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Curso Técnico em InformácaCurso Técnico em Informáca Introdução ao ComputadorIntrodução ao Computador Curso Técnico em InformácaCurso Técnico em Informáca Introdução ao ComputadorIntrodução ao Computador Robson Braga de AndradeRobson Braga de Andrade Presidente da Confederação Nacional da IndústriaPresidente da Confederação Nacional da Indústria Rafael LucchesiRafael Lucchesi Diretor do Departamento Nacional do SENAIDiretor do Departamento Nacional do SENAI Regina Maria de Fáma TorresRegina Maria de Fáma Torres Diretora de Operações do Departamento Nacional do SENAIDiretora de Operações do Departamento Nacional do SENAI Alcantaro CorrêaAlcantaro Corrêa Presidente da Federação da Indústria do Estado de Santa CatarinaPresidente da Federação da Indústria do Estado de Santa Catarina Sérgio Roberto ArrudaSérgio Roberto Arruda Diretor Regional do SENAI/SCDiretor Regional do SENAI/SC Antônio José CarradoreAntônio José Carradore Diretor de Educação e Tecnologia do SENAI/SCDiretor de Educação e Tecnologia do SENAI/SC Marco Antônio DociaMarco Antônio Docia Diretor de Desenvolvimento Organizacional do SENAI/SCDiretor de Desenvolvimento Organizacional do SENAI/SC ConfedeConfederação Nacional da ração Nacional da IndústriaIndústria Serviço Nacional de Serviço Nacional de AprendizagAprendizagem Industrialem Industrial Curso Técnico em InformácaCurso Técnico em Informáca Introdução ao ComputadorIntrodução ao Computador Vicente D’OnofrioVicente D’Onofrio Florianópolis/SCFlorianópolis/SC 20112011 É proibida a reprodução total ou parcial deste material por qualquer meio ou sistema sem o prévio consenmento do editor. Autor Vicente D’Onofrio Fotograas Banco de Imagens SENAI/SC hp://www.sxc.hu/ hp://oce.microso.com/en-us/ images/ hp://www.morguele.com/ hp://www.bancodemidia.cni.org.br/ Ficha catalográfica elaborada por Luciana Effting CRB14/937 - Biblioteca do SENAI/SC Florianópolis D687i D’Onofrio, Vicente Introdução ao computador / Vicente D’Onofrio. – Florianópolis : SENAI/SC, 2011. 43 p. : il. color ; 28 cm. Inclui bibliografias. 1. Informática. 2. Computadores. 3. Software. 4. Direito e informática. I. SENAI. Departamento Regional de Santa Catarina. II. Título. CDU 004 SENAI/SC — Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial Rodovia Admar Gonzaga, 2.765 – Itacorubi – Florianópolis/SC CEP: 88034-001 Fone: (48) 0800 48 12 12 www.sc.senai.br Prefácio Você faz parte da maior instituição de educação prossional do estado. Uma rede de Educação e Tecnologia, formada por 35 unidades conecta - das e estrategicamente instaladas em todas as regiões de Santa Catarina. No SENAI, o conhecimento a mais é realidade. A proximidade com as necessidades da indústria, a infraestrutura de primeira linha e as aulas teóricas, e realmente práticas, são a essência de um modelo de Educação por Competências que possibilita ao aluno adquirir conhecimentos, de - senvolver habilidade e garantir seu espaço no mercado de trabalho. Com acesso livre a uma eciente estrutura laboratorial, com o que existe de mais moderno no mundo da tecnologia, você está construindo o seu futuro prossional em uma instituição que, desde 1954, se preocupa em oferecer um modelo de educação atual e de qualidade. Estruturado com o objetivo de atualizar constantemente os métodos de ensino-aprendizagem da instituição, o Programa Educação em Movi- mento promove a discussão, a revisão e o aprimoramento dos processos de educação do SENAI. Buscando manter o alinhamento com as neces - sidades do mercado, ampliar as possibilidades do processo educacional, oferecer recursos didáticos de excelência e consolidar o modelo de Edu - cação por Competências, em todos os seus cursos. É nesse contexto que este livro foi produzido e chega às suas mãos. Todos os materiais didáticos do SENAI Santa Catarina são produções colaborativas dos professores mais qualicados e experientes, e contam com ambiente virtual, mini-aulas e apresentações, muitas com anima- ções, tornando a aula mais interativa e atraente. Mais de 1,6 milhões de alunos já escolheram o SENAI. Você faz parte deste universo. Seja bem-vindo e aproveite por completo a Indústria do Conhecimento. Sumário Conteúdo Formavo 9 Apresentação 11 12 Unidade de estudo 1 O Computador Seção 1 - A história Seção 2 - Máquina de Von Neumann Seção 3 - Processador (UCP) Seção 4 - Arquitetura atual Seção 5 - Sistemas de nume- ração Seção 6 - A informáca e o meio ambiente 13 15 15 16 16 18 20 Unidade de estudo 2 Informação Seção 1 - Dados e informa- ção Seção 2 - Tarefas Seção 3 - Bits e bytes Seção 4 - Sistemas opera- cionais 24 Unidade de estudo 3 Soware Seção 1 - Os sowares apli- cavos Seção 2 - Editores de texto Seção 3 - Planilhas eletrô- nicas Seção 4 - Apresentações mulmídia 21 21 22 22 25 26 27 28 30 Unidade de estudo 4 Conexões de Rede Seção 1 - A rede Seção 3 - A internet Seção 4 - Intranet e extranet 34 Unidade de estudo 5 Legislação e Segurança Seção 1 - Legislação Seção 2 - Soware livre e licenças Seção 3 - Segurança Finalizando 39 Referências 41 31 32 33 35 35 36 8 CURSOS TÉCNICOS SENAI Conteúdo Formativo 9INTRODUÇÃO AO COMPUTADOR Carga horária da dedicação Carga horária: 30 horas Competências ▪ Idencar e operar os sistemas de numeração ulizados pelos microcomputa- dores. ▪ Idencar a arquitetura interna de microcomputadores e a relação existente entre os seus componentes, denindo o objevo e o funcionamento básico do microprocessador nessa arquitetura. ▪ Ulizar aplicavos básicos e de escritório para auxílio na realização de suas avi- dades prossionais e de seus licenciamentos. ▪ Respeitar a legislação de direitos autorais. Conhecimentos ▪ Editores de texto. ▪ Planilha eletrônica. ▪ Programas de apresentação mulmídia. ▪ Internet/intranet. ▪ Legislação de direitos autorais, licenciamento de soware para usuário (GNU, shareware, freeware). Habilidades ▪ Elaborar textos, planilhas de cálculo e apresentações de slides. ▪ Ulizar ferramentas especícas de informáca. ▪ Navegar em sites de busca. ▪ Idencar os pos de licenciamento de sowares. ▪ Ulizar a legislação de direitos autorais. 10 CURSOS TÉCNICOS SENAI Atudes ▪ Zelo no manuseio dos equipamentos de informáca. ▪ Uso responsável dos recursos de internet. ▪ Responsabilidade ambiental: desperdício de energia. ▪ Trabalho em equipe. ▪ Organização e conservação do laboratório e equipamentos. ▪ Preservar e reconhecer a propriedade intelectual dos desenvolvedores de soware. Apresentação INTRODUÇÃO AO COMPUTADOR Seja bem vindo à unidade curricular Introdução ao Computador! Em sua formação técnica em informática, as informações que você en - contrará aqui e as que poderão ser geradas a partir delas serão importan - tes para mostrar o histórico e a complexidade dos equipamentos, meios e serviços que estarão a sua disposição como ferramenta de trabalho. No início do estudo você terá uma visão sobre a estrutura do computa- dor, o funcionamento e seu histórico de desenvolvimento. Em seguida, conhecerá os programas que servem de base para seu funcionamento, verá os aplicativos mais utilizados e a importância da conectividade e dos equipamentos que permitem às redes funcionarem. Por m, aprenderá noções de segurança e legislação sobre os softwares. Ao nal de cada unidade, você encontrará atividades para complementar os conhecimentos sobre esse universo amplo e fascinante dos compu - tadores. Realize as atividades tendo sempre a curiosidade por descobrir novos ramos de um assunto que não se esgota por aqui. Esteja sempre instigado a pesquisar e conhecer mais sobre esse tema tão importante nos dias de hoje. Bons estudos! Vicente D’Onofrio É tecnólogo em