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AULA 1
Nesse primeiro momento, conheceremos a estrutura do SINAES, compreendendo os métodos avaliativos existentes, os órgãos responsáveis e as etapas burocráticas que fazem parte de todo o processo.
O SINAES analisa as instituições, os cursos e o desempenho dos estudantes. O processo de avaliação leva em consideração aspectos como ensino, pesquisa, extensão, responsabilidade social, gestão da instituição e corpo docente. O SINAES reúne informações do Exame Nacional de Desempenho de Estudantes (ENADE) e das avaliações institucionais e dos cursos. As informações obtidas são utilizadas para orientação institucional de estabelecimentos de ensino superior e para embasar políticas públicas. Os dados também são úteis para a sociedade, especialmente aos estudantes, como referência quanto às condições de cursos e instituições.
Componentes principais do SINAES
Coleta de informações
As instituições realizam a autoavaliação continuamente e publicam o relatório anual com os resultados, ações realizadas, potencialidades e fragilidades de cada uma das dez dimensões avaliadas pelo MEC. 
 
O relatório da autoavaliação deve conter a identificação dos meios e recursos necessários para a realização de melhorias, assim como uma avaliação dos acertos e equívocos do próprio processo de avaliação. Este relatório é um instrumento que compõe o processo de avaliação.
Enade
O que é?
 
Exame Nacional de Desempenho de Estudantes (Enade), que integra o Sistema Nacional de Avaliação da Educação Superior (Sinaes).
Para que serve?
 
Para aferir o rendimento dos alunos dos cursos de graduação em relação aos conteúdos programáticos, suas habilidades e competências e avaliar a qualidade das Instituições de Ensino Superior de todo o Brasil.
Por que devemos estimular os alunos?
 
O resultado passará a fazer parte do currículo pessoal do estudante, bem como dos resultados da Universidade. O Enade é componente curricular obrigatório. Sem ele, o aluno não cola grau e não recebe o diploma.
Quais os benefícios para o aluno?
 
Valorização do certificado da Estácio no mercado de trabalho (à medida que os cursos forem bem avaliados pelo Enade).
Quem deve fazer o exame?
 
Todos os alunos concluintes do 2º semestre do ano em questão e do 1º semestre do ano seguinte serão selecionados para realizar o Exame.
Quais são os instrumentos?
 
• A prova.
• O questionário socioeconômico do estudante (respondido em período anterior a data da prova através da página do INEP). Após a responder ao questionário o aluno visualiza o local de prova.
Como a prova é composta?
 
A prova é composta de 40 questões no total, sendo 10 questões da parte de formação geral e 30 da parte de conhecimento específico da área, contendo as duas partes questões discursivas e de múltipla escolha. Prova de Conhecimento específico da área vale 75% da nota.
Quando acontece?
 
Em regra, acontece ao final do mês de novembro, domingo, às 13h.
Conflitos entre oficiais do Exército e políticos civis 
No dia 9 de novembro de 1889, realizou-se uma inflamada reunião na sede do Clube Militar. A mocidade militar, formada pelos alunos da Escola Militar da Praia Vermelha, e seu líder, o General Benjamin Constant, professor de matemática da referida instituição, estavam em pé de guerra (Castro, 1995). 
Os anos anteriores haviam sido marcados por sucessivos conflitos entre oficiais do Exército e políticos civis (Costa, 1996). A corporação estava dividida quanto à sua fidelidade em relação ao Imperador D. Pedro II. 
Oficiais como Benjamin Constant, Sólon, Sebastião Bandeira e Mena Barreto defendiam a solução republicana para a crise da monarquia. Por outro lado, oficiais mais veteranos, como Deodoro da Fonseca, relutavam em trair o velho imperador.
Em relação à posição do Marechal Floriano Peixoto, um dos principais quadros do oficialato do Exército na época, é impossível dar uma resposta definitiva. Ao mesmo tempo que era a principal liderança militar do gabinete Ouro Preto, ocupando o cargo de ajudante general, Floriano Peixoto parecia endossar a conspiração que estava sendo tramada nos bastidores do Clube Militar (Castro, 1995).
Os militares golpistas sabiam da necessidade do apoio de Deodoro para o sucesso do movimento. Após a morte dos principais líderes militares do século XIX, Deodoro da Fonseca se torna um dos oficiais mais estimados de todo o Exército. A adesão da corporação dependia necessariamente de seu apoio ao movimento republicano. 
Foi por isso que Benjamin Constant lhe fez uma visita em 10 de novembro.
O professor foi informar ao velho e enfermo general como havia sido a sessão do dia anterior no Clube Militar. 
Consta que Benjamin falou sobre a necessidade de o Exército e ele, Deodoro, na condição de principal líder da corporação, conduzirem a revolução republicana. 
Deodoro teria interpelado: “E ele, o velho? Como fica?” Benjamin teria dito que o imperador seria tratado com dignidade e seria garantida a integridade física de toda a família real (Gazeta de Notícias, 17 de setembro de 1890).
Nessa fotografia de 1888, de Francesco Pesce, o imperador Pedro II parece vislumbrar os problemas que enfrentaria poucos meses depois, com a proclamação da República. 
Na verdade, naquele final de século, a monarquia já dava claros sinais de ser um sistema incapaz de conciliar as velhas e novas demandas dos diferentes grupos sociais brasileiros
Benjamin pediu a Deodoro que refletisse bem e utilizasse a astúcia de “velho soldado” para tomar a decisão mais adequada. 
O líder positivista afirmava que a República não poderia mais ser adiada e era importante “fazê-la de forma serena para evitar derramamento de sangue”. 
Segundo José Bevilacqua , Benjamin se retirou do quarto e foi “papear” com a mulher de Deodoro na cozinha. Ao retornar, teria encontrado o marechal “em posição taciturna e meditativa”. 
Após muito pensar, Deodoro teria dito: “Benjamin, já que não há outro remédio, leve a breca a Monarquia; nada há mais que esperar dela, venha a República” (apud Castro, 1995, p. 184) .
No dia seguinte, Benjamin Constant e Sebastião Bandeira 
organizaram um encontro de Deodoro com líderes civis do 
Partido Republicano, como Quintino Bocaiúva, Aristides Lobo, 
Rui Barbosa e Francisco Glicério.
AULA 2
Vejamos os conceitos básicos de cultura:
• É toda forma de intervenção humana na natureza;
• Transmitida de geração a geração, nas diferentes sociedades;
• Criação exclusiva dos seres humanos;
• Múltipla e variável, no tempo e no espaço, de sociedade para sociedade.
A cultura se desenvolveu da possibilidade da comunicação oral e de fabricação de instrumentos, capazes de tornar mais eficiente o aparato biológico humano. 
Então, que tudo o que o homem faz, aprendeu com os seus semelhantes e não decorre de imposições originadas fora da cultura.
Uma vez parte da estrutura humana, a cultura define a vida, e o faz não através das pressões de ordem material, mas de acordo com um sistema simbólico definido, que nunca é o único possível. 
A cultura, portanto, constitui a utilidade, serve de lente através da qual o homem vê o mundo e interfere na satisfação das necessidades fisiológicas básicas. 
Embora nenhum indivíduo conheça totalmente o seu sistema cultural, é necessário ter um conhecimento mínimo para operar dentro do mesmo.
Um novo paradigma: O Multiculturalismo
Para Boaventura de Sousa Santos, em ambas as concepções (universalistas e relativistas) o conceito de dignidade humana está incompleto, uma vez que a noção esta atrelada a cada uma das pré-compreensões culturais. 
Assim, torna-se impossível estender à universalidade, noções de direitos humanos sem considerar a diversidade conceitual oriunda da multiplicidade cultural existente.
É preciso criar um novo paradigma comunicativo que propicie uma mediação e conciliação dos valores de cada cultura. Nos dizeres do autor: um diálogo intercultural.
Desde que o mundo é mundo o ser humano constrói seus próprios objetos, suas coisas, como podemos ver nos exemplos abaixo:
A arte é uma forma criativa de como a humanidade expressa suas emoções,sua história e sua cultura através de alguns valores estéticos, como beleza, harmonia, equilíbrio. 
Ela pode ser representada através de várias formas, em especial na música, na escultura, na pintura, no cinema, na dança, entre tantas outras.
“Mulher com sombrinha” (1875) é uma das mais famosas obras do pintor francês impressionista Claude Monet. 
O que mais nos encanta neste quadro não são as jovens retratadas, mas o modo sutil pelo qual a luz e a brisa conservam-se na tela como que para sempre aos nossos olhos.
A arte também manifesta fatos, acontecimentos, expressa ideias e, nesse sentido, possui também a função formativa, ou seja, educativa.
 
