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Gerenciamento Ambiental nas Empresas
1
Gerenciamento 
Ambiental nas 
Empresas
Profª Drª. Danielly Godiva
Gerenciamento Ambiental nas Empresas
2
Introdução 3
Passivos Ambientais 4
Aspectos da Legislação Ambiental 6
Sistema de Gestão Ambiental nas Empresas 8
Princípios e Elementos Básicos do SGA 9
Implementação do SGA 10
Avaliação Ambiental Inicial 13
Certificação	 																																																																																																															16
Selo Verde 18
Aplicação	da	Agenda	21	em	Gestão	Ambiental	 																																														18
Bibliografia	 																																																																																																									20
SUMÁRIO
Gerenciamento Ambiental nas Empresas
3
INTRODUÇÃO
Apesar de não ser recente, e de já ter sido tratada 
por muitos no passado como uma questão ideológica de 
grupos ecologistas que não aceitavam a sociedade de 
consumo moderna, a preocupação com a preservação 
ambiental assume hoje uma importância cada vez 
maior para as empresas. Um aspecto importante de ser 
observado na questão ambiental contemporânea é o grau 
de comprometimento cada vez maior de empresários e 
administradores na busca de soluções ambientalmente 
adequadas para os problemas da produção, distribuição e 
consumo de bens e serviços.
Nestes últimos quarenta anos, desde a Conferência de 
Estocolmo de 1972 que inseriu a questão ambiental de forma 
prioritária e definitiva na agenda internacional, os problemas 
ambientais mudaram de significado e importância, e estão 
cada vez mais presentes nos diferentes elementos que 
influem nas decisões empresariais. No que se refere à 
importância, é nítido ver a incorporação crescente das 
preocupações ambientais em todas as grandes questões 
estratégicas da sociedade contemporânea, algo que não 
ocorria há algumas décadas.
Por outro lado, em termos de significado, a questão 
ambiental passou a não mais ser tratada, mesmo nos meios 
empresariais, apenas como uma “agenda negativa”. Com 
o passar dos anos, sobretudo a partir da década de 80, o 
surgimento de novos conceitos - como o Desenvolvimento 
Sustentável e o Ecodesenvolvimento no campo das 
teorias de desenvolvimento, da Produção Mais Limpa e 
do Gerenciamento Ambiental da Qualidade Total (TQEM) 
no campo empresarial, dentre outros - foi acentuando 
os vínculos positivos entre preservação ambiental, 
crescimento econômico e atividade empresarial. 
Assim, a questão ambiental, gradativamente 
incorporada aos mercados e às estruturas sociais e 
regulatórias da economia, passou a ser um elemento 
cada vez mais considerado nas estratégias de crescimento 
das empresas, seja por gerar ameaças como também 
oportunidades empresariais.
Pensamento	Econômico	e	Meio	Ambiente
Inicialmente, o pensamento econômico que prevaleceu 
do século XVIII até a década de 60 do século XX, baseava-
se na concepção de que a natureza é uma fonte infinita 
de recursos físicos (matéria-prima, energia, água, solo, 
ar, entre outros) a ser utilizada para o benefício do ser 
humano e um sumidouro infinito para os subprodutos 
decorrentes do consumo destes recursos. 
Nesta fase, a economia era separada do meio ambiente 
- conceito de “fronteira” econômica, em que os recursos 
fluem do ambiente para a economia e os rejeitos fluem 
de volta da economia para o meio ambiente. A natureza 
era vista como existindo a serviço do ser humano, para 
ser explorada ou modificada conforme a necessidade. O 
importante era o crescimento econômico, desconsiderando 
qualquer deficiência estrutural deste sistema. 
Esta visão predominou enquanto a escala de produção 
foi suficientemente pequena para que o meio ambiente 
pudesse ser considerado com capacidade “infinita”. 
Quando os limites de regeneração do meio ambiente 
foram ultrapassados, os efeitos deletérios desta política 
começaram a ser percebidos.
Diante destas novas perspectivas, surgem gradativamente 
diferentes pensamentos, conhecidos como: ecologia radical, 
crescimento zero e crescimento continuado.
Contrária à economia de fronteira, a ecologia radical 
propõe um novo sistema de valores no relacionamento entre 
o homem e o meio ambiente, com retorno a um estilo de 
vida pré-industrial como forma de promoção da harmonia 
entre o homem e a natureza, como uma “volta às origens”. 
O enfoque já não era mais a busca do crescimento 
econômico, mas enfatizava a preservação das bio-
regiões, das tradições locais, buscando a simplificação das 
necessidades materiais, a auto-realização e a ciência não-
dominadora.
User
Realce
User
Realce
User
Realce
Gerenciamento Ambiental nas Empresas
4
Neste caso, o ser humano está em posição de 
subordinação ao meio ambiente, propondo uma alteração 
nos rumos do desenvolvimento de tal magnitude que seu 
posicionamento pode ser considerado utópico. 
O “crescimento zero” tem sua abordagem baseada 
nas conclusões do estudo do Clube de Roma. Diante da 
possibilidade de escassez generalizada de recursos em 
função de limites absolutos para o crescimento continuado, 
propunha a defesa do meio ambiente por meio da cessação 
imediata do crescimento, enquanto se elaborava um “novo 
modelo de desenvolvimento” - neo-Malthusianismo.
Diante da polarização entre Economia da Fronteira 
x Ecologia Radical, identificou-se a necessidade de 
construção de um crescimento continuado que visassem 
soluções de compromisso com a proteção ambiental. 
Surge então a preocupação em proteger o homem 
da poluição, por meio do “controle do dano” e da 
institucionalização dos Estudos de Impacto Ambiental 
(EIA) e Relatórios de Impacto sobre o Meio Ambiente 
(RIMA) para novos empreendimentos.
A idéia de uma economia ecológica baseia-se num 
novo paradigma, no qual o mundo é visto como um todo 
integrado e sistêmico (visão holística do mundo).
O Ecodesenvolvimento explora sinergias entre as 
atividades humanas e os processos ecossistêmicos, em 
um “jogo de soma positiva”. No qual os recursos fluem 
do ecossistema pra a economia e a energia degradada e 
outros subprodutos (poluição) fluem da economia para o 
ecossistema. Introduzindo neste sistema os responsáveis 
por arcar com os danos provocados pela poluição 
(“Polluter pays”) ou com o investimento na prevenção 
desta (“Pollution prevention pays”). 
Apresentam-se aperfeiçoamentos em relação à 
abordagem do gerenciamento ambiental, preconizando 
o reaproveitamento dos rejeitos de um processo como 
insumos para novos processos. Além disso, estimula-se o 
emprego de tecnologias limpas. 
Passivos Ambientais
Desde a década de 80, as empresas do mundo 
desenvolvido dão grande importância aos seus passivos 
ambientais. Essa lição somente começa a ser compreendida 
no Brasil em decorrência das graves consequências dos 
passivos ocorridas naquela época. 
Trata-se de um enorme problema que começa a ser 
conhecido e divulgado e que exige soluções imediatas. 
A solução dos passivos deve ser preventiva, pois é mais 
barata, de solução mais simples e eticamente justificada.
