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subsidio a teologia de elifaz licao 6

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EBDSUBSÍDIO VIEWS
ESCOLA BÍBLICA VISUAL
Colaboração: Irmão Wilson Levy
INTRODUÇÃO
Cá entre a gente: Acho que você já per-
cebeu que o Livro de Jó não fica dando 
ibope pro diabo, gastando tempo com 
ele. Por isso, a partir do capítulo 3 não o 
vemos mais.
Porém, uma coisa às vezes passa batido: 
a influência maligna que age nas opiniões 
teológicas dos amigos de Jó. Sim! Essa in-
fluência a gente ver registrada até quase o 
final do livro.
- Mas... como essa influência aconteceu?
- Vou te contar agora.
A EXPERIÊNCIA ESPIRITUAL DE ELIFAZ
Vou pedir que você preste bem aten-
ção no que está escrito em Jó 4.12-21. 
Pegue sua bíblia e leia.
Estes versículos mostram que Elifaz 
teve uma experiência espiritual. Um es-
pírito o induziu a acreditar que Jó era 
culpado mesmo (Jó 4.17). E Elifaz, todo 
empolgado, logo quis acreditar que era 
revelação de Deus. E, quando foi conso-
lar a Jó, falou influenciado por essa ex-
periência (Jó 15.14-16). Elifaz, sim, é o 
verdadeiro amigo da onça!
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A TEOLOGIA DE ELIFAZ
Sua teologia dizia basicamente que só 
os pecadores sofrem (Jó 15.20-29). Sa-
bemos, porém, que a bíblia não apoia 
esse entendimento (leia o Salmo 73).
Pelo fato de Jó estar sofrendo tribula-
ções, pôde perceber com mais facilida-
de que a teologia de Elifaz era só papo 
furado e não funcionava (Jó 21.7-13).
Tudo indica que essa teologia errada, 
defendida por Elifaz, já existia antes (Jó 
15.17,18), mas temos que admitir que a 
experiência espiritual que ele teve serviu 
para confirmar este ensino como verda-
deiro e tirar qualquer desconfiança que 
ainda existisse sobre esta teologia.
O pior é que os outros amigos de Jó 
embarcaram nessa, e todos falaram im-
pulsionados por essa confirmação errada.
ELIÚ TAMBÉM RECEBE ESSA INFLUÊNCIA
Eliú também caiu nessa. Ele acreditava 
que aquela experiência de Elifaz era o 
próprio Deus revelando-se (compare Jó 
33.14-17 com Jó 4.12-17).
TERMINA-SE O LIVRO DE JÓ
No final das contas, tudo se resolve 
e o Livro de Jó termina com um final 
feliz. Porém, isso não significa que o 
ensino daquele espírito maligno se 
encerrou por ali.
AQUELE ERRO TEOLÓGICO PERSISTE 
ATÉ HOJE
O diabo preparou uma versão dois 
ponto zero para os nossos dias. E não é 
difícil encontrar alguém pregando esses 
ensinos hoje! O nome dessa doutrina 
reciclada é “teologia da prosperidade”, 
também conhecida como “confissão po-
sitiva” ou ainda “palavra da fé”.
RESUMO DESSA HERESIA
Essa doutrina diabólica ensina que 
“qualquer sofrimento do cristão é falta 
de fé. Assim, a marca do cristão cheio 
de fé e bem-sucedido é a plena saúde 
física, emocional e espiritual, além da 
prosperidade material. Pobreza e doen-
ça são resultados visíveis do fracasso do 
cristão que vive em pecado ou que pos-
sui fé insuficiente” (ROMEIRO, 1993, p.5).
Viram a semelhança com a teologia de 
Elifaz e da de seus companheiros?
KENNETH HAGIN
Mas as semelhanças não param por 
aí: tem um líder evangélico de nome 
engraçado chamado Kenneth Hagin 
(1917-2003) que foi o responsável por 
espalhar essa nova doutrina por quase 
todo o mundo.
