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Legislação Educacional I Profª. Nacyra Yiburi Fernnandes de Lucena SUMÁRIO UNIDADE 1 - Educação Brasileira 1. História da Educação Brasileira 33 2. Leis e outros 34 3. Sistema de Ensino 35 Testando seu Entedimento 36 UNIDADE 2 – Legislação de Ensino Brasileira Legislação Federal 37 1. Constituição Federal (1988) 37 Testando seu Entedimento 39 Gabarito 40 UNIDADE 3 – Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional - LEI N°9. 394/96 Testando seu entedimento 44 Gabarito 48 UNIDADE 4 – Lei n°10.172/01 Plano Nacional de Educação Testando seu Entedimento 50 Gabarito 50 UNIDADE 5 – Lei n°8.069/90 Estatuto da Criança e do Adolescente Testando seu Entedimento 52 Gabarito 52 UNIDADE 6 – Decretos, Deliberação, Pareceres, Portarias e Resoluções Federais Pareceres 53 Resoluções Federais 54 Glossário 54 REFERÊNCIAS APRESENTAÇÃO Nesta disciplina, apresentaremos as leis que fundamentam a educação brasileira. A legislação educacional ou legislação de ensino é o conjunto de leis, pareceres, resoluções que regulamentam o ensino no país em instância federal, estadual e municipal. Iniciaremos nossos estudos apresentando a história da Educação brasileira. A constituição afirma que todo cidadão é igual perante a lei, mas na prática o conceito de igualdade diante da lei só é possível, se forem iguais o acesso à saúde, a educação, ao trabalho, à moradia. Então vamos iniciar nossos estudos, apresentando as constitui- ções brasileiras promulgadas desde o Brasil Império até a última constituição de 1988 e as garantias e direitos à educação. Nossa avaliação será composta de 02 provas. A primeira será online valendo 7,0 pontos e a se- gunda presencial valendo 10,0 pontos. A participação do aluno no AVA (Ambiente Virtual de Aprendizagem) fazendo os exercícios, par- ticipando dos fóruns e enviando suas dúvidas valerá de 0 a 3 pontos. Essa nota se somará a avaliação online. Darão continuidade nos módulos os alunos que alcançarem a média de no mínimo 6,0 (seis pontos). Nesta disciplina teremos a carga horária de 80 horas. A cada semana teremos monitoria de 4 horas por semana. A seguir apresentaremos os diferentes tipos de documentos que compõem a legislação atual de ensino e a hierarquia dos documentos legais em nível Federal. Vamos lá, pegue seu lápis e vá fazendo suas anotações. Bons estudos! Legislação Educacional I | m ód ul o I | 33 té cn ic o SE CR ET Á RI O E SC O LA R 1.História da Educação Brasileira A sociedade se organiza buscando transmi- tir aos indivíduos o sistema de normas que de- vem aprender para dar continuidade ao próprio sistema social. Em nosso país, o início do sistema educacional ocorreu com a chegada dos Jesuítas no início da colonização. Em 1549, Tomé de Souza, governador Geral do Brasil, funda a cidade de Salvador para ser- vir de Sede do governo. Nessa época chega ao Brasil, o primeiro grupo de padres Jesuítas co- mandados por Manuel de Nóbrega e marca o início da História da Educação Brasileira. O obje- tivo dos jesuítas era formar o exército de Cristo, sem se preocupar com o ensino pedagógico, mas sim com a formação cristã daqueles que não dispunham de nenhum valor educacional e cultural. Os Jesuítas fundaram a as primeiras es- colas no Brasil. Durante duzentos e dez anos, o ensino Jesuíta foi responsável pela educação no Brasil fundando 17 colégios. Em 1770, a Reforma Pombalina substitui o sistema jesuítico e o ensino é delegado aos vice-reis nomeados por Portugal. É instituído o “Subsídio Literário”, imposto destinado a custe- ar o ensino primário. Com a chegada da família Real em 1808, há na cidade do Rio de Janeiro um impulso cultural e é nesse período que é funda- da a escola de educação onde se ensinavam lín- gua portuguesa e francesa, Retórica, Aritmética, Desenho e Pintura. São criados vários cursos no Rio de Janeiro e na Bahia. Em 1814, é criada a pri- meira Biblioteca pública e a Academia Militar. Com o retorno da Família Real a Portugal em 1821 e no ano seguinte com a Proclamação da Independência do Brasil por D. Pedro I, o Brasil inicia uma nova fase. Dois anos após a indepen- dência, o Brasil outorga “A Primeira Constituição Unidade 1 Educação Brasileira Política do Império do Brazil”( sic) e em seu arti- go 179 declara que “XXXII A Instrucção primaria é gratuita a to- dos os Cidadãos. XXXIII. Collegios, e Universidades, aonde se- rão ensinados os elementos das Sciencias, Bellas Letras, e Artes.” (sic)1 O direito à educação é uma garantia consti- tucional e a primeira constituição do Brasil pro- mulgada em 1824, fixava a criação de escolas primárias mantidas pelo poder público, ou seja, gratuitas. Era a Coroa responsável pelo ensino primário. A mesma constituição também incor- porou o ensino superior como um direito do cidadão. Porém, como o ensino secundário não era ministrado pelo poder público, mas por es- colas religiosas, havia uma lacuna entre o ensino primário e a universidade. Na prática, as escolas secundaristas eram particulares e somente a elite tinha como custear os estudos que davam acesso à universidade. Curioso não? A constituição de 1891 trouxe avanços e o congresso Nacional ficou como responsável pelo Ensino Superior podendo criar escolas se- cundárias e superiores em todo país e apontou os Estados e Municípios como responsáveis pelo ensino primário e secundário. Em 1934, a constituição passa a atribuir ao Governo Federal a tarefa de fixar as diretrizes da Educação nacional e criou o conselho Nacional de Educação(CNE). Os Estados e Municípios pu- deram organizar seus sistemas de ensino e se- guindo a criação do CNE criaram os Conselhos Estaduais. Nessa constituição, há a preocupação de universalização do ensino primário gratuito para todos. Após a Primeira guerra mundial e com a crescente urbanização, aumenta a neces- sidade de qualificar o trabalhador que migrava 1 sic(Sic et simpliciter) expressão utilizada indicativa que o texto foi reproduzido de forma integral sem alterações orto- gráficas e/ ou gramaticais. 34 CURSO PROFISSIONALIZANTE :. .: EAD do campo para a cidade, na maioria das vezes, sem nenhuma escolarização. Em 1946, após a Segunda Guerra Mundial, o Brasil promulga outra Constituição e há uma nova ênfase na universalização do ensino primá- rio, desta vez cabia não apenas ao Estado, mas à família e à sociedade compartilhar da responsa- bilidade do ensino, tornando seu oferecimento gratuito e obrigatório pelo Estado, um dever da família e da sociedade que também poderia ofe- recer ensino primário em rede privada. A Constituição de 1946 criou as bases para a primeira LDB: Lei 4024/61 Lei de Diretrizes e bases da Educação Nacional, descentralizando o poder da União nos sistemas de ensino, tendo como incumbência a fiscalização e as diretrizes da educação nacional. Em 1961, a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional nº 4024 de 20 de Dezembro de 1961, estabeleceu um currículo básico para todo o território nacional e manteve a estrutura tradicional de ensino das legislações anteriores. Esta lei nos deu algumas contribuições e entre elas citamos o fato de não ter fixado um currícu- lo rígido para todo o território nacional, em cada nível e ramo do ensino e de ter estruturado e traçados planos e diretrizes para a educação primária. Em 1967, sobre o Regime da Ditadura, o Brasil promulga outra Constituição que amplia a obrigatoriedade do ensino fundamental de 7 para 14 anos. No entanto, essa ampliação se di- versifica em ensino privado e público, pois per- mite a criação de bolsas de estudo custeadas pelo Estado para manter alunos em rede priva- da. A Constituição de 1967 também retirou a definição de percentuais mínimos a serem gas- tos com Educação pelos Estados e Municípios. Em 1969, outra constituição que se diferenciava apenas por atribuir ao Município a responsabili- dade de aplicar 20% da arrecadação com gastos em Educação. Em 1971 foiconstituída a Lei 5.692, a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional. Nesta nova LDBEN a formação educacional passou a enfatizar o ensino profissionalizante. Depois da 5692/71 tivemos a Lei 7044 de 18 de outubro de 1982, que alterou a Lei 5692/71, somente nos parágrafos relacionados à profis- sionalização do ensino de 2º grau (sic). No meio das conversas para a nova Constituição, um Projeto de Lei para uma nova LDB foi encaminhado à Câmara Federal e em 1992, o Senador Darcy Ribeiro apresenta um novo Projeto que acabou por ser aprovado em dezembro de 1996 conhecido popularmente como LDB. Esta lei, 9394/96 será estudada posterior- mente neste módulo. 