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SENAI - Introduaoção ao Computador

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Curso Técnico em InformácaCurso Técnico em Informáca
Introdução ao ComputadorIntrodução ao Computador
Curso Técnico em InformácaCurso Técnico em Informáca
Introdução ao ComputadorIntrodução ao Computador
Robson Braga de AndradeRobson Braga de Andrade
Presidente da Confederação Nacional da IndústriaPresidente da Confederação Nacional da Indústria
Rafael LucchesiRafael Lucchesi
Diretor do Departamento Nacional do SENAIDiretor do Departamento Nacional do SENAI
Regina Maria de Fáma TorresRegina Maria de Fáma Torres
Diretora de Operações do Departamento Nacional do SENAIDiretora de Operações do Departamento Nacional do SENAI
Alcantaro CorrêaAlcantaro Corrêa
Presidente da Federação da Indústria do Estado de Santa CatarinaPresidente da Federação da Indústria do Estado de Santa Catarina
Sérgio Roberto ArrudaSérgio Roberto Arruda
Diretor Regional do SENAI/SCDiretor Regional do SENAI/SC
Antônio José CarradoreAntônio José Carradore
Diretor de Educação e Tecnologia do SENAI/SCDiretor de Educação e Tecnologia do SENAI/SC
Marco Antônio DociaMarco Antônio Docia
Diretor de Desenvolvimento Organizacional do SENAI/SCDiretor de Desenvolvimento Organizacional do SENAI/SC
ConfedeConfederação Nacional da ração Nacional da IndústriaIndústria
Serviço Nacional de Serviço Nacional de AprendizagAprendizagem Industrialem Industrial
Curso Técnico em InformácaCurso Técnico em Informáca
Introdução ao ComputadorIntrodução ao Computador
Vicente D’OnofrioVicente D’Onofrio
Florianópolis/SCFlorianópolis/SC
20112011
É proibida a reprodução total ou parcial deste material por qualquer meio ou sistema sem o prévio consenmento
do editor.
Autor
Vicente D’Onofrio
Fotograas
Banco de Imagens SENAI/SC
hp://www.sxc.hu/
hp://oce.microso.com/en-us/ images/
hp://www.morguele.com/
hp://www.bancodemidia.cni.org.br/
Ficha catalográfica elaborada por Luciana Effting CRB14/937 - Biblioteca do SENAI/SC Florianópolis
D687i
D’Onofrio, Vicente
Introdução ao computador / Vicente D’Onofrio. – Florianópolis :
SENAI/SC, 2011.
43 p. : il. color ; 28 cm.
Inclui bibliografias.
1. Informática. 2. Computadores. 3. Software. 4. Direito e informática. I.
SENAI. Departamento Regional de Santa Catarina. II. Título.
CDU 004
SENAI/SC — Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial
Rodovia Admar Gonzaga, 2.765 – Itacorubi – Florianópolis/SC
CEP: 88034-001
Fone: (48) 0800 48 12 12
www.sc.senai.br
Prefácio
 Você faz parte da maior instituição de educação prossional do estado.
Uma rede de Educação e Tecnologia, formada por 35 unidades conecta -
das e estrategicamente instaladas em todas as regiões de Santa Catarina.
No SENAI, o conhecimento a mais é realidade. A proximidade com as
necessidades da indústria, a infraestrutura de primeira linha e as aulas
teóricas, e realmente práticas, são a essência de um modelo de Educação
por Competências que possibilita ao aluno adquirir conhecimentos, de -
senvolver habilidade e garantir seu espaço no mercado de trabalho.
Com acesso livre a uma eciente estrutura laboratorial, com o que existe
de mais moderno no mundo da tecnologia, você está construindo o seu
futuro prossional em uma instituição que, desde 1954, se preocupa em
oferecer um modelo de educação atual e de qualidade.
Estruturado com o objetivo de atualizar constantemente os métodos de
ensino-aprendizagem da instituição, o Programa Educação em Movi-
mento promove a discussão, a revisão e o aprimoramento dos processos
de educação do SENAI. Buscando manter o alinhamento com as neces -
sidades do mercado, ampliar as possibilidades do processo educacional,
oferecer recursos didáticos de excelência e consolidar o modelo de Edu -
cação por Competências, em todos os seus cursos.
