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Análise das Práticas Estratégicas da Logística Verde no Gerenciamento da Cadeia de Suprimentos

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Revista de Administração da FATEA - RAF 
Revista de Administração da Fatea, v. 5, n. 5, p. 20-40, jan./ dez., 2012. 20 
 
 
Análise das Práticas Estratégicas da 
Logística Verde no Gerenciamento da Cadeia de Suprimentos. 
 
Área temática: Cadeia de Suprimentos 
 
 
Autores: 
 
Rosinei Batista Ribeiro: Pós-Doutorando pela UNESP/Guaratinguetá-SP – Prof. Adjunto do 
Departamento de Engenharia de Produção/FAT- UERJ/Resende-RJ 
Email: rosinei1971@gmail.com 
 
Evandro Luís dos Santos: Bacharel em Administração – Email: evandroo.ls@gmail.com 
 
RESUMO 
O presente estudo utiliza conceitos provenientes do gerenciamento da cadeia de suprimentos 
verde. O tema que tem recebido grande atenção mundialmente é a sustentabilidade empresarial, 
devido a grandes danos causados à natureza. Atualmente pesquisadores discutem a importância 
de atitudes e comportamentos sustentáveis, sobretudo, as organizações movidas por imposição 
legislativa, pela conscientização ou mesmo pela exigência do atual cenário de concorrência forte, 
estão adotando iniciativas verdes. O gerenciamento da cadeia de suprimentos verde tem se 
destacado nessas iniciativas, pois em todos os elos da cadeia de suprimentos desde extração da 
mátéria-prima até o consumidor final são causados impactos ambientais. Neste contexto, inclui-se 
a logística verde como uma das que podem fazer diferença na redução do impacto ambiental. O 
objetivo deste artigo é identificar ações relacionadas a logística verde praticadas dentro de 
organizações, entendendo como elas visualizam o papel da logística verde no gerenciamento da 
cadeia de suprimentos verde. O desenvolvimento do estudo foi realizado em organizações de 
diferentes setores no Vale do Paraiba. O processo metodológico consiste na aplicação de um 
questionário específico com gerentes industriais. Os resultados obtidos demonstram que as 
empresas já possuem algumas iniciativas verdes, porém ainda notou-se um elevado índice de 
atividades a serem desenvolvidas. Assim conclui-se que apesar da tendência organizacional de 
maior preocupação com o aspecto ambiental, o caminho é longo e difícil para que tenhamos o 
instituto da logística verde implementado nas organizações. 
 
Palavras-chave: Gerenciamento da Cadeia de Suprimentos; Gerenciamento da Cadeia de 
Suprimentos Verde; Logística Verde; Sustentabilidade. 
 
ABSTRACT 
This study uses concepts from the green supply chain management. The theme that has received 
great attention worldwide is the corporate sustainability, due to extensive damage caused to 
nature. Currently researchers discuss the importance of sustainable attitudes and behaviors, 
especially those driven by legislative imposing awareness on even by the demand of the current 
scenario of strong competition, are adopting green initiatives. The supply chain management has 
mailto:rosinei1971@gmail.com
mailto:evandroo.ls@gmail.com
 Revista de Administração da FATEA - RAF 
Revista de Administração da Fatea, v. 5, n. 5, p. 5-18, jan./ dez., 2012. 21 
 
emerged in these green initiatives, as in all links of the supply chain from extraction of raw 
materials to end consumer environmental impacts are caused. In this context, includes the green 
logistics as one that can make difference in reducing the environmental impact. The aim of this 
paper is to identify actions related to green logistics practiced within organizations understanding 
how they envision the role of green logistics in green supply chain management. The 
development of the study was conducted in organizations of different sectors in the Vale do 
Paraiba. The methodological process consists of applying a specific questionnaire to industrial 
managers. The results show that companies already have some green initiatives, even though it 
was but also noticed a high level of activities to be developed. Thus we conclude that despite the 
organizational trend of heightened concern about the environmental aspect, the path is long and 
hard for us to have the institution of green logistics implemented in organizations. 
 
Keywords: Supply Chain Management; Green Supply Chain Management; Green Logistics, 
Sustainable. 
 