2. Leis e outros documentos legais Segundo Granzotto, existe uma HIERARQUIA DAS NORMAS JURÍDICAS demons- trada na pirâmide de Kelsen abaixo. Esta estru- tura exige que o ato inferior guarde hierarquia com o ato hierarquicamente superior e, todos eles, com a Constituição, sob pena de ser ilegal e inconstitucional. No Brasil, a hierarquia dos textos legais é a seguinte: • Constituição Federal: Lei Maior – Destina-se caracterizar a estrutura do país, inclusive da educação brasileira. • Leis Complementares: Desenvolvem com mais especificidade as orienta- ções contidas na Constituição. A Lei de Diretrizes e Bases da Educação (LDB) é uma lei complementar. • Leis elaboradas pelo poder legislativo – Estabelecem normas a serem seguidas em nível nacional • Decretos – Promulgados pelo Poder Executivo, em geral estabelecem Legislação Educacional I té cn ic o SE CR ET Á RI O E SC O LA R | m ód ul o I | 35 procedimentos para o cumprimento das leis. Outros textos legais de origem do poder executivo: • Portarias • Circulares • Instruções ou ordem de serviços • Estatutos e Regimentos E as competências tributárias são: A Legislação Federal tem início com a Constituição da República Federativa do Brasil. Com o objetivo de explicar os artigos constitu- cionais são expedidos Atos Administrativos. Segundo Hely Lopes Meirelles (2002), ato administrativo é : “toda manifestação de vontade da Administração Pública, que, agindo nessa quali- dade, tenha por fim imediato adquirir, resguar- dar, transferir, modificar, extinguir e declarar di- reitos, ou impor obrigações aos administrados ou a si própria”. 3. Sistema de Ensino O sistema de ensino é formado pelo poder público e pelas escolas. As escolas executam o ensino e o poder público cria as normas e admi- nistra o ensino. Segundo a LDBEN 9394/96 art14,15,16,17 e 18 possuímos 4 sistemas de ensino, a saber: Federal, Estadual, do Distrito Federal e Municipal. Cada um desses sistemas possui sua legisla- ção e é muito importante conhecê-las. Os documentos legais são compostos por ARTIGOS numerados (com números arábicos, romanos ou ordinais), os ITENS numerados em romanos, INCISOS em letras ou romanos e PARÁGRAFOS representados por § e se for mais de um numera-se com numerais ordinais . Conhecer as leis é fundamental e ter acesso a elas também. Vamos fazer um apanhado das principais leis, mas é importante que você recor- ra a lei quando necessário. A cada documento vamos colocar um link para ajudá-lo Segundo Di Dio “Direito Educacional é o conjunto de normas, princípios, leis e regula- mentos que versam sobre as relações de alunos, professores, administradores, especialistas e téc- nicos, enquanto envolvidos, mediata ou imedia- tamente, no processo ensino-aprendizagem.” Cada Estado e/ ou município está subme- tido à legislação federal, no entanto também está submetido à regulamentação regional, por isso, a secretaria da escola precisa organizar os arquivos referentes à legislação federal e as leis e pareceres ao qual está vinculado o município e estado onde a escola se situa. PRIVATIVA DA UNIÃO CONCORRENTE UNIÃO / ESTADOS/ DF COMUM A TODOS DOS MUNICÍPIOS Diretr izes e Bases da Educação Nacional E d u c a ç ã o , Cultura, Ensino e Desporto. Proporcionar: meios de acesso à cul- tura, à edu- cação e à ciência. Manter: pro- gramas de e d u c a ç ã o pré-escolar e ensino funda- mental (com c o o p e r a ç ã o da União e Estado) 36 CURSO PROFISSIONALIZANTE :. .: EAD 1. Em relação a fatos importantes no desenvolvimento do ensino no Brasil julgue os itens abaixo como Verdadeiros (V) ou Falsos (F) ( ) Durante duzentos e dez anos, o ensino Jesuíta foi responsável pela educação brasileira. ( ) A Reforma Pombalina substitui o sistema jesuítico e o ensino é delegado aos vice- reis nomeados por Portugal. ( ) Em 1824 é outorgada a Primeira Constituição Política do Império do Brasil e em seu artigo 179 diz que todo cidadão deve pagar pela sua instrução primária. ( ) A constituição de 1891 trouxe avanços e o congresso Nacional ficou como responsável pelo Ensino Primário e Secundário. ( ) Em 1934, a constituição passa a atribuir ao Governo Federal a tarefa de fixar as diretrizes da Educação nacional e criou o conselho Nacional de Educação(CNE). ( ) Em 1946, o Brasil promulga outra Constituição e há uma nova ênfase na universalização do ensino primário, desta vez cabia não apenas ao Estado, mas à família e à sociedade compartilhar da responsabilidade do ensino. ( ) A constituição de 1946 criou as bases para a primeira LDB: Lei 4024/61. ( ) Em 1967, o Brasil promulga outra Constituição que amplia a obrigatoriedade do ensino fundamental de 7 para 10 anos. ( ) Em 1971, foi constituída a Lei 5.692, a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, e nela a formação educacional tem evidenciado o ensino profissionalizante. ( ) O Projeto de Lei do Senador Darcy Ribeiro deu origem a lei 4024/61. 2 - A forma sistêmica de educação no Brasil iniciou-se com o trabalho dos padres Jesuítas que vieram da Europa para realizar obras de caridade através do ensino numa terra ainda bastante desconhecida geográfica e culturalmente. A aristocracia não permitia que os jesuítas aplicassem seus conhecimentos pedagógicos para a elite, somente para os pobres e ignorantes, pois acreditava--se que a elite já dispunha de uma educação consistente oriunda das escolas europeias. O objetivo de Inácio de Loyola, fundador da Companhia de Jesus era: a) fundar várias escolas em todo o território brasileiro, educando o maior número de pessoas, independente de classe social e econômica. b) promulgar os valores religiosos das igrejas presentes na época; protestante e católica, porém, deveria dar ênfase nos dogmas da igreja católica, pois essa detinha o poder político. c) formar o exército de Cristo, sem se preocupar com o ensino pedagógico, mas sim com a formação cristã daqueles que não dispunham de nenhum valor educacional e cultural. d) realizar obras de caridade aos necessitados, educá-los e purificá-los do mal, combater a heresia e os rebeldes na Europa, adquirindo o maior número possível para o catolicismo. 3 – Complete as lacunas A estrutura do país é caracteriza pela ________________________. As orientações contidas nela são mais especificadas pelas ________________________e para estabelecerem os procedimentos delas são criados os ________________________. Exercícios de Fixação: Legislação Educacional I | m ód ul o I | 37 té cn ic o SE CR ET Á RI O E SC O LA R Unidade 2 Legislação de Ensino Brasileira Legislação Federal Começamos aqui as informações sobre leis que baseiam e gerem a Educação Brasileira. É muito importante que o secretário esco- lar conheça as leis, pois uma de suas funções é organizar coletâneas de Leis, pareceres, decre- tos, regulamentos, resoluções e outras normas relacionadas à escola, tais como circulares, por- tarias, avisos e despachos, observando a legis- lação aplicável a cada situação. Enfim, decifrar formalidades e exigências da legislação educa- cional garantindo, assim, a execução da legis- lação vigente. Neste módulo vamos estudar a Legislação Federal com algumasreflexões, faça suas anotações e bons estudos. 1. Constituição Federal (1988) Para conhecer a Constituição Federal ou Carta Magna integralmente acesse o site www. planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/constitui- çao.htm A Constituição de 1988 disciplinou a edu- cação no país, orientando Municípios, estados, Distrito Federal e União para o desenvolvimento de todo sistema educacional. Art. 205. A educação, direito de todos e de- ver do Estado e da família deve ser fomentada pela sociedade. Como objetivos da educação, temos o pleno desenvolvimento da pessoa, o preparo para o exercício da cidadania e a qualifi- cação para o trabalho. Reflexão - A colaboração da família na ação educativa é uma ocorrência nova nesta constituição. Este artigo nos garante que a educação de todos é um direitoe compete a família e ao Estado. Para tanto o Estado deve prover as ne- cessidades educacionais. Art. 206. O ensino será ministrado com base nos princípios de igualdade, liberdade, plu- ralismo de ideias e de concepções pedagógicas, gratuidade do ensino público, valorização dos profissionais do ensino e da educação escolar, gestão democrática, garantia de padrão de qua- lidade, piso salarial profissional nacional para os profissionais da educação escolar pública. Art. 207. As universidades gozam de auto- nomia didático-científica, administrativa e de gestão financeira e patrimonial. Reflexão - Em 19 de julho de 2010, foi publi- cado o Decreto nº 7.233 que dispõe sobre proce- dimentos orçamentários e financeiros relaciona- dos à autonomia universitária. Art. 208. O dever do Estado com a educa- ção será efetivado mediante a garantia de: ensi- no fundamental, obrigatório e gratuito inclusive para todos os que a ele não tiveram acesso na idade própria, progressiva extensão da obriga- toriedade e gratuidade e universalização ao en- sino médio; atendimento educacional especia- lizado aos portadores de deficiência, educação infantil as crianças com até 5 (cinco) anos de ida- de, acesso aos níveis mais elevados do ensino, oferta de ensino noturno regular, atendimento ao educando, no ensino fundamental, através de programas suplementares de material didático- -escolar, transporte, alimentação e assistência à saúde. Reflexão - O acesso ao ensino obrigatório e gratuito é direito público subjetivo, recensear os 38 CURSO