções necessárias. O último tipo de sanção é o ostracismo pelo não-cumprimento das metas ou normas do grupo. Outras formas de controle são o isolamento temporário ou o afastamento. Pois bem! Destacados os estágios de evolução, vamos verificar, agora, como funciona a estrutura dos grupos. Como afirmado, os grupos no ambiente de trabalho não é e nem pode ser agrupamentos desorganizados. Uma estrutura grupal serve para modelar o compor tamento de seus membros e tornar possível o desempenho do grupo em si. Essas variáveis são, segundo Robbins (2005), os papéis, as normas, o status, o tamanho do grupo e o grau de coesão. Vejamos cada uma dessas variáveis da estrutura grupal. ► Papéis Os papéis significam um conjunto de padrões comportamentais esperados, atribuídos a alguém que ocupa uma determinada posição em uma unidade social. O autor especifica algumas subdivisões dentro desse conceito. Identidade do papel: determinadas atitudes e comportamentos efetivos consistentes com um papel que criam uma identidade com o papel desenvolvido. As pessoas são capazes de trocar rapidamente 04/10/2017 TEC Concursos - Questões para concursos, provas, editais, simulados. https://www.tecconcursos.com.br/teoria/modulos/44708/capitulos/1817167 6/25 de papel quando percebem que uma situação e seus requisitos pedem ostensivamente grandes mudanças. Percepção do papel: é a visão que temos sobre como deve mos agir em uma determinada situação. Com base na interpretação de como acreditamos que devemos nos comportar, assumimos certos tipos de comportamento. Expectativas do papel: a forma como os outros acreditam que devemos agir em determinada situação. A forma como você se comporta é determinada, em grande parte, pelo papel definido no contexto em que você age. O papel de um juiz de direito é visto como cheio de dignidade e princípios enquanto o papel de um técnico de futebol é visto como agressivo, dinâmico e inspirador para seus jogadores. Conflito de papéis: quando um indivíduo se confronta com diferentes expectativas associadas aos papéis que desempenha. Isto ocorre quando a pessoa percebe que o compromisso com um papel pode tornar difícil o desempenho de um outro. Em alguns casos, pode-se ter uma situação em que dois ou mais papéis são contraditórios. ► Normas As normas são padrões aceitáveis de comportamento que são compartilhados por todos os membros do grupo, ou seja, dizem aos membros o que eles devem ou não fazer em determinadas circunstâncias. Do ponto de vista individual, elas dizem à pessoa o que se espera que ela faça em certas situações. Quando aceitas e acordadas pelos membros do grupo, as normas agem como meios de influenciar o comportamento dos indivíduos com um mínimo de controle externo. ► Status O status — isto é, uma posição social definida ou atribuída pelas pessoas a um grupo ou a membros de um grupo — permeia todas as sociedades. Apesar de todos os esforços igualitaristas, até agora pouco progredimos em direção a uma sociedade sem diferenças de classes. Mesmo os menores grupos têm papéis, direitos e rituais que diferenciam seus membros. O status é um importante fator para a compreensão do comportamento humano por ser um motivador importante e por ter sérias consequências comportamentais quando os indivíduos percebem uma disparidade entre o status que acreditam possuir e aquele que realmente têm. ► Tamanho O tamanho do grupo afeta o seu desempenho; no entanto,o efeito dessa afetação depende das variáveis a se considerar. As evidências indicam, por exemplo, que os grupos menores são mais rápidos na realização de 04/10/2017 TEC Concursos - Questões para concursos, provas, editais, simulados. https://www.tecconcursos.com.br/teoria/modulos/44708/capitulos/1817167 7/25 tarefas. Con tudo, se a questão for a resolução de problemas, os grupos maiores conseguem melhores resultados. ► Coesão A coesão é o grau em que os membros são atraídos entre si e moti vados a permanecer como grupo. Por exemplo, alguns grupos de trabalho são coesos porque seus membros passam a maior parte do tempo juntos, ou porque o tamanho reduzido facilita a