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INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA DO CEARÁ- CAMPUS BATURITÉ TECNOLOGIA EM GASTRONOMIA ANA CATARINA RODRIGUES MACIEL INTERVENÇÃO GASTRONÔMICA: OFICINAS DE EDUCAÇÃO ALIMENTAR PARA ESTUDANTES DE UMA ESCOLA PRIVADA NA CIDADE DE BATURITÉ- CE BATURITÉ 2014 2 ANA CATARINA RODRIGUES MACIEL INTERVENÇÃO GASTRONÔMICA: OFICINAS DE EDUCAÇÃO ALIMENTAR PARA ESTUDANTES DE UMA ESCOLA PRIVADA NA CIDADE DE BATURITÉ - CE Trabalho de Conclusão de Curso apresentado a coordenação do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Ceará - Campus Baturité, como requisito parcial à obtenção do título de graduação em Tecnologia em Gastronomia. Orientadora: Prof.ª Esp. Patricia Sobreira Holanda Costa BATURITÉ 2014 3 ANA CATARINA RODRIGUES MACIEL INTERVENÇÃO GASTRONÔMICA: OFICINAS DE EDUCAÇÃO ALIMENTAR PARA ESTUDANTES DE UMA ESCOLA PRIVADA NA CIDADE DE BATURITÉ - CE Trabalho de Conclusão de Curso apresentada a coordenação do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Ceará - Campus Baturité, como requisito parcial à obtenção do título de graduação em Tecnologia em Gastronomia. Aprovada em: ___/___/______. BANCA EXAMINADORA: _______________________________________ Prof.ª Esp. Patricia Sobreira Holanda Costa (Orientadora) Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Ceará (IFCE) _________________________________________ Prof.ª Msc. Marcela Coelho de Sousa Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Ceará (IFCE) _________________________________________ Prof.ª Msc. Mirele da Silveira Vasconcelos Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Ceará (IFCE). 4 a Deus, a minha família e amigos sempre presentes, a minha orientadora Profª Esp. Patrícia Sobreira pela paciência e dedicação e a todos aqueles que amo. 5 AGRADECIMENTO Primeiramente a Deus pelo dom da vida, por guiar, iluminar e abençoar meus caminhos. Agradeço de forma grandiosa e especial aos meus pais e irmã que não mediram esforços para que eu chegasse até aqui, estando sempre ao meu lado, acreditando na minha capacidade e não me deixando fraquejar em nenhum instante, obrigada, vocês são o meu porto seguro. Aos meus avós e toda a minha família, que amo muito e sempre lembro com muito carinho. Agradeço também a minha orientadora Patrícia Sobreira, pela paciência, dedicação e conhecimento transmitido durante todo esse trabalho de conclusão de curso. Aos meus amigos e colegas, que me ajudaram como podiam nessa jornada, dando sugestões, esclarecendo dúvidas, ajudando a planejar as oficinas ou até mesmo pegando livros emprestados na biblioteca. Aos amigos, que não puderam estar por perto, mas que torceram e torcem muito por esse trabalho e por mim. A todos os professores e funcionários do Ifce campus Baturité que foram tão importantes na minha vida acadêmica e no meu crescimento pessoal. A minha querida Mel, que me alegrou e alegra tantas vezes por dia, e que embora não tivesse conhecimento disso, iluminou de maneira especial meus pensamentos, de um modo que só vem de quem se ama. A todos os profissionais, alunos e amigos da escola Cosme e Damião, por serem tão receptivos e amorosos, tornando possível a realização desse trabalho. E a todos que não foram citados, mas, que contribuíram direta ou indiretamente para a realização desse trabalho, sintam-se abraçados. Muito obrigada! 6 "Tudo o que eu vivi me trouxe até aqui e sou grata a tudo, invariavelmente. Curvo meu coração em reverência a todos os mestres, espalhados pelos meus caminhos todos, vestidos de tantos jeitos, algumas vezes disfarçados de dor...” (Ana Jácomo). 7 RESUMO A alimentação escolar saudável é de suma importância para manter o equilíbrio físico e metal do estudante que passa boa parte do dia em sala de aula, principalmente na infância onde ainda estamos começando a nos desenvolver. Este trabalho busca a sensibilização quanto a hábitos alimentares mais saudáveis na merenda escolar de crianças entre sete e oito anos. Através de atividades lúdicas, oficinas de educação alimentar e um questionário, onde foi indicado pela analise dos resultados a melhora dos hábitos alimentares das crianças depois das oficinas, o aumento do consumo de frutas e a diminuição do consumo de alimentos prejudiciais à saúde, como frituras e alimentos industrializados, com a aproximação das crianças com os alimentos e com a educação alimentar podemos obter resultados satisfatórios na melhoria da alimentação escolar, porém a educação alimentar tem que ser um processo continuo entre os pais e educadores. Palavras–chave: Educação alimentar. Alimentação saudável. Alimentação escolar infantil. 8 ABSTRACT Healthy school meals is of paramount importance to maintain physical balance and metal student who spends a good part of the day in the classroom , particularly in childhood where we are just beginning to develop in . This work aims to raise awareness about healthy eating habits in school meals for children between seven and eight years of private school education in the municipality of Baturite , Ceará . Through fun activities , nutrition education workshops and a questionnaire , which was indicated by the analysis of the results to improve the eating habits of children after the workshops , increased consumption of fruits and decreased consumption of unhealthy foods such as fried foods and industrialized , with the approach of children with food and food education food we can get satisfactory results in improving school food , but food education must be an ongoing process between parents and educators. Keywords : Food Literacy . Healthy eating . Infant school feeding 9 LISTA DE ILUSTRAÇÕES Figura 1 – Frequência alimentar dos alunos antes das oficinas.................... 29 Figura 2 – Frequência alimentar dos alunos depois das oficinas ................. 31 Figura 3 – Aceitabilidade das oficinas pelos alunos da ECD..........................33 Figura 4 – Aceitabilidade dos alunos da ECD com relação aos alimentos oferecidos nas oficinas....................................................................................34 Figura 5 – Frequência do consumo de vegetais pelos alunos da ECD antes das oficinas......................................................................................................34 Figura 6 – Frequência do consumo de vegetais pelos alunos da ECD depois das oficinas.....................................................................................................35 Figura 7– Atividade com pintura da pirâmide alimentar..................................36 Figura 8 – Atividade com massa de modelar..................................................36 Figura 9 – Representação da pirâmide alimentar...........................................37 Figura 10 – Preparação de alimentos decorados...........................................37 10 LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS ECD PNAE CE Escola Cosme e Damião Programa Nacional de Alimentação Escolar Ceará CEASA/PA Centrais de Abastecimento do Estado do Paraná 11 SUMÁRIO 1. INTRODUÇÃO..................................................................................... 