PROFISSIONALIZANTE :. .: EAD educandos no ensino fundamental, fazer-lhes a chamada e zelar, junto aos pais ou responsáveis, pela frequência à escola. Baseados nos artigos acima, podemos dizer que a educação é uma obrigação do Estado e deve ser oferecida com qualidade. A Emenda Constitucional nº 59, de 11 de novembro de 2009 dá uma nova redação - edu- cação básica obrigatória e gratuita dos 4 (quatro) aos 17 (dezessete) anos de idade, assegurada inclusive sua oferta gratuita para todos os que a ela não tiveram acesso na idade própria, esta emenda deverá ser implementada progressiva- mente, até 2016, nos termos do Plano Nacional de Educação e com apoio técnico financeiro da União. Em 17 de novembro de 2011, foi publi- cado o Decreto nº 7.611, que dispõe sobre a educação especial, o atendimento educacional especializado. Art. 209. O ensino é livre à iniciativa privada desde que cumpra as normas gerais da educa- ção nacional e tenha autorização e avaliação de qualidade pelo Poder Público. Art. 210. Serão fixados conteúdos mínimos para o ensino fundamental, de maneira a asse- gurar formação básica comum e respeito aos valores culturais e artísticos, nacionais e regio- nais. O ensino religioso, de matrícula facultati- va, constituirá disciplina dos horários normais das escolas públicas de ensino fundamental. O ensino fundamental regular será ministrado em língua portuguesa. Art. 211. A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios organizarão em regi- me de colaboração seus sistemas de ensino. A União organizará e financiará o sistema federal de ensino e o dos Territórios, e prestará assistên- cia técnica e financeira ao Distrito Federal, aos Estados (ambos ensino fundamental e médio) e aos Municípios (ensino fundamental e na educa- ção infantil). Art. 212. A União aplicará, anualmente, nunca menos de dezoito, e os Estados, o Distrito Federal e os Municípios vinte e cinco por cento, no mínimo, da receita resultante de impostos, compreendida a proveniente de transferências, na manutenção e desenvolvimento do ensino. Art. 213. Os recursos públicos serão des- tinados as escolas públicas, podendo ser diri- gidos a escolas comunitárias, confessionais ou filantrópicas, definidas em lei, que comprovem finalidade não-lucrativa e apliquem seus exce- dentes financeiros em educação; assegurem a destinação de seu patrimônio a outra escola comunitária, filantrópica ou confessional, ou ao Poder Público, no caso de encerramento de suas atividades. Art. 214. Este artigo foi alterado pela Emenda Constitucional nº 59, de 11 de novem- bro de 2009 para - A lei estabelecerá o plano nacional de educação, de duração decenal, com o objetivo de articular o sistema nacional de educação em regime de colaboração e defi- nir diretrizes, objetivos, metas e estratégias de implementação para assegurar a manutenção e desenvolvimento do ensino em seus diversos níveis, etapas e modalidades por meio de ações integradas dos poderes públicos das diferentes esferas federativas que conduzam à erradicação do analfabetismo; universalização do atendi- mento escolar; melhoria da qualidade do ensi- no; formação para o trabalho e promoção huma- nística, científica e tecnológica do País. Legislação Educacional I té cn ic o SE CR ET Á RI O E SC O LA R | m ód ul o I | 39 I – Marque um x na resposta certa 1 - A educação é direito de todos e dever do Estado e da família, sendo promovida e incentivada com a colaboração da sociedade, visando ao pleno desenvolvimento da pessoa, seu preparo para o exercício da cidadania e sua qualificação para o trabalho. Com base nisso, a Constituição Federal estabelece que o ensino seja ministrado de acordo com determinados princípios, dentre os quais é correto citar: a) garantia de padrão de qualidade, e gestão democrática do ensino. b) igualdade de condições para o acesso à escola, devendo a permanência, ou não, ser avaliada conforme o rendimento individual. c) coexistência de instituições públicas e privadas, com unificação das concepções pedagógicas. d) valorização dos profissionais de ensino, e planos de carreira para o magistério público com piso salarial equivalente ao do setor privado. 2 - É assegurado pela Constituição Brasileira o direito ao ensino público e gratuito a todo cidadão de até 14 anos. Cabem as três esferas de governo - federal, estadual e municipal - garantir esse direito, definidas as atribuições de cada uma dessas esferas. Compete ao governo federal: a) selecionar o corpo docente, através de concurso público. b) repassar verbas aos Estados para programas de melhoria da qualidade de ensino. c) construir novos prédios nos Estados da Federação, destinados ao funcionamento de escolas. d) administrar com exclusividade o ensino profissionalizante, através das Escolas Técnicas Federais. 3 - Analise os seguintes princípios do ensino de acordo com a Constituição Federal. I.Coexistência de instituições públicas e privadas de ensino. II.Gratuidade do ensino público em estabelecimentos oficiais e gestão democrática do ensino público, na forma da lei, e garantia de padrão de qualidade. III.Igualdade de condições para o acesso e permanência na escola e liberdade de aprender, ensinar, pesquisar e divulgar o pensamento, a arte e o saber. IV.Pluralismo de ideias e de concepções pedagógicas. V.Valorização dos profissionais do ensino, garantido, na forma da lei, plano de carreira para o magistério público. A partir da análise, pode-se concluir que estão CORRETOS: a) apenas os itens I e IV. b) apenas os itens II, III e V.c) apenas os itens II e IV. d) todos os itens. 4 - A garantia de educação pelo Poder Público, de acordo com a Constituição Estadual, se dá mediante as seguintes formas, EXCETO: a) atendimento educacional especializado ao portador de deficiência, preferencialmente na rede regular de ensino, com garantia de recursos humanos capacitados e material e equipamentos públicos adequados e de vaga em escola próxima a sua residência. b) garantia de ensino fundamental, obrigatório e gratuito, inclusive para os que não tiveram acesso a ele na idade própria, em período de oito horas diárias no turno diurno. c) incentivo à participação da comunidade no processo educacional, na forma da lei, buscando a participação de familiares de alunos considerados menores infratores. d) oferta de programas específicos de atendimento à criança e ao adolescente superdotados, na forma da lei. II - Coloque V nas frases verdadeiras e F nas frases falsas ( ) - as Universidades gozam de autonomia didático-científica, administrativa e de gestão financeira e patrimonial, e obedecerão ao princípio da indissociabilidade entre ensino, pesquisa e extensão. ( ) - Segundo entendimento do Supremo Tribunal Federal, a gestão democrática do Exercícios de Fixação: 40 CURSO PROFISSIONALIZANTE :. .: EAD GABARITO Unidade 1 I – 1 A ; 2 B ; 3 D ; 4 C II – V F F V III - Segundo o artigo 205 da CF, a educação, direito de todos e dever do Estado e da família, será promovida e incentivada com a colaboração da sociedade, visando ao pleno desenvolvimento da pessoa, seu preparo para o exercício da cidadania e sua qualificação para o trabalho. Como afirma tal artigo, todos têm direito à educação, e a mesma compete ao Estado e à família. Daí, conclui-se que o Estado deve aparelhar-se para fornecer a todos os serviços educacionais, e que concorre a ele ampliar, cada vez mais, sua estrutura, de forma o usufruto de tal direito por todos, indistintamente, na sociedade. ensino público impõe a adoção da eleição para o provimento dos cargos de direção dos estabelecimentos de ensino público. ( ) - A Constituição Federal de 1988 estabelece que União, Estados, Distrito Federal e Municípios organizarão seus sistemas de ensino em regime de colaboração, cabendo aos municípios atuar, prioritariamente, no ensino fundamental e médio e, aos Estados, atuar, prioritariamente, nos ensinos médio e superior. ( ) - Em relação à vinculação de recursos de impostos para a educação, a CF de 1988 determina que no caso da União, será no mínimo 18% e dosEstados, Municípios e Distrito Federal será no mínimo 25% da receita resultante de impostos. III –Responda e justifique: 1 - Qual é a definição constitucional do direito à educação? Discorra sobre o tema. Legislação Educacional I | m ód ul o I | 41 té cn ic o SE CR ET Á RI O E SC O LA R Unidade 3 Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional - LEI Nº9.394/96 A LDB pode ser encontrada no endereço: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/ L9394.htm. A LDB foi promulgada em 20/12/1996 e es- tabelece as diretrizes e bases da educação nacio- nal , isto quer dizer que ela regulamenta o siste- ma de educação do Brasil. Ela é composta por 9 títulos, 5 capítulos, 5 sessões, 96 artigos, 73 parágrafos e 8 alíneas. Vamos falar um pouco de cada um dos 9 títulos: No Título I – Da Educação ( Art. 1) temos um artigo que trata da abrangência da educação, que passa pela família, escola e comunidade. No Título II - Dos Princípios e Fins da Educação Nacional ( Art. 