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1) PEÇA PRÁTICO-PROFISSIONAL Enunciado: Tália Marquina, brasileira, solteira, desempregada, portadora da identidade 0001, CPF 0002, residente e domiciliada na Rua Dom Pedro I, nº 123 – Rio de Janeiro-RJ, CEP 01020304, foi contratada pela sociedade empresária Serviços e Soluções Mais Ltda., pessoa jurídica inscrita no CNPJ 34567, localizada na cidade de Rio de Janeiro-RJ, como auxiliar de serviços gerais, de 01/12/2017 a 30/06/2018, quando foi dispensada sem justa causa, recebendo as verbas da ruptura contratual. Informa que fazia a limpeza dos banheiros da empresa, tanto os de uso dos funcionários como os destinados aos clientes do estabelecimento, tendo contato com lixo. Ademais, refere que trabalhava de segunda à sexta-feira, das 8h às 18h, com 30 minutos de intervalo. Tália se afastou por 60 dias, nos meses de fevereiro e março de 2018 em benefício previdenciário (auxílio doença acidentário), pois sofreu uma queda de uma escada, que utilizou a para a limpeza de uma janela, por orientação do empregador, sendo que a escada era velha, e em razão da ferrugem quebrou. Na ocasião gastou entre atendimento médico e medicamentos o valor de R$ 1.000,00. Por fim, menciona que durante o período de afastamento não teve recolhimento de FGTS e nem o pagamento de vale transporte. Com base nos dados apresentados, formule a peça (rito ordinário) de defesa dos interesses de Tália em juízo. EXCELENTISSIMO (A) SENHOR (A) DOUTOR (A) JUIZ (A) DA... VARA DO TRABALHO DE RIO DE JANEIRO -RJ. OU DOUTO JUÍZO DA ... VARA DO TRABALHO DE RIO DE JANEIRO-RJ. TÁLIA MARQUINA, brasileira, solteira, desempregada, portadora da identidade 0001, CPF 0002, CTPS..., PIS..., residente e domiciliada na Rua Dom Pedro I, nº 123 – Rio de Janeiro-RJ, CEP 01020304, vem respeitosamente à presença de Vossa Excelência, através de seu procurador (instrumento de mandato em anexo) e com fundamento no artigo 840, caput e § 1º da CLT, propor a presente RECLAMATÓRIA TRABALHISTA, pelo rito ordinário Em face da SOCIEDADE EMPRESÁRIA SERVIÇOS E SOLUÇÕES MAIS LTDA., pessoa jurídica inscrita no CNPJ 34567, localizada na cidade de Rio de Janeiro-RJ, aduzindo a matéria de fato e de direito a seguir: DA TUTELA PROVISÓRIA – REINTEGRAÇÃO ou INDENIZAÇÃO SUBSTITUTIVA EM RAZÃO DE ACIDENTE DE TRABALHO A reclamante sofreu acidente de trabalho, pois sofreu uma queda de uma escada, que utilizou a para a limpeza de uma janela, por orientação do empregador, sendo que a escada era velha, e em razão da ferrugem quebrou. Na ocasião gastou entre atendimento médico e medicamentos e ficou em benefício previdenciário por auxílio-acidente por dois meses. Em razão do acidente, a reclamante tinha garantida, pelo prazo mínimo de doze meses, a manutenção do seu contrato de trabalho na empresa, após a cessação do auxílio-doença acidentário, independentemente de percepção de auxílio-acidente. Diante do exposto, requer a imediata reintegração da reclamante ou a condenação da reclamada ao pagamento de indenização substitutiva, com fundamento no art. 300 do CPC, pois detentora de estabilidade acidentária, conforme Súmula 378, II do TST OU art. 118 da Lei 8.213/91. DO DANO EXTRAPATRIMONIAL PELO ACIDENTE DO TRABALHO Em razão dos fatos, também faz jus a reclamante ao pagamento de indenização pelo dano moral pelo sofrimento injusto a que foi submetida, pois presentes os requisitos da responsabilidade civil, previstos nos arts. 186 e 927 do Código Civil, bem como ofensa aos direitos à saúde e integridade física, assegurados no art. 223-C da CLT, pois comprovada a culpa da empresa em solicitar trabalho sem fornecer os equipamentos necessários, com devida segurança para sua realização. Diante do exposto, requer a condenação da reclamada ao pagamento de indenização por danos morais no valor de R$... DO DANO MATERIAL Ademais, caracterizado ao acidente do trabalho, deve o empregador indenizar a reclamante pelo dano material sofrido, no valor de R$ 1.000,00, pois aquele que comete ato ilícito fica obrigado a repará-lo, conforme do art. 186 e 927 do CC. HORAS EXTRAS PELO EXCESSO DE JORNADA A reclamante trabalhava de segunda à sexta-feira, das 8h às 18h, com 30 minutos de intervalo. Em razão disso, excedia a jornada legal em 