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CENTRO UNIVERSITÁRIO DO NORTE – UNINORTE ESTÁGIO E PRÁTICA SUPERVISIONADA – MEDIAÇÃO E ARBITRAGEM Texto 1 Resenha Crítica: DIREITOS HUMANOS COMO FUNDAMENTO JURÍDICO DE MEDIAÇÃO. Em MEDIAÇÃO DE CONFLITOS – DIREITOS HUMANOS COMO FUNDAMENTO JURÍDICO DE MEDIAÇÃO, o presente autor chama a atenção para a questão de como a mediação se encaixa no tema de direitos humanos, destacando principalmente o fundamento jurídico que será abordado por ele. É abordado neste capítulo V, a relação da mediação com os direitos humanos, não afastando o que poderíamos dizer, um complementa o outro, ou seja, se consubstanciando. Esta ideia remete aos mediadores a procurar entender de maneira profunda a relação dos princípios fundamentais, constitucionais e obviamente, internacionais, sendo estes a base fundamental do nosso sistema jurídico. Na verdade nem posso pensar que teve de haver mais de uma guerra mundial para que o mundo pudesse se unir para poder assim pensar em impedir uma nova guerra, criando a ONU, e poder pensar que todo ser vivente e pensante poderia participar igualmente à título de ser percebido na sociedade daquela época, com direitos, deveres e obrigações. Simplesmente um absurdo imaginar que a sociedade se incluía e excluía ao mesmo tempo, ou seja, foram acrescentados vários tipos divididos de direitos, denominados de gerações á cada inclusão, e isso, não quero dizer que estar errado, mas ocasiona uma divisão que demorou muito para ser percebida e resolvida, ou seja, precisou duas guerras mundiais para que percebessem a necessidade de igualar as pessoas e dar á elas condições de vida um pouco melhores, onde categorias que antes pareciam nem existir agora poderiam ser, pelo menos em parte escutadas. Apesar de isso soar um pouco até grotesco, mas tendo uma visão abrangente, os direitos nem sempre nos dá o direito, ou seja, nem sempre o que é nossa necessidade é o que será atendido pelo direito em si, que fora conquistado, se tornando de certa forma, contraditório. Para o autor, o conhecimento desses direitos humanos é fundamental para a formação de mediadores e facilitadores de mediação, e se pode perceber uma divisão de cada uma das gerações para compor uma única coisa: O que vem a ser os Direitos Humanos. Segundo o embasamento da carta magna de 1988, do art. 1º até o art. 6º podemos perceber que tais valores e direitos são bem identificados e percebidos, mas cabe ao leitor distingui-las e verificar a sua congruência e além de tudo a identificação de que se trata de uma democracia pluralística. Podemos perceber que tudo isso que é abrangido pelo autor pode ser interpretado de uma forma a dar liberdade sem dar liberdade, ou seja, somos livres e não, ao mesmo tempo, sendo coagidos pelas nossas próprias conquistas, ou seja, o direito. Texto 2 Resenha Descritiva: MORAL CONTEMPORÂNEA E ÉTICA DA MEDIAÇÃO. O capítulo IX aborda a moral como primeiro ponto de análise de comparação com a Mediação, juntamente como se deve ter ética. Segundo Luhmann, a sociedade atual não tem a moral tradicional válida para todas as esferas de agir e vivenciar e isso faz erguer-se sistemas sociais autônomos que por si possuem seus próprios códigos e critérios. Como isto nos dá uma percepção de difusão, generalizando expectativas de comportamento pela ausência de consenso suposto em torno de programas ou critérios morais, vindo a ocasionar uma neutralização da moral. Para Habernas, a sociedade moderna vem e uma evolução de todos os modos morais de uma época passada, e a moral atual, supera os tipos anteriores, sendo um sistema universalista. Marcelo Neves busca a semelhança dentre os supracitados, podendo chegar à conclusão de que ele crê que as duas teorias têm em comum a tese de que a moral evolui conforme a sociedade também segue seu curso. Com o efeito obtido por esses processos evolutivos da moral, podemos perceber a dignidade da pessoa humana com a libertação de certos padrões individualista e patrimonialista. Podemos notar conforme exposto por John Rawls, não devemos ter uma visão individualista da ética sabendo que uns precisam dos outros pois a sociedade tem sua ética do social que prevalece sobre a ética individual. A ética normativa tem como objeto de estudo histórico filosófico ou conceitual da moralidade e tendo sido estudadas por dois grandes grupamentos, sendo a teleológica(responsabilidade): a ética dever conduzir a um fim natural, onde o agente não deve desinteressar-se pelos feitos concretos das suas ações ou decisões, e as deontológicas(convicção do dever), onde a noção primordial é a da necessária e imperativa obediência, pela consciência do dever e da responsabilidade individual, e o que conta é exclusivamente a boa intenção do agente, também reconhecida como fundamento da modernidade jurídica. Conforme se é destacado, o altruísmo e a honestidade nas condutas institucionais são imprescindíveis ao justo desenvolvimento de um protagonismo responsável, trazendo igualdades de oportunidades entre outras. De forma que evoluímos, novas relações são aperfeiçoadas de modo que nem sempre se é possível acompanhar, gerando perplexidade e desorientação. Então diante de várias formas de visualização, a solidariedade social dentre outras, fazem com que seja percebida em nós a dignidade da pessoa humana, sendo que os princípios éticos não sejam sufocados por regras anacrônicas. Percebemos que vivemos buscando anseios de liberdade e de igualdade, mas podemos perceber que isso é somente talvez aquilo que desejamos nos libertar. Então vemos que o resumo de tudo isso é que se encontra a importância de uma cultura