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SABRINA CHIROLLI
 ADVOGADA – OAB / SC - 60589
_____________________________________________________________________________
EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DO TRABALHO DA 1ª VARA DE RIO DO SUL – SANTA CATARINA
Processo n° 2233456-89.9089.9.00.2234
ANTÔNIA DE OLIVEIRA, brasileira, viúva, servidora pública aposentada, inscrito no CPF n. 333.444.444-22, residente e domiciliado na Rua Califórnia, nº. 111, Bairro Boa Vista na cidade de Rio do Sul/SC CEP: 89.160.002, endereço eletrônico oliveira@gmail.com.br, por sua procuradora ao final firmada, instrumento de procuração anexo, onde recebe intimações e notificações, vem, à presença de Vossa Excelência, apresentar
CONTESTAÇÃO a reclamação trabalhista que lhe move 
MARIA ROSA DA SILVA, brasileira, solteira, empregada doméstica, inscrito no CPF n. 444.444.444-44 e portador da CTPS n. 444.444.444, residente e domiciliado na Rua das Flores, nº. 444, Bairro Boa Vista na cidade de Rio do Sul/SC CEP: 89.161-111, endereço eletrônico mariasilva@gmail.com.br, o que faz pelos fatos e fundamentos a seguir expostos.
I. RESUMO DA INICIAL
Aduz a Requerente na exordial, que labrou na casa da reclamada com sua CTPS devidamente registrada pelo período de 01 ano, seu contato de trabalho teve inicio no dia 01 de maio de 2019, e a dispensa ocorreu em 05 de maio de 2020, O salário ajustado foi de R$ 1.400,00 (Mil e quatrocentos reais), por mês para trabalho de 44 horas semanais.
Assevera que desconhecia estar grávida e que apenas descobriu no dia seguinte do recebimento das verbas rescisórias, conforme atestam exames médicos realizados, dessa forma a Requerida da presente ação não tinha a possibilidade nem o dever de saber que a Requerente estava grávida, liberando-a de julgo de não poder demitir a Requerente pelo motivo apresentado em sua inicial .
Dessa forma, como será demonstrato a seguir, a reclamante nao tem direitos a serem discutidos.
II. DA INEXISTENCIA DE DIREITO A ESTABILIDADE
O entendimento majoritário do TST é sim no sentido de que a Requerente que firmou contrato por prazo determinado, também tem direito à estabilidade ou indenizaçao substitutiva, vez que o Direito do trabalho protege não só a trabalhadora, mas também o nascituro.
Todavia, como já mencionado acima, a Requerida não tinha conhecimento da gravidez da Requerente e dessa forma se abstem do dever sobre a demissão sem justa causa da mesma, ressalta-se também que a Requerente Maria Rosa ficou inerte durante todo o período de estabilidade para somente após o seu fim requerer ao Poder Judiciario a indenizaçao substitutiva. 
Essa inercia configura o abuso do exercicio do direito e o enriquecimento sem causa da trabalhadora.
Mas é razoavel o Requerido ter que arcar com a indenizaçao substitutiva mesmo não estando ciente da gravidez e não podendo sequer ofertar a reintegraçao ao trabalho, já que a ação judicial foi proposta somente após esgotado o período de estabilidade ?
Tem-se que é necessario demonstrar o entendimento que está consubstanciado no art. 10, do Ato das Disposições Constitucionais Transitórias da Constituição Federal de 1988: 
Art. 10. Até que seja promulgada a lei complementar a que se refere o art. 7º, I, da Constituição: 
(...) 
II - fica vedada a dispensa arbitrária ou sem justa causa: 
(...)
b) da empregada gestante, desde a confirmação da gravidez até cinco meses após o parto. 
Observa-se da leitura do artigo 10, II, b, do ADCT, que a trabalhadora adquire o direito à estabilidade com a “confirmação da gravidez”, diferente da forma que ocorreu neste caso.
Apesar, da dúvida a respeito da estabilidade quando a empregada desconhece o estado gravídico na época do encerramento do contrato de trabalho, sendo o fato também, obviamente, de conhecimento do empregador, há entendimento sumulado pelo TST de que a mesma tem direito a estabilidade, vejamos: 
Súmula nº 244 do TST
GESTANTE. ESTABILIDADE PROVISÓRIA (redação do item III alterada na sessão do Tribunal Pleno realizada em 14.09.2012) - Res. 185/2012, DEJT divulgado em 25, 26 e 27.09.2012
I - O desconhecimento do estado gravídico pelo empregador não afasta o direito ao pagamento da indenização decorrente da estabilidade (art. 10, II, "b" do ADCT).
 II - A garantia de emprego à gestante só autoriza a reintegração se esta se der durante o período de estabilidade. Do contrário, a garantia restringe-se aos salários e demais direitos correspondentes ao período de estabilidade.