12 2. JUSTIFICATIVA ................................................................................14 2.1 Objetivo Geral ..........................................................................................14 2.2 Objetivos Específicos ................................................................................14 3. ALIMENTAÇÃO SAUDÁVEL: CONSIDERAÇÕES SOBRE ALIMENTAÇÃO ESCOLAR .........................................................................................................15 3.1 Conceitos de alimentação saudável ............................................................15 3.2 Importância e objetivos da educação alimentar ..........................................17 3.3 Necessidades nutricionais na infância ............................................................18 3.4 Características nutricionais e fisiológicas na criança de 7 a 8 anos ...........19 3.5 Perfil do estado nutricional da criança brasileira .........................................20 3.6 O consumo de alimentos industrializados ...................................................22 4. UMA INTERVENÇÃO GASTRONÔMICA: OFICINAS DE EDUCAÇÃO ALIMENTAR NA ESCOLA COSME E DAMIÃO - BATURITÉ – CE ...............23 4.1 A escola Cosme e Damião: Breves considerações ....................................23 5. METODOLOGIA ...........................................................................................24 6. RESULTADOS E DISCUSSÕES ......................................................................26 6.1 A educação alimentar: Hábitos alimentares saudáveis ...............................26 7. CONSIDERAÇÕES FINAIS ..........................................................................36 8. REFERÊNCIAS ........................................................................................................37 9. APÊNDICES ..................................................................................................40 12 1. INTRODUÇÃO Atualmente tem sido notado uma grande inserção de produtos industrializados ou ate mesmo com níveis de lipídeos inadequados na refeição de crianças ofertados na merenda escolar, sendo assim: O presente trabalho foi realizado no período de agosto a dezembro do ano de 2013 e é resultado de uma pesquisa com 21 crianças com idades entre sete e oito anos estudantes da escola da rede particular de ensino Cosme e Damião no município de Baturité Ceará, tendo em vista a melhoria e a sensibilização dos mesmos sobre a merenda escolar saudável. Como nos mostra Philippi (2006, p.40) ‘’A alimentação saudável é entendida como aquilo que se bebe e se come, que proporciona bem estar, mas sem causar danos a saúde.’’ O profissional de alimentação, principalmente o gastrônomo é de suma importância na melhoria da saúde alimentar da população e é também responsável pelo conhecimento que abrange desde uma alimentação saudável até o fato de deliciar-se com a comida e de sentir-se bem em estar saboreando um alimento atrativo ao paladar. Como nos fala Neto, Bezerra e Santos (2012), a gastronomia é como um instrumento que faz parte da mudança cultural, podendo provar que uma alimentação pode ter um excelente sabor, ótima qualidade e alto valor nutricional. Temos que ter em vista também que por conta da vida agitada diária deixamos de nos alimentar adequadamente, priorizando a praticidade de alimentos que muitas vezes apresentam baixo teor de nutrientes. Um exemplo disso é o lanche escolar que as crianças consomem diariamente, quando o trazem de casa geralmente são alimentos industrializados por conta da sua praticidade e fácil aquisição. Quando o consumo é feito na cantina das escolas, as opções são por muitas vezes, com alto teor de lipídios e poucos nutrientes como, por exemplo: salgados, refrigerantes e etc. 13 Alimentar-se bem é de suma importância para que o ser humano obtenha uma alta qualidade de vida. O Alimento é fonte de nutrientes que são necessários para o bom funcionamento do nosso organismo como um todo. Além de ser essencial para a existência dos seres vivos, o alimento também tem função de agregar, comunicar e celebrar. O ideal seria que às crianças levassem para a escola um lanche mais natural e nutritivo, porém como já foi citado anteriormente o mundo globalizado de hoje pouco permite que os pais disponibilizem esse tempo tão importante para dedicar-se à merenda escolar de seus filhos, em meio a tantas ofertas alimentícias mais práticas em disposição no mercado, como também com maior facilidade de acesso nas cantinas escolares. Sabemos da importância de uma consciência alimentar saudável desde a infância, onde estamos começando a descobrir o mundo e as nossas preferencias alimentares, é fator essencial incentivar o consumo de frutas, legumes e hortaliças nessa fase da vida. Portanto há pouco consumo de alimentos benéficos que são fundamentais aos seres humanos, principalmente nessa fase tão importante, que é marcada pelo desenvolvimento físico e psicológico da criança. Estando ciente desse problema o presente trabalho apresentará uma intervenção gastronômica feita por meio de oficinas lúdicas trabalhando a pirâmide alimentar e preparo de alimentos, pois se faz necessário que as crianças entendam a importância de alimentar-se bem em casa e na escola, depois das atividades é esperado que aconteça uma mudança de hábitos e se desenvolva nessas crianças o anseio por uma alimentação saborosa e saudável. As oficinas foram realizadas com alunos de sete e oito anos de idade, pois nessa idade há uma melhor firmação das preferencias alimentares, como afirma Sá (1978), nessa idade as crianças já estão mais independentes, podendo assim selecionar seus próprios alimentos. A escola pode influenciar nessas escolhas, estudantes de escolas particulares são mais vulneráveis ao consumo de alimentos pouco nutritivos, 14 devido os lanches vendidos nas cantinas das próprias escolas, diferentemente do que ocorre nas escolas públicas que já ofertam um lanche equilibrado nutricionalmente em suas cantinas pois possuem um programa voltado para essa área de nutrição na merenda escolar, o Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE) que tem função de fornecer suporte ao fornecimento de alimentos balanceados nutricionalmente para os alunos matriculados nas escolas da rede publica, o PNAE é o programa nacional do governo criado para melhorar a qualidade nutricional das refeições oferecidas nas cantinas de escolas públicas do país. 2. JUSTIFICATIVA: 2.1 Objetivo Geral: Deste modo o presente trabalho tem como objetivo gera trabalhar junto aos alunos dessa escola privada de Baturité a educação alimentar e sensibiliza-los sobre a importância de uma alimentação rica em nutrientes e, sobretudo com baixo teor de gorduras. 