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Direito Previdenciário O Direito Previdenciário, em sua essência, procura a proteção (precaução contra infortúnios), diante de contingências (eventos futuros que podem atingir o ser humano), a fim de debelar necessidades (carência ou escassez do que se precisa para viver). Trabalho apresentado ao Professor Diego da disciplina Direito Trabalhista e Previdenciário, da turma NB 3º Semestre, turno Noturno do Curso de Administração. DIREITO PREVIDENCIÁRIO CRISTIANE CARDINALE NASCIMENTO SENA LAURO DE FREITAS MAIO - 2014 http://www.mauricionassau.com.br/ Sumário 1. RESUMO 2 2. DIREITO PREVIDENCIÁRIO-HISTÓRIA 3 2.1. NO BRASIL 3 2.2. NO BRASIL 4 2.3. PREVIDÊNCIA SOCIAL 5 3. CONSELHOS ESTRUTURAIS DA PREVIDÊNCIA SOCIAL 5 4. BENEFÍCIOS-CONCEITO-CLASSIFICAÇÃO 6 5. BENEFÍCIARIO MANUTENÇÃO E PERDA DA CONDIÇÃO, INSCRIÇÃO 7 6. DEPENDENTES 7 7. APOSENTADORIA 8 7.1. APOSENTADORIA POR INVALIDEZ 8 7.2. APOSENTADORIA POR IDADE 8 7.3. APOSENTADORIA POR TEMPO DE SERVIÇO 9 7.4. AUXILIO-DOENÇA 10 7.5. SALÁRIO-FAMÍLIA 11 7.6. SALÁRIO-MATERNIDADE 12 7.7. PENSÃO POR MORTE 13 7.8. AUXÍLIO-RECLUSÃO 14 7.9. AUXÍLIO-ACIDENTE 15 8. ABONO SALÁRIAL 15 Resumo A previdência social tem por objetivo principal resguardar o trabalhador das consequências dos eventos que possam atingir a sua atividade laboral. Assim, qualquer episódio que venha a repercutir de forma maléfica na economia do trabalhador e como reflexo, na de seus dependentes, deve ser objeto de proteção previdenciária. O Direito Previdenciário, em sua essência, procura a proteção (precaução contra infortúnios), diante de contingências (eventos futuros que podem atingir o ser humano), a fim de debelar necessidades (carência ou escassez do que se precisa para viver). Abstract Social security aims to protect the main worker of the consequences of events that could achieve their labor activity. Thus, any episode that may resonate so evil on economy of worker and as a reflection on their dependents, should be the object of social security protection. The social security law, in essence, seeking protection (caution against misfortunes), faced with contingencies (future events that can reach the human being), in order to eradicate needs (lack or scarcity than you need to live). Direito previdenciário- História Antes da concepção do instituto seguridade social, no século XX, o ser humano desenvolveu diferentes modalidades de auxílio aos membros de sua comunidade. Na Grécia e Roma antigas havia instituições de cunho mutualista que, mediante contribuição, visavam a prestação de assistência a seus membros mais necessitados. Na Inglaterra, em 1601, surge a Lei dos Pobres, ou Poor Relief Act, um marco na concepção de um sistema de assistência social, regulamentando o auxílio aos necessitados. Tal lei permitia que o indivíduo em situação social precária tivesse o auxílio das paróquias. Ainda, os juízes de comarca tinham poder de lançar o imposto de caridade, pago por todos os donos de terras e além disso tinham o poder de nomear inspetores em cada paróquia com o objetivo de arrecadar e distribuir o montante acumulado pela lei. Na Alemanha do fim do século XIX surgiram os arremedos do que é hoje a Seguridade Social. Em 1883, é instituído o seguro-doença; em 1884, cria-se o seguro acidente de trabalho; em 1889, o seguro de invalidez e velhice. A partir daí, há uma proliferação, principalmente nos grandes centros industriais, de uma série de garantias ao trabalhador, ora custeados exclusivamente pelos mesmos, ora divididos com o empregador: • Em 1897 é criado na Inglaterra através do Workmen´s Compensation Act, o seguro obrigatório contra acidentes de trabalho; • 1907, sistema de assistência à velhice e acidentes de trabalho; • 1908, o Old Age Pensions Ac, objetivando a concessão de pensões a maiores de 70 anos; • 1911, National Insurance Act, tratando do estabelecimento de um sistema compulsório de contribuições sociais a cargo do empregador, empregados e do Estado. • Em 1919, é criada a Organização Internacional do Trabalho (OIT); Já a partir da primeira década do século XX as leis que versam sobre a matéria começam a fazer parte das Constituições nacionais, sendo nisto exemplos pioneiros a Constituição do México de 1917 e logo depois, a de Weimar, de 1919. Com o New Deal do presidente norte- americano Franklin Roosevelt, novas garantias surgem, através do Social Security Act, e na Inglaterra o plano Beveridge de 1941 consolida a série de inovações da Seguridade Social da primeira metade de século XX. No Brasil A primeira iniciativa brasileira, em relação à Previdência Social foi no séc. XIX, antes da independência, quando Dom Pedro I, ainda príncipe regente logrou uma carta de lei que concedia aos professores régios, com 30 anos de serviço, uma aposentadoria. Tal aposentadoria na época era denominada jubilação, quem decidiu por permanecer no trabalho receberia um abono de 25% em sua folha de pagamento. Em 22 de junho de 1835 foi criado o Montepio Geral dos Servidores do Estado (Mongeral). Montepios são instituições http://pt.wikipedia.org/wiki/Seguridade_social http://pt.wikipedia.org/wiki/Inglaterra http://pt.wikipedia.org/wiki/Alemanha