O passivo ambiental pode ser definido como o montante 
da avaliação contábil dos custos ambientais atuais e futuros 
necessários para o resgate das pendências da empresa em 
relação à legislação ambiental. Os principais custosque 
geralmente compõem o passivo ambiental são:
> As multas, taxas e impostos a serem pagos em 
face da inobservância de requisitos legais;
> Custos da implantação de procedimentos e/
ou tecnologias que possibilitem o atendimento às não 
conformidades;
> Dispêndios necessários à recuperação de áreas 
degradadas e indenização à população afetada.
Gerenciamento Ambiental nas Empresas
5
Fig. 1 – Passivos ambientais: prevenir, custa menos que remediar - Fonte: 
http://osverdestapes.blogspot.com.br
A prática de avaliação de passivos foi originada como 
apoio aos casos de fusão, aquisição, incorporação, compra 
e venda de empresas e também para orientação na 
definição de prêmios de seguros de responsabilidade.
Atualmente a avaliação de passivos também tem sido 
exigida para liberação de linhas de créditos. Em alguns 
casos, esses passivos podem criar impasses e até mesmo 
inviabilizar negócios, uma vez que podem atingir níveis 
maiores do que a capacidade de gerar recursos para 
resolvê-los.
Como apoio ao processo gerencial em muitos casos 
são adotados os instrumentos de contabilidade ambiental, 
que mensuram as receitas e custos da degradação e 
das medidas adotadas para evitá-los, possibilitando a 
adequação dos preços de transferência interna para os 
produtos e serviços prestados. O enfoque da contabilidade 
ambiental deve ser colocado nos resultados da gestão 
ambiental e não somente sobre os custos de degradação 
do meio ambiente.
O processo para levantamento de passivos é realizado 
geralmente em duas etapas: 
Etapa 01: na qual é realizada a avaliação qualitativa 
dos impactos;
Etapa 02: que resulta na sua quantificação. 
Na primeira fase são levantados todas as práticas 
e procedimentos relativos aos aspectos ambientais 
relevantes, tais como: licenças ambientais existentes, 
resíduos gerados pela empresa e a sua disposição final, 
taxas de emissões atmosféricas e de geração de efluentes 
líquidos e os respectivos sistemas de minimização e 
tratamento de poluição adotados.
Com base nos resultados da primeira fase é realizado um 
planejamento que tem por objetivo mensurar os impactos 
para permitir uma avaliação do custo para o seu adequado 
gerenciamento, que no mínimo seja capaz de atender às 
exigências legais e administrativas dos órgãos ambientais 
e à política interna da empresa. Utilizando-se de coletas, 
medições e análise, são avaliados quantitativamente e 
qualitativamente as emissões atmosféricas, os efluentes 
e os resíduos gerados e as suas respectivas influências 
ambientais como alterações na qualidade de água do corpo 
receptor e do lençol freático, da atmosfera, do solo etc.
Sob o ponto de vista jurídico, todo o dano ambiental 
resultante de uma determinada atividade provoca uma 
tríplice reação legal, nos âmbitos civil, penal e administrativo. 
O Ministério Público pode propor uma ação civil pública 
para que o responsável pelo dano ambiental recomponha o 
ambiente afetado e ainda indenize as populações afetadas. 
Pode cumulativamente propor uma ação penal, pois, 
segundo a legislação, pessoas físicas e jurídicas podem 
responder criminalmente. Independentemente desses 
processos, o órgão ambiental na esfera administrativa 
poderá estabelecer uma multa, exigir a reparação do 
dano ambiental e ainda a implementação de obras ou 
procedimentos necessários a evitar o dano.
As limitações das metodologias para a adequada 
mensuração econômica dos impactos e dos riscos 
ambientais muitas vezes dificultam avaliações mais 
precisas, que sejam capazes de considerar a totalidade 
de seus efeitos adversos. Mas os instrumentos disponíveis 
representam uma grande contribuição para subsidiar o 
processo de decisão.
Gerenciamento Ambiental nas Empresas
6
Um exemplo, a dimensão do problema dos passivos 
ambientais causados pela disposição inadequada de 
resíduos no Brasil mostra por um lado uma grande ameaça 
ao ambiente e às finanças das empresas, mas também 
representa um grande potencial de negócios.
A Secretaria de Meio Ambiente de São Paulo, em 
um estudo que envolveu 640 áreas naquele estado, 
identificou a existência de 225 áreas comprovadamente 
contaminadas, das quais 145 estão passando por algum 
processo de remedição. Segundo o ranking da geração de 
resíduos industriais, divulgado pela ABETRE (Associação 
Brasileira de Empresas de Tratamento, Recuperação e 
Disposição de Resíduos Especiais), dos 2,9 milhões de 
toneladas de rejeitos industriais gerados no Brasil, apenas 
600 mil toneladas, cerca de 22%, recebem tratamento 
adequado. O mercado potencial para o gerenciamento 
desses resíduos representa valores da ordem de um bilhão 
de reais por ano.
Aspectos da Legislação Ambiental
Nas últimas décadas, foi possível observar um aumento 
na preocupação e estabelecer meios legais de defesa contra 
a degradação ambiental. No Brasil, a Constituição Federal 
de 1988, ao dedicar todo um Capítulo ao Meio Ambiente, 
impôs como obrigação da sociedade e do próprio Estado, 
a preservação e defesa do meio ambiente.
Contudo, antes mesmo deste fato, as atividades 
econômicas que pudessem resultar em intervenções 
no meio ambiente estavam submetidas ao controle do 
Poder Público. Desde a Lei Federal nº 6.938, de 31 de 
agosto de 1981, o licenciamento ambiental é um dos mais 
importantes instrumentos da Política Nacional do Meio 
Ambiente – PNMA, para o controle de atividades efetivas 
ou potencialmente poluidoras.
É importante ressaltar que o licenciamento é basicamente 
uma atividade a ser exercida pelo Poder Público Estadual, 
segundo a legislação citada e conforme os ditames da 
Resolução CONAMA nº 237, de 18 de dezembro de 1997. 
Fig. 2 – Legislação ambiental: garantindo meios para a preservação 
dos recursos naturais e bem-estar social - Fonte: http://
centrodeestudosambientais.wordpress.comtaglegislacao-ambiental-gaucha
O instrumento de avaliação de impacto ambiental, no 
intuito de proteger a natureza e salvaguardar a saúde 
humana e a vida em geral, constitui uma das inovações 
mais importantes, uma vez que favorece convenientes 
decisões e controle destes processos por parte das 
autoridades competentes.