2.2 Objetivos Específicos: • Instruir as crianças sobre a importância da alimentação saudável através de atividades lúdicas; • Realizar oficinas de educação alimentar • Avaliar os resultados obtidos após as atividades 15 3. ALIMENTAÇÃO SAUDÁVEL: CONSIDERAÇÕES SOBRE ALIMENTAÇÃO ESCOLAR 3.1 Conceitos de alimentação saudável. “A alimentação saudável é entendida como aquilo que se bebe e se come, que proporciona bem estar, mas sem causar danos à saúde.” (PHILIPPI, 2003, p. 39) A alimentação está relacionada com a produção de alimento, a disponibilidade, o igual acesso a alimentos pela população e a capacidade de saciar a fome dos indivíduos. Já a nutrição está relacionada à escolha por alimentos saudáveis, ao preparo adequado, para preservar as características nutricionais e as condições de saúde, higiene e vida para melhor garantir a utilização dos alimentos em termos biológicos e sociais. Então, nutrir vai além de alimentar. (MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO, 2007, p. 76) De acordo com Sichieri (2000), do ponto de vista da alimentação saudável, sugere-se que as recomendações devem basear-seem alimentos mais do que em nutrientes. Segundo o Ministério da Saúde (2005, p.2.), alimentação saudável deve ser baseada em todos os componentes dos alimentos, como cor, gosto, forma, aroma e textura e todos eles precisam ser considerados na abordagem nutricional. Somente uma alimentação adequada em termos quantitativos e qualitativos pode fornecer esses nutrientes. Por outro lado, o consumo inadequado de alimentos pode trazer danos para a saúde das pessoas. ........................................................................................................... O consumo de alimentos com alta quantidade de gordura, açúcar e sal (seja por quantidades erradas adicionadas no preparo dos alimentos ou pela frequência de consumo de produtos industrializados que tenham alto teor de sal), pode causar muitos problemas a saúde, como obesidade, diabetes, carie dental, hipertensão (pressão alta), alterações ortopédicas (relativa aos ossos), aumento dos níveis de colesterol e triglicerídeos e doenças cardíacas. (RODRIGUES et al, 2007, p. 19-20, grifo do autor.). Drutra, et al (2007), nos fala que alimentar-se bem significa suprir as exigências do copo, ou seja, não deixando abaixo e nem acima das 16 necessidades diárias de nutrientes para o organismo. Além de nutrientes, uma alimentação saudável envolve diferentes aspectos como valores culturais, sociais, afetivos e sensoriais. Segundo Murguero (2009, p.7.) “alimentação saudável deve ser baseada adequadamente em água, lipídeos, carboidratos, proteínas, vitaminas, fibras e minerais.” Os carboidratos são formados por meio da fotossíntese dos vegetais e compreendem cerca da metade do total de calorias ingeridas pelo ser humano, sendo eles compostos por, carbono, hidrogênio e oxigênio. ........................................................................................................... As proteínas são as principais substancias com função construtora no organismo, bem como na reparação dos tecidos e na formação dos hormônios. (MENDONÇA, 2010, p. 107). De acordo com Machado (2009), as vitaminas e os minerais são micronutrientes pois aparecem em pequenas quantidades nos alimentos. Cada um desses nutriente possuem um papel diferente no organismos e desempenha varias funções no mesmo tornando a presença de todos esses nutrientes essenciais para o bom funcionamento do corpo. Podem ser definidos também como reguladores de processos bioquímicos que ocorrem no organismo. “Lipídios são substancias orgânicas de aspecto untuoso e fazem parte dos tecidos animais e vegetais, dos quais são retiradas para a alimentação humana.” (MENDONÇA, 2010, p.61). Conforme o Ministério da educação (2007), as fibras são um tipo especial de carboidratos que não fornecem energias mas desempenha funções importantes no organismo. As fibras alimentares derivadas de plantas exclusivamente, possuem diferentes propriedades físicas, químicas e fisiológicas no corpo humano. Exercem sua função essencial que é de formar o bolo fecal e contribuem com a sua eliminação apenas no intestino passando pelo sistema digestório ainda intactas. A alimentação representa um papel importante durante toda a vida dos seres humanos. Durante esses ciclos da vida pode-se destacar a criança em idade escolar, na infância o metabolismo é mais intenso comparado a vida adulta (DANELON, M.A; DANELON, M; SILVA 2006, p.2). 17 3.2 Importância e objetivos da educação alimentar De acordo com o Ministério da Educação (2006, p.51), a educação nutricional é um conjunto de atividades de comunicação destinado a melhorar as práticas alimentares indesejáveis, com uma mudança de hábito alimentar. Muito se tem mostrado que a alimentação saudável tem grande impacto no desenvolvimento da criança, inclusive na ocorrência de doenças quando o mesmo for adulto. Na infância e a adolescência2 constituem-se de um período em que a nutrição tem grande importância, não só devido às necessidades nutricionais estarem aumentadas em função do crescimento3 e desenvolvimento, mas também por compreenderem ciclos de vida em que ocorrem à produção e consolidação dos hábitos alimentares. (PERONDI, 2010, p.13) Ainda segundo o Ministério da educação (2006), alimentação é um tema presente em todos os ciclos da vida, é o alimento que proporciona vínculos psicológicos e de bem estar desde o nascimento até o envelhecimento, tornando-se de fundamental importância compreendermos como intercessões nutricionais podem contribuir para a a melhoria da saúde. A promoção da saúde no ambiente escolar está sendo tratada como um tema de grande importância por organismos nacionais e internacionais ligados às áreas de saúde e educação. O desenvolvimento de atividades promotoras da saúde tem papel fundamental para a expansão do tema na comunidade escolar e assim ganhar espaço no cenário mundial. (MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO, 2007, p.82.) Aquino e Santos (2010), nos explicam que os comerciais de televisão contribuem oara a formação da cultura alimentar da população, tornando a importância da alimentação oferecidas nas escolas ainda mais significativa. Educar os jovens e provocar uma mudança social que valorize práticas saudáveis e desprestigie hábitos deletérios para a saúde é uma responsabilidade social. São os pais, os professores, os vizinhos, os proprietários de casas de comida, os idosos, entre outros, que poderão contribuir para uma nova dimensão do tempo, um novo olhar sobre as coisas pequenas mas saborosas, um recriar das tradições que recheiem o mundo de significado e favoreçam o progresso em vários domínios, nomeadamente do reaprender a estar à mesa, a partilhar com os outros, a ter capacidade crítica construtiva, a desempenhar uma cidadania activa. (LOUREIRO, 2004, p. 47(sic)) 18 Para Aquino e Santos (2010), os pais tem dificuldade em manter bons hábitos alimentares devido a diversos fatores como a rotina de trabalho, a falta de conhecimento e até mesmo por ceder a vontade dos filhos que desejam alimentos mais atrativos e menos saudáveis. 