http://pt.wikipedia.org/wiki/Organiza%C3%A7%C3%A3o_Internacional_do_Trabalho http://pt.wikipedia.org/wiki/Organiza%C3%A7%C3%A3o_Internacional_do_Trabalho http://pt.wikipedia.org/wiki/S%C3%A9c._XIX http://pt.wikipedia.org/wiki/S%C3%A9c._XIX http://pt.wikipedia.org/wiki/22_de_junho http://pt.wikipedia.org/wiki/1835 http://pt.wikipedia.org/w/index.php?title=Montepio_Geral_dos_Servidores_do_Estado&action=edit&redlink=1 em que, mediante o pagamento de cotas cada membro adquire o direito de, por morte, deixar pensão pagável a alguém de sua escolha. São essas as manifestações mais antigas de previdência social. Em 1888, os empregados dos correios, pelo Decreto n° 9.912-A, de 26 de março, receberam o direito a aposentadoria. O decreto estabelecia 30 anos de serviço e 60 de idade. Nos anos posteriores foram criados vários fundos de pensões para os trabalhadores das estradas de ferro e das forças armadas. Em 1919 surge o seguro contra acidentes de trabalho em certas atividades. Só em 24 de janeiro de 1923, com a Lei Elói Chaves, criou-se um caixa de aposentadorias e pensões para cada uma das empresas ferroviárias, é considerado aí o ponto de partida da Previdência Social Brasileira. Com isso outras empresas foram autorizadas a construir um fundo de amparo aos trabalhadores. Nos anos 30 as caixas foram substituídas pelos Institutos de Aposentadoria e Pensões, voltados para categorias como bancários, marítimos, industriários, comerciários, pessoal de transportes e cargas. Mais tarde a Lei Elói Chaves foi estendida a diversas outras categorias de funcionários públicos e muitas outras caixas de aposentadorias e pensões foram criadas. Em 1° de maio de 1943, o Decreto-Lei n° 5.452, aprovou a Consolidação das Leis do Trabalho, elaborada pelo Ministério do Trabalho, Indústria e Comércio e que elaborou também o primeiro projeto de Consolidação das Leis de Previdência Social. Em 1945 criou-se o Instituto de Serviços Sociais do Brasil, em 1946 o Conselho Superior da Previdência Social e o Departamento Nacional de Previdência Social. Finalmente a Lei n° 3.807, de 26 de agosto de 1960, criou a Lei Orgânica de Previdência Social - LOPS, que unificou a legislaçãoreferente aos Institutos de Aposentadorias e Pensões. O limite de idade para a aposentadoria que antes era de 50 anos foi ampliado para 55 anos, devido à expectativa de vida que havia aumentado consideravelmente em comparação com os níveis dos anos 20, e para não estimular a aposentadoria precoce, lei passou a exigir novo limite etário para homens e mulheres. Em 1963 criou-se o Fundo de Assistência ao Trabalhador Rural – FUNRURAL e o Regime Único dos Institutos de Aposentadorias e Pensões. O Decreto-Lei n° 72, de 21 de novembro de 1966, reuniu os seis Institutos de Aposentadorias e Pensões no Instituto Nacional de Previdência Social – INPS. A Lei Complementar nº 7, de 7 de setembro de 1970, criou o Programa de Integração Social-PIS e a Lei Complementar nº8, de 3 de dezembro de 1970, instituiu o Programa de Formação do Patrimônio do Servidor Público - PASEP. Em 1974 foi instituído o Ministério da Previdência e Assistência Social desmembrado doMinistério do Trabalho e da Previdência Social, no mesmo ano foi autorizado ao poder executivo construir uma empresa de processamento de dados da Previdência Social. A Lei n° 6.439, de 1° de setembro de 1977, instituiu o Sistema Nacional de Previdência e Assistência Social - SINPAS, orientado, coordenado e controlado pelo Ministério da Previdência e Assistência Social, responsável "pela proposição da política de previdência e assistência médica, farmacêutica e social, bem como pela supervisão dos órgãos que lhe são subordinados" e das entidades a ele vinculadas. Em 1984 é aprovada a Consolidação das Leis da Previdência Social. O Ministério do Trabalho e da Previdência Social é restabelecido pela Lei n° 8.029/90, que foi extinto novamente logo em 1992 pelo Ministério http://pt.wikipedia.org/wiki/1888 http://pt.wikipedia.org/wiki/1919 http://pt.wikipedia.org/wiki/24_de_janeiro http://pt.wikipedia.org/wiki/1923 http://pt.wikipedia.org/w/index.php?title=Lei_El%C3%B3i_Chaves&action=edit&redlink=1 http://pt.wikipedia.org/w/index.php?title=Lei_El%C3%B3i_Chaves&action=edit&redlink=1 http://pt.wikipedia.org/wiki/1943 http://pt.wikipedia.org/wiki/1946 http://pt.wikipedia.org/wiki/1960 http://pt.wikipedia.org/w/index.php?title=Lei_Org%C3%A2nica_de_Previd%C3%AAncia_Social&action=edit&redlink=1 http://pt.wikipedia.org/w/index.php?title=Lei_Org%C3%A2nica_de_Previd%C3%AAncia_Social&action=edit&redlink=1 http://pt.wikipedia.org/wiki/Vida http://pt.wikipedia.org/wiki/1963 http://pt.wikipedia.org/wiki/PIS http://pt.wikipedia.org/w/index.php?title=PASEP&action=edit&redlink=1 http://pt.wikipedia.org/wiki/Minist%C3%A9rio_do_Trabalho_e_da_Previd%C3%AAncia_Social http://pt.wikipedia.org/wiki/Minist%C3%A9rio_do_Trabalho_e_da_Previd%C3%AAncia_Social http://pt.wikipedia.org/wiki/1984 da Previdência Social (MPS), que é transformado em 1995 em ministério da Previdência e Assistência Social (MPAS). Em 1991, é aprovada a Lei 8.213, de 14 de julho (DOU 14 de agosto de 1991), que "Dispõe sobre os Planos de Benefícios da Previdência Social e dá outras providências". Essa foi uma reforma