1h30 por dia, pois conforme o art. 58 da CLT e art. 7º, XIII da CF, a jornada diária deve ser de até 8h. Diante do exposto, requer 1h30 por dia como hora extra, com o adicional de 50% sobre a hora extra e os correspondentes reflexos. HORAS EXTRAS PELO INTERVALO CONCEDIDO PARCIALMENTE A reclamante trabalhava de segunda à sexta-feira, das 8h às 18h, com 30 minutos de intervalo. Porém, sua jornada excedia 6 horas, deveria usufruir de no mínimo uma hora de intervalo, de maneira que deve ser pago o período suprimido, 30 minutos, com adicional de 50%, conforme o art. 71, §4º da CLT. Diante do exposto, requer 30 minutos por dia como hora extra, com o adicional de 50%. ADICIONAL DE INSALUBRIDADE A reclamante fazia a limpeza dos banheiros da empresa, tanto os de uso dos funcionários como os destinados aos clientes do estabelecimento, tendo contato com lixo, e, por isso, tem direito ao adicional de insalubridade, conforme assegura o art. 192 da CLT e a S. 448, II do TST. Diante do exposto, requer a condenação da reclamada ao pagamento de adicional de insalubridade em grau máximo, com os correspondentes reflexos. DO FGTS A reclamante, durante o afastamento por auxílio acidente não teve depósito do seu FGTS. Porém, a empresa deveria ter efetuado tal depósito, já que obrigatório, conforme art. 15, §5º da Lei 8.036/90 e art. 28, III, do Decreto 99.684/90. Assim, requer o depósito do FGTS dos meses de fevereiro e março de 2018. DA JUSTIÇA GRATUITA A reclamante está desempregada, preenche o requisito para a concessão do benefício da justiça gratuita, previsto no art. 790, §3º da CLT. Diante do exposto, requer a concessão do benefício da justiça gratuita. DOS HONORÁRIOS DE SUCUMBÊNCIA Ao final, deve a reclamada ser condenada ao pagamento de honorários de sucumbência, conforme previsão do art. 791-A da CLT. DOS PEDIDOS E REQUERIMENTOS FINAIS Diante do exposto, requer: a) A concessão de tutela provisória para reintegração da reclamante ou a condenação da reclamada ao pagamento de indenização substitutiva, no valor de R$... b) A condenação da reclamada ao pagamento de indenização pelo dano extrapatrimonial, dano moral, no valor de R$... c) A condenação da reclamada ao pagamento de indenização pelo material sofrido, no valor de R$ 1.000,00; d) A condenação da reclamada ao pagamento de 1h30 por dia, como hora extra, com adicional de 50% e reflexos, no valor R$... e) A condenação da reclamada ao pagamento de 30 minutos como hora extra pelo intervalo concedido parcialmente, com adicional de 50%, no valor de R$... f) A condenação da reclamada ao pagamento de adicional de insalubridade, em grau máximo, no valor de R$.... g) A condenação da reclamada ao pagamento dos depósitos do FGTS dos meses de fevereiro e março de 2018, no valor de R$... Por fim, requer: a) NOTIFICAÇÃO da reclamada, para, querendo, responder por todos os atos e termos da presente reclamatória trabalhista, pena de confissão e revelia; b) a concessão do benefício da justiça gratuita; c) a total PROCEDÊNCIA da demanda com a condenação da reclamada em todos os pedidos formulados na exordial, com juros e correção monetária. d) a produção de todo o gênero de PROVAS em Direito admitidas, especialmente pericial e testemunhal. e) a condenação da reclamada ao pagamento de honorários de sucumbência. Atribui-se à causa o valor de R$ ... Nestes termos, Pede deferimento. Local..., data.... Advogado ... OAB ... 2) PEÇA PRÁTICO-PROFISSIONALEnunciado: Carlos, ajuizou reclamação trabalhista, pelo Rito Ordinário, em face do Banco Grana Alta S/A, em 13.04.2018, afirmando que foi admitido em 01.04.2010, para exercer a função de gerente geral de agência, prestando seus serviços diariamente de segunda-feira a sexta-feira, das 8h às 19h, com intervalo para repouso e alimentação de 1h, e recebendo salário no valor de R$ 8.000,00 (oito mil reais), acrescido de 50% (cinquenta por cento), a título de gratificação de função, sendo dispensado em 30.02.2018, quando recebeu corretamente as verbas da ruptura contratual. Em sua ação o reclamante relata que, excedia o limite constitucional de jornada de trabalho, apesar de não ter se submetido a controle de ponto, mas que entende que o ônus da prova é da reclamada nestes aspectos. Aduziu, ainda, que mesmo exercendo