3.3 Necessidades nutricionais na infância. Conforme Perondi (2010), os hábitos alimentares de uma criança refletem no crescimento e desenvolvimento da mesma em todos os aspectos. Conforme a mesma receba cuidados adequados na hora de alimentar-se porerá desenvolver-se com uma maior expectativa de vida na fase adulta. Como as crianças estão crescendo e desenvolvendo ossos, dentes, músculos e sangue, elas precisam de alimentos em proporção ao seu tamanho mais nutritivo do que os adultos. Elas podem estar em riscos de desnutrição quando tem diminuição de apetite por muito tempo, ingerem um numero limitado de alimentos ou diluem suas dietas significativamente com alimentos pobres em nutrientes. (ESCOTT- STUMP; MAHAN, 2010, p.224) Segundo a associação médica brasileira e conselho federal de medicina (2011), a nutrição adequada durante a infância e adolescência é essencial para o crescimento adequado do organismo, o crescimento é o parâmetro básico para avaliar a saúde nutricional da criança. A sociedade brasileira de pediatria (2009, p.17.), comenta o desenvolvimento dos indivíduos afirmando que: “O processo de crescimento é complexo e multifatorial, englobando a composição genética do indivíduo e fatores hormonais, nutricionais e psicossociais.” Para o Ministério da educação (2006, p.24.): A infância é um período de grande desenvolvimento, marcada por gradual crescimento da criança, especialmente nos primeiros três anos 19 de vida e nos anos que antecipam a adolescência. Mais do que isso, é um período em que a criança se desenvolve psicologicamente, ocorrendo mudanças no comportamento e na sua personalidade. Essa fase da vida requer cuidados especiais, pois uma alimentação não saudável pode ocasionar consequências no desenvolvimento físico, mental econsequentemente na aprendizagem. Para Aquino e Santos (2010), a criança com um crescimento adequando deve se beneficiar além de uma alimentação adequada e completa, de lazeres e atividades físicas, horas de sono regulares e estímulos para a memoria. Uma alimentação correta ai fornecer boa parte do crescimento adequando da criança. O comportamento alimentar de uma criança reflete nos processos de crescimento e desenvolvimento em todos os aspectos. Com a devida atenção e cuidados pode-se promover uma maior expectativa do adulto futuro. (PERONDI, 2010, p.20). Para o Ministério da Saúde (2009), as praticas alimentares no começo da infância determinaram os hábitos alimentares futuros da criança. “A alimentação da criança precisa ser bem planejada para que não haja o risco de faltar qualquer nutriente”. (MACHADO, 2009, p.7). 3.4 Características nutricionais e fisiológicas na criança de 7 a 8 anos Sá (1983), nos explica que essa é uma idade de intenso crescimento e por isso requer uma maior exigência nutricional. É uma idade marcada por adaptações entre o lar e a escola o que irá exigir uma alimentação mais saudável. Considerando as características biológicas, o escolar é a criança de 7 anos de idade até a sua entrada na puberdade, pois a partir desse fenômeno ela será avaliada sob outro prisma, o da adolescência. Entretanto, a denominação de escolar no âmbito educacional pode estar caracterizada como a criança de 7 a 14 anos. (VITOLO, 2003, p. 149) Para Machado, (2009), em geral, o crescimento é estável e lento durante os anos pré-escolar e escolar, mas pode ser irregular em algumas crianças, com períodos de não crescimento seguidos de estirões de crescimento. Esses padrões normalmente são paralelos a alterações similares no apetite e ingestão alimentar 20 Na idade escolar entre 7 e 11 anos, a criança já se torna consciente do valor dos alimentos e, recebendo na escola informações e conhecimentos básicos sobre nutrição, é capaz de corrigir erros alimentares adquiridos na fase anterior, tornando-se gradativamente responsável por sua saúde. (FALCÃO; et al , 1996 p. 65) Sá (1983), ressalta que o estado nutricional do escolar estará relacionado aos hábitos alimentares que a criança exercia nas fases anteriores da vida. O trato gastrointestinal está mais desenvolvido, e o volume gástrico é comparável ao do adulto. ............................................................................................. A inapetência comum do pré-escolar transforma-se em apetite voraz nessa fase, o qual deve estar compatível com o estilo de vida do escolar. (VITOLO, 2003, p.149) . “A composição corporal nas crianças de idades pré-escolar e escolar permanece relativamente constante.” (MACHADO, 2009, p.1). Hoje em dia a maioria dos escolares se alimenta de forma errada, preferindo alimentos industrializados, sendo ricos em gorduras, açúcar, corante, que prejudicam a saúde, o aprendizado e ate mesmo o desenvolvimento. A alimentação durante o período em que o escolar permanece na escola é de grande importância para garantir-lhe bem- estar, ânimo, atenção e facilidade para aprender, além de contribuir para a manutenção de sua saúde e nutrição. (MURGUERO, 2009, p.7). 3.5 Perfil do estado nutricional da criança brasileira Conforme Ferreira e Magalhaes (2007), o Brasil encontra grandes obstáculos para que a população alcance um nível ótimo de nutrição. E em decorrência da passagem da desnutrição para a obesidade tem-se feito necessário a reformulação urgente do setor alimentício a fim de responder as novas demandas alimentares do pais. No Brasil, tem sido detectada a progressão da transição nutricional, caracterizada pela redução na prevalência dos déficits nutricionais e ocorrência mais expressiva de sobrepeso e obesidade não só na população adulta, mas também em crianças e adolescentes. (TRICHES; GIUGLIANI, 2005, p.2) A sociedade brasileira de pediatria (2008), reforça essa ideia ao dizer que países em desenvolvimento como o Brasil passam por um período de mudanças 21 no perfil nutricional de seus habitantes, o índice de desnutrição reduziu porém, em contra partida, a obesidade está adquirindo proporções epidêmicas. Complementando, Ferreira e Magalhães (2006, p.71.) afirmam que: “Nas últimas décadas a população brasileira experimentou intensas transformações nas suas condições de vida, saúde e nutrição. Dentre as principais mudanças destaca-se a ascensão da obesidade.” Quanto a alimentação, o que podemos observar, desde