Baixe o app para aproveitar ainda mais
Esta é uma pré-visualização de arquivo. Entre para ver o arquivo original
NEUROANATOMOFISIOLOGIA ROTEIRO DE ESTUDOS 2 UNIDADE 3 Sistema sensorial e atividades mentais FISIOLOGIA DO SISTEMA NERVOSO AUTÔNOMO O sistema nervoso autônomo (SNA) é de fundamental importância para sobrevivência, regula a circulação, homeostase, respiração, digestão, metabolismo, temperatura corporal, secreções e a reprodução. O SNA possui vias aferentes e eferentes, com informações oriundas dos receptores e reguladas por um processamento central (hipotálamo, sistema límbico, formação reticular e medula espinhal (ME). Os receptores do SNA incluem os mecanorreceptores respondem a pressão e à distensão. Sabe quando você sente vontade de fazer xixi? É devido a esses receptores que recebem o estímulo de distensão da bexiga. Ainda há os quimiorreceptores sensíveis a compostos químicos no sangue, como nos corpos aórtico e carotídeo, esses por baixa concentração de oxigênio levarão ao aumento da frequência respiratória; os nociceptores, estão em todos os órgãos e paredes das artérias, responde a distensão e a isquemia e por fim, os termorreceptores que respondem a alteração da temperatura do sangue circulante (hipotálamo) e da temperatura externa (pele). A partir dos receptores viscerais as informações chegam ao SN central (SNC) por dois meios (vias aferentes): ME pelas raízes dorsais e tronco encefálico (TE) pelos nervos cranianos: n. facial (VII), n. glossofaríngeo (IX) e n. vago (X), os quais transmitem informações gustativas, além de informações dos órgãos, com exceção do n. facial. As informações que chegam ao TE são processadas no núcleo solitário (núcleo sensorial visceral), as que chegam a ME fazem sinapse com eferentes viscerais (reflexos autônomos) e com neurônios do TE, tálamo e hipotálamo. A ativação do sistema límbico pode produzir respostas autônomas. Você já sentiu vergonha ou chorou muito? O seu sistema límbico foi acionado e você teve rubor facial como uma resposta autônoma. Este roteiro orientará a sua aprendizagem por meio da leitura de livros e artigos que cabem na sua rotina de estudos. Experimente esse recurso e aumente a sua habilidade de relacionar a teoria à prática profissional. No seu caminho de aprendizagem, você encontrará os seguintes tópicos: Texto de apresentação de cada leitura indicada; Links para acesso às referências bibliográficas. É importante ressaltar: o seu esforço individual é fundamental para a sua aprendizagem, mas você não estará sozinho nessa! 3 Os neurônios autônomos eferentes (vias eferentes) são classificados como simpáticos e parassimpáticos, fazem sinapse com num gânglio periférico com o neurônio pré-ganglionar (SNC ao gânglio) e o pós-ganglionar (gânglio ao órgão efetor). A atividade simpática pode dilatar ou contrair as arteríolas que suprem os músculos esqueléticos, otimiza o fluxo sanguíneo aos órgãos, regula a atividade metabólica, a temperatura corporal e função dos órgãos. Já o parassimpático diminui a atividade cardíaca, aumenta as secreções nos pulmões, boca e olhos, facilita a digestão, contrai a pupila, controla a excreção do intestino e vesical, além da ereção dos órgãos sexuais. Antes de você iniciar uma atividade física, sinais simpáticos aumentam frequência cardíaca (FC), enquanto diminuem os sinais parassimpáticos que tornariam mais lenta a FC, gerando função ótima do coração, caracterizando um efeito sinérgicos das duas vias. Referências e Link do material na Biblioteca Virtual e artigo BEAR, M. F.; CONNORS, B. W.; PARADISO, M. A. Neurociências: desvendando o sistema nervoso. 4. ed. Porto Alegre: Artmed, 2017. Link do material na BV: https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788582714331/cfi/0!