crucial no Sistema Previdenciário Brasileiro, embora muitas outras mudanças tenham sido incorporadas através de Medidas Provisórias, Emenda Constitucional, Decretos, entre outros. A Lei Complementar nº 85, de 15 de fevereiro de 1996, alterou o artigo 7º da Lei Complementar nº 70, de 30 de dezembro de 1991, que estabeleceu a Contribuição para Financiamento da Seguridade Social - COFINS. O decreto nº 3.048/99 aprovou o Regulamento da Previdência Social. Em janeiro de 2005 o INSS passou por uma mudança estrutural em decorrência da Lei 11.098, que criou a Secretaria da Receita Previdenciária (SRP) com competência relativa à arrecadação, fiscalização, lançamento e normatização de receitas previdenciárias. Este órgão é diretamente ligado ao MPS. Até então essas competências eram do INSS. Previdência Social A Previdência Social pode ser definida como um seguro social, que garante ao trabalhador e aos seus dependentes, amparo quando ocorre a perda, permanente ou temporária, em decorrência dos riscos que se obriga a sofrer. Obedecido sempre o teto do Regime Geral de Previdência Social – (RGPS). Ela está inserida em um conceito mais amplo que é o da Seguridade Social, que por sua vez está dividida em três áreas de atuação: saúde, assistência social e previdência social. Segundo Soibelmann, trata-se de um "conjunto de medidas que garantem os riscos decorrentes da incapacidade de trabalho do indivíduo e a sua aposentadoria. Entre os benefícios da previdência social, contam-se, entre outros, os seguintes: auxílio-doença; pensão por morte; aposentadoria por invalidez, velhice ou tempo de serviço; assistência médica; abonos e pecúlios diversos." A Previdência Social paga, atualmente, mais de 22 milhões de pessoas. Estima-se que, direta e indiretamente, esteja beneficiando 77 milhões de pessoas, sendo, assim, é um fator muito importante no combate à pobreza e à desigualdade, promovendo aos idosos e as pessoas por ela beneficiadas uma relativa estabilidade social. O sistema previdenciário engloba uma grande massa de recursos e obrigações e, para que ele continue a funcionar, é necessário que cada participante contribua com parte de sua renda durante sua vida ativa. A Previdência brasileira baseia-se no sistema de partição simples: o trabalhador ativo de hoje financia os inativos, e posteriormente aqueles serão financiados por trabalhadores ativos quando chegarem à inatividade. Conselhos estruturais da Previdência Social A previdência social tem como estrutura básica o Ministério da Previdência Social (MPS), o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), a Empresa de Tecnologia e Informações da Previdência Social (DATAPREV) e os Órgãos Colegiados. O Ministério da Previdência Social é integrante da administração direta. Atua tanto na Previdência Social quanto na Previdência Complementar. É responsável pela formulação e gestão de políticas previdenciárias. Faz isso tanto em relação ao Regime Geral de http://pt.wikipedia.org/wiki/1995 http://pt.wikipedia.org/wiki/1991 http://pt.wikipedia.org/wiki/14_de_agosto http://pt.wikipedia.org/wiki/1991 http://pt.wikipedia.org/wiki/Emenda_Constitucional http://pt.wikipedia.org/w/index.php?title=Contribui%C3%A7%C3%A3o_para_Financiamento_da_Seguridade_Social&action=edit&redlink=1 http://pt.wikipedia.org/w/index.php?title=Contribui%C3%A7%C3%A3o_para_Financiamento_da_Seguridade_Social&action=edit&redlink=1 http://pt.wikipedia.org/w/index.php?title=Seguro_social&action=edit&redlink=1 http://pt.wikipedia.org/wiki/Trabalhador http://pt.wikipedia.org/wiki/Regime_Geral_de_Previd%C3%AAncia_Social http://pt.wikipedia.org/w/index.php?title=Soibelmann&action=edit&redlink=1 http://pt.wikipedia.org/wiki/Aposentadoria http://pt.wikipedia.org/wiki/Aux%C3%ADlio-doen%C3%A7a http://pt.wikipedia.org/wiki/Pens%C3%A3o_por_morte http://pt.wikipedia.org/wiki/Pobreza http://pt.wikipedia.org/wiki/Idoso http://pt.wikipedia.org/wiki/Renda http://pt.wikipedia.org/wiki/Minist%C3%A9rio_da_Previd%C3%AAncia_Social http://pt.wikipedia.org/wiki/INSS http://pt.wikipedia.org/wiki/DATAPREV http://pt.wikipedia.org/w/index.php?title=Previd%C3%AAncia_Complementar&action=edit&redlink=1 Previdência Social (RGPS) quanto em relação ao regime próprio de previdência dos servidores públicos civis da União, estados, Distrito Federal e municípios. É segmentado em diversas secretarias. O Instituto Nacional do Seguro Social é uma autarquia federal atualmente tem as funções inerentes à concessão de benefícios, a Secretaria de Receita Previdenciária (SRP) é que têm agora a finalidade de promover a arrecadação, a fiscalização e a cobrança das contribuições sociais incidentes sobre a folha de salários e demais rendimentos do trabalhoque se destinam ao financiamento da Previdência Social. O INSS gere os recursos do Fundo de Previdência Social (FPAS), concede e mantém os benefícios previdenciários, bem como os benefícios assistenciais pagos aos idosos e pessoas portadoras de deficiências da baixa renda. O dinheiro para pagamento dos benefícios assistenciais, contudo, não é proveniente do FPAS, mas do Fundo de Assistência Social, com recursos do Tesouro Nacional. O INSS é oriundo dos extintos Instituto Nacional de Previdência Social (INPS) e