Segundo o Conselho Nacional do meio ambiente 
(CONAMA), no artigo 1 da resolução de 23 de janeiro de 
1986, “Considera-se impacto ambiental qualquer alteração 
das propriedades físicas, químicas e biológicas do meio 
ambiente, causada por qualquer forma de matéria ou 
energia resultante das atividades humanas que, direta ou 
indiretamente, afetam:
- A saúde, a segurança e o bem estar da população;
- As atividades sociais e econômicas;
- A biota;
- As condições estéticas e sanitárias do meio ambiente;
- A qualidade dos recursos ambientais:
O Artigo 2º deste mesmo decreto do CONAMA 
estabelece inclusive que “dependerá de elaboração 
de estudo de impacto ambiental e respectivo relatório 
de impacto ambiental - RIMA, a serem submetidos à 
aprovação do órgão estadual competente, e do IBAMA, 
o licenciamento de atividades modificadoras do meio 
ambiente, tais como:” 
Gerenciamento Ambiental nas Empresas
7
I - Estradas de rodagem com duas ou mais faixas de 
rolamento; 
II - Ferrovias; 
III - Portos e terminais de minério, petróleo e produtos 
químicos; 
IV - Aeroportos, conforme definidos pelo inciso 1, artigo 
48, do Decreto-Lei nº 32, de 18.11.66; 
V - Oleodutos, gasodutos, minerodutos, troncos 
coletores e emissários de esgotos sanitários; 
VI - Linhas de transmissão de energia elétrica, acima 
de 230KV; 
VII - Obras hidráulicas para exploração de recursos 
hídricos, tais como: barragem para fins hidrelétricos, acima 
de 10MW, de saneamento ou de irrigação, abertura de 
canais para navegação, drenagem e irrigação, retificação 
de cursos d’água, abertura de barras e embocaduras, 
transposição de bacias, diques; 
VIII - Extração de combustível fóssil (petróleo, xisto, 
carvão); 
IX - Extração de minério, inclusive os da classeII, 
definidas no Código de Mineração; 
X - Aterros sanitários, processamento e destino final de 
resíduos tóxicos ou perigosos; 
Xl - Usinas de geração de eletricidade, qualquer que 
seja a fonte de energia primária, acima de 10MW; 
XII - Complexo e unidades industriais e agro-industriais 
(petroquímicos, siderúrgicos, cloroquímicos, destilarias de 
álcool, hulha, extração e cultivo de recursos hídricos); 
XIII - Distritos industriais e zonas estritamente 
industriais - ZEI; 
XIV - Exploração econômica de madeira ou de lenha, 
em áreas acima de 100 hectares ou menores, quando 
atingir áreas significativas em termos percentuais ou de 
importância do ponto de vista ambiental; 
XV - Projetos urbanísticos, acima de 100ha. ou em áreas 
consideradas de relevante interesse ambiental a critério da 
SEMA e dos órgãos municipais e estaduais competentes; 
XVI - Qualquer atividade que utilize carvão vegetal, em 
quantidade superior a dez toneladas por dia. 
Isto demonstra que o licenciamento ambiental é um 
instrumento preventivo e controlador imposto pelas 
exigências sociais contemporâneas. Este constitui a 
fase preliminar, que precede a avaliação e resulta em 
um relatório fundamentado com a descrição de todas 
as repercussões e consequências prováveis ou seguras 
da realização da atividade projetada e a prevenção aos 
interessados sobre os riscos iminentes ao meio ambiente. 
Na repartição de competências legislativas aplica–se 
o Princípio da Predominância do Interesse, cabendo à 
União legislar sobre as matérias de interesse nacional, aos 
Estados as de interesse regional, enquanto aos Municípios 
as de interesse meramente local.
Da competência administrativa a proteção do meio 
ambiente como um todo, bem como o combate a poluição 
em qualquer de suas formas, a preservação das florestas, 
da flora e da fauna, e a exploração de recursos hídricos 
e minerais em seus territórios, estão incluídas entre as 
matérias de Competência Comum. Esta competência 
comum refere-se à cooperação administrativa, tendo em 
vista o equilíbrio do desenvolvimento do bem–estar, em 
âmbito nacional, entre a União e os Estados, o Distrito 
Federal e os Municípios.
PARA FACILITAR O ENTENDIMENTO:
Artigo 1º, da Resolução CONAMA nº 237/97, nos dá as 
seguintes definições:
> Licença	 Ambiental - ato administrativo pelo 
qual o órgão ambiental competente, estabelece as 
condições, restrições e medidas de controle ambiental 
que deverão ser obedecidas pelo empreendedor, pessoa 
física ou jurídica, para localizar, instalar, ampliar e operar 
empreendimentos ou atividades utilizadoras dos recursos 
ambientais consideradas efetiva ou potencialmente 
poluidoras ou aquelas que, sob qualquer forma, possam 
causar degradação ambiental;
> Estudos Ambientais - são todos e quaisquer 
estudos relativos aos aspectos ambientais relacionados 
à localização, instalação, operação e ampliação de uma 
atividade ou empreendimento, apresentado como subsídio 
para a análise da licença requerida, tais como: relatório 
ambiental, plano e projeto de controle ambiental, relatório 
ambiental preliminar, diagnóstico ambiental, plano de 
manejo, plano de recuperação da área degradada e análise 
preliminar de risco;
Gerenciamento Ambiental nas Empresas
8
> Impacto Ambiental Regional - é todo e qualquer 
impacto que afete diretamente (área de influência direta 
do projeto), no todo ou em parte, o território de dois ou 
mais Estados.
O Poder Público, no exercício de sua competência de 
controle, expedirá as seguintes licenças: (art. 19, do Dec. 
Federal nº 99.274/90):
I	 -	 Licença	 Prévia	 (LP) – na fase preliminar do 
planejamento de atividade, contendo requisitos básicos 
a serem atendidos nas fases de localização, instalação e 
operação, observados os planos municipais, estaduais ou 
federais de uso do solo.
II	 -	 Licença	 de	 Instalação	 (LI)	 – autorizando o 
início da implantação, de acordo com as especificações 
constantes do Projeto Executivo aprovado; 
III	-	Licença	de	Operação	(LO) - autorizando, após 
as verificações necessárias, o início da atividade licenciada 
e o funcionamento de seus equipamentos de controle de 
poluição, de acordo com o previsto nas Licenças Prévia e 
de Instalação.
A falta de autorização ou licença dos órgãos ambientais 
competentes, para construir, reformar, ampliar, instalar ou 
fazer funcionar, em qualquer parte do território nacional, 
estabelecimentos, obras ou serviços, potencialmente 
poluidores constitui crime ambiental. Conforme o artigo 
abaixo
“Art. 60 – Construir, reformar, ampliar, 
instalar ou fazer funcionar, em qualquer parte 
do Território Nacional, estabelecimentos, obras 
ou serviços potencialmente poluidores, sem 
licença ou autorização dos órgãos ambientais 
competentes, ou contrariando as normas legais 
e regulamentares pertinentes: Pena – detenção, 
de um a seis meses, ou multa, ou ambas as 
penas cumulativamente”.
O objetivo maior do referido artigo é fazer com que os 
estabelecimentos, obras e serviços funcionem com licença 
e/ou autorização válida.
SISTEMA DE GESTÃO AMBIENTAL NAS 
EMPRESAS
Um sistema de gestão ambiental é parte de um sistema 
global de gestão que provê ordenamento e consistência 
para que as organizações abordem suas preocupações 
ambientais, por meio da alocação de recursos, definição 
de responsabilidades e avaliação contínua de práticas, 
procedimentos, processos, voltados para desenvolver, 
implementar, atingir, analisar criticamente e manter a 
política ambiental estabelecida pela empresa (NBR ISSO 
1404:1996). Sendo um processo voltado a resolver, mitigar 
e/ou prevenir os problemas de caráter ambiental.