interação, ou porque o grupo sofreu ameaças externas que resultaram na aproximação de seus membros entre si. A coesão é importante porque está relacionada à produtividade do grupo. Se as normas relacionadas ao desempenho são altas (por exemplo, alto resultado, qualidade de trabalho, cooperação com indivíduos de fora do grupo), um grupo coeso será mais produtivo do que um menos coeso. Se a coesão é alta e as normas de desempenho são baixas, a produtividade será baixa. Já se a coesão é baixa e as normas de desempenho são altas, a produtividade aumenta, porém menos do que na situação de alta coesão - altas normas. Por fim, onde coesão e normas relacionadas ao desempenho são baixas, a produtividade tenderá a cair na faixa de baixa para moderada. Como em qualquer organização humana, o momento da tomada de decisão é inevitável. Será que esse processo coletivo gera decisões melhores do que aquelas tomadas por um único indivíduo? Por óbvio, a resposta a esta pergunta depende de uma série de fatores. Assim, vamos elencar os pontos fortes e os pontos fracos da tomada de decisão em grupo. 04/10/2017 TEC Concursos - Questões para concursos, provas, editais, simulados. https://www.tecconcursos.com.br/teoria/modulos/44708/capitulos/1817167 8/25 Por fim, a participação de todos para o sucesso de uma organização é, atualmente, uma recomendação que perpassa as mais distintas áreas da gestão. Entretanto, a importância e a eficiência dos grupos foi analisada e questionada por Mancur Olson, ao tratar da Teoria da Ação Coletiva. O autor busca explicar o comportamento de indivíduos racionais que se associam para a obtenção de algum benefício coletivo. Para desenvolver a Teoria da Ação Coletiva, Olson utiliza-se do conceito de benefício coletivo como um “benefício indivisível”, ou seja, aquele que uma vez consumido por um grupo não pode ser negado a uma pessoa desse grupo, mesmo que esse não tenha se dedicado em sua obtenção. Segundo o autor, o interesse comum dos membros de um grupo pela obtenção de um benefício coletivo nem sempre é suficiente para levar cada um deles a contribuir para a obtenção desse benefício. Existem circunstâncias onde o indivíduo do grupo, sabendo que o benefício coletivo não lhe será negado, independentemente de sua participação ou não (por se tratar de um bem coletivo), tenderá a se escusar, a fim de ampliar seu bem estar, deixando que os demais paguem pelos custos de sua obtenção. Nessa lógica, a decisão de todo indivíduo racional sobre se irá ou não contribuir para a obtenção do benefício coletivo depende se os custos da ação forem inferiores aos benefícios alcançados. Alguns argumentos são utilizados por Mancur Olson: 04/10/2017 TEC Concursos - Questões para concursos, provas, editais, simulados. https://www.tecconcursos.com.br/teoria/modulos/44708/capitulos/1817167 9/25 - Grupos menores tendem a ter maior adesão de seus membros: isso se dá por vários fatores, entre eles o fato de o benefício ser dividido por um número igualmente reduzido de participantes, sendo o benefício recebido significativo a cada membro; - Grupos grandes são mais susceptíveis a não atingirem seus objetivos: isso se dá por ser o benefício diluído a tal ponto que os custos da participação se excedem aos benefícios alcançados, desestimulando o indivíduo. Outro motivo estão no fato de que a não participação do indivíduo não apresenta grande impacto sobre o resultado, como geralmente ocorre em grupos pequenos. Assim, grupos grandes tendem a ter indivíduos não atuantes, mas que serão beneficiados pelos resultados, uma vez que se trata de benefícios coletivos. Daí a necessidade de algum tipo de coerção sobre o não participante ou um benefício exclusivo para os indivíduos atuantes. 