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TROMBOSE e EMBOLIA - Alterações Circulatórias

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02/11/2020
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Alterações Circulatórias
TROMBOSE
e
EMBOLIA
UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAÍBA –
UFPB
Centro de Ciências da Saúde – CCS
Patologia Geral
Aula assistida em 29 de Outubro de 
2020 – Com a Profª Drª Luciene Simões
de A. Tafuri
Anotações de Heráclito Cardoso de Oliveira
HEMOSTASIA:
Parada ou cessação de um 
sangramento
NATURAL → Parede vascular, plaquetas e 
Sistema de coagulação
ARTIFICIAL → Cauterização, ligadura 
vascular
Quais são os principais 
componentes do processo 
hemostático?
O ENDOTÉLIO, as 
PLAQUETAS e a CASCATA 
DA COAGLAÇÃO
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Revisando para lembrar!
ENDOTÉLIO→ camada celular que reveste interiormente os vasos 
sanguíneos e linfáticos.
PLAQUETAS → corpúsculos do sangue, produzidos na medula. Quando 
ocorre, por exemplo, alguma lesão em um vaso sanguíneo, elas se 
aglutinam, formando um tampão, e liberam substâncias que garantem 
que mais plaquetas movam-se para o local.
CASCATA DA COAGULAÇÃO → Sistema de um grupo de proteínas 
inativas, que são ativadas no caso de lesão do endotélio.
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1 – Lesão de um vaso: pequena vasoconstrição
• A vasoconstrição reflexa é
provocada pela 
ENDOTELINA, produzida 
pelas células endoteliais.
• O endotélio e altamente 
anticoagulante, tornando 
o sangue fluído.
2 – Adesão plaquetária através da 
ligação ao fator de von Willebrand
3 – Formação do tampão plaquetário 
e ativação da via intrínseca pelo 
colágeno
4 – Liberação de fatores coagulantes pelas 
plaquetas: ADP e TXA₂
• O colágeno é altamente 
coagulante, por isso forma o 
tampão plaquetário.
• O coágeno exposto vai ativar a 
cascata da coagulação.
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VIA EXTRÍNSECA
VIA INTRÍNSECA
5 – Liberação do fator tecidual 
(tromboplasmina) e ativação da via extrínseca
• A FIBRINA, produzida a 
partir da cascata da 
coagulação, é o que 
segura o tampão 
plaquetário.
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6 – Estabilização e reabsorção do tampão
7 – Mecanismos contrarreguladores: ativador 
do plasminogênio tecidual
SISTEMA 
FIBRINOLÍTICO
1. Antitrombinas: inibem a
trombina e os fatores Ixa, Xa, XIa
e XIIa;
2. Proteína C e S: inativam os
fatores Va e VIIa;
3. Fator inibidor do fator tecidual 
(TAFI): inibe o fatot Xa
O SISTEMA 
FIBRINOLÍTICO dissolve 
e absorve o tampão 
plaquetário
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• O endotélio ativa mecanismos 
contrarreguladores: ativador de 
plasminogênio tecidual (regula a 
fibrina para que ela não fique 
em excesso e obstrua o vaso)
↘A TROBOMODULINA 
bloqueia a Cascata da Coagulação.
• A PLASMINA degrada a FIBRINA 
quando o vaso sanguíneo já está 
recuperado.
TROMBOSE
CONCEITO:
Processo de solidificação do 
sangue dentro dos vasos e/ou do 
coração no indivíduo vivo.
TROMBO→ massa de sangue 
coagulado
CLASSIFICAÇÃO:
• Grau de oclusão;
• Presença de bactérias;
• Localização;
• Composição 
Os trombos 
venosos são 
mais frequentes
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Trombo mural recente,
vermelho na ponta do
ventrículo esquerdo, em
coração com infarto branco
comprometendo o septo
interventricular e o ápice
cardíaco. As setas indicam
área de infarto.
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A. Aneurisma aterosclerótico
no tronco braquiocefálico
(seta). B. Superfície de corte do
mesmo aneurisma, mostrando
trombo com área clara e mais
antiga (seta azul), que mostra a
típica estriação (estrias de
Zahn), e uma parte mais
escura, recente e oclusiva (área
de trombro vermelho),
indicada por seta preta.
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Diferenças entre trombo e coágulo
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ETIOPATOGÊNESE DA TROMBOSE
Hipercolesterolema
Inflamação
►Lesão endotelial
Fatores desencadeantes:
• Placa de ateroma
• Hipertensão arterial
• Hipercolesterolemia
• Diabetes
• Tabagismo
• Infecções generalizadas
• Parasitoses
• Traumatismos
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►Alterações do fluxo sanguíneo
Retardo do fluxo sanguíneo e turbulência:
• Insuficiência cardíaca
• Baixa do retorno venoso em paciente acamados
• Aneurisma
• Varizes
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Aneurismas
► Dilatação anormal localizada de um vaso sanguíneo ou do coração, 
que pode ser congênita ou adquirida.
