Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
FISIOPATOLOGIA NP1 E NP2 OBESIDADE EXCESSO DE PESO- até 20% acima do normal •OBESIDADE- maior que 20 % normal CLASSIFICAÇÃO Quanto ao número e dimensão dos adipócitos: Hipertrófica: tamanho do adipócito Hiperplásica: n de adipócitos Quanto a distribuição de gordura: •Andróide - predominantemente na metade superior •Ginóide - predominantemente na metade inferior •Mista - indeterminada ou difusa Segundo a relação peso/estatura DISTRIBUIÇÃO- AÇÃO HORMONAL •TESTOSTERONA- ↓ o volume dos adipócitos •ESTROGÊNIO - ↑ tanto o número quanto o volume dos adipócitos na parte baixa do corpo •CORTISOL - ↑ o volume dos adipócitos na parte alta do corpo. ETIOLOGIA DA OBESIDADE: fatores genéticos e ambientais FATORES AMBIENTAIS: - Impriting Metabólico - Aspec psicológicos - Asp SocioEc Cul → acesso ao alimento, AF, informação FATORES GENÉTICOS: Via Orexígena: NYY/AgRP Via Orexígena: POMC → Regulação Neuroendócrina: hormônios, neurotransmissores, enzimas, receptores →Ingestão Energética ↑: VCT, composição da dieta →Gasto Energético ↓: Ind Met de Repouso, Termogênese (pimenta, chá verde, gengibre), AF FISIOPATOLOGIA DA OBESIDADE: vários fatores: atuam e interagem na regulação da ingestão de alimentos e de armazenamento de energia, contribuindo para o surgimento e a manutenção da obesidade; Entre eles, fatores neuronais, fatores endócrinos e adipocitários e fatores intestinais. Controle da Ingestão Alimentar: Fatores Extrínsecos: condições socioeconômicas Fatores Intrísecos: fisiologia do organismo (fatores neuronais, endócrinos, adipocitários e intes.) REGULAÇÃO NEURAL DA INGESTÃO ALIMENTAR SNC tem papel fundamental na homeostasia →Hipotálamo: importante na regulação de vários sistemas, principalmente relacionado com a ingestão alimentar. Consumo, armazenamento e gasto energético. Controle da quant. Ingerida de alimentos → não há tempo para alterações nos estoques corporais de energia e demora horas para fatores nutricionais levaram a inibição do apetite. Quem sinaliza a hora de parar???? Enchimento gastrointestinal →Regulação a Curto Prazo →Distenção do TGI >> Sinais Inibitórios >> Suprime o centro da fome OBS: Orexígeno: estimula a fome / Anorexígeno: estimula a saciedade Fatores Hormonais Gastrointestinais → Grelina: ↑fome Atua no estômago. Células oxinticas - cirurgia bariátrica – saciedade precoce- tem alta concentração no jejum e baixa na obesidade. Funções: inicia o impulso nervoso/↓ a ação da leptina (ptn anorex) / secreção e motilidade (de algumas enzimas) do TGI (alimento passa mais rápido no TGI gerando mais fome). Ação no hipotálamo >> Estimula neurônios orexígenos (NPY e AgRP ↑ fome ) >> É inibida pela hiperglicemia pós- prandial e hiperinsulinemia (é inibida quando a insulina e glicemia prandial ↑) → Peptídeo YY: ↑saciedade Produzida TGI (íleo e cólon) obesos tem ↓ concentração pós- prandial, especialmente nas refeições noturnas (come+). Sua secreção é influenciada pelo número de calorias da refeição e por sua composição. ↓ níveis de grelina - ↓ impulso alimentar Inibe diretamente nos neurônios NPY/AgRP e estimula a POMC. → Incretinas (GLP-1 E GIP) - Peptídeo Gucaglon e Peptídeo Inibidor Gástrico Anorexígeno → atuam como sinal de saciedade / Secretadas frente ingestão de nutrientes e liberação de CCK (Colicistocinina › precisa de gordura). Estimulam a secreção de insulina na hiperglicemia. →Oxintomodulina (OXM) ↑saciedade Efeitos anorexígenos semelhantes às incretinas. / Produzidos na porção distal do intestino. Age no hipotálamo ↓ apetite e secreção de grelina → Insulina Secretado pelas células B pancreáticas → captação de glicose do sangue e armazenamento de glicogênio. Excesso de CHO → produção de gorduras > armazenamento no tecido adiposo. - Atua no SNC induzindo a saciedade, aumentando o gasto energético e regulando a ação da leptina. ↓ Insulina > hiperfagia e aumento de peso ↑ Insulina > ↑ leptina > saciedade Regulação a Longo Prazo *O controle do alimento depende do estado nutricional do organismo Animal privado de