de negociação pacífica e de mediação de conflitos e para dar um norte e zelar pela ética voltada à mediação e arbitragem foi instituído o CONIMA, sem fins lucrativos e que atua nacional e internacionalmente. Na ética existem alguns perfis que ser chamados de princípios, onde cada um refere-se a algum atributo de forma que possam ajudar na definição de como se deve agir eticamente, contudo, se referindo à dignidade da pessoa humana, sendo que dentre eles não há hierarquia, e para a mediação os princípios éticos específicos são os que são considerados como fundamentais à atuação de terceiros em situações e procedimentos justos e voluntários. O perfil que um mediador tem que ter é um perfil cooperativo para lidar com as emoções, sendo firme, capaz de inspirar confiança nos mediandos, sendo habilitado a praticar os seus conhecimentos sobre conflito e comunicação construtiva, sendo fator colaborativo o ambiente em tons que transmitem calma e inclusive com uma música de fundo tranquila, e sem ser menos importante, senso de humor, tendo como observação em que não necessariamente possam ter várias reuniões para a conclusão da mediação e sim que dependendo da complexidade, pode até ser concluída em apenas uma única reunião, sendo que geralmente não chega a ultrapassar dez reuniões. Texto 3 Resenha Descritiva: UM PROGRAMA DE MEDIAÇÃO COMUNITÁRIA. Trata-se de um projeto de inclusão protagonizado pela Fundação Joaquim Nabuco em 2005, onde se capacitava agentes sociais para prevenção da violência, abrangendo oficinas sobre conflito e técnicas de pré-mediação. A partir dessa etapa foi criado um programa denominado Núcleos de Mediação Comunitária – voltado às comunidades de baixa renda – numa perspectiva de protagonismo social para atuação em vários ambientes que se precisava ser envolvido este procedimento, como igrejas, escolas, etc. Depois de uma série de etapas a serem seguidas de forma que o programa pudesse ser implementado da melhor forma possível, nota-se que nem sempre todos chegam até o fim do processo avaliativo, mas o que chegaram conseguiram trazer bons resultados para suas comunidades, e fazendo inúmeras mudanças positivas através da mediação. Muitas pessoaspuderam atuar de forma consciente nessa etapa de desenvolvimento e tiveram bons resultados conquistados através deste programa, talvez por parecer como um reconhecimento de grande importância e impacto positivo na área em que ocorrera, sendo na maioria das vezes de impacto motivador e multiplicador, apesar de ser instável. Com isso, pode-se observar que houve reduções de vários tipos de delitos graves e, o que é melhor, de forma pacífica onde o programa foi instalado. O que se torna um programa bem elaborado é que deu um direcionamento para juventude mediante parcerias. Texto 4 Resenha Descritiva: MEDIAÇÃO PENAL E PRÁTICAS RESTAURATIVAS. Um movimento chamado de justiça restaurativa, surgida nas últimas décadas do século passado é como se fosse um resgate de práticas de várias tradições que tem por inspiração várias abordagens e procedimento de caráter interdisciplinar. A justiça visa o protagonismo voluntário da vítima, do ofensor, da comunidade, ou seja, cada coisa complementa a outra. Um exemplo disso é a mediação penal, que tem seu campo de atuação a área criminal, e como essa área tem os mais diversos tipos de “ofensas”, as abordagens transformativas são realizadas por meio de encontros ou círculos restaurativos, tendo a experiência nesse tema ainda bem recente. Denomina-se processos restaurativos os quais as vítimas, e demais envolvidos participam juntos e ativamente na resolução de questões provocadas pelo crime, geralmente com a ajuda de um facilitador, denominado de mediador, que tem de ser imparcial, independente e ter a função de facilitar o dialogo entre as partes. Neste contexto, nem só a mediação é uma via de mão única para uma justiça restaurativa, pois há a conciliação, conferências e os círculos de sentença. A partir daí podemos falar que os resultados restaurativos seriam tudo o que se fosse resolvido por este meio, integralizando a vítima e o agressor. Pode-se ver a justiça restaurativa como dois grandes grupos, como duas grandes finalidades atribuíveis à Justiça: uma institucional e a outra político-criminal. No caso da institucional, usa a justiça restaurativa como meio de aperfeiçoamento do funcionamento da justiça formal. E no caso da finalidade político-criminal, tem a Justiça Restaurativa como uma ferramenta valiosa de intervenção social, voltada para a transformação de maneira mais ampla do tratamento reservado ao fenômeno criminal. A justiça restaurativa deve ter como meta o aperfeiçoamento da administração da justiça e poder enfim contribuir para a mudança da percepção da sociedade sobre a justiça, e deve ter como meta a redução do controle penal formal, evitando também que o controle informal seja de certa forma mais perverso que o controle formal. O procedimento restaurativo não deve ser paralelo ao procedimento tradicional e nem deve objetivar corrigi-lo, e os envolvidos deverão participar até o final, colaborando pra que se chegue a um resultado, e isso se dá também por uma preparação das partes pra o círculo/encontro. Os resultados da maioria das sessões de mediação vêm em menos de uma hora, e a complexidade está no nível do mediador de lidar com as diferenças. Todavia, a ausência de legislação que efetivamente introduza essa prática no âmbito do processo penal tem acarretado insegurança e instabilidade à experiência em apreço que, em função de mudança de governo, encontra-se suspensa.
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