as ultimas décadas, e uma diminuição no consumo dos alimentos característicos de cada região (frutas, verduras e legumes), aumento no consumo de alimentos com altas quantidades de açúcar simples, de gordura e de sal. Isso pode ter ocorrido por vários motivos, entre eles: a migração, ou seja, a mudança de um numero muito grande de pessoas do ambiente rural para a cidade, o aumento da variedade de produtos industrializados (que em sua maioria apresentam altas quantidades de açúcar, gorduras e sal) e o aumento das propagandas desse produtos. ( MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO, 2007, p.60, grifo do autor.) “A obesidade está presente nas diferentes faixas econômicas . no Brasil, principalmente nas faixas de classe mais alta.” (DE MELLO; LUFT; MEYER, 2004, p.1). Estudos indicam que pelo menos um terço das crianças, no Brasil, é obesa, é que 75% destas se manteram obesas na idade adulta. Além dos perigos associados à obesidade, esta leva as crianças a terem limitações físicas. (MENDONÇA, 2010, p.82). Ainda para De Mello, Luft e Meyer (2004), a obesidade infantil representa grande risco para a saúde e se esse quadro se mantem por muito tempo maiores e mais precocemente aparecem os riscos. Segundo a Sociedade brasileira de pediatria (2008, p.21): [...] com o advento de melhores condições de moradia, com o aumento da escolaridade dos pais, do saneamento básico e da prevalência do tempo total de aleitamento materno e com o sucesso das campanhas de vacinação, houve redução dos agravos nutricionais na infância, em especial a desnutrição, porém se verificou aumento da prevalência de sobrepeso e obesidade, sem redução da prevalência de carências de micronutrientes, como deficiência de ferro. 22 3.6 O consumo de alimentos industrializados Segundo Mendonça, (2010), além dos fast-food, o que se observa também é a busca por alimentos industrializados, ricos em gorduras trans e/ou saturadas, açúcar e sódio, como biscoitos recheados, chips, refrigerantes, enlatados e embutidos entre outros. Alimentos que podem causar danos à saúde ocasionando doenças cardiovasculares e diabetes. O alimento produzido pelas redes fast-food, em geral, apresenta elevado teor de gordura e açúcares, o que é preocupante devido aos danos à saúde que essas substancias podem causar. (MENDONÇA, 2010, p. 34, grifo do autor.). De acordo com Petrini (2009), o crescimento da industrialização, os preços acessíveis e a popularização dos restaurantes, acabaram por tornar a gastronomia cotidiana pouco usada, as cozinhas caseiras pouco frequentadas e essa evolução dos costumes acabaram por afastar das cozinhas todas as classes sociais. Ainda segundo Mendonça (2010), para uma alimentação saudável é necessário à redução de gorduras e açúcares e o aumento da ingestão de frutas, verduras, legumes, grãos integrais, leite e derivados. “Para muitos, cozinhar se tornou sobretudo o ato de aquecer comidas pré- cozidas e congeladas.” (PETRINI, 2009, p.79) O brasileiro vem apresentando um declínio no consumo de arroz com feijão, em grande parte devido a inserção da mulher no mercado de trabalho e, consequentemente, ao tempo reduzido para o preparo dos alimentos, como é o caso desta leguminosa de alto teor nutricional, rica em ferro, proteína, zinco e fibras. (MENDONÇA, 2010,p. 73) Conforme Petrini (2009), o processo industrial na produção de alimentos não respeita a matéria-prima e as características originais do mesmo, pois se faz necessário ser construído em laboratório, consistências, aspectos e sabores. 23 4. UMA INTERVENÇÃO GASTRONÔMICA: OFICINAS DE EDUCAÇÃO ALIMENTAR NA ESCOLA COSME E DAMIÃO - BATURITÉ – CE 4.1 A Escola Cosme e Damião: Breves considerações A escola de rede privada Cosme e Damião situa-se no centro de Baturité e desde 1990, ou seja, a vinte e três anos vem educando crianças e jovens da cidade. Sabemos que a escola juntamente com a família é formadora de opiniões e valores na formação das pessoas de uma comunidade. A escola desempenha importante papel na formação dos hábitos alimentares, visto que é nesse ambiente que substancial proporção de crianças e adolescentes permanecem por expressivo período de tempo diário. (DANELON, M.A; DANELON, M; SILVA. 2006, p. 1). A Escola Cosme e Damião é uma das 8 (oito) instituições privadas de Baturité com ensino fundamental, já é bem consolidada no município e por estar a duas décadas atuando na educação das crianças região foi escolhida dentre as outras escolas para a realização desse trabalho de conclusão de curso. A escola como uma grande formadora de personalidade, e de opinião, tende a ser uma formadora de bons hábitos alimentares, e com isso seus alunos, também tem de saber e conhecer o que é ou não o correto ao se alimentar (AQUINO; SANTOS, 2010, p.13). “A educação deve ser permanente e não limitar-se às bases que podem ser aprendidas quando as crianças são pequenas.” (PETRINI, 2009, p.151). 5. METODOLOGIA A metodologia utilizada para a obtenção de dados na realização desse trabalho de conclusão de curso foi feita a partir de questionários e oficinas de 24 educação alimentar realizada junto a crianças de sete e oito anos de idade estudantes da Escola Cosme e Damião (ECD) em Baturité-Ce. Através das oficinas buscou-se alerta-los sobre os riscos de uma má alimentação e foi incentivado o consumo de alimentos naturais como frutas e hortaliças, sempre ressaltando os benefícios da alimentação saudável e a função dos nutrientes decorrentes de uma boa alimentação para beneficio da saúde. As oficinas ocorreram em duas etapas: 1) Aprendendo sobre a pirâmide alimentar : A primeira oficina envolveu a realização de atividades lúdicas e com o estudo da pirâmide alimentar para crianças do 2º ano do ensino fundamental alunos da ECD onde buscou-se sensibiliza-los da importância de uma alimentação saudável. Foi explicado para os alunos a importância da alimentação balanceada, a disposição dos alimentos na pirâmide e a importância dos mesmos serem consumidos na quantidade certa em sua dieta diária. Após a apresentação e o estudo da pirâmide foi aberto um tempo para o esclarecimento de possíveis duvidas e comentários dos alunos. Em seguida foi realizada uma atividade em pintura da pirâmide alimentar, para que as crianças ilustrassem os alimentos com lápis de cor e posteriormente levassem para casa, visando que fosse colocado em prática o aprendizado obtido em sala. Posteriormente foi desenvolvida uma atividade lúdica com massa de modelar, nessa atividade foi pedido para que os alunos fizessem um alimento com base no que foi explicado na pirâmide alimentar, sobre o que devemos comer com mais frequência. 