Alimentos >> Na presença de alimentos >> Ingere quantidades ↑ Animal forçado a comer p/ várias sem >> Na presença de alimentos >> Ingere quantidades ↓ Concentração Sanguíneas de Glicose, Aminoácidos e Lipídeos Teorias glicostática, aminostática e lipostática = desregula ↓ glicose, mais compulsivo com o açúcar. Disp reduzida do nutriente / ↑ o desejo por comida rica no nutriente Fatores Adipocitários: > Depósito Energético > Regulação da Tº > Proteção contra choques mecânicos > Orgão endócrino – metabólico por produzir moléculas envolvidas na regulação da fome (adipocinas) → leptina, adiponectina, fator de necrose tumoral α, resitina. Tecido Adiposo Magro – macrófago tipo M2 (macrófago menos infl) ↓ Excesso Alimentar ↓ Tecido Adiposo Obeso ↓ Liberação alterada de Adipocinas ↓ Adiponectina, ↓IL-10(interleucina 10) ↑ AGL, ↑TNF-α,↑ IL–6,↑ Resistência, ↑RBP4 (ptn ligadora), ↑ Leptina (se torna resitente) Cérebro ↓ Gasto Energético ↑ Ingestão Alimentar ↓Produção de Glicose Hepática Músculo Inflamação, acumulo ectópico de lip, resistência à Insulina → Capt de gly → Oxidação de AGL(Sangue- hiperinsulinemia / Fígado- esteatose) Fígado Inflamação, acúmulo ectópico de lipídeos, resistência à insulina. ↑ Glicogenólise (degrad de glicogênio) ↑ Gliconeogênese (prod de outras fontes) = ↑ Glicemia, Res.Insulínica Leptina – Anorexígeno Ptn produzida por adipócitos → atua nos recp expressos no hipotálamo p/ promover a sensação de saciedade. • ↓ a fome e ↑ o gasto energético, atuando no hipotálamo (inibindo NPY/AgRP e estimulando a POMC). • Camundongos deficientes em Leptina eram mais pesados e apresentavam maior ing. alimentar Outras Adipocinas: Adiponectina Melhora a ação da insulina → por estimulação dos seus receptores e por aumentar a oxidação de ác.graxos • ↓ Gliconeogênese • ↑ cap de glicose pelo músculo, diminuindo níveis séricos de glicose Fator de Necrose Tumoral α - marcador altamente inflamatório • Efeito contrário da adiponectina → suprime a sinalização da insulina. Quando ↑, a sinalização da insulina piora. Resistina (nos obesos) • Causa resistência a insulina e está frequentemente elevada a obesos. ---------------------------------------------------------------------------------------------------------- FATORES INFLUENCIADORES NA INGESTÃO ALIMENTAR • A leptina e a insulina estimulam a via catalítica e inibem a via anabólica oriunda do núcleo arqueado que segue para o núcleo paraventricular que faz conexão com vias autônomas que processam a saciedade. • Redução do número de receptores dos sinais adipocitários(devido a uma dieta hipocalórica). • Aumenta a quant de alimento ingerida por diminuir as respostas dos sinais de saciedade. ---------------------------------------------------------------------------------------------------------- TECIDOS RELACIONADOS COM O EQUILÍBRIO ENERGÉTICO (SP OBS) Adiposo Branco: ocupada quase inteiramente por gotícula de gordura. Função: armazenar gordura Adiposo Marrom: grande quantidade de mitocôndrias e proteínas (LICP1) Função: produção de calor e “desperdiçar” energia Muscular: grande quantidade de mitocôndrias (melhorar gasto de energia) e capacidade de aumentar o metabolismo. Função: movimento, sustentação e estímulo para os demais tecidos e órgãos NEUROMODULADORES Mensageiros liberados por neurônios para compatíveis. • Sintetizados principalmente pelos neurônios do núcleo arqueado ─ Neurônios Pró- Opiomelanocortina (POMC) - produtores de substancias orexígenas • Hormônios α- melanócito estimulante (α- MSH) - saciedade •Transcrito relacionado a cocaína e anfetamina (CARTH) • Sua ativação: ↓ ingestão de alimentos ↑ gasto energético ─ Neuropeptídeo Y (NPY) • Proteína relacionada ao agouti (AgPR) •Sua ativação: ↑ingestão de alimentos ↓gasto energético OUTROS NEUROMODULADORES Anorexígenas Orexígenas Leptina Endorfinas Serotonina Galanina (GAL) Norepinefrina Cortisol Insulina Grelina Colecestocinina (CCK) endocanabinoidesPeptídeo (PYY) OBESIDADE GENÉTICA GENÉTICA: dificuldade na regulação neuro-hormonal da obesidade. As mutações que mais contribuem para