processos ge- renciais, graduado pelo Centro Universitário Leonardo da Vinci. Foi professor em arquitetura de computadores no curso técnico de manutenção e montagem de computadores do SENAC Joinvil- le. É consultor em conguração e manutenção de microcompu-tadores desktop e notebooks, instrutor de redes de pequenos portes e orientador do curso de Aprendizagem Industrial Manu- tenção de Computadores e Re- des no SENAI/SC. Além disso, é coordenador dos Cursos Técni- cos de Informáca, Automação industrial e de Eletrotécnica no SENAI/SC. 11 Unidade de estudo 1 Seções de estudo Seção 1 – A história Seção 2 – Máquina de Von Neumann Seção 3 – Processador (UCP) Seção 4 – Arquitetura atual Seção 5 – Sistemas de numeração Seção 6 – A informáca e o meio ambiente 13INTRODUÇÃO AO COMPUTADOR O Computador SEÇÃO 1 A história Imagine a sociedade sem a pre- sença de computadores, pro- gramas, navegadores para in- ternet, redes corporativas, redes sociais, a informação ao alcance de um teclado. Seria quase im- possível, você concorda? Mas há cerca de 20 ou 30 anos era esse o cenário em que se encontrava a sociedade e que viviam muitos dos que utilizam dessa tecnologia hoje de for- ma tão natural. Vvale lembrar que os mais jovens já nasceram inseridos em um mundo globa- lizado e informatizado. Nesse sentido, foi possível perceber que a sociedade atual passou por mudanças signicativas. De acordo com Marçula e Be- nini (2004), a importância de ▪ 1801: Joseph Marie Jacquard, um mecânico francês, construiu um tear automatizado por meio de cartões perfurados. ▪ 1820: Charles Babbage, matemático inglês, desenvolveu a primeira máquina analítica. O invento é considerado por muitos como o pioneiro da computação. ▪ 1854: George Boole introdu- ziu o conceito da álgebra boolea- na, que é a base de operações de processamento lógico atuais. ▪ 1889: Herman Hollerith, esta- tístico americano e fundador da IBM, desenvolveu uma máquina para tabulação dos dados de cen - so dos Estados unidos, em 1900. O censo anterior havia demorado sete anos para sua tabulação e Hollerith diminuiu esse tempo para três anos e meio. A partir daí, o avanço se deu em diversas áreas. Houve o desenvol- vimento de teorias matemáticas, físicas, além da eletrônica e seus componentes. O computador como conhe- cemos hoje nasceu como um equipamento enorme, que ocupava diversos ambientes, com um consumo absurdo de recursos sicos e humanos. Os avanços da eletrônica fo- ram permindo a diminuição do tamanho e dispêndio de recursos. certos eventos só é percebida com o passar dos anos, com um certo distanciamento dos fatos. Por isso, os reexos do uso dos computadores talvez tenham sido notados depois de alguns anos de sua invenção. Você sabe quando surgiram os computadores? Há vários autores que datam o início dos computa- dores em eras pré-cristãs, quando citam o ábaco como primeiro ins- trumento de cálculo. O avanço da matemática também é associada às ideias vinculadas a trabalhar a informação de forma sistematiza- da. Para entender melhor o processo histórico da criação do compu- tador, conheça algumas datas e eventos relacionados. Acompa- nhe! ▪ 2000 a.C.: o ábaco, um sistema de varetas e contas que permitia contas complexas a partir da noção do sistema decimal e das operações básicas de soma e subtração. ▪ 1614: um matemático escocês de nome John Napier desenvol - veu a ideia dos logaritmos. ▪ 1642: Blaise Pascal, matemá- tico Francês, criou a pascaline, uma máquina de calcular mecâni- ca, utilizando rodas dentadas. ▪ 1673: Leibnitz, cientista ale- mão, construiu máquina superior a de Pascal, que permitia inclusi- ve extração de raiz quadrada. 14 CURSOS TÉCNICOS SENAI Hoje, os computadores fazem parte do cotidiano das pessoas, podendo ser levados em bolsas ou até mesmo em bolsos. Integram uma diversi- dade de atividades que atingem todas as pessoas e todos os pontos do planeta e fora dele. Essa é a revolução representada pelas redes de com - putadores, que compreendem a chamada era digital. 15INTRODUÇÃO AO COMPUTADOR SEÇÃO 2 Máquina de Von Neumann Você sabe o que é a máquina de Von Neumann? Essa máquina foi in - ventada pelo matemático húngaro, naturalizado americano, que lançou, entre as décadas de 40 e 50 do século passado, a ideia de uma unidade de processamento, memória e dispositivos de entrada e saída de dados, com o conceito de programa armazenado. Vamos entender melhor por meio da gura seguinte. Observe! Figura 1: Conceito de Von Neumann para o processamento de dados A ideia aqui presente substituía o armazenamento feito em cartões per- furados, para uma memória próxima ao processador lógico. Isso permi - tia maior desempenho no trato das instruções. Apesar de essa ideia permitir apenas que uma instrução seja processa- da por vez, ela é a base das máquinas atuais. O desenvolvimento das tecnologias de barramento, processadores, memórias e outros compo - nentes eletrônicos tratou esse problema, trazendo maior velocidade aos equipamentos atuais. Ah! Assim foi possível aumentar a velocidade das máquinas, certo? Vamos em frente! SEÇÃO 3 Processador (UCP) Por muitos, a UCP, ou unidade de processamento central, que de forma mais popular também é chamado de processador, é o principal elemento de um computador. Mas é importante destacar que esse elemento, na ar- quitetura de um computador moderno (os chamados PCs, computado - res pessoais), o processador é importante na medida de seu desempenho e de sua tecnologia de construção. No entanto, é dependente dos outros elementos, mostrados na chamada máquina de Von Neumann. Mas qual a sua função do processador para ter esse status de importân- cia? Basicamente, ele aplica as instruções dos programas sobre os dados recebidos. Isso acontece em função de o próprio processador ter instru - ções internas gravadas na sua fabricação. Sua fabricação hoje representa tecnologias altamente complexas e de desenvolvimento muito veloz. 16 CURSOS TÉCNICOS SENAI SEÇÃO 4 Arquitetura atual A arquitetura de um PC atual, seja um desktop ou um notebook, tem o mesmo princípio. Os computadores têm sobre uma estrutura chama - da placa-mãe diversos barramentos, que são as vias por onde trafegam os dados. Nessa estrutura há a inserção das memórias, do processador, dos dispositivos de entrada e saída, dos periféricos de armazenamento de massa e interfaces externas destinadas aos mais diversos periféricos. Observe a seguir um exemplo de placa-mãe. Figura 2: Placa-mãe de um desktop Em uma placa-mãe, desenvolve-se grande parte dos processos de trans - porte de dados, seguindo a ideia de uma arquitetura que permita que os dados estejam armazenados em uma memória próxima ao processador. Mas para que isso aconteça são necessários vários outros sistemas que deem suporte aos dispositivos de entrada e saída, aos dispositivos de armazenamento. Você já ouviu falar em chip set ? Atualmente, esse circuito é muito impor- tante, sendo um microchip encapsulado que contém vias e instruções para a organização do que acontece em uma placa-mãe. Normalmente, o chip set é dividido em ponte norte e ponte sul, em que a primeira faz a ligação do processador com as memórias da máquina. Quando os programas passaram a ter um alto componente gráco e exigir maior desempenho, os barramentos destinados a vídeo, que antes cavam sob responsabilidade da ponte sul, passaram também a car na ponte norte e próximos a UCP. Por meio de um barramento dedi - cado, faz-se a ligação das duas pontes. Na ponte sul, reúne-se a maior parte dos barramentos destinados aos dispositivos de entrada e saída. Nele estão ligados todos os circuitos controladores para os dispositivos de armazenamento, o integrado