2 e 3) temos dois ar- tigos que nos diz que a educação é dever da fa- mília e do Estado e deve ser inspirada nos prin- cípios de igualdade, liberdade e solidariedade entre outros e tem por finalidade o pleno de- senvolvimento do educando, seu preparo para o exercício da cidadania e sua qualificação para o trabalho. A educação é um processo amplo e visa ao pleno desenvolvimento do educando. O art. 3 nos corrobora o art. 206 da Constituição Federal informando que o ensi- no será ministrado com base nos princípios de igualdade, liberdade, pluralismo de ideias e de concepções pedagógicas, gratuidade do ensino público, valorização dos profissionais do ensi- no e da educação escolar, gestão democrática, garantia de padrão de qualidade, piso salarial profissional nacional para os profissionais da educação escolar pública, valorização da experi- ência extraescolar e vinculação entre a educação escolar, o trabalho e as práticas sociais. No Título III Do Direito à Educação e do Dever de Educar ( Art. 4 a 7) temos quatro arti- gos que nos mostra a obrigatoriedade do Estado em fornecer educação gratuita. Aqui o Art4. O item II foi modificado para universalização do ensino médio gratuito pela lei nº 12.061 de 2009. O item X foi incluído pela lei nº 11.700 de 2008 e nos garante a vaga na escola pública de educação infantil ou de ensino fundamental mais próxima de sua residência a toda criança a partir do dia em que completar 4 (quatro) anos de idade. O Art.5º fala que o acesso ao ensino fun- damental é direito público subjetivo, podendo qualquer cidadão, grupo de cidadãos, associa- ção comunitária, organização sindical, entidade de classe ou outra legalmente constituída ofere- cê-lo, e, que o Ministério Público pode acionar o Poder Público para exigi-lo. O Art. 6 foi modificado para É dever dos pais ou responsáveis efetuar a matrícula dos meno- res, a partir dos seis anos de idade, no ensino fundamental pela lei nº 11.114 de 2005 No Título IV - Da Organização da Educação Nacional ( Art. 8 a 20 ) os 13 artigos nos expõem que a União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios organizarão, em regime de colabora- ção, os respectivos sistemas de ensino. O Art. 12 diz que os estabelecimentos de ensino, terão a incumbência de:- elaborar e exe- cutar sua proposta pedagógica; administrar seu pessoal e seus recursos materiais e financeiros; assegurar o cumprimento dos dias letivos e ho- ras-aula estabelecidas; velar pelo cumprimento do plano de trabalho de cada docente; prover meios para a recuperação dos alunos de menor rendimento; articular-se com as famílias e a co- munidade, criando processos de integração da 42 CURSO PROFISSIONALIZANTE :. .: EAD sociedade com a escola; informar pai e mãe, conviventes ou não com seus filhos, e, se for o caso, os responsáveis legais, sobre a frequência e rendimento dos alunos, bem como sobre a exe- cução da proposta pedagógica da escola e no- tificar ao Conselho Tutelar do Município, ao juiz competente da Comarca e ao respectivo repre- sentante do Ministério Público a relação dos alu- nos que apresentem quantidade de faltas acima de cinquenta por cento do percentual permitido em lei. O Art. 20 enquadra as instituições privadas de ensino nas seguintes categorias: particulares em sentido estrito comunitárias, confessionais e filantrópicas. No Título V – Dos Níveis e das Modalidades de Educação e Ensino ( Art. 21 a 60 ) temos 5 capítulos e 40 artigos. Eles nos explicam que a educação escolar é composta pela educação básica, formada pela educação infantil, ensino fundamental e ensino médio e pela educação superior. As responsabilidades foram divididas, o Município cuidará da Educação Infantil, O Ensino fundamental será prioritariamente do Município, com auxilio do estado e o Ensino Médio é priori- dade do estado. Como modalidade da educação básica te- mos a Educação de Jovens e Adultos (art. 37), a Educação Profissional (art.39), a Educação Especial (art. 58), Educação Rural (art. 28) e Educação Indígena (art. 78). O Art. 24 nos relata que na educação básica a carga horária mínima anual será de oitocentas horas distribuídas por um mínimo de duzentos dias de efetivo trabalho escolar, excluído o tem- po reservado aos exames finais, quando houver. O Art. 26 informa que s currículos do ensi- no fundamental e médio devem ter uma base nacional comum, a ser complementada, em cada sistemade ensino e estabelecimento es- colar, por uma parte diversificada, exigida pelas características regionais e locais da sociedade, da cultura, da economia e da clientela e que na parte diversificada do currículo será incluído, obrigatoriamente, a partir da quinta série do en- sino fundamental, o ensino de pelo menos uma língua estrangeira moderna, cuja escolha ficará a cargo da comunidade escolar, dentro das possi- bilidades da instituição. O Art. 28 nos fala que na oferta de educa- ção básica para a população rural, os sistemas de ensino promoverão as adaptações necessá- rias à sua adequação as peculiaridades da vida rural e de cada região, especialmente nos con- teúdos curriculares e metodologias, na organi- zação escolar própria, incluindo adequação do calendário escolar as fases do ciclo agrícola e as condições climáticas e adequação à natureza do trabalho na zona rural. O Art. 29 nos diz que a educação infantil, primeira etapa da educação básica, tem como fi- nalidade o desenvolvimento integral da criança até cinco anos de idade em seus aspectos físico, psicológico, intelectual e social, complementan- do a ação da família e da comunidade. O Art. 32 nos mostra que o ensino funda- mental é obrigatório, com duração de 9 (nove) anos, gratuito na escola pública, iniciando-se aos 6 (seis) anos de idade, terá por objetivo a forma- ção básica do cidadão. Também neste artigoV§ 6º podemos ver que o estudo sobre os símbolos nacionais será incluído como tema transversal nos currículos do ensino fundamental. Vemos no Art. 35 que o ensino médio é etapa final da educação básica e deve ter uma duração mínima de três anos. A educação profissional técnica de nível mé- dio está no Art. 36-B e será desenvolvida articu- lada com o ensino médio ou subsequente, em cursos destinados a quem já tenha concluído o ensino médio A educação de jovens e adultos será desti- nada àqueles que não tiveram acesso ou conti- nuidade de estudos no ensino fundamental e médio na idade própria está no Art. 37. No Art. 39 encontramos a educação profis- sional e tecnológica, que integra-se aos diferen- tes níveis e modalidades de educação e às di- mensões do trabalho, da ciência e da tecnologia Art. 43. Nos mostra que a educação supe- rior tem por finalidade estimular a criação cultu- ral e o desenvolvimento do espírito científico e do pensamento reflexivo; - formar diplomados nas diferentes áreas de conhecimento aptos Legislação Educacional I té cn ic o SE CR ET Á RI O E SC O LA R | m ód ul o I | 43 para a inserção em setores profissionais e para a participação no desenvolvimento da socieda- de brasileira, incentivar o trabalho de pesquisa e investigação científica e promover a divulgação de conhecimentos culturais, científicos e técni- cos que constituem patrimônio da humanidade. A educação especial está no Art. 58 e 59. Entende-se por educação especial, para os efei- tos desta Lei, a modalidade de educação escolar, oferecida preferencialmente na rede regular de ensino para educandos portadores de neces- sidades especiais, a partir da educação infantil, indicando assim condições de inclusão e cons- cientização da necessidade escolar das crianças de zero a 5 anos de idade. No Título VI – Dos Profissionais da Educação (Art. 61 a 67) temos sete artigos e 11 incisos e nele vemos que a formação de pro- fissionais da educação, de modo a atender aos objetivos dos diferentes níveis e modalidades de ensino e as características de cada fase do desenvolvimento do educando, terá como fun- damentos a associação entre teorias e práticas, inclusive mediante a capacitação e o aprovei- tamento da formação e experiências anteriores em instituições de ensino e outras atividades. No Art. 62. Ficamos sabendo que a forma- ção de docentes para atuar na educação básica far-se-á em nível superior, em curso de licen- ciatura, de graduação plena, em universidades e institutos superiores de educação, admitida, como formação mínima para o exercício do ma- gistério na educação infantil e nas quatro primei- ras séries do ensino fundamental, a oferecida em nível médio, na modalidade Normal. No Título VII –Dos Recursos Financeiros. (Art. 68 a 77) Os 10 artigos, 26 incisos e 12 pa- rágrafos nos conta sobre os recursos públicos da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios aplicados na educação . No ar Art. 69 está escrito que a União aplicará, anualmente, nunca menos de dezoito, e os Estados, o Distrito Federal e os Municípios, vinte e cinco por cento, ou o que consta nas respectivas Constituições ou Leis Orgânicas, da receita resultante de impostos, compreendidas as transferências constitucionais, na