o desenvolvimento da obesidade são: Receptor beta adrenérgico Leptina Receptor Ob Fator de necrose tumoral (TNF) Pró-ópio melanocortina (POMC) Receptor da melanocortina 4 (MC4R) Neuropeptídeo Y (NPY) CIRURGIA BARIÁTRICA- técnica restritivaque reduz o tamanho do estômago ocasionando a saciedade precoce; DIAGNÓSTICO: Presença de comorbidade, que resulta da obesidade ou é por ela agravada: 45kg ou IMC acima de 40kg/m2 ou IMC > 35kg/m2 em presença de complicações graves da obesidade; Fracasso de métodos conservadores de emagrecimento bem conduzidos; Diminuição da absorção dos nutrientes (técnica disarbsortiva que diminui a absorção dos nutrientes devido ao desvio do trânsito intestinal); Combinação da restrição gástrica com algum grau de disabsorção (técnica mista). Existem três formas básicas de tratamento cirúrgico: -Através das técnicas restritivas - Técnicas disabsortivas -Técnicas mistas Técnicas restritivas - limitam o volume de alimento sólido que o paciente ingere nas refeições (come menos sólidos e pastosos e consequentemente emagrece) • Resultados- colaboração do paciente (alimentos líquidos podem ser ingeridos quase no mesmo volume que eram antes da operação e se forem muito calóricos irão atrapalhar ou até impedir a perda de peso). → mais simples, de menor risco, de mais fácil adaptação, e de fácil recuperação.* perda de peso é menor do que nas outras técnicas. FORMAS DE FAZÊ-LAS •a cerclagem dentária (dentes da arcada superior são amarrados com fios de aço com os dentes da arcada inferior- líquidos em pequenas quantidades de baixo valor calórico levando a perda importante de peso. •o balão intragástrico, •a banda gástrica ajustável por laparoscopia (banda gástrica é uma prótese de silicone que tem um balão insuflável, colocada em volta da parte alta do estômago forma um anel que o aperta -balão é insuflado ou desinsuflado,•perda de peso: 20 a 30% (cooperação do paciente). •a gastroplastia de Mason ("grampear" o estômago de maneira a criar um pequeno tubo que recebe o alimento dando ao paciente a sensação de estar "cheio". -Antecâmara gástrica esvazia-se lentamente e o paciente tem a sensação de que está satisfeito -Inconveniente :usar líquidos em vez de alimentos sólidos, poderá toma-los em grande quantidade e ser forem hipercalóricos, a perda de peso não será a esperada Técnicas disabsortivas - técnicas que permitem comer (atrapalham a absorção dos nutrientes e com isto levam o obeso ao emagrecimento) •Bem sucedidas quanto ao emagrecimento (40% do peso original, mas há distúrbios nutricionais, de elementos minerais e vitaminas). •Popular devido a qualidade de vida. •Desvios do intestino Consequência: -Desviam uma boa parte do caminho que os alimentos tem que passar = absorção menor dos nutrientes. Formas de fazê-las •Cirugia de Payne (desvio intestinal grande sem se mexer no estômago)-tratamento temporário em pacientes excessivamente obesos. •Derivação biliopancreática ou cirurgia de Scopinaro (retira-se a metade do estômago, fazendo com que se possa comer um volume menor porém satisfatório, associado a um "desvio intestinal" importante). -vesícula biliar é retirada neste procedimento : (quase 90 % dos pacientes podem apresentar pedras na vesícula durante o processo de emagrecimento). -bons resultados: (40% do peso total). -Derivação Bilipancreática com Duodenal Switch ou cirurga de Hess (realizada uma ressecção longitudinal do estômago.) - preservação da anatomia básica do estômago e sua fisiologia no esvaziamento do alimento do estômago. - Outra adição à técnica é a preservação de uma pequena faixa do duodeno (primeira porção do intestino delgado)-favorece a absorção de inúmeros nutrientes incluindo proteínas, cálcio, ferro e vitamina B12. O componente disabsortivo (desvio intestinal) do duodenal switch- alimento venha por um caminho enquanto os sucos digestivos ( bile e suco pancreático) venham por outro. -Eles se encontram apenas a 100cm de acabar o intestino delgado- inibe a absorção de calorias e nutrientes levando a um emagrecimento importante. As principais