que faz a comunicação do controlador de discos SATA, que também permite sistemas de redundância de dis- cos, os barramentos USB, controladora de conexões de rede em 100 e 1000Mb, controladora de som, teclado e mouse , os barramentos de ex- pansão para dispositivos off board . As placas atuais têm alto nível de desenvolvimento tecnoló- gico, com taxas de transferên- cia interna que ultrapassam os gigabytes por segundo. Os barramentos paralelos estão sendo substuídos por bar- ramentos seriais, pois as altas taxas de transferência causam efeitos eletromagnécosque afetam os barramentos mais angos. Os discos de armazenamento que estão disponíveis têm sua capaci- dade da ordem de terabytes . Para desktop comuns, sem serem servi- dores, já estão disponíveis tecno- logias de redundância de discos, garantindo a integridade da infor- mação. Você sabia que as memórias atu- ais tiveram incremento em suas frequências de operação e capaci - dade armazenamento? É verdade! Isso representa máquinas com maiores taxas de transferência e, por consequência, maior desem- penho do equipamento. SEÇÃO 5 Sistemas de numeração Os dados inseridos em um PC, que são depois levados à memó- ria, processados e armazenados, por mais complexas as instruções, sejam imagens, músicas, vídeos, funções complexas, têm apenas dois valores possíveis de serem compreendidos pelos circuitos eletrônicos. Você sabe quais são? O zero e o um. Segundo Capron (2004), estamos acostumados a pensar nos computadores como mecanismos complexos, mas o fato é que essas máquinas basi- camente conhecem apenas duas coisas: ligado/desligado. 17INTRODUÇÃO AO COMPUTADOR Os sistemas digitais dos componen- tes eletrônicos, ulizando um siste- ma binário de numeração, podem criar formas soscadas de repre- sentações. Os próprios caracteres utilizados na linguagem formal, por meio de uma codicação, passam a ser uma sequência de zero e um, ou os chamados números binários. Como exemplo, a letra A no có- digo ASCII ( American Standard Code for Information Interchange, ou padrão americano para troca de informações) é representado em número binário por: 0100 0001 Além do sistema binário, são utili- zados também o sistema Hexade- cimal, que utiliza 16 dígitos, indo de 0 (zero) a 9, e depois as letras A, B, C, D, E, F. Esse sistema é necessário para uma melhor inte- gração entre homem e máquina. Para Norton (1996), esse sistema de numeração é muito utilizado na informática por ser uma con- ciliação razoável entre o que está mais próximo do equipamento e o que é prático para pessoas uti - lizarem. Outro sistema é o Octal, que utili- za oito dígitos para representação, de zero a sete. Para melhor compreender a ideia de sistemas de nume- ração, deve-se entender ini- cialmente como funciona o sistema decimal a que se está acostumado. Partindo de um número simples, por exemplo, o 1963, a primeira coisa a se observar é que a posição de cada número lhe dá um signicado. Cada número dará um signicado? Isso mesmo! O valor 3 na última casa da direita coloca-o como unidade. O 6 na segunda casa da direita para a esquerda indica ser uma dezena. O 9 na sequência é a centena e o 1 é o milhar. Ficou claro para você? Entenda melhor! Se somarmos dessa forma: 3 + 60 + 900 + 1000, vamos obter o valor 1963. Na verdade, o que temos é cada número multiplicado por um va- lor de base 10. Então temos: 3 x 100 + 6 x 101+ 9 x 102 + 1 x 102 = 3 x 1 + 6 x 10 + 9 x 100 + 1 x 1000 = 3 +60 + 900 + 1000 = 1963 Com esse exemplo, cou mais fácil entender, não é mesmo? Você pode ver que no sistema binário o que ocorre é a mudança da base, sendo que no sistema decimal tem-se a base 10 e no binário a base 2. E lembre-se! Também de forma posicional, deve-se partir da direita para a esquerda para fazer sua leitura. Veja mais um exemplo. No valor binário 11001, qual a correspondência com o sistema decimal? Siga a ideia anterior para obter: 11001 1 x 20 + 0 x 21 + 0 x 22 + 1 x 23 + 1 x 24 = 1 x 1 + 0 x 2 + 0 x 4 + 1 x 8 + 1 x 16 = 1 + 0 + 0 + 8 + 16 = 25 Os números binários são tratados pelos componentes eletrônicos exis - tentes no PC, em chips integrados com milhares de transistores, que ape- nas entendem o estado zero ou um, ligado ou desligado. Esses circuitos integrados são desenhados segundo uma álgebra booleana em que for - mas lógicas permitem a criação das instruções tratadas no processamen- to das informações. 18 CURSOS TÉCNICOS SENAI SEÇÃO 6 A informáca e o meio ambiente No início desta unidade, você viu que a sociedade atual está ligada à in - formática e seus elementos. Existe até mesmo uma dependência ao uso de computadores. Pois bem. Os equipamentos de informática presentes hoje nas empresas, nas casas, no comércio e em todas as ocupações em que se visualiza sua utilidade, por si só, representam um desao. E sabe por quê? Porque sua vida útil é pequena em relação aos outros equipamentos existentes, seja em função de as tecnologias carem ultrapassadas ou desgastadas. 19INTRODUÇÃO AO COMPUTADOR Mas saiba que já existe uma preocupação das entidades civis e governa - mentais para encontrar lugar e uma maneira de tratar o descarte desses equipamentos. Nesse sentido, é preciso pensar na questão ambiental. A atenção tam - bém deve estar na análise do consumo de energia por parte desses equi- pamentos e seus periféricos. E isso é muito importante! O aprendizado desta unidade foi muito interessante, não é mesmo? Você conheceu um pouco da história do computador, vericou o que é a má - quina de Von Neumann, o processador (UCP), além de ver a arquitetura atual, os sistemas de numeração e as questões ligadas à informática e ao meio ambiente. Agora chegou a hora de passar para mais uma etapa, na qual você estudará questões ligadas à informação. Lembre-se de que fazer do estudo uma maneira de reunir teoria e prática pode ser muito enriquecedor. Então, siga com motivação e comprometimento! Unidade de estudo 2 Seções de estudo Seção 1 – Dados e informação Seção 2 – Tarefas Seção 3 – Bits e Bytes Seção 4 – Sistemas operacionais 21INTRODUÇÃO AO COMPUTADOR Informação SEÇÃO 1 Dados e informação Para Norton (1996), apesar de as palavras dado e informação serem muito usadas como sinônimos, há uma diferença importante entre elas. Você sabe qual é? Os dados são elementos que, lidos de forma não contextualizada, são apenas valores ou itens dispersos. Mas quando se dá um tratamento a eles, fazem-se associações, eles se transformam em informação. SEÇÃO 2 Tarefas Para Marçula e Benini (2009), os equipamentos são criados para facilitar e agilizar as tarefas realizadas pelos seres humanos. Isso inclui os equi- pamentos de informática. A informáca agilizou os processos em todos os setores, isso permite ao(s) usuário(s) agilizar suas ronas diárias e melhorar suas decisões. O que é importante destacar também, que muitas vezes acaba sendo esquecido, é que existe a separação formal das tarefas do usuário e do computador. Ao computador cabe o processamento de dados, onde os dados são: apresentados, manipulados, recuperados, capturados, trans - mitidos e armazenados. Ao ser humano, usuário, cabe a criação, as ações, tomadas de decisões e comunicações. Algumas das características denidas para o usuário em várias instâncias são estudadas para serem também tarefas informatizadas. No entanto, esse assunto não será abordado agora. Vamos em frente! Os sistemas informazados são alimentados apenas com dados, mas o processamento desses dados permite que se- jam interpretados por quem é usuário desses sistemas. De forma simplicada, pode-se dizer que um conjunto de núme - ros binários são dados tratados em um processador. Mas quando esses dados são visualizados de forma nal como um texto, um som, uma imagem e tantas ou- tras formas de saída a informação acontece. 