É nesse contexto que este livro foi produzido e chega às suas mãos.
 Todos os materiais didáticos do SENAI Santa Catarina são produções
colaborativas dos professores mais qualicados e experientes, e contam
com ambiente virtual, mini-aulas e apresentações, muitas com anima-
ções, tornando a aula mais interativa e atraente.
Mais de 1,6 milhões de alunos já escolheram o SENAI. Você faz parte
deste universo. Seja bem-vindo e aproveite por completo a Indústria
do Conhecimento.
Sumário
Conteúdo Formavo 9
Apresentação 11
12 Unidade de estudo 1
O Computador
Seção 1 - A história
Seção 2 - Máquina de Von
Neumann
Seção 3 - Processador (UCP)
Seção 4 - Arquitetura atual
Seção 5 - Sistemas de nume-
ração
Seção 6 - A informáca e o
meio ambiente
13
15
15
16
16
18
20 Unidade de estudo 2
Informação
Seção 1 - Dados e informa-
ção
Seção 2 - Tarefas
Seção 3 - Bits e bytes
Seção 4 - Sistemas opera-
cionais
24 Unidade de estudo 3
Soware
Seção 1 - Os sowares apli-
cavos
Seção 2 - Editores de texto
Seção 3 - Planilhas eletrô-
nicas
Seção 4 - Apresentações
mulmídia
21
21
22
22
25
26
27
28
30 Unidade de estudo 4
Conexões de Rede
Seção 1 - A rede
Seção 3 - A internet
Seção 4 - Intranet e extranet
34 Unidade de estudo 5
Legislação e
Segurança
Seção 1 - Legislação
Seção 2 - Soware livre e
licenças
Seção 3 - Segurança
Finalizando 39
Referências 41
31
32
33
35
35
36
8 CURSOS TÉCNICOS SENAI
Conteúdo Formativo
9INTRODUÇÃO AO COMPUTADOR
Carga horária da dedicação
Carga horária: 30 horas
Competências
▪ Idencar e operar os sistemas de numeração ulizados pelos microcomputa-
dores.
▪ Idencar a arquitetura interna de microcomputadores e a relação existente
entre os seus componentes, denindo o objevo e o funcionamento básico do
microprocessador nessa arquitetura.
▪ Ulizar aplicavos básicos e de escritório para auxílio na realização de suas avi-
dades prossionais e de seus licenciamentos.
▪ Respeitar a legislação de direitos autorais.
Conhecimentos
▪ Editores de texto.
▪ Planilha eletrônica.
▪ Programas de apresentação mulmídia.
▪ Internet/intranet.
▪ Legislação de direitos autorais, licenciamento de soware para usuário (GNU,
shareware, freeware).
Habilidades
▪ Elaborar textos, planilhas de cálculo e apresentações de slides.
▪ Ulizar ferramentas especícas de informáca.
▪ Navegar em sites de busca.
▪ Idencar os pos de licenciamento de sowares.
▪ Ulizar a legislação de direitos autorais.
10 CURSOS TÉCNICOS SENAI
Atudes
▪ Zelo no manuseio dos equipamentos de informáca.
▪ Uso responsável dos recursos de internet.
▪ Responsabilidade ambiental: desperdício de energia.
▪ Trabalho em equipe.
▪ Organização e conservação do laboratório e equipamentos.
▪ Preservar e reconhecer a propriedade intelectual dos desenvolvedores de soware.
Apresentação
INTRODUÇÃO AO COMPUTADOR
Seja bem vindo à unidade curricular Introdução ao Computador!
Em sua formação técnica em informática, as informações que você en -
contrará aqui e as que poderão ser geradas a partir delas serão importan -
tes para mostrar o histórico e a complexidade dos equipamentos, meios
e serviços que estarão a sua disposição como ferramenta de trabalho.
No início do estudo você terá uma visão sobre a estrutura do computa-
dor, o funcionamento e seu histórico de desenvolvimento. Em seguida,
conhecerá os programas que servem de base para seu funcionamento,
 verá os aplicativos mais utilizados e a importância da conectividade e dos
equipamentos que permitem às redes funcionarem. Por m, aprenderá
noções de segurança e legislação sobre os softwares.