E é claro, assim como aconteceu com 
Elifaz, Hagin também teve várias expe-
riências espirituais para ajudar a confir-
mar essa teologia errada.
BILDADE É INFLUENCIADO PELAS EX-
PERIÊNCIAS ESPIRITUAIS DE ELIFAZ
 Bildade argumenta igualzinho como 
o espírito ensinou na visão de Elifaz 
(compare Jó 25.4-6 com Jó 4.17-19). É 
claro que Jó percebeu isso nas palavras 
de Bildade e logo desconfiou que aqueles 
argumentos fossem influenciados por um 
espírito malígno (Jó 26.4, confira na NVI).
ZOFAR TAMBÉM É INFLUENCIADO
Zofar também foi outro que gostou 
desse ensino e passou a falar conforme o 
que aprendeu com a história desse espí-
rito (compare Jó 20.4-7 com Jó 4.20,21).
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“ ”
O nome dessa doutrina re-
ciclada é “teologia da pros-
peridade”, também conheci-
da como “confissão positiva”
EXPERIÊNCIA ESPIRITUAL DE HAGIN
Uma das mais conhecidas é essa: Na 
década de 50, Kenneth Hagin teve uma 
experiência espiritual onde o próprio 
Jesus lhe aparecia e lhe ensinava coisas 
sobre o diabo, sobre os demônios e so-
bre possessão diabólica. Mas, durante 
essa aula recebida direto de Jesus, apa-
rece um demoniozinho igual um maca-
quinho fazendo arruaça e bastante ba-
rulho. Por causa disso, Hagin quase não 
consegue entender as palavras que Je-
sus falava. Depois de esperar um pouco, 
e vendo que Jesus não tomava nenhu-
ma atitude, o próprio Hagin decide re-
preender o demônio.
- A experiência acaba aqui? 
- Não, amado leitor! O pior ainda está 
por vir. Espera só pra você ver como essa 
história termina.
Nesta visão, Jesus fala que não se-
ria capaz de expulsar o demônio. Entre 
eles dois, apenas Hagin poderia ter feito 
aquilo. (Idem, pp.13,14).
O JESUS DE HAGIN É O MESMO DA BÍBLIA?
Está claro que o Jesus desta visão de 
Kenneth Hagin não é o Jesus Todo-po-
deroso da bíblia (Mt 28.18). O objetivo 
maligno dessa visão é supervalorizar a 
palavra humana e minimizar a autori-
dade e a soberania de Deus.
OS DESDOBRAMENTOS DESTES DES-
VIOS DOUTRINÁRIOS
Com isso, Hagin se sentia à vontade 
para ensinar que somos deuses, e dizia 
que nossas palavras possuem uma es-
pécie de poder (poder mágico). Basta 
decretarmos e as coisas acontecerão 
pelo poder de nossas palavras.
TEOLOGIA BASEADA EM VERSÍCULOS 
ISOLADOS E MAL INTERPRETADOS
Ele baseia um pouco de seu ensino 
diabólico numa interpretação totalmen-
te errada de Salmos 82.6 e João 10.34 
onde encontramos a famosa expressão 
“sois deuses”. Uma coisa eu digo: mesmo 
que esses versículos estivessem dizen-
do que nós, comedores de feijão, somos 
deuses, ainda assim a teologia de Hagin 
estava errada pois em Êxodo 7.1,2, quan-
do Deus põe Moisés como Deus (repre-
sentante de Deus), a ordem divina foi: 
“Tu falarás tudo o que eu te mandar”. Ou 
seja, Moisés estava nas rédeas de Deus e 
tinha que falar só o que Deus mandasse.
Porém, Hagin ensina que é a nossa 
vontade o que importa. Sendo assim, 
podemos sair à torta e à direita decre-
tando e determinando que coisas acon-
teçam. Coisas que nós desejamos, que 
nós projetamos, que nós cobiçamos. 