22 CURSOS TÉCNICOS SENAI SEÇÃO 3 Bits e bytes Os dados tratados em um com- putador, transformados em infor- mação, não são formas aleatórias. Eles contêm normas e valores que permitem a organização das informações. Entenda melhor! Como os computadores traba- lham com números binários, foi dado a suas unidades básicas o nome de BIT , ou BInary digiT . Em língua inglesa, um bit é a menor unidade de informação em siste- mas informatizados. Para a repre- sentação de todas as informações tratadas em um computador, foi necessário criar grupos para sim- plicar a representação desses bits , da mesma forma em que utilizam os sistemas de medida. O byte é a representação de um conjunto de 8 bits, o que permite facilitar as operações e representa-ções dos valores tratados. Como exemplo de facilidade, tem- -se a capacidade de uma memória RAM de 1 gigabyte , que na verdade tem capacidade de armazenar 8 bilhões de bits . Além disso, são utilizados os múltiplos Kilo, Mega, Giga e Tera , nos múlti- plos de bytes . Mas, aqui, deve-se tomar o cuidado de perceber que está se falando de numeração binária, com base dois. Que tal agora vericar as nomenclaturas dos bytes ? Então observe a seguinte tabela. Tabela 1: Nomenclatura dosbytes Quandade de bytes Nome 210= 1024 bytes Kilobyte 220=1048 576 bytes Megabyte 230 = 1073 741 824 bytes Gigabyte 2 40 = 1099 511 627 776 bytes Terabyte SEÇÃO 4 Sistemas operacionais Os sistemas operacionais são hoje tão comuns para os usuários que seu sentido, sua importância e sua utilidade acabam passando despercebidos por grande parte dos usuários. Eles são encontrados até mesmo em dis- positivos portáteis como smartphones . Segundo Capron (2009, p. 64) “[...] sistema operacional é um conjunto de programas que se encontra entre o software aplicativo e o Hardware ; é o software fundamental que controla o acesso a todos os recursos de hardware e software” . Nos primórdios dos computadores, as grandes máquinas tinham pro- gramas escritos de forma especíca e atendiam àquele hardware especí- co. Com o advento da microinformática – em que o hardware é formado por partes normalizadas de diversos fabricantes – foi necessário criar programas que pudessem trabalhar em plataformas diversas. 23INTRODUÇÃO AO COMPUTADOR Os primeiros sistemas operacionais eram apenas em modo texto, isto é, não nham a chamada interface gráca a que estamos acostumados hoje. Sua operação se dava por meio das chamadas linhas de comando. Para o usuário, isso constituía uma barreira em função de ter de memori- zar os comandos e de certa forma restringia a utilização dos equipamen- tos para usuários não muito confortáveis com essa ideia. É importante destacar ainda que em meados da década 1990 começaram a surgir as primeiras interfaces grácas. Com elas, surgiu o dispositivo apontador conhecido por todos hoje como mouse . Com o mouse , houve a possibilidade de os usuários mais inexperientes entrarem na nova era e experimentar os recursos que se colocavam à disposição a partir daí. Portanto, não importa qual o tipo de utilização que se dá ao equipamento, sendo que um executivo pode utilizar o mes- mo sistema operacional que um operador de máquinas. Os aplicativos existentes é que fazem a diferença e permitem atingir as expectativas de cada perl de usuário. Você sabia que existem dois tipos de sistemas operacionais? É ver- dade! Basicamente, hoje temos sistemas operacionais que neces- sitam da aquisição de licença e os sistemas ditos livres. Sabe as dife- renças entre eles? As diferenças são em relação às suas funciona- lidades. É importante ressaltar que os fa- bricantes fazem um esforço muito grande para trazer facilidades na integração dos diversos recursos multimídia, conexões de rede com e sem o, organização de arquivos e segurança dos dados armazena- dos. Certamente os assuntos trazidos nesta unidade serão muito úteis para suas atividades com o com- putador, não é mesmo? Anal, hoje é quase impossível viver sem o auxílio das máquinas. Na próxi- ma unidade você saberá o que são softwares . Está preparado? Então, sinta-se confortável e embarque nessa viagem rumo ao conheci- mento! Unidade de estudo 3 Seções de estudo Seção 1 – Os sofwares aplicavos Seção 2 – Editores de texto Seção 3 – Planilhas eletrônicas Seção 4 – Apresentações mulmídia 25INTRODUÇÃO AO COMPUTADOR Software SEÇÃO 1 Os sowares aplicavos Você sabe o que são softwares ? Veja a denição de Norton (1996). “[...] Soware é o ingrediente que executará uma tarefa es- pecíca, instruções eletrônicas que em geral residem em um meio de armazenamento”. Observe que ao falar de sistemas operacionais fala-se de um software básico, e sobre ele normalmente instalam-se os softwares aplicativos. Mas é possível instalar um aplica- tivo sem o sistema operacional? Sim, isso é possível e era muito comum anteriormente. Mas, por exemplo, se esse aplicativo preci- sar utilizar um dispositivo de sa- ída, como uma impressora, esta deverá ser congurada especial- mente para esse aplicativo. Se na sequência for instalado um apli- cativo diferente, mas que utilize a mesma impressora, esta terá de ser novamente congurada. Por- tanto, percebe-se a vantagem do sistema básico. E veja bem! O software aplicati- vo tem uma destinação exclusiva para ser útil ao perl de cada usu - ário. Hoje, existem milhares de aplicativos para uso corporativo, pessoal, comercial e em entre- tenimento. É comum que fabri- cantes diversos desenvolvam para um mesmo perl de utilização. Quer conhecer alguns exemplos? Entre eles estão o tratamento de imagens, navegadores para inter- net, tocadores de músicas e ví- deos, desenho para elementos de engenharia, cálculos complexos, gerenciadores de e-mail , proteção aos dados, segurança para internet etc. Para os usuários de computado- res, não é difícil associar as ativi- dades cotidianas à forma em que os softwares são projetados. Isso é evidente por ser essa a ideia que se tem ao desenvolver o progra- ma. Isto é, buscam agilizar e au- tomatizar processos ou rotinas já existentes ou que venham a ser criados com o advento de novas tecnologias. Quando as máquinas e ferramen- tas começaram a se integrar aos computadores, foi necessário criar softwares que permitissem o dese- nho de peças que foram transferi- das para as máquinas. O conceito de CAD CAM, em inglês Computer Aided Design Computer Aided Manu- facturing , ou computador auxilian- do o desenho e computador auxi- liando a manufatura, exemplica como nasce a necessidade de um aplicativo. Agora cou mais fácil entender, você concorda? Há uma família de softwares aplica- tivos que também nasceram das necessidades cotidianas. Já sabe quais são eles? São os chamados pacotes Ofce , ou de escritório. Eles são bastante comuns e for- mados por editores de texto, pla- nilhas eletrônicas, apresentações multimídia e um conjunto auxiliar de ferramentas complementares. Se imaginarmos que os editores de textos utilizados atualmente vieram para substituir as máqui- nas de datilograa, ca muito cla- ro o quanto a ideia inicial foi im- plementada por meio de recursos. 