 Ao nal de cada unidade, você encontrará atividades para complementar
os conhecimentos sobre esse universo amplo e fascinante dos compu -
tadores. Realize as atividades tendo sempre a curiosidade por descobrir
novos ramos de um assunto que não se esgota por aqui. Esteja sempre
instigado a pesquisar e conhecer mais sobre esse tema tão importante
nos dias de hoje.
Bons estudos!
Vicente D’Onofrio
É tecnólogo em processos ge-
renciais, graduado pelo Centro
Universitário Leonardo da Vinci.
Foi professor em arquitetura de
computadores no curso técnico
de manutenção e montagem de
computadores do SENAC Joinvil-
le. É consultor em conguração
e manutenção de microcompu-tadores desktop e notebooks,
instrutor de redes de pequenos
portes e orientador do curso de
Aprendizagem Industrial Manu-
tenção de Computadores e Re-
des no SENAI/SC. Além disso, é
coordenador dos Cursos Técni-
cos de Informáca, Automação
industrial e de Eletrotécnica no
SENAI/SC.
11
Unidade de
estudo 1
Seções de estudo
Seção 1 – A história
Seção 2 – Máquina de Von Neumann
Seção 3 – Processador (UCP)
Seção 4 – Arquitetura atual
Seção 5 – Sistemas de numeração
Seção 6 – A informáca e o meio ambiente
13INTRODUÇÃO AO COMPUTADOR
O Computador
SEÇÃO 1
A história
Imagine a sociedade sem a pre-
sença de computadores, pro-
gramas, navegadores para in-
ternet, redes corporativas, redes
sociais, a informação ao alcance
de um teclado. Seria quase im-
possível, você concorda?
Mas há cerca de 20 ou 30 anos
era esse o cenário em que se
encontrava a sociedade e que
 viviam muitos dos que utilizam
dessa tecnologia hoje de for-
ma tão natural. Vvale lembrar
que os mais jovens já nasceram
inseridos em um mundo globa-
lizado e informatizado. Nesse
sentido, foi possível perceber
que a sociedade atual passou
por mudanças signicativas.
De acordo com Marçula e Be-
nini (2004), a importância de
▪ 1801: Joseph Marie Jacquard,
um mecânico francês, construiu
um tear automatizado por meio
de cartões perfurados.
▪ 1820: Charles Babbage,
matemático inglês, desenvolveu
a primeira máquina analítica. O
invento é considerado por muitos
como o pioneiro da computação.
▪ 1854: George Boole introdu-
ziu o conceito da álgebra boolea-
na, que é a base de operações de
processamento lógico atuais.
▪ 1889: Herman Hollerith, esta-
tístico americano e fundador da
IBM, desenvolveu uma máquina
para tabulação dos dados de cen -
so dos Estados unidos, em 1900.
O censo anterior havia demorado
sete anos para sua tabulação e
Hollerith diminuiu esse tempo
para três anos e meio.
 A partir daí, o avanço se deu em
diversas áreas. Houve o desenvol-
 vimento de teorias matemáticas,
físicas, além da eletrônica e seus
componentes.
O computador como conhe-
cemos hoje nasceu como um
equipamento enorme, que
ocupava diversos ambientes,
com um consumo absurdo de
recursos sicos e humanos.
Os avanços da eletrônica fo-
ram permindo a diminuição
do tamanho e dispêndio de
recursos.
certos eventos só é percebida
com o passar dos anos, com um
certo distanciamento dos fatos.
Por isso, os reexos do uso dos
computadores talvez tenham sido
notados depois de alguns anos de
sua invenção.
 Você sabe quando surgiram os
computadores? Há vários autores
que datam o início dos computa-
dores em eras pré-cristãs, quando
citam o ábaco como primeiro ins-
trumento de cálculo. O avanço da
matemática também é associada
às ideias vinculadas a trabalhar a
informação de forma sistematiza-
da.
Para entender melhor o processo
histórico da criação do compu-
tador, conheça algumas datas e
eventos relacionados. Acompa-
nhe!
▪ 2000 a.C.: o ábaco, um sistema
de varetas e contas que permitia
contas complexas a partir da
noção do sistema decimal e das
operações básicas de soma e
subtração.