2. Equipes A separação dos tópicos entre grupos e equipes é lógica: não são a mesma coisa. Assim, antes de falarmos sobre as equipes propriamente ditas, vamos traçar algumas diferenças entre um grupo de trabalho e uma equipe de trabalho. Um grupo de trabalho é aquele que interage basicamente para compartilhar informações e tomar decisões para ajudar cada membro em seu desempenho na sua área de responsabilidade. Os grupos de trabalho não têm necessidade nem oportunidade de se engajar em um trabalho coletivo que requeira esforço conjunto. Assim, seu desempenho é apenas a somatória das contribuições individuais de seus membros. Não existe uma sinergia positiva que possa criar um nível geral de desempenho maior do que a soma das contribuições individuais. Uma equipe de trabalho gera uma sinergia positiva por meio do esforço coordenado. Os esforços individuais resultam em um nível de desempenho maior do que a soma daquelas contribuições individuais. Recentemente, a banca ESAF inovou na cobrança e apresentou em duas questões, os fatores a serem observados na formação de uma equipe, segundo o autor Peter Scholtes: 1. Clareza na definição das metas 04/10/2017 TEC Concursos - Questões para concursos, provas, editais, simulados. https://www.tecconcursos.com.br/teoria/modulos/44708/capitulos/1817167 10/25 2. Concepção de um plano de melhoria 3. Papéis claramente definidos 4. Comunicação clara 5. Participação equilibrada 6. Regras básicas estabelecidas 7. Consciência do processo 8. Comportamentos salutares 9. Processo decisório definido 10.Uso de abordagem cientifica É certo que os fatores 1 a 9 são convergentes entre a doutrina. Já o fator 10 é que pode parecer estranho. No entanto, o autor explica que essa "abordagem científica" é apenas a essência da teoria administrativa que leva esse nome, e não todas as suas premissas. Assim, a abordagem científica é o modo sistemático pelo qual a equipe aprende sobre os processos. Significa concordar em tomar decisões baseadas em dados científicos em vez de palpites, procurar as causas básicas dos problemas (cientificamente comprovados) em vez de reagir a sintomas superficiais, buscar soluções permanentes (cientificamente comprovadas) em vez de confiar em correções temporárias de emergência. Portanto, fique atento a mais essa característica na formação de equipes de trabalho! SCHOLTES, P. R.. Times da Qualidade: como usar equipes para melhorar a qualidade. Rio de Janeiro: Ed. Qualitymark, 1992. Segundo Pichon-Rivière (1986, apud KURCGANT, 2005), um grupo torna-se equipe quando estabelece objetivos e metas comuns, quando a liderança se alterna entre as pessoas, quando o processo de comunicação flui entre todos os membros, permitindo que as ações sejam desenvolvidas em complementaridade. Desse modo colaborativo e cooperativo, a tarefa grupal se desenvolve rumo a um projeto comum estabelecido com base em consenso. Ainda sobre a conceituação de equipes, outros autores apresentam o que é uma equipe. Em sentido contrário, Boog (1999) relata o que uma equipe não é: 04/10/2017 TEC Concursos - Questões para concursos, provas, editais, simulados. https://www.tecconcursos.com.br/teoria/modulos/44708/capitulos/1817167 11/25 um conjunto de pessoas que trabalham sob o mesmo ‘quadradinho’ do organograma, fazendo cada um sua parte para que outro ou outros consolide (por somatória) ou harmonizem. um grupo de pessoas praticando atividades comuns, com objetivos idênticos, porém individualizados, como um grupoterapêutico, um grupo de ginástica ou grupos que tenham por finalidade desenvolver habilidades individuais. Nesses casos, o grupo é instrumento para que objetivos individuais sejam alcançados. Segundo o autor, o que caracteriza uma equipe são resultados comuns obtidos por interatividade. Pessoas juntas oferecem suas competências e conjugam seus esforços para fazerem coisas que são de responsabilidade do conjunto, mesmo que haja uma chefia que se responsabilize pelas mesmas. O importante é a obtenção de contribuições para otimizar os resultados comuns, sendo que todos são solidariamente responsáveis. Uma equipe de trabalho gera sinergia positiva através de esforço coordenado. Seus esforços individuais resultam num nível de desempenho que é maior do que a soma dos insumos individuais. Robbins (2005) apresenta quatro aspectos principais em que essas diferenças são perceptíveis e que refletem a multifuncionalidade das equipes: objetivos, sinergia, responsabilidade e habilidades. Grupos