26 CURSOS TÉCNICOS SENAI Em residências, indústrias, co- mércio, reparções e órgãos públicos, escolas dos mais diversos níveis e especicida- des, o uso do editor de texto, na sua forma mais simples – isto é, produzir um texto – é indispensável nos dias de hoje. Como você já deve ter conheci- mento, os editores de texto não se resumem a caracteres sobre um fundo branco. É possível mudar o fundo, incluindo marcas d’água, criando modelos padronizados e personalizados de papéis para uma empresa ou pessoa, alterar os caracteres por seu tamanho, for- ma, cor, padrões e símbolos, além de inserir imagens, tabelas estáti- cas ou dinâmicas. Puxa! Quantas opções possuem os editores de texto! Além das funções do editor de texto para a criação de documen- tos e posterior armazenamento ou impressão, é importante saber que os recursos atuais permitem que o texto ou conteúdo criado seja vin- culado a um banco de dados, pla- nilhas, apresentações, editores de e-mail , publicação direta em meio eletrônico via internet etc. Esses aplicativos trazem consigo um conjunto de ferramentas que, de forma geral, um usuário dicil- mente utiliza todos, pois depen- derá do seu objetivo. Mas algumas ferramentas são praticamente de uso comum, como os corretores ortográcos, a criação de tabelas, os modelos de correspondência, a utilização de símbolos especiais, a inserção de imagens e guras. Os corretores de texto são auxiliares importantes no tra- balho diário e na construção de textos. Possuem funciona- lidades interessantes como a autocorreção, que acontece na medida em que o texto vai sendo digitado, assim como aindicação de erros ou cons- truções de frases que não estejam em acordo as regras gramacais. Mas que atento! Isso não signi- ca que se deva deixar o software de- cidir o que está correto ou não. É necessário analisar se as sugestões de correção estão de acordo com o sentido que se quer dar ao texto. Um cuidado que deve ser tomado na utilização dos editores de tex- to está no fato de que os diversos fabricantes não padronizaram en- tre si os formatos ou as chamadas extensões. Dessa forma é comum haver problemas quando se transpor- ta arquivos ou envia-se por meio eletrônico. Para que a máquina que receberá documento consiga abri-lo sem problemas, é neces- sário que haja compatibilidade entre os programas presentes e o formato que se quer abrir. Por exemplo, um documento com ex- tensão .pdf apenas será aberto ou lido se no computador em ques - tão houver um programa que faça sua leitura. É necessário também esclarecer uma rotina que passa despercebi- da por grande parte dos usuários. Ao abrir um arquivo, o sistema operacional primeiro busca e abre o programa que faz sua leitura para na sequência abrir o arquivo. Se esse não é encontrado ou não é compatível, não há como fazer sua leitura. Um aplicavo hoje deve atender as especicidades do perl do usuário a que se desna. Deve ter algumas ca- racteríscas recomendáveis, como integração aos meios de web service, interface ami- gável, facilidade de instalação e compabilidade com sis- temas operacionais de fabri- cantes diferentes. Além disso, não deve “pesar” a ponto de afetar o desempenho do equipamento. Uma categoria que se destaca e tem feito os fabricantes de hardwa- re buscarem maior desempenho são os jogos para PC. Por sua vo- racidade gráca, esses aplicativos demandam máquinas mais dedi- cadas e de alto desempenho. E os editores de texto, você sabe o que são? Esse será o assunto da seção seguinte. Continue atento! SEÇÃO 2 Editores de texto Dentro dos chamados pacotes Ofce , o editor de texto é sem dú- vida o aplicativo de maior uso e importância. 27INTRODUÇÃO AO COMPUTADOR Mas essas situações podem ser evitadas com a atenção no mo- mento de salvar os documentos, pois os fabricantes de softwares disponibilizam as soluções de compatibilidade entre programas de versões distintas ou mesmo de fabricantes diferentes. Além disso, existem disponíveis na internet versões de editores de textos com compatibilidade para a abertura desses arquivos, além da possibilidade de edição completa de textos, com quase as mesmas funções de editores tradicionais. SEÇÃO 3 Planilhas eletrônicas Se os editores de textos estão em primeiro lugar nos aplicativos mais utilizados, com certeza os aplicativos que trabalham plani- lhas eletrônicas estão em segundo. Mas para falar de planilhas pri- meiro é preciso falar em tabelas. Você sabia que as tabelas já eram usadas há vários séculos? É ver- dade! Elas foram encontradas em manuscritos antigos. Até os dias de hoje, ainda são as melhores formas de relacionar e visualizar valores entre si ou valo- res e elementos que se relacionam de alguma forma. Por exemplo, uma tabela de temperaturas medi- das de hora em hora, uma tabela de mercadorias e seus valores res- pectivos, com pagamento à vista, parcelado etc. Uma tabela simples já permite tratar dados de forma mais dinâmica do que tirar as informações de um texto, por exemplo. Se houver necessidade de indexar algo, realizar cálculos, a tabela agiliza essas ações. Mas o que é uma tabela? Essa é uma boa pergunta! Uma tabela é a união de colunas e linhas, com as colunas idencadas por letras e as linhas por números. A intersecção de colunas e linhas cria a célula e seu endereço é formado justamente pela letra da coluna e o número da linha. Por exemplo, a cé- lula A5 encontra-se na coluna A, na quinta linha. Como a quantidade de letras é pequena, nas planilhas modernas ao m do alfabeto se inicia a denominação com o acréscimo de outra letra, então ao chegar na letra Z, a próxima coluna será chamada de AA, a seguinte AB e assim por diante. O desenvolvimento das planilhas eletrônicas tem como base que, ao assumir um endereço ou célula, cada valor pode ser manipulado pelo software sendo sujeito a funções matemáticas, a funções de condição de formatação e funções lógicas. Isto é, a tabela passa a ser dinâmica e au - tomatizada em tratar os dados inseridos nela. 28 CURSOS TÉCNICOS SENAI Além disso, as planilhas são muito utilizadas como tabelas, mesmo que os editores de texto tenham recursos ecientes na montagem de tabelas. O que acontece é que algumas ferramentas mais simples das pla- nilhas são muito atrativas e fáceis de utilizar. O recurso de ltro é uma delas. Basta inserir os dados e aplicar o chamado ltro. Sabe o que o ltro faz? Ele seleciona ape- nas os valores ou elementos que se deseja analisar pontualmente. Assim como nos editores, tam- bém nas planilhas eletrônicas é raro alguém que faça uso de todos os recursos disponíveis. Mas nas planilhas a integração com outros recursos permite ir a níveis de utilização altamente complexos, chegando próximo à elaboração de programas de gerenciamento, com integração a sistemas de ban- co de dados. Além das ações sobre as tabe- las em si, é possível a geração de grácos elaborados e de recursos também extensos, incluindo gu- ras em 3D ou a inserção de ima - gens para a formação de itens de destaque. Lembre-se! Assim como nos editores de texto, é preciso ter cuidado com as compatibilidades entre versões e fabricantes. Fique atento também na hora de salvar os arquivos para evitar perdas. Você já utilizou alguma planilha eletrônica? Certamente agora po- derá criar as suas! A seguir, você aprenderá sobre apresentações multimídia. Vamos lá! SEÇÃO 4 Apresentações mulmí- dia Os recursos dos aplicativos de apresentações multimídia tam- bém nasceram de uma prática anterior, em que o recurso era o projetor de slides ou um projetor de lmes. Principalmente no caso dos projetores, em que se forma- va um conjunto de imagens que eram projetadas em equipamento próprio, o trabalho era complexo por envolver a necessidade de se revelar em lme próprio. Além disso, não era possível alterar o produto depois de processado. Com as apresentações de grácos, utilizava-se o retroprojetor, com a preparação de acetatos que depois de prontos também não podiam ser alterados. Os aplicavos mulmídia in- tegram imagens, vídeos, tex- tos com as mais diversas for- matações, uma innidade de efeitos para a troca de slides, planos de fundo, navegação durante a apresentação e en- tre apresentações