▪ 1614: um matemático escocês
de nome John Napier desenvol -
 veu a ideia dos logaritmos.
▪ 1642: Blaise Pascal, matemá-
tico Francês, criou a pascaline,
uma máquina de calcular mecâni-
ca, utilizando rodas dentadas.
▪ 1673: Leibnitz, cientista ale-
mão, construiu máquina superior
a de Pascal, que permitia inclusi-
 ve extração de raiz quadrada.
14 CURSOS TÉCNICOS SENAI
Hoje, os computadores fazem parte do cotidiano das pessoas, podendo
ser levados em bolsas ou até mesmo em bolsos. Integram uma diversi-
dade de atividades que atingem todas as pessoas e todos os pontos do
planeta e fora dele. Essa é a revolução representada pelas redes de com -
putadores, que compreendem a chamada era digital.
15INTRODUÇÃO AO COMPUTADOR
SEÇÃO 2
Máquina de Von Neumann
 Você sabe o que é a máquina de Von Neumann? Essa máquina foi in -
 ventada pelo matemático húngaro, naturalizado americano, que lançou,
entre as décadas de 40 e 50 do século passado, a ideia de uma unidade
de processamento, memória e dispositivos de entrada e saída de dados,
com o conceito de programa armazenado. Vamos entender melhor por
meio da gura seguinte. Observe!
Figura 1: Conceito de Von Neumann para o processamento de dados
 A ideia aqui presente substituía o armazenamento feito em cartões per-
furados, para uma memória próxima ao processador lógico. Isso permi -
tia maior desempenho no trato das instruções.
 Apesar de essa ideia permitir apenas que uma instrução seja processa-
da por vez, ela é a base das máquinas atuais. O desenvolvimento das
tecnologias de barramento, processadores, memórias e outros compo -
nentes eletrônicos tratou esse problema, trazendo maior velocidade aos
equipamentos atuais. Ah! Assim foi possível aumentar a velocidade das
máquinas, certo? Vamos em frente!
SEÇÃO 3
Processador (UCP)
Por muitos, a UCP, ou unidade de processamento central, que de forma
mais popular também é chamado de processador, é o principal elemento
de um computador. Mas é importante destacar que esse elemento, na ar-
quitetura de um computador moderno (os chamados PCs, computado -
res pessoais), o processador é importante na medida de seu desempenho
e de sua tecnologia de construção. No entanto, é dependente dos outros
elementos, mostrados na chamada máquina de Von Neumann.
Mas qual a sua função do processador para ter esse status  de importân-
cia? Basicamente, ele aplica as instruções dos programas sobre os dados
recebidos. Isso acontece em função de o próprio processador ter instru -
ções internas gravadas na sua fabricação. Sua fabricação hoje representa
tecnologias altamente complexas e de desenvolvimento muito veloz.
16 CURSOS TÉCNICOS SENAI
SEÇÃO 4
Arquitetura atual
 A arquitetura de um PC atual, seja um desktop ou um notebook, tem o
mesmo princípio. Os computadores têm sobre uma estrutura chama -
da placa-mãe diversos barramentos, que são as vias por onde trafegam
os dados. Nessa estrutura há a inserção das memórias, do processador,
dos dispositivos de entrada e saída, dos periféricos de armazenamento
de massa e interfaces externas destinadas aos mais diversos periféricos.
Observe a seguir um exemplo de placa-mãe.
Figura 2: Placa-mãe de um desktop
Em uma placa-mãe, desenvolve-se grande parte dos processos de trans -
porte de dados, seguindo a ideia de uma arquitetura que permita que os
dados estejam armazenados em uma memória próxima ao processador.
Mas para que isso aconteça são necessários vários outros sistemas que
deem suporte aos dispositivos de entrada e saída, aos dispositivos de
armazenamento.
 Você já ouviu falar em chip set ? Atualmente, esse circuito é muito impor-
tante, sendo um microchip encapsulado que contém vias e instruções para
a organização do que acontece em uma placa-mãe. Normalmente, o chip
set  é dividido em ponte norte e ponte sul, em que a primeira faz a ligação
do processador com as memórias da máquina.