de trabalho Aspectos Equipes de trabalho Compartilhar informações Objetivos Desempenho coletivo Neutra (às vezes, negativa) Sinergia Positiva Individual Responsabilidade Individual e mútua Aleatória e variadas Habilidades Complementares As equipes podem ser descritas em quatro formas mais comuns de organização: equipes de solução de problemas; equi pes autogerenciadas; equipes multifuncionais; e equipes virtuais. As equipes de soluções de problemas, há duas ou três décadas, eram geralmente compostas por de 5 a 12 funcionários do mesmo departamento, que se reuniam em alguns momentos para a discussão de formas 04/10/2017 TEC Concursos - Questões para concursos, provas, editais, simulados. https://www.tecconcursos.com.br/teoria/modulos/44708/capitulos/1817167 12/25 para melhorar a qualidade, a eficiência e o ambiente de trabalho. No entanto, raramente estas equipes têm autoridade para implementar, de forma autônoma, suas sugestões. As equipes de trabalho autogerenciadas são grupos de funcionários (geralmente entre 10 e 15 pessoas) que realizam trabalhos muito relacionados ou interdependentes e assumem muitas das responsabilidades que antes eram de seus antigos supervisores. Normalmente, isso inclui o planejamento e o cronograma de trabalho, a dele gação de tarefas aos membros, o controle coletivo sobre o ritmo do trabalho, a tomada de decisões operacionais e a implementação de ações para solucionar os problemas. As equipes de trabalho totalmente autogerenciadas até escolhem seus membros e avaliam o desempenho uns dos outros. Consequentemente, as posições de supervisão perdem a sua importância e até podem ser eliminadas. As equipes multifuncionais representam uma forma eficaz de permitir que pessoas de diferentes áreas de uma empresa (ou até de diferentes empresas) possam trocar informações, desenvolver novas ideias e solucionar problemas, bem como coordenar projetos complexos. Evidentemente, não é fácil administrar essas equipes. Seus primeiros estágios de desenvolvimento, enquanto as pessoas aprendem a lidar com a diversidade e a complexi dade, costumam ser muito trabalhosos e demorados. Demora algum tempo até que se desenvolva a confiança e o espírito de equipe, especialmente entre pessoas com diferentes históricos, experiências e perspectivas. As equipes virtuais usam a tecno logia da informática para reunir seus membros, fisicamente dispersos, e permitir que eles atinjam um objetivo comum. Elas permitem que a pessoas colaborem on-line — utilizando meios de comunicação como redes inter nas e externas, videoconferência ou correio eletrônico — quando estão separadas apenas por uma parede ou em outro continente. As equipes virtuais podem fazer tudo o que as outras equipes fazem — compartilhar informações, tomar deci - sões, realizar tarefas. Podem incluir membros de uma mesma organização ou fazer a ligação entre membros de uma organização e os de outras empresas (por exemplo, fornecedores ou parceiros). Podem durar alguns dias para a solução de um problema, alguns meses para a conclusão de um projeto, ou permanentemente. Uma outra classificação que já foi objeto de cobrança em provas (CESPE, 2015) é a classificação das equipes de acordo com as características e estágio de desempenho. Vamos ver isso? Quanto às características, temos: 04/10/2017 TEC Concursos - Questões para concursos, provas, editais, simulados. https://www.tecconcursos.com.br/teoria/modulos/44708/capitulos/1817167 13/25 A equipe funcional é formada por um chefe e seus subordinados diretos e tem sido a marca da organização moderna. Questões como autoridade, relações, tomada de decisão, liderança e gerenciamento demarcado são simples e claras. A equipe autogerenciável é um grupo íntegro de colaboradores responsáveis por todo um processo ou segmento de trabalho, que oferece um produto ou serviço a um cliente interno ou externo. Em diferentes instâncias, os membros da equipe trabalham em conjunto para melhorar as suas operações, lidar com os problemas do dia-a-dia e planejar e controlar as suas atividades. A equipe interfuncional, às vezes chamada