manutenção e desenvolvi- mento do ensino público. No Título VIII – Das Disposições Gerais. (Art. 78 a 86) Os nove artigos, nove incisos e seis parágrafos nos fala sobre o atendimento edu- cacional indígena. No art.79B informa que o ca- lendário escolar incluirá o dia 20 de novembro como ‘Dia Nacional da Consciência Negra. Já o Art. 80. Nos fala sobre o incentivo ao ensino a distância e o Art. 82 fala sobre as normas de rea- lização de estágio nas instituições de ensino. No Título IX – Das Disposições Transitórias. (Art. 87 a 92) Temos seis artigos, quatro incisos e oito parágrafos. O Art. 87. institui a Década da Educação a partir da publicação desta lei. Neste mesmo artigo § 3º III nos informa que o Estado deverá realizar programas de capacitação para todos os professores em exercício, utilizando também, para isto, os recursos da educação a distância; Muitas coisas mudaram de 1996 para cá. Algumas já foram colocadas no apanhado aci- ma, outras não. Por isso é importante que você sempre se atualize. Abaixo relacionamos algumas alterações desta lei. Leis Nºs 9.475/97; 9.536/97; 3.860/01;10.287/01); 10.320/01; 10.639/03; 10.709/03 10.793/03 e 11.114/05;11.183/05; 11.274/06; 11.330/06; 11.331/06; 11.632/07; 15.525/07; 11.645/08; 11.684/08; 11.700/08; 11.741/08; 11.769/08; 11.788/08; 12.013/09; 12.014/09; 12.020/2009; 12.056/09; 12.061/09; 12.416/11; 12.472/11. Pesquisa Faça uma pesquisa sobre as novas altera- ções da Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional 9394/96. 44 CURSO PROFISSIONALIZANTE :. .: EAD 1 - De acordo com a Lei no 9.394, de 20 de dezembro de 1996, a educação básica é formada por diversas etapas.Na listagem a seguir, anote com a letra V as etapas verdadeiras e com a letra F as falsas. ( ) Educação superior ( ) Ensino médio ( ) Ensino supletivo ( ) Educação infantil ( ) Ensino fundamental Assinale a alternativa que apresenta a sequência CORRETA, de cima para baixo. a) F–V–F–V–V c) F–F–F–V–V b) V–V–F–F–V d) V–V–V–F–V 2 - A Lei 9394/96 define a educação como dever da família e do Estado, tendo porfinalidade o pleno desenvolvimento do educando, seu preparo para o exercício da cidadania e sua qualificação para o trabalho. Os seguintes princípios concernentes ao desenvolvimento do ensino, segundo esta Lei, estão corretos, EXCETO: a) Igualdade de condições para o acesso e permanência na escola. b) Liberdade de aprender, ensinar, pesquisar e divulgar a cultura, o pensamento, a arte e o saber. c) Coerência de ideias e de concepções pedagógicas. d) Valorização do profissional da educação escolar. 3 - Devem constar na parte diversificada dos currículos dos ensinos fundamental e médio, conforme determina a LDB, a oferta do ensino de uma língua estrangeira moderna, obrigatoriamente, a partir da a) quinta série do ensino fundamental. b) sétima série do ensino fundamental. c) primeira série do ensino médio. d) segunda série do ensino médio. 4 - Sobre a Lei Federal 9394/96, Seção II “Da Educação Infantil”. “Art. 29. A educação infantil, primeira etapa da educação básica, tem como finalidade o desenvolvimento integral da criança de até _______ de idade em seus aspectos físico, psicológico, intelectual e social,complementando a ação da família e da comunidade.” Assinalea alternativa que completa corretamente a lacuna acima: a) 4 anos. b) 5 anos. c) 6 anos. d) 7 anos. 5 - Em conformidade com a Constituição Federal, a atual LDB (Lei 9394/96) define a gestão democrática como um dos princípios do ensino público no país. São aspectos previstos na LDB para assegurar o cumprimento desse princípio: I. Participação dos profissionais da educação na elaboração do projeto pedagógico da escola. II. Eleição direta para escolha dos dirigentes de escolas públicas, a ser implantada progressivamente em todo o sistema público de educação básica. III. Valorização das associações de pais e mestres e estímulo à sua interação com a direção da unidade escolar. IV. Participação das comunidades escolar e local em conselhos escolares ou equivalentes. As afirmativas CORRETAS são: a) I e II. b) I, II e IV. c) I, III e IV. d) I e IV. 6 - São modalidades de ensino contempladas pela educação básica. I. Educação de jovens e adultos II. Educação especial III. Educação indígena IV. Educação profissional V. Educação rural A partir dessa análise, pode-se concluir que estão CORRETOS a) apenas os itens I, II e V. b) apenas os itens III, IV e V. c) apenas os itens I , II e III. d) todos os itens. 7 - Analise a seguinte informação. Os sistemas de ensino assegurarão aos educandos com necessidades especiais: I. currículos, métodos, técnicas, recursos educativos e organização específicos, para atender as suas necessidades; Exercícios de Fixação: Legislação Educacional I té cn ic o SE CR ET Á RI O E SC O LA R | m ód ul o I | 45 II. terminalidade específica para aqueles que não puderem atingir o nível exigido para a conclusão do ensino fundamental, em virtude de suas deficiências, e aceleração para concluir em menor tempo o programa escolar para os superdotados; III. professores com especialização adequada em nível médio ou superior, para atendimento especializado, bem como professores do ensino regular capacitados para a integração desses educandos nas classes comuns; IV. educação especial para o trabalho, visando a sua efetiva integração na vida em sociedade, inclusive condições adequadas para os que não revelarem capacidade de inserção no trabalho competitivo, mediante articulação com os órgãos oficiais afins, bem como para aqueles que apresentam uma habilidade superior nas áreas artística, intelectual ou psicomotora; V. acesso igualitário aos benefícios dos programas sociais suplementares disponíveis para o respectivo nível do ensino regular. A partir dessa análise, pode-se concluir que: a) apenas o item I está correto. b) apenas os itens I, II e V estão corretos. c) apenas os itens III, e IV estão corretos. d) todos os itens estão corretos. 8 - Segundo a Lei de Diretrizes e Bases da EducaçãoNacional, o ano letivo, independente do ano civil, terá no mínimo: a) 200 dias e 800 horas, de efetivo trabalho escolar,excluído o tempo reservado aos exames finais quando houver. b) 210 dias e 840 horas, de efetivo trabalho escolar,excluído o tempo reservado aos exames finais quando houver. c) 190 dias e 760 horas, de efetivo trabalho escolar,excluído o tempo reservado aos exames finais quando houver. d) 180 dias e 720 horas, de efetivo trabalho escolar, excluído o tempo reservado aos exames finais quando houver. 9 - As Leis 11.114/05 e 11.274/06, ao alterarem dispositivosda Lei de Diretrizes e Bases da EducaçãoNacional, dispuseram que o Ensino Fundamental tem matrícula obrigatória a partir de: a) 7 anos de idade e duração de 9 anos. b) 7 anos de idade e duração de 8 anos. c) 6 anos de idade e duração de 9 anos. d) 6 anos de idade e duração de 8 anos. 10 - De acordo com o Art. 12 da Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, os estabelecimentos de ensino, respeitadas as normas comuns e as do seu sistema de ensino, terão a incumbência de: a) Baixar normas complementares para definição do currículo escolar básico. b) Autorizar a oferta de cursos destinados a jovense adultos. c) Assumir, com prioridade, o transporte escolar de seus alunos. d) Informar os pais e responsáveis sobre a frequência e o rendimento dos alunos. 11 – Conforme o Art. 2º da LDB - Lei 9394/96, leia: A educação, ___________________, inspirada nos princípios de liberdade e nos ideais de solidarie- dade humana, tem por finalidade o pleno desenvol- vimento do educando, seu preparo para o exercício da cidadania e sua qualificação para o __________. Assinale a alternativa que completa correta- mente as lacunas acima respectivamente: a) Dever da família e da comunidade – aprendizado. b) Dever da comunidade – mercado profissional. c) Dever da sociedade e integralmente da família – trabalho. d) Dever da família e do Estado – trabalho. 12 – O ensino é ministrado em um dos princípios apresentados abaixo, de acordo com a Lei 9394/96, exceto: a) Respeito à liberdade e apreço à tolerância. Bb Desvinculação entre a educação escolar, o trabalho e as práticas sociais. c) Garantia de padrão de qualidade. d) Valorização do profissional da educação escolar. 13 – Conforme o Art. 5º da Lei 9394/96-LDB, complete a lacuna abaixo: “Art. 5º. O acesso ao ensino fundamental é di- reito público subjetivo, podendo qualquer cidadão, grupo de cidadãos, associação comunitária, orga- nização indical, entidade de classe ou outra legal- mente constituída e, ainda, o(a) _________, acionar o Poder Público para exigí-lo.” a) Comunidade. c) Ministério Público. b) Município. d) Estado. 46 CURSO PROFISSIONALIZANTE :. .: EAD 14– Conforme a Lei Federal 9394/96, título IV “Da Organização daEducação Nacional”, Art. 20, não são consideradas como instituições de ensino privado: a) Confessionais. b) Particulares em sentido amplo. c) Comunitárias. d) Filantrópicas. 