Quando os programas passaram a ter um alto componente gráco e
exigir maior desempenho, os barramentos destinados a vídeo, que antes
cavam sob responsabilidade da ponte sul, passaram também a car
na ponte norte e próximos a UCP. Por meio de um barramento dedi -
cado, faz-se a ligação das duas pontes. Na ponte sul, reúne-se a maior
parte dos barramentos destinados aos dispositivos de entrada e saída.
Nele estão ligados todos os circuitos controladores para os dispositivos
de armazenamento, o integrado que faz a comunicação do controlador
de discos SATA, que também permite sistemas de redundância de dis-
cos, os barramentos USB, controladora de conexões de rede em 100 e
1000Mb, controladora de som, teclado e mouse , os barramentos de ex-
pansão para dispositivos off board .
As placas atuais têm alto nível
de desenvolvimento tecnoló-
gico, com taxas de transferên-
cia interna que ultrapassam
os gigabytes por segundo. Os
barramentos paralelos estão
sendo substuídos por bar-
ramentos seriais, pois as altas
taxas de transferência causam
efeitos eletromagnécosque
afetam os barramentos mais
angos.
Os discos de armazenamento que
estão disponíveis têm sua capaci-
dade da ordem de terabytes . Para
desktop comuns, sem serem servi-
dores, já estão disponíveis tecno-
logias de redundância de discos,
garantindo a integridade da infor-
mação.
 Você sabia que as memórias atu-
ais tiveram incremento em suas
frequências de operação e capaci -
dade armazenamento? É verdade!
Isso representa máquinas com
maiores taxas de transferência e,
por consequência, maior desem-
penho do equipamento.
SEÇÃO 5
Sistemas de numeração
Os dados inseridos em um PC,
que são depois levados à memó-
ria, processados e armazenados,
por mais complexas as instruções,
sejam imagens, músicas, vídeos,
funções complexas, têm apenas
dois valores possíveis de serem
compreendidos pelos circuitos
eletrônicos. Você sabe quais são?
O zero e o um. Segundo Capron
(2004), estamos acostumados a
pensar nos computadores como
mecanismos complexos, mas o
fato é que essas máquinas basi-
camente conhecem apenas duas
coisas: ligado/desligado.
17INTRODUÇÃO AO COMPUTADOR
Os sistemas digitais dos componen-
tes eletrônicos, ulizando um siste-
ma binário de numeração, podem
criar formas soscadas de repre-
sentações.
Os próprios caracteres utilizados
na linguagem formal, por meio
de uma codicação, passam a ser
uma sequência de zero e um, ou
os chamados números binários.
Como exemplo, a letra A no có-
digo ASCII (  American Standard
Code for Information Interchange, ou
padrão americano para troca de
informações) é representado em
número binário por:
0100 0001
 Além do sistema binário, são utili-
zados também o sistema Hexade-
cimal, que utiliza 16 dígitos, indo
de 0 (zero) a 9, e depois as letras
 A, B, C, D, E, F. Esse sistema é
necessário para uma melhor inte-
gração entre homem e máquina.
Para Norton (1996), esse sistema
de numeração é muito utilizado
na informática por ser uma con-
ciliação razoável entre o que está
mais próximo do equipamento e
o que é prático para pessoas uti -
lizarem.
Outro sistema é o Octal, que utili-
za oito dígitos para representação,
de zero a sete.
Para melhor compreender a
ideia de sistemas de nume-
ração, deve-se entender ini-
cialmente como funciona o
sistema decimal a que se está
acostumado.
Partindo de um número simples, por exemplo, o 1963, a primeira coisa a
se observar é que a posição de cada número lhe dá um signicado. Cada
número dará um signicado? Isso mesmo! O valor 3 na última casa da
direita coloca-o como unidade. O 6 na segunda casa da direita para a
esquerda indica ser uma dezena. O 9 na sequência é a centena e o 1 é o
milhar. Ficou claro para você? Entenda melhor!
Se somarmos dessa forma: 3 + 60 + 900 + 1000, vamos obter o valor
1963. Na verdade, o que temos é cada número multiplicado por um va-
lor de base 10. Então temos:
3 x 100 + 6 x 101+ 9 x 102 + 1 x 102 =
3 x 1 + 6 x 10 + 9 x 100 + 1 x 1000 =
3 +60 + 900 + 1000 = 1963
Com esse exemplo, cou mais fácil entender, não é mesmo? Você pode
 ver que no sistema binário o que ocorre é a mudança da base, sendo que
no sistema decimal tem-se a base 10 e no binário a base 2. E lembre-se!