INTRODUÇÃO 
 
Atualmente o tema sustentabilidade tem recebido grande atenção no cenário mundial e 
uma das vertentes tratadas por este tema é a ambiental, devido a grandes impactos ambientais 
causados. O aquecimento global, a exploração dos recursos naturais finitos, a crescente 
degradação ambiental, o crescimento da conscientização por parte da sociedade sobre questões 
ambientais, entre outros, traz um novo conceito de desenvolvimento, o desenvolvimento 
sustentável. 
A Comissão Brundtland da Organização das Nações Unidas definiu o desenvolvimento 
sustentável como “o desenvolvimento que satisfaz as necessidades presentes, sem comprometer a 
capacidade das gerações futuras de suprir suas próprias necessidades” (ONU, 1991). A partir 
disso, vários relatórios já vêm sendo divulgados a fim de expor indicadores de desenvolvimento 
sustentável e contribuir com os tomadores de decisões em relação a aspectos ambientais. 
Sabedores da grande importância das empresas neste âmbito, por contribuirem fortemente 
com os impactos negativos ao meio ambiente, as atenções são voltadas para elas, que por sua vez, 
são movidas por imposição legislativa, pela conscientização ou mesmo pela exigência do atual 
cenário de concorrência forte, buscando a adoção de iniciativas verdes em sua cultura 
organizacional com o objetivo de ter um desenvolvimento sustentável. 
O Gerenciamento da cadeia de suprimentos verde é uma dessas iniciativas que tem se 
destacado e contribuido de forma relevante para tal desenvolvimento, já que tem o objetivo de 
promover a conciliação entre meio-ambiente e a cadeia de suprimentos. 
 Revista de Administração da FATEA - RAF 
Revista de Administração da Fatea, v. 5, n. 5, p. 5-18, jan./ dez., 2012. 22 
 
Conforme Bowen (2001) e Hall (2001), o Gerenciamento da cadeia de suprimentos verde 
inclui práticas de diminuição de perdas, reutilização, aperfeiçoamento de fornecedores, 
desempenho dos compradores, compartilhamento de recompensas e riscos, utilização de 
tecnologias “limpas”, adequações a legislação, reutilização de materiais, diminuição no consumo 
de água e energia, utilização de insumos ecologicamente corretos, processos de produção enxutos 
e flexíveis e o comprometimento e conscientização dos participantes da cadeia de suprimentos 
em relações ambientais. 
Na adoção das práticas de gerenciamento da cadeia de suprimentos verde alguns 
benefícios e custos são apontados. Os benefícios estendem-se a sociedade, a empresa e os 
processos de compra e suprimento (BOWEN et al., 2001). 
Em relação aos custos, Lamming e Hampson (1996) apontam que ao atender as 
legislações ambientais as empresas acabam tendo um aumento do custo, apesar de que também se 
entenda que empresas que tem um elevado desempenho ambiental podem diminuir ou eliminar 
perdas e desperdícios resultando em reduções de custos para a organização. 
Lamming e Hampson (1996) também destacam que o custo/benefício do gerenciamento 
da cadeia de suprimentos verde é difícil de ser quantificado. 
Neste contexto, atividades relacionadas a logística, figuram-se como uma das áreas que 
mais se envolve ativamente nas ações voltadas para a sustentabilidade ambiental de uma 
organização. Dentre essas ações praticadas pelas empresas inclui-se a logística verde entre as que 
podem fazer a diferença na redução de impactos ambientais. 
O objetivo deste artigo que ora se apresenta é identificar ações relacionadas a logística 
verde praticadas dentro de organizações de diferentes setores no Vale do Paraiba, demonstrando 
como essas visualizam o papel da logísca verde no gerenciamento da cadeia de suprimentos 
verde. 
 
2. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA2.1 - Gerenciamento da Cadeia de Suprimentos 
 
Conforme Ballou (2006), o gerenciamento da cadeia de suprimentos é um conceito que 
surgiu recentemente e que utiliza conceitos da logística integrada e inclusive estende tais 
conceitos. O conceito evidência as interações logísticas que ocorrem entre as áreas de logística, 
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produção e marketing no âmbito de uma empresa e dessas mesmas interações entre as empresas 
legalmente no âmbito do canal de fluxo de produtos. O grande desafio do gerenciamento da 
cadeia de suprimentos é a integração das cadeias. 
Essa integração exige mudanças como a implantação de T.I (Tecnologia da Informação), 
a reorganização de processos e recursos e também no conceito de desenvolvimento de parcerias 
entre fornecedores e compradores que faz-se importante neste âmbito. Atráves do planejamento e 
controle das cadeias de suprimentos integradas, a empresa pode obter melhoras no fluxo de 
materias, a redução do lead time, otimização dos recursos, diminuição dos custos com materiais, 
melhoria no serviço a seus clientes, além de aumentar a lucratividade da organização. 
Ballou (2006) também cita atividades abrangentes pela cadeia de suprimentos, assim 
inclui todas as atividades vinculadas ao fluxo e transportação de mercadorias começando pelo 
estágio da matéria-prima (extração) e abrangendo até o cliente final, bem como os respectivos 
fluxos de informação. 
Os materias e as informações fluem tanto para baixo quanto para cima na cadeia de 
suprimentos. A integração (BALLOU, 2006) dessas atividades juntamente com o 
aperfeiçoamento dos relacionamentos na cadeia de suprimentos visando conquistar uma 
vantagem competitiva sustentável é o que define o gerenciamento da cadeia de suprimentos. 
Mentzer et al.(2001) propõem uma definição mais ampla e abrangente sobre o 
gerenciamento da cadeia de suprimentos, sendo representado pela Figura 1. Para ele, 
“O gerenciamento da cadeia de suprimentos é definido como a coordenação 
estratégica sistemática das tradicionais funções de negócios e das táticas ao 
longo dessas funções de negócios no âmbito de uma determinada empresa e ao 
longo dos negócios no âmbito da cadeia de suprimentos, com o objetivo de 
aperfeiçoar o desempenho a longo prazo das empresas isoladamente e da 
cadeia de suprimentos como um todo”. 
 
Já Cooper et al. (1997) e Lambert et al. (1998) definem que o gerenciamento da cadeia de 
suprimentos “é a integração de processos de negócios, desde o consumidor final até os 
fornecedores originais, que provêm produtos, serviços e informações que adicionam valor aos 
consumidores”. 
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2.2 - Gerenciamento da Cadeia de Suprimentos Verde 
 
Assim como afirma Rogers (2010), ter uma cadeia de suprimentos sustentável não é uma 
tarefa fácil e pode ser até muito mais complicado do que ter uma organização sustentável. Mesmo 
que possa ser discutida, a questão para uma empresa ser considerada sustentável é necessária ter 
no mínimo uma de suas cadeias de suprimentos sustentável. 
Para Rogers (2010), uma cadeia de suprimentos sustentável “significa que há várias 
empresas trabalhando juntas, de maneira orquestrada, para oferecer valor para o consumidor final 
em termos de produtos e serviços, sempre de forma favorável, tanto para as empresas envolvidas 
quanto para os consumidores”. 
 Rogers (2010) também representa um modelo de elementos chave da cadeia de 
fornecimento sustentável (Figura 2). Segundo ele, a figura simboliza o “triple bottom line”, que é 
uma abordagem teórica com o objetivo de avaliar o desempenho que trata de três áreas que 
precisam ser analisadas não só na empresa, mas também em toda a cadeia de fornecimento. Estas 
áreas são: Meio Ambiente, Sociedade e Desempenho Econômico. 
Figura 1 – Um modelo do gerenciamento da cadeia de suprimentos 
Fonte: Mentzer et al. (2001) 
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Figura 2 – Tripple botton line 
Fonte: Rogers (2010) 
 