Este sistema é uma estrutura organizacional, a qual se 
recomenda que seja periodicamente monitorada e analisada 
criticamente, a fim de que as atividades ambientais da 
organização sejam eficazes e que respondam às mudanças 
de fatores internos e externos. Inclusive, é recomendado 
que cada integrante da organização conheça e assuma 
suas responsabilidades quanto a melhoria ambiental (NBR 
ISSO 14004:1996). 
Fig. 3 – SGA: atitude empresarial para controle deo efeito da produção 
sobre o meio ambiente - Fonte: http://meioambientetecnico.blogspot.
com.br/2012/03/sistema-de-gestao-ambiental-sga.html
Gerenciamento Ambiental nas Empresas
9
Princípios e Elementos Básicos do SGA
O sistema de gestão ambiental é composto de diferentes 
ações administrativas e operacionais, que atuam de forma 
integrada, realizadas por um empreendimento para gerir 
(controlar, acompanhar e prevenir problemas ambientais) 
decorrentes da sua atuação.
Tem como objetivos principais:
1- Atender a conformidade das leis (locais, regionais, 
nacionais e internacionais);
2- Definir políticas e procedimentos para alcançar a 
qualidade ambiental desejada;
3- Identificar e administrar os riscos ambientais;
4- Definir as metodologias, o nível de recursos e 
de pessoal, adequado para atender aos riscos e metas 
ambientais propostas.
A estrutura do sistema de gestão ambiental é composta 
por etapas de diagnóstico, planejamento, execução, 
avaliação e aperfeiçoamento, conforme Fig.4. A fase de 
diagnóstico caracteriza-se pela formulação de diretrizes 
conceituais (1) e pela definição de objetivos operacionais 
(2). A partir daí, é possível elaborar o planejamento 
de ação (3), coordenar e executar as atividades (4) e 
avaliar os resultados (5). Quando os resultados não são 
considerados satisfatórios, o SGA deve ser aperfeiçoado 
realimentando todo o processo.
 
Fig. 4 – Fluxograma do SGA
Gerenciamento Ambiental nas Empresas
10
A fim de assegurar que o SGA seja bem sucedido, podem 
ser consideradas algumas estratégias potencializadoras. 
Dentre elas temos:
- diretrizes e objetivos claros e de conhecimento geral;
- credibilidade das diretrizes e objetivos: disseminação 
das metas ambientais;
- envolvimento do maior número de segmentos da 
empresa;
- integraçãodos esforços dos diversos segmentos da 
empresa;
- comprometimento da alta direção e proprietários;
- motivação do quadro funcional;
- incorporação desta política nos fornecedores, 
prestadores de serviços e atividades terceirizadas;
- comunicação com clientes (informar e ouvir);
Um dos benefícios desejados por meio do 
estabelecimento do SGA refere-se à identificação da 
empresa com os clientes por meio da sua imagem. Diante 
da política da sustentabilidade, a incorporação de práticas 
de responsabilidade social e ambiental expressas na 
missão de uma empresa e presentes na sua estratégia 
de negócios exaltou e garantiu uma melhor reputação 
empresarial. 
Além disso, pretende-se aumentar a eficiência da 
produção e reduzir os custos de produção e manutenção. 
Desta forma, potencializam-se os resultados finais 
garantindo uma maior lucratividade e melhoria nas 
condições de trabalho.
Um SGA é parte de uma iniciativa unilateral e voluntária 
que, em um primeiro momento, visa atender a legislação. 
Posteriormente, devido aos benefícios advindos deste 
sistema tende-se a estabelecer estratégias que superem 
as exigências legais. As empresas assumem como 
compromisso buscar a constante melhoria e superação 
de metas cumprindo com sua responsabilidade social e 
ambiental. 
Implementação do SGA
A implementação de um SGA constitui uma ferramenta 
para que o empresário identifique oportunidades de 
melhorias que reduzam os impactos das atividades de 
sua empresa sobre o meio ambiente, orientando de forma 
otimizada os investimentos para implementação de uma 
política ambiental eficaz, capaz de gerar novas receitas e 
oportunidades de negócio.
As principais vantagens do SGA são a minimização 
de custos, de riscos, a melhoria organizacional e a 
criação de um diferencial competitivo. Os custos são 
reduzidos pela eliminação de desperdícios, racionalização 
de recursos humanos, físicos e financeiros e pela 
conquista da conformidade ambiental ao menor custo. 
A implementação do SGA possibilita também a precisa 
identificação dos passivos ambientais e fornece subsídios 
ao seu gerenciamento. Esses procedimentos promovem 
a segurança legal, a minimização de acidentes, passivos 
e riscos através de uma gestão ambiental sistematizada 
que permite a sua integração à gestão dos negócios. 
Essa atitude melhora a imagem da empresa, aumenta a 
produtividade, promove novos mercados e ainda melhora o 
relacionamento com fornecedores, clientes e comunidade.
O SGA representa um ciclo contínuo de planejamento, 
implementação, revisão e melhoria das ações da organização 
para que possam ser cumpridas as obrigações ambientais. 
Para melhorar o desempenho ambiental, a organização 
tem que avaliar não apenas quais são as ocorrências que 
podem prejudicar o desempenho ambiental, mas também 
por que elas ocorrem e implementar medidas para corrigir 
os problemas observados e para evitar que ocorram 
novamente.
A maioria dos modelos de gerenciamento baseia-se 
no princípio de melhoria contínua, no conhecido ciclo da 
qualidade ou PDCA: planejar, fazer, checar e agir, conforme 
mostra a figura 5.
 
Gerenciamento Ambiental nas Empresas
11
Fig. 5 – Sistema de Gestão Ambiental ISSO 14001 (Adaptado de Barbieri, 
2007 Fonte: www.ebah.com.br/content/ABAAABoNAAA/tcc-iso-14001-
como-ferramenta-ambiental-empresarial-fonteine-laysa)
Gerenciamento Ambiental nas Empresas
12
PDCA	–	Plan,	Do,	Check,	Act
O PDCA é utilizado a fim de se obter as metas 
(resultados) dentro de um sistema de gestão. Este pode 
ser aplicado em qualquer empresa, independentemente 
de sua área de atuação.
Este possui as seguintes etapas:
> Plan (planejamento): estabelecer um objetivo a 
ser alcançado (meta) ou identificar um problema (aquilo 
que impede a conquista da meta); analisar o fenômeno 
(avaliar os dados relacionados ao problema); analisar o 
processo (identificar as causas do problema); elaborar um 
plano de ação.
> Do (realização/execução): promover as atividades 
de acordo com o plano de ação.
> Check (verificação): monitoramento e avaliação 
periódica dos resultados, considerando os processos e 
resultados obtidos confrontando-os com o plano de ação, 
com os objetivos e com os resultados esperados. A fim de 
consolidar as informações em um relatório.
> Act (ação): agir de acordo com o avaliado e de 
acordo com os relatórios; se necessário determinar novos 
planos de ação, de forma a melhorar a qualidade (eficiência 
e eficácia), aprimorando a execução e corrigindo eventuais 
erros.