 Também de forma posicional, deve-se partir da direita para a esquerda
para fazer sua leitura.
 Veja mais um exemplo. No valor binário 11001, qual a correspondência
com o sistema decimal? Siga a ideia anterior para obter:
11001
1 x 20 + 0 x 21 + 0 x 22 + 1 x 23 + 1 x 24 =
1 x 1 + 0 x 2 + 0 x 4 + 1 x 8 + 1 x 16 =
1 + 0 + 0 + 8 + 16 = 25
Os números binários são tratados pelos componentes eletrônicos exis -
tentes no PC, em chips  integrados com milhares de transistores, que ape-
nas entendem o estado zero ou um, ligado ou desligado. Esses circuitos
integrados são desenhados segundo uma álgebra booleana em que for -
mas lógicas permitem a criação das instruções tratadas no processamen-
to das informações.
18 CURSOS TÉCNICOS SENAI
SEÇÃO 6
A informáca e o meio ambiente
No início desta unidade, você viu que a sociedade atual está ligada à in -
formática e seus elementos. Existe até mesmo uma dependência ao uso
de computadores.
Pois bem. Os equipamentos de informática presentes hoje nas empresas,
nas casas, no comércio e em todas as ocupações em que se visualiza sua
utilidade, por si só, representam um desao. E sabe por quê? Porque sua
 vida útil é pequena em relação aos outros equipamentos existentes, seja
em função de as tecnologias carem ultrapassadas ou desgastadas.
19INTRODUÇÃO AO COMPUTADOR
Mas saiba que já existe uma preocupação das entidades civis e governa -
mentais para encontrar lugar e uma maneira de tratar o descarte desses
equipamentos.
Nesse sentido, é preciso pensar na questão ambiental. A atenção tam -
bém deve estar na análise do consumo de energia por parte desses equi-
pamentos e seus periféricos. E isso é muito importante!
O aprendizado desta unidade foi muito interessante, não é mesmo? Você
conheceu um pouco da história do computador, vericou o que é a má -
quina de Von Neumann, o processador (UCP), além de ver a arquitetura
atual, os sistemas de numeração e as questões ligadas à informática e ao
meio ambiente. Agora chegou a hora de passar para mais uma etapa,
na qual você estudará questões ligadas à informação. Lembre-se de que
fazer do estudo uma maneira de reunir teoria e prática pode ser muito
enriquecedor. Então, siga com motivação e comprometimento!
Unidade de
estudo 2
Seções de estudo
Seção 1 – Dados e informação
Seção 2 – Tarefas
Seção 3 – Bits e Bytes
Seção 4 – Sistemas operacionais
21INTRODUÇÃO AO COMPUTADOR
Informação
SEÇÃO 1
Dados e informação
Para Norton (1996), apesar de as
palavras dado e informação serem
muito usadas como sinônimos, há
uma diferença importante entre
elas. Você sabe qual é? Os dados
são elementos que, lidos de forma
não contextualizada, são apenas
 valores ou itens dispersos. Mas
quando se dá um tratamento a
eles, fazem-se associações, eles se
transformam em informação.
SEÇÃO 2
Tarefas
Para Marçula e Benini (2009), os equipamentos são criados para facilitar
e agilizar as tarefas realizadas pelos seres humanos. Isso inclui os equi-
pamentos de informática.
A informáca agilizou os processos em todos os setores, isso permite
ao(s) usuário(s) agilizar suas ronas diárias e melhorar suas decisões.
O que é importante destacar também, que muitas vezes acaba sendo
esquecido, é que existe a separação formal das tarefas do usuário e do
computador. Ao computador cabe o processamento de dados, onde os
dados são: apresentados, manipulados, recuperados, capturados, trans -
mitidos e armazenados. Ao ser humano, usuário, cabe a criação, as ações,
tomadas de decisões e comunicações.
 Algumas das características denidas para o usuário em várias instâncias
são estudadas para serem também tarefas informatizadas. No entanto,
esse assunto não será abordado agora. Vamos em frente!