Nessa teologia diabólica a soberania e a 
vontade de Deus são deixadas de lado. 
O homem decreta o que quiser, afinal de 
contas: é um deus. Parece a mentira que 
Satanás contou para Eva (Gn 3.5).
AFINAL DE CONTAS, QUAL É O VER-
DADEIRO PODER DAS PALAVRAS?
O único poder que nossas palavras pos-
suem é o de comunicar. Por exemplo: 
elogios, conselhos, informações, murmu-
rações, xingamentos, maledicências, lou-
vores, palavras agradáveis, tudo isso tem 
poder de causar reações diversas naque-
les que nos ouvem, inclusive em Deus. É 
por isso que em Provérbios 18.21 diz: “A 
morte e a vida estão no poder da língua...”. 
Experimente então xingar um homem va-
lente que está passando por crises de rai-
va pra você ver no que vai dar (Pv 15.1).
PÁGINA 03
O livro de Provérbios nos ensina muita coisa 
sobre o poder comunicativo das palavras (Pv 
10.11, 13, 14, 18, 20, 21, 31, 32; 11.9, 12; 12.6, 
13, 14, 17-19, 22, 25; 13.2, 3; 14.3, 5, 23, 25; 15.4, 
7, 14, 22, 23, 26, 28; 16.10, 13, 20, 21, 23, 24, 27, 
28; 17.4, 7 etc.). Jesus ensinou que as palavras 
têm o poder de comunicar até o que está es-
condido no coração do homem (Mt 12.34; Lc 6.45). 
Jó usou o poder comunicativo das palavras 
para adorar ao Senhor em meio às aflições 
(Jó 1.20,21; 2.10).
CONCLUSÃO
Se Kenneth Hagin fosse um dos amigos de 
Jó, teria sido o primeiro a reprová-lo por não 
ter usado os poderes mágicos das palavras 
para decretar o fim da tribulação.
Mesmo assim, os ensinos de Hagin têm feito 
que o drama de Jó se repita na vida de muitos 
irmãos inocentes na atualidade; irmãos que 
estão passando por alguma provação. Se al-
guém adoecer, logo chegam os supercrentes 
procurando as falhas do irmão, e o pressionam 
a usar a fé para sair imediatamente daquela 
situação, sem considerar que aquilo possa ser 
uma provação planejada porDeus.
O engraçado é que os defensores dessa falsa 
doutrina ainda continuam achando que Jó era 
culpado. Quando são questionados sobre o so-
frimento do justo Jó, o acusam dizendo que ele 
só passou por aquilo porque era um homem 
medroso. Pasmem! Para sustentar essa acusa-
ção, apresentam o versículo 25 do capítulo 3 
do Livro de Jó.
É! O diabo nunca se cansa de acusar os ho-
mens e as mulheres de Deus (Ap 12.10), e a re-
ciclada teologia de Elifaz é uma de suas ferra-
mentas preferidas.
Peço que você, amado leitor, continue oran-
do para que essas heresias venham cair por ter-
ra, e parece que já começou. No ano passado, 
um dos maiores pregadores dessa teologia da 
prosperidade, o famoso Benny Hinn, renun-
ciou esses ensinos malignos e admitiu que pre-
gou uma farsa. Disse ainda que o Espírito Santo 
está farto disso.
É verdade, o Espírito Santo já não suporta 
mais tanta heresia. Atualmente tem crescido 
muito a falsa doutrina da maldição hereditária. 
Mas se nós orarmos e combatermos essas coi-
sas, tenho a esperança de que o final feliz do 
Livro de Jó se repetirá em nossos dias.
REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA
ROMEIRO, Paulo. Supercrentes. São Paulo: Edi-
tora Mundo Cristão, 1993.
PÁGINA 04
Ilustração de Wilson Levy

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