O livro OS SERTÕES, escrito por Euclides da Cunha, conta a história da Guerra de Canudos, uma revolta ocorrida no interior da Bahia, entre 1896 e 1897, liderada por Antonio Conselheiro.
Vamos, agora, fazer uma rápida viagem através da História da Arte, passando por suas fases.
Arte Pré-Histórica
Consideramos como arte pré-histórica as manifestações que surgiram antes das primeiras civilizações, ou seja, antes da escrita.
Idade Antiga
Período compreendido entre a invenção da escrita e a queda do Império Romano do Ocidente.
Arte Egípcia
Arte Grega
Arte Romana
Arte Islâmica
Filosofia
A Filosofia possui data e local de nascimento: final do séc. VII e início do séc VI a.C. nas colônias gregas da Ásia menor na cidade de Mileto – o primeiro filósofo foi Tales de Mileto.
Surge pela necessidade de um outro tipo de explicação para a ordem do mundo – explicação racional.
Explicação racional: coerente, justificada, por argumentos (lógicos e não contraditórios) – formando PENSAMENTOS, IDEIAS E CONCEITOS.
Atividade filosófica ou Proposta da filosofia: formação do Pensamento – crítico, justificado, sistemático.
Razões para filosofar
 
Luiz Sayão elenca três razões que dão importância ao ato de filosofar:
Detectarmos o nosso próprio sistema de valores;
Adquirimos capacidade crítica para filtrar o que nos é apresentado;
Entendermos nossa época, as tendências da sociedade e interpretar o mundo.
Ciência, Tecnologia e Inovação
Há muito tempo, digamos assim; quando o bicho homem resolveu descer da árvore, ele iniciou uma jornada em busca do conhecimento para obter possíveis respostas a questões relacionadas aos problemas do seu dia-a-dia.
Algumas destas respostas eram construídas de forma mística, à medida que utilizavam a mitologia para explicá-las. 
Por que os dias se sucedem às noites?
Por que o fogo queima?
Ciência vem do latim scientia, "conhecimento" = qualquer conhecimento ou prática sistemáticos. 
 
Em sentido estrito, ciência se refere ao sistema de adquirir conhecimento pesquisando, mas baseado no método científico, bem como ao corpo organizado de conhecimentos conseguidos através de tais pesquisas.
A tecnologia, enquanto domínio de uma técnica e o meio para um determinado fim ou uso, é o resultado de uma atividade essencialmente humana. Toda tecnologia, todo avanço tecnológico tem por finalidade a realização de desejos humanos.
Os avanços tecnológicos neste século XXI com mais impacto no dia a dia das pessoas estão relacionados à tecnologia da informação (celulares e computadores ultra rápidos e multimídias); à biotecnologia, sobretudo na área médica (instrumentos/máquinas de diagnósticos e tratamentos sofisticados); e às tecnologias industriais, com grandes mudanças nas relações de trabalho (nos setores de serviço, na indústria e na agricultura).
Os avanços tecnológicos têm sido muitos nestes últimos tempos. O Wi-Fi revolucionou as comunicações sem fios. A marca foi licenciada originalmente pela Wi-Fi Alliance para descrever a tecnologia de redes sem fio embarcadas (WLAN) baseadas no padrão IEEE 802.11. 
 
O termo Wi-Fi foi escolhido como uma brincadeira com o termo "Hi-Fi" e pensa-se geralmente que é uma abreviatura para wireless fidelity, no entanto a Wi-Fi Alliance não reconhece isso. O padrão Wi-Fi opera em faixas de frequências que não necessitam de licença para instalação e/ou operação.
Do grego demo = povo e cracia = governo, ou seja, governo do povo.
Sistema em que as pessoas de um país podem participar da vida política. 
Esta participação pode ocorrer através de eleições, plebiscitos e referendos. Na democracia, as pessoas possuem liberdade de expressão e manifestação de suas opiniões. 
A Democracia é o sistema (regime) de organização social mais eficiente para se cultivar e se praticar a liberdade de ação e de expressão.
Embora tenha surgido na Grécia Antiga, a democracia foi pouco usada pelos países até o século XIX. Até este século, grande parte dos países do mundo usavam sistemas políticos que colocavam o poder de decisão nas mãos dos governantes.
Já no século XX, a democracia passou a ser predominante no mundo.
No Brasil, as pessoas podem escolher seus representantes (vereadores, deputados, senadores, prefeitos, governadores e presidente) através do voto nas eleições. Existe liberdade de expressão e os direitos de manifestação são garantidos pela Constituição Brasileira de 1988.
No Brasil, as pessoas podem escolher seus representantes (vereadores, deputados, senadores, prefeitos, governadores e presidente) através do voto nas eleições. Existe liberdade de expressão e os direitos de manifestação são garantidos pela Constituição Brasileira de 1988.
AULA3
Ecologia
Ecologia é uma ciência (ramo da Biologia) que estuda os seres vivos e suas interações com o meio ambiente onde vivem.
Se perguntarmos ao leigo o que é Ecologia, ele dirá que é estudar a natureza, não deixar que ela morra, evitar a contaminação dos rios e mares, a poluição do ar, as queimadas e assim por diante. 
 
Mas, a questão ambiental também constitui uma área de atuação desta ciência, já que a mesma possui seus princípios e preceitos, que vão muito além da degradação provocada pelo homem no ambiente.
Educação ambiental
É no contexto dito anteriormente que surge a Educação Ambiental. Ela objetiva o contato direto entre o homem e o meio, o resgate e a conscientização de que o meio é relevante à sobrevivência, à saúde, ao bem-estar do indivíduo; o desenvolvimento do sentido ético-social diante das diferentes problemáticas ambientais, a orientação do ser humano em relação ao ambiente e o exercício de cidadania, na busca de melhorias na qualidade de vida.
Biodiversidade
A biodiversidade é definida pela Convenção sobre a Diversidade Biológica como “a variabilidade entre os seres vivos de todas as origens, a terrestre, a marinha e outros ecossistemas aquáticos e os complexos ecológicos dos quais fazem parte: isso inclui a diversidade no interior das espécies, entre as espécies e entre espécies e ecossistemas”
Biodiversidade é o estudo da variedade de espécies de organismos vivos encontrados nos diversos ecossistemas do planeta.
A Biodiversidade está vinculada tanto ao número de diferentes categorias biológicas quanto à abundância relativa dessas categorias.
O termo Biodiversidade foi originado em 1980 por Thomas Lovejoy e desde 1986 a nomenclatura tem sido usada no que se refere à diversidade da natureza viva.
No final da década de 1980 que o termo globalização começa a ser utilizado, designando não apenas a mundialização da economia, mas também o intercâmbio cultural e a interdependência social e política ao nível mundial.
Processo de integração dos países
A integração dos países gerou:
• Liberalização econômica.
• Revolução nos transportes.
• Revolução nas telecomunicações.
• Popularização da Internet.
• Homogeneização cultural.
• Processo contraditório economicamente.
Críticas à globalização
As três pessoas mais ricas do mundo têm ativos superiores ao PIB (Produto Interno Bruto) somado dos 48 países mais pobres.
Só os países ditos desenvolvidos, têm capacidades tecnológicas e os recursos necessários para realizar investimentos tecnológicos e cooperam entre si, a fim de solucionar vários problemas que lhes vão surgindo.
Á medida que, fruto da globalização, o mundo passa de uma economia agrícola a uma industrial e desta para uma de informação, as limitações efalhas dos mercados explicam cada vez mais o aumento do desemprego, e os mercados mostram-se incapazes de poder administrar os seus recursos eficientemente.
Geopolítica
A Geopolítica é uma área da Geografia que tem como objetivo fazer a interpretação dos fatos da atualidade e do desenvolvimento político dos países usando como parâmetros principais as informações geográficas. 
 
Ela visa também compreender e explicar os conflitos internacionais da atualidade e as principais questões políticas.
Saúde
Existem medidas que podem ser tomadas a fim de melhorar a saúde de um país, mas existem também atitudes que não precisam partir do Governo, por exemplo, mas sim, de cada um de nós, como a doação de órgãos, que pode salvar muitas vidas.
Violência, Segurança e Defesa
LEI Nº 11.340, DE 7 DE AGOSTO DE 2006. 
Cria mecanismos para coibir a violência doméstica e familiar contra a mulher, nos termos do § 8o do art. 226 da Constituição Federal, da Convenção sobre a Eliminação de Todas as Formas de Discriminação contra as Mulheres e da Convenção Interamericana para Prevenir, Punir e Erradicar a Violência contra a Mulher; dispõe sobre a criação dos Juizados de Violência Doméstica e Familiar contra a Mulher; altera o Código de Processo Penal, o Código Penal e a Lei de Execução Penal; e dá outras providências.
Violência contra o idoso
A violência contra os idosos é um mal que cresce a cada dia na sociedade. De acordo com Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República, os casos de violência a idosos aumentaram de 7.160 (2011) para 21.404 (2012). 
A maioria dos idosos não denunciam os maus tratos que sofrem, porque, geralmente, são parentes que os praticam e eles têm a tendência de querer protege-los, diz a ministra da SDH, Maria do Rosário.
Violência contra a criança
A maioria dos casos de violência à criança é praticada por familiares ou por conhecidos desses familiares. Essa violência pode ser psicológica (discriminação, negligência) ou física (abusos sexuais e castigos). 
A criança que sofre tais marcas pode ter complicações em seu desenvolvimento, onde sua saúde e sua capacidade cognitiva são comprometidas. 
Trabalho escravo
 Mesmo com a abolição da escravatura em 13 de maio de 1888, trabalhadores ainda encontram-se em situações bastante similares às da época da escravidão. Eles são submetidos a condições paupérrimas de trabalho, de moradia, ao abuso de poder, à ausência de segurança em suas atividades, entre outras situações que abalam a saúde e o bem-estar.
Desenvolvimento sustentável
Desenvolver o mundo em harmonia com as limitações ecológicas do planeta, ou seja, sem destruir o ambiente, para que as gerações futuras tenham a chance de existir e viver bem, de acordo com as suas necessidades (melhoria da qualidade de vida e das condições de sobrevivência).
Desenvolvimento sustentável
Será que dá para fazer isso? 
Será que é possível conciliar tanto progresso e tecnologia com um ambiente saudável?
 