15 – Segundo a LDB (Lei 9394/96), compete ao Estado uma série de deveres com relação à educação escolar pública, os quais deverão ser efetivados mediante a garantia de algumas ações. Qual das alternativas corresponde a um dever do Estado? a) Efetuar a matrícula dos menores a partir dos seis anos de idade no ensino fundamental. b) Assegurar o cumprimento dos dias letivos e horas-aula estabelecidas. c) Oferecer ensino fundamental, obrigatório e gratuito, inclusive aos que não tiveram acesso na idade própria. d) Zelar pela aprendizagem dos alunos. Resolva os casos Para resolver os casos consulte este texto e a Internet. Leia atentamente os casos e Faça o que se pede: 1 - Um aluno com 28 anos de idade, solteiro e sem filhos, gozando de boa saúde, trabalha quatro horas diárias em empresa privada, conforme declaração do empregador apresentada pelo estudante no ato da matrícula, no curso de Educação de Jovens e Adultos (EJA) do período noturno de uma escola estadual. Considerando o que estabelece o § 3ºdo artigo 26 da Lei de Diretrizes e Bases da Educação (Lei9.394, de 20 de dezembro de 1996), com a redação que lhe foi dada pela Lei nº 10.793, de 1º de dezembro de 2003, pode-se afirmar que (A) O aluno é trabalhador e por isso está dispensado da prática de Educação Física. (B) aluno possui mais de 21 anos e, portanto, está dispensado da prática de Educação Física. (C) prática de Educação Física é facultativa a aluno trabalhador desde que tenha mais de 21 anos. (D) aluno trabalhador em questão está obrigado à prática de Educação Física. 2 - Iracema mudou-se com sua família para São Paulo e gostaria de matricular seus filhos em uma escola da rede regular de ensino, mas temia enfrentar algumas dificuldades, já que um de seus filhos possuía necessidades educacionais especiais.O Secretário da escola em que Iracema buscou orientações informou que a Lei nº 9.394/96 declara que a educação é dever da família e do Estado, inspirada nos princípios de liberdade e nos ideais de solidariedade humana, tem por finalidade o pleno desenvolvimento do educando, seu preparo para oexercício da cidadania e sua qualificação para o trabalho. Declara que o ensinoserá ministrado com base no princípio da igualdade de condições para o acesso à escola e permanência na mesma. Portanto, garante a todos o direito à educação e ao acesso à escola. Toda escola, assim reconhecida pelos órgãos oficiais como tal, deve atender aos princípios legais, não podendo excluir. (A) nenhuma pessoa em razão de sua origem, raça, sexo, cor, idade e deficiência. O atendimento educacional especializado para os alunos com necessidades educacionais especiais deve estar disponível em todos os níveis de ensino escolar, de preferência nas escolas comuns da rede regular. Este é o ambiente escolar mais adequado para se garantir o relacionamento dos alunos com seus pares de mesma idade cronológica e para a estimulação de todo o tipo de interação que possa beneficiar seu desenvolvimento cognitivo, motor e afetivo. (B) crianças em razão de sua origem, raça, sexo, cor e idade. O atendimento às crianças que têm necessidades educacionais especiais, por deficiências mentais, deve estar disponível nas chamadas “classesespeciais” e/ou nas instituições especializadas. Este é o ambiente escolar mais adequado para se garantir a estimulação necessária ao desenvolvimento cognitivo, motor e afetivo das crianças com deficiência mental. (C) crianças com deficiências auditivas, visuais e motoras. O atendimento educacional especializado será feito sempre em classes, escolas, ou serviços especializados, pois sempre é possível a substituição do ensino regular pelo especial. (D) crianças com deficiências auditivas, visuais e motoras. A Educação Especial é vista como a modalidade de ensino que pode substituir os Legislação Educacional I té cn ic o SE CR ET Á RI O E SC O LA R | m ód ul o I | 47 serviços educacionais comuns. As crianças e adolescentes que apresentam diferenças significativas têm direito de acesso à educação, em ambiente especializado e segregado, juntamente com seus pares da mesma idade cronológica e portadores da mesma deficiência. ser, preferencialmente, matriculadas em classes especiais e/ ou em instituições especializadas, portanto,segregadas. 3 - Um aluno do 3º ano do Ensino Médio decidiu que, devido à época do vestibular, faltaria nos últimos 15 (quinze) dias de novembro, porém este aluno já havia faltado 40 (quarenta) dias durante o ano letivo, totalizando 240 (duzentas e quarenta) horas letivas. Procurou o Secretário de escola para informar o motivo das faltas e solicitar o abono. O Secretário lhe informou que a atual Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional fixa a marca mínima de 200 (duzentos) dias letivos e 800 (oitocentas) horas letivas como um critério de distribuição da carga horária. Como consequência, o ano letivo não pode ser dado por encerrado sem que o número de horas letivas tenha sido cumprido. As escolas são responsáveis pelo controle de frequência dos alunos, que devem atender à normas do respectivo sistema de ensino e, obrigatoriamente, a exigência da frequência mínima de: (A) 75% (setenta e cinco por cento) do total da carga horária prevista. A lei determina que a verificação do rendimento escolar fica a cargo dos estabelecimentos, compreendendo “a avaliação do aproveitamento” e a“apuração da assiduidade”. A “verificação do rendimento” é um composto de dois aspectos a serem considerados concomitantemente: aproveitamento e assiduidade. (B) 85% (oitenta e cinco por cento) do total das horas letivas previstas. O controle da frequência contabiliza a presença do aluno nas atividades escolares programadas, das quais está obrigado a participar.Deste modo, a insuficiência revelada na aprendizagem pode ser objeto de correção, pelos processos de recuperação a serem previstos no regimento escolar,mas as faltas, não, pois não há compensação de ausências. Se o aluno ultrapassar o limite de faltas previstas na legislação, estará reprovado no período letivo correspondente. A freqüência de que trata a lei deve ser apurada sobre a carga específica de cada componente curricular. (C) 75% (setenta e cinco por cento) do total de horas letivaspara aprovação, não existindo a figura do abono para ausências. O aluno tem o direito de faltar, não importando qual seja o motivo até o total máximo de25% (vinte e cinco por cento) das aulas dadas durante o ano. Estas normas devem constar dos regimentos escolares e devem ser de conhecimento dos alunos. A apuração da freqüência dos alunos deve ser realizada “pelo total de horas letivas” e não mais por disciplina. No entanto, não se pode excluir nenhuma disciplina ou componente curricular do cômputo da frequência, desde que ela faça parte da base curricular. (D) 75% (setenta e cinco por cento) do total de horas letivas para aprovação, existindo a figura do abono para ausências. O aluno tem o direito de faltar, não importando qual seja o motivo até o total máximo de25% (vinte e cinco por cento) das aulas dadas durante o ano e além do limite descrito só pelo abono por motivo de saúde. Estas normas devem constar dos regimentos escolares e devem ser de conhecimento dos alunos. A apuração da freqüência deve ser realizada “pelo total de horas letivas por disciplina”, excluindo a freqüência em Educação Física. (E) 75% (setenta e cinco por cento) do total de horasletivas. A verificação do rendimento escolar, na educação básica, conjuga dois elementos: “a avaliação do aproveitamento e a apuração da assiduidade,relativamente a cada disciplina, área de estudo ou atividade”. A frequência mínima está relacionada com a verificação da aprendizagem. A exigência da freqüência sustenta-se no reconhecimento de que, sem a regular participação do aluno nas atividades programadas, não se pode esperar a sua efetiva aprendizagem. 