diferentes. Quantas possibilidades para apre- sentações multimídia, não é mes- mo? Além de vários recursos, existe a possibilidade de alteração em qualquer momento e de qual- quer parte do arquivo ou víncu- lo deste com arquivos externos. Ainda permite ao usuário que a apresentação seja adequada prati- camente em tempo real. A praticidade desse tipo de apli- cativo permite a um variado nú- mero de pers de usuários. Como exemplos mais simples, podemos citar a apresentação de trabalhos escolares ou a apresentação de resultados em um ambiente em- presarial, treinamento e capacita- ção de funcionários, portfólio de vendas etc. Como são vários pers e vários recursos, é necessário ter um cui- dado para adequar de forma cor- reta a apresentação à ocasião ou ao público que se quer atingir. Dessa forma, se você for apresen- tar um tema, deve car claro que o foco não é o recurso, que serve como apoio à ideia proposta no tema. Portanto, que atento a sua apresentação e não à tela do com- putador. E como organizar uma apresentação? Veja a seguir uma maneira de montar uma apresen- tação de forma simples, mas que atinge a maior parte dos usuários. Acompanhe com atenção! 29INTRODUÇÃO AO COMPUTADOR ▪ Sugestão do 10 20 30, que signica 10 slides , 20 minutos de apresen- tação e fonte de tamanho 30. ▪ O slide deve ser um apoio para as ideias que serão apresentadas, que podem estar em 10 slides, para nãocansar quem está assistindo. ▪ Um tempo de apresentação em torno de 20 minutos não será cansa - tivo tampouco curto. ▪ Fontes de tamanho igual ou superior a 30, no padrão de fonte Arial ou Times New Roman, têm dois objetivos: fazer com que o texto pos- sa ser lido sem esforço e também que o slide , salvo exceções, contenha tópicos ou textos curtos. ▪ O uso de recursos de transição e efeitos deve ser evitado ou minimi - zado por ser cansativo a quem está assistindo. ▪ Quando se faz uso de grácos ou imagens, é preciso evitar a colo- cação de textos sobre a imagem. ▪ Para empresas, treinamentos corporativos, instituições de ensino e mesmo um usuário que faça uso constante do software , é interessante a confecção de um modelo de apresentação, para padronizar e valorizar a marca ou assinatura do usuário. ▪ Teste a apresentação com antecedência no equipamento em que será exibida. A maior parte dos problemas que ocorrem estão ligados à incompatibilidade de software ou recursos existentes na máquina que serviu para montar o arquivo e que estavam ausentes no computador em que será feita a apresentação. ▪ Evite imagens ou vídeos “pesados”, que possam travar o computa- dor no momento de apresentação. ▪ Sempre que possível, utilize grácos e imagens. A quantidade de texto deve ser minimizada. ▪ Tenha cuidado com a utilização de fontes fora do padrão e que não estejam presentes no equipamento da apresentação. Mas veja bem! Essas não são regras a serem seguidas. São orientações em que o bom senso deve prevalecer. Uma boa apresentação é aquela em que quem apresenta é o alvo da atenção. Além disso, é importante usar sua criatividade para criar apresentações. Sempre, claro, observando o público-alvo e o tema a ser explanado. Parabéns! Você nalizou mais uma unidade de estudos, na qual apren - deu o que são softwares aplicativos, editores de textos, planilhas eletrôni- cas e como fazer apresentações multimídia. Na próxima seção, o foco do estudo serão as conexões de rede. Lembre-se de que em caso de dúvidas você poderá conversar com o professor em sala de aula. Então, dedique-se ao estudo fazendo dele um momento de reexão e novas descobertas! Unidade de estudo 4 Seções de estudo Seção 1 – A rede Seção 2 – A internet Seção 3 – Intranet e extranet 31INTRODUÇÃO AO COMPUTADOR Conexões de Rede SEÇÃO 1 A rede Nas organizações atuais, é muito comum ouvir falar em rede. Você sabe o que é possível fazer com vários computadores interliga- dos? Segundo Norton (1996), a possibilidade de conectar vários computadores resulta em tantos benefícios que se tornou uma das áreas de maior crescimento no mercado de microcomputadores. A ideia de interligar equipamentos é antiga, tendo início nos grandes computadores que eram acessa- dos por terminais de uso. Mas foi realmente com a microinformáti- ca que as redes expandiram acima de qualquer prognóstico. Um fato curioso é que na literatura de c - ção cientíca, que foi sempre tão pródiga em prever o futuro, não há menção de algo parecido com o que se tem hoje, de forma tão comum na maioria dos lares. Como conceito de rede, é possível pensar na ligação de dois compu- tadores estabelecendo uma rede. Esse conceito seria válido há dez anos. Agora, porém, em vez de computadores deve-se ler disposi- tivos, dois smartphones , por exem- plo, ligados por tecnologia sem o, também constituem uma rede de transmissão de dados. Para Meyer apud Norton (1996, p. 241), “[...] uma rede de compu- tadores liga dois ou mais compu- tadores de forma a possibilitar a troca de dados e os compartilha- mentos de recursos incluindo pe- riféricos como impressoras”. Saiba que o meio de comunicação mais difundido ainda é via cabea- mento físico. Os dispositivos que permitem essa interligação por si já fariam um capítulo a parte, mas os mais comuns são os roteado- res, switches , modems etc. Além dis- so, a comunicação via meio sem o tem tido uma expansão muito grande e chegou às residências com a diminuição de custo dos dispositivos. O uso de redes entre computado- res possui suas vantagens, sabia? Veja quais são. ▪ Espaço em disco: compar- tilhar um sistema de discos de armazenamento em que vários usuários tenham acesso a seus dados e a dados comuns. Permite maior segurança e centralização da informação. ▪ Aplicativos: por meio de terminais de uso ou servidores de licença, há o compartilhamento de softwares , reduzindo custos e garantindo o uso de mesmas versões. ▪ Impressoras e periféricos: centralizar impressoras ou pe- riféricos e permitir o acesso via rede. Representa a diminuição de custos e a otimização do uso de equipamentos de um custo alto. ▪ Internet e intranet: a rede é o meio de comunicação interna e externa para aquisição, troca e pesquisa de dados. Uma forma de entender as redes é por sua abrangência geográca, isto é, pela forma que é distribuí- da. Observe a seguir. ▪ LAN, Local Area Network, ou rede de área local: é uma rede entre equipamentos restrita a uma sala, edifício ou edifícios próximos. 32 CURSOS TÉCNICOS SENAI ▪ MAN, Metropolitan Area Ne- twork, ou rede metropolitana: é uma rede de abrangência dentro de um raio de aproximadamente 10 km, que utiliza meios óticos ou sem o. ▪ WAN, Wide Area Network, ou rede de longa distância: não deve ser confundida com a internet, sendo uma rede que pode ultrapassar fronteiras geográcas entre continentes, mas continua a ser uma única rede. SEÇÃO 2 A internet Certamente você sabe o que é e já utilizou a internet, certo? Mas o que ela representa? A internet é um conjunto de redes, interli- gadas mundialmente, que nasceu interligando dados entre institui- ções militares e entre instituições de ensino. Seu desenvolvimento teve início nos anos 1960 e sua expansão para o que conhecemos hoje foi a partir de 1990, com o surgimento da Word Wide Web (WWW). É importante que você saiba que a internet não é a WWW. A inter- net é a rede física que interliga os dispositivos. O WWW é, segundo a denição de Marçula e Benini (2004, p. 324), “[...] um sistema de servidores de internet que uti- lizam como protocolo principal o Hipertext Tranfer protocol , HTTP”. Esse sistema pode trabalhar com outros protocolos para realizar os serviços diversos. O WWW de- pende da internet, mas o contrá- rio não é verdadeiro. O