Para isso existem Conferências, como a Eco 92 e a Rio+20. Porém, com o passar dos anos, os problemas ambientais aumentam e soluções, medidas, não saem do papel.
Os seis aspectos prioritários do desenvolvimento sustentável
A satisfação das necessidades básicas da população (educação, alimentação, saúde, lazer, etc).
A solidariedade para com as gerações futuras (preservar o ambiente de modo que elas tenham chance de viver).
A participação da população envolvida (todos devem se conscientizar da necessidade de conservar o ambiente e fazer cada um a parte que lhe cabe para tal).
A preservação dos recursos naturais (água, oxigênio, etc).
A elaboração de um sistema social garantindo emprego, segurança social e respeito a outras culturas (erradicação da miséria, do preconceito e do massacre de populações oprimidas, como por exemplo os índios).
A efetivação dos programas educativos.
 AULA 4
Gênero
Maneira que as diferenças entre mulheres e homens assumem nas sociedades, no transcorrer da história.
Sexo
Diferenças anátomo-fisiológicas existentes entre os homens e as mulheres.
As desigualdades de gênero foram construídas historicamente, em decorrência de um modelo de sociedade, marcadamente Patriarcal. Na contraposição dessa organização social, nasce o Feminismo, tendo características de um movimento social e político, com objetivo de igualdade dos sexos.
Questões de gênero
“Quando começamos a refletir sobre as relações entre mulheres e homens nos damos conta que quase que espontaneamente nossas sociedades atribuem mais poder, maior valor, maior força organizativa, maior força política aos homens e deixam as mulheres em segundo plano”.
 
Ivone Gebara
A mulher no mercado de trabalho
As mulheres constituem 70% dos mais pobres no mundo, nos últimos 20 anos, o número de mulheres que vive abaixo da linha de pobreza cresceu 50%;
 
No Brasil, de todas as pessoas que recebem o salário mínimo, 53% são mulheres; o preço da hora de trabalho de uma mulher chega, em média, a custar 14,3% a menos do que aquela paga a um homem; 
As mulheres representam a maioria dos trabalhadores em tempo parcial e do setor informal e têm uma taxa de desemprego maior que o setor masculino.
Viver em igualdade
Novas relações mundiais implicam numa nova compreensão do lugar do ser humano – mulheres e homens – no conjunto das instituições sociais e nos ecossistemas. 
 
Entretanto, sabemos bem, que um novo mundo de relações não acontece de uma hora para outra. Ele vai se preparando lentamente ao longo de séculos de História até que passa a ter maior visibilidade e passa a integrar os novos comportamentos sociais.
Viver em igualdade
Pelo trabalho o homem se relaciona, com o mundo físico e com o mundo cultural de todos os homens.
A existência humana seria garantida, aqui, pelo trabalho, em que pese o fato de muitos homens trabalharem e não conseguirem garantir sua subsistência, enquanto outros tantos, não trabalham e esbanjam existência.
Servidão na Idade Média
Regime das corporações
Regime das manufaturas
Regime salariato
Rede Social é uma das formas de representação dos relacionamentos afetivos ou profissionais dos seres humanos entre si ou entre seus agrupamentos de interesses mútuos.
O conjunto resultante é como uma malha de múltiplos fios, que pode se espalhar indefinidamente para todos os lados, sem que nenhum dos seus nós possa ser considerado principal ou central, nem representante dos demais.
Não há um “chefe”, o que há é uma vontade coletiva de realizar determinado objetivo. (Withaker, 1998)
Redes Sociais na web são as páginas/canais que propiciam a interação entre pessoas de diferentes regiões, oferecendo diversos recursos para que a mesma aconteça.
Redes Sociais na Web
O conceito de responsabilidade social aplicado à gestão dos negócios se traduz como um compromisso ético voltado para a criação de valores para todos os públicos com os quais a empresa se relaciona: clientes, funcionários, fornecedores, comunidade, acionistas, governo, meio ambiente.” (ETHOS. Instituto Ethos de Empresas e Responsabilidade Social) 
A Responsabilidade social tem a ver com a consciência social e o dever cívico, dando-lhe o caráter coletivo e que por isso a Responsabilidade social busca estimular o desenvolvimento do cidadão e fomentar a cidadania individual e coletiva.
Vejamos, abaixo, dificuldades que envolvem a responsabilidade social efetiva:
 
• Acompanhamento e avaliação da sociedade organizada em relação às ações sociais realizadas pelas empresas;
• Identificação de problemas sociais realmente prioritários pelos interessados;
• Mensuração do retorno dos projetos sociais em termos de bem-estar social para as comunidades;
• Uso de metodologias eficiente.
AULA 5
Projeto Pedagógico do Curso
O projeto pedagógico é um documento que apresenta as diretrizes norteadoras para a formação do profissional. É o instrumento de concepção de ensino-aprendizagem de um curso e apresenta características de um projeto.
De acordo com o Projeto Pedagógico do Curso Superior de Tecnologia em Gestão de Turismo da Universidade Estácio de Sá, a missão do CST em Gestãode Turismo pode ser assim definida:
Formar profissionais capazes de empreender e gerir empresas turísticas com padrões técnicos internacionais, prestigiando a cultura nacional, a preservação do meio ambiente e contribuindo para o desenvolvimento da sociedade brasileira, além de profissionais atuantes no planejamento e desenvolvimento da atividade turística nos segmentos públicos e privados.
Mas, e a gestão de turismo? Qual é o papel dela?
O Curso de Gestão de Turismo desenvolve ações no âmbito do planejamento turístico, agenciamento de viagens (emissivas, receptivas e operadores de turismo), hospitalidade, transportador turísticas e consultorias voltadas para o gerenciamento das políticas públicas e para a comercialização e promoção dos serviços relativos à atividade.
A identificação dos potenciais turísticos do receptivo, considerando a diversidade cultural e os aspectos socioambientais para o desenvolvimento local e regional constitui-se em atividade relevante desse profissional.
Sendo assim, o Curso Superior de Tecnologia em Gestão de Turismo, por meio de uma matriz curricular integrada, está concentrado em formar profissionais capazes de transitar pelas diferentes áreas do setor: hospedagem, transportes e intermediação de serviços - e comprometidos com o bem-estar da sociedade de um modo geral e, mais especificamente, da comunidade usuária de serviços turísticos.
E o curso de gestão de turismo?
O Curso Superior de Tecnologia em Gestão de Turismo obedece ao Catálogo Nacional de Cursos Superiores de Tecnologia e às Diretrizes Curriculares Nacionais de modo a oferecer ao aluno referenciais teórico-práticos que colaborem na aquisição de competências cognitivas, habilidades e atitudes e que promovam o seu pleno desenvolvimento como pessoa, o exercício da cidadania e a qualificação para o trabalho.
Com base nesses quatro princípios é que a matriz curricular do curso foi organizada, com a intenção de promover a produção e construção do conhecimento de modo sistematizado, partindo da reflexão, do debate e da crítica, numa perspectiva criativa e interdisciplinar. 
O currículo do curso privilegia a formação focada na área de Gestão de Turismo, coerente com os objetivos do curso expressos no Projeto e respeitando os apontamentos do Catálogo Nacional dos Cursos de Graduação Tecnológica.
Para tanto, o currículo privilegia conteúdos na área de agências de viagens receptivas e exportativas, transportadoras turísticas, com ênfase no transporte aéreo e marítimo, além dos demais setores como receptividade e hospitalidade, bem como possibilita a vivência em múltiplos cenários organizacionais e sociais.
A organização do currículo obedece aos princípios de: flexibilização, interdisciplinaridade e contextualização. Conheça cada um deles.
A flexibilização curricular possibilita a ampliação dos horizontes do conhecimento e o desenvolvimento de uma visão crítica mais abrangente, pois permite ao aluno ir além de seu campo específico de atuação profissional, oferecendo condições de acesso a conhecimentos, habilidades e atitudes formativas em outras áreas profissionais.
A flexibilização curricular favorece a realização de percursos formativos diferenciados, possibilitando ao aluno a escolha dentre as múltiplas atividades acadêmicas oferecidas pela IES, tais como: visitas técnicas, cursos de curta duração, vídeos, dentre outras. A flexibilização é assegurada pela oferta de um conjunto de atividades acadêmicas articuladas à formação, planejadas pela coordenação do curso que cria as condições para a realização de atividades, como: palestras virtuais e cursos on-line.
Essas atividades fazem parte da estrutura curricular dos cursos e estão voltadas para a ampliação das experiências científicas, socioculturais e profissional dos alunos. Propiciam uma melhor compreensão das relações existentes entre a prática social e o trabalho acadêmico, a integração teoria/prática, a integração universidade/sociedade, orientando os alunos para a solução de problemas enfrentados na atuação profissional e no contexto local.
A interdisciplinaridade visa superar uma organização curricular tradicional que coloca as disciplinas como realidades estanques, fragmentadas, isoladas e dificulta a apropriação do conhecimento pelo aluno. A interdisciplinaridade, ao contrário, busca favorecer uma visão contextualizada e uma percepção sistêmica da realidade, permitindo uma compreensão mais abrangente do saber. 
 
A interdisciplinaridade permite a integração entre as disciplinas do currículo criando condições para a pesquisa e para a criação de modelos explicativos que efetivamente consigam captar a complexidade da realidade.
Envolve a elaboração de um contexto mais geral e promove, portanto, intercâmbios mútuos e recíprocas integrações entre as disciplinas. 
 