Tratando-se dos níveis de decisões da empresa, a 
eficácia está relacionada ao nível tático (gerencial, logo 
abaixo do estratégico), e a eficiência ao nível operacional 
(como realizar as operações com menos recursos - menos 
tempo, menor orçamento, menos pessoas, menos matéria-
prima, etc.).
Para fins de analogia e exemplificação, podemos dizer 
que a eficiência é cavar um poço artesiano com perfeição 
técnica eficácia é encontrar a água.
Os principais estágios do SGA definidos pela NBR ISO 
14.001 são:
> Comprometimento e política - a administração 
estabelece a política ambiental da empresa, que deve ser 
apropriada à natureza e escala dos impactos, comprometer-
se com a melhoria contínua e com o atendimento à 
legislação, garantir o monitoramento e a comunicação 
com empregados e fornecedores e que esteja disponível 
ao público.
> Planejamento - a empresa define as atividades 
necessárias para a adequação ambiental através da 
identificação dos aspectos e impactos ambientais em 
relação aos requisitos legais, estabelece os objetivos, 
avalia alternativas, define as metas e elabora os Programas 
de Gestão Ambiental (PGA), que são necessários para 
o alcance dos objetivos e metas ambientais que visam 
apoiar o cumprimento.
> Implementação - a empresa inicia o desenvolvimento 
do plano de ação, estabelecendo responsabilidades, 
procedimentos operacionais, desenvolvendo treinamentos, 
comunicação, documentação, controles operacionais e um 
plano de emergência.
> Avaliação - a empresa avalia através do 
monitoramento e medições dos indicadores ambientais 
que evidenciem que as metas estão sendo alcançadas. 
Deve ainda ser estabelecido um procedimento para 
registros das não-conformidades e das respectivas ações 
corretivas e preventivas. Todo esse processo deve ser 
avaliado através de um programa de auditorias capaz de 
identificar se o SGA encontra-se em conformidade com 
o planejado para propor as readequações necessárias e 
melhorias necessárias e para informar a administração.
> Revisão - a alta administração da empresa deverá 
analisar criticamente o SGA, definindo as modificações 
necessárias à sua otimização e efetividade verificando se 
as metas ambientais propostas estão sendo alcançadas e 
se os PGAs estão sendo efetivamente implementados. O 
estágio de revisão conclui o ciclo de melhoria contínua.
Gerenciamento Ambiental nas Empresas
13
O processo de implementação de um Sistema de 
Gestão consta de 4 fases:
1 - Definição e comunicação do projeto (gera-se um 
documento de trabalho que irá detalhar as bases do 
projeto para implementação do SGA);
2 - Planejamento do SGA (realiza-se a avaliação 
ambiental inicial, planejando-se o sistema);
3 - Instalação do SGA (realiza-se a implementação do 
SGA);
4 - Auditoria e certificação.
 
Figura 6: Etapas do planejamento do SGA segundo a ISO 14.000
O SGA deve ser dinâmico, permitindo a rápida 
adaptação às mudanças nos negócios ambientais. Desta 
forma o SGA tem que ser flexível e simples. Isto auxilia o 
SGA a ser compreendido e incorporado pelas pessoas que 
trabalham na implementação.
Em algumas organizações a implementação do SGA 
pode sofrer resistência por parte de algumas pessoas, 
por considerarem que ele representa burocracia, custos e 
aumento na jornada de trabalho. Podem ocorrer resistências 
devido às mudanças e às novas responsabilidades. Paraconseguir vencer esses obstáculos, é preciso ter certeza 
de que todos entendem por que a organização necessita 
do SGA efetivo e como ele pode ajudar no controle dos 
impactos ambientais e conseqüentemente dos custos. 
Manter as pessoas envolvidas no projeto e implementação 
do SGA demonstra o comprometimento da organização 
com o meio ambiente e ajuda a verificar que ele é realista, 
prático e que agrega valor.
Implementando ou melhorando o SGA, a organização 
vai entender como gerenciar os compromissos ambientais 
e como encontrar melhores soluções.
O Sistema de Gestão Ambiental permite às empresas, 
de forma imediata:
> Segurança, na forma de redução de riscos de 
acidentes, de sanções legais, etc; 
> Qualidade dos produtos, serviços e processos; 
> Economia e/ou redução no consumo de matérias-
primas, água e energia; 
> Mercado, com a finalidade de captar novos 
clientes; 
> Melhora na imagem; 
> Melhora no processo; 
> Possibilidade de futuro e a permanência da 
empresa; 
> Possibilidade de financiamentos, devido ao bom 
histórico ambiental. 
Avaliação Ambiental Inicial 
A preocupação com o meio ambiente surge a partir do 
momento que a população cresce e as atividades econômicas 
progridem. Da maneira como os bens e serviços ambientais 
vêm sendo utilizados pelo homem, experimentando uma 
deterioração crescente, principalmente nos lugares onde a 
aglomeração humana e as diversas atividades econômicas 
se desenvolvem. As manifestações mais importantes do 
fenômeno das poluições urbanas provocam uma série de 
efeitos nocivos que impõem custos à sociedade. 
Gerenciamento Ambiental nas Empresas
14
A avaliação ambiental inicial (AII) fornece a base para o 
SGA, uma vez que informações sobre as emissões, rejeitos 
sólidos, problemas ambientais potenciais, ocorrência 
anterior de acidentes, questões de saúde, entre outros 
serão analisadas de acordo com as leis e regulamentações 
aplicáveis. 
Em geral há limitação do conhecimento dos aspectos 
e impactos ambientais de atividades e produtos no meio 
ambiente. O dano ambiental, geralmente, é de natureza 
difusa, atingindo uma coletividade de pessoas. É de difícil 
constatação e avaliação, uma vez que, a atividade pode 
ser produzida hoje e os efeitos do dano só aparecem após 
vários anos ou gerações. A busca desse conhecimento é a 
base de um programa ambiental. Ele habilita a empresa a 
identificar e concentrar-se nas prioridades.
O primeiro passo é avaliar o atual estado ambiental 
da empresa. Essa avaliação inicial é “o meio pelo qual 
uma organização estabelece sua posição em relação ao 
meio ambiente” (NBR-ISO 14004), ou seja, consiste em: 
uma análise inicial detalhada das questões, desempenho, 
aspectos e impactos ambientais e das atividades 
controladas da empresa.
As restrições orçamentárias impõem a necessidade 
de responder duas perguntas fundamentais relativas à 
proteção ambiental:
(i) quais os recursos ambientais em que devemos 
centralizar esforços?
(ii) quais métodos devemos utilizar para atingir os 
objetivos desejados?
Resumindo, há que se definir prioridades quanto ao 
que queremos conservar, onde e de que forma. 
Abrangência	da	AAI 
Uma AAI identifica e avalia as questões potenciais 
de interesses ambientais originadas das operações. Por 
exemplo, quais substâncias e resíduos gerados podem 
prejudicar a saúde humana e/ou o meio ambiente.