que permitiu essa expansão fo- ram dois elementos: os protoco- los de comunicação e os softwares de navegação. Protocolos? O que são eles? De uma forma simplicada, os pro- tocolos são uma linguagem que permite que várias máquinas de arquiteturas diferentes, com sis- temas operacionais diferentes possam se comunicar. As infor- mações dentro de uma rede são tratadas em pacotes, sendo que cabe aos protocolos de rede tratar esses pacotes, agregando a eles in- formações como em um correio normal, isto é, remetente e desti- natário. A partir daí, esses pacotes “trafegarão” pelos diversos equi- pamentos de rede até atingir seu destino. Os navegadores são sowares desnados à exploração ou “navegação” pela internet, por meio de endereços virtu- ais que traduzem os endere- ços sicos de cada disposivo de rede. Foram eles, a parr de interfaces grácas, que permiram essa navegação pela rede de forma simples. Os navegadores atuais utilizam re- cursos grácos avançados e seus diversos desenvolvedores estão sempre implementando novida- des e requisitos de segurança para conquistar novos usuários. Quais são os recursos de comuni- cação que se tornaram populares e hoje são indispensáveis para em- presas e prossionais de todos os níveis? São os e-mails , os correios eletrônicos entre usuários da rede mundial. Existem softwares especí- cos para o envio e recebimento de e-mails , mas há vários portais que também permite a criação e a utilização desse serviço. O interesse pelo uso do e-mail se dá pelas vantagens em relação ao tempo e custo sobre outros meios utilizados, como telefone e cor- reio convencional. A partir de um custo xo de um provedor de ser- viços de internet, é possível enviar e receberquantos e-mails for pos- sível ou necessário. Outros meios de comunicação es- tão presentes hoje. Por exemplo, voz sobre IP, isto é, falar via rede como se fala via telefone com a possibilidade de ter imagem em tempo real. Como você deve saber, os recur- sos disponíveis hoje na internet são incontáveis. Todos os tipos de dados e informações podem ser compartilhadas e algumas das mí- dias tradicionais estão sendo reci- cladas para se adequarem aos no- vos meios e não perderem espaço. Um exemplo são os periódicos mensais ou os jornais que man- têm a mídia impressa em parale- lo com portais com informações atualizadas e de acesso fácil. 33INTRODUÇÃO AO COMPUTADOR SEÇÃO 3 Intranet e extranet Em empresas e instituições, é co- mum ouvir falar em intranet e ex- tranet. Mas você sabe o que essas redes possibilitam? As empresas, em todos os níveis, sejam públi- cas ou privadas, pela importância e pelo alcance da internet, criam e alimentam sites ou portais em que seus serviços ou produtos cam à disposição de seus funcionários ou de seus clientes. Esse recurso facilita os processos internos, mas necessita de manuten - ção e gerenciamento centralizado e especializado. A extranet é um recurso que também pode estar presente em um portal ou site, para atender clientes ou fornecedores. Direcionados da mesma forma por nome e senhas, mas com requisitos diferenciados a acesso de áreas de navegação, esses usuários têm as facilidades para seus negócios ou compras de produtos e serviços. Da mesma forma, é necessário um gerenciamento, que nesse caso inclui normas mais rígidas de segurança. Percebeu como a intranet e a extranet podem ser importantes para uma empresa? Você viu que a internet trouxe muitas facilidades que poderão estreitar distâncias e melhorar os serviços, concorda? Depois de conhe- cer o funcionamento das redes, internet, intranet e extranet você verá os aspectos jurídicos sobre o uso dessas tecnologias. Está pronto para se - guir? Na próxima unidade há muita coisa interessante para você. Até lá! A intranet é um meio que permite às organizações te- rem, entre seus integrantes, uma rede que atenda e facili- te acesso a seus recursos, por meio do ambiente gráco do portal ou site dela. Com ela, os integrantes da empresa ou instuição terão, por meio de um nome e uma senha, informações pessoais, e-mail corporavo, bancos de dados etc. Unidade de estudo 5 Seções de estudo Seção 1 – Legislação Seção 2 – Sofware livre e licenças Seção 3 – Segurança 35INTRODUÇÃO AO COMPUTADOR Legislação e Segurança SEÇÃO 1 Legislação É impossível negar que a sociedade moderna vive a era da microinformática, em que a infor- mação está ao alcance de todos de forma rápida e fácil. No entanto, alguns aspectos legais surgiram como uma necessidade para situ- ações novas. São vários os aspectos em que os legisladores devem atuar para ade- quar as tecnologias atuais ao que a sociedade espera. Vamos saber mais sobre o assunto! Os sites que permitem downloads de músicas e lmes, por si só, já res- pondem por um grande prejuízo aos que detêm os direitos autorais das obras copiadas ilegalmente. Mas perceba que aqui não discuti- remos problemas sobre scaliza- ção e observância das leis autorais nesse sentido. Mas como infor- mação, a legislação sobre direi- tos autorais sobre som e imagem aplica-se aos meios eletrônicos de informação e comunicação. O que você estudará aqui será a legislação relativa à utilização de softwares , que se refere aos direitos de propriedade. É uma legislação com mais de 10 anos, com data de 19 de fevereiro de 1998, Lei n o 9.609. Veja o que institui o primei- ro artigo da lei, que dene o que é programa de computador. “Art. 1º – Programa de computa- dor é a expressão de um conjun- to organizado de instruções em linguagem natural ou codicada, contida em suporte físico de qual- quer natureza, de emprego neces- sário em máquinas automáticas de tratamento da informação, dispo- sitivos, instrumentos ou equipa- mentos periféricos, baseados em técnica digital ou análoga, para fazê-los funcionar de modo e para ns determinados”. O artigo 2º determina a equiva- lência dos direitos de propriedade intelectual nas mesmas bases da lei das obras literárias. Veja o que traz o artigo 6º dessa lei. “Art. 6º – Não constituem ofensa aos direitos do titular de progra- ma de computador: I – a reprodução, em um só exemplar, de cópia legitimamente adquirida, desde que se destine à cópia de salvaguarda ou armaze- namento eletrônico, hipótese em que o exemplar original servirá de salvaguarda; II – a citação parcial do progra - ma, para ns didáticos, desde que identicados o programa e o titu- lar dos direitos respectivos; III – a ocorrência de semelhança de programa a outro, preexisten- te, quando se der por força das características funcionais de sua aplicação, da observância de pre- ceitos normativos e técnicos, ou de limitação de forma alternativa para a sua expressão; IV – a integração de um progra- ma, mantendo-se suas caracte- rísticas essenciais, a um sistema aplicativo ou operacional, tecnica- mente indispensável às necessida- des do usuário, desde que para o uso exclusivo de quem a promo- veu”. Como você pôde ver no primeiro parágrafo do artigo, fazer cópia de um software legalmente adquirido já é considerado ilegal. Dessa for- ma, comprar um programa com apenas uma licença e utilizá-lo em duas máquinas é passível de apli- cação de penas previstas nessa lei. Em relação aos softwares, como são as licenças? Esse será o assunto da próxima seção. Adiante! SEÇÃO 2 Soware livre e licenças Para Marçula e Benini (2004), os softwares apresentam algumas de- nições relacionadas à forma de aquisição e uso. As denições não são padronizadas e muitos softwa- res podem ser enquadrados em mais de um tipo. Saiba mais! 36 CURSOS TÉCNICOS SENAI ▪ Freeware é um programa de uso sem necessidade de licença, com exceções eventuais para uso co- mercial, por exemplo, o antivírus AVIRA, que é