equipe multidisciplinar, faz parte da silenciosa revolução que atualmente vem assolando as organizações. As possibilidades para esse tipo de equipe parecem ser ilimitadas, encontrando-se nos mais diversos ramos de atividade, desempenhando uma gama de funções igualmente amplas, até então praticadas isoladamente. Essas equipes interfuncionais estão ajudando a agilizar o processo de desenvolvimento de produtos, melhorar o enfoque dado ao cliente, aumentar a capacidade criativa da empresa, oferecer um fórum para o aprendizado organizacional e servir de ponto único de contato para clientes, fornecedores e outros envolvidos (PARKER, 1995). Quanto ao estágio de desempenho das equipes, KATZENBACH e SMITH (apud MOSCOVICI, 1996), classificam as equipes de acordo com o modo de funcionamento em uma das cinco posições: Pseudoequipe: neste grupo, pode-se definir um trabalho, mas não há preocupação com o desempenho coletivo apreciável. Prevalece a individualidade. Grupos de trabalho: não existe estímulo para transformar-se em equipe. Partilham informações entre si, porém mantêm-se, de forma individual, as responsabilidades e objetivos. Não se produz desempenho coletivo. Equipe potencial: existe intenção de produzir desempenho coletivo. Necessita assumir compromisso quanto ao resultado de grupo e requer esclarecimentos das finalidades, objetivos e abordagem de tarefa. Equipe real: composta de pessoas que, além de possuírem habilidades que se complementam, se comprometem umas com as outras, através da missão e objetivos comuns e da abordagem de trabalho bem definida. Existe confiança entre os membros do grupo, assumindo responsabilidade plena sobre o desempenho. Equipe de elevado desempenho: equipe com membros profundamente comprometidos com o crescimento pessoal de cada indivíduo e com o sucesso deles mesmos e dos outros. Possuem 04/10/2017 TEC Concursos - Questões para concursos, provas, editais, simulados. https://www.tecconcursos.com.br/teoria/modulos/44708/capitulos/1817167 14/25 resultados muito além das expectativas. Instalando equipes de elevado desempenho, tem-se: a) aumento na produtividade; b) melhora na qualidade; c) melhora na qualidade de vida profissional dos funcionários; d) redução no nível de rotatividade de pessoal e absenteísmo; e) redução no nível de conflito; f) aumento na inovação; g) aumento na flexibilidade; e h) obtenção de economia de custos da ordem de 30% a 70%. 2.1. Eficácia das equipes Os componentes básicos para a criação de equipes eficazes podem ser resumidos em quatro categorias: projeto do trabalho, composição da equipe, recursos e outras influências contextuais e variáveis do processo (ROBBINS, 2005). ► PROJETO DO TRABALHO As equipes eficazes precisam trabalhar em conjunto e assumir responsabilidade coletiva pela realizaçãode tare fas significantes. Precisam ser mais que “equipes só no nome”. Inclui variáveis como liberdade e autonomia, oportunidade de utilização de diferentes habilidades e talentos (variedade de habilidades), capacidade de realização completa de uma tarefa ou produto identificável (identidade da tarefa) e a execução de uma tarefa ou projeto que tenha um impacto considerável sobre os outros (significância da tarefa). As evidências indicam que essas características estimulam a motivação dos membros e aumentam a eficácia da equipe. Tais características são motivadoras porque aumentam o senso de responsabilidade dos membros e sua percepção de autonomia no trabalho, tornando sua realização mais inte ressante. ► COMPOSIÇÃO Esta categoria inclui as variáveis relacionadas a quem deve integrar as equipes. Focalizam as capacidades dos membros da equipe, a personalidade, a alocação de papéis, a diversidade, o tamanho da equipe, a flexibilidade dos membros e sua preferência pelo trabalho em equipe. Capacidades dos membros Parte do desempenho de uma equipe depende dos conhecimentos, habili dades e capacidades de seus membros individuais. E verdade que, ocasionalmente, tomamos conhecimento de equipes esportivas 04/10/2017 TEC Concursos - Questões para