vantagens desta cirurgia são: 1.Seu estômago foi diminuído sem a presença de bandas ou anéis; 2. A cirurgia pode ser totalmente revertida (com exceção da faixa de estômago que foi retirada); 3.Não é retirada nada do seu intestino como é proposto em outras técnicas; 4. Alguns nutrientes são absorvidos na pequena faixa de duodeno preservada; 5. O volume de alimento que vai poder ingerir em alguns meses de pós-operatório vai ser praticamente normal e finalmente; 6. A perda de peso é consistente e duradoura. Técnicas mistas •Técnicas que associam um pouco de restrição a ingestão alimentar com um pouco de disabsorção, ou seja um desvio intestinal menor. Como fazê-las: -Técnica mais utilizada chama-se by-pass gástrico com anel ou cirurgia de FobiCapella (redução do estômago através de grampeamento).-Estômago é dividido em duas partes: uma menor (30ml) que será por onde o alimento irá transitar e outra maior que ficará isolada. -Pequeno estômago é então ligado ao intestino para que o alimento possa seguir seu curso natural. - Técnica além de limitar o volume do que entra também limita a velocidade de esvaziamento do estômago pois é aplicada uma banda de contenção. •Outra técnica mista é o bypass gástrico sem banda ou cirurgia de Wittgrove, semelhante à técnica de Fobi-Capella. – faz-se uma costura apertada entre este último e o intestino. Cirurgia de Capella-Fobi Cirurgia sem anel Ausência de causas endócrinas de obesidade; Risco cirúrgico aceitável; Avaliação favorável das possibilidades psíquicas de o paciente suportar as transformações radicais de comportamento impostas pela operação. CONSEQUÊNCIAS: Deficiências de micronutrientes (vitamina B12, ácido fólico, ferro,K e Mg) HIPERTENSÃO ARTERIAL SISTÊMICA – HAS É uma doença crônica, não transmissível, de natureza multifatorial, assintomática. Compromete fundamentalmente o equilíbrio dos mecanismos vasodilatadores e vasoconstritores, levando a um aumento da tensão sanguínea nos vasos A hipertensão arterial essencial ou primária Causa: doenças cardiovasculares (20% da população adulta em sociedades industrializadas. FATOR DE RISCO: * doença coronária: acelera o processo de aterosclerose e pode ser um fator determinante para o surgimento prematuro de morbidade e mortalidade cardiovascular associado a doença coronária, insuficiência cardíaca congestiva, acidente vascular encefálico e doença renal terminal. Alterações hemodinâmicas: a pressão arterial é determinada pelo produto do Débito Cardíaco (DC) e da Resistência Vascular Periférica (RVP) Fatores que influenciam no DC: contratilidade e o relaxamento do miocárdio, o volume sanguíneo circulante, o retorno venoso e a freqüência cardíaca; Fatores que influenciam no RVP: Mecanismos vasoconstrictores e vasodilatadores: (1) sistema nervoso simpático; (2) sistema renina angiotensina; (3) modulação endotelial (4) espessura da parede das artérias. A pressão arterial depende da largura (calibre) da artéria. Se o calibre da artéria se estreitar, ↑ o atrito do sangue e a pressão mínima; o coração terá que fazer mais força para empurrar o sangue dentro da artéria, ↑ a pressão máxima. Aumento da RVP ou elevação do DC Perfil hemodinâmico dos pacientes com hipertensão arterial. 1.Hipertensão e aumento do débito cardíaco Hipertensão hiperdinâmica: alguns hipertensos jovens, apresentam uma síndrome com DC elevado e RVP reduzida (decorrente de excessivo estímulo ao sistema nervoso simpático no miocárdio) * Pacientes diabéticos no momento inicial (hiperperfusão renal e a hiperfiltração glomerular possam ser decorrência de um aumento na perfusão sanguínea sistêmica) ou na doença renal crônica (exibem expansão de volume e sobrecarga de sódio, particularmente em períodos interdialíticos; aumentoda freqüência cardíaca e do stroke volume). 2. Alterações hemodinâmicas mistas A principal característica dos pacientes com HA essencial é a combinação do aumento do DC e da RVP. → Tem associação com a idade, enquanto os jovens apresentam DC elevado, um grande número de pacientes idosos com HA apresenta DC reduzido. *O excesso de catecolaminas circulante induz a aumento semelhante do DC e da RVP . Hipertensão renovascular (excesso de angiotensina II que ocorre em decorrência da estenose da artéria renal produz aumento proporcional do DC e da RVP). 