Com o aumento das pressões externas e da demanda em integrar ações ambientais e 
sociais ao gereciamento da cadeia de suprimentos, percebeu-se a aplicação dos conceitos 
utilizados no tema da sustentabilidade no gerenciamento da cadeia de suprimentos, pelo lado da 
exploração dos recursos naturais finitos e pela forma de processamento dos produtos e serviços. 
(KLEINDORFER, SINGHAL e VAN WASSENHOVE, 2005; LINTON, KLASSEN e 
JAYARAMAN, 2007; MARKLEY e DAVIS, 2007; ANDERSEN e SKJOETT-LARSEN, 2009) 
Pressões sobre os impactos causados ao meio-ambiente pelas empresas estão cada vez 
maiores. Com isso, faz necessária a expansão do conceito tradicional do gerenciamento da cadeia 
de suprimentos abrangendo questões ambientais. 
Srivastara (2007) define o gerenciamento da cadeia de suprimentos verde como a 
"integração dos princípios verdes na gestão da cadeia suprimentos, incluindo a concepção do 
produto, a seleção e fontes de materiais, os processos de fabricação, a entrega do produto final 
aos consumidores e a gestão dos resíduos". 
Já Lamming e Hampson (1996) expõe que, 
“O objetivo final de aumentar a cadeia de fornecimento tradicional é permitir 
consideração total, imediata e eventuais efeitos ambientais de todos os produtos 
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e processos. O conceito de gestão é baseado no reconhecimento de que os 
efeitos ambientais de uma organização incluem os impactos ambientais de bens 
e processos, desde a extração de matérias-primas, com a utilização de bens 
produzidos, a disposição final desses bens”. 
 
A Figura 2 demonstra uma expansão do conceito tradicional do gerenciamento da cadeia de 
suprimentos, integrando questões ambientais. 
 
 
 
 
A gestão verde da cadeia de suprimentos é um importante passo para alcançar a 
sustentabilidade ambiental de uma empresa, pois em todos os elos da cadeia de suprimentos até o 
consumidor final são causados impactos ambientais. Porém este passo, não é somente visualizado 
como o cumprimento dos aspectos ambientais, mas também como uma forma de alavancar os 
lucros das organizações. 
Isto pode ser visualizado na definição expressa por Rao e Holt (2005, apud BRITO e 
BERARDI, 2010, p. 139) em que, 
“A gestão verde da cadeia de suprimentos promove eficiência e sinergia entre os 
parceiros do negócio e contribui para uma aumento da performance ambiental, 
minimizando desperdícios e auxiliando a economia de custos. Sobre tal sinergia, 
segundo os autores, “espera-se um aumento de imagem corporativa, vantagem 
competitiva e exposição de marketing”. Contudo, as empresas só adotam 
Figura 3 – Cadeia de suprimentos Verde 
Fonte: Beamon (1999) 
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práticas de gestão verde da cadeia de suprimentos se identificarem benefícios, 
especificamente nos resultados financeiros e operacionais”. (RAO E HOLT, 2005; 
BRITO E BERARDI, 2010, p. 159) 
 
Para tal ganho é necessário que investimentos e ações sejam feitos em diversas áreas na 
cadeia de suprimentos. A logística é uma delas, o desenvolvimento de uma logística verde pode 
representar tanto a redução de impactos gerados como ganho de competitividade para empresa. 
 
2.3 - Logística Verde 
 
Através de um estudo feito pelo ILOS (2011) (Figura4), percebeu-se um crescimento da 
consciência ambiental por parte da população, o que consequentemente faz com que as empresas 
sintam o aumento da exigência ambiental, já que seus consumidores começam a priorizar 
produtos e empresas que realizam ações ecologicamente corretas. 
 
 
 
 
Buscando ações em resposta as pressões por parte de seus consumidores, empresas 
encontram na área de logística uma forma de atuarem a fim de reduzir os impactos ambientais 
causados pela empresa. 
 
Figura 4 – Pressão dos clientes para redução de impactos ambientais 
Fonte: ILOS (2011) 
 
 
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A Figura 5 mostra que no Brasil a área de Logística e Supply Chain é apontada como a 
terceira que mais recebe ações voltadas para sustentabilidade ambiental, ficando atrás apenas das 
áreas de Produção e Compras/Suprimentos. 
 