Muitas disciplinas, tais como Operações em Transportes Terrestres ou Aéreos e Aquaviários, Patrimônio Histórico Cultural Brasileiro, Turismo, Meio Ambiente e Sustentabilidade, Gestão Pública aplicada ao Turismo, Gestão de Agências de Viagens, Planejamento e Organização do Turismo e Gestão e Organização de Eventos além de outras, oferecem visitas quando os alunos observam os mecanismos e procedimentos expostos em aula.
Durante a elaboração da matriz curricular, houve a preocupação em organizar unidades de estudo, de maneira a garantir a interdisciplinaridade e, com isso, oferecer a interatividade necessária ao domínio das diversas áreas de conhecimento envolvidas na atividade turística e hoteleira.
A contextualização refere-se à busca de adequação do currículo às características dos alunos e do ambiente socioeconômico e cultural, permitindo relacionar as atividades curriculares com o cotidiano dos alunos e com o contexto social.
O princípio da contextualização permite pensar o currículo de forma abrangente, com uma ampla rede de significações, e não apenas como um lugar de transmissão e reprodução do saber. A contextualização envolve o estabelecimento de uma relação de reciprocidade entre o aluno e o objeto de conhecimento, favorecendo uma aprendizagem significativa, uma vez que está baseada nos diferentes âmbitos e dimensões da vida pessoal, social e cultural dos alunos.
A matriz curricular do CST em Gestão de Turismo é constituída e atualizada para contemplar os perfis profissionais necessários ao exercício das diferentes funções da área do curso com o objetivo de adequar-se às demandas acadêmicas e de mercado, respeitando a legislação e Diretrizes Curriculares Nacionais.
A organização curricular constitui parte do projeto pedagógico e é nela que se visualiza, de modo amplo, a estrutura de todo o curso. Por consequência, explicita as concepções de mundo, ser humano, educação, conhecimento e sociedade que dão identidade ao curso e à instituição da qual ele faz parte.
Sendo assim, é um processo natural a qualquer curso que se faça revisão de seu currículo por diversos motivos, dentre os quais se destacam (passe os mouse em cada ponto abaixo e conheça-os):
A atualização é resultado das análises dos membros do NDE, das sugestões do colegiado de curso e dos alunos e professores-tutores à distância. Através das avaliações internas CPA são analisadas as questões respondidas pelos alunos e professores-tutores à distância percebendo como o curso está tendo ou não satisfação e se está adequado às demandas acadêmicas e de mercado.
O NDE e o Colegiado fazem uma análise dessa avaliação e propõem as mudanças que consideram pertinentes. Essas mudanças e adequações ocorrem sempre no final dos semestres letivos.
A ação-reflexão-ação é um princípio norteador do processo ensino-aprendizagem do Curso de Superior Tecnológico em Gestão de Turismo que se concretiza através da realização das atividades estruturadas pelos alunos. Essas atividades se constituem como componente curricular obrigatório vinculado às disciplinas da matriz curricular.
Embasadas no Art. 2º, item II da Resolução CNE/CES nº 3, de 2 de julho de 2007, as atividades estruturadas implicam a construção de conhecimento, com autonomia, a partir do trabalhodiscente. A concepção dessas atividades deve privilegiar a articulação entre a teoria e a prática, a reflexão crítica e o processo de autoaprendizagem. Para atender a esse propósito, o ensino deve ser centrado na aprendizagem, tendo o professor como mediador entre o conhecimento acumulado e os interesses e necessidades do aluno para acompanhar as tendências e demandas do mercado de trabalho.
A Matriz Curricular do Curso Superior de Tecnologia em Gestão de Turismo é integralizada em 1676 horas, distribuídas em quatro semestres mínimos para sua conclusão. 
 
O Curso de Gestão de Turismo trabalha desde as bases fundamentais e conceitos introdutórios da atividade turística e hoteleira de forma integrada, enfatizando a prática e a reflexão sobre sustentabilidade, ética, cidadania e demais assuntos de interesse da sociedade e da atividade turística.
É importante também destacar que em relação ao determinado nas Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação das Relações étnico-raciais e para o Ensino da História e Cultura Afro-brasileira e Africana - (CNE/CP Resolução 1/2004), no CST em Gestão de Turismo estas questões são tratadas da seguinte forma: 
• No projeto pedagógico e na matriz curricular, incorporados nos conteúdos de diferentes disciplinas.
• Em disciplinas como Análise Textual, que trata das questões socioculturais, refletidas por meio de textos, e Seminários Integrados em Gestão de Turismo, que desenvolvem o tema nas questões socioculturais e história dos povos indígenas e afrodescendentes, que tem o objetivo de fornecer conhecimentos acerca da formação destas sociedades e da sua integração nos processos físico, econômico, social e cultural da nação brasileira. 
• A disciplina de Seminários Integrados em Gestão de Turismo também trata diretamente da Educação em Direitos Humanos de acordo com as Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação em Direitos Humanos (Resolução nº1, de 30 de maio de 2012).
Quanto à Educação Ambiental - EA, de acordo com a Lei Federal nº 9795, de 27/04/1999, e o Parecer CNE/CP nº 14/2012, de 6 de junho de 2012, a mesma está representada pelos processos por meio dos quais o indivíduo e a coletividade constroem valores sociais, conhecimentos, habilidades, atitudes e competências voltadas para a conservação do meio ambiente, bem essencial à qualidade de vida e sua sustentabilidade.
A Educação Ambiental (EA) envolve o entendimento de uma educação cidadã, responsável, crítica, participativa, em que cada sujeito aprende com conhecimentos científicos e com o reconhecimento dos saberes tradicionais, possibilitando a tomada de decisões transformadoras, a partir do meio ambiente natural ou construído, no qual as pessoas se integram. A EA avança na construção de uma cidadania responsável voltada para culturas de sustentabilidade socioambiental.
Dessa forma, o projeto pedagógico e a matriz curricular do CST em Gestão de Turismo apresentam a educação ambiental como prática educativa integrada, contínua e permanente, representando um eixo transversal em atividades curriculares dos cursos. 
Vale destacar também o importante papel que desempenha no estudo da ética ambiental das atividades profissionais a serem desenvolvidas por nossos estudantes. Além dessa transversalidade, no CST em Gestão de Turismo, a temática está contemplada diretamente na disciplina de Seminários Integrados em Gestão de Turismo, na disciplina de Análise Textual e na disciplina Turismo, Meio Ambiente e Sustentabilidade que trata questões ambientais, refletidas por meio de textos.
Perfil do Formando / Mercado de Trabalho
O graduado no Curso de Tecnologia de Gestão de Turismo está apto para atuar no mercado turístico nacional e internacional, em seus mais variados ramos, agindo de forma ética seja como profissional participativo e criativo na área operacional, seja como administrador.
Além de promover o turismo de qualidade em âmbito nacional e/ou internacional, o egresso no Curso de Gestão de Turismo EAD fará o aluno apto para atuar nos principais departamentos de terra de transportadoras turísticas marítimas, terrestres e aéreas no Brasil. Será um profissional capaz de transitar pelas diferentes áreas e administrar a continuidade de sua própria formação, promovendo ações conscientes e responsáveis no sentido de conservar e revitalizar a identidade cultural local e nacional. Busca-se, então, formar profissionais com capacidade de análise e decisão em seu cotidiano de trabalho para dimensionar e desenvolver as rotinas nos setores de Turismo: transportes, intermediação de serviços e hospitalidade.
O egresso poderá coordenar áreas operacionais para gerenciar serviços em agências de turismo, transportadoras, planejamento turísticos e receptividade; promover vendas de produtos e serviços; executar rotinas administrativas; administrar pessoal e recursos financeiros e gerenciar compras; assessorar diretoria e realizar atividades de relações públicas voltadas a empreendimentos turísticos.
1- São princípios da Gestão de Turismo.
Flexibilização; interdisciplinaridade; ação-reflexão-ação; contextualização.
A carga horária da Matriz Curricular do Curso Superior de Tecnologia em Gestão de Turismo é integralizada é...
1676 horas
AULA 6
Desenvolvimento do Turismo Sustentável e Impactos no Setor Turístico
Antes de falarmos de turismo sustentável é necessário explanar sobre o conceito de sustentabilidade e sobre como o mercado turístico se insere nele. Este é um conceito bastante explorado nas avaliações do ENADE. Para começar, a atividade turística entendida somente como deslocamentos humanos é incompleta.
O fenômeno turístico deve ser analisado pela oportunidade que propicia às pessoas de se interagirem com a cultura de outras localidades, mesmo que estejam relacionadas em parte com as atividades de negócios. Isto implica na exploração dos meios naturais, econômicos e culturais que devem ser canalizados para atender a esta demanda vivenciada no destino escolhido para visitação. Então, o que é SUSTENTABILIDADE?
Conceito de Sustentabilidade
Sustentabilidade é um termo frequentemente utilizado para definir as ações que visam abastecer as necessidades atuais dos seres humanos, sem comprometer o futuro das gerações imediatas. Ela está relacionada aos desdobramentos econômicos e materiais do progresso humano sem agredir o meio ambiente, observando a utilização dos recursos naturais de forma inteligente para que eles se conservem no futuro. Seguindo estes padrões, a humanidade poderia garantir o desenvolvimento sustentável.
Segundo o site suapesquisa.com, algumas ações podem ser arroladas à sustentabilidade:
Ações relacionadas à sustentabilidade
 