Instituto de Administração Financeira da Previdência e Assistência Social (IAPAS). O INSS está organizado sob a forma de uma diretoria colegiada, com áreas administrativas e técnicas, bem como unidades e órgãos descentralizados. Dataprev é uma empresa pública responsável por processar o pagamento de benefícios previdenciários e recolhimento das contribuições sociais das empresas e dos contribuintes individuais, bem como pela produção estatística e informações gerenciais e informatização de órgãos previdenciários. O Conselho Nacional de Previdência Social (CNPS) é órgão superior de deliberação colegiada e responsável pela coordenação da política da Previdência Social e pela gestão do sistema previdenciário. É presidido pelo ministro da Previdência Social e é composto por 15 membros, 6 representantes do governo federal, 3 representantes dos aposentados e pensionistas, 3 representantes dos trabalhadores em atividade e 3 representantes dos empregadores. O Conselho de Recursos da Previdência Social compete julgar as decisões do INSS nos processos de interesse dos beneficiários e contribuintes do RGPS. Funciona como uma espécie de tribunal administrativo e tem por função básica mediar litígios entre segurados ou empresas e a Previdência Social. O CRPS é formado por Câmaras de Julgamento (Caj), localizadas em Brasília, que julgam em segunda instância, e 28 Juntas de Recursos (JR) em vários estados da Federação e pelo Conselho Pleno que uniformiza a jurisprudência previdenciária. E por último, o Conselho de Gestão da Previdência Complementar que delibera, coordena, controla e avalia a execução da política de previdência complementar das entidades fechadas de previdência privada. BENEFÍCIOS- CONCEITO Benefício é a prestação pecuniária que a previdência social dispensa ao trabalhador obstaculizado na sua remuneração pelas deficiências antes demonstradas. Substitui a remuneração quando do impedimento de o segurado recebê-la pelo trabalho. Difere dos serviços que são entendimentos específicos prestados de forma natural. Classificação Os benefícios se classificavam em dois gêneros: benefícios de prestação única ou instantânea e os benefícios de prestação continuada, como assim o define a http://pt.wikipedia.org/wiki/Uni%C3%A3o http://pt.wikipedia.org/wiki/Instituto_Nacional_do_Seguro_Social http://pt.wikipedia.org/w/index.php?title=Contribui%C3%A7%C3%B5es_sociais&action=edit&redlink=1 http://pt.wikipedia.org/w/index.php?title=Fundo_de_Previd%C3%AAncia_Social&action=edit&redlink=1 http://pt.wikipedia.org/w/index.php?title=Fundo_de_Previd%C3%AAncia_Social&action=edit&redlink=1 http://pt.wikipedia.org/wiki/Tesouro_Nacional http://pt.wikipedia.org/wiki/Tesouro_Nacional http://pt.wikipedia.org/wiki/INSS http://pt.wikipedia.org/wiki/Benef%C3%ADcio http://pt.wikipedia.org/wiki/Ministro_da_Previd%C3%AAncia_Social http://pt.wikipedia.org/wiki/Ministro_da_Previd%C3%AAncia_Social http://pt.wikipedia.org/wiki/RGPS http://pt.wikipedia.org/wiki/Jurisprud%C3%AAncia Constituição Federal. No entanto, os primeiros desapareceram do enorme elenco de benefícios dispensados pela atual legislação previdenciária. Alguns, como ocorre com o auxílio-natalidade e o auxílio-funeral, considerando as suas características específicas, foram transportadas para a assistência social. Os pecúlios, simplesmente foram alijados do contexto, com a revogação dos Art. 81 a 85, da Lei nº 8.213/91. Restam os benefícios de prestação continuada. O próprio PBPS que demonstra uma outra classificação dos benefícios, separando-os em: a) benefícios exclusivos dos segurados; b) benefícios exclusivos dos dependentes e, c) benefícios dirigidos a ambos - segurados e dependentes. Essa classificação determina a destinação dos benefícios segundo as situações e os gêneros, especificados todos no art. 18 da Lei nº 8.213/91. Dependendo da origem da incapacidade laborativa, o segurado se defronta com outra classificação dos benefícios. Poderá obter benefícios comuns, se originará de causas naturais e são devidos a todos os segurados ou a seus dependentes, segundo a situação já descrita. Por outro lado, há os benefícios acidentários e que têm origem nos acidentes do trabalho, assim consideradas também as doenças profissionais e do trabalho. Beneficiários: Manutenção e Perda da Condição; Inscrição. Os beneficiários da previdência social são os segurados e seus dependentes. Quanto aos primeiros, o PBPS milita em redundância, uma vez que esses estão definidos, classificados e enumerados no art. 12 da Lei nº 8.212/91, o PCP+S. O art. 11, agora repete, in verbis, as mesmas situações. No entanto, nos resta estudar em quais condições eles mantém a qualidade e em quais as perdem. Os dependentes, vamos definir quem são eles e quais são os requisitos exigidos para qualificá-los. Dependentes São dependentes dos segurados e, por isso, beneficiários do sistema previdenciário as pessoas que dependem economicamente deles, relacionadas pelos art. 16 do PBPS e 13 e 14 do regulamento. Não basta que a pessoa esteja garantida e sustentada pelo segurado. Há regras que determinam quem é ou não dependente, para os efeitos da lei. Antes do advento da Lei nº 9.032/95, havia o inciso IV, do art. 16 da Lei nº 