de uso livre para usuários domésticos, mas não é permitido seu uso comercial. Para isso, existe a necessidade de licença. Outro aspecto é que, apesar de uso livre, o código- fonte não é revelado. ▪ Open source é um programa de uso público, com o código-fonte liberado para possibilitar altera- ção do programa e que continua livre mesmo com alterações. O Linux, sistema operacional de distribuição livre, segue esse preceito. ▪ Shareware é um programa dis- tribuído livremente, mas se des- tina a mostrar suas funções total ou parcialmente, sendo que após um período de tempo ou quan- tidade de usos, requer a compra da licença. Muito conhecido com versões DEMO, esse tipo de programa constantemente tem suas condições burladas e isso constitui violação nos direitos de uso de licença. ▪ Adware é um software distribu- ído gratuitamente, mas carrega material publicitário. O governo federal mantém secre- tarias e portais com o objetivo de disponibilizar e facilitar o uso de software público. Vários governos municipais, estaduais e órgãos públicos fazem uso de sistemas operacionais e aplicativos de licença livre. Como resultado, tem-se a signicativa economia de recursos monetários sem a perda de qualidade de serviços. A aquisição de licenças signica ter a permissão de uso do soware por tempo limitado ou indeterminado. A licença não é referente à mídia que contém o software , até porque em algumas situações pode ser feito o download direto do site do fabricante. É referente ao uso e à quantidade de equipamentos em que será instalado. Isso também se aplica a atualiza- ções do software , se ela se dá de forma gratuita ou remunerada. No caso de softwares gratuitos, não se sabe ao certo se, ao necessitar de suporte ou em caso de erros e danos, o fabricante deve se res- ponsabilizar. SEÇÃO 3 Segurança Na primeira unidade de estudo, cou clara a dependência que a sociedade tem no uso do compu- tador e seus recursos em seu dia a dia. A partir dessa dependência, é necessário reetirsobre os meios de evitar total ou parcialmente a falha ou perda dos dados armaze- nados. O que signica segurança para a informática? Signica riscos físi- cos, técnicos, acidentais e inten- cionais. Para Marçula e Benini (2004, p. 350), “[...] infelizmente, a máxima de computador seguro é aquele que está desligado e des- conectado”. Mas desse modo o computador não tem utilidade, e é importante estar preocupado com a segurança. Em relação aos riscos físicos, os cuidados devem ser indicados por um técnico habilitado e com experiência. Mas, de forma geral, signica que a máquina não deve estar em posição ou área de risco de choque físico, riscos elétricos. Além disso, é importante fazer manutenção de limpeza. Lembre- -se também que o uso do equipa- mento deve ser realizado por uma pessoa qualicada. Os riscos técnicos são os que são inerentes a qualquer equipamento eletrônico, de falhas ou procedi- mentos de uso errado, falha ou avaria de dispositivo de armaze- namento. 37INTRODUÇÃO AO COMPUTADOR Os acidentes devem ser mi- nimizados com a instalação e o uso consciente dos equipa- mentos. Cuidados com a lo- calização e o posicionamento também devem ser cuidados, assim como ambientes com excesso de calor, umidade e poeira. ▪ Disponibilidade: Os recursos devem estar disponí- veis, isto é, quando o usuário ne- cessita de um arquivo presente em um servidor, via rede ou na má- quina local, não pode haver atra- so ou o não fornecimento desse arquivo. Hoje, grande parte das empresas tem seus negócios base- ados em sistemas informatizados e qualquer parada não prevista é uma grande ameaça. ▪ Integridade de dados: Representa a manutenção dos da- dos na forma como foram adqui - ridos ou processados, sem perda ou alteração de seus valores quan- titativos ou qualitativos. Isso pode ocorrer de forma intencional ou por falha. Existem meios de man- ter a integridade dos dados pela proteção do equipamento ou da redundância de dados. ▪ Verifcação dos equipamen- tos e de usuários: Vericar os computadores e os usuários representa uma forma de garantir que os dados não foram manipulados de forma maliciosa, que não há um agente que possa roubar informações e que os usu- ários estão seguros quanto as suas áreas de acesso. Grande parte dos programas hoje tem ligação com a rede corpo- rativa e a internet. No ambiente de programação, nem sempre é possível prever que uma rotina de atualização de banco de dados, por exemplo, possa vir a ser a por- ta de entrada ou saída de informa- ções sigilosas. Os sistemas operacionais moder- nos, por sua complexidade e por seu alcance dentro da sociedade, estão constantemente sujeitos a situações de brechas em seguran- ça. Assim, observa-se que a maio- ria das atualizações fornecidas pelo fabricante de softwares estão ligadas a essa situação. Os ataques por vírus e outras pragas presentes no universo informazado representam grandes prejuízos anuais a empresas, instuições e pes- soas. Os vírus nada mais são que programas desnados a prejudicar o sistema em que será inserido. Portanto, todo cuidado é pouco quando se trata de segurança da informação. Fique atento! Che- gamos ao nal do curso e quanto aprendizado novo! Certamente agora você estará mais preparado para utilizar as ferramentas do seu computador, melhorando ainda mais as suas atividades. Mas o es- tudo não para por aqui. Busque outras fontes de pesquisa sobre os temas, informe-se e coloque em prática os conhecimentos! Já os riscos intencionais são ain- da os que mais trazem prejuízos. São causados por tentativas de ataque para capturar informações ou simplesmente para danicar a operação do equipamento em si. Parar uma operação, em qualquer empresa ou mesmo para pessoas que dependem do computador, causa prejuízos imediatos e de médio e longo prazo. Por isso, é preciso haver uma política de se- gurança adequada. Sabe quais são as situações de maior impacto para a segurança da informação? Então acompanhe! ▪ Privacidade da informação: Os dados armazenados, por di- reito, só podem ser acessados por quem tem sua propriedade. E esse determina a quem permite acesso a essas informações. Grande par- te dos ataques que ocorrem aos sistemas é na tentativa de capturar login e senha para obter o acesso aos dados armazenados. 39INTRODUÇÃO AO COMPUTADOR Finalizando Parabéns, querido aluno! Você concluiu mais uma etapa na construção de suas competências prossionais. Este curso permitiu a você relacionar o hardware , o software e os elementos que fazem parte dessa ciência que hoje é indispensável a todos os ramos da sociedade moderna. Mas esta é uma obra para despertar o interesse em uma variedade de assuntos ligados a uma grande rede de caminhos que podem levar a tantos outros. Vai depender de você seguir esses caminhos. Lembre-se de levar junto a sua curiosidade e o seu desejo de desenvolvimento pros- sional. Um grande abraço e muito sucesso em sua trajetória! Referências 41INTRODUÇÃO AO COMPUTADOR ▪ BRASIL. Lei nº 9.609, de 19 de fevereiro de 1998. Dispõe sobre a proteção da propriedade intelectual de programa de computador, sua comercialização no País, e dá outras providên - cias. Diário Ofcial [da] República Federativa do Brasil, Poder Executivo, Brasília, 20 fev. 1998. Disponível em: <www.planalto.gov.br/ccivil_03/Leis/L9609.htm>. Acesso em: 10 dez. 2010. ▪ CAPRON, H. L.; JOHNSON, J. A. Introdução à informática. São Paulo, SP: Pearson Prentice Hall, 2004. ▪ MARÇULA, Marcelo; BENINI, Pio Armando Filho. Informática: conceitos e aplicações. 3. ed. São Paulo, SP: Érica, 2004. ▪ NORTON, Peter. Introdução à informática. São Paulo, SP: Makron Books, 1996.
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