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Atividade de Qualidade e Produtividade

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Esamc Santos - Engenharia Civil 
Atividade de Qualidade e Produtividade 
1) Se o Brasil possui um pacto pela excelência da gestão apresentado pelo FNQ e você como profissional de engenharia disserte sobre as falhas, principais causas, normas e padrões de não-conformidade que podem ser observados/detectados no caso da mineradora 'vale' em Mariana/MG. Leve em consideração todo seu conhecimento e estudos de engenharia.
As barragens que se romperam no dia 5 de novembro são a do Fundão e a de Santarém, que ficam no subdistrito de Bento Rodrigues, a 35 km do centro do município de Mariana, cidade histórica mineira a 124 km de distância de Belo Horizonte.
A mineradora Samarco, empresa fundada em 1977 que produz pequenas bolas de minério de ferro usadas na produção de aço é a proprietária das barragens. A Samarco é controlada pela Vale e pela anglo-australiana BHP Billiton. Ela opera em Minas Gerais e no Espírito Santo e é a 10ª maior exportadora do país. Após a tragédia, a empresa suspendeu as atividades de mineração na região. O governo de Minas embargou o licenciamento de funcionamento da empresa, que não pode extrair minério até o cumprimento de exigências de segurança.
As barragens continham lama resultante do rejeito da produção de minério de ferro. De acordo com a Samarco, o rejeito é composto, em sua maior parte, por areia e não apresenta nenhum elemento químico danoso à saúde. Segundo o Ibama (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis), a lama é composta principalmente por óxido de ferro e areia. A equipe técnica do Ministério Público coletou amostras da lama da barragem para verificar se ela é tóxica ou não. O parecer sobre a tragédia deve ficar pronto no começo de dezembro.
De acordo com o Ibama, o volume extravasado foi estimado em 50 milhões de metros cúbicos, quantidade que encheria 20 mil piscinas olímpicas. 
O subdistrito de Bento Rodrigues, em Mariana foi tomado pela lama que saiu das barragens e ficou devastado. A avalanche destruiu a maioria dos imóveis. 
A barragem do Fundão tinha licença válida até 2019, mas a mina Germano e a barragem de água Santarém estavam com as licenças de operação vencidas desde maio de 2013 e julho de 2013, respectivamente. A do Fundão passava por uma obra de alteamento para ampliar sua capacidade. O Ministério Público investiga se a obra tem alguma relação com o acidente.
O Ministério Público de Minas Gerais abriu um inquérito, conduzido por cinco promotores, para apurar as causas e responsabilidades. "Nenhuma barragem se rompe por acaso, isso não é uma fatalidade. Precisamos de rigor nesta apuração", afirmou o promotor Carlos Eduardo Ferreira Pinto. A Polícia Civil e a Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável também devem investigar o caso. A Samarco informou que contratou dois especialistas canadenses para ajudar nas investigações.
O Ibama (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis) aplicou uma multa de R$ 250 milhões. São cinco autos de infração no valor de R$ 50 milhões cada. A Samarco foi autuada por poluir rios, tornar áreas urbanas impróprias para ocupação humana, causar interrupção do abastecimento público de água, lançar resíduos em desacordo com as exigências legais, provocar a morte de animais e a perda da biodiversidade ao longo do rio Doce, colocando em risco à saúde humana.
A presidente Dilma Rousseff (PT) classificou a multa como preliminar, dando a entender que outras punições podem acontecer. O Ibama informou que os dirigentes da Samarco foram notificados e terão 20 dias para pagar as multas com 30% de desconto ou recorrer administrativamente. 
A lama seguiu pelo rio Doce, passando por várias cidades de Minas Gerais e do Espírito Santo. No município capixaba de Linhares, ela desemboca no mar. 
2) O incidente/acidente "Mariana" afeta a produtividade dos setores produtivos, públicos, privados e sociais? Descreva.
Mais de 600 pessoas ficaram desabrigadas e foram resgatadas pelo Corpo de Bombeiros. Eles abandonaram as casas e fugiram para partes altas do distrito, mas afirmaram que nenhum sinal de alerta foi emitido. A Samarco admitiu que avisou moradores somente por telefone.
Os desabrigados estão hospedados em hotéis e pousadas da região. O governo federal liberou o saque do FGTS aos atingidos pelo desastre. 
Seis localidades de Mariana, além de Bento Rodrigues, foram atingidas. O detrito das barragens tomou conta, por exemplo, do rio Gualaxo e chegou ao município de Barra Longa, a 60 km de Mariana e a 215 km de Belo Horizonte. 
Como a lama também chegou ao rio Doce, o abastecimento de água foi interrompido em municípios mineiros como Governador Valadares e em municípios do Espírito Santo.
Até o momento, sete corpos foram identificados. 
De acordo com a Prefeitura de Mariana, há três corpos ainda não identificados, e são 18 os desaparecidos. Bombeiros estão fazendo varreduras nas áreas atingidas, com o apoio de cães farejadores.

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