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AP_v2_administraçao de terminais rodoviarios_25042017 - modulo 3 (1)

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Administração 
de Terminais 
Rodoviários
MÓDULO 3
2
Sumário
Unidade 7 | Elementos dos Terminais Rodoviários 3
1. Conhecendo os Pontos de Parada de Ônibus 5
2. Terminais Rodoviários 7
Glossário 9
Atividades 10
Referências 11
Unidade 8 | Terminais Rodoviários - Classificação 12
1. Classificação dos Terminais 14
1.1. Quanto ao Modo de Transporte 14
1.2. Quanto à Organização Político - Administrativa 14
2. Caracterização Funcional do Terminal Rodoviário 15
Glossário 19
Atividades 20
Referências 21
Unidade 9 | Terminais Rodoviários - Instalações 22
1. Elementos Funcionais Básicos do Terminal Rodoviário 24
2. Instalações Básicas do Terminal Rodoviário 27
Glossário 29
Atividades 30
Referências 31
Gabarito 32
3
UNIDADE 7 | ELEMENTOS DOS 
TERMINAIS RODOVIÁRIOS
4
Unidade 7 | Elementos dos Terminais Rodoviários 
Quais as principais características de uma parada de ônibus? 
Será que todas têm a mesma função operacional? O que 
caracteriza um terminal rodoviário de passageiros? Como se dá 
o processamento dos passageiros? Quais são as suas funções 
básicas? 
Os pontos de parada de ônibus possuem estreita relação operacional com os terminais 
rodoviários de passageiros – principalmente nos sistemas urbanos. Se não forem bem 
dimensionados e localizados, podem provocar gargalos no processamento de passageiros, 
bem como no fluxo de entrada e saída dos ônibus nos terminais.
Nesta unidade, apresentaremos as características principais dos pontos de parada de 
ônibus e iniciaremos uma introdução acerca dos terminais rodoviários de passageiros.
Fonte: www.freeimages.com
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1. Conhecendo os Pontos de Parada de Ônibus
De acordo com Torbi (2014), NTU (2016) e Ferraz (2004), antes de se adentrar no estudo 
dos terminais rodoviários de passageiros, é importante conhecermos alguns aspectos 
de um elemento básico da infraestrutura de transporte diretamente relacionado aos 
terminais rodoviários, e pertencentes à mesma rede: os pontos de parada de ônibus.
Pontos de parada de ônibus são os locais de embarque e 
desembarque de passageiros localizados nos passeios públicos.
A identificação dos pontos de parada é realizada, normalmente, por meio de simples 
marca em postes de energia ou telefone, com ou sem colocação de placas, podendo 
ter abrigo para os usuários.
Há uma grande variedade de tipos de abrigo para o transporte coletivo de ônibus, tais 
como: abrigo de concreto pré-fabricado com banco para sentar, abrigo com cobertura 
de policarbonato e estrutura metálica e abrigo com estrutura e cobertura metálicas e 
paredes de vidro.
A distância entre paradas possui grande influência na velocidade operacional dos 
ônibus, bem como no carregamento final dos terminais rodoviários e nos seus ciclos 
operacionais. Na definição da distância entre as paradas de ônibus, é importante levar 
em conta alguns aspectos, como por exemplo, a acessibilidade (distância a percorrer), 
densidade de passageiros na plataforma e tempo de parada gasto nas operações de 
embarque e desembarque. Usualmente, adota-se uma distância entre 200 e 600 m 
para a localização das paradas de ônibus (MOLINERO e ARELLANO, 1998).
No que tange às formas de operação nos pontos de parada de ônibus, a mais comum 
consiste na parada dos ônibus de todas as linhas que passam pelo local. Quando o 
escoamento de coletivos é elevado, pode ocorrer congestionamento nos pontos de 
parada e, com isso, deve-se optar por outras estratégias de operação, tais como:
6
• Parada seletiva: os ônibus são divididos em grupos e cada grupo para apenas em 
pontos predefinidos;
• Parada de dois ou mais coletivos simultaneamente: o que também envolve 
a ampliação do comprimento das plataformas. As entradas e saídas das baias 
podem ser independentes ou não;
• Comboio de ônibus ordenados por destino: potencializando o aumento da 
eficiência operacional e reduzindo a necessidade de deslocamento dos usuários 
ao longo da plataforma.