 
 
A importância da logística na cadeia de suprimentos é expressa por Moura(2006), para ele 
a logística não é uma área isolada, pelo contrário, interfere na cadeia de suprimentos como um 
todo, dentro e fora da empresa, fazendo relações, alianças e acordos, em ligações operacionais e 
estratégicas. “Consequentemente, uma eficiência logística, além de importante para a própria 
empresa, tem reflexos em todos os membros da cadeia de valor de que faz parte”. 
Cientes de tal importância e de seus reflexos, que atingem até o consumidor final, e 
sabedores da necessidade da implantação de ações que reduzam os impactos ambientais 
logísticos, o desenvolvimento de uma logística verde torna-se primordial para as organizações. 
Segundo Rogers e Tibben-Lembke (1998), 
“A logística verde ou ecológica refere-se a compreensão e minimização do 
impacto ecológico da logística. As atividades da logística verde incluem a 
medida do impacto ambiental dos modos de transporte, a certificação ISO 
Figura 5 – Áreas envolvidas em ações ambientais na empresa 
Fonte: ILOS (2011) 
 
 
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14000, a redução do consumo de energia nas atividades logísticas, a 
redução do consumo de matérias”. 
 
Estes mesmos autores, Rogers e Tibben-Lembke, visualizam que “atividades como a 
redução de recursos ou a substituição de matéria tem impacto significativo na logística”. Para 
eles, essas e outras atividades, que tem por base questões ambientais, “podem ser mais bem 
etiquetadas, por logística verde ou logística ambiental, que definimos como o esforço para medir 
e minimizar o impacto ambiental das atividades logísticas”. 
O governo e a população por sua vez também têm papel importante na contribuição para o 
desenvolvimento de uma logística verde. HIJJAR (2011) destaca exatamente tal importância 
expondo algumas ações governamentais que podem trazer resultados positivos na redução de 
emissões nas atividades logísticas, cita-se: o oferecimento de infraestrutura que possa viabilizar o 
uso de transportes menos poluentes; o aperfeiçoamento das leis ambientais relacionadas a 
combustíveis, motores e retorno de resíduos; a disponibilização de incentivos e financiamentos 
que motive ações voltadas ao meio ambiente nas atividades logísticas, como o incentivo à 
renovação de frota. 
Por outro lado, a função da sociedade na redução de emissões nas atividades logísticas é o 
de cobrar ações verdes, tanto do Governo quanto das empresas, dando prioridade para produtos e 
embalagens que são menos agressivos ao ambiente e ajudando no descarte seletivo do lixo 
gerado. HIJJAR (2011) também expõe que, 
“As empresas têm em mãos inúmeras oportunidades de redução de emissões 
causadas pelas atividades logísticas que administram. Muitas dessas ações 
podem, inclusive, trazer benefícios que vão além da questão ambiental. Para 
que as companhias possam conduzir um processo de mudança que culmine na 
redução de emissões na cadeia de suprimentos, elas necessitam: implantar 
ações diretas que reduzam emissões nas suas atividades logísticas; organizar-se 
internamente para gerar envolvimento e comprometimento da equipe; e alterar 
a forma de relacionamento com terceiros, tanto prestadores de serviço quanto 
outros elos da cadeia de suprimentos”. 
 
Na figura 6 são colocadas algumas ações a serem tomadas por parte das empresas a fim de 
favorecer a logística verde. 
 
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3 - METODOLOGIA 
 
Essa pesquisa teve como aspecto identificar as práticas verdes realizadas pelas empresas, 
demonstrando o papel da logística verde no gerenciamento da cadeia de suprimentos verde. Foi 
desenvolvido um questionário específico aplicado aos gerentes de empresas que atuam em 
diferentes áreas, tais como: indústrias químicas, de embalagens, de tubos, de maquinários e 
distribuidora. A Figura 7 apresenta o fluxograma do processo metodológico para o 
desenvolvimento do artigo. 
 
Figura 6 - Exemplos de iniciativas em favor da logística verde: ações das empresas 
Fonte: ILOS (2011) 
 
 
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Figura 7 – Fluxograma do processo metodológico 
Fonte: O autor (2011) 
 
O questionário foi estruturado por perguntas fechadas e tomou-se por base as atividades 
relacionadas pelo ILOS (2011) em favor da logística verde. 
Este abrangeu três vertentes: Mudanças na organização interna da empresa, ações diretas 
nas atividades logísticas e mudanças no relacionamento com terceiros (Figura 8). 
 