/4/2@100:0.00. Acesso em: 15 maio 2019. KAY, V. L.; SPRICK, J. D.; RICKARDS, C. A. Cerebral oxygenation and regional cerebral perfusion responses with resistance breathing during central hypovolemia. American Journal of Physiology-Regulatory, Integrative and Comparative Physiology, v. 313, n. 2, R132–R139, 2017. Disponível em: https://www.physiology.org/doi/pdf/10.1152/ajpregu.00385.2016. Acesso em: 23 maio 19. LUNDY-EKMAN, L. Neurociência: fundamentos para reabilitação. 2. ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2004. MARTINEZ, A. M. B.; ALLODI, S.; UZIEL, D. Neuroanatomia Essencial. 1. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2014. Link do material na BV: https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/978-85-277-2396- 1/cfi/6/2[;vnd.vst.idref=cover]!. Acesso em: 15 maio 2019. MACHADO, A. Neuroanatomia Funcional. 3. ed. São Paulo: Atheneu, 2013. https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788582714331/cfi/0!/4/2@100:0.00 https://www.physiology.org/doi/pdf/10.1152/ajpregu.00385.2016 https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/978-85-277-2396-1/cfi/6/2[;vnd.vst.idref=cover https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/978-85-277-2396-1/cfi/6/2[;vnd.vst.idref=cover 4 SISTEMA IMUNOLÓGICO; FUNÇÕES NEUROVEGETATIVAS; FUNÇÕES COMPORTAMENTAIS E MOTIVACIONAIS O hipotálamo está diretamente relacionado com a fome e sede, ingestão e excreção de água e do comportamento de comer, sendo controlados pela regulação de hormônios oriundos do próprio hipotálamo e por conexões neurais eferentes com o córtex (via tálamo), sistema límbico, tronco encefálico e medula. A consciência é controlada por uma rede de neurônios da formação reticular e seu Sistema Reticular Ativador Ascendente (SARA), os axônios fazem conexão com a parte anterior do hipotálamo, tálamo e córtex cerebral. Existem vários aspectos da consciência, como atenção, nível generalizado de alerta, seleção de objeto da atenção, baseada em objetivos e motivação e início da atividade motora e da cognição. Cada um desses aspectos está relacionado a liberação de neurotransmissores específico que são produzidos pela SARA, como a serotonina distribuída em todo cérebro modulando o nível geral de alerta, como quando estamos em situação de perigo, e a norepinefrina para atenção e vigília. Você sabia que os pensamentos e emoções influenciam as funções de todos os órgãos? Os hormônios e os neurotransmissores regulados pelo encéfalo modulam as células do sistema imunológico e as citocinas regulam o sistema neuroendócrinológico. A resposta individual frente ao stress pode estimular o sistema nervoso somático (aumenta a tensão muscular), SNA (atividade simpática aumenta o fluxo sanguíneo para os músculos e diminui para pele, rins e trato digestivo) e sistema neuroendócrino (estimulação simpática libera epinefrina, esta aumenta a FC, relaxa musculatura lisa e aumenta o metabolismo). Após 5 minutos da resposta inicial ao stress que você venha a passar, o hipotálamo estimula a hipófise a secretar o hormônio adrenocorticotrófico, liberando cortisol. O cortisol mobiliza energia (glicose), inibe as respostas imunes e serve como agente anti-inflamatório. Essas ações iniciam o retorno a homeostase. Isso seria ideal, porém mesmo cessado a situação de stress, ele pode ser mantido pelas circunstâncias ou pelos pensamentos, gerando um stress crônico e acionando uma cadeia de liberação de mais cortisol, epinefrina, norepinefrina e alterações dos vasos sanguíneos, acarretando em doenças como, diabetes, colite, distúrbios cardiovasculares. Como anda o seu nível de stress? E o seu comportamento frente ao stress e as emoções? Referências e Link do material na Biblioteca Virtual e artigo BEAR, M. F.; CONNORS, B. W.; PARADISO, M. A. Neurociências: desvendando o sistema nervoso. 