Os sistemas informazados
são alimentados apenas com
dados, mas o processamento
desses dados permite que se-
 jam interpretados por quem é
usuário desses sistemas.
De forma simplicada, pode-se
dizer que um conjunto de núme -
ros binários são dados tratados
em um processador. Mas quando
esses dados são visualizados de
forma nal como um texto, um
som, uma imagem e tantas ou-
tras formas de saída a informação
acontece.
22 CURSOS TÉCNICOS SENAI
SEÇÃO 3
Bits e bytes
Os dados tratados em um com-
putador, transformados em infor-
mação, não são formas aleatórias.
Eles contêm normas e valores
que permitem a organização das
informações. Entenda melhor!
Como os computadores traba-
lham com números binários, foi
dado a suas unidades básicas o
nome de BIT , ou BInary digiT . Em
língua inglesa, um bit   é a menor
unidade de informação em siste-
mas informatizados. Para a repre-
sentação de todas as informações
tratadas em um computador, foi
necessário criar grupos para sim-
plicar a representação desses bits ,
da mesma forma em que utilizam
os sistemas de medida.
O byte  é a representação de um
conjunto de 8 bits, o que permite
facilitar as operações e representa-ções dos valores tratados.
Como exemplo de facilidade, tem-
-se a capacidade de uma memória
RAM de 1 gigabyte , que na verdade
tem capacidade de armazenar 8
bilhões de bits .
 Além disso, são utilizados os múltiplos Kilo, Mega, Giga e Tera , nos múlti-
plos de bytes . Mas, aqui, deve-se tomar o cuidado de perceber que está se
falando de numeração binária, com base dois. Que tal agora vericar as
nomenclaturas dos bytes ? Então observe a seguinte tabela.
Tabela 1: Nomenclatura dosbytes
Quandade de bytes Nome
210= 1024 bytes Kilobyte
220=1048 576 bytes   Megabyte
230 = 1073 741 824 bytes   Gigabyte
2
40 = 1099 511 627 776 bytes   Terabyte
SEÇÃO 4
Sistemas operacionais
Os sistemas operacionais são hoje tão comuns para os usuários que seu
sentido, sua importância e sua utilidade acabam passando despercebidos
por grande parte dos usuários. Eles são encontrados até mesmo em dis-
positivos portáteis como smartphones .
Segundo Capron (2009, p. 64) “[...] sistema operacional é um conjunto
de programas que se encontra entre o software  aplicativo e o Hardware ;
é o software  fundamental que controla o acesso a todos os recursos de
hardware e software” .
Nos primórdios dos computadores, as grandes máquinas tinham pro-
gramas escritos de forma especíca e atendiam àquele hardware  especí-
co. Com o advento da microinformática – em que o hardware  é formado
por partes normalizadas de diversos fabricantes – foi necessário criar
programas que pudessem trabalhar em plataformas diversas.
23INTRODUÇÃO AO COMPUTADOR
Os primeiros sistemas operacionais eram apenas em modo texto, isto é, não
nham a chamada interface gráca a que estamos acostumados hoje. Sua
operação se dava por meio das chamadas linhas de comando.
Para o usuário, isso constituía uma barreira em função de ter de memori-
zar os comandos e de certa forma restringia a utilização dos equipamen-
tos para usuários não muito confortáveis com essa ideia.
É importante destacar ainda que em meados da década 1990 começaram
a surgir as primeiras interfaces grácas. Com elas, surgiu o dispositivo
apontador conhecido por todos hoje como mouse .
Com o mouse , houve a possibilidade de os usuários mais inexperientes
entrarem na nova era e experimentar os recursos que se colocavam à
disposição a partir daí. Portanto, não importa qual o tipo de utilização
que se dá ao equipamento, sendo que um executivo pode utilizar o mes-
mo sistema operacional que um operador de máquinas. Os aplicativos
existentes é que fazem a diferença e permitem atingir as expectativas de
cada perl de usuário.
 Você sabia que existem dois tipos
de sistemas operacionais? É ver-
dade! Basicamente, hoje temos
sistemas operacionais que neces-
sitam da aquisição de licença e os
sistemas ditos livres. Sabe as dife-
renças entre eles? As diferenças
são em relação às suas funciona-
lidades.