a mesma função de Mauricio, funcionário readaptado, recebia R$ 2.000,00 a menos, já que o paradigma recebia salário de R$ 10.000,00 (dez mil reais), acrescidos da devida gratificação funcional de 50%. Alega que não usufruiu das férias do período aquisitivo de 2016, ano em que ficou afastado em razão de auxílio doença, por 7 meses. E que nesse período não recebeu o ticket refeição. Que recebia participação nos lucros uma vez a cada semestre, mas ela não era integrada para fim algum. Que o empregador acessou seu e-mail corporativo, tendo acesso a fotos e conversas que não desejava expor a terceiros, que entende que tal fato é ofensivo ao seu direito de intimidade. Diante do exposto, postulou a) a condenação do banco empregador ao pagamento de 2h como horas extraordinárias, com adicional de 50% (cinquenta por cento), com reflexos em aviso prévio, férias integrais e proporcionais, décimo terceiro salário integral e proporcional, FGTS e indenização compensatória de 40% (quarenta por cento), b) a diferença salarial, em razão da equiparação salarial; c) o pagamento das férias do ano de 2016 pela não concessão a tempo e modo; d) o pagamento de indenização pelo dano extrapatrimonial pelo acesso ao e-mail; e) a integração do valor recebido por participação dos lucros e correspondentes reflexos; f) o pagamento do ticket refeição do período de afastamento no ano de 2016; h) o pagamento de adicional de transferência de 25%; g) honorários advocatícios sucumbenciais; h) o benefício da justiça gratuita; Considerando que a reclamação trabalhista foi ajuizada perante a 99ª Vara do Trabalho de Rio Claro, e que todos os pedidos foram liquidados, e que Carlos atualmente trabalha no Banco SSS, recebendo a mesma remuneração, redija, na condição de advogado contratado pelo banco empregador, a peça processual adequada, a fim de atender aos interesses de seu cliente. Excelentíssimo Senhor Doutor Juiz do Trabalho da 99ª Vara do Trabalho de Rio Claro OU DOUTO JUÍZO DA 99ª VARA DO TRABALHO DE RIO CLARO Processo nº ... BANCO GRANA ALTA S/A., já qualificado nos autos do processo em epígrafe OU qualificação completa..., endereço completo..., vem à presença de Vossa Excelência, por seu advogado (procuração em anexo, e endereço profissional completo...), com fundamento no art. 847 da CLT, oferecer CONTESTAÇÃO Aos termos da Reclamatória Trabalhista ajuizada por CARLOS, também já qualificado nos autos OU qualificação completa..., endereço completo..., pelas razões de fato e de direito que passa a expor. DA PRELIMINAR - INÉPCIA DA PETIÇÃO INICIAL O Reclamante postula adicional de transferência, mas não apresenta nenhuma causa de pedir que justifique tal pedido. Em razão disso, requer seja reconhecida a inépcia da inicial, quanto ao pedido de adicional de transferência, pois ausente causa de pedir, conforme art. 330, §1º, I do CPC, Art. 840, § 1º, CLT e Art. 330, I, CPC. Diante do exposto, requer a extinção sem resolução de mérito do pedido de adicional de transferência, com fundamento no art. 485, I do CPC. Subsidiariamente, requer seja, no mérito, julgado improcedente o pedido pois não houve transferência do empregado, razão pela qual é indevido o adicional previsto no art. 469, §3º da CLT. DA PREJUDICIAL DE PRESCRIÇÃO QUINQUENAL A presente ação foi ajuizada em 13.04.2018, sendo que o reclamante começou a trabalhar para a reclamada em 01.04.2010. Há, pois, que ser reconhecida a prescrição quinquenal, que atinge as pretensões anteriores a cinco anos contados do ajuizamento da ação, conforme o Art. 7º, inciso XXIX, da CRFB/88, Art. 11, da CLT e Súmula 308, inciso I, do TST. Logo, as pretensões anteriores a 13.04.2013 estão prescritas. Diante do exporto, requer a extinção do feito com resolução de mérito, nos termos do art. 487, II do CPC, das pretensões anteriores aos últimos cinco anos, contados do ajuizamento da ação. DAS HORAS EXTRAS O reclamante refere que trabalhava de segunda-feira a sexta-feira, das 8h às 19h, com intervalo para repouso e alimentação de 1h, recebendo salário no valor de R$ 8.000,00 (cinco mil reais), acrescido de 50% (cinquenta por cento), sendo gerente geral. Postula, em razão da jornada, horas extras. Porém, o reclamante não tem direito às horas extras, pois não tem controle de horário, pois