Quanto à localização dos pontos de parada, é aconselhável que eles estejam antes de 
cruzamentos, depois de cruzamentos, ou no meio das quadras. 
Uma das vantagens dos pontos de parada próximos de 
cruzamentos é a redução no número de vagas de estacionamento 
prejudicadas, em relação à sua localização no meio das quadras, 
em face do menor espaço requisitado para os ônibus 
estacionarem. Porém, uma das desvantagens é, justamente, a 
influência dos conflitos na área de interseção.
No que diz respeito aos tipos de pontos de parada em relação à posição da guia, podem 
ser observados: a guia em posição normal, que é o caso mais típico; a guia recuada tipo 
baia; e guia avançada em relação à calçada. 
Cada tipo de posicionamento de guia apresenta vantagens e desvantagens e deve 
ser estudada sua implantação para cada caso específico. Por exemplo, o uso de guia 
recuada auxilia o tráfego normal de veículos, porém, quando o trânsito é intenso, 
atrapalha a volta dos ônibus ao fluxo de tráfego, resultando atrasos nas viagens. No 
caso da guia avançada, os principais aspectos são: o coletivo parado no ponto bloqueia 
a faixa da direita; não há grande empecilho para a volta do coletivo ao fluxo de tráfego; 
o espaço disponível para a espera dos usuários e a passagem de pedestres é maior; a 
implantação de abrigos fica mais facilitada.
7
2. Terminais Rodoviários
Terminal rodoviário é uma estrutura física e operacional 
na qual são desenvolvidas as atividades que possibilitam 
deslocamentos internos e se busca a transferência eficiente, 
eficaz e segura do passageiro do modo de transporte utilizado 
até o ponto destinado ao embarque no ônibus e vice-versa 
(SOARES, 2006).
Para Dunham (2008), o terminal rodoviário de passageiros é o principal elemento 
estruturador de uma rede de transporte rodoviário e, por conseguinte, representa 
um apoio ao sistema de transporte por meio do qual se processa a interação entre 
o indivíduo e o serviço de transporte. Pode representar o ponto inicial ou final de 
uma viagem, ou ainda, o ponto intermediário para a transferência a outro modo de 
transporte durante uma viagem. 
A figura a seguir ilustra, de forma esquemática, as principais entradas e saídas do 
processamento de passageiros em um terminal rodoviário.
Processamento em um terminal rodoviário de passageiros 
Fonte: Nascimento (2010)
Entrada Processamento
Terminal
Saída
Insumos
Funcionários
Veículos
Passageiros ou cargas
Resíduos
Funcionários
Barulho
Poluentes Atmosféricos
Veículos
Passageiros ou cargas
8
Para que haja o processamento, pode-se verificar que são necessários como elementos 
de entrada, além dos passageiros ou cargas e dos veículos, uma série de insumos para 
a sua operação, tais como energia elétrica, água, mercadorias para abastecimento de 
lanchonetes, materiais de higiene para os banheiros, entre outros. São necessários, 
também, funcionários para operar e gerir o terminal, de forma que ele possa cumprir 
sua função dentro do sistema de transportes. Após o processamento, têm-se, como 
elementos de saída: os resíduos resultantes das diversas atividades realizadas no 
terminal, tais como lixo e esgoto; os funcionários que deixam o terminal após o 
trabalho; o ruído e poluentes atmosféricos oriundos dos veículos; os veículos e 
passageiros ou cargas.
Os terminais rodoviários, do ponto de vista físico, são os nós de 
articulação da rede de transporte onde se processa a organização 
da distribuição das viagens interurbanas por ônibus pela rede. 
Já do ponto de vista funcional, são os pontos de transição entre 
as viagens por ônibus rodoviários nas ligações de média e longa 
distância e as viagens intraurbanas nas cidades (SOARES, 2006).