2) Preparo de saladas decoradas: A segunda oficina visou à interação dos alunos no preparo de seus próprios lanches. Os alimentos utilizados para a elaboração dessa atividade foram vegetais como: cenoura, beterraba, repolho, alface, uva, maçã, tangerina, banana e abacaxi. O objetivo era que as crianças fizessem pratos criativos, com os alimentos ofertados. Foram mostradas gravuras feitas com alimentos formando animais, paisagens e personagens para que as crianças pudessem se inspirar e entender a atividade. Os alimentos foram preparados e higienizados minutos antes da oficina ser iniciada, cortou-se 25 os alimentos em diferente formas, retirou-se a casca da cenoura e a cortou-se em rodelas em rodelas, também retirou-se a casca da beterraba e a cortou-se em tiras e pequenos cubos, o repolho foi ralado e a alface cortada em tiras, a uva foi servida inteira, a maçã foi cortada em fatias e a tangerina apenas descascada e separada em partes individuais (gomos), a banana e o abacaxi foram cortados em rodelas. Todos esses alimentos foram separados adequadamente em um recipiente. Antes que os alunos manipulassem os alimentos foi orientado aos mesmos que higienizassem as mãos para evitar contaminação por microrganismos patogênicos que são prejudiciais à saúde humana e foram entregues toucas descartáveis para evitar também possíveis contaminações. Foram distribuídos aos alunos pratos e garfos descartáveis, para que se aproximassem em dupla dos recipientes contendo os vegetais, escolhessem os que mais os agradavam e em seguida montassem pratos criativos com os alimentos. Depois de preparar as saladas decoradas, todos deveriam saborear a sua preparação. Essa atividade foi proposta para que as crianças, interagindo assim com os alimentos pudessem criar vinculo com a comida e incentivar o consumo de alimentos saudáveis diariamente, principalmente naqueles alunos que mostravam maior resistência em alimentar-se dessa forma. Logo após essa atividade foi distribuído um questionário para que os alunos respondessem de acordo com as atividades realizadas nas oficinas, a satisfação que os mesmos obtiveram com os alimentos ofertados e as mudanças nos hábitos alimentares adquiridas ao logo da realização das atividades. 6. RESULTADOS E DISCUSSÕES 6.1 A educação alimentar: Hábitos alimentares saudáveis 26 A educação alimentar teve como objetivo a sensibilização dos alunos da ECD sobre a alimentação saudável e seus benefícios para a saúde e sobre os malefícios de uma alimentação pouco nutritiva Inicialmente foi apresentado às crianças a pirâmide alimentar (Figura 9) para que elas começassem a se familiarizar com o assunto e compreendessem melhor o conceito de alimentação saudável. Com o estudo da pirâmide alimentar pode-se mostrar aos alunos a disposição dos alimentos e a importância dos mesmos na dieta diária, cada um na porção recomendada. Os estudantes mostraram interesse e participaram relatando suas experiências com os alimentos ilustrados na pirâmide. A atividade com a pirâmide foi de suma importância pois assim as crianças desenvolveram a percepção da quantidade adequada de cada alimento bem como a sua importância na dieta, além disso, a pirâmide foi apresentada aos mesmos com colagens de alimentos recortados de revistas, como poderemos observar mais abaixo (na figura 9), o que a tornou ainda mais atrativa aos alunos, pela diferença na forma de apresentação, com alimentos coloridos e de cores vibrantes. De acordo com Mendonça (2010), a pirâmide alimentar é basicamente um guia para a alimentação saudável, onde é possível escolher os alimentos a serem consumidos, a quantidade ideal de nutrientes para uma dieta rica nutricionalmente e as calorias necessárias para manter um peso corporal adequado. Com o objetivo de favorecer o desenvolvimento dessa percepção de alimentação saudável nas crianças, foram realizadas várias atividades lúdicas como, por exemplo, pinturas (Figura 7) e modelagens (Figura 8) fazendo referência a importância de uma alimentação cotidiana saudável. Pode-se perceber o interesse das crianças nas atividades propostas, as mesmas pintaram e modelaram somente alimentos saudáveis. Com essa oficina podemos desenvolver a aproximação da criança com as frutas, ao brincar com as pinturas e a modelagem os alunos começaram a desenvolver a percepção de que aqueles alimentos apresentados eram benéficos à saúde. Comonos fala Fortuna (2000, p.9). 27 Uma aula ludicamente inspirada não é, necessariamente, aquela que ensina conteúdos com jogos, mas aquela em que as características do brincar estão presentes, influindo no modo de ensinar do professor, na seleção dos conteúdos, no papel do aluno. Nesta sala de aula convive- se com a aleatoriedade, com o imponderável; o professor renuncia à centralização, à onisciência e ao controle onipotente e reconhece a importância de que o aluno tenha uma postura ativa nas situações de ensino, sendo sujeito de sua aprendizagem; a espontaneidade e a criatividade são constantemente estimuladas. De acordo com Pedroza (2005), as brincadeiras são uma forma de exercício da vivencia diária da criança, podendo fazer com que as mesmas tenham experiências com situações cotidianas, são fontes de conhecimento sobre o mundo e sobre si mesmas. Na segunda parte das oficinas, onde ocorreu a interação dos alunos com os alimentos (Figura 10) as crianças montaram seus próprios pratos de acordo com suas preferencias alimentares. Isso resultou na aproximação da criança com os vegetais, criando neles a vontade de saborear as preparações feitas por eles próprios. Muitos chegaram a fazer mais de um prato, foi um resultado satisfatório, pois as crianças aceitaram bem os alimentos oferecidos. Podemos observar com essa oficina que ao interagir diretamente com o alimento a criança desenvolve afinidade com a preparação e consequentemente isso desperta na mesma o prazer e a curiosidade de saborear o que foi feito por ela própria, quebrando assim qualquer paradigma ou resistência que a criança teria inicialmente com o alimento. Como nos explica Mendonça (2010), os hábitos saudáveis devem ser uma decisão própria de cada ser humano, é papel do educador usar adequadamente seus conhecimentos para mostrar o que há de positivo na dieta saudável. Em seguida foi aplicado o questionário de satisfação onde obtivemos os seguintes resultados: 28 Figura 1 - Frequência alimentar dos alunos antes das oficinas. Fonte: Pesquisa direta, 2013 O primeiro gráfico mostra os alimentos frequentemente consumidos pelos alunos na merenda escolar antes das oficinas, podemos perceber ao analisar o gráfico que existe um grande consumo de bebidas UHT e alimentos industrializados, bem como frituras e outros alimentos calóricos e pouco consumo de frutas. Percebe-se que essas crianças não estão alimentando-se de maneira adequada, podendo vir a ter problemas com obesidade. Mendonça (2010, p.82) nos reporta que, uma das consequências mais alarmantes da vida moderna é a obesidade infantil.”