• Ações que visem o incentivo à produção e ao consumo de alimentos orgânicos. 
• Atitudes voltadas para o consumo controlado de água, evitando ao máximo o desperdício.
• Medidas que visem a não poluição dos recursos hídricos e a despoluição dos já contaminados. 
• Exploração dos recursos minerais. 
• Uso de fontes de energia limpas e renováveis. 
• Criação de atitudes pessoais e empresariais voltadas para a reciclagem de resíduos sólidos. 
• Exploração dos recursos vegetais de florestas e matas de forma controlada, garantindo o replantio sempre que necessário. 
• Preservação total de áreas verdes não destinadas à exploração econômica.
• Desenvolvimento da gestão sustentável nas empresas para diminuir o desperdício de matéria-prima e desenvolvimento de produtos com baixo consumo de energia.
Benefícios do Desenvolvimento Sustentável
As ações de sustentabilidade servem como uma carta de fiança de longo prazo a fim de garantir um planeta em boas condições para o desenvolvimento das formas de vida. Essa carta avaliza recursos naturais para as próximas gerações, possibilita a manutenção dos recursos naturais e é um meio de aprovação da qualidade de vida para as futuras gerações. Desenvolvimento sustentável significa obter crescimento econômico necessário, garantindo a preservação do meio ambiente e o desenvolvimento social
Cidades Sustentáveis são Cidades Turísticas
As cidades sustentáveisindicadas no site adotam uma série de medidas em diferentes estágios ligadas ao propósito da melhoria da qualidade de vida da população, desenvolvimento econômico e preservação do meio ambiente. Por serem cidades bem planejadas e administradas, conseguem ter atenção dos agentes de turismo que as incluem em seus pacotes de turismo
Da lista citada no artigo “Cidades sustentáveis” selecionamos  algumas práticas:
Principais práticas adotadas pelas cidades sustentáveis 
• Ações efetivas voltadas para a diminuição da emissão de gases do efeito estufa, visando o combate ao aquecimento global. 
• Medidas que visem a manutenção dos bens naturais comuns.
• Planejamento e qualidade nos serviços de transporte público. 
• Planejamento para uso de meios de transporte não poluentes (bicicletas).
• Ações para melhorar a mobilidade urbana, diminuindo o tráfego de veículos.
• Promoção de justiça social.
• Destino adequado para o lixo. 
• Aplicação de programas educacionais voltados para o desenvolvimento sustentável.
• Planejamento urbano eficiente de longo prazo.
• Criação de espaços verdes (parques, praças) voltados para o lazer da população.
• Programas voltados para a arborização das ruas e dos espaços públicos.
• Adoção de práticas voltadas para o consumo consciente da população.
• Ações que visem o uso racional da água e seu reaproveitamento.
• Práticas de programas que visem a melhoria da saúde da população.
EM DESTAQUE
No Brasil algumas cidades são caracterizadas por suas práticas sustentáveis: João Pessoa, destaque na proteção de áreas ambientais; Curitiba, planejamento urbano voltado para a sustentabilidade e Londrina, com um eficiente programa de coleta seletiva do lixo. No mundo destacam-se como cidades turísticas sustentáveis: Barcelona (Espanha), mobilidade urbana e uso de energia solar; Copenhague (Dinamarca), infraestrutura para o uso de bicicletas; Freiburg (Alemanha), programas eficientes voltados para o uso racional de veículos; Amsterdã (Holanda), mobilidade urbana; Viena (Áustria), compra de produtos ecológicos por parte da prefeitura; Zaragoza (Espanha), sistema voltado para a economia de água e Thisted (Dinamarca), 100% de uso de energia sustentável.
 
Fonte: <www.suapesquisa.com> – Acesso em 26/06/2013.
Turismo Sustentável e Entidades Responsáveis
No site da CNTur - Confederação Nacional do Turismo, é possível saber que a entidade promove ações no país pela sustentabilidade do turismo. Uma de suas diretrizes é orientar e coordenar projetos e ações ecologicamente corretos com base em políticas públicas ligadas ao meio ambiente, tendo, como pano de fundo, os princípios e normas de algumas instituições, especialmente a Frente Parlamentar Ambientalista e a SOS Mata Atlântica. Entre as diversas propostas foi pensado um Manual Ecológico através do qual pudessem ser discutidas questões pontuais para a construção e a reforma de equipamentos, planos e insumos ecológicos, com ênfase em alimentos naturais e sazonais, além do domínio do uso e do manuseio de materiais biodegradáveis.
A Organização Mundial do Turismo (OMT) também tem pautado o tema na sua agenda e tem articulado diversos debates sobre a sustentabilidade junto aos gestores de destinos. A opinião pública percebe a importância do tema, o que inclui a discussão da sustentabilidade do turismo nos eventos e na mídia de forma geral, bem como o reconhecimento da importância de planejar o turismo a longo prazo e de utilizar indicadores de desempenho que monitoram a valorização econômica, ambiental e socioambiental
Turismo: A Sustentabilidade Ecológica, Sociocultural e Econômica
Segundo o CNTUR, pode-se imaginar o conceito “desenvolvimento sustentável” ligado a  três vertentes principais: crescimento econômico, equidade social e equilíbrio ecológico.
 
O princípio embutido nessas vertentes é uma espécie de "espírito de responsabilidade comum" o qual deve ver os processos de exploração de recursos materiais, os investimentos financeiros e as rotas de desenvolvimento tecnológico em um mesmo sentido harmonioso. Impossível?
Devemos atentar para o que a OMT esclarece sobre isso. Em recente relatório, ela definiu o desenvolvimento sustentável como aquele que reage às necessidades do presente sem comprometer a habilidade e a competência das gerações futuras de responder às suas necessidades.
Nota-se que este conceito está focado na sustentabilidade do desenvolvimento econômico e por isso mesmo é criticada por vários autores. Vários ambientalistas e até alguns turismólogos defendem que não se pode pensar nas gerações futuras quando parte da geração atual não exerce, de forma satisfatória, o atendimento das suas necessidades básicas, implicando investimentos tecnológicos que permitam minimizar impactos.
E o turismo? O que tem a ver com isso, afinal? Novos conceitos apareceram e a atenção dada ao segmento foi fundamental para chamar atenção sobre a importância de sustentabilidade do crescimento da atividade turística e sobre a responsabilidade na operação de todo tipo de turismo. Muitos acham que turismo sustentável é um produto, quando deve ser visto como um conceito. Assim, só terá valor de mercado na medida em que puder ser considerado como parte integrante da equação que une produtos de turismo de qualidade e sustentabilidade. Não importa se desenvolvemos turismo de aventura, turismo cultural e até turismo de sol e mar, o que sobra ao final, pode ser resumido em ecoturismo e turismo sustentável. Qual a diferença entre estes conceitos, afinal?
O turismo sustentável é uma maneira de manter a infraestrutura da cadeia produtiva do turismo sem atitudes ofensivas ao meio ambiente, acatando as necessidades dos turistas e dos moradores locais que os recebem. Assim, poderíamos atender de modo simultâneo os vetores econômicos, as demandas culturais da sociedade e os pleitos ligados à preservação do ambiente. Ainda é preciso salientar que a atividade sustentável não despreza a cultura regional, a diversidade biológica e os sistemas ecológicos que coordenam a vida. Antes, deve implicar atitudes ambientalistas, domínio pleno dos preceitos de utilização dos recursos naturais e uma orientação para a ecologia, ainda muito escassos, especialmente em países emergentes.
Quanto ao ecoturismo, sua definição está mais próxima ao direito de exploração de ecossistemas em seu estado natural, sua vida selvagem e sua população aborígine, levando-nos a pensar que essa ação poderia preservar esses ecossistemas constantemente visitados. Entretanto, é preciso ressaltar que o ecoturismo não é estruturado para preservar o meio ambiente, mas sim para fins lucrativos. Em 2003, o Brasil começou a contar com o Plano Nacional do Turismo (PNT) que tem como base a ética e a sustentabilidade e vem auxiliando o governo a tomar atitudes ecologicamente corretas.
 
Ver mais em <http://www.cntur.com.br/turismo_sustentavel.html>.
Sustentabilidade no Turismo: Uma Análise Histórica
MELO e FARIAS (2012) chamam a atenção para a massificação do setor e para como a Organização Mundial do Turismo passou a discutir o turismo internacional no início nas décadas de 1950 e 1960. Neste momento, ainda incipiente, as discussões e o desenvolvimento de estudos sobre turismo e meio ambiente tinham o objetivo de fortalecer o turismo de massas. Durante os anos 1980 brotaram inúmeros documentos com o objetivo de estabelecer regras e normas para manter a saúde e o bem-estar mundial.
Também surgiram eventos globais interessados em uma nova atitude que desembocaria na sustentabilidade, tendo o Brasil como protagonista. Em 1972, foi realizada a Conferência Mundial de Estocolmo (Suécia). Depois a Eco92 e a Agenda 21 definiram, na Conferência da ONU sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento, no Rio de Janeiro, os parâmetros atuais desta discussão. O debate prosseguiu em 2002, na Conferência Mundial Rio + 10 (Johannesburg). Em 2012, a Conferência Mundial das Nações Unidas - Desenvolvimento Sustentável voltou a se reunir para o Rio +20.
Fique por Dentro - Temas do ENADE
O que é a Agenda 21?
Este é um tema recorrente nas provasdo ENADE. Agenda 21 é um conjunto de resoluções tomadas na Conferência Internacional Eco-92, realizada no Rio de Janeiro em 1992. Organizada pela Organização das Nações Unidas (ONU) contou com a participação de 179 países e resultou em medidas para conciliar crescimento econômico e social com a preservação do meio ambiente. Na Agenda 21 cada país definiu as bases para a preservação do meio ambiente em seu território para o desenvolvimento sustentável.
 
Saiba mais no site oficial do Ministério do Meio ambiente.
Com base nestas iniciativas e no desenvolvimento de uma atitude ecológica, deve-se refletir em como se organizam os modelos de escolha de um destino turístico para lazer. Esta investigação deveria considerar o progresso do pensamento sobre a sustentabilidade e até em que ponto este fator é determinante para a tomada de decisão de um destino por parte dos turistas. 
 