48 CURSO PROFISSIONALIZANTE :. .: EAD GABARITO 1- A; 2 – C ; 3 – A ; 4 – B ; 5 – D ; 6 – D ; 7 – D; 8 – A; 9 – C; 10 – D; 11 – D; 12 – B; 13 – C; 14 – B; 15 - C. Respostas dos casos: 1 – D; 2 – A; 3 – C. Legislação Educacional I | m ód ul o I | 49 té cn ic o SE CR ET Á RI O E SC O LA R Unidade 4 Lei Nº10.172/01 Plano Nacional de Educação (portal.mec.gov.br) O Plano Nacional de Educação (PNE) esbo- ça diretrizes e metas para a Educação no Brasil e tem prazo de até dez anos para que todas elas sejam cumpridas. O PNE foi transformado em lei em 9 de janeiro de 2001. Dez anos se passaram, e um novo PNE foi criado e terá vigência de 2011 a 2020. Neste novo PNE temos dez diretrizes e 20 metas. As diretrizes são: I - erradicação do analfabetismo; II - universalização do atendimento escolar; III- superação das desigualdades educacionais; IV - melhoria da qualidade do ensino; V - formação para o trabalho; VI - promoção da sustentabilidade sócio - ambiental; VII - promoção humanística, científica e tec- nológica do País; VIII - estabelecimento de meta de aplicação de recursos públicos em educação como pro- porção do produto interno bruto; IX - valorização dos profissionais da educa- ção; e X - difusão dos princípios da equidade, do respeito à diversidade e a gestão democrática da educação. O plano também define metas e estratégias para alcançá-las. Entre elas temos : Para os estudantes • Universalizar o atendimento escolar da população de 4 e 5 anos, o ensino fundamental de nove anos para toda população de 6 a 14 anos e o atendi- mento escolar para toda a população de 15 a 17 anos; • Atender aos estudantes com defici- ência, transtornos globais do desen- volvimento e altas habilidades ou superdotação na rede regular de ensi- no para a população de 4 a 17 anos; • Alfabetizar todas as crianças até, no máximo, os oito anos de idade; • Oferecer educação em tempo integral em 50% das escolas públicas de educa- ção básica. Para o país • Atingir IDEB 4,6 para os anos iniciais do ensino fundamental, 3,9 para os anos finais do ensino fundamental e 3,7 para o ensino médio; • Elevar a escolaridade média da popula-ção de 18 a 24 anos de modo a alcançar mínimo de 12 anos de estudo; • Elevar a taxa de alfabetização da popu- lação com 15 anos erradicando-a até 2020; • Oferecer, no mínimo, 25% das matrí- culas de educação de jovens e adul- tos na forma integrada à educação profissional; • Duplicar as matrículas da educação profissional técnica de nível médio; • Elevar a taxa bruta de matrícula na edu- cação superior para 50% e a taxa líqui- da para 33% da população de 18 a 24 anos e elevar a qualidade da educação superior pela ampliação da atuação de mestres e doutores nas instituições de educação superior para 75%, no míni- mo, do corpo docente em efetivo exer- cício, sendo, do total, 35% doutores. Para tanto Elevar gradualmente o nú- mero de matrículas na pós-graduação stricto sensu de modo a atingir a titu- lação anual de 60 mil mestres e 25 mil doutores. • Ampliar progressivamente o inves- timento público em educação até 50 CURSO PROFISSIONALIZANTE :. .: EAD atingir, no mínimo, o patamar de 7% do produto interno bruto do país. Para os Professores • Garantir, em regime de colaboração entre a União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios, que todos os professores da educação básica possu- am formação específica de nível supe- rior, obtida em curso de licenciatura na área de conhecimento em que atuam e formar 50% dos professores da educa- ção básica em nível de pós-graduação lato e stricto sensu; • Valorizar o magistério público da edu- cação básica a fim de aproximar o rendimento médio do profissional do magistério com mais de onze anos de escolaridade do rendimento médio dos demais profissionais com escolari- dade equivalente. • Assegurar, no prazo de dois anos, a existência de planos de carreira para os profissionais do magistério em todos os sistemas de ensino. Para os Diretores • Garantir, mediante lei específica apro- vada no âmbito dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, a nomeação comissionada de diretores de escola vinculada a critérios técnicos de mérito e desempenho e à participação da co- munidade escolar. 1 - O novo projeto de lei do Plano Nacional de Educação possui diretrizes para a Educação Nacional, entre elas NÃO é correta: a) Diminuir o analfabetismo em 50% b) Universalização do atendimento escolar; c) Superação das desigualdades educacionais; d) Melhoria da qualidade do ensino; e) Formação para o trabalho. 2 - O novo projeto de lei do Plano Nacional de Educação possui metas para a Educação Nacional, e elas estão direcionadas a: a) ministros, professores e estudantes b)estudantes, país, professores e diretores. c) estudantes, policiais, médicos e professores d) país, professores, inspetores e supervisores 3 – São metas para os estudantes no projeto de lei do Plano Nacional de Educação, EXCETO : a) Universalizar o atendimento escolar da população de 4 e 5 anos, o ensino fundamental de nove anos para toda população de 6 a 14 anos. b) Universalizar o atendimento escolar aos estudantes com deficiência, transtornos globais do desenvolvimento e altas habilidades ou superdotação na rede regular de ensino para a população de 4 a 17 anos. c) Alfabetizar todas as crianças até, no máximo, os oito anos de idade. d) Oferecer educação em tempo integral em 90% das escolas públicas de educação básica. 4 - O PNE constitui-se num documento que contémdiagnóstico, diretrizes e metas para todos os níveis e modalidades de ensino, para o magistério da educação básica, para financiamento e gestão da educação. Faça uma pesquisa na Internet e identifique e analise 2 (duas) políticas públicas implementadas pelo MEC para alcançar as metas do PNE . Exercícios de Fixação: GABARITO 1 – A; 2 – B; 3 – D; 4 – Livre Legislação Educacional I | m ód ul o I | 51 té cn ic o SE CR ET Á RI O E SC O LA R Unidade 5 Lei Nº8.069/90 Estatuto da Criança e do Adolescente Esta lei regulamenta o art. 227, da Constituição Federal, que diz que é dever da família, da sociedade e do Estado assegurar à criança, ao adolescente e ao jovem, com absolu- ta prioridade, o direito à vida, à saúde, à alimen- tação, à educação, ao lazer, à profissionalização, à cultura, à dignidade, ao respeito, à liberdade e à convivência familiar e comunitária, além de colocá-los a salvo de toda forma de negligên- cia, discriminação, exploração, violência, cruel- dade e opressão. (Redação dada Pela Emenda Constitucional nº 65, de 2010) Esta Lei nº 8.069 foi atualizada pela Lei nº 12.010, de 03 de agosto de 2009 Título I- Das Disposições Preliminares – Possui 4 artigos e dispõe sobre a proteção in- tegral à criança e ao adolescente e considera-se criança, para os efeitos desta Lei, a pessoa até doze anos de idade incompletos, e adolescente aquela entre doze e dezoito anos de idade. O Art. 4º nos diz que é dever da família, da comunidade, da sociedade em geral e do poder público assegurar, com absoluta prioridade, a efetivação dos direitos referentes à vida, à saú- de, à alimentação, à educação, ao esporte, ao lazer, à profissionalização, à cultura, à dignidade, ao respeito, à liberdade e à convivência familiar e comunitária. Título II- Dos Direitos Fundamentais – Esse título possui 5 capítulos. O capítulo I fala sobre o Direito à Vida e à Saúde. O Capítulo II nos diz sobre o Direito à Liberdade, ao Respeito e à Dignidade. O Capítulo III apresenta o Direito à Convivência Familiar e Comunitária. O Capítulo IV descreve o Direito à Educação, à Cultura, ao Esporte e ao Lazer. Capítulo V narra o Direito à Profissionalização e à Proteção no Trabalho. O Título III - Da Prevenção Esse título possui 2 capítulos. O Capítulo I mostra as Disposições Gerais. O Capítulo II narra sobre a Prevenção Especial. Logo depois temos uma parte especial com- posta por 7 títulos que nos fala sobre as políti- cas de atendimento, as medidas de proteção, a prática do ato infracional, das medidas perti- nentes a pais e responsáveis, do conselho tute- lar, do acesso à justiça e dos crimes e infrações administrativas 52 CURSO PROFISSIONALIZANTE :. .: EAD Consulte o ECA para responder as questões 1 - O Artigo 1º. do Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) dispõe sobre a proteção: (A) parcial à criança e ao adolescente. (B) integral à criança e parcial ao adolescente. (C) integral à criança e ao adolescente. (D) parcial à criança e integral ao adolescente. 2 - Com relação às disposições do ECA acerca da colocação da criança e do adolescente em família substituta, assinale a opção correta. (A) A colocação da criança em família substituta, na modalidade de adoção, constitui medida excepcional, preferindo- se que ela seja criada e educada no seio saudável de sua família natural. (B) A guarda destina-se a regularizar a posse de fato e, uma vez deferida pelo juiz, não pode ser posteriormente revogada. (C) Somente a adoção constitui forma de colocação da criança em família substituta. (D) O guardião não pode incluir a criança que esteja sob sua guarda como beneficiária de seu sistema previdenciário visto que a guarda não confere à criança condição de dependente do guardião. 