 
 
 
 
 Revista de Administração da FATEA - RAF 
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Nas mundanças internas na organização da empresa foram análisadas tais questões: 
Criação de unidade organizacional responsável por sustentabilidade, desenvolvimento de 
programa para redução de impactos ambientais, pagamento de bônus vinculado ao cumprimento 
de metas ambientais, auditoria ambiental incluindo atividades logísticas, realização de inventário 
de emissões e medição de pegada de carbono e realização de treinamento em sustentabilidade. 
Quanto as acões diretas nas atividades logísticas, foram abordadas atividades como: 
Otimização de rotas, revisão da rede logística, consolidação de cargas e melhor aproveitamento 
de veículos para redução do consumo de combustíveis, utilização de combustível menos 
poluente/biocombustíveis, uso de modais menos poluentes, renovação de frota, adaptações 
mecânicas e aerodinâmicas em veículos para redução de emissões, construções de centros de 
distribuição/fábricas seguindo diretrizes sustentáveis, troca de equipamentos na armazenagem por 
outros menos poluentes e utilização de paletes mais ecológicos. 
Por fim, no que se refere a ações relacionadas a mudanças no relacionamento com 
terceiros, as iniciativas examinadas ficaram por conta da contratação de transportadoras com 
iniciativas ambientais, avaliação de prestadores de serviço e fornecedores com critérios 
ambientais, utilização de fornecedores localizados em regiões mais próximas da empresa e a 
colaboração com concorrentes e outras empresas para ganho de escala. 
Figura 8 – Vertente do questionário aplicado 
Fonte: O autor (2011) 
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Os resultados obtidos no questionário estão representados pelas Figuras 9, 10 e 11 em que 
sãoanalisados e discutidos para melhor compreensão. Ao final, é apresentado as considerações 
finais. 
 
4. RESULTADOS E DISCUSSÂO 
 
Por meio da pesquisa realizada, foi possível obter informações relacionadas a iniciativas 
verdes executadas pelas empresas. Com base em tais informações foram elaborados gráficos em 
que melhor visualizam-se os resultados. Estes demonstram quais iniciativas as empresas 
desenvolvem, quais elas têm a previsão de realizar e quais não tem a previsão. 
Desta forma a Figura 9 demonstra através do gráfico os resultados alcançados no que diz 
respeito a mudanças internas na organização da empresa. Nos resultados, é possível perceber-se 
algumas atividades realizadas pelas empresas que se sobressaíram, entre elas a criação de metas 
para redução de impactos ambientais, em que 80% das organizações analisadas realizam tal 
iniciativa. 
Todavia destacam-se as atividades como a criação de unidade responsável por 
sustentabilidade e a realização de treinamento em sustentabilidade perfazendo num total de 60% 
das empresas. 
 Existem também ações que as organizações não praticam, mas tem a previsão de realizar, 
citando como exemplo a realização de auditoria ambiental incluindo atividades logísticas. 
Entretanto existem iniciativas que as empresas não possuem a previsão de realizar, como a 
realização de inventários de emissões e medição da pegada de carbono. 
A Figura 10, que trata das ações que envolvem diretamente nas atividades logísticas, 
mostram um grande conjunto de iniciativas realizadas pelas organizações estudadas, de modo a 
destacar a otimização de rotas, revisão da rede logística, consolidação de cargas e melhor 
aproveitamento de veículos, para redução do consumo de combustíveis e a renovação de frotas, 
utilizadas por 80% dessas instituições. 
Por outro lado, notou-se várias atividades que as empresas não tem a previsão de realizá-
las, citando as adaptações mecânicas e aerodinâmicas em veículos para redução de emissões e a 
utilização de combustível menos poluente/biocombustíveis. 
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Tratando das mudanças no relacionamento com terceiros podemos visualizar na Figura 
11, que 100% das organizações fazem a utilização de fornecedores localizados em regiões mais 
próximas da empresa, destaca-se a contratação de transportadoras com iniciativas ambientas e a 
colaboração com concorrente e outras empresas para ganho de escala. 
O que não descarta o fato de 60% das empresas não contarem com a avaliação de 
prestadores de serviços e fornecedores com critérios ambientais, ainda que tenham a previsão de 
adequar-se a essa ação. 
É possível perceber o desenvolvimento de várias atividades propostas na pesquisa por 
parte das empresas em favor da logística verde. Porém ainda existem limitações para o 
desenvolvimento de algumas praticas. Através dos resultados obtidos nas mudanças na 
organização interna da empresa e no aperfeiçoamento de relacionamentos com terceiros percebe-
se um número baixo de atividades que não são realizadas. Em contrapartida as ações diretas nas 
atividades logísticas apresentam um alto índice de atividades que não são realizadas pelas 
instituições. 
Em um primeiro momento, essas ações podem ser visualizadas pelas empresas como mais 
um custo, fazendo com que as empresas não invistam nessas ações, porém mais adiante é 
possível enxergar os benefícios dessas iniciativas, estes que inicialmente ficavam por conta da 
redução dos custos e de uma melhora nos serviços da empresa, agora passam a ser considerados 
como uma vantagem competitiva. 
 