4. ed. Porto Alegre: Artmed, 2017. Link do material na BV: https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788582714331/cfi/0!/4/2@100:0.00. Acesso em: 15 maio 2019. https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788582714331/cfi/0!/4/2@100:0.00 5 LUNDY-EKMAN, Laurie. Neurociência: fundamentos para reabilitação. 2. ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2004. MACHADO, A. Neuroanatomia Funcional. 3. ed. São Paulo: Atheneu, 2013. MARTINEZ, A. M. B.; ALLODI, S.; UZIEL, D. Neuroanatomia Essencial. 1. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2014. Link do material na BV: https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/978-85-277-2396- 1/cfi/6/2[;vnd.vst.idref=cover]!. Acesso em: 15 maio 2019. ROCHET, M. et al. Depression, Olfaction, and Quality of Life: A Mutual Relationship. Brain Sciences. v. 8, n. 80, 2018. Disponível em: https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC5977071/pdf/brainsci-08-00080.pdf. Acesso em: 15 maio 2019. LEE, B. et al. Oleuropein reduces anxiety-like responses by activating of serotonergic andneuropeptide Y (NPY)-ergic systems in a rat model of post-traumatic stress disorder. Animal Cells and Systems, v. 22, n. 2, p. 109 – 117, 2018. Disponível em: https://www.tandfonline.com/doi/abs/10.1080/19768354.2018.1426699?needAccess=true. Acesso em: 15 maio 2019. ATIVIDADES MENTAIS SUPERIORES Você se lembra da última vez que aprendeu algo novo? Alguma atividade nova, como dançar ou conteúdo novo de alguma disciplina? Aprender algo novo e memorizar requer alterações persistentes e duradouras na potência das conexões sinápticas, onde nas fases iniciais do aprendizado requer ativação de regiões grandes e difusas do encéfalo e quando há a repetição da atividade reduz o número de regiões ativas e após aprendizado apenas pequenas regiões são exigidas para realizar a atividade. Como está a sua persistência/repetição em estudar a disciplina? A repetição do estímulo juntamente com a síntese e ativação de novas proteínas alteram a atividade neuronal e estabelecem novas conexões sinápticas, gerando memória. Existem três tipos de memória: Emocional (sentimentos), Declarativa (fatos, eventos, conceitos, localização) e Procedimental (como fazer, por exemplo saber como andar de bicicleta). Você já se emocional hoje? E como está o seu humor? Uma emoção está relacionada a uma experiência em curto prazo e o humor é considerada uma experiência emocional persistente, subjetiva. As emoções são mediadas no interior do sistema límbico, como a amígdala, córtex órbito-frontal e giro anterior do cíngulo que juntos regulam comportamento e motivação, sendo que a amígdala tem papel importante no comportamento social, interpretando as expressões faciais, e só existe a percepção consciente da emoção quando as informações da amígdala e do sistema nervoso autônomo alcançam o córtex. Essas emoções podem ser expressadas numa comunicação verbal quanto não-verbal, ou seja, a comunicação pode estar baseada em símbolos, fala e expressão verbal. A linguagem está fortemente na parte lateral do hemisfério esquerdo, a compreensão da fala ocorre na área de Wernicke (córtex parieto-temporal esquerdo), já a expressão da fala está na área de Broca (lobo frontal esquerdo), consiste em https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/978-85-277-2396-1/cfi/6/2[;vnd.vst.idref=cover https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/978-85-277-2396-1/cfi/6/2[;vnd.vst.idref=cover https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC5977071/pdf/brainsci-08-00080.pdf https://www.tandfonline.com/doi/abs/10.1080/19768354.2018.1426699?needAccess=true 6 fornecer instruções no planejamento dos movimentos para produzir a fala e fornece função gramatical das palavras. Neste momento que