Ver mais em <http://www.eumed.net/rev/turydes/13/smaf.html>.
Sustentabilidade Ambiental
É necessário observar como foi acontecendo ao longo do tempo esta trajetória entre o turismo e o meio ambiente. Podem ser identificadas quatro fases:
 
• Séc. XVIII – descoberta da natureza e das comunidades receptivas.
• Final do séc. XIX e início do séc. XX – turismo dirigido, elitista, sem preocupação ambiental, estimulou construções e o boom imobiliário.
• Anos 1950 a 1980 – turismo de massa, localidades turísticas de praia e montanha vivem uma expansão sem precedentes.
• Final do séc. XX e início do séc. XXI – a qualidade do ambiente começa a constituir elemento de destaque, criando um novo mercado.
Sabemos que os mecanismos de mercado não impedem que a degradação ambiental ocorra. RUSCHMANN (2002) aponta algumas características decorrentes disso:
 
O mercado funciona com uma visão de curto prazo, ao passo que os impactos ambientais se manifestam a longo prazo.
O mercado não tem condições de medir as modificações que ocorrem nos múltiplos componentes que garantem a qualidade do meio ambiente, e, quando possui as informações, não as revela.
Existem bens ambientais que devem ser preservados apesar do seu potencial para o turismo. Correspondem a ecossistemas valiosos, paisagens, sítios únicos, monumentos da natureza.
Estes fatores devem estimular os órgãos públicos e os Conselhos de Turismo a assumir suas responsabilidades pelas atividades relacionadas com a proteção do meio ambiente, sejam elas utilizadas para fins turísticos ou não, baseadas nas seguintes ações:
• Conscientização e sensibilização da população;
• elaboração de legislação visando à proteção do meio ambiente, observando seu cumprimento e instigando a sua execução;
• criação, ampliação e gestão de parques e/ou reservas naturais;
• elaboração de campanhas promocionais com o objetivo de atrair turistas para as áreas específicas.
Sustentabilidade Econômica
Os efeitos econômicos gerados pela atividade turística nas localidades receptoras são mais fáceis de monitorar quando comparados com os efeitos ambientais ou sociais. Muitos governos de países em desenvolvimento entendem o turismo como “tábua de salvação” para a dependência econômica em relação aos países desenvolvidos. Em decorrência disso, o turismo foi estimulado sem considerar as adequações necessárias às dimensões, ao tipo e ao nível do desenvolvimento do país.
Para que o turismo viabilize os efeitos econômicos favoráveis nas destinações, MATHIESON e WALL (1988) enfatizam as seguintes variáveis que decorrem da amplitude da atividade:
 