8.213/91 e que garantia a proteção da seguridade social "a pessoa designada, menor de 21 (vinte e um) anos ou maior de 60 (sessenta) anos ou inválida. Esse dispositivo aplicava o leque da proteção genericamente para todas as pessoas que, por simples declaração do segurado, vivesse sob sua dependência econômica, inclusive os chamados filhos de criação, ou até mesmo, por exemplo, o filho da empregada que o empregador doméstico patrocinasse nos estudos, na alimentação, etc. Revogado o inciso IV, do art. 16, pelo art. 8º da Lei nº 9.032/95, o conceito de dependente se limitou às regras jurídico-legais impostas pelo citado art. 16, seus incisos e parágrafos. Nos termos da legislação citada e em vigor, os dependentes se distribuem em três classes distintas: 1. O cônjuge, o companheiro, a companheira e o filho não emancipado, de qualquer condição, menor de 21 anos ou inválido; 2. Os pais; 3. O irmão não emancipado, de qualquer condição, menor de 21 anos ou inválido. Aposentadoria O termo aposentadoria hoje em dia traduz a ideia de inatividade involuntária, ou a faculdade do trabalhador em permanecer em casa, sem trabalhar, mas recebendo remuneração em virtude de impedimentos que podem ser diversos. Embora no Brasil aposentadoria dê a ideia de recolhimento e descanso, a situação na realidade é diferente. O aposentado brasileiro assume uma postura de trabalhador em plena vitalidade ao retornar ao trabalho, ou pela necessidade financeira ou pela prematuridade em que se aposentou, não podendo permanecer na ociosidade. Para o Regime Geral da Previdência Social a aposentadoria é facultativa como regra (idade, tempo de serviço e especial) e compulsória como exceção (servidor público aos 70 anos de idade). Aposentadoria por Invalidez O beneficio está previsto desde a Carta Constitucional de 1934 at5é a atual Constituição, com preceitos que garantem ao trabalhador um seguro nos casos de qualquer incapacidade permanentee de insusceptibilidade de recuperação de recuperação, provendo-lhe a subsistência. A aposentadoria por invalidez é devida a empregado que tenha reduzida a sua capacidade laborativa e cuja sequela seja insusceptível de recuperação. O citado benefício é de caráter provisório, passível de suspensão e revisão quando houver a recuperação do beneficiário, de forma a permitir-lhe o retorno ao trabalho. Mesmo o art. 475 da CLT prevê a temporalidade da aposentadoria por invalidez, garantindo o retorno do trabalhador se houver a cessação desta. Os tribunais tem entendimento uniforme quanto à garantia aos direitos do aposentado por invalidez que tenha tido o beneficio cancelado. Assim, verifica-se os enunciado n.º 160 da Sumula do TST, Sumula n.º 217 do STF e Sumula n.º 219 do STF. Devem ser apreciados para a concessão do referido beneficio: 1) a carência, que conforme o art. 26, I da Lei n.º 8213/91 o beneficio será concedido independentemente de carência; 2) a apuração de incapacidade, o qual depende de apuração médico-pericial, a qual deve indicar a incapacidade para o trabalho resultante de uma sequela e a indubitável insusceptividade de recuperação; 3) A preexistência de moléstia ou lesão, pois se um segurado ao filiar-se na previdência social já era portador de alguma doença ou lesão, não poderá beneficiar-se dela para auferir a aposentadoria por invalidez. Contudo há doutrinadores que defendem que o segurado, mesmo portador de moléstia ou lesão, desde que tenha contribuído e cumprido o período de carência, possa auferir o beneficio. A renda mensal da aposentadoria por invalidez será de 100% do salario-de- beneficio e este cálculo na forma do art. 33 da Lei n.º 8213/91. Se for constatado que o aposentado por invalidez está trabalhando, em qualquer atividade, o beneficio será cassado imediatamente, conforme as situações descritas no art. 47 da Lei n.º 8213/91. Aposentadoria por Idade A Constituição Federal de 1988 elucida tal beneficio em seu art. 202, I ao discriminar "aos sessenta e cinco anos de idade, para o homem, e aos sessenta para a mulher, reduzindo em cinco anos o limite de idade para os trabalhadores rurais de ambos os sexos que exercerem suas atividades em regime de economia familiar, neste incluído o produtor rural, o garimpeiro e o pescador artesanal". Nota-se que a primeira grande inovação desde artigo foi a inclusão do trabalhador rural nos benefícios previdenciários, o que anteriormente não era previsto na EC n.°1/69. A aposentadoria por idade será devida, para os empregados que tenham vínculo empregatício, incluídos os domésticos e servidores públicos, que não tenham regime próprio de previdência social e que se desligarem de seus respectivos empregos, o beneficio é devido a contar do desligamento, se requerido em até 90 dias dessa data. Ai segurados que mantém vinculo empregatício poderão requerer o benefício sem se desligarem do respectivo emprego. Neste caso será devido o beneficio a partir da data do requerimento, ou se houver o desligamento (pedido de demissão ou dispensa) e que apresentarem o requerimento após 90 dias, o direito será valido, a contar da data dele. Para os demais casos (incluindo o temporário e o avulso) as prestações serão devidas a partir da data do requerimento. A aposentadoria garante ao segurado uma prestação igual a 70% do seu salario-de- benefício, calculado na forma do art. 33 e seguintes do PBPS, acrescidos de 1% dele para cada ano de contribuições, não podendo ultrapassar 100% do salario-de- beneficio. Nota-se que o art. 51 excepciona a voluntariedade das aposentadorias no Direito Previdenciário, mas apenas para os empregados que mantenham contrato de trabalho. Conforme a Lei n.