No que tange às funções básicas do terminal rodoviário de passageiros, podem ser 
enumeradas as seguintes:
• Prover maior eficiência ao sistema de transporte rodoviário de passageiros;
• Possibilitar uma maior acessibilidade ao sistema de transporte;
• Aumentar a mobilidade dos indivíduos dentro darede de transporte;
• Permitir o fácil embarque e desembarque de passageiros, bem como a 
transferência entre ônibus, e desses com outros modos de transporte;
• Oferecer os serviços necessários ao conforto e segurança no atendimento do 
usuário; 
• Possibilitar uma circulação adequada de passageiros e veículos; 
9
• Servir como um centro de negócios em que o cidadão pode ter acesso tanto 
aos serviços públicos (tais como o Poupa-Tempo, em São Paulo, o Na Hora, em 
Brasília – DF, o Expresso Cidadão, em Recife – PE) quanto aos serviços privados 
(barbearias, drogarias, livrarias).
Resumindo
Pontos de parada de ônibus são os locais de embarque e desembarque de 
passageiros localizados nos passeios públicos.
Terminal rodoviário de passageiros é uma estrutura física e operacional 
na qual são desenvolvidas as atividades que possibilitam deslocamentos 
internos e se busca a transferência eficiente, eficaz e segura do passageiro 
do modo de transporte utilizado até o ponto destinado ao embarque no 
ônibus e vice-versa.
Entre as funções básicas do terminal rodoviário de passageiros, destacam-
se as seguintes: prover maior eficiência ao sistema de transporte 
rodoviário de passageiros, possibilitar uma maior acessibilidade ao sistema 
de transporte e aumentar a mobilidade dos indivíduos dentro da rede de 
transporte.
Glossário
Fluxo: escoamento ou movimento contínuo de algo que segue um curso.
Interação: ão mútua ou compartilhada entre dois ou mais corpos ou indivíduos.
10
Marque a alternativa correta:
(1) O terminal rodoviário de passageiros é o principal 
elemento estruturador de uma rede de transporte rodoviário 
e, por conseguinte, representa um apoio ao sistema de 
transporte por meio do qual se processa a interação entre o 
indivíduo e o serviço de transporte.
( ) Certo ( ) Errado
(2) Com relação ao processamento dos serviços em um 
terminal rodoviário de passageiros, pode-se afirmar, exceto:
( ) A energia elétrica é um insumo do processo.
( ) O lixo e o esgoto são resíduos do processo.
( ) O processo não produz qualquer resíduo prejudicial ao 
meio ambiente.
( ) No processo, são necessários funcionários para operar e 
gerir o terminal.
(3) O uso de guia recuada auxilia o tráfego normal de veículos 
e, quando o trânsito é intenso, não atrapalha a volta dos 
ônibus ao fluxo de tráfego.
( ) Certo ( ) Errado
(4) No que tange às funções básicas do terminal rodoviário 
de passageiros, podem ser enumeradas as seguintes:
( ) Permitir o fácil embarque e desembarque de passageiros, 
bem como sua transferência entre ônibus, ou destes para 
outros modos de transporte.
( ) Oferecer os serviços necessários ao conforto e segurança 
no atendimento do usuário.
( ) Possibilitar uma circulação adequada de passageiros e 
veículos.
( ) Todas as alternativas anteriores estão corretas.
Atividades
11
Referências
GOUVÊA, V. B. Contribuição ao Estudo de Terminais Urbanos de Passageiros. Rio de 
Janeiro: IME, 1980.
HOFFMANN, M. H.; CRUZ, R. M.; ALCHIERI, J. C. Comportamento Humano no Trânsito. 
São Paulo: Casa do Psicólogo, 2003.
12
UNIDADE 8 | TERMINAIS 
RODOVIÁRIOS - CLASSIFICAÇÃO
13
Unidade 8 | Terminais Rodoviários - Classificação
Como os terminais rodoviários podem ser classificados? O que 
caracteriza cada tipo de terminal? Quais funcionalidades devem 
estar presentes em um terminal? 
Dando continuidade aos estudos dos elementos funcionais dos terminais rodoviários 
de passageiros, não podemos nos esquecer de que cada tipo de terminal desempenha 
um papel na rede de transportes de uma localidade ou região. Além disso, é preciso ter 
uma mente aberta e associativa para se compreender tudo que ocorre — em termos 
operacionais, comerciais e administrativos — no dia a dia, em um terminal.
Nesta unidade, abarcaremos a classificação dos terminais rodoviários de passageiros e 
sua caracterização funcional.