Também aborda a gestão, as práticas operacionais e os 
procedimentos existentes. Ou seja, deve identificar quem 
é responsável pelo despejo de resíduos perigosos e como 
esses resíduos são dispostos no local; quais as questões 
ambientais relacionadas às atividades da empresa e, 
ainda, a existência de outros sistemas de gestão, como da 
qualidade, Brigada de Emergência, entre outros. 
Além disso, considera ainda os passivos ambientais, 
levantando os acidentes, incidentes, penalidades 
ambientais anteriores e medidas de prevenção. Para 
tal, abarca ainda as exigências legais e regulamentares 
para estabelecer sua situação em conformidade com a 
legislação. 
A avaliação deve cobrir situações de operações normais 
e anormais, assim como as emergenciais, que precisarão 
ser definidas Como, por exemplo, incêndios, enchentes, 
terremotos, explosões, vazamentos, vandalismo, entre 
outros.
 
A ênfase, no entanto, será dada aos aspectos ambientais 
da empresa. A importância desses aspectos é determinada 
pela avaliação da relevância dos impactos ambientais.
O benefício principal de uma AAI é a identificação 
precisa de onde a operação se posiciona em relação ao 
meio ambiente, ou seja, identifica a situação ambiental da 
empresa naquele momento (onde estamos).
Em particular, ela geralmente abrange:
> Identificação das exigências legais e 
regulamentares; 
> Identificação (rápida) dos aspectos ambientais e 
seu significado; 
> Avaliação do desempenho; 
> Práticas e procedimentos de gestão ambiental 
existentes; 
> Identificação das políticas e procedimentos 
existentes que lidem com serviços de contrato e procuração; 
> Resposta à investigação de incidentes anteriores 
ou não-cumprimento das obrigações; 
> Oportunidades e vantagens competitivas; 
Gerenciamento Ambiental nas Empresas
15
> A visão das partes interessadas; 
> Funções ou atividades ou outros sistemas 
organizacionais que possam proporcionar ou impedir o 
desempenho ambiental.
Metodologia	para	Avaliação	Ambiental	Inicial
A AAI não é um requisito imperativo das normas ISO 
14001, para estabelecer Sistemas de Gestão Ambiental, 
porém é uma etapa importante a ser cumprida. 
Sua execução envolve diversos passos, que vão do 
planejamento ao relatório final.
Abaixo trataremos a respeito da metodologia da AAI.
Planejamento
• Definir os objetivos, planejar e organizar a 
avaliação. O principal objetivo deve ser a obtenção de 
informações básicas para permitir a preparação e o 
desenvolvimento de um programa de gestão.
• O enfoque e detalhes da avaliação dependerão 
dos recursos disponíveis, principalmente tempo, e 
possivelmente da abrangência do programa ambiental a 
ser proposto.
• Se apenas parte da operação (um departamento 
ou divisão) for incluída, então a avaliação pode ser mais 
limitada. De qualquer forma, ela não deve restringir-se 
somente à área física em questão, já que é importante 
também cobrir todas as atividades que possam ter um 
impacto direto ou indireto na área.
• Se os recursos forem escassos, a melhor opção 
pode ser a realização de breve análise crítica das principais 
áreas de interesse potencial, e a concentração dos esforços 
iniciais nas áreas que contenham os maiores riscos. 
• É importante que a avaliação tenha o apoio 
completo e irrestrito da alta gerência. Esse apoio pode ser 
demonstrado por meio de uma mensagem clara a todos 
os empregados, informando o que irá acontecer e porquê, 
para prevenir possíveis alarmes e mau entendimento da 
avaliação e para facilitar a cooperação e comunicação 
entre as partes.
 
 
Seleção da equipe
Esta deverá ser cuidadosamente escolhida em termos 
de tamanho e composição, de acordo com a natureza 
e complexidade das operações. Para uma avaliação 
ambiental completa é interessante aderir a uma equipe 
multidisciplinar para que os aspectos socioambientais 
sejam tratados de forma adequada.
 
Preparação
• Para a realização da AAI é necessária a elaboração 
prévia de um protocolo de verificação que possibilite o 
levantamento dos dados empresariais, com eficiência, com 
a maior agilidade possível.
• De posse do protocolo, são feitas entrevistas com 
as pessoas da comunidade envolvidas no processo, além 
de observações nos locais destinados para verificação e 
discussão dos aspectos ambientais a serem considerados.
• É importante fazer um sumário da legislação 
ambiental pertinente ao país, ao estado e ao município e, 
se for o caso, aos países para os quais serão exportados os 
produtos e resíduos daempresa. O objetivo é identificar as 
principais exigências legais, não os detalhes absolutos da 
legislação.
 
Preparo de listas de verificação e questionários
• Os questionários devem ser de fácil compreensão, 
tanto para os membros da comunidade que serão 
consultados, quanto para os avaliadores;
• Devem minimizar o potencial de erro durante seu 
preenchimento e gerar uma resposta que permita uma 
análise clara e específica;
• Devem ser breve e simples;
• As listas de verificação devem ser completas. Caso 
haja limitações em sua abordagem as mesmas devem ser 
claramente entendidas pelo avaliador.
Realizando a avaliação
A AAI possui três tipos de coleta de informações:
• Documentação
• Entrevistas
• Inspeção visual
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Essa coleta de informações pode ocorrer durante um 
período de dias consecutivos ou durante várias semanas, 
enquanto essas diferentes partes da avaliação são 
realizadas em tempos diferentes. Deve ser elaborado um 
plano de trabalho e comunicado a todos os envolvidos, isto 
é, a equipe de avaliação e os facilitadores. 
 
Entrevistas
 As entrevistas são necessárias para que se obtenham 
as informações não disponíveis na documentação e para 
aprender como a empresa é administrada na prática. 
Geralmente, reuniões com os dirigentes da empresa ao 
final de cada etapa de entrevistas, no local, podem ajudar 
os avaliadores a esclarecer as informações e evitar erros 
de interpretação.
 
Como produto final da aplicação destas metodologias, 
tem-se:
• Um sumário executivo agregando de maneira objetiva 
e resumida todas as informações, descobertas e conclusões 
principais;
• O estabelecimento do objetivo, enfoque e organização 
da avaliação considerando todo o meio ambiente pertinente 
à empresa;
• Informações de apoio referentes às matérias primas, 
aos processos, aos produtos e aos incidentes que possam 
ter ocorrido no passado;
• Avaliação dos dados de base. Ou seja, o que 
significam aqueles dados em termos de conformidade/
não-conformidade com as regulamentações; quais são 
os aspectos e impactos ambientais significativos reais e 
potenciais;
• Evidências sobre aspectos, impactos e questões 
ambientais obtidas por meio das informações obtidas ao 
longo dos procedimentos, que poderão indicar, por exemplo, 
um possível problema de poluição de lençóis freáticos no 
local. Desta forma, é indicada uma investigação adicional 
antes que possa ser determinado. As investigações devem 
abranger todas as emissões para o ar, água e solo local, 
considerando inclusive todo o resíduo produzido;
• Recomendações para desenvolver ou alterar a política 
ambiental da empresa, se for necessário; 
• O estabelecimento de prioridades de ação. Ou seja, 
identificar os assuntos que exigem uma ação urgente; 
aqueles cuja ação imediata não é requerida, mas precisa 
de uma melhoria a longo prazo, etc.