º 8213/91, a empresa poderá requerer a aposentadoria por idade do empregado que atingir 70 anos, para homens e 65 para mulheres, caso em que a aposentadoria será compulsória. Contudo há divergências doutrinarias quanto à esta matéria, posto que : o primeiro se reporta ao direito inalienável do cidadão de trabalhar, e o segundo quanto à resilição do contrato de trabalho. Aposentadoria por Tempo de Serviço Este benefício é devido ao segurado que comprovar os preenchimento dos requisitos necessários ( a partir de 25 anos de serviço para homens e 25 anos para mulheres), a carência que era de 60 meses e está passando para 180 meses no ano de 2011. O beneficio é devido aos segurados, a partir das idades mencionadas, em 70 % do valor do salario-de-beneficio estatuído no art. 33, acrescidos de 6% por ano completo de serviço até os 30 anos para mulher e 35 para homens, não sendo permitido ultrapassar 100%do salario-de- beneficio. O período da prestação de serviço se conta dia a dia, desde o inicio da atividade remunerada até a data do requerimento do beneficio ou do desligamento da empresa ou da atividade protegida pela Previdência Social. Desse período serão descontados os relativos à suspensão ou interrupção do exercício profissional, ou aqueles em que o segurado tenha perdido essa condição. A prova do tempo de serviço, excluídos o autônomo e o facultativo, será feita por documentos que comprovem o exercício da atividade. A prova foi instituída pelo art. 31 da Lei n.º 3807/60, sendo concedida ao segurado que, contando no mínimo 50 anos de idade e 15 anos de contribuição, tenha trabalhado durante 15, 20 ou 25 anos pelo menos, conforme a atividade profissional, em serviços que forem considerados penosos, perigosos ou insalubres, por Decerto do Poder Executivo. Dispõe o anexo IV do Decreto n.º 3048 a relação dos agentes físicos, químicos e biológicos. O art. 31 da Lei n.º3807 foi alterado pela Lei n.º 5440-A que supriu o requisito de idade mínima de 50 anos para a aposentadoria especial A Lei n.º 5890/73 não exigia o implemento de tal idade. Os artigos 57 e 58 da Lei n.º 8213/91 não exigem implemento de idade para a concessão da aposentadoria especial. O art. 9º da Lei n.º 5890/73 reduziu o tempo de contribuição que antes era de 15 para 05 anos de contribuições. Qualquer segurado pode ter acesso à este beneficio, pois a condição fundamental é que o trabalho seja comprovadamente perigoso ou insalubre, e que coloque em risco a vida ou integridade física do segurado. Considera-se atividade insalubre aquela que, por sua natureza ou condições, exponha o empregado a agente nocivo à sua saúde, acima dos limites de tolerância fixados em razão da natureza e intensidade do agente e do tempo de exposição aos seus efeitos (art. 189 CLT) Atividades perigosas são aquelas que impliquem o contato permanente do trabalhador com inflamáveis ou explosivos em condições de risco acentuado (art. 193 CLT). O tempo de serviço para efeitos de aposentadoria especial é considerado em relação aos períodos correspondentes a trabalho permanente e habitual prestado em atividades sujeitas a condições especiais que prejudiquem a saúde ou a integridade física do segurado. Não terá direito ao beneficio o trabalhador que trabalhou eventualmente ou de maneira intermitente em condições prejudiciais à sua saúde. O segurado deverá comprovar que há uma associação de agentes prejudiciais à sua saúde ou à sua integridade física, pelo período equivalente ao exigido para a concessão do beneficio. Independente do tempo de serviço que a lei diferencia para cada caso, a aposentadoria é devida no valor igual à 100% do salario-de-beneficio do segurado, observado o art. 33. A regra para a data de inicio do beneficio é a do art. 49. É vedado ao segurado aposentado nestas condições retornar ao trabalho efetuando as mesmas atividades e nas mesmas condições anteriormente executadas. Auxílio-Doença Previsto na CLT em seu art.476, o auxílio-doença é um beneficio de prestação continuada, porem temporário e de pouca duração. É devido ao segurado que permanecer incapacitado temporariamente para o trabalho por mais de 15 dias. Se a incapacidade advir de causas naturais, apenas o segurado que cumprir 12 meses de carência é que terá direito a ele. Se o fato gerador da incapacidade for acidentário, em qualquer hipótese (acidente de trabalho, outro), o beneficio é concedido sem o período de carência (art. 26, II, PBPS). O segurado poderá requerer o beneficio quantas vezes estiver incapacitado temporariamente para o trabalho. Quando se tratar de segurado empregado e empresário auxílio-doença, a empresa é sempre responsável pelo pagamento integral da remuneração até o 15º dia, sendo a partir do 16º dia transferido ao INSS. Nos demais casos, o benefício é devido pela previdência