• Podem ser verdadeiros ou falsos;
• Ocorrem devido a dano na MEC vascular.
Hipercoagulabilidade sanguínea
→ Composição do sangue: trombocitose, leucocitose, hiperglobulina, 
desidratação.
A desidratação pode 
aumentar a viscosidade 
sanguínea, pela 
diminuição da parte 
líquida do sangue
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►Condições hereditárias
► Condições secundárias ou adquiridas
Secundário (adquirido)
ALTO RISCO DE TROMBOSE
• Repouso ou imobilização prolongada no leito
• Infarto do miocárdio
• Fibrilação atrial
• Lesão tecidual (cirurgia, fratura, queimadura)
• Câncer
• Valvas cardíacas protéticas
• Coagulação intravascular disseminada
• Trombocitopenia induzida por heparina
• Síndrome do anticorpo antifosfolipídico
BAIXO RISCO DE TROMBOSE
• Miocardiopatia
• Síndrome nefrótica
• Estados hiperestrogênicos (gravidez e pós-parto)
• Uso de contraceptivo oral
• Anemia falciforme
• Tabagismo
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► Uso de medicamentos: 
anticoncepcionais orais
CONSEQUÊNCIAS DAS TROMBOSES
•Degeneração e Necrose (Infarto)
•Hiperemia Passiva e Edema
•Atrofia
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EVOLUÇÃO DOS TROMBOS
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CID
1 – Conceito
Ativação do sistema de coagulação
sanguínea de forma disseminada,
gerando múltiplos trombos.
2 – Causas
Comum no rim, pulmão, coração, 
encéfalo e glândulas endócrinas
1º Fase trombótica
2º Fase hemorrágica
Múltiplos trombos
Consome todo fibrinogênio
Hemorragia sistêmica
Múltiplos trombos
Consome todo fibrinogênio
Hemorragia sistêmica
Coagulopatia de consumoCoagulopatia de consumo
CID
2 – CAUSAS
• Embolia amniótica;
• Deslocamento prematuro da placenta;
• Feto morto;
• Infecções;
• Neoplasias.
3 – MECANISMO
Problemas obstétricos → Tromboplas na
Destruição tecidual → PAMP/DAMP → + Endotélio
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CID
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EMBOLIA
Êmbulos → Qualquer elemento intravascular SÓLIDO, LÍQUIDO
ou GASOSO que é carregado do seu ponto de origem até um 
local distante, sendo capaz de obstruir o vaso.
Obstrução vascular decorrente da presença de êmbolos na 
corrente sanguínea e/ou linfática
Êmbolos Sólidos
Trombos (90% dos êmbolos)
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Embolia 
pulmonar
Locais de obstrução dos êmbolos arteriais
• Encéfalo: acidente vascular cerebral;
• Artérias mesentéricas: infarto intestinal;
• Membros inferiores: isquemia, dor, necrose
► Aplicação terapêutica – Embolia Sólida
Embolização de artérias que
irrigam tumores localizados;
Obstrução de aneurismas.
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Êmobolos Sólidos
Outros: Células Tumorais, Ovos de Parasitos, Bactérias.
Embolia séptica no pulmão
Embolia pulmonar maciça por fragmentos de neoplasia (carcinoma hepatocelular): fragmentos do tumor 
(setas) obstruem os ramos principais da artéria pulmonar (AP).
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Êmbolos Líquidos
•Fraturas de ossos longos;
•Queimaduras e traumatismos extensos;
•Lipoaspiração;
•Líquido amniótico.
Embolia Gordurosa
► Presença de gotículas de lipídeos na 
circulação sanguínea.
CAUSAS:
• Fratura de ossos longos com 
medula óssea gordurosa;
• Injeções inadequadas de 
substâncias oleosas (silicone, 
medicamentos);
• Traumas extensos do tecido 
mole;
• Queimadura no tecido 
adiposo.
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Embolia de líquido 
amniótico
► É 5ª causa mais comum de 
mortalidade maternal!
Caracteriza-se pela 
infusão de líquido 
amniótico ou tecido fetal 
na circulação materna.
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Êmbolos Gasosos
(O₂, CO₂, N, H₂)
•Descompressão Súbita;
• Injeção intravenosa de ar;
•Perfuração torácica
•Cateterismos;
•Contrações uterinas (parto)
Síndrome da 
Descompressão Súbita
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Injeção intravenosa de ar
Embolia gasosa iatrogênica em recém-nascido com
doença da membrana hialina submetido a
ventilação mecânica, complicada com barotrauma.
Os altos níveis de pressão do aparelho de
ventilação pulmonar para vencer a resistência das
vias condutorasde ar causaram enfisema
intersticial e penetração direta do ar no sistema
circulatório. Durante a abertura da cavidade
craniana, sangue espumoso fluía abundantemente
das artérias carótidas internas. O aspecto
espumoso do sangue denota a presença de grande
quantidade de ar a ele misturado.
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