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Os amigos de Jó e seus discursos. Elifaz. Do hebraico, Deus é a sua força. Bildade. Do hebraico, Bel amou. Zofar. Do hebraico, gorjeador. Eliú. Do hebraico, Ele é Deus. Bildade tem três discursos em Jó, nos capítulos 8; 18; 25. O ARGUMENTO DE BILDADE nessa lição. 1 – Pecado x Caráter santo e reto de Deus. 2 – Pecado quebra a moralidade religiosa. 3 – Pequenez humana X Grandeza de Deus. Resumo dos diálogos de Jó e seus amigos. O AMIGO O AMIGO DE JÓ FALA JÓ FALA COM SEU AMIGO JÓ FALA COM DEUS ELIFAZ O “Mais Entendido”, acusa Jó de não ser reto. (Jó 4.7). Declara sua inocência. (Jó 6.4). Reclama que a mão de Deus é pesada sobre ele. (Jó 7.20). BILDADE O “Tradicionalista” acusa Jó de impiedade. (Jó 8.5,6). Admite: Ninguém é reto e requer um árbitro. (Jó 9.2,33,34). Reclama da dureza de Deus contra ele. (Jó 10.17). ZOFAR O “Moralista”, acusa Jó de jactância. (Jó 11.7-9). Acusa seus acusadores de arrogância. (Jó 12.2). Confessa que ainda tem fé na justiça de Deus. (Jó 14.13-17). ELIÚ O jovem “sabe-tudo”, acusa Jó de não reagir como devia ao seu sofrimento. (Jó 33.24,25). Sem resposta. Fala pouco ao ouvir as palavras de Deus a ele. (Jó 38.1 – 41.34). 1.1. Deu é reto e justo. Ao negar seu pecado, Jó se fazia justo e acabava condenado a Deus segundo Bildade, que via no Todo Poderoso a ação da perfeita justiça. A restauração, portanto, estaria a disposição do patriarca mediante a confissão de seus pecado. 1.2. Uma compreensão limitada da natureza de Deus. Bildade assim como Elifaz, demonstra uma compreensão incompleta e limitada da natureza de divina. Para ele o sofrimento é o efeito de um pecado oculto, e a justificação, advém de um movimento humano baseado em meritocracia. Algo muito distante da graça, ou de uma vida de comunhão íntima com Deus. 1.3 – A imperfeição humana. Como Deus é infinitamente sábio e justo, como se justificaria o homem para com Deus? (Jó 9.2). Logo, auto justiça é presunção. Jó não nega que Deus pa santo e o homem pecador. Deus por sua vez, testemunhou a integridade e justiça de Jó, o que de fato demonstra que o sofrimento não necessariamente, advém de um pecado. 2.1 - Moralismo por tradição. Bildade está comprometido na defesa da moralidade que ele acreditava ser correta, e totalmente fundamentada na tradição. 2.2 – A subversão da ordem moral. Bildade vai além do padrão estabelecido, do pecado como aquele que quebra a moral estabelecida. Para ele, há leis universais inflexíveis (os gnósticos também pensavam assim) que uma vez quebradas, trariam-nos consequências. Surge no debate a questão da prosperidade dos ímpios, o que não é cogitado por Bildade em profundidade, mas apenas como um evento fortuito. 2.3 – Contemplando a cruz. O homem, é um agente moral livre da criação. Jó sabia que Deus habita um universo moral, e de lá controla todas as coisas. Com relação a sua pura consciência, ele não se auto justifica, mas profeticamente movido pelo Espírito de Deus, clama por um mediador eficiente, imparcial e justo (Jó 19.25). 3.1 – A grandeza de Deus. Bildade faz um terceiro discurso que não possui novidades sapienciais. Como todo bom religioso, tenta ser um advogado da divindade, como se essa precisasse de tal auxilio. Ele tenta justificar ao Todo Poderoso tomando por base sua majestade excelsa, e faz a injusta comparação com a natureza do patriarca. Além de criar um deus inexistente, ele demonstra toda sua limitação argumentativa, passando a atacar diretamente Jó. 3.2 – Onipotente, mas não ausente. Mais uma vez, Jó demonstra que de fato possui uma compreensão muito mais ampla do que compreendemos, acerca de quem era Deus. Ele evoca condição de Deus em si mesmo poder ser amor e juízo; transcendente e imanente; advogado e juiz; poderoso e misericordioso; e etc. Um Deus que mede todos os seus atos, pela régua do amor.