 III - A empregada gestante tem direito à estabilidade provisória prevista no art. 10, inciso II, alínea “b”, do Ato das Disposições Constitucionais Transitórias, mesmo na hipótese de admissão mediante contrato por tempo determinado.
O reclamado em nenhum momento negou-se de assegurar os direitos da reclamada, ocorre que nunca foi comunicado da situação, ou estado gravídico da funcionária.
A boa fé também deve ser observada, sendo dever de ambas as partes em relação contratual, guarda-la. O que coloca em dúvida verificando que a reclamante demorou tanto tempo para ajuizar a ação. 
Ademais, a Requerente argumenta insistentemente que seu retorno ao labor é inviável eis que a relação de confiança entre as partes restou prejudicada. Ocorre que isto não é argumento suficiente para substituir a reintegração por indenização, sendo que o retorno ao labor da Reclamante é perfeitamente viável numa remota possibilidade de confirmação de existência de labor em período anterior ao anotado em sua CTPS.
Relevante apontar também que a legislação garante à gestante o direito ao emprego, ou seja, à estabilidade provisória, e não à indenização como pretende a Requerente.
Nossos tribunais são claros sobre ao assunto, sendo unânimes ao entenderem que não cabe ao empregado escolher entre a reintegração e a indenização, senão vejamos:
(…) ESTABILIDADE PROVISÓRIA DA GESTANTE – AUSÊNCIA DE PEDIDO DE REINTEGRAÇÃO – NÃO-CABIMENTO DA INDENIZAÇÃO – O dispositivo constitucional não foi violado direta e literalmente pelo Regional, na medida em que nem mesmo há informações de que o empregador não se tenha disposto a recolocar a trabalhadora no emprego, após o ato de dispensa. Desde logo, nos termos do acórdão regional, a empregada pleiteou na ação somente a indenização do período estabilitário, o que, sem dúvida, expõe a disparidade entre a garantia prevista no art. 10, “b”, inciso II, do ADCT da Constituição da República e a postulação inicial. Pertinente, portanto, o entendimento do Tribunal Regional do Trabalho no sentido de que o artigo em comento apenas assegura a garantia de emprego (ou a manutenção do contrato de trabalho) e, não, a indenização do período respectivo, cabendo essa no caso de não ser aconselhável a reintegração ou tiver expirado o prazo de garantia de emprego (Orientação Jurisprudencial nº 116/SBDI-1). Não conheço. (TST – RR 657786 – 5ª T. – Rel. Min. Conv. Marcus Pina Mugnaini – DJU 02.05.2003) JCF.5 JCF.5.LXXIV JLAJ.4 JLAJ.4.1 JLAJ.6 JCLT.789 JCLT.789.9 JADCT.10 JADCT.10.II.B
III. DA MULTA DO ARTIGO 477
A Requerente pleiteia a condenação da Requerida ao pagamento da multa do artigo 477 da CLT sob a justificativa de que as parcelas rescisórias teriam sido adimplidas fora do prazo estipulado pelo ordenamento jurídico trabalhista. Sem razão a Requerente.
Por ser controvertido o fato da existência de prestação laboral em período anterior, não há que se falar em pagamento de verbas rescisórias a deste tempo, e, por conseguinte, em multa do artigo 477 da CLT.
Assim sendo, não procede a pretensão da Reclamante.
IV. DO NÃO CABIMENTO DE DANO MORAL
Para que haja o dever de reparar há que estar presente a conduta culposa do agente pela prática de um ato ilícito, o dano suportado pela vítima e o nexo causal.
No caso concreto, inexiste qualquer ato culposo da requerida, haja vista que, conforme documentos em anexos, este sempre pagou a requerente em dia, bem como nunca deixou de pagar qualquer mês de serviço.
Dessa forma, descabida pretensão de auferir danos morais, restando assim, evidente que sua intençãoera perquirir enriquecimento ilícito em detrimento de outrem.
Para ensejar o Dano Moral, imprescindível sua comprovação, o nexo causal entre o ato ilícito do Requerida em desfavor da Requerente, colecionando nesse sentido jurisprudência majoritária em que, inexistindo um dos fatores referido, descaracterizado o Dano Moral, como podemos observar: 
 […] DANO MORAL. Para averiguação do dano moral, é preciso observar que deve estar fundamentado na firme comprovação de danos aos direitos relacionados à intimidade, à vida privada, a honra e a imagem da obreira, ser irrefutável a relação de causalidade entre o eventus damni e a conduta do empregador, que agiu de maneira intencional, ou que, agindo com negligência ou imprudência, deu causa ao dano suportado pelo empregado. Assim, descabido o dano moral ante a insuficiência de comprovação de sua ocorrência, qual seja demonstrar devidamente o nexo causal e o dano efetivamente sofrido. HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS. Não satisfeitos os requisitos das Súmulas 219 e 329 do TST, é incabível a condenação em honorários advocatícios. Recurso conhecido e parcialmente provido. (TRT-16 714200900716001 MA 00714-2009-007-16-00-1, Relator: JAMES MAGNO ARAÚJO FARIAS, Data de Julgamento: 18/05/2010, Data de Publicação: 31/05/2010).