• A natureza dos equipamentos e dos recursos e sua atratividade para os turistas;
• o volume e a intensidade dos gastos dos turistas nas destinações;
• o nível do desenvolvimento econômico da destinação;
• a base econômica da destinação; 
• o grau de distribuição e de circulação das despesas realizadas;
• o grau de adaptação do local à sazonalidade da demanda turística.
Devem ser destacados os efeitos econômicos positivos do turismo nas economias nacionais: a troca monetária que se refere aos gastos dos turistas e as despesas dos moradores locais no exterior; a prestação dos serviços turísticos que são repassados aos rendimentos de outros setores (gastronomia e indústria do entretenimento), a elevação da renda per capita e a geração de empregos nas destinações turísticas.
A despeito dos efeitos positivos, os custos da atividade não podem ser desconsiderados, principalmente nos países emergentes onde esses efeitos são mais dramáticos: abandono das atividades primárias, necessidade de importação de produtos do exterior para atender os turistas provocando a evasão de divisas, dependência excessiva do turismo, inflação e especulação imobiliária, valorização excessiva de residências e aluguéis e a sazonalidade da demanda turística.
Sustentabilidade Sociocultural
As consequências do turismo sobre a cultura dos destinos visitados tem sido alvo de muitos estudos. Os impactos desfavoráveis apresentam-se com maior intensidade nos locais onde o fluxo de turistas é muito grande (turismo de massa). Não há dúvida que entre os aspectos culturais favoráveis destacam-se: a valorização do artesanato e da herança cultural, orgulho étnico, apreciação e preservação do patrimônio cultural.
Por outro lado, há impactos desfavoráveis: descaracterização do artesanato voltado unicamente para atender os turistas; vulgarização das manifestações tradicionais; arrogância cultural limitando as apresentações das manifestações culturais em salões fechados e destruição do patrimônio histórico tangível (prédios, monumentos, estátuas).
Algumas propostas elaboradas para a preservação dos espaços naturais foram implantadas em diversas regiões do mundo, com resultados ainda incipientes. Elas envolvem naturalistas, ecologistas, economistas, sociólogos e geógrafos, assim como representantes do setor econômico interessados no desenvolvimento do turismo sustentável, associados à rentabilidade de seus investimentos.
Deste diálogo resultam alguns princípios para o equilíbrio entre o turismo, o meio ambiente e as atividades econômicas e socioculturais.
• Estimular o diálogo entre os profissionais do turismo e do meio ambiente;
• equilibrar o turismo de massa em localidades específicas com o turismo de natureza ou ecológico em áreas mais frágeis;
• flexibilizar as diretrizes aprovadas para a preservação dos parques nacionais e das estações ecológicas, de modo a evitar as perigosas políticas do tudo ou nada;
• estimular o ecodesenvolvimento priorizando os indicadores socioterritoriais em detrimento dos indicadores econômicos;
• considerar o custo da qualidade como partindo da concepção do produto estruturado nas características da região turística; 
• incentivar um novo relacionamento entre o turista e o meio ambiente proporcionando a oportunidade de reconciliar o homem com o seu meio e contestar os efeitos perversos dos movimentos turísticos;
• conscientizar os empreendedores turísticos;
• estimular a utilização racional dos instrumentos legislativos e sua regulamentação.
Trata-se de forma resumida de uma mudança de estado de espírito, uma mudança de conceitos que supera uma oposição que ocorre facilmente entre um turismo predador e a proteção de um meio que necessita ser preservado
AULA 7
Educação Ambiental para Autotransformação
Como vimos na introdução desta aula, aperfeiçoar as relações entre o homem e o meio ambiente passa por uma modificação interior que inclui ações que equilibrem seu corpo, seu bem-estar e suas emoções.
No estágio seguinte, deve-se evoluir para mudanças no ambiente das relações sociais com os demais indivíduos e com as instituições. Não é difícil imaginar onde esse processo contínuo pode chegar: na transformação das relações que as sociedades atuais cultivam com o mundo.
Chegamos a um ponto importante. Se a educação ambiental transcende seu aspecto puramente comportamental para chegar a outras esferas sociais de apelos mais universais, ganha-se um componente político e cultural e não pode abrir mão de formar indivíduos críticos de seu papel histórico. E mais: deve-se alimentar estes indivíduos com um lequede alternativas nos diversos campos do conhecimento que permita uma ponderação crítica capaz de integrar esse processo educacional à própria construção de uma realidade mais balanceada, mais equilibrada. A educação ambiental que não seja capaz de transformar pessoas perde essencialmente o seu próprio sentido.
Se as mudanças são o resultado de um processo emancipatório, é essencial que dele participe o poder público. A educação ambiental precisa ser adotada pelo poder público em todas as suas dimensões, mas com a participação efetiva da sociedade.
À medida que a sociedade participa, ela se ajusta ao seu papel de protagonista nas decisões tomadas e se vê arraigada no ato educativo. Qual o resultado disso? No diálogo e no convívio entre sociedade e poder público, a educação ambiental e sustentável por fim torna-se política pública. Então, o Estado tem a obrigação de mediar este diálogo e construir democraticamente junto com a sociedade as bases deste projeto educacional.
Os próximos tópicos vão conduzir a outra reflexão. E quanto ao papel da educação ambiental exercida no ambiente turístico? Os compromissos de um projeto de educação para o turismo envolvem necessariamente a educação ambiental? Vamos avançar neste debate na próxima seção:
Confira a história da educação ambiental.
A partir de meados do século XVIII, o modelo industrial imposto à civilização pelas fábricas europeias moldou uma nova forma de produção de trabalho, baseado na mecanização da agricultura e na urbanização crescente, tendo como resultado a concentração demográfica em torno das cidades.
A Educação para o Turismo: Turistas e Comunidade
Vários autores defendem que o turismo moderno é um reflexo dessa dinâmica, na medida em que capturou a racionalidade capitalista de usar os recursos naturais a fim de executar as trocas monetárias.
A educação ambiental, como vimos, tem como objetivo formar cidadãos conscientes de sua relação com a natureza e com seu habitat. Diante disso, podemos concluir que a humanidade veio interferindo no ambiente durante o século XX para atender às corporações internacionais e gerar satisfação nos turistas.
O projeto educacional foi ganhando no final do século, um sentido contrário: cultivar pessoas conscientes de seu papel e de sua afinidade com o meio ambiente de modo a priorizar a sustentabilidade, através do uso racional dos recursos naturais, preservando o seu usufruto para as gerações futuras.
A Educação para o Turismo: Turistas e Comunidade
De forma previsível, surgiram tensões e conflitos quanto ao uso do espaço e dos recursos em função das técnicas disponíveis e da maneira como se deu a relação entre a lógica capitalista e o turismo. Uma das formas pelas quais o sistema turístico procurou acomodar esta tensão e que contribuiu para o início de um novo período foi oferecer a fuga da vida difícil da cidade e a viagem para o campo, fazer caminhadas na beira do mar ou programar excursões individuais ou em grupo.
O turismo assim encontra o seu próprio caminho numa tentativa de ajustar essa relação conflitante: institui-se a prática do ecoturismo, um segmento que teoricamente pretende utilizar de forma sustentável o patrimônio natural e cultural, incentivar sua conservação e buscar a formação de uma consciência ambientalista através da interpretação do ambiente, promovendo o bem-estar das populações envolvidas.
O problema é que este setor deixou de aparelhar os locais visitados e passou a preparar as pessoas para conhecerem os locais e, como já foi relatado por muitos autores, uma vez que a maioria dos turistas ainda não possui a concepção adequada para respeitar a natureza, mais uma vez nos vemos com o velho problema: a lógica capitalista prevalece também no ecoturismo. Se o principal objetivo da educação ambiental é o desenvolvimento sustentável, que inclui a prática do turismo sustentável, esta dinâmica não pode ser executada em prejuízo da qualidade de vida do núcleo receptor do turismo. 
Como harmonizar uma experiência envolvente para o turista e ainda manter a qualidade do meio ambiente dos quais todos dependem?
O processo de conscientização quanto à preservação do meio ambiente deve ser realizado através de projetos de educação ambiental nos quais sejam absorvidos tanto os atores diretos da cadeia produtiva do turismo (empreendedores, órgãos públicos e turistas) como os indiretos (sociedade, biólogos, ambientalistas, pesquisadores). Assim, é a escola que passa a ter um papel fundamental nesta mediação, pois esta é responsável pela educação e constituição do cidadão.
A partir deste ponto, não podemos avançar muito como turismólogos, pois estes programas, embora sejam o primeiro passo para a modificação dos padrões de comportamento e consumo das crianças e dos jovens, não é uma atribuição direta do profissional de turismo. Então, nossa atenção deve-se voltar para o objetivo de tornar os turistas e os operadores turísticos em agentes ativos no processo de obter melhor qualidade de vida e adequado relacionamento com o meio ambiente natural
A Educação no Processo Econômico e no Turismo
O tipo de educação ambiental que deve ser praticada no ambiente turístico se confunde com a própria definição de “educação para o turismo”, conforme alguns autores preferem. Ora, isso é até natural, uma vez que uma das maiores motivações das viagens dos turistas tem sido manifestada pela fuga dos ambientes urbanos e a busca do contato com a biodiversidade preservada.
A educação ambiental precisa ser desenvolvida, segundo Ruschmann (2002), por meio de programas não formais, conclamando o que a autora chama de “cidadão-turista” a uma participação consciente na proteção do meio ambiente não apenas durante seu período de férias, mas ampliando esta atuação ao cotidiano, no local de sua moradia.
Na outra ponta deste processo está o poder público, como vimos. Não somente o turista deve ser educado, mas as ações de conscientização ambiental devem, essencialmente, partir do setor público. Isso se deve ao fato de que, como dono dos recursos naturais, é o responsável natural pelas leis de zoneamento de uso e ocupação do solo, além de constituir-se em agente permissionário das corporações interessadas em lucrar no curto prazo. Desse modo, é pela atuação do poder público que se pode começar a inverter a postura de empresários do setor com relação à proteção do meio ambiente, já que estes valores ligados à preservação devem ser repassados aos seus clientes.
Ruschmann enumera algumas iniciativas:
• elaborar roteiros ecologicamente adequados;
• capacitar os guias a explicitar conteúdos ecológicos vinculados aos destinos turísticos visitados, tanto quanto possível;
• empregar material reciclado nos meios de reprodução gráfica de material promocional;
• utilizar meios de transporte não poluentes nos destinos;
• servir-se de materiais ambientalmente adequados nas instalações das unidades de entretenimento e lazer;
• implantar projetos arquitetônicos harmonizados com as paisagens;
• preparar roteiros cujas programações sejam voltadas para a integração do turista com o meio que visita.
É preciso levar em conta que, quando um destino turístico natural passa do estágio de introdução para a fase de crescimento, ele se encaminha rapidamente para a maturidade e, então, necessita adequar seus equipamentos e sua oferta técnica para atender a essa demanda. 
O resultado é que acaba perdendo as características anteriores à fase de crescimento, acarretando o descrédito dos turistas e atraindo um turista de menor poder aquisitivo e consciência ecológica. Para evitar o descrédito dos turistas, é necessário que o poder público em parceira com o setor privado desenvolva uma política educacional ecológica calculada nos seguintes pontos adaptados da lista original de Dóris Ruschmann (2002, p. 80):
• Despender esforços de proteção crescente e ter uma grande disciplina, a fim de evitar os impactos e a sua ampliação,
• mover os profissionais envolvidos nos serviços receptivos a uma nova atitude orientada ao cliente de perfil ecológico, de que eles atenderãoo hóspede em vez de suportá-lo,
• elaborar uma sinalização coerente para facilitar o encaminhamento dos visitantes até o destino turístico e no local priorizar as informações relativas ao patrimônio histórico-cultural e/ou à preservação do ambiente natural,
• disponibilizar informações práticas e técnicas, fornecidas pelos órgãos públicos e pelos operadores turísticos,
• mobilizar pessoas formadoras de opinião junto aos órgãos públicos e operadores turísticos a fim de melhorar os serviços de atendimento ao turista,
• renovar, modernizar e equipar os alojamentos específicos de acordo com as certificações exigidas pelos órgãos ambientais nacionais e internacionais,
Neste processo de sensibilização e educação ambiental, o meio natural e o desenvolvimento turístico devem constituir faces de uma mesma moeda. É ainda Ruschmann que reforça o fato de que quando se trata de um atrativo turístico não se pode pensar exclusivamente na valorização ou na gestão deste patrimônio, sem levar em conta seus efeitos sobre a comunidade receptora, o seu ciclo produtivo e o meio natural.
Como deve ser conduzido o processo de conscientização da preservação do meio ambiente para o turismo?
    O processo de educação ambiental para o turismo é papel da sociedade, biólogos, ambientalistas, pesquisadores.
AULA 8
Turismo globalização e cultura
Em primeiro lugar, o que é globalização? De modo geral, globalização pode ser compreendida como um conjunto de transformações na ordem política e econômica mundial manifestadas desde o século XX.  
Alguns costumam definir como um processo de aprofundamento da integração econômica, social, cultural e política, que tornou o mundo interligado, mesclando-se ao conceito de “aldeia global”, de Herbert McLuhan