é gerente geral de agência, nos termos do Art. 62, inciso II, e § único, da CLT, e Súmula nº 287 do TST. Assim, requer seja julgado improcedente o pedido de horas extras, pois o reclamante está excluído do controle de jornada, e consequentemente de direito de recebimento de horas extras. DA EQUIPARAÇÃO SALARIAL O Reclamante refere que mesmo exercendo a mesma função de Maurício, funcionário readaptado, recebia R$ 2.000,00 a menos, já que o paradigma recebia salário de R$ 10.000,00 (dez mil reais), acrescidos da devida gratificação funcional de 50%. Em razão disso postula equiparação salarial. Porém, não há direito à equiparação salarial, pois o paradigma foi readaptado, conforme art. 461, §4º da CLT. Diante do exposto, requer seja julgado improcedente o pedido. DA FÉRIAS O reclamante alega que não usufruiu das férias do período aquisitivo de 2016, ano em que ficou afastado em razão de auxílio doença, por 7 meses. Porém, no caso de afastamento superior a 6 meses, o empregado perde o direito às férias, conforme art. 133, IV da CLT. Assim, deve ser julgado improcedente o pedido. DA INDENIZAÇÃO POR DANO EXTRAPATRIMONIAL- DANO MORAL O Reclamante refere que o empregador acessou seu e-mail corporativo, tendo acesso a fotos e conversas que não desejava expor a terceiros, que entende que tal fato é ofensivo ao seu direito de intimidade. Em razão disso, requer indenização por dano extrapatrimonial. Contudo, a conduta do empregador de acessar o e-mail corporativo não gera dever de reparação, pois decorre do poder de fiscalização e direção, não havendo ofensa a direito do reclamante e nem cometimento de ato ilícito, conforme art. 223-C da CLT e art. 186 e art. 927 do CC. Assim, deve ser julgado improcedente o pedido. DO TICKET O reclamante alega que não usufruiu das férias do período aquisitivo de 2016, ano em que ficou afastado em razão de auxílio doença, por 7 meses. E que nesse período não recebeu o ticket refeição. Requer, pois, o pagamento do referido benefício. Entretanto, conforme art. 476 da CLT, súmula 440 do TST e ainda arts. 59, 60 e 63 da Lei 8.213/91, foi suspenso o contrato de trabalho durante o período de afastamento de auxílio doença, e, em razão disso, o empregado não faz jus ao ticket refeição. Assim, deve ser julgado improcedente o pedido. DA PARTICIPAÇÃO NOS LUCROS Sustenta o reclamante que recebia participação nos lucros uma vez a cada semestre, mas ela não era integrada para fim algum. Em razão disso, requer a integração da participação dos lucros em seu salário. Porém, a verba de participação noslucros, em razão da Lei 10.101/00, art. 3º, não reflete em qualquer direito. Assim, deve ser julgado improcedente o pedido. DA JUSTIÇA GRATUITA O reclamante não tem direito ao benefício da justiça gratuita, pois recebe remuneração acima do limite estabelecido pelo art. 790, §3º da CLT. Além disso, não há comprovação de insuficiências de recursos, nos termos do art. 790, §4º da CLT. Assim, deve ser indeferido o pedido de tal benefício. DOS HONORÁRIOS DE SUCUMBÊNCIA Os pedidos do reclamante devem ser julgados improcedentes, conforme a fundamentação supra, e, em razão disso, deve ser julgado improcedente seu pedido de honorários de sucumbência, e condenado ao pagamento de horários de sucumbência para o advogado que subscreve, conforme art. 791-A da CLT. DOS PEDIDOS Diante do exposto, requer: a) Seja acolhida a preliminar de inépcia da inicial, com a extinção sem resolução quanto ao pedido de adicional de transferência; b) Seja acolhida a preliminar de prescrição parcial, extinguindo-se com resolução de mérito as parcelas anteriores aos últimos 5 anos que antecedem o ajuizamento da ação; c) Sejam julgados totalmente improcedentes os pedidos do reclamante, pelas razões apresentadas; d) A condenação do reclamante ao pagamento de honorários de sucumbência; e) A produção de todas as provas em direito admitidas. Nestes termos, pede deferimento. Local..., data... Advogado.... OAB.... 3) PEÇA PRÁTICO-PROFISSIONAL Enunciado: Tramita perante a 20ª Vara do Trabalho de Santa Cruz do Sul a RT nº 000153-80.2018.5.04.0020, ajuizada em 06/10/2018, por Carmelinda, em face da empregadora Serviços e Soluções Ltda., e da empresa pública PRODADOS. Nela foi proferida sentença que, em síntese: ✓ Julgou procedente o pedido de responsabilidade subsidiária da tomadora dos serviços, pois reconhecida a terceirização, e a ausência de fiscalização do contrato. ✓ Julgou improcedente o pedido de insalubridade, pois a perícia constatou que o agente agressor era diverso do apontado na inicial. ✓ Julgou improcedente o pedido de horas in itinere, inobstante a ausência de transporte público e o local de difícil acesso em que estava situada a reclamada, pois considerou que tais horas não são consideradas tempo à disposição do empregador, conforme art. 58, §2º da CLT. ✓ Julgou procedente o pedido de plus salarial, em razão do acúmulo funcional, desde a contratação, ocorrida em 01/05/2014, até a dispensa, ocorrida em 26/08/2017, já que durante o contrato de trabalho, exercia função estranha em parte do horário de trabalho. ✓ Julgou procedente o pedido de adicional noturno, no período de labor após às 22h, pois a reclamante laborava das 18h às 23:30h, com o adicional de 10%. ✓ Julgou improcedente o pedido de salário família, inobstante possuir um filho, de 8 anos, pois a reclamante tinha o ônus de provar que apresentou a certidão de nascimento no ato da contratação, o que não fez durante a instrução processual. ✓ Julgou procedente a reconvenção da reclamada, condenando a reclamante a pagar o valor de R$ 3.000,00 referente ao dano que causara ao empregador, mesmo sem previsão no contrato, já que por sua culpa o computador de trabalho foi danificado, quando era transportando para ser instalado em nova sala. ✓ Determinou que os honorários do perito, que haviam sido adiantados pela reclamada, fossem restituídos pela reclamante, já a reclamante foi sucumbente na pretensão objeto do pedido, e que mesmo deferindo o benefício da justiça gratuita, os honorários deveriam ser pagos, considerando haver créditos neste processo. Diante do que foi exposto, não cabendo Embargos de Declaração, visto que a decisão foi clara em todos os aspectos, apresente a peça pertinente aos interesses da empregada, sem criar dados ou fatos não informados. As custas da Reclamação foram fixadas em R$ 300,00 sobre o valor arbitrado à condenação de R$ 15.000,00, e na reconvenção, as custas foram fixadas em R$ 60,00, sobre o valor da condenação de R$ 3.000,00. AO DOUTO JUÍZO DA 20ª VARA DO TRABALHO DE SANTA CRUZ DO SUL Processo nº 000153-80.2018.5.04.0020 CARMELINDA, já qualificada nos autos do processo em epígrafe, OU qualificação completa..., endereço completo..., em que contende com SERVIÇOS E SOLUÇÕES LTDA., e a empresa pública PRODADOS, igualmente já qualificadas nos autos, OU qualificação completa..., endereço completo..., vem à presença de Vossa Excelência, por seu advogado, inconformada com a sentença prolatada, interpor RECURSO ORDINÁRIO, com fundamento no art. 893, II da CLT e art. 895, I da CLT. Informa-se que todos os pressupostos de admissibilidade se encontram presente, não tendo feito pagamento de custas e depósito recursal, em razão da gratuidade da justiça concedida nos autos. Diante do exposto, requer o recebimento do presente recurso, com a intimação da parte adversa para apresentar contrarrazões no prazo de 8 dias, e posterior remessa ao Egrégio Tribunal Regional do Trabalho. Nestes termos, pede deferimento. Local..., Data... Advogado... OAB... EGRÉGIO TRIBUNAL REGIONAL DO TRABALHO DA ... REGIÃO RECORRENTE: CARMELINDA RECORRIDOS: SERVIÇOS E SOLUÇÕES LTDA. E A EMPRESA PÚBLICA PRODADOS PROCESSO: 000153-80.2017.5.04.0020 OBJETO: RAZÕES DE RECURSO ORDINÁRIO Eminentes Julgadores, Nos autos do processo em epígrafe foi prolatada sentença que julgou parcialmente procedente a reclamação trabalhista, e procedente a reconvenção. Ocorre que, a decisão deve ser reformada, pelas seguintes razões: DO ADICIONAL DE INSALUBRIDADE O magistrado julgou improcedente o pedido de insalubridade, pois a perícia constatou que o agente agressor era diverso do apontado na inicial. Ocorre que, o magistrado não está vinculado ao agente indicado pela parte, conforme Súmula 293 do TST, ou seja, o adicional poderia ser deferido mesmo que por agente diverso. Diante do exposto, requer a reforma da sentença para julgar procedente o pedido da reclamante. DAS HORAS IN ITINERE O magistrado julgou improcedente o pedido de horas in