concursos, provas, editais, simulados. https://www.tecconcursos.com.br/teoria/modulos/44708/capitulos/1817167 15/25 compostas por atletas medíocres, mas que — graças a um técnico excelente, determinação e união do grupo — são capazes de vencer grupos de atletas muito mais talentosos. Para funcionar eficazmente, uma equipe precisa de três tipos diferentes de capacidades. Primeiro, ela precisa de pessoas com conhecimentos técnicos. Segundo, pessoas com habilidades para solução de problemas e tomada de decisões, que sejam capazes de identificar problemas, gerar alternativas, avaliar essas alternativas e fazer escolhas compe tentes. Finalmente, as equipes precisam de pessoas que saibam ouvir, deem feedback, solucionem conflitos e pos suam outras habilidades interpessoais. Personalidade A personalidade tem uma influência significativa sobre o comportamento individual do funcionário. Isto pode ser estendido para o comportamento da equipe. Mais especifica mente, as equipes com níveis médios elevados de extroversão, amabilidade, consciência e estabilidade emocional costumam receber avaliações mais altas pelo seu desempenho. E muito interessante observar que as evidências sugerem que uma variação nas características de persona lidade pode ser mais importante do que a sua média. Assim, por exemplo, embora seja desejável um nível médio elevado de consciência, misturar pessoas altamente conscientes com outras nem tão conscientes pode prejudicar o desempenho da equipe. Alocação de papéis As equipes possuem necessidades diferentes e as pessoas devem ser selecionadas para a equipe de modo a assegurar que todos os papéis sejam preenchidos. Essa seleção precisa compreender os pontos fortes que cada pessoa pode trazer para a equipe, selecionar os membros tendo em mente esses pontos fortes e distribuir as atribuições de trabalho de maneira que se ajustem aos estilos preferidos pelos membros. Diversidade A maior parte das atividades de uma equipe requer variedade de habilidades e conhecimentos. Em vista disso, é razoável supor que equipes heterogêneas — compostas por pessoas diferentes entre si — têm maior probabilidade de contar com diversidade de habilidades e de informações, além de serem mais eficazes. Quando os membros são diferentes em termos de personalidade, sexo, idade, educação, especialização funcio nal e experiência, existe uma maior probabilidade de que a equipe possua as características necessárias para rea lizar suas tarefas de forma eficaz. Essencialmente, a diversidade 04/10/2017 TEC Concursos - Questões para concursos, provas, editais, simulados. https://www.tecconcursos.com.br/teoria/modulos/44708/capitulos/1817167 16/25 promove o con flito, que estimula a criatividade e conduz à melhoria do processo de tomada de decisão. Tamanho das equipes De maneira geral, as equipes mais eficazes são compostas por grupos pequenos (menos de dez elementos). Os especialistas sugerem a utilização do menor número possível de membros para a realização de uma tarefa. Infelizmente, existe uma tendência entre os executivos de compor equipes muito numerosas, embora quatro ou cinco pessoas sejam suficientes para garantir a diversidade de habilidades e pontos de vista. Quando a equipe tem excesso de componentes, seus membros terão dificuldades de desenvolver a coesão, o comprometimento e a responsabilidade mútua, e a “folga” social aumenta, com as pessoas fazendo cada vez menos. Flexibilidade dos membros As equipes formadas por indivíduos flexíveis possuem membros que podem completar as tarefas uns dos outros. Esse é um diferencial obviamente positivo, já que aumenta enormemente sua adaptabilidade e deixa a equipe menos dependente de um único membro. A seleção de membros que valori zam a flexibilidade e seu treinamento para que realizem as tarefas uns dos outros pode levar a um melhor desem penho da equipe com o passar do tempo. Preferências dos membros Nem todo funcionário é um membro potencial de equipe. Se for dada a opção, muitos funcionários vão preferir ficar fora das equipes. Quando pessoas que preferem trabalhar sozinhas são requisitadas para o trabalho em equipe, há uma ameaça direta