3. Hipertensão e aumento da resistência vascular periférica HA maligna ou acelerada têm severa vasoconstricção arteriolar com aumento da RVP e DC normal ou reduzido; Volume sanguíneo pode estar reduzido em 30-40%; A acentuada vasoconstricção (mediada pelo aumento da atividade do SNS, do SRAA e pode depender, em parte, da falência do endotélio em promover vasodilatação compensatória). Portadores de aterosclerose, a elevação da RVP é manifestada predominantemente pelo aumento da PA sistólica; ocorrendo a diminuição da complacência da aorta e o aumento reflexo da onda de pulso causam elevação da PA sistólica e contribui para hipertrofia ventricular esquerda. Quando há RVP elevada eles têm a atividade plasmática da renina (APR) reduzida, demonstrando que a APR não é necessariamente associada com o excesso de volume de líquido circulante. Os hipertensos negros: elevação da RVP (alterações no transporte celular na musculatura lisa dos vasos são os responsáveis por essas diferenças). 4. Mecanismos Neurais · O sistema nervoso autônomo tem participação importante no controle normal da PA e pode estar alterado em pacientes com HA essencial. · O inadequado funcionamento do SNS induz aumento do DC e RVP inapropriadamente elevada. FISIOPATOLOGIA: Sistema Renina- Angiotensina • ↑ atividade simpática • Reabsorção tubular dos íons Na e Cl, exceção de K e retenção H2O • o cortéx da glândula adrenal secreta aldosterona • vasoconstrição arteriolar (↑ da Pressão Sanguínea) • glândula pitutária lobo posterior → secreta de ADH → Estimula duto coletor H2O absorção = Retenção de H2O e Na Volume circulante efetivo ↑. Perfusão do aparato juxtaglomerular. Mecanismos de aumento de liberação de renina pelos rins: → Redução do fluxo sanguíneo ou da pressão de perfusão renal • Contração do volume intravascular • Restrição de sódio na dieta (menor 100mEq/dia) Aumento do estímulo β-adrenérgico renal • Redução na concentração de aldosterona plasmática. Postura (em pé) • Hormônios (ex: catecolaminas) • Drogas (ex: diuréticos) 4. Sensibilidade ao sódio Vários estudos epidemiológicos demonstram uma correlação direta entre a quantidade de sódio ingerida e a prevalência de HA - existência de alterações genéticas no transporte de sódio através da membrana celular em determinados grupos de pacientes com HA essencial ; 4. Responsividade ao sódio Os principais grupos de pacientes com sensibilidade aumentada ao sódio são: Idosos, hipertensos com renina baixa (negros), diabéticos,doença renal e indivíduos com aumento da atividade simpática; Tem sido sugerido que um defeito no manuseio do sódio pelos rins pode ser responsável pela associação entre a sensibilidade ao sódio e a PA. Mais recentemente: encontrados diferentes graus de correlação entre a sensibilidade ao sal em indivíduos com diferentes fenótipos de haptoglobina, α-adducina ou β-adrenérgicos receptores, sugerindo que a sensibilidade ao sódio pode ter uma base genética. 5. Hipertensão, obesidade e resistência a insulina ***A obesidade e a HA aumentam de forma independente o risco cardiovascular ***O desvio da curva pressão-natriurese decorrente da sensibilidade ao sódio pode ser decorrente do efeito do aumento da insulina e da atividade do sistema simpático sobre a reabsorção renal de sódio. Os obesos com HA têm elevação da atividade simpática (hiperinsulinemia e leptina) em nível renal e na musculatura lisa dos vasos (aumenta a reabsorção de sódio e água). Vasos, coração e rins. FATOR DE RISCO: Sexo, Idade M 55 – H 65, tabagismo, dislipidemia, TRIG ↑150mg/dl, ↑LDL- c 100mg/dl, ↓HDL- c 40 mg/dl. DM, teste de tolerância glicose anormal e glicemia de jejum 102- 105 QUADRO CLÍNICO: Via de regra : assintomática. Hipertensão grave e sem tratamento: cefaléia, taquicardia, dificuldades respiratórias; confusão, sudorese