itinere, inobstante a ausência de transporte público e local de difícil acesso em que estava situada a reclamada, pois considerou que tais horas não são consideradas tempo à disposição do empregador, conforme art. 58, §2º da CLT. Porém, há direito ao pagamento de horas in intinere, pois o contrato vigou antes da reforma trabalhista, logo, aplicável a súmula 90, I do TST, que garante que o tempo de deslocamento será computado na jornada. Diante do exposto, requer a reforma da sentença para julgar procedente o pedido da reclamante. DO ADICONAL NOTURNO O juiz julgou procedente o pedido de adicional noturno, no período de labor após às 22h, pois a reclamante laborava das 18h às 23:30h, mas fixou adicional de 10%. Porém, o adicional deve ser de pelo menos 20% (vinte por cento), sobre a hora diurna, conforme art. 73, caput, da CLT. Diante do exposto, requer a reforma da sentença para julgar procedente o pedido da reclamante de acional, com o adicional de 20%. DO SALÁRIO-FAMÍLIA O magistrado julgou improcedente o pedido de salário família, inobstante possuir um filho, de 8 anos, pois a reclamante tinha o ônus de provar que apresentou a certidão de nascimento no ato da contratação, o que não fez durante a instrução processual. Porém, há o direito pretendido, pois havendo filho menor de 14 anos, é caracterizado o direito nos termos Art. 66 da Lei 8213/91, Art. 83 do Decreto 3.048/99, Art. 7º, XII, da CF/88, Art. 2º da Lei 4266/63 ou Art. 4º do Decreto 53.153/63, e que o ônus da prova era da reclamada, conforme art. 818, II da CLT. Diante do exposto, requer a reforma da sentença para julgar procedente o pedido da reclamante.DA RECONVENÇÃO O magistrado julgou procedente a reconvenção da reclamada, condenando a reclamante a pagar o valor de R$ 3.000,00 referente ao dano que causara ao empregador, mesmo sem previsão no contrato, já que por sua culpa o computador de trabalho foi danificado, quando era transportando para ser instalado em nova sala. Porém, para que fosse possível o desconto do dano causado por culpa deveria haver previsão em contrato, conforme art. 462, §1º da CLT, o que não ocorreu no caso em tela. Diante do exposto requer a reforma da sentença para julgar improcedente o pedido da reclamada em reconvenção. DOS HONORÁRIOS PERICIAIS Por fim, o juiz determinou que os honorários do perito, que haviam sido adiantados pela reclamada, fossem restituídos pela reclamante, já ela era sucumbente na pretensão objeto do pedido, e que deveria fazer o pagamento mesmo sendo beneficiária da justiça gratuita, pois haveria créditos a receber neste processo. Contudo, como o pedido de insalubridade deve ser julgado procedente, mesmo que por agente diverso do apontado na inicial, as partes sucumbentes serão as reclamadas, a quem compete arcar com os honorários do perito, conforme art. 790-B da CLT. Diante do exposto, requer a reforma da sentença para que os honorários periciais sejam suportados pelas reclamadas. DOS PEDIDOS Diante do exposto, requer seja conhecido e provido o recurso para reformar a sentença prolatada, para julgar procedente os pedidos da reclamante e improcedente a reconvenção da reclamada. Nestes termos, pede deferimento. Local... Data... Advogado... OAB... 4) PEÇA PRÁTICO-PROFISSIONAL Enunciado: Tramita perante a 9ª Vara do Trabalho de Americana a Reclamação Trabalhista nº 000153-80.2018.5.09.0009, ajuizada em 06/11/2018 por José, em face da sociedade empresária Super Mais Ltda. Nela foi proferida sentença que, em síntese, assim julgou os pedidos formulados: *Acolheu a preliminar de incompetência absoluta arguida pela reclamada, quanto ao pedido de recolhimento de contribuições previdenciárias. *Acolheu a prejudicial de prescrição quinquenal, por entender que as parcelas anteriores a 06/11/2013 estavam fulminadas pela prescrição. *Julgou parcialmente procedente o pedido de horas extras, reconhecendo que o reclamante excedia sua jornada em 30 minutos, nas sextas-feiras, com adicional de 50%, e reflexos. Destacou que embora o reclamante tivesse arguido que laborava 1 hora a mais todos os dias, a reclamada juntou os cartões pontos, sendo que neles apenas foi constatada a jornada excedente de 30 minutos, nas sextas-feiras, sendo que o reclamante não se desincumbiu de produzir provas