ao moral do grupo e à satisfação individual de seus membros. Isto sugere que ao selecionar os membros da equipe, devem-se considerar as preferências individuais da mesma forma que as habilidades, personalidades e capacidades. As equipes com excelente desempenho geral mente são compostas por pessoas que preferem trabalhar em grupo. ► CONTEXTO Segundo Robbins (2005), são quatro fatores contextuais que parecem estar mais significativamente relacionados ao desempenho das equipes: a presença de recursos adequados, uma liderança eficaz, um clima de confiança e sistemas de avalia ção de desempenho e de recompensas que reflitam as contribuições da equipe. Recursos Adequados 04/10/2017 TEC Concursos - Questões para concursos, provas, editais, simulados. https://www.tecconcursos.com.br/teoria/modulos/44708/capitulos/1817167 17/25 As equipes são parte de um sistema organizacional maior. Desta forma, todas as equipes de trabalho dependem de recursos externos para a sua sustentação. A escassez de recursos reduz diretamente a capacidade de desempenhar o trabalho eficazmente. As equipes precisam receber o apoio necessário dos executivos e da organização como um todo para que possam atingir seus objetivos. Liderança e Estrutura Os membros da equipe precisam entrar em acordo quanto à divisão das tarefas e asse gurar que todos contribuam igualmente nesse arranjo. Além disso, precisam determinar como os cronogramas serão estabelecidos, quais habilidades devem ser desenvolvidas, como o grupo vai resolver os conflitos e como as decisões serão tomadas ou modificadas. O acordo em relação às especificidades do trabalho e como elas devem ser organizadas para integrar as habilidades individuais requer liderança e estrutura para a equipe. Isto pode ser proporcionado diretamente pelos executivos ou pelos próprios membros da equipe. A liderança, evidentemente, nem sempre é necessária. Por exemplo, as evidências indicam que as equipes de trabalho autogerenciadas frequentemente têm melhor desempenho do que aquelas que possuem líderes for malmente nomeados. Além disso, as lideranças podem prejudicar o bom desempenho quando interferem nas equipes autogerenciadas. Nessas equipes, seus membros assumem muitas das funções que geralmente ficam a cargo dos executivos. Nas equipes administradas de maneira tradicional, encontramos dois fatores aparentemente importantes para o desempenho: as expectativas e o estado de espírito do líder. Os líderes que esperam grandesfeitos de suas equipes geralmente os conseguem! Por exemplo, as tropas militares que têm líderes com altas expectativas nor malmente apresentam um desempenho melhor do que aquelas com líderes apenas controladores. Além disso, estudos já demonstraram que os líderes que exibem um estado de espírito positivo conseguem um desempenho melhor de sua equipe e um índice de rotatividade menor. Clima de Confiança Os membros das equipes eficazes confiam uns nos outros. E também demonstram confiança em seus líderes. A confiança interpessoal entre os membros da equipe facilita a cooperação, reduz a necessidade de monitoramento dos comportamentos individuais e une as pessoas em torno da crença de que nenhuma delas tentará tirar proveito da outra. Por exemplo, quando existe confiança, os membros da equipe apresentam mais disposição para assumir riscos ou mostrar vulnerabilidade. Da mesma forma, a confiança é a base para a construção da liderança. A confiança é importante para a 04/10/2017 TEC Concursos - Questões para concursos, provas, editais, simulados. https://www.tecconcursos.com.br/teoria/modulos/44708/capitulos/1817167 18/25 liderança no sentido em que torna a equipe disposta a aceitar e a se comprometer com as metas e as decisões de seu líder. Sistemas de Avaliação de Desempenho e Recompensas Como conseguir que os membros de uma equipe sejam responsáveis, tanto individualmente como em grupo? O sistema tradicional de avaliação e de recompensas individuais precisa ser modificado para refletir o desempenho da equipe. As avaliações individuais de desempenho, a remuneração fixa, os incentivos individuais e