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5
FAESP – FACULDADE EVANGÉLICA DE SÃO PAULO
	
	
RESUMO 
São Paulo 
 2020
EMÍLIO LEOCÁDIO JR
A VIAGEM DE JONAS
	Resumo apresentado em cumprimento das exigências da disciplina de Escatologia, 3º Ano, 2º Semestre, do curso de Bacharel em Teologia, da FAESP – Faculdade Evangélica de São Paulo, sob orientação do Prof. Esp. Sergio Moreira dos Santos.
São Paulo 
2020
A VIAGEM DE JONAS
1. Introdução
O livro de Jonas narra a surpreendente história do profeta que recebeu uma mensagem da parte de Deus, a qual lhe ordenara que dirigisse à cidade de Nínive para pregar juízo àquele povo a fim de livrá-lo da iminente destruição. Imbuído por sentimentos nacionalistas e certo da misericórdia de Deus para com aquele povo ímpio, o profeta decide desobedecer a essa ordem, empreendendo fuga para outra região.
Jonas encontrou uma embarcação no porto de Jope e comprou uma passagem para Társis, região situada a quilômetros de distância de Nínive. Deus, por meio de atos poderosos, deu início a ações corretivas para que Jonas cumprisse sua obrigação. O Senhor enviou uma tempestade que ameaçou a vida da tripulação, na qual o profeta admitiu ser ele a causa de tal infortúnio, portanto, atiraram-no ao mar. Em seguida, um grande peixe foi utilizado por Deus como instrumento para poupar este rebelde, o qual engolindo-o fez de seu ventre uma provisória morada, na qual a pós três longos dias e três noites o vomitou em terra seca.
Após esses eventos, Jonas tevivera outra chance de profetizar ao povo de Nínive, o que o fez valendo-se apenas uma pequena frase que se tornou a pregação mais eficaz registrada nas Escrituras, pois o povo inteiro se converteu. 	
Devido à escassez de fontes bíblicas e pela ausência de registro detalhado sobre o tema, este estudo visa demostrar, de forma superficial e suscinta, o percurso que Jonas fez desde seu chamado inicial em sua terra natal até a segunda viagem aos domínios ninivitas.
2. Contexto histórico
Devido a narrativa que abarca toda história do grande peixe, muitos autores e críticos rejeitam a historicidade do livro de Jonas, classificando-o como literatura fictícia, parábola ou alegoria. Esses estilos literários são contrários ao que o Senhor Jesus pregou nos Evangelhos (Mt 12, 39-41), pois ao se referir a Jonas, conferiu um caráter histórico ao livro. A seguir serão apresentados alguns elementos que demonstram o fundo histórico deste livro.
2.1 Jonas
Jonas era natural de Gate-Hefer, onde viveu sob o reinado de Jeroboão II (793-753 a.C.). Além de profeta era um estadista que ajudou a recuperar parte dos territórios de Israel. Esse pode ser um dos motivos pelo qual ele se recusava a pregar em Ninive. Pois, como se tratava de um nacionalista convicto, infere-se que esta ação podia ser entendida como um ato de traição perante seus compatriotas. 
2.2 Nínive
O império Assírio dominou o antigo oriente por cerca de trezentos anos (900-605 a.C), e representou uma ameaça significativa aos israelitas no século IX a.C. Israel fazia parte da coalizão ocidental que se opunha às tentativas de Shalmaneser III de se expandir para a região do Mediterrâneo. Nínive foi a capital da Assíria, localizada no rio Tigre, a mais de seiscentas milhas acima do Golfo Pérsico. Na época de Jonas, era uma das principais áreas metropolitanas da Assíria, com uma circunferência de pouco menos de três quilômetros. Esta cidade era reconhecida pela agressividade e requintes de crueldade que praticava.
2.3 Társis
Társis era o ponto geográfico mais conhecido. Embora sua localização exata seja desconhecida, alguns acreditam que foi no sul da Espanha, embora outros tenham favorecido Cartago no norte da África. Tratava-se de um porto do Mediterrâneo ocidental conhecido por seu comércio de exportação.