você está lendo este texto é necessária uma visão ótima, áreas de associação visual para reconhecimento das letras junto com conexões com a área de Wernicke para interpretação da palavra escrita. Após lesão cerebral nessas áreas o indivíduo poderá apresentar afasia motora ou de expressão. E as áreas contralaterais, no hemisfério direito, correspondentes a essas áreas (Broca e Wernicke), contribuem para que? Essas áreas, na maioria das pessoas, estão associadas a comunicação não-verbal: gestos, expressão facial, tom da voz e postura. Como anda a sua comunicação? Está mais verbal ou não- verbal? Referências e Link do material na Biblioteca Virtual e artigo BEAR, M. F.; CONNORS, B. W.; PARADISO, M. A. Neurociências: desvendando o sistema nervoso. 4. ed. Porto Alegre: Artmed, 2017. Link do material na BV: https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788582714331/cfi/0!/4/2@100:0.00. Acesso em: 15 maio 2019. FONSECA, L. M.; FELTES, H. P. M. Descobertas nos estudos das afasias com imagens de tensor de difusão. Ciências & Cognição, v. 23, n. 2, p. 160-177, 2018. Disponível em: http://cienciasecognicao.tempsite.ws/revista/index.php/cec/article/view/1472. Acesso em: 15 maio 2019. KIM Y.-H. el al. Effects of hypoxic preconditioning on memory evaluated using the T- mazebehavior test. Animal Cells and Systems. v. 23, n. 1, p. 10 – 1. Disponível em: https://www.tandfonline.com/doi/full/10.1080/19768354.2018.1557743. Acesso em: 15 maio 2019. LUNDY-EKMAN, L. Neurociência: fundamentos para reabilitação. 2. ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2004. MACHADO, A. Neuroanatomia Funcional. 3. ed. São Paulo: Atheneu, 2013. MARTINEZ, A. M. B.; ALLODI, S.; UZIEL, D. Neuroanatomia Essencial. 1. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2014. Link do material na BV: https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/978-85-277-2396- 1/cfi/6/2[;vnd.vst.idref=cover]!.Acesso em: 15 maio 2019. KELLY, M.; McDONALD, S.; FRITH, M. H. J. Assessment and rehabilitation of social cognition impairment after brain injury. Brain Impairment. v. 18, n. 1, p. 11 – 35. Disponível em: https://www.cambridge.org/core/journals/brain-impairment/article/assessment-and- rehabilitation-of-social-cognition-impairment-after-brain-injury-surveying-practices-of- clinicians/C8AE02BE30E2A1703C2A83567F44613D. Acesso em: 15 maio 2019. SHIM H. S. el al. The role of the supramammillary area of the hypothalamus in cognitive functions. Animal Cells and Systems, v. 22, n. 1, p. 37 – 44, 2018. Disponível em: https://www.tandfonline.com/doi/full/10.1080/19768354.2018.1427627. Acesso em: 15 maio 2019. https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788582714331/cfi/0!/4/2@100:0.00 http://cienciasecognicao.tempsite.ws/revista/index.php/cec/article/view/1472 https://www.tandfonline.com/doi/full/10.1080/19768354.2018.1557743 https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/978-85-277-2396-1/cfi/6/2[;vnd.vst.idref=cover]!. https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/978-85-277-2396-1/cfi/6/2[;vnd.vst.idref=cover]!. https://www.cambridge.org/core/journals/brain-impairment/article/assessment-and-rehabilitation-of-social-cognition-impairment-after-brain-injury-surveying-practices-of-clinicians/C8AE02BE30E2A1703C2A83567F44613D https://www.cambridge.org/core/journals/brain-impairment/article/assessment-and-rehabilitation-of-social-cognition-impairment-after-brain-injury-surveying-practices-of-clinicians/C8AE02BE30E2A1703C2A83567F44613D https://www.cambridge.org/core/journals/brain-impairment/article/assessment-and-rehabilitation-of-social-cognition-impairment-after-brain-injury-surveying-practices-of-clinicians/C8AE02BE30E2A1703C2A83567F44613D https://www.tandfonline.com/doi/full/10.1080/19768354.2018.1427627
Compartilhar