Fonte: www.freeimages.com
14
1. Classificação dos Terminais
Consoante Molinero e Arellano (1998) e Gouvêa (1980), é possível classificar os 
terminais rodoviários de passageiros considerando as características de sua utilização, 
e conforme a definição das funções e dos serviços prestados. As principais classificações 
ocorrem quanto ao modo de transporte e à organização político-administrativa. A 
seguir, vamos explorar cada classe.
1.1. Quanto ao Modo de Transporte
Quanto ao modo de transporte, os terminais rodoviários de passageiros podem ser:
• Terminal unimodal: é aquele que presta serviços a um único modo de transporte, 
como o ponto de parada de ônibus ou uma estação ferroviária;
• Terminal multimodal: serve a mais de uma modalidade de transporte de 
passageiros, de forma integrada e, na maioria das vezes, representa um ponto 
de transbordo necessário para se atingir o destino final. É um tipo de terminal 
mais característico dos grandes centros urbanos.
1.2. Quanto à Organização Político - Administrativa
Nesse tipo de classificação, tem-se a organização político–administrativa da origem 
e destino das viagens, que se relaciona com os tipos de serviço de transporte dentro 
dos núcleos urbanos ou entre esses núcleos, variando conforme os tipos de viagem, 
especialmente em relação à distância ou percurso, e segundo as necessidades dos 
usuários.
Com isso, a classificação dos terminais rodoviários de passageiros quanto à organização 
político-administrativa pode ser:
15
• Terminal urbano: os pontos extremos da viagem, ou seja, os terminais, estão 
localizados em uma mesma cidade ou área metropolitana e são utilizados para o 
atendimento dos transportes urbanos, suburbanos e intermunicipais.
Para o terminal urbano, há uma dependência socioeconômica 
entre os núcleos servidos (região metropolitana). Os usuários, 
em regra, caracterizam-se pela ausência de bagagem e pequena 
permanência no terminal, sendo que a maioria realiza viagens 
pendulares de frequência diária.
• Terminal interurbano (interestaduais e internacionais): os pontos extremos 
da viagem estão localizados em núcleos urbanos socioeconomicamente 
independentes. 
Os terminais interurbanos atendem aos serviços de transporte de média e longa 
distância entre os núcleos urbanos, inclusive dentro da unidade federativa. Os usuários 
desse terminal tendem a portar bagagem e dispor de um tempo de permanência maior 
no complexo, o que exige uma infraestrutura maior de serviços para o seu atendimento.
Perceba que os terminais interestaduais e internacionais geralmente operam na 
mesma base física do terminal interurbano, diferenciando-se apenas por atender às 
linhas de transporte entre núcleos situados em unidades diferentes da federação. 
Do ponto de vista dos operadores, esses terminais assumirão características político-
administrativas compatíveis com as condições de organização dos núcleos servidos.
2. Caracterização Funcional do Terminal Rodoviário
De acordo com Torbi (2014) e Nascimento (2010), o processamento de passageiros em 
um terminal rodoviário, além dos elementos de entrada estudados, necessita de uma 
planta física, trabalho dos seus funcionários diretos e indiretos, equipamentos, regras 
e procedimentos para gerir a operação e assegurar que todas as atividades sejam 
executadas adequadamente. 
16
Além disso, os diversos agentes que utilizam um terminal rodoviário de passageiros 
— tais como os passageiros, funcionários do terminal e das empresas de transporte 
com instalações no terminal, a tripulação dos ônibus, comerciantes e visitantes 
— apresentam uma série de necessidades que precisam ser atendidas por esse 
equipamento público. 
O terminal de transporte rodoviário precisa ter uma série de 
funcionalidades, em termos de infraestrutura dedicada às 
atividades e serviços disponibilizados, para a satisfação das 
necessidades dos usuários.
Por isso, tais funcionalidades devem ser consideradas na formulação dos conceitos 
de capacidade, desempenho, nível de serviço, qualidade, localização, acessibilidade,escoamento e mobilidade. 
É bom lembrar que as funcionalidades configuram as características finalísticas dos 
terminais, que variam bastante conforme o tipo do terminal. Essas características 
dependem das funções e objetivos do terminal e condicionam a sua operação e 
localização.