excessiva, vômitos, náuseas; CONSEQUÊNCIAS: Cerebro: derrame/ olhos: diminuição da visão por lesão na retina/ coração: doenças cardíacas/ rins: doenças renais / artérias: doenças vasc periféricas. PANCREAS Pâncreas exócrino: principal glândula digestiva do corpo Pâncreas endócrino: produz e secreta insulina, glucagon, somatostatina e polipeptídeo pancreático. Ácinos (secretam sucos digestivos) Ilhotas de Langerhans Células: secretam insulina Células : secretam glucagon Células: somatostatina Célula PP: polipepitídeo pancreático INSULINA Metabolismo dos Carboidratos Metabolismo dos Lipídeos · armazenamento de glicogênio no músculo e fígado · facilita o transporte da glicose através da célula muscular · liberação de glicose do fígado entre as refeições · conversão do excesso de glicose em AG no fígado · inibe a neoglicogênese no fígado: redução de qtde e atividade das enzimas necessárias · diminui a utilização da gordura · aumenta o armazenamento de gordura nas células adiposas · A insulina exerce seus efeitos biológicos através da ligação a um receptor na superfície da célula alvo. · GLUT-1 captação de glicose basal e da glicose não mediada pela insulina em muitas células; · GLUT-2 é importante na célula beta da ilhota, onde é um pré-requisito com a glicocinase, para a percepção da glicose; · GLUT-3 captação não mediada pela insulina da glicose no cérebro; · GLUT-4 captação de glicose estimulada pela insulina nos músculos e tecido adiposo. Glucagon Somatostatina (funções opostas às da insulina) Secreção estimulada · glicose sanguínea aumentada · Aa aumentados · AG aumentados · para deprimir a secreção de insulina e glucagon · para diminuir a motilidade do estômago -gastrina, cck, secretina,motilina, polipeptídeo inibitório gástrico Metabolismo dos Carboidratos · glicogenólise · gliconeogênese · aumentar a concentração de glicose no sangue · glicose sanguínea aumentada, inibe a secreção de glucagon DIABETES MELLITUS (DM) DIAGNÓSTICO: TIPO 1 - Destruição da cél , geramente ocasionando deficiência absoluta de insulina, de natureza auto-imune ou idiopática. TIPO 2 - Varia de uma predominância de insulina a um defeito predominante secretório, com ou sem resistência a insulina. OUTROS TIPOS - Defeitos genéticos funcionais na célula ; na ação da insulina; doenças do pâncreas exócrino; fármacos; infecções DIABETES GESTACIONAL FATORES DE RISCO: Idade > 45 anos; Hist Familiar; IMC 25kg/m2; Sedentarismo; HA; HDL-c elevados; Abortos de repetição; uso de medicação hiperglicemiantes. DIAGNÓSTICOS PARA ASSINTOMÁTICOS: · Ovários policísticos; · Acanthosis nigricans; · Pré diabéticos; · Portadores de DAC. FISIOPATOLOGIA DO DIABETES MELLITUS (DM) QUADRO CLÍNICO: SINAIS E SINTOMAS Hiperfagia; Sede exagerada; Urina exagerada; Perda de peso rápida;(definem) Suor frio; impotência sexual; piora da visão; desânimo; cansaço; infecção de pele ou coceira; palpitação; cicatrização difícil. DIAGNÓSTICO DA CETOACIDOSE DIABÉTICA • Glicose> 300mg/Dl - pH < 7,3 e bicarbonato <15mEq/l - Cetonemia e/ou cetonúria Cetoacidose diabética ↓insulina ↑ Hormônios contra-reguladores ↑ prod. hep. e renal de Gly-----< utilização Hiperglicemia e hiperosmolaridade Diurese osmótica (desidratação e desequilíbrio eletrolítico) Desidratação celular e hipoperfusão cerebral COMPLICAÇÕES A LONGO PRAZO IAM; Gangrena; HÁ; Infecções; Aterosclerose; HIPOGLICEMIA - Síndrome clínica de perturbaçãodo metabolismo com hipoglicemia imprópria devido à secreção aumenta de insulina (hiperinsulinismo). CAUSAS - Adenomas malignos de ilhotas de Langerhans - Aumento extraordinário na produção de insulina FISIOPATPLOGIA DA HIPOGLICEMIA A hipoglicemia sensibiliza as células das ilhotas de Langerhans do Pâncreas, mas também é percebida pelo SNC – que por sua vez, ativa o neurônios simpáticos das Ilhotas e da medula Adrenal. Como resultado, há inibição da secreção de Insulina e aumento da liberação de Glucagon. A hipoglicemia ainda ativa secreção dos hormônios hipotalâmicos, que por sua vez, estimulam a secreção hipofisária de ACTH e GH. Através da chegada de