sobre as horas suspostamente laboradas. *Julgou improcedente o pedido de reintegração do Reclamante, entendendo que ele poderia ter sido dispensado já que ocupava o cargo de delegado sindical quando da dispensa, não tendo, pois, estabilidade provisória. *Julgou improcedente o pedido de indenização por dano moral, por entender que não houve humilhação do reclamante, por ter sido comunicado de sua dispensa por intermédio de um colega de trabalho, pois a forma eleita pela ré seria proporcional. *Julgou improcedente o pedido de correção monetária, pois, embora o empregador tenha alterado a data de pagamento, que era dia 1º para o dia quinto dia útil, foi respeitado o limite estabelecido pela legislação. O reclamante não se conformou com a sentença, apresentado a peça pertinente à reversão da decisão, 15 dias úteis após a intimação, informando que não realizava o depósito recursal e pagamento das custas. Na sua peça defendeu que a justiça do trabalho tem competência para a cobrança de contribuições sociais, conforme o art. 114, VIII da CF. Que a alteração da data de pagamento lhe trouxe prejuízos e que tal alteração não poderia ter ocorrido em razão do princípio da inalterabilidade contratual in pejus. Que a prescrição deveria ser contada da data da dispensa e não da data do ajuizamento da ação. Que o ônus da prova, quanto às horas extras era da reclamada, e, que haveria presunção de veracidade da jornada alegada na inicial. Que detentor de estabilidade por aplicação do artigo 8º, inciso VIII, da CF e do artigo 543, parágrafo 3º, da CLT. Ademais, sustentou que a forma eleita pela ré, em comunicar sua dispensa por colega de trabalho, foi indigna, e que enseja direito de reparação pelo dano moral causado. Agora, você como advogado da reclamada é intimado para que adote a providência cabível. Obs.: a peça deve abranger todos os fundamentos de Direito que possam ser utilizados para dar respaldo à pretensão. A simples menção ou transcrição do dispositivo legal não confere pontuação. Douto juízo da 9ª Vara do Trabalho de Americana Processo nº 000153-80.2017.5.09.0009 SUPER MAIS LTDA., já qualificada nos autos do processo em epígrafe, por seu advogado, vem à presença de Vossa Excelência, em atenção ao recurso ordinário apresentado pelo reclamante JOSÉ, oferecer CONTRARRAZÕES AO RECURSO ORDINÁRIO, com fundamento no art. 900 da CLT. Informa-se que todos os pressupostos de admissibilidade das presentes contrarrazões encontram-se presentes. Diante do exposto, requer o recebimento das presentes contrarrazões, e posterior remessa ao Egrégio Tribunal Regional. Nestes termos, pede deferimento. Local... Data... Advogado... OAB... EGRÉGIO TRIBUNAL REGIONAL DO TRABALHO DA ... REGIÃO Recorrente: JOSÉ Recorrido: SUPER MAIS LTDA. Objeto: CONTRARRAZÕES AO RECURSO ORDINÁRIO Processo nº: 000153-80.2017.5.09.0009 Eminentes Julgadores, Nos autos do processo em epígrafe foi prolatada sentença de parcial procedência, sendo que o reclamante interpôs Recurso Ordinário pugnando pela reforma da sentença. Ocorre que, a decisão deve ser mantida pelas razões que passa a expor: PRELIMINAR DE INTEMPESTIVIDADE Inicialmente, inconformado o recorrente 15 dias úteis após haver sido notificado da decisão de improcedência dos pedidos, apresentou a medida jurídica cabível para tentar revertê-la. Ocorre que, o prazo para a interposição de recurso ordinário é de 08 dias, nos termos do art. 895, I da CLT. Assim, não deve ser conhecido o presente recurso, por intempestivo. DA INCOMPETÊNCIA MATERIAL DA JUSTIÇA DO TRABALHO O magistrado acolheu a preliminar de incompetência absoluta arguida pela reclamada, quanto ao pedido de recolhimento de contribuições previdenciárias. Porém, o recorrente, na sua peça defendeu que a justiça do trabalho tem competência para a cobrança de contribuições sociais, conforme o art. 114, VIII da CF. Ocorre que, a justiça do trabalho apenas tem competência para executar as contribuições previdenciárias das sentenças condenatórias em pecúnia que proferir e dos acordos que homologar, conforme art. 114, VIII da CF e Súmula 368, I do TST. Diante do exposto, requer seja improvido o recurso do reclamante, sendo mantida a sentença. DA PRESCRIÇÃO PARCIAL Na sentença foi acolhida a prejudicial de prescrição