Para que você possa entender melhor esses conceitos, a figura seguinte apresenta um 
fluxograma com as funções comumente desenvolvidas para o exemplo de um terminal 
rodoviário interurbano de passageiros.
17
Figura - Fluxograma de um Terminal Rodoviário Interurbano
Origem da viagem dentro da cidade
Transporte Individual
Ponto de Integração
(ponto de ônibus, ponto de baú...)
Terminal Urbano
Transporte Público
Urbano
Destino da Viagem
dentro da cidade
Chegada do
Ônibus Rodoviário
Transporte público
urbano
Terminal urbano
Destino da viagem
dentro da cidade
Entreda do terminal rodoviário
de passageiros (TRP)
Passageiro com
bilhete adquirido
antecipadamente
Espera em área
comum ou sala VIP
Estacionamentos área
de desembarque / embarque
de trasporte individual 
Utilização dos serviços e
comodidades do TRP
Ônibus rodoviário
engajado em
nova viagem
Ritirada de bagagem
Despacho de
bagagem
Conexão para 2ª
viagem
Compra do bilhete de viagem
Acesso à plataforma
de embarque
Embarque
Desembarque
Transferência do passageiro
dentro do TRP
Ponto de Integração
(ponto de ônibus, ponto de bau...)
Pe
rím
et
ro
 d
o 
TR
P
Ônibus Rodoviário
deixa o TRP
Ônibus Rodoviário
vai para a garagem
18
O fluxograma mostra o processamento dos passageiros e veículos desde o momento 
em que o passageiro inicia sua viagem dentro da cidade — por transporte coletivo 
urbano ou individual — até o terminal, onde embarcará em um veículo que tenha 
como destino a localidade desejada. Também contempla o processo inverso, quando 
um passageiro desembarca do veículo no terminal e acessa o transporte individual ou 
coletivo para terminar sua viagem dentro da cidade, na sua residência, por exemplo. 
Similarmente, pode-se verificar a transferência de veículos pelo passageiro dentro 
do terminal, assim como o processamento do ônibus rodoviário nas atividades de 
embarque e desembarque de passageiros.
Resumindo
Quanto ao modo de transporte, os terminais rodoviários de passageiros 
podem ser do tipo unimodal e multimodal.
Quanto à organização político-administrativa, os terminais rodoviários de 
passageiros podem ser do tipo urbano e interurbano.
Atente-se ao fato de que o terminal de transporte rodoviário precisa ter 
uma série de funcionalidades, em termos de infraestrutura, dedicada às 
atividades e serviços disponibilizados, para a satisfação das necessidades 
dos usuários.
Veja, no links indicados, a movimentação no maior terminal 
rodoviário brasileiro, o Terminal do Tietê, em São Paulo, e 
procure identificar alguns dos seus elementos funcionais 
básicos:
<https://www.youtube.com/watch?v=my2_5qWaqMk> 
<https://www.youtube.com/watch?v=91S_Kwtz7g8>
19
Glossário
Associativa: associatividade é uma das três propriedades que definem um grupo.
Finalísticas: relativo a final.
Suburbanos: aquele que se encontra nos arredores da cidade. 
20
Marque a alternativa correta:
(1) Em regra, pode-se dizer que, para o terminal urbano, há uma 
dependência socioeconômica entre os núcleos servidos na região 
metropolitana.
( ) Certo ( ) Errado
(2) No que diz respeito à classificação dos terminais rodoviários de 
passageiros, pode-se afirmar:
( ) Terminal unimodal é aquele que presta serviços a um único 
modo de transporte, com o ponto de parada de ônibus ou uma estação 
ferroviária.
( ) Terminal multimodal é aquele que serve a mais de uma 
modalidade de transporte de passageiros, de forma integrada e, na 
maioria das vezes, representa um ponto de transbordo necessário 
para se atingir o destino final. 
( ) No terminal urbano, os pontos extremos da viagem estão 
localizados em uma mesma cidade ou área metropolitana, e são 
utilizados para o atendimento dos transportes urbanos, suburbanos 
e intermunicipais.
( ) Todas as alternativas anteriores estão corretas.
(3) As funcionalidades de um terminal rodoviário de passageiros do 
tipo urbano devem ser consideradas na formulação dos conceitos 
de capacidade, mas não têm relação com a mobilidade.