ACTH e GH no córtex adrenal, há estímulo à liberação de cortisol. SINAIS E SINTOMAS Tremores, confusão, fome, fraqueza, cefaleia, respiração rápida, dormência boca/lábios, tontura, ausência de coordenação, glicemia abaixo de 40 mg/dL. Resistência à insulina · Resposta biológica subnormal a uma determinada concentração de insulina... · Componente essencial da fisiopatologia ou etiopatogenia: obesidade, diabetes tipo 2 e hipertensão arterial. · Início da ação da insulina: liga-se a um receptor de membrana, com atividade tirosina-quinase, que então se autofosforila e fosforila proteínas citoplasmáticas conhecidas como substratos do receptor de insulina ou IRSs. Hiperglicemia (alta de açúcar) Superior a 200 mg% Hipoglicemia (baixa de açúcar) 40 a 60 mg% ou menos SÍNDROME METABÓLICA - Entidade patológica complexa representado por um conjunto de fatores de risco cardiovascular relacionados com deposição de gordura abdominal e resistência a insulina. DIAGNÓSTICO - Critério de identificação (3 diferentes) Diagnóstico de SM na presença de intolerância a glicose, tolerância a glicose diminuída, diabetes melitus e/ou resistência à insulina mais dois ou mais outros componentes. HA; OBESIDADE; HIPERGLICEMIA; DISLIPIDEMIA TG ↑150 mg/dl - HDL-c M↓35 - H↓39 OUTROS: Microalbiminúria ↑20 mcg/min, DM2 ou Intolerância a Glicose RI + fatores RESISTÊNCIA INSULÍNICA Condição genética ou adquirida, onde ocorre menor utilização de glicose pelos tecidos, causando elevação compensatória da secreção de insulina pelas células beta-pancreáticas. ***9 EM CADA 10 OBESOS CONSEQUÊNCIAS: Série de alterações e disfunções endócrino-metabólicas. MECANISMOS DE AÇÃO / FISIOPATOLOGIA · Resistência de receptores teciduais · Diminuição da captação de glicose · Estímulo simpático · Disfunção endotelial global · Retenção de sódio · Hipertrofia de musculatura lisa · Oxidação de AGL · Síntese de triglicérides · Depuração de insulina · Substrato para gliconeogênese · Desencadeia efeito lipotóxico pancreático. · Elevação dos níveis de PAI-1. · Interfere na inibição hipotálamo-adrenal · Centralização da gordura (como no hipercortisolismo). · Efeito Lipogênico · 1. Sob o ponto de vista metabólico, a insulino-resistência evidencia-se nas células hepáticas, musculares e adiposas. · 2. O músculo e o tecido adiposo são os principais órgãos responsáveis pela utilização periférica da glicose em condições pós-prandiais; assim a diminuição da produção dos transportadores de glicose GLUT-4,responsáveis pela captação de glicose e defeitos de atividade da glicogênio sintetase muscular, contribuem para hiperglicemia pós-prandial. · 3. O fígado é o principal responsável pela produção de glicose em condições de jejum; assim a insuficiente inibição da glicogenólise e gliconeogénese hepática, contribuem para a hiperglicemia de jejum. · 4. O aumento relativo dos níveis da glicemia e dos ácidos graxos circulantes que ocorrem nessas circunstâncias podem contribuir para a insulino-resistência e para a lesão progressiva da célula β, levando a glico- e lipotoxicidade. O EXCESSO DE PESO: aumento de ácidos graxos livres, que causam um efeito devastador no receptor da insulina. 1. O aumento de AGL estimula a translocação e ação de um grupo de proteínas PKC (ou proteínas quinases C). 2. A ação dessas proteínas tem como um efeito colateral a fosforilação da porção intracelular do receptor de insulina, que acaba perdendo sua função. 3. Dessa forma, o receptor não consegue passar o sinal adiante e a cascata é interrompida. 4. RI: no hepatócito resulta numa perda da regulação dos processos de síntese de glicogênio e gliconeogênese. O hepatócito diminui drasticamente as taxas de síntese de glicogênio e não consegue mais suprimir o processo de gliconeogênese, o que amplifica a hiperglicemia. 