3 – O ECA considera criança, para os efeitos desta Lei, a pessoa até ________ anos de idade incompletos, e adolescente aquela entre ________ e ________ anos de idade. (A) Doze, treze, dezoito (B) Doze, doze, dezoito (C) Onze, treze, dezessete (D) Nove, dez, vinte e um 4 - São direitos fundamentais estabelecidos pelo Estatuto da Criança e do adolescente I. Direito à vida e à saúde; II. Direito à prisão especial nos casos de privação de liberdade; III. Direito à liberdade, ao respeito e à dignidade. IV. Direito à Convivência Familiar e Comunitária. V .Direito à Educação, à Cultura, ao Esporte e ao Lazer. Marque abaixo a alternativa CORRETA.: (A) Todas as alternativas estão corretas. (B) Apenas a alternativa I está correta. (C) Apenas a alternativa II, III, IV e V estão corretas. (D) Apenasa alternativa I e III, IV e V estão corretas. Exercícios de Fixação: GABARITO 1 - C ; 2 - A ; 3 - B ; 4 - D Legislação Educacional I | m ód ul o I | 53 té cn ic o SE CR ET Á RI O E SC O LA R Unidade 6 Decretos, Deliberação, Pareceres, Portarias e Resoluções Federais Depois da Constituição e da lei temos os de- cretos, pareceres e resoluções. Decreto - é o ato de natureza administrativa cuja competência é privativa do presidente da República. Deliberação - é a norma geral e abstrata que trata de matéria atinente à organização e funcionamento do Sistema. Parecer - são documentos resultantes de análises técnicas sobre a eficácia de assuntos de interesse. São textos redigidos pelos relatores das comissões, para esclarecimentos da matéria submetida a estudo. É o voto do Relator sobre matéria de uma Câmara ou Comissão, devida- mente aprovado nessa instância. Portaria- São atos de abrangência ainda mais específica do que os decretos, cuja fina- lidade é atender assuntos específicos, quase que isoladamente do contexto administrativo. Exemplo: Nomeações. Resolução - São atos do legislativo ver- sando sobre os atos intrínsecos da sua área de atuação. Como secretário escolar você precisa conhe- cer cada um deles e organizá-los em um arquivo de maneira que possa consultá-los no estudo de casos que aconteçam na escola onde atua. Apresentamos os últimos Pareceres, e Resoluções Federais na área educacional: Pareceres • Parecer CNE/CEB nº 6/2010, aprova- do em 7 de abril de 2010 - Reexame do Parecer CNE/CEB nº 23/2008, que institui Diretrizes Operacionais para a Educação de Jovens e Adultos – EJA, nos aspectos relativos à duração dos cursos e idade mínima para ingresso nos cursos de EJA; idade mínima e certi- ficação nos exames de EJA; e Educação de Jovens e Adultos desenvolvida por meio da Educação a Distância. • Parecer CNE/CEB nº 4/2010, aprova- do em 9 de março de 2010 - Diretrizes Nacionais para a oferta de educação para jovens e adultos em situação de privação de liberdade nos estabeleci- mentos penais. Cada parecer de 2011 abaixo listado, versa sobre uma consulta feita ao Conselho Nacional de Educação. As respostas são pontuais, mas po- dem servir de consulta para casos particulares. • Parecer CNE/CEB nº 1/2011, apro- vado em 10 de fevereiro de 2011 – Educação Escolar Indígena. • Parecer CNE/CEB nº 2/2011, aprova- do em 1º de março de 2011 - Diretrizes Nacionais para os Planos de Carreira e Remuneração dos Funcionários da Educação Básica pública. • Parecer CNE/CEB nº 3/2011, aprova- do em 2 de março de 2011 - acúmulo de cargos de professores. • Parecer CNE/CEB nº 4/2011, aprova- do em 3 de maio de 2011 – Educação Profissional, art. 41 da LDBEN 9394/96 • Parecer CNE/CEB nº 5/2011, aprova- do em 5 de maio de 2011 - Diretrizes Curriculares Nacionais para o Ensino Médio. • Parecer CNE/CEB nº 6/2011, aprova- do em 1º de junho de 2011 - Reexame do Parecer CNE/CEB nº 15/2010 - po- líticas públicas para uma educação antirracista. • Parecer CNE/CEB nº 7/2011, remune- ração com recursos do FUNDEB.apro- vado aos Profissionais da Educação Infantil. • Parecer CNE/CEB nº 8/2011, aprova- do em 7 de julho de 2011 –férias e recesso em instituições de Educação Infantil. • Parecer CNE/CEB nº 9/2011, aprova- do em 30 de agosto de 2011 – Análise de proposta de fortalecimento e imple- mentação do regime de colaboração mediante arranjos de desenvolvimen- to da educação. 54 CURSO PROFISSIONALIZANTE :. .: EAD • Parecer CNE/CEB nº 10/2011, apro- vado em 5 de outubro de 2011 –ofer- ta de língua estrangeira nas escolas in- dígenas de Ensino Médio. • Parecer CNE/CEB nº 11/2011, apro- vado em 5 de outubro de 2011 – Escola Politécnica de Saúde Joaquim Venâncio (EPSJV) quer obter credencia- mento específico para oferta e certifi- cação de Ensino Fundamental e Ensino Médio na modalidade de Educação de Jovens e Adultos. • Parecer CNE/CEB nº 12/2011, apro- vado em 9 de novembro de 2011 – Aplicação do regime de intercomple- mentaridade à Educação Profissional Técnica de Nível Médio desenvolvi- da na forma integrada com o Ensino Médio, no Estado de São Paulo. • Parecer CNE/CEB nº 13/2011, apro- vado em 9 de novembro de 2011 – Revalidação dos diplomas de cursos técnicos e tecnológicos emitidos por instituições estrangeiras. • Parecer CNE/CEB nº 14/2011, apro- vado em 7 de dezembro de 2011 – Diretrizes para o atendimento de edu- cação escolar de crianças, adolescentes e jovens em situação de itinerância. • Parecer CNE/CEB nº 15/2011, apro- vado em 8 de dezembro de 2011 – Equivalência de estudos realizados no exterior, em nível de conclusão de Ensino Médio. Resoluções federais • Resolução CNE/CEB nº 1, de 14 de janeiro de 2010 - Define Diretrizes Operacionais para a implantação do Ensino Fundamental de 9 (nove) anos. • Resolução CNE/CEB nº 2, de 19 de maio de 2010 - Dispõe sobre as Diretrizes Nacionais para a oferta de educação para jovens e adultos em situação de privação de liberdade nos estabelecimentos penais. • Resolução CNE/CEB nº 3, de 15 de junho de 2010 - Institui Diretrizes Operacionais para a Educação de Jovens e Adultos nos aspectos relativos à duração dos cursos e idade mínima para ingresso nos cursos de EJA; idade mínima e certificação nos exames de EJA; e Educação de Jovens e Adultos desenvolvida por meio da Educação a Distância. • Resolução CNE/CEB nº 4, de 13 de julho de 2010 - Define Diretrizes Curriculares Nacionais Gerais para a Educação Básica. • Resolução CNE/CEB nº 5, de 3 de agosto de 2010 - Fixa as Diretrizes Nacionais para os Planos de Carreira e Remuneração dos Funcionários da Educação Básica pública. • Resolução CNE/CEB nº 6, de 20 de outubro de 2010 - Define Diretrizes Operacionais para a matrícula no Ensino Fundamental e na Educação Infantil. • Resolução CNE/CEB nº 7, de 14 de dezembro de 2010 - Fixa Diretrizes Curriculares Nacionais para o Ensino Fundamental de 9 (nove) anos. • Resolução CNE/CEB nº 1, de 10 de março de 2011 - Fixa normas de fun- cionamento das unidades de Educação Infantil ligadas à Administração Pública Federal direta, suas autarquias e fundações. Glossário Lei - “É norma geral, obrigatória, emanada da autoridade competente e imposta coativa- mente à obediência de todos; votada pelo le- gislativo e sancionada pelo Executivo, resulta de projeto que pode ser apresentado pelos mem- bros do Congresso Nacional e pelo Presidente da República, mediante sugestão que a este fazem os ministros de estado e presidentes de órgãos diretamente subordinados à Presidência da República.” • Portaria - É ato firmado por ministro de estado, secretário de estado, presiden- tes de serviços de repartições públicas, chefes, versando sobre nomeações, autorizações, transferências, licenças, instruções, ordens de serviços etc. A portaria tem data e número. • Regimento - É um conjunto de normas disciplinadoras, regentes e estabelece direito e obrigações e rege finalidades. • Regulamento - Documento oficial que explica o modo de executar um ato baixado; é um conjunto de normas cujo fim é esclarecer um texto legal, facilitando-lhe a execução. • Resolução - É ato deliberativo de as- sunto restrito, emanado de órgão co- legiado ou de grupos representativos: São os conselhos administrativos, de- liberativos, institutos de previdência, assembléias legislativas. Legislação Educacional I té cn ic o SE CR ET Á RI O E SC O LA R | m ód ul o I | 55 REFERÊNCIAS • BELLO, José Luiz de Paiva. Educação no Brasil: a História das rupturas. Pedagogia em Foco, Rio de Janeiro, 2001. Disponível em: <http://www.pedagogiaemfoco.pro.br/heb14. htm>. Acesso em dezembro de 2011. • BRASIL. Ministério da Educação e Cultura. Conselho Federal de Educação, Parecer no 853/71, C.E.Su. 1o e 2o graus, aprovado em 12 de novembro de 1971, IN: Documenta, Brasília : MEC, nov. 1971. • BRASIL. Ministério Educação.Secretaria de Educação Básica. Legislação • CURY, Carlos Roberto Jamil. Gestão democrática da educação: exigências e desafios. São Paulo : RBPAE v.18, n.2, jul/dez 2002, p.163 a 174. • ______. Legislação educacional brasileira. 2ª. ed. Rio de Janeiro: DP&A Editora, 2002. • DERMEVAL, Saviani. A nova lei da educação: trajetória, limites e perspectivas. 8ª .ed. rev. – Campinas, SP: Autores Associados, 2003. • DI DIO, Renato Alberto Teodoro. Contribuição à sistematização do direito educacional. Tese (Livre-docência) – Faculdade de Educação, Universidade de São Paulo, 1981. • FRANCISCO FILHO, Geraldo. A educação brasileira no contexto histórico. São Paulo: Alínea, 2001. • ______. Educação Básica. 3ª. ed. São Paulo: Pioneira Thomson Learning, 2002. • GRANZOTTO Alexandre José – Resumão de Direito Constitucional disponível em www. ResumosConcursos.com acessado em 26/12/2011 • LIMA, Lauro de Oliveira. Estórias da educação no Brasil: de Pombal a Passarinho. 3ª. ed. Rio de Janeiro: Brasília, 1969. 363 p. • MATOS, Luiz Alves de. Primórdios da Educação no Brasil - o período histórico (1549 - 1570). Rio de Janeiro, 1958. • MEIRELLES, Hely Lopes. Direito Administrativo Brasileiro. 27ª ed. São Paulo: Malheiros, 2002. • PILLETTI, Nelson. História da educação no Brasil. 6ª ed. São Paulo: Ática, 1996a. • ROMANELLI, Otaíza de Oliveira. História da Educação no Brasil: 1930 / 1973. 15ª ed. São Paulo: Vozes, 1993. 56 CURSO PROFISSIONALIZANTE :. .: EAD
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