quinquenal, por entender que as parcelas anteriores a 06/11/2013 estavam fulminadas pela prescrição. Porém, o recorrente sustenta que a prescrição deveria ser contada da data da dispensa e não da data do ajuizamento da ação. Porém, conforme art. 11 da CLT e art. 7, XXIX da CF e Súmula 308, I do TST, a prescrição quinquenal é contada da data do ajuizamento da ação e não da dispensa. Diante do exposto, requer seja improvido o recurso do reclamante, sendo mantida a sentença. DAS HORAS EXTRAS O juiz julgou parcialmente procedente o pedido de horas extras, reconhecendo que o reclamante excedia sua jornada em 30 minutos, nas sextas-feiras, com adicional de 50%, e reflexos. Destacou que embora o reclamante tivesse arguido que laborava 1 hora a mais todosos dias, a reclamada juntou os cartões pontos, sendo que neles apenas foi constatada a jornada excedente de 30 minutos, nas sextas-feiras, sendo que o reclamante não se desincumbiu de produzir provas sobre as horas suspostamente laboradas. Porém, em seu recurso o recorrente sustenta que o ônus da prova, quanto às horas extras era da reclamada, e, que haveria presunção de veracidade da jornada alegada na inicial. Mas, tal sustentação não merece acolhida, pois como a reclamada juntado aos autos o controle de jornada, a prova de horas extras cabia ao reclamante, já que é fato constitutivo do seu direito, conforme art. 818, I da CLT e S. 338, I e III do TST. Diante do exposto, requer seja improvido o recurso do reclamante, sendo mantida a sentença. DA ESTABILIDADE - REINTEGRAÇÃO Foi julgado improcedente o pedido de reintegração do Reclamante, entendendo que ele poderia ter sido dispensado já que ocupava o cargo de delegado sindical quando da dispensa, não tendo, pois, estabilidade provisória. Mas, o reclamante recorre sustentando que é detentor de estabilidade por aplicação do artigo 8º, inciso VIII, da Constituição Federal e do artigo 543, parágrafo 3º, da CLT. Contudo, a sentença deve ser mantida, pois o reclamante não era detentor de estabilidade, pois delegado sindical não é beneficiário da estabilidade provisória prevista no art. 8º, VIII, da CF/1988, a qual é dirigida, exclusivamente, àqueles que exerçam ou ocupem cargos de direção nos sindicatos, submetidos a processo eletivo, conforme OJ 369, da SDI-1 do TST. DA CORREÇÃO MONETÁRIA O magistrado julgou improcedente o pedido de correção monetária, embora o empregador tenha alterado a data de pagamento, que era dia 1º para o quinto dia útil, pois foi respeitado o limite estabelecido pela legislação. E, em seu recurso, o reclamante sustenta que a alteração da data de pagamento trouxe prejuízos e que tal alteração não poderia ter ocorrido em razão do princípio da inalterabilidade contratual in pejus. Contudo, o pagamento do salário pode ser feito até o 5º dia útil, e foi respeitado tal prazo, não havendo razão para pagamento da correção monetária, conforme S. 381 do TST, OJ 169 da SDI-1, e art. 459, §1º da CLT. Diante do exposto, requer seja improvido o recurso do reclamante, sendo mantida a sentença. DO DANO MORAL O pedido de indenização por dano moral foi julgado improcedente, pois o magistrado a quo entendeu que não houve humilhação do reclamante, por ter sido comunicado de sua dispensa por intermédio de um colega de trabalho, pois a forma eleita pela ré seria proporcional. Mas, o reclamante recorre, sustentando que a forma eleita pela ré, em comunicar sua dispensa por colega de trabalho, foi indigna, e que enseja direito de reparação pelo dano moral causado. Contudo, não há norma legal que exija que a dispensa seja comunicada por superior hierárquico, e não há ato ilícito do empregador, que não violou nenhum direito do reclamante, conforme art. 223-C da CLT e art. 5º, X da CF e art. 186 e art. 927 da CC. Diante do exposto, requer seja improvido o recurso do reclamante, sendo mantida a sentença. DOS PEDIDOS Diante do exposto, requer: A) Sejam recebidas as presentes contrarrazões, com o acolhimento da preliminar de intempestividade, não se conhecendo do recurso; B) Subsidiariamente, seja improvido o recurso para que seja mantida a sentença nos termos da fundamentação. Nestes termos, pede deferimento. Local..., data... Advogado...OAB...
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