outras práticas seme lhantes não são consistentes com o desenvolvimento de equipes de alto desempenho. Assim, ao lado da avaliação e das recompensas individuais pela contribuição de cada funcionário, os dirigentes devem considerar as avaliações em grupo, a participação nos lucros e nos resultados, os incentivos aos grupos pequenos e outras modificações no sistema para reforçar o empenho e o comprometimento das equipes. ► PROCESSO A categoria final relacionada à eficácia das equipes refere-se às variáveis de processo. Isto inclui o comprometi mento dos membros com um propósito comum, o estabelecimento de metas específicas para a equipe, a eficácia da equipe, um nível controlado de conflitos e a redução da “folga” social. Propósito Comum As equipes eficazes têm um propósito comum e significativo, que oferece direção, o momento e comprometimento a seus membros. Este propósito é uma visão. E mais amplo do que os objetivos específicos. Metas Específicas As equipes bem-sucedidas traduzem seu propósito comum em metas de desempenho específicas, mensu ráveis e realistas. As metas conduzem os indivíduos a um melhor desempenho e também energizam as equipes. Metas específicas ajudam a tornar a comu nicação mais clara. Ajudam também a equipe a manter seu foco sobre a obtenção de resultados. Da mesma forma, as metas das equipes também devem ser desafiadoras. Metas difíceis mostraram elevar o desempenho da equipe nos critérios para os quais foram esta belecidas. Desta forma, metas para aumentar o volume de produção levam ao aumento da produção, metas para aumentar a rapidez aceleram a velocidade, e assim por diante. 04/10/2017 TEC Concursos - Questões para concursos, provas, editais, simulados. https://www.tecconcursos.com.br/teoria/modulos/44708/capitulos/1817167 19/25 Eficácia da Equipe As equipes eficazes têm confiança nelas mesmas. Acreditam que alcançarão o sucesso. Chamamos isso de eficácia da equipe. Sucesso gera sucesso. As equipes bem-sucedidas aumentam sua convicção sobre seus sucessos futuros. Isto, por sua vez, motiva estas equipes a trabalhar mais arduamente. Duas opções possíveis para aumentar a eficácia das equipes são ajudar a equipe a conquistar pequenos sucessos e oferecer treinamento para as habilidades. Os pequenos sucessos constroem a confiança da equipe. A medida que ela aumenta seu histórico de conquistas, também aumenta a con vicção coletiva de que os futuros esforços levarão ao sucesso. Ao lado disto, os executivos também podem ofere cer treinamentos para aperfeiçoar as habilidades técnicas e interpessoais dos membros de suas equipes. Quanto melhores essas habilidades, mais a equipe tem condições de desenvolver sua confiança e sua capacidade de contar com esta confiança para a obtenção de resultados. Níveis de Conflito O conflito dentro de uma equipe não é necessariamente uma coisa negativa. As equipes totalmente imunes aos conflitos tendem a se tornarem apáticas e estagnadas. Assim, os conflitos podem, na verdade, melhorar a eficácia das equipes. Mas isso não ocorre com todos os tipos de conflito. Os conflitos de relacionamento — aqueles baseados em incompatibilidades interpessoais, tensões e animosidade entre as pessoas — quase sempre são disfuncionais. No desempenho de tarefas não rotineiras, contudo, o desacordo entre os membros sobre o conteúdo da tarefa (chamado de conflito de tarefa) não é negativo. Na verdade, ele é frequentemente benéfico, pois reduz a probabilidade de ocorrência do pen samento grupal. O conflito de tarefa estimula a discussão, promove a avaliação crítica de problemas e opções e pode conduzir a melhores decisões da equipe. Desta forma, as equipes eficazes são caracterizadas por um nível adequado de conflitos. “Folga” Social As pessoas podem se esconder dentro de um grupo. Podem se entregar à “folga” social e se aproveitar do esforço do grupo, já que as contribuições individuais não podem ser identificadas. As equipes eficazes não correm este risco porque seus membros se mantêm responsáveis, tanto no nível individual como no do grupo.
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