 2.4 Jope
Jope está localizado ao sul da moderna Tel Aviv, no Mediterrâneo. Esta cidade portuária é mencionada em textos egípcios e fenícios. Durante o período monárquico, estava frequentemente sob o controle da cidade filisteia de Ascalon. Os navios mercantes deste porto eram de vários tamanhos e tinham em média uma velocidade de dois a quatro nós. No dia de Salomão os navios que iam para Társis não voltariam por três anos. 
3. Percurso da viagem
De acordo com a narrativa bíblica – a qual não fornece dados precisos quanto à localização - Jonas deveria ter saído de Jerusalém para Nínive (Atual Mossul no Iraque), cobrindo uma distância de aproximadamente 884,72 km. Este trajeto pode ser representado no mapa abaixo.
Devido à desobediência, Jonas dirigiu-se para Jope - conhecida atualmente como Jaffa e em 1950 incorporada a Tel-Aviv em Israel - onde existe até hoje um porto marítimo, o atual Jaffa Port. Esta trajetória poderia ser realizada em uma caminhada inicial de 51,93 km.
Após longa caminhada, Jonas embarca em um navio para Társis, um porto fenício na Espanha, localizado entre os dois estuários do rio Guadalquivir. Sanlúcar de Barrameda é atual cidade de Társis na província de Cádiz. A distância entre os dois pontos é de aproximadamente 3.778 km.
Passado o período de reflexão e reconciliação com Deus, o grande peixe arremessa Jonas na costa. Este é um ponto sem referencial bíblico quanto a localização. Alguns estudiosos sugerem um local que pode servir de referência, trata-se da cidade síria de Latakia. Deste ponto na Síria até o destino divinamente indicado de Nínive são 663,09 km.
Este mapeamento do percurso que Jonas fez desde seu ponto inicial até Nínive nos revela que o tempo desprendido para cumprir a ordem de Deus foi muito maior do que realmente deveria ser, se o profeta fosse obediente.
 4. Conclusão
O livro de Jonas nos ensina como Deus transforma a desobediência do ser humano, independentemente do caminho que se escolhe seguir. Isto fica evidentemente demostrado nas atitudes desse profeta que, além de desobediente, trazia consigo sentimentos egoístas sem considerar a vontade de Deus. 
Além disso, essa narrativa demonstra o quanto é reconfortante saber que Deus não nos abandona em nossas escolhas, mas como Pai que é, nos retira do caminho equivocado que tomamos, mesmo que seja necessário enviar uma tormenta em nossas vidas.
Outra mensagem importante que o texto transmite é sobre a tolerância e a solidariedade, revelando que não devemos fugir do diálogo, pois Deus está presente em todas as culturas e estende a graça salvadora a todos. A verdadeira conversão se baseia em seguir um caminho ético e abandonar a injustiça. 
No final, os ninivitas não se converteram verdadeiramente, mas se arrependeram. Isso nos faz refletir que o resultado da pregação não é o mais importante, e sim o caminho que se pretender seguir após conhecer a verdade. Pois é ela que liberta e muda a trajetória de nossas vidas por intermédio do Espírito.
5. Bibliografia
BÍBLIA. Português. Bíblia Sagrada. Edição Corrigida e Revisada Fiel: Referências, Concordâncias, Mapas. São Paulo: Sociedade Bíblica Trinitariana do Brasil, 2007.
HALLEY, Henry, H. Manual Biblico: Edicao Revista e Ampliada (NVI). Sao Paulo: Vida, 2002. Trad. Gordon Chown. Titulo Original em ingles: Halley’s Bible Handbook WithThe New Internation Version.
JORNAL DA ASSEMBLÉIA. O percurso de Jonas. Disponível em: <http://jornal-da-assembleia.blogspot.com/2015/02/o-percurso-de-jonas.html>, Acesso em 20 de Ago de 2020.