 
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Figura 9 – Resultados alcançados nas mudanças internas na organização da empresa 
Fonte: O autor (2011) 
 
 
 
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Figura 10 – Resultados Alcançados nas ações diretas nas atividades logísticas 
Fonte: O autor (2011) 
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Figura 11 – Resultados alcançados nas mudanças no relacionamento com terceiros 
Fonte: O autor (2011) 
 Revista de Administração da FATEA - RAF 
Revista de Administração da Fatea, v. 5, n. 5, p. 20-40, jan./ dez., 2012. 38 
 
CONSIDERAÇÕES FINAIS 
 
A pesquisa realizada, considerando-se as três fases abordadas, permite concluir que, 
apesar da tendência organizacional de maior preocupação com o aspecto ambiental, o caminho é 
longo e difícil para que tenhamos o instituto da logística verde implementado nas organizações. 
Na primeira fase, evidenciaram-se mudanças na organização interna das empresas. 80% 
das organizações pesquisadas, interno criaram metas para redução de impactos e 60% delas 
criaram unidades responsáveis por sustentabilidade, além de realizarem treinamentos e 
capacitação objetivando conscientizar seus empregados. 
Na segunda fase, onde se buscou identificar ações diretas focadas nas atividades 
logísticas, registrou-se que 80% das organizações realizam a otimização de rotas, a revisão da 
rede logística, a consolidação de cargas e um melhor aproveitamento de veículos, objetivando a 
redução do consumo de combustíveis, mas não foi observada a presença de adaptações mecânicas 
e aerodinâmicas em veículos para redução de emissões ou mesmo a utilização de combustível 
menos poluente. Aqui observou-se uma preocupação com o custo e não com a proteção 
ambiental. 
Na terceira fase, o custo parece mover o interesse das organizações pesquisadas. Neste 
item, relacionado às mudanças no relacionamento com terceiros, notou-se que o uso de 
fornecedores localizados em regiões mais próximas da empresa, tornou-se um fator estratégico, 
perfazendo um total de 100% dos entrevistados. Entretanto, 60% das empresas não fazem 
avaliação dos prestadores de serviço e fornecedores, utilizando critérios ambientais, mas 
pretendem utilizá-los no futuro. 
Cumpre-se ressaltar, que mesmo diante deste caminho a trilhar, percebeu-se um maior 
controle da cadeia de suprimentos em relação aos impactos ambientais causados pelas atividades 
logísticas. E mesmo, notando-se que as empresas importam-se, ainda, muito mais com a redução 
do custo, vale destacar que a utilização de maneira eficiente dos recursos no processo produtivo e 
o planejamento de escoamento dos produtos são fatores que influenciam fortemente no 
desenvolvimento da logística verde, o que, certamente gera a certeza de que as empresas estão no 
caminho certo de exercer, cada vez mais, suas funções ao longo da cadeia de suprimentos 
reduzindo seus impactos ambientais. 
 
 
 
 
 Revista de Administração da FATEA - RAF 
Revista de Administração da Fatea, v. 5, n. 5, p. 5-18, jan./ dez., 2012. 39 
 
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