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LIÇÃO 07 - ADULTOS


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Os amigos de Jó e seus discursos.
Elifaz. Do hebraico, Deus é a sua força. Bildade. Do hebraico, 
Bel amou. Zofar. Do hebraico, gorjeador. Eliú. Do hebraico, Ele 
é Deus.
Bildade tem três discursos em Jó, nos capítulos 8; 18; 25.
O ARGUMENTO DE BILDADE nessa lição.
1 – Pecado x Caráter santo e reto de Deus.
2 – Pecado quebra a moralidade religiosa.
3 – Pequenez humana X Grandeza de Deus.
Resumo dos diálogos de Jó e seus 
amigos. 
O AMIGO O AMIGO DE JÓ FALA JÓ FALA COM SEU AMIGO JÓ FALA COM DEUS
ELIFAZ O “Mais Entendido”, acusa Jó de não 
ser reto. (Jó 4.7).
Declara sua inocência. (Jó 6.4). Reclama que a mão de Deus é pesada 
sobre ele. (Jó 7.20).
BILDADE O “Tradicionalista” acusa Jó de 
impiedade. (Jó 8.5,6).
Admite: Ninguém é reto e requer um 
árbitro. (Jó 9.2,33,34).
Reclama da dureza de Deus contra ele. 
(Jó 10.17).
ZOFAR O “Moralista”, acusa Jó de jactância. (Jó 
11.7-9).
Acusa seus acusadores de arrogância. 
(Jó 12.2).
Confessa que ainda tem fé na justiça de 
Deus. (Jó 14.13-17).
ELIÚ O jovem “sabe-tudo”, acusa Jó de não 
reagir como devia ao seu sofrimento. 
(Jó 33.24,25).
Sem resposta. Fala pouco ao ouvir as palavras de Deus 
a ele. (Jó 38.1 – 41.34).
1.1. Deu é reto e justo.
Ao negar seu pecado, Jó se fazia justo e acabava 
condenado a Deus segundo Bildade, que via no Todo 
Poderoso a ação da perfeita justiça. A restauração, 
portanto, estaria a disposição do patriarca mediante a 
confissão de seus 
pecado.
1.2. Uma compreensão limitada da 
natureza de Deus.
Bildade assim como Elifaz, demonstra uma 
compreensão incompleta e limitada da natureza de 
divina. Para ele o sofrimento é o efeito de um pecado 
oculto, e a justificação, advém de um movimento 
humano baseado em meritocracia. Algo muito distante 
da graça, ou de uma vida de comunhão íntima com 
Deus.
1.3 – A imperfeição humana.
Como Deus é infinitamente sábio e justo, como se 
justificaria o homem para com Deus? (Jó 9.2). Logo, 
auto justiça é presunção. Jó não nega que Deus pa
santo e o homem pecador. Deus por sua vez, 
testemunhou a integridade e justiça de Jó, o que de 
fato demonstra que o sofrimento não necessariamente, 
advém de um pecado.
2.1 - Moralismo por tradição.
Bildade está comprometido na defesa da moralidade que ele 
acreditava ser correta, e totalmente fundamentada na tradição.
2.2 – A subversão da ordem moral.
Bildade vai além do padrão estabelecido, do pecado como aquele 
que quebra a moral estabelecida. Para ele, há leis universais 
inflexíveis (os gnósticos também pensavam assim) que uma vez 
quebradas, trariam-nos consequências. Surge no debate a questão 
da prosperidade dos ímpios, o que não é cogitado por Bildade em 
profundidade, mas apenas como um evento fortuito.
2.3 – Contemplando a cruz.
O homem, é um agente moral livre da criação. Jó sabia 
que Deus habita um universo moral, e de lá controla 
todas as coisas. Com relação a sua pura consciência, ele 
não se auto justifica, mas profeticamente movido pelo 
Espírito de Deus, clama por um mediador eficiente, 
imparcial e justo (Jó 19.25).
3.1 – A grandeza de Deus.
Bildade faz um terceiro discurso que não possui novidades 
sapienciais. Como todo bom religioso, tenta ser um advogado 
da divindade, como se essa precisasse de tal auxilio. Ele tenta 
justificar ao Todo Poderoso tomando por base sua majestade 
excelsa, e faz a injusta comparação com a natureza do 
patriarca. Além de criar um deus inexistente, ele demonstra 
toda sua limitação argumentativa, passando a atacar 
diretamente Jó.
3.2 – Onipotente, mas não ausente.
Mais uma vez, Jó demonstra que de fato possui uma 
compreensão muito mais ampla do que 
compreendemos, acerca de quem era Deus. Ele evoca 
condição de Deus em si mesmo poder ser amor e juízo; 
transcendente e imanente; advogado e juiz; poderoso e 
misericordioso; e etc. Um Deus que mede todos os 
seus atos, pela régua do amor.

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