( ) Certo ( ) Errado
(4) Com relação aos terminais interurbanos de passageiros, pode-
se afirmar, exceto:
( ) Em geral, os pontos extremos da viagem estão localizados em 
núcleos urbanos socioeconomicamente independentes. 
( ) Atendem aos serviços de transporte de média e longa distância 
entre os núcleos urbanos, inclusive dentro da unidade federativa.
( ) Os usuários desse terminal tendem a portar bagagem e dispor 
de um tempo de permanência menor no complexo, em relação aos 
terminais urbanos.
( ) Os terminais interestaduais e internacionais geralmente 
operam na mesma base física do terminal interurbano.
Atividades
21
Referências
GOUVÊA, V. B. Contribuição ao Estudo de Terminais Urbanos de Passageiros. Rio de 
Janeiro: IME, 1980.
HOFFMANN, M. H.; CRUZ, R. M.; ALCHIERI, J. C. Comportamento Humano no Trânsito. 
São Paulo: Casa do Psicólogo, 2003.
22
UNIDADE 9 | TERMINAIS 
RODOVIÁRIOS - INSTALAÇÕES
23
Unidade 9 | Terminais Rodoviários - Instalações
Quais são os elementos funcionais de um terminal rodoviário 
de passageiros? Como se dividem os setores de um terminal? 
Que instalações ele deve contemplar? 
Os terminais rodoviários de passageiros, em função de sua finalidade, apresentam uma 
organização interna de seus espaços. Saber identificá-los é o primeiro passo para o correto 
planejamento de sua operacionalidade.
Nesta Unidade, estudaremos os elementos funcionais e instalações básicas do terminal 
rodoviário de passageiros.
Fonte: www.pixabay.com
24
1. Elementos Funcionais Básicos do Terminal Rodoviário
De acordo com Dunham (2008), é possível ilustrar, de forma esquemática, os elementos 
funcionais básicos do terminal rodoviário de passageiros.
Na forma esquemática apresentada, podem-se observar os elementos funcionais 
mínimos para o funcionamento do terminal com eficiência, qualidade e segurança. 
Observe o estacionamento externo, os pontos de entrada e saída — pelos quais fluirão 
os principais fluxos de passageiros —, a área de administração, as áreas dedicadas às 
lojas e serviços, guichês das empresas de transporte e sanitários. Já na área restrita, 
aparecem as plataformas específicas para embarque e desembarque, bem como as 
baias de estacionamento dos ônibus.
Elementos funcionais básicos de um terminal rodoviário interurbano de passageiros
Fonte: adaptado de Dunham (2008).
25
O Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT), que sucedeu 
o Departamento Nacional de Estrada de Rodagem (DNER), incorporou a coleção 
de determinados manuais de procedimentos rodoviários, editados pela antiga 
autarquia federal. Um deles é o Manual de Implantação de Terminais Rodoviários 
de Passageiros (MITERP), de 1986, que estabelece a sistemática de implantação do 
terminal, descrevendo etapas, procedimentos, critérios e recomendações de aspectos 
específicos, inclusive sobre a localização. 
O MITERP propõe a racionalização de procedimentos 
operacionais e de áreas, objetivando, por meio de redução dos 
investimentos, compatibilizar os eventuais programas de 
implantação de terminais, para o atendimento das reais 
demandas de passageiros e de ônibus, aos recursos 
orçamentários disponíveis (DNER, 1986).
Com isso, em função do tamanho do terminal, o MITERP (DNER, 1986) estabeleceu 
uma classificação para o equipamento. Na Parte II desse manual, são concebidas oito 
classes de terminais (de A até H), ordenadas conforme as projeções de demanda, para 
período não inferior a dez anos, transformada em parâmetros como número médio 
de partidas diárias, número de plataformas de embarque e número de plataformas de 
desembarque. Veja a Tabela 1.
26
Tabela1: Classificação dos terminais rodoviários de passageiros e dimensionamento 
do número de plataformas em função do número médio de partidas/dia
Fonte: DNER (1986)
A Tabela mostra como os terminais rodoviários de passageiros podem ser classificados, 
e como pode ser dimensionado o número de plataformas de embarque e desembarque 
em função do número médio de partidas/dia. Alguns aspectos a serem observados são:
• O número de plataformas de desembarque corresponde a 1/3 das de embarque;
• Para terminais com previsão superior a 1.250 partidas diárias, recomenda- se um 
dimensionamento especial ou instalação de novo terminal na localidade;
• O dimensionamento dos demais equipamentos do terminal deve ser em função 
do número de plataformas de embarque.