Fig. 7 – O futuro do meio ambiente em nossas mãos.
Desta forma, a Avaliação Ambiental Inicial poderá 
identificar áreas com problemas que nortearão a formulação 
de uma política ambiental e a implementação de um 
sistema de gestão ambiental. Mesmo que o SGA não seja o 
objetivo da empresa, com a AAI poderá implementar uma 
melhoria de desempenho ambiental, para buscar sanar os 
problemas ambientais encontrados na avaliação inicial.
CERTIFICAÇÃO
O processo de globalização das relações econômicas 
impulsionou o comprometimento das empresas 
com a questão ambiental, atingindo principalmente 
aquelas inseridas no mercado internacional: empresas 
transnacionais e empresas exportadoras. As empresas 
transnacionais, por determinação de seus acionistas, vêm 
adotando os padrões ambientais definidos em seus países 
de origem, onde os padrões e normas legais são mais 
rigorosos. As empresas exportadoras enfrentam um novo 
protecionismo: a discriminação de produtos e serviços 
que não comprovem a estrita observância das normas 
ambientais.
User
Realce
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Essas empresas estão influenciando o entorno de 
fornecedores e começam a explorar o diferencial ambiental 
também no mercado interno, o que está impulsionando 
a adoção do Sistema de Gestão Ambiental (SGA). Este 
sistema vem ao encontro da necessidade das empresas 
em adotarem práticas gerenciais adequadas às exigências 
do mercado, universalizando os princípios e procedimentos 
que permitirão uma expressão consistente de qualidade 
ambiental. Dadas as similaridades dos sistemas de 
gestão da qualidade e ambiental, muitas empresas que 
implementaram programas de qualidade também estão na 
vanguarda da certificação ambiental.
A manifestação do comprometimento e da política 
ambiental consolida-se por meio de uma declaração 
ou termo de compromisso da empresa explicitando os 
seus objetivos e princípios quanto ao seu desempenho 
ambiental.
Os procedimentos de gestão ambiental foram 
padronizados em nível mundial, com objetivo de definir 
critérios e exigências semelhantes. A garantia de que 
a empresa atende a esses critérios é a certificação 
ambiental, segundo as normas ISO 14.000. Essas 
normas foram definidas pela International Organization 
for Standardization (ISO), fundada em 1947, com sede 
em Genebra, na Suíça. Trata-se de uma organização 
não governamental que congrega mais de 100 países, 
representando 95% da produção industrial do mundo. O 
objetivo principal da ISO é criar normas internacionais de 
padronização que representem e traduzam o consenso 
dos diferentes países. A Associação Brasileira de Normas 
Técnicas (ABNT) representa a ISO no Brasil.
Dentre as diversas áreas de atuação da ISO estão as 
normas de certificação ambiental, como segue:
> ISO 14.001 - define os requisitos para certificação 
ambiental;
> ISO 14.004 - é uma norma orientativa, que 
exemplifica e detalha as informações necessárias à 
implementação de um SGA;
> ISO14.010, 14.011 e 14.012 - referem-se ao 
processo de auditoria ambiental;
> ISO 14.032 - define a integração entra as normas 
de qualidade e de meio ambiente.
Tabela	1: exemplos de responsabilidade ambientais. 
Estrutura de Responsabilidade – A norma ISSO 14.001 
estabelece que as funções, responsabilidades e autoridades 
devem estar definidos visando a gestão ambiental eficaz.
A ISO 14.004 orienta de forma geral as diversas etapas 
do SGA, além de estabelecer princípios básicos de ação 
para uma organização. Os princípios norteadores para o 
estabelecimento de uma política ambiental estabelecem 
que esta:
- seja adequada à natureza, à escala e aos impactos 
potenciais decorrentes de sua atividade, produto e/ou 
serviços;
- inclua o comprometimento pela excelência e melhoria 
contínua;
RESPONSABILIDADE EXECUTOR
Definir a orientação geral Presidente, executivo 
principal, diretoria
Desenvolver a política 
ambiental
Presidente, executivo 
principal, gerente de 
meio ambiente
Desenvolver objetivos, metas 
e programas ambientais
Gerentes envolvidos
Acompanhar o desempenho 
global da SGA
Gerente de meio ambiente
Assegurar o cumprimento 
dos regulamentos
Gerente geral da operação
Promover a contínua melhoria Todos os gerentes
Identificar o anseio dos 
clientes e promover 
a comunicação
Pessoal de venda e marketing
Identificar o anseio 
dos fornecedores
Pessoal de compras 
e contratação
Desenvolver e acompanhar 
os orçamentos para a 
questão ambiental
Gerentes financeiros 
e contábeis
Promover a capacitação 
técnica e operacional 
dos empregados
Gerente de RH
Desenvolver novos 
equipamentos e metodologia 
ambientalmente adequados
Pessoal de pesquisa
Promover a produção de 
materiais ambientalmente 
corretos
Gerente de produção
User
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- atenda a legalidade e normas ambientais pertinentes;
- proteja uma estrutura que assegure a revisão dos 
objetivos e metas ambientais;
- seja implementada, documentada e divulgada para 
todos os funcionários;- seja de livre acesso ao público geral.
Selo Verde
A Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) 
estabeleceu o programa Selo Verde, uma certificação que 
atesta quais produtos e serviços são mais ambientalmente 
“amigáveis”, por meio de uma marca colocada nos 
produtos. Intitulada Rótulo Ecológico ABNT, a ação 
consiste em uma metodologia voluntária de certificação e 
rotulagem de desempenho ambiental, que visa informar os 
consumidores sobre quais produtos são menos agressivos 
ao meio ambiente. A empresa que possuir este Selo Verde 
se diferenciará e será beneficiada por isso. Ela fará parte de 
um grupo que almeja a redução dos impactos ambientais 
associados ao desenvolvimento de seus produtos.
O selo mais comum é o da marca Forset Stewardship 
Council (FSC). Esse selo pode ser reconhecido 
internacionalmente pelos consumidores de madeira e seus 
derivados, como móveis e estruturas para a construção 
civil. Desta forma, o comprador tem a garantia de que 
adquiriu um produto que não agride as florestas tropicais.
O selo verde surgiu da crescente preocupação dos 
consumidores com relação ao meio ambiente. A partir daí, 
governos e organizações não governamentais de vários 
países formularam um conjunto de normas para regular o 
comércio de produtos provenientes das florestas tropicais 
através de acordos internacionais. 
Definiu-se que as madeireiras que possuem o selo verde 
deveriam comercializar apenas produtos retirados das 
florestas de forma ambientalmente correta e enquadrados 
em um plano de manejo certificado por organismos 
internacionalmente conhecidos.
No Brasil, há várias empresas credenciadas como 
certificadoras. Estas são responsáveis por visitar e fazer 
uma auditoria na documentação e instalações. Nesta 
análise, também verificam se o plano de manejo está 
sendo cumprido adequadamente. A principal função 
da certificação é garantir ao consumidor que todo este 
processo está sendo cumprido e que os ecossistemas 
estão sendo conservados. 