5. RI: tecido muscular esquelético e no adiposo, a translocação do GLUT 4mé severamente comprometida e a glicose quase não é mais transportada para o meio intracelular. No tecido muscular: nível baixíssimo de produção de glicogênio muscular; **No adipócito: taxa muito pequena de biossíntese de lipídios, o que aumenta o nível de FFA. 6. Dessa forma, é possível também observar que o efeito dos FAAs, chamado de lipotoxicidade, causa uma retroalimentação no quadro, pois as consequências causadas pelo efeito ajudam a amplificar o problema. 7: Defesa: as células beta do pâncreas, num estágio inicial, produzem e secretam quantidades cada vez maiores de insulina. Entretanto, com a persistência da condição, essas células se tornam, de uma certa forma, esgotadas e, a partir de um momento, param de produzir o hormônio. Aumenta o tecido adiposo Aumenta Resistina Aumenta Interleucina 6 (Il 6) Aumenta Fator de Necrose Tumoral (TNF α) Aumenta Inibidor do ativador do Plasminogênio (PAI 1) Ativação do sistema Renina-Angiotensina-Aldosterona Diminui Adiponectina - Aumento da resistência Insulínic FISIOPATOLOGIA NP1 E NP2 OBESIDADE EXCESSO DE PESO - até 20% acima do normal •OBESIDADE - maior que 20 % normal CLASSIFICAÇÃO Quanto ao número e dimensão dos adipócitos: Hipertrófica: tamanho do adipócito Hiperplásica: n de adipócitos Quanto a distribuição de gordura: •Andróide - predominantemente na metade superior •Ginóide - predominantemente na metade inferior •Mista - indeterminada ou difusa Segundo a relação peso/estatura DISTRIBUIÇÃO - AÇÃO HORMONAL •TESTOSTERONA - ? o volume dos adipócitos •ESTROGÊN IO - ? tanto o número quanto o volume dos adipócitos na parte baixa do corpo •CORTISOL - ? o volume dos adipócitos na parte alta do corpo. ETIOLOGIA DA OBESIDADE: fatores genéticos e ambientais FATORES AMBIENTAIS: - Impriting Metabólico - Aspec psicológicos - Asp SocioEc Cul ? acesso ao alimento, AF, informação FATORES GENÉTICOS : Via Orexígena: NYY/AgRP Via Orexígena: POMC ? Regulação Neuroendócrina: hormônios, neurotransmissores, enzimas, receptores ? Ingestão Energética ? : VCT, composição da dieta ? Gasto Energético ? : Ind Met de Repouso, Termogênese (pimenta, chá verde, gengibre), AF FISIOPATOLOGIA DA OBESIDADE : v ários fatores: atuam e interagem na regulação da ingestão de alimentos e de armazenamento de energia, contribuindo para o surgimento e a manutenção da obesidade; Entre eles, fatores neuronais, fatores endócrinos e adip ocitários e fatores intestinais. Controle da Ingestão Alimentar: Fatores Extrínsecos: condições socioeconômicas Fatores Intrísecos: fisiologia do organismo (fatores neuronais, endócrinos, adipocitários e intes.) REGULAÇÃO NEURAL DA INGESTÃO ALIMENTAR FISIOPATOLOGIA NP1 E NP2 OBESIDADE EXCESSO DE PESO- até 20% acima do normal •OBESIDADE- maior que 20 % normal CLASSIFICAÇÃO Quanto ao número e dimensão dos adipócitos: Hipertrófica: tamanho do adipócito Hiperplásica: n de adipócitos Quanto a distribuição de gordura: •Andróide - predominantemente na metade superior •Ginóide - predominantemente na metade inferior •Mista - indeterminada ou difusa Segundo a relação peso/estatura DISTRIBUIÇÃO- AÇÃO HORMONAL •TESTOSTERONA- ? o volume dos adipócitos •ESTROGÊNIO - ? tanto o número quanto o volumedos adipócitos na parte baixa do corpo •CORTISOL - ? o volume dos adipócitos na parte alta do corpo. ETIOLOGIA DA OBESIDADE: fatores genéticos e ambientais FATORES AMBIENTAIS: - Impriting Metabólico - Aspec psicológicos - Asp SocioEc Cul ? acesso ao alimento, AF, informação FATORES GENÉTICOS: Via Orexígena: NYY/AgRP Via Orexígena: POMC ? Regulação Neuroendócrina: hormônios, neurotransmissores, enzimas, receptores ?Ingestão Energética ?: VCT, composição da dieta ?Gasto Energético ?: Ind Met de Repouso, Termogênese (pimenta, chá verde, gengibre), AF FISIOPATOLOGIA DA OBESIDADE: vários fatores: atuam e interagem na regulação da ingestão de alimentos e de armazenamento de energia, contribuindo para o surgimento e a manutenção da obesidade; Entre eles, fatores neuronais, fatores endócrinos e adipocitários e fatores intestinais. Controle da Ingestão Alimentar: Fatores Extrínsecos: condições socioeconômicas Fatores Intrísecos: fisiologia do organismo (fatores neuronais, endócrinos, adipocitários e intes.) REGULAÇÃO NEURAL DA INGESTÃO ALIMENTAR
Compartilhar