Tipos de Baias nos Terminais Rodoviários
O tipo de baia depende da concepção de operação do terminal, da forma e tamanho 
da área disponível e da localização de entrada e saída dos veículos. Os principais tipos 
de baia estão descritos a seguir.
• Linear: ao lado da calçada ou plataforma, sem afastamento, em que as entradas e 
saídas não são independentes.
FATORES Nº MÉDIO DE 
PARTIDAS/DIA
Nº DE 
PLATAFORMAS DE 
EMBARQUE
Nº DE 
PLATAFORMAS DE 
DESEMBARQUE
A 901 a 1250 45 a 62 15 a 21
B 601 a 900 30 a 45 10 a 15
C 401 a 600 20 a 30 7 a 10
D 251 a 400 13 a 20 5 a 7
E 151 a 250 8 a 13 3 a 5
F 81 a 150 5 a 8 2 a 3
G 25 a 80 2 a 5 1 a 2
H 15 a 24 1 1
27
• Linear com afastamento: permite a entrada e saída dos veículos de forma 
independente.
• Em ângulo, com avanço da baia na calçada: a entrada e saída dos veículos ocorre 
de forma independente, porém, os veículos têm que dar marcha a ré para saírem.
• Tipo “dente de serra”: com entradas e saídas independentes para os veículos.
• Com plataforma em forma de ilha: com entradas e saídas independentes.
2. Instalações Básicas do Terminal Rodoviário
O MITERP (DNER, 1986) define e relaciona as instalações básicas que devem integrar 
um terminal rodoviário de passageiros. Para fins didáticos, a fim de se ter uma visão 
mais abrangente, serão considerados os terminais mais amplos, ou seja, das classes A 
e B.
Assim, os terminais rodoviários de passageiros das classes A e B devem contar, 
minimamente, com cinco áreas ou setores: o setor de operações, o setor de uso público, 
o setor de serviços públicos, o setor de administração e o setor de comércio.
O setor de operações é formado pelas áreas destinadas à venda de passagens e 
outras atividades administrativas das operadoras, áreas de espera, chegada e saída dos 
ônibus, bem como as áreas de embarque e desembarque dos passageiros dos ônibus.
O setor de uso público é aquele formado pelas áreas destinadas ao atendimento 
de caráter geral aos usuários nos períodos que antecedem e sucedem o embarque 
e desembarque de passageiros dos ônibus, desde a chegada até a saída do terminal. 
Tal setor engloba os seguintes serviços: informações ao usuário, achados e perdidos, 
sanitários, fraldários, estacionamentos públicos, ponto de táxi, entre outros.
O setor de serviços públicos é aquele formado pelas áreas destinadas ao exercício, 
por entidades públicas ou privadas – inclusive a própria administradora do terminal, de 
atividades de apoio, assistência e proteção aos usuários do terminal. Tal setor engloba 
os seguintes serviços: correios, posto telefônico, guarda-volumes, posto da Polícia 
28
Militar, posto da Polícia Civil, posto do Corpo de Bombeiros Militar, posto de Juizado 
de Menores, posto do órgão fiscalizador dos serviços de transporte, posto do órgão 
fiscalizador do terminal rodoviário (quando concessionado).
Os postos de serviços públicos expressos ao cidadão (tais como 
o Poupa-Tempo, Na Hora, entre outros) podem estar presentes 
nos terminais rodoviários de grande porte, visto que concentram 
vários serviços em somente um local, facilitando a vida do 
cidadão.
O setor de administração é aquele formado pelas áreas destinadas ao exercício 
de atividades exclusivas da administradora (pública ou privada) para a gestão e 
manutenção do terminal, inclusive as de controle direto do movimento de chegada e 
saída dos ônibus, nas plataformas.