social desde a data em que se verificar a incapacidade laborativa do segurado que requerido nos trinta dias a contar de seu afastamento do trabalho. Caso contrário, em qualquer caso, empregado, empresário, ou qualquer outro segurado que requerer o benefício após 30 dias do9 afastamento, este será devido a contar da data do requerimento. Quando a empresa possuir serviço médico próprio, cabe à este atestar a incapacidade do empregado nos 15 primeiros dias, encaminhando-o à perícia técnica providenciaria após essa data O auxílio-doença será devido no valor igual a 91% do salário-de-benefício do segurado. Se este exercer mais de uma atividade, o beneficio será devido mesmo que a incapacidade o impeça de exercer uma delas. Neste caso o salario-de- beneficio será calculado pela soma de cada uma das atividades. Por ser considerado licença, o auxílio- doença impede o despedimento do empregado ou ate mesmo o aviso prévio no seu curso, porque há a suspensão do contrato de trabalho. Salário-Família Disposto no art. 65 da Lei n.º 65, o salário-família é devido ao empregado urbano ou rural, exceto ao domestico e ao trabalhador avulso, na proporção do respectivo numero de filhos ou equiparado, nos termos do § 2º do seu art. 16. O salário-família é pago: uma para quem ganha até, aproximadamente, 2,5 vezes o salário mínimo ou recebe benefícios neste limite e outro, para que recebe valor superior a esse patamar. A natureza jurídica deste benefício é estritamente previdenciária, restando desvinculada da remuneração do trabalhador. Para a concessão deste beneficio não é necessário que se cumpra período de carência e é pago diretamente pela empresa, se o segurado estiver em atividade, ou pela previdência social, junto com o beneficio, se estiver afastado da atividade profissional, em gozo de qualquer outro beneficio. Quando pago pela empresa, esta se ressarcirá do ônus quando do primeiro pagamento que tiver que efetuar à previdência social. Se o segurado mantiver vários empregos, com diferentes contratos de trabalho, recebera salário-família integral, por quantos filhos tiver, em cada um deles. Quanto à data inicio do debito do salário- família, a mesma está disposta no art. 67 da PBPS (Lei n.º 8213/91), o qual recebeu interpretação uniforme do TST ao editar a Sumula n.º 254, a qual dispõe que "o termo inicial para a concessão do beneficio , coincide com a prova de filiação. Se feita em juízo corresponde à data do ajuizamento do pedido, salvo se comprovado que anteriormente o empregador se recusara a receber a respectiva certidão". No curso do contrato o empregado deve comprovar a existência de dependentes (filhos menores de 14 anos ou inválidos), e somente a partir da data em que esta documentação for apresentada é que nasce o direito ao beneficio. Salário-Maternidade O salário-maternidade tem natureza salarial, embora não seja pago pelo empregador e não esteja na relação direta de trabalho. Desta forma o salário- maternidade compõe o salário-de- contribuição da segurada e o período a ele relativo é considerado como de serviço para todos os efeitos legais, previdenciários e trabalhistas. Incidirá igualmente ao salário-maternidade a alíquota de 20% relativo à contribuição patronal e o recolhimento do FGTS. Seu objetivo é o de assegurar a maternidade, garantindo à empregada gestante o seu sustento durante o período em que a contribuição lhe garante o afastamento para o parto. Assim, conforme o art. 71 da PBPS, o salário- maternidade é devido à segurada empregada, à empregada domestica e à segurada especial, durante 120 dias, com inicio desde 28 dias antes do parto, podendo, porém, a empregada trabalhar até quando bem lhe aprouver. A empregada receberá diretamente da empresa o valor exatamente igual ao da sua remuneração, independente dos limites teto dos benefícios previdenciários. A empregada doméstica e a segurada especial receberão diretamente do INSS os valores do último salário-de- contribuição de um salário mínimo respectivamente. Estas poderiam requerer o beneficio até 90 dias a contar do parto. Este benefício não se cumula com qualquer outro beneficio por incapacidade, principalmente com o auxílio-doença. No caso de aposentadoria por invalidez, a situação se repete. Não é exigido que se cumpra carência para a aquisição deste beneficio, nem para a empregada comum, nem para a domestica. Já no que tange à segurada especial é exigido a comprovação "do exercício da atividade rural de forma continua, nos 12 meses imediatamente anteriores ao do inicio do beneficio". (art.39, § único da Lei n.º 8213/91). Pensão Por Morte O art. 74 da Lei n.