A globalização pode ser definida também como a ação de interatividade entre as pessoas, as empresas e os governos. Neste sentido, acaba sendo uma técnica promovida pelo comércio internacional para conectar as movimentações do capital e tem profundo impacto nas tecnologias de informação e comunicação. 
Um de seus aspectos mais significativos é o choque que costuma causar nos sistemas ambientais, culturais e políticos, assim como no nível de desenvolvimento e da prosperidade da sociedade moderna.
Turismo e globalização
Avalia-se que dois fatores contribuíram para o impulso da globalização: a gradual eliminação das barreiras à mobilidade de pessoas e os produtos e capitais, por conta da redução dos custos de transporte e da eficácia dos novos modelos de comunicação. 
Sob o ponto de vista da dimensão turística, a globalização tem colaborado de forma significativa para o incremento do turismo internacional. Não há dúvida que para isso colaboraram não somente o desenvolvimento dos transportes, mas em paralelo o aumento do rendimento disponível e do tempo livre. Ou seja, em termos positivos, a globalização contribui, sem dúvida, para a melhoria dos níveis de conforto das populações.
Se por um lado a globalização funciona como um forte estímulo à indústria do turismo, por outro lado, há riscos de desequilíbrio na base de sustentação da diversidade cultural e social encontrada em cada um dos destinos. Sem dúvida, o acesso aos bens e serviços e à difusão da informação são aspectos positivos inerentes à globalização. 
Como desvantagens, são apontados o domínio das culturas mais frágeis pelas culturas mais fortes e a percepção de que esta melhoria observada não é igual para todas as populações.
Muitos pesquisadores defendem a ideia de que há uma transformação de destinos locais em resorts dos países mais ricos, como é o caso da América Central e do Caribe. 
Estaria em curso um domínio da cultura local pelos padrões culturais estrangeiros, especialmente pela cultura norte-americana. Exagero? O que pode ser ressaltado na relação entre educação das relações étnicas, turismo e globalização?
• Entrada de marcas internacionais (não somente norte-americanas) nos territórios nacionais, sobretudo no setor de hospedagem, como um sinal de confiança para os turistas;
• Criação de “guetos turísticos” onde as etnias locais são relegadas para segundo plano, sendo privilegiada a estadia, à custa do uso e do abuso dos recursos locais;
• Certa “folclorização” da cultura local, com atividades programadas despojadas de qualquer essência não criando laços afetivos com a(s) etnia(s) do destino;
• Incerteza quanto à permanência das marcas internacionais nos destinos, devido à instabilidade financeira dos ciclos globais da economia;
• Escolha do visitante feita segundo “afinidades” e não por categorias de “motivações”.
Por conta deste suposto déficit étnico e sociocultural, há quem defenda que as especificidades locais, se devidamente trabalhadas nos mercados, podem ser a garantia do sucesso, contrariando a oferta padronizada, predefinida e previsível das grandes marcas.
responsabilidade social e de compromisso com o bem-estar das populações, fomentando o desenvolvimento horizontal e não vertical.
Isso nos coloca na discussão entre cultura e turismo e de quão intrusivo o turismo pode ser neste campo. Será necessário observar o quanto a valorização do outro pode ajudar na própria identidade de uma sociedade e nos caminhos que o turismo pode trilhar a partir desta valorização da cultura local.
Diante do contexto local que se confronta diretamente com o contexto global, nos deparamos com uma pergunta que não se cala: “Como pensar a História e a cultura local como atrativo turístico?”
Para o turismo, a interpretação da História e da cultura é algo muitas vezes circunscrito àqueles pacotes em “cidades históricas”, mas o produto do Turismo Histórico e Cultural não se dá apenas por meio das visitações aleatórias aos monumentos: igrejas, teatros e museus. Parte de um conjunto que engloba o passado e o presente vivido pelos moradores locais complementado pela sua cultura, que deve ser respeitada como tal e merece ser estudada nos mínimos critérios. 
Mas afinal, se estamos pensando a história e a cultura local, o que é cultura mesmo?
Genericamente a cultura é aquele complexo que inclui o conhecimento, a arte, as crenças, a lei, a moral, os costumes e todos os hábitos e aptidões adquiridos pelo homem não somente em família, como também na sociedade já que é um membro dela.
A cultura é um conceito que está sempre em desenvolvimento, pois com o passar do tempo ela é influenciada por novas maneiras de pensar inerentes ao desenvolvimento do ser humano e isso nos confronta diretamente com evolução das diferenças étnicas.
Um dos conceitos que mais aproxima o turismo de cultura é a “cultura popular”, porque é o produto por excelência a ser vendido. Embora um termo bastante impreciso, a maioria dos cientistas sociais defende que a cultura popular não é determinada e sim espontânea e acompanhada de dois importantes itens: naturalidade e informalidade.
Quando se analisa a cultura popular aliada ao turismo, pode-se perceber um novo horizonte a ser discutido. Há quem defenda a ideia de que, a partir do momento que a cultura popular espontânea passa a ser utilizada com fins lucrativos, ela deixa sua espontaneidade e passa para um novo panorama, todavia não deixando de ser “cultura popular”.
A manifestação da cultura popular quando voltada ao atendimento do turista recebe novos valores, diferentes de sua “originalidade”, que podem interferir no seu contexto histórico e étnico, mas também revigorar valores esquecidos no tempo. Isto nos remete novamente à globalização, uma vez que esta é um fenômeno alimentado pela padronização e circula mesclada de símbolos culturais transnacionais. 
Em que grau uma cultura tem que perder seus sentidos originais para se tornar um produto turístico internacional e empacotado?
Muitos dirão que quase nada, desde que permaneça envelopada como entretenimento. Será? Mesmo o espetáculo étnico se transformando em “rituais de entretenimento", o turismo pode motivar a população local a manter vivas suas tradições culturais, pois o turismo e o folclore devem caminhar juntos, embora respeitando suas particularidades.Onde o turismo ajuda a manter vivas as manifestações étnicas e culturais sem causar um grande impacto na cultura popular?
A cultura popular deve se utilizar do turismo como uma ferramenta de auxílio para não se perder no tempo, dando-se o devido respeito de manter vivas suas raízes e tradições, para evitar que o turista não perca interesse em conhecê-las, pois, uma vez descaracterizadas, seriam iguais em qualquer lugar.
Trazendo este cenário para o Brasil, o ensino da história e da cultura afro-brasileira pode contribuir com o turismo nesta empreitada de preservação da memória e da identidade?
Outro cuidado é evitar a vulgarização histórico-cultural do local, agindo como instrumento de exclusão da etnia local, provocando a “monumentalização” e a “musealização”, onde os atrativos se mostram como objetos sem vida e sem significados.
Ensino da História e da Cultura Afro-brasileira
A história cultural do Brasil marca uma trajetória de percepções que misturam elementos das mais diferentes vertentes culturais entre negros, brancos, índios e asiáticos. O Brasil tem 47% de sua população de origem afrodescendente, atrás apenas da Nigéria, segundo o MEC. 
Em vista disso, desde 2003, a lei nº 10.639 passou a exigir que as escolas brasileiras de ensino fundamental e médio incluíssem no currículo o ensino da história e da cultura afro-brasileira. Esta exigência veio acompanhada de polêmicas quanto ao fato de que o ensino da cultura afro-brasileira tenha ganhado um espaço específico. Mas, e os outros povos que contribuíram para a formação da identidade nacional?
Uma das justificativas é de que o Brasil tem a maior população de origem africana fora da África e, por isso, a cultura desse continente exerce grande influência, especialmente no Nordeste e no Rio de Janeiro. A cultura afro-brasileira é resultado também das influências dos portugueses e dos indígenas, que se manifestam na música, na religião e na culinária.
A História da África está ligada à própria História do Brasil. O tráfico de escravos, entre os séculos XVI e XIX permitiu certa influência na cultura brasileira construída na matriz portuguesa, com seus costumes, rituais religiosos, culinária, danças e muito mais. 
No início do século XIX, as manifestações e os rituais e costumes africanos eram proibidos, não faziam parte do universo cultural europeu e não representavam sua prosperidade, sendo percebidas como cultura atrasada. O movimento abolicionista ganhou importância no final do século XIX e com a Lei Áurea (1888), os escravos ganharam a liberdade oficialmente. Alguns argumentam que a lei deu a liberdade, mas não resultou em igualdade, fenômeno constatado também em outros países da América Latina e no sul dos EUA, anos antes.
No século XX, algumas expressões artísticas africanas foram incluídas no calendário nacional. Assim, estabelecer e reconhecer perspectivas educacionais para uma compreensão do papel do tráfico, da escravidão e da diáspora africana como elementos formadores da configuração do mundo contemporâneo constituem pressupostos básicos para traçar um novo perfil do papel das culturas negras na formação do Brasil. Os traços que unem a África ao Brasil estão presentes em vários segmentos da arte e da cultura:
Música
A principal influência da música africana no Brasil é, sem dúvida, o samba. O estilo hoje é o cartão--postal musical do país, está envolvido na maioria das ações culturais e dita o ritmo da maior festa popular brasileira, o Carnaval. Além do samba, a influência negra na cultura musical brasileira vai do Maracatu à Congada, à Cavalhada e ao Moçambique.
No século XX, algumas expressões artísticas africanas foram incluídas no calendário nacional. Assim, estabelecer e reconhecer perspectivas educacionais para uma compreensão do papel do tráfico, da escravidão e da diáspora africana como elementos formadores da configuração do mundo contemporâneo constituem pressupostos básicos para traçar um novo perfil do papel das culturas negras na formação do Brasil. Os traços que unem a África ao Brasil estão presentes em vários segmentos da arte e da cultura:
Capoeira
Como meio de defesa, a capoeira era ensinada aos negros cativos por escravos que eram capturados e voltavam aos engenhos. Os movimentos de luta foram adaptados às cantorias africanas e ficaram mais parecidos com uma dança, permitindo assim que treinassem nos engenhos sem levantar suspeitas dos capatazes. A liberação da prática de capoeira aconteceu nos anos 1930, sob o governo de Getúlio Vargas que usou o “mulato” como símbolo de unidade nacional.
Religião
Os negros trazidos da África eram batizados e se tornavam católicos nominais, mas as religiões de origem africana continuaram a ser praticadas secretamente nas florestas e nos quilombos. Apesar da fragmentação da estrutura do culto africano ligada aos clãs familiares, os negros criaram uma unidade e partilharam cultos e rituais de sua religião e cultura. Deste modo, o Candomblé originou--se na Bahia e tem sido sinônimo de tradições religiosas afro-brasileiras, assim como a Umbanda, que, agrupando práticas de vários credos, entre eles o catolicismo, originou-se no Rio de Janeiro, no início do século XX.
Culinária
Pratos como vatapá, acarajé, caruru, mungunzá, sarapatel, baba de moça, cocada e bala de coco são iguarias da cozinha brasileira das quais, a mais popular é a feijoada. Originada das senzalas, era feita das sobras de carnes que os senhores de engenhos não comiam. As orelhas, os pés e outras partes dos porcos eram misturadas com feijão preto e cozidas em um grande caldeirão. No século XX começou a ser degustada como prato da culinária nacional. 
Consciência Negra
Uma parte significativa da conscientização da influência da cultura negra nas tradições brasileiras é estimulada por um arcabouço jurídico moderno que designa obrigatória ou voluntariamente um espaço de estudo e discussão para a África. 
Sobre a lei n°10639 (ver EM DESTAQUE) nesta seção, muitas críticas surgiram em função de certo desprestígio com o estudo de outras culturas igualmente importantes, uma vez que a identidade cultural brasileira é formada por contribuições de vários povos. Não é raro assistir no ambiente acadêmico o debate sobre o risco de aumentar ainda mais a segregação.
Apesar de concordar que outras culturas mereçam destaque igual ao que é dado à cultura negra com aplicação da lei, alguns pedagogos destacam que os riscos são minimizados quando a História e a cultura africanas são inseridas no currículo da disciplina.
Ademais, alguns antropólogos salientam que a história da relação entre Brasil e África vai muito além do período colonial e do tráfico de escravos, ressaltando ainda a forma secundária como a história da África está vinculada nos meios acadêmicos. A ideia de que a África é um continente marcado apenas por guerras, fome, epidemias, miséria, sem nenhum contexto histórico-cultural e reduzida aos estereótipos, ainda é muito forte.
Por isso ganhou corpo o conceito de multiculturalismo, essencial aqui para nos fazer compreender os caminhos destes novos cruzamentos multiculturais, a industrialização do simbólico e a apropriação do turismo deste novo momento em benefício próprio.
Multiculturalismo e Implicações no Turismo
Como vimos nas duas seções anteriores, nossa matriz de conhecimento é basicamente eurocêntrica e anglo-saxônica. De fato, estudamos nas escolas de forma prioritária a trajetória europeia e americana reproduzindo os valores ocidentais. 
Não é surpresa que uma das vertentes mais poderosas do turismo no século XX tenha sido seu esforço em construir uma narrativa de como a Europa e os EUA percebiam a cultura do Terceiro Mundo e de que maneira poderiam interagir e se divertir com isso. Isso está mudando?
Observando a definição de multiculturalismo (veja FIQUE POR DENTRO), podemos admitir que algumas características e conceitos possam ser destacados para nos auxiliar na análise de como o turismo se apropria das interseções multiculturais:
Nos conflitos étnicos internacionais temos territórios que reforçam o caráter

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