. As frituras mostradas no gráfico são alimentos ricos em carboidrato e gotdura, como coxinhas e pastel, além de biscoitos recheados e cereais matinais que aparecem no gráfico e que são alimentos industrializados. Percebemos baixo consumo de frutas in natura e sucos, notou-se que pela falta de hábito, poucas crianças levavam frutas para a escola, tornando-se mais comuns o consumo de alimentos aos quais as crianças já estavam habituadas a consumirem em casa. O hábito de comer frutas tem que ser adquirido e incentivado pelos pais, responsáveis ou orientadores, é de suma importância o que as crianças 0 1 2 3 4 5 6 7 8 Su co s d e fr u ta C er ea is M at in ai s B eb id as U H T B is co it o s R ec h ea d o s Fr u ta s S an d u ic h e s d e ca rn e (H am b ú rg u er ) Fr it u ra s B o lo Frequência alimentar dos alunos antes das oficinas Series2 Series1 29 passem a consumirem cada vez mais frutas e hortaliças pois além de apresentarem poucas calorias, são ricas em nutrientes e é importante que o escolar saiba disso desde cedo. Por outro lado, depois das oficinas houve uma mudança significativa nos dados da pesquisa como mostra a Figura 2: Figura 2 - Frequência alimentar dos alunos depois das oficinas. Fonte: Pesquisa direta, 2013 O gráfico mostra que após as oficinas de educação alimentar, os alunos apresentaram uma mudança na frequência alimentar da merenda escolar, podemos observar que houve um aumento do consumo de frutas e a redução do consumo de alimentos industrializados. Notou-se que os resultados satisfatórios depois das oficinas provavelmente foram decorrentes da educação alimentar repassada às crianças, com a aproximação dos alunos com os alimentos e o conhecimento sobre a importância de uma alimentação equilibrada, as frutas passaram a ser mais consumidas na alimentação escolar dos alunos, os mesmos passaram a 0 1 2 3 4 5 6 7 Biscoitos Recheados Frutas Bebidas UHT Sucos de frutas Cereais Matinais Frequência alimentar dos alunos depois das oficinas Frequência alimentar dos alunos depois das oficinas 30 pedir aos pais para levarem frutas para a escola. Sendo as mais consumidas: banana e uva. Mendonça (2010) nos explica que as uvas contém um composto chamado resveratrol que pode exercer vários benefícios no metabolismo do corpo humano, como por exemplo, efeitos antioxidantes, preservação do sistema imunológico e preservação do coração contra os efeitos das gorduras. Segundo a CEASA/PA (2012), a banana é rica em vitaminas do complexo B, vitamina C, além de ser uma excelente fonte de potássio. “Os vegetais, em particular as frutas, apresentam em sua constituição vários compostos com ação antioxidante, os quais incluem o ácido ascórbico, carotenóides e polifenóis.” (MELO et al, 2008, p.195). As hortaliças são um importante componente da dieta, sendo tradicionalmente servidas junto com um alimento protéico e um carboidrato. Elas fornecem não apenas variedade de cor etextura às refeições, mas também nutrientes importantes. As hortaliças têm pouca gordura e calorias, relativamente pouca proteína, mas são ricas em carboidratos e fibras e fornecem níveis significativos de micronutrientes à dieta. Além disso, elas possuem compostos funcionais, que beneficiam uma ou mais funções orgânicas, além da nutrição básica, contribuindo para melhorar o estado de saúde e bem-estar e/ou reduzir o risco de doenças. (CARVALHO et al, 2006, p.1). As Figuras 3 e 4 mostram os resultados obtidos através do questionário para avaliar o grau de satisfação dos alunos com relação aos alimentos e oficinas oferecidas. Na Figura 3 podemos perceber que as oficinas obtiveram total aprovação pelos alunos, isso mostra que as crianças realmente apreciaram e absorveram os conhecimentos adquiridos o que é de suma importância, pois como mostram os dados presentes na figura 3 conseguimos sensibiliza-los e repassar o conhecimento sobre alimentação saudável de forma agradável e promissora através das oficinas, essa forma de aprendizagem deve ser estimulada. Como nos mostra Melo, Teixeira ; Zandonadi (2010), os profissionais da aréa de alimentos devem repassar seus conhecimentos a fim de promover uma alimentação saudável, agradável e equilibrada, melhorando assim a qualidade de vida. 31 Figura 3 – Aceitabilidade das oficinas pelos alunos da ECD. (Fonte: Pesquisa direta, 2013). A Figura 4 nos mostra a satisfação dos alunos diante dos alimentos oferecidos nas oficinas, podemos observar que não houve aprovação total como na figura 3, porém isso se deve ao fato de que algumas crianças ainda se mostraram relutantes em consumir os vegetais, por falta de hábito. Em nenhum momento foi imposto que as crianças relutantes provassem os alimentos, pelo contrario, foi instruído que os escolares escolhessem e preparassem os pratos de acordo com seus preferencias pessoais. Sendo assim, os alunos que afirmaram não gostar dos alimentos ofertados, foram os que se mostraram relutantes em provar os alimentos. 0% 20% 40% 60% 80% 100% Alunos que aprovaram as oficinas Alunos que não aprovaram as oficinas Aceitabilidade das oficinas Series1 32 Figura4 – Aceitabilidade dos alunos da ECD com relação aos alimentos oferecidos nas oficinas. (Fonte: Pesquisa direta, 2013). As Figuras 5 e 6 representam o consumo de vegetais pelos alunos antes e depois das oficinas. Com base no questionário respondido pelos escolares podemos observar que poucas crianças consumiam vegetais na merenda escolar antes das oficinas como mostra a figura 5, o gráfico apresenta um baixo consumo de vegetais pelas crianças, provavelmente devido o fato do pouco incentivo ou da falta de hábito. Figura 5- Frequência do consumo de vegetais pelos alunos da ECD antes das oficinas. (Fonte: Pesquisa direta, 2013). Alunos que aprovaram os alimentos oferecidos Alunos que não aprovaram os alimentos oferecidos 0 2 4 6 8 10 12 14 Consumiam Não consumiam Consumo de vegetais antes das oficinas Consumo de vegetais pelos alunos antes das oficinas 33 Por outro lado, na Figura 6, notamos a diferença nos resultados obtidos através do questionário, percebe-se que depois das oficinas houve um aumento do número de alunos que passaram a consumir vegetais na merenda escolar, isso se deve tanto ao fato das educações alimentares oferecidas na primeira oficina, como também a aprovação positiva das oficinas pelos alunos de forma que conseguimos sensibiliza-los sobre o consumo de alimentos mais saudáveis, fazendo despertar nos mesmos o desejo por esses alimentos. Figura 6 – Frequência do consumo de vegetais pelos alunos da ECD depois das oficinas. (Fonte: Pesquisa direta, 2013). 0 2 4 6 8 10 12 14 16 18 Consumiram Não consumiram Consumo de vegetais depois das oficinas Consumo de vegetais pelos alunos depois das oficinas 34 Figura 7 - Atividade com pintura da pirâmide alimentar com alunos da ECD. (Fonte: Autora, pesquisa direta, 2013). Figura 8 - Atividade com massa de modelar com alunos da ECD. (Fonte: Autora, pesquisa direta, 2013). 