º 8213/91 dispõe sobre a pensão por morte, dizendo a mesma ser devida ao conjunto de dependentes do segurado que falecer, aposentado, ou não. A pensão por morte, desde a edição da PBPS hoje é partilhada em quotas iguais entre todos os dependentes (art. 77). Entre os dependentes se incluem marido e mulher, sendo que ambos tem direito à pensão pela morte do outro, e os filhos, pois se marido e mulher morrerem, receberão duas pensões: uma de cada um dos segurados regularmente filiados. A parte de cada dependente cessará quando este perder a condição, no caso de morte, da data que completar 21 anos do filho, equiparado ao irmão ou de sua emancipação. Para os inválidos a pensão só cessará se houver a completa reabilitação do pensionista. Se requerida no prazo de 30 dias do óbito, a pensão será devida a contar dele; se requerida após este prazo, será paga a contar da data do requerimento e nos casos de morte presumida, será devida a contar da data da decisão judicial que a caracterizou. O valor da pensão por morte, definida no art. 75 da PBPS define que esse valor "será de 100% da aposentadoria que o segurado recebia ou daquela a que tinha direito se estivesse aposentado por invalidez, na data do seu falecimento." Será devida ao conjunto de dependentes, observada a hierarquia do art. 16 da Lei n.º8213/91. http://www.coladaweb.com/direito/fgts Auxílio-Reclusão O art. 201, I da CF/88 preconiza a cobertura do auxílio-reclusão aos dependentes do detento. É a proteção aos dependentes do segurado que, por qualquer motivo venha a ser detido ou recluso, independente da causa ou condenação. Conforme o art. 80 da PBPS, não há mais a exigência do período de carência. A renda mensal será distribuída aos dependentes, obedecendo as mesmas regras verificadas na pensão por morte. Apenas é necessário que estes instruam o pedido com certidão expedida por autoridade competente de que houve o efetivo recolhimento do segurado à prisão. O beneficio se manterá enquanto o segurado permanecer detido ou recluso. Se deixar a prisão, mesmo em caso de fuga, será cancelado o beneficio, sendo recuperado quando recapturado o segurado. Caso o segurado venha afalecer na prisão, o beneficio se converterá automaticamente em pensão por morte. Auxílio-Acidente O auxílio-acidente está. Disposto no art. 86 e parágrafos da Lei n.º 8213/91, o qual dispõe que "o auxílio-acidente será concedido, com indenização, ao segurado quando, após consolidação das lesões decorrentes de acidente de qualquer natureza, resultar sequelas que impliquem redução da capacidade para o trabalho que habitualmente exercia". Até a Lei n.º 9528/97 era devido ao acidentado que tivesse reduzida a sua capacidade funcional. Significava dizer que recebia o beneficio apenas aquele que não pudesse mais trabalhar. Hoje em dia recebe o auxílio-acidente todo o segurado que vê reduzida a sua capacidade para a atividade que vinha desenvolvendo, e não para outras. Da mesma forma a Lei n.º 9528/97 garante o benefício àquele que sofrer acidente de qualquer natureza, independente de ser do trabalho ou não, ou mesmo para aquelas situações em que a lei as equipara. Desta forma, a nova norma vem retirar dos acidentados a partir de sua vigência, a vitaliciedade do beneficio, mas mantendo o seu valor que é de 50% do seu salário- de-benefício. Contudo ficou contraditória a postura dos parágrafos 1º, 2º e 3º do art. 86 da Lei n.º 8213/91, pois vedam a cumulação do auxílio-acidente com qualquer outro beneficio Previdenciário, porque não houve qualquer alteração no art. 124 (Lei n ° 8213/91), posto que este último dispositivo diz que apenas não poderá cumular o auxílio-acidente com outro auxílio acidente. Abono Salarial Os abonos surgiram em nossa legislação social com o Dec-Lei n.º 3.813/41 que dispôs: "Os aumentos de salários que, no prazo de 06 meses contados da publicação desse Decreto-Lei, forem por iniciativa própria concedidos pelos empregadores à seus empregados, serão considerados como abonos quer para os efeitos da Lei n.º 62/65, e demais disposições \referentes à estabilidade econômica dos trabalhadores, quer para os descontos previstos em leis de previdência social, não se incorporando aos salários ou outras vantagens já percebidas." Posteriormente, o Dec-Lei n.º 4.356/42, prorrogou o prazo daquele até que a Lei n.º 1999/53 o revogasse, porque, fraudulentamente os empregados estavam com salários inferiores ao valor dos abonos. Os abonos ou aumentos provisórios de salário, excluída apenas a hipótese de o caráter provisório dos aumentos ter o escopo de fraude à lei, mesmo com o aspecto ou nome de gratificação, não se incorporavam ao salário até a vigência da Lei n.º 1999/53, que alterou o art. 457 da CLT. Hoje os abonos perderam o caráter de concessão espontânea pelo empregador, sendo geralmente criado por lei, com o mesmo caráter transitório e de não incorporação à remuneração. Demonstrando este fato, pode-se dizer da variação do abono pela Lei n.º 8178/91, sem caráter salarial, mas logo depois incorporado ao salário pela Lei n.°8238/91. A jurisprudência tem considerado decimo terceiro salário, ou gratificação natalina como espécie de abono salarial, tanto assim que manda incorporar ao salário- base, para efeito de indenização e outros, o duodécimo da gratificação natalina. Tal gratificação substitui a dada espontaneamente pelo empregador, não se acumulando com esta, conforme decidiu o Ex-Prejulgado n.°17/66, do TST. Referências: http://www.guiatrabalhista.com.br/tematicas/direitoprevidenciario.h tm http://www.coladaweb.com/direito/previdencia-social http://www.guiatrabalhista.com.br/tematicas/direitoprevidenciario.htm http://www.guiatrabalhista.com.br/tematicas/direitoprevidenciario.htm http://www.coladaweb.com/direito/previdencia-social
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