 
Fig. 8 – Selos verdes Fontes: http://www.ambiente.sp.gov.br/
APLICAÇÃO DA AGENDA 21 EM 
GESTÃO AMBIENTAL
O atual modelo de crescimento econômico gerou 
enormes desequilíbrios; se, por um lado, nunca houve 
tanta riqueza e fartura no mundo, por outro lado, a 
miséria, a degradação ambiental e a poluição aumentam 
dia-a-dia. Diante desta constatação, surge a idéia do 
Desenvolvimento Sustentável, buscando conciliar o 
desenvolvimento econômico com a preservação ambiental 
e, ainda, ao fim da pobreza no mundo. 
Gerenciamento Ambiental nas Empresas
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O conceito foi definitivamente incorporado como um 
princípio, durante a Conferência das Nações Unidas sobre 
Meio Ambiente e Desenvolvimento, a Cúpula da Terra de 
1992 – Eco-92, no Rio de Janeiro. O Desenvolvimento 
Sustentável busca o equilíbrio entre proteção ambiental 
e desenvolvimento econômico e serviu como base para a 
formulação da Agenda 21, com a qual mais de 170 países 
se comprometeram, por ocasião da Conferência. Trata-se 
de um abrangente conjunto de metas para a criação de 
um mundo, enfim, equilibrado.
Os indicadores de sustentabilidade, defendidos na 
Agenda 21 - onde se recomenda o Uso e a Proposição de 
Indicadores de Sustentabilidade como Ferramentas para 
o Monitoramento da Gestão dos Recursos Naturais - são 
instrumentos com objetivo de agregar dados e informações 
complexos para facilitar sua compreensão. As principais 
características pertinentes aos indicadores são:
> capacidade de avaliar condições existentes e 
tendências, 
> possibilidade de efetuar comparações nas escalas 
temporal e local, 
> possibilidade de avaliar as condições e tendências 
em relação às metas e objetivos, 
> bem como habilidade em fornecer informações de 
advertência e antecipar condições e tendências.
O uso de ferramentas para o monitoramento da 
gestão ambiental dos recursos naturais justifica-se pela 
importância do recurso tanto para a sobrevivência e bem 
estar dos seres humanos quanto para o equilíbrio do meio 
ambiente como um todo. Desta forma, o desenvolvimento 
de indicadores busca mensurar como e quanto à gestão dos 
recursos está caminhando sob a ótica da sustentabilidade.
O conceito sustentabilidade surgiu da preocupação com 
o uso de forma exploratória dos recursos naturais tendo 
sido discutido em diversas conferências internacionais que 
culminaram em documentos como o Relatório Brundtland 
e a Agenda 21. O Relatório Brundtland forneceu uma 
das principais e mais bem aceitas definições sobre o 
desenvolvimento sustentável, defendendo que o uso 
dos recursos naturais deve garantir o atendimento às 
necessidades das gerações atuais e futuras.
Relatório Brundtlandt 
Este é resultado do trabalho da Comissão Mundial sobre 
o Meio Ambiente e Desenvolvimento, da ONU apresentou 
um novo olhar sobre o desenvolvimento, definindo-o como 
o processo que “satisfaz as necessidades presentes, sem 
comprometer a capacidade das gerações futuras de suprir 
suas próprias necessidades”. É a partir daí que o conceito 
de desenvolvimento sustentável passa a ficar conhecido. 
Entre as medidas apontadas pelo relatório, constam 
soluções citadas mais à frente, como a diminuição do 
consumo de energia, o desenvolvimento de tecnologias 
para uso de fontes energéticas renováveis e o aumento 
da produção industrial nos países não-industrializados com 
base em tecnologias ecologicamente adaptadas.
Segundo o Relatório, uma série de medidas devem ser 
tomadas pelos países para promover o desenvolvimento 
sustentável. Entre elas:
• limitação do crescimento populacional;
• garantia de recursos básicos (água, alimentos, 
energia) a longo prazo;
• preservação da biodiversidade e dos ecossistemas;
• diminuição do consumo de energia e desenvolvimento 
de tecnologias com uso de fontes energéticas renováveis;
• aumento da produção industrial nos países não-
industrializados com base em tecnologias ecologicamente 
adaptadas;
• controle da urbanização desordenada e integração 
entre campo e cidades menores;
• atendimento das necessidades básicas (saúde, escola, 
moradia).
Em âmbito internacional, as metas propostas são:
• adoção da estratégia de desenvolvimento sustentável 
pelas organizações de desenvolvimento (órgãos e 
instituições internacionais de financiamento);
• proteção dos ecossistemas supra-nacionais como a 
Antártica, oceanos, etc, pela comunidade internacional;
• banimento das guerras;
User
Realce
Gerenciamento Ambiental nas Empresas
20
• implantação de um programa de desenvolvimento 
sustentável pela Organização das Nações Unidas (ONU).
Algumas outras medidas para a implantação de um 
programa minimamente adequado de desenvolvimento 
sustentável são:
• uso de novos materiais na construção;
• reestruturação da distribuição de zonas residenciais 
e industriais;
• aproveitamento e consumo de fontes alternativas de 
energia, como a solar, a eólica e a geotérmica;
• reciclagem de materiais reaproveitáveis;
• consumo racional de água e de alimentos;
• redução do uso de produtos químicos prejudiciais à 
saúde na produção de alimentos.
O principal fator que deve orientar uma ação 
ambiental responsável por parte dos empreendedores é 
a responsabilidade ética de alterar drasticamente o atual 
quadro de degradação ambiental planetária, que reduz a 
qualidade de vida de toda a população e põe em risco 
a própria sobrevivência da humanidade. Outro fator 
que induz à tomada de decisões em relação aos danos 
ambientais são as políticas ambientais públicas que 
impõem aos empreendedores a responsabilidade civil, 
penal e administrativa em relação aos impactos ambientais 
decorrentes de suas atividades econômicas.
A adoção de instrumentos de gestão ambiental, como o 
Licenciamento, Avaliação de Impacto Ambiental, Sistema 
de Gestão Ambiental, Avaliação de Passivos, Auditorias 
e Cerificações e a Contabilidade Ambiental demonstram 
a viabilidade econômicade atividades empresariais que 
induzam à sustentabilidade ambiental.
Ao contrário da visão essencialmente ambientalista, 
é perfeitamente possível e recomendável considerar 
as questões ambientais no valor do empreendimento, 
transformando o risco ambiental em oportunidades de 
redução de custos, proteção das bases de sustentabilidade 
do negócio, proteção da imagem corporativa, o que resulta 
na diminuição de perdas e valorização dos recursos de 
todos os envolvidos dentro e fora da empresa.
Antes apenas considerada uma ameaça, a crise 
ambiental representa um grande potencial para negócios, 
que apresenta uma excepcional perspectiva de crescimento 
como: gestão ambiental, educação e treinamento, 
reciclagem de resíduos, sistemas de tratamento de 
efluentes e emissões, tecnologias ambientais, gestão 
de resíduos, economia e racionalização de energia, 
recuperação de áreas degradadas.
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