35 Figura 9 - Representação da pirâmide alimentar para os alunos da ECD. (Fonte: Autora, pesquisa direta, 2013). Figura 10 - Preparação de alimentos decorados com alunos da ECD, na figura, uvas, maçã, banana e tangerina. (Fonte: Autora, pesquisa direta, 2013). 36 7. CONSIDERAÇÕES FINAIS Através dos resultados obtidos podemos concluir que houve uma mudança nos hábitos alimentares das crianças depois das oficinas e da educação alimentar, os alunos passaram a consumir frutas em maior quantidade depois das oficinas, levando para a merenda escolar frutas e sucos naturais. Dentre as frutas mais aceitas pelos escolares destacamos a banana e a uva. Sabemos que esses resultados ainda estão longe do ideal, pois o consumo de alimentos industrializados e calóricos pelos estudantes foi reduzido, porém ainda aparece em números representantes nos resultados. É preciso que os pais e educadores se unam a fim de incentivar diariamente a alimentação saudável a fim de que se torne um hábito o consumo de alimentos ricos em nutrientes necessários para a dieta diária das crianças na merenda escolar. 37 8. REFERÊNCIA AQUINO, Alannah. SANTOS, Leilane. Hábitos alimentares nas escolas, 2010, p.6-13. BRASIL, Sociedade brasileira de pediatria. Avaliação nutricional da criança e do adolescente: Manual de orientação. Rio de Janeiro, RJ, 2009, p.17-21. BRASIL, Associação médica brasileira e conselho federal de medicina. Recomendações nutricionais para crianças em terapia nutricional enteral e parenteral. [S.l.]: 2011, p.3. BRASIL, Ministério da saúde. 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MACHADO, Vivian P. de Oliveira. Planejamento alimentar. 2009, p. 1-7 MELO, E.A. MACIEL, MI. S. LIMA, VL. A. G. NASCIMENTO, R.J. Capacidade antioxidante de frutas, 2008, p.195. MELO, G. R. C. TEXEIRA, AN. ZANDONADI, R.P. Aceitação e percepção dos estudantes de gastronomia e nutrição em relação aos alimentos funcionais, 2010, p. 368. MENDONÇA, S.; GAMA, N. T. Nutrição, Ed. do Livro Técnico, Curitiba- PR., 2010, p.34-107. MURGUERO, Juliana Costa. Avaliação dos lanches de crianças de 7 a 10 anos de duas escolas em Araraguá, SC. 2009, p.7. NETO, L.G. BEZERRA, JA. B. SANTOS, AN. Qualidade na merenda escolar: intervenções gastronômicas, 2012, p.1. ORNELLAS, L.H. (1963) Técnica dietética: Seleção e preparo de alimentos. 8º ed, São Paulo, Atheneu Editora, [2001?], p.273. PEDROZA, Regina. Aprendizagem e subjetividade: uma construção a partir do brincar (2005), p. 62. PERONDI, Byanca. A influencia da alimentação saudável no desempenho escolar, 2010, p. 13- 20. PETRINI, Carlo. 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Acesso em: 25 ago. 2013. 40 Apêndice A - Questionário de avaliação das oficinas Questionário de aceitabilidade Nome: _________________________________ Idade __ F () M () Quantas refeições faz ao dia: ( ) 2 ( ) 3 ( ) 4 ( ) 5 ( ) 6 O que normalmente você lancha na escola: _____________________________________________________________Antes das oficinas você comia frutas, legumes e verduras diariamente na escola: ( ) Sim Não ( ) Depois das oficinas você passou a comer frutas, legumes e verduras com mais frequência na escola? ( ) Sim ( ) Não Você gostou das oficinas? Você gostou dos alimentos ofertados? Quais alimentos você mais gostou e passou a levar para a merenda escolar? _________________________ 41 Apêndice B - Fotos das oficinas de educação alimentar. Preparação com alimentos feita por aluno da ECD em Baturité-Ce (Foto da autora) Aluno da ECD comendo uma tangerina em uma preparação montada por ele mesmo. (Foto da autora) Oficina de educação alimentar com alunos da ECD em Baturité – CE (Foto da autora). 42 Apêndice C - Termo de consentimento livre e esclarecido INTERVENÇÃO GASTRONOMICA: OFINAS DE EDUCAÇÃO ALIMENTAR PARA ESTUDANTES DE UMA ESCOLA PRIVADA NA CIDADE DE BATURITÉ-CE TERMO DE CONSETIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO A pesquisa INTERVENÇÃO GASTRONOMICA: OFINAS DE EDUCAÇÃO ALIMENTAR PARA ESTUDANTES DE UMA ESCOLA PRIVADA NA CIDADE DE BATURITÉ-CE pretende desenvolver oficinas gastronômicas com o objetivo de sensibilizar as crianças sobre hábitos alimentares saudáveis. Acreditamos que ela seja importante para incentivará o consumo de alimentos benéficos para a saúde dos alunos. Sua realização será feita com duas oficinas lúdicas onde na primeira será estuda a pirâmide alimentar e a importância do consumo de alimentos saudáveis, a segunda oficina visará o interação dos alunos com os alimentos, onde eles montarão seus lanches com frutas e hortaliças. Os alimentos em questão, não causam alergias ou prejudicam a saúde. Depois será aplicado um questionário para recolher os dados sobre a aceitação que os alimentos obtiveram pelas crianças. Durante todo o período da pesquisa você tem o direito de tirar qualquer dúvida ou pedir qualquer outro esclarecimento, bastando para isso entrar em contato, com o pesquisador ou com a escola. Você tem garantido o seu direito de não aceitar participar ou de retirar sua permissão, a qualquer momento, sem nenhum tipo de prejuízo ou retaliação, pela sua decisão. As informações desta pesquisa serão confidencias, e serão divulgadas apenas em eventos ou publicações científicas. Garante-se que a pesquisa não trará prejuízos à saúde dos participantes. Todos os participantes receberão esclarecimento acerca da pesquisa, não haverá despesas financeiras com qualquer procedimento. Este Termo será elaborado em 02 (duas) vias, sendo uma para o participante da pesquisa e outra para o arquivo do pesquisado. Para a sua autorização, caso aceite que seu filho participe voluntariamente das oficinas assine o Termo de 43 Consentimento Livre e Esclarecido abaixo. Essa pesquisa será desenvolvida por Ana Catarina Rodrigues Maciel, aluna do curso do curso Tecnologia em Gastronomia do Instituto Federal do Ceará Campus Baturité e terá a orientação da professora Patrícia Sobreira Holanda Costa. CONTATOS: Orientadora: Professora PATRÍCIA SOBREIRA HOLANDA COSTA Pesquisadora: Ana Catarina Rodrigues Maciel - Email: catarina-maciel@bol.com.br 44 Pesquisa: INTERVENÇÃO GASTRONOMICA: OFINAS DE EDUCAÇÃO ALIMENTAR PARA ESTUDANTES DE UMA ESCOLA PRIVADA NA CIDADE DE BATURITÉ-CE Eu,____________________________________________________ _____, responsável pelo aluno (a) _______________________________________, concordo com a sua participação na pesquisa INTERVENÇÃO GASTRONOMICA: OFINAS DE EDUCAÇÃO ALIMENTAR PARA ESTUDANTES DE UMA ESCOLA PRIVADA NA CIDADE DE BATURITÉ-CE, de forma livre e esclarecida. Baturité, CE___ de ______________de 2013. _________________________ _________________________ Assinatura do pesquisador Assinatura do participante
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