O setor de comércio é aquele formado pelas áreas destinadas às atividades de 
natureza comercial nos recintos do terminal. Tal setor inclui: praça de alimentação 
com lanchonetes e restaurantes, bancas de jornais e revistas, bombonieres, livrarias, 
engraxates, lojas de artesanato, casa lotérica, agências bancárias ou caixas eletrônicos, 
sala de internet, farmácia, perfumaria, quiosques, locadoras de veículos, agências de 
viagem, entre outros. 
Assista, no link indicado, a uma reportagem que mostra o 
terminal rodoviário de Porto Velho – RO com problemas bem 
comuns aos terminais rodoviários brasileiros:
<https://www.youtube.com/watch?v=GaaKUEHLDDg>
29
Resumindo
Há várias instruções técnicas governamentais que dispõem sobre a 
implantação de terminais rodoviários. Entre elas, destaca-se as constantes 
do MITERP, que propõe a racionalização de procedimentos operacionais e de 
áreas, objetivando, por meio de redução dos investimentos, compatibilizar 
os eventuais programas de implantação de terminais, para o atendimento 
das reais demandas de passageiros e de ônibus, aos recursos orçamentários 
disponíveis.
As instalações básicas de um terminal rodoviário de passageiros 
compreendem o setor de operações, de uso público, de serviços públicos, 
de comércio e de administração.
Lembre-se de que o setor de uso público deve compreender as áreas 
destinadas ao atendimento de caráter geral aos usuários nos períodos que 
antecedem e sucedem o embarque e desembarque de passageiros dos 
ônibus, desde a chegada até a saída do terminal.
Glossário
Bombonieres: é um tipo de doceria, um estabelecimento comercial onde se vendem 
doces, balas, chicletes, chocolates, refrigerantes, sucos, guloseimas em geral e 
sorvetes, como uma loja de doces.
Didáticos: relativo ao ensino, ou próprio dele; próprio para instruir
Implantação: ato ou efeito de implantar(-se); implante.
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Marque a alternativa correta:
(1) Os postos de serviços públicos expressos ao cidadão 
podem estar presentes nos terminais rodoviários de grande 
porte, visto que concentram vários serviços em somente um 
local, facilitando a vida do cidadão.
( ) Certo ( ) Errado
(2) É formado pelas áreas destinadas ao exercício, por 
entidades públicas ou privadas, inclusive a própria 
administradora do terminal, de atividades de apoio, 
assistência e proteção aos usuários do terminal. Está se 
falando do setor específico de um terminal rodoviário de 
passageiro denominado:
( ) Setor de administração
( ) Setor de serviços públicos
( ) Setor de uso público
( ) Setor operacional
(3) O setor de comércio de um terminal rodoviário não pode 
incluir locadoras de veículos e agências de viagem. 
( ) Certo ( ) Errado
(4) São setores que devem compor um terminal rodoviário 
de passageiros interestadual:
( ) Setor de administração
( ) Setor operacional
( ) Setor de uso público
( ) Todas as alternativas anteriores estão corretas.
 
Atividades
31
Referências
GOUVÊA, V. B. Contribuição ao Estudo de Terminais Urbanos de Passageiros. Rio de 
Janeiro: IME, 1980.
HOFFMANN, M. H.; CRUZ, R. M.; ALCHIERI, J. C. Comportamento Humano no Trânsito. 
São Paulo: Casa do Psicólogo, 2003.
IBGE. Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Disponível em: <www.ibge.gov.
br>. Acesso em janeiro de 2016. 
32
Gabarito
Unidade 7
1 - Certo
2 - B
3 - Certo
4 - D
Unidade 8
1 - Certo
2 - D
3 - Errado
4 - C
Unidade 9
1 - Certo
2 - B
3 - Errado
4 - D
	Unidade 7 | Elementos dos Terminais Rodoviários
	1. Conhecendo os Pontos de Parada de Ônibus
	2. Terminais Rodoviários
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	Atividades
	Referências
	Unidade 8 | Terminais Rodoviários - Classificação
	1. Classificação dos Terminais
	1.1. Quanto ao Modo de Transporte
	1.2. Quanto à Organização Político - Administrativa
	2. CaracterizaçãoFuncional do Terminal Rodoviário
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	Referências
	Unidade 9 | Terminais Rodoviários - Instalações
	1. Elementos Funcionais Básicos do Terminal Rodoviário
	2. Instalações Básicas do Terminal Rodoviário
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	Referências
	Gabarito

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