Assim, resta demonstrado que a indenização pretendida não é devida, haja vista a reclamada não ter dado causa a nenhum constrangimento, humilhações entre outras situações que poderiam ensejar a indenização, que de tudo considerando o valor pleiteado pela Requerente.
V. DOS VALORES COBRADOS PELA REQUERENTE
A Requerente em sua inicial traz descrito todos os valores que acredita lhes ser de direito. Todavia, nada do que ali está lançado faz jus a Requerido, como passamos a demonstrar:
a) Das horas extras: A reclamante alega que fazia horas extras habituais, sem intervalo para descanso, o que não condiz com a realidade. Sendo assim, ora a reclamante não possui horas extras sob o valor ganho pelo período de serviço, não sendo possível a incidência assim, sob férias com 1/3, 13º salários entre outros requeridos.
b) Aviso Prévio: A Reclamante pretende o recebimento do aviso. Porém, conforme já argumentado, mesmo houvesse razão para a Requerente pretender a desconstituição do contrato de trabalho por prazo determinado, ainda assim isto lhe daria direito à reintegração, e não à indenização como Requerente em sua petição inicial.
c) Indenização referente ao período de gestação: Pretende a Requerente o percebimento de título de indenização referente ao período 13,4 meses de salário. Sem razão a Requerida. Primeiramente destaca-se que a própria Requerente afirma que, não descobriu dias depois do pagamento da rescisão a gravidez, consequentemente faz entender que ela estava de poucas semanas. Assim, não é devido à Requerente a pretendida indenização referente a 9 (nove) meses de gestação, eis que durante parte do estado gravídico a mesma já percebeu quando laborou. Além disso, a Requerente não faz jus a indenização pretendida, mas, remotamente, à reintegração, conforme determina a legislação obreira.
d) Do 13º salário: Insurge a Requerente que ainda não foi lhe pago o décimo terceiro salário, alegação descabida, haja vista que conforme documentos juntados nesse instrumento restam comprovados que a Requerente recebeu um adiantamento da parcela, bem como recebeu o restante do valor devido, documentos estes devidamente assinados pelo Requerente. Assim fica demonstrado que mais uma das alegações infundadas para auferir lucro indevidamente que não deve postergar.
e) Das Férias: Também não faz jus a Requerente a tal rubrica, eis que recebeu as férias referentes ao período trabalhado, diferentemente do que alega em sua reclamatória. Assim, resta demonstrado que todos os pagamentos referentes as férias foram devidamente realizados.
f) FGTS: A Requerente insurge-se alegando que os valores referentes ao FGTS não foram recolhidos, porem incabível tal alegação, haja vista que depositou mensalmente os valores. Desta forma, não há que se falar em pagamento de qualquer parcela do FGTS, eis que devidamente pagas e comprovadas.
g) Honorários advocatícios: Na justiça do trabalho os honorários advocatícios só são devidos em situações em que o Requerente esteja assistido pela sua entidade sindical, o que não é caso presente. Assim, não procede o pedido quando a condenação da Requerida ao pagamento de honorários advocatícios.
VI. DA INPUGNAÇAO DOS PEDIDOS
Impugna-se TODOS os pedidos da reclamante eis que manifestadamente improcedentes não merecendo guarida, inclusive o pedido de dano moral.
VII. DOS REQUERIMETOS
a) Requer a Vossa Excelência o recebimento da presente Contestação, bem como sua apreciação para julgar Improcedente a presente demanda, com extinção do feito com resolução de mérito, bem como condenando o Requerente ao pagamento das custas processuais. 
b) Protesta por todos os meio de prova em direito admitido, em especial depoimento pessoal da reclamante e testemunhal, bem como pericial;
c) Impugna-se o pedido de Assistência Judiciaria, eis que a Requerente não cumpre os requisitos legais para tal concessão;
d) No que tange os honorários assistenciais, nota-se o procurador da Requerente não cumpre os requisitos legais para tal recebimento restando que diante do jus postulandi inexiste a figura dos honorários sucumbenciais;
e) Postula-se que seja aplicado, ao pedido de assistência e honorários assistenciais, o quanto determinado nos artigos 14 e seguintes, da lei 5584/70, bem como sumulas 219 e 329 do TST.
f) Postula-se ainda em caso de condenação a compensação de todos os valores devidamente pagos.
Nestes termos,
Pede e espera deferimento.
Rio do Sul, 25 de Junho de 2020.
_________________________
SABRINA CHIROLLI
OAB/SC 60589
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Rua Carlos Knappmann, 58 – Sala 2 – Edifício Brumm
Bairro Budag – Rio do Sul / SC - CEP 89165314
Fones: (47) 352147895 / (47) 989003879
Sabrina_chirolli@hotmail.com

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