É importante ressaltar que os fa-
bricantes fazem um esforço muito
grande para trazer facilidades na
integração dos diversos recursos
multimídia, conexões de rede com
e sem o, organização de arquivos
e segurança dos dados armazena-
dos.
Certamente os assuntos trazidos
nesta unidade serão muito úteis
para suas atividades com o com-
putador, não é mesmo? Anal,
hoje é quase impossível viver sem
o auxílio das máquinas. Na próxi-
ma unidade você saberá o que são
softwares . Está preparado? Então,
sinta-se confortável e embarque
nessa viagem rumo ao conheci-
mento!
Unidade de
estudo 3
Seções de estudo
Seção 1 – Os sofwares aplicavos
Seção 2 – Editores de texto
Seção 3 – Planilhas eletrônicas
Seção 4 – Apresentações mulmídia
25INTRODUÇÃO AO COMPUTADOR
Software 
SEÇÃO 1
Os sowares aplicavos
 Você sabe o que são softwares ? Veja
a denição de Norton (1996).
“[...] Soware  é o ingrediente
que executará uma tarefa es-
pecíca, instruções eletrônicas
que em geral residem em um
meio de armazenamento”.
Observe que ao falar de sistemas
operacionais fala-se de um software 
básico, e sobre ele normalmente
instalam-se os softwares aplicativos.
Mas é possível instalar um aplica-
tivo sem o sistema operacional?
Sim, isso é possível e era muito
comum anteriormente. Mas, por
exemplo, se esse aplicativo preci-
sar utilizar um dispositivo de sa-
 ída, como uma impressora, esta
deverá ser congurada especial-
mente para esse aplicativo. Se na
sequência for instalado um apli-
cativo diferente, mas que utilize
a mesma impressora, esta terá de
ser novamente congurada. Por-
tanto, percebe-se a vantagem do
sistema básico.
E veja bem! O software   aplicati-
 vo tem uma destinação exclusiva
para ser útil ao perl de cada usu -
ário. Hoje, existem milhares de
aplicativos para uso corporativo,
pessoal, comercial e em entre-
tenimento. É comum que fabri-
cantes diversos desenvolvam para
um mesmo perl de utilização.
Quer conhecer alguns exemplos?
Entre eles estão o tratamento de
imagens, navegadores para inter-
net, tocadores de músicas e ví-
deos, desenho para elementos de
engenharia, cálculos complexos,
gerenciadores de e-mail , proteção
aos dados, segurança para internet
etc.
Para os usuários de computado-
res, não é difícil associar as ativi-
dades cotidianas à forma em que
os softwares  são projetados. Isso é
evidente por ser essa a ideia que
se tem ao desenvolver o progra-
ma. Isto é, buscam agilizar e au-
tomatizar processos ou rotinas já
existentes ou que venham a ser
criados com o advento de novas
tecnologias.
Quando as máquinas e ferramen-
tas começaram a se integrar aos
computadores, foi necessário criar
softwares  que permitissem o dese-
nho de peças que foram transferi-
das para as máquinas. O conceito
de CAD CAM, em inglês Computer
 Aided Design Computer Aided Manu- 
 facturing , ou computador auxilian-
do o desenho e computador auxi-
liando a manufatura, exemplica
como nasce a necessidade de um
aplicativo. Agora cou mais fácil
entender, você concorda?
Há uma família de softwares  aplica-
tivos que também nasceram das
necessidades cotidianas. Já sabe
quais são eles? São os chamados
pacotes Ofce , ou de escritório.
Eles são bastante comuns e for-
mados por editores de texto, pla-
nilhas eletrônicas, apresentações
multimídia e um conjunto auxiliar
de ferramentas complementares.
Se imaginarmos que os editores
de textos utilizados atualmente
 vieram para substituir as máqui-
nas de datilograa, ca muito cla-
ro o quanto a ideia inicial foi im-
plementada por meio de recursos.
26 CURSOS TÉCNICOS SENAI
Em residências, indústrias, co-
mércio, reparções e órgãos
públicos, escolas dos mais
diversos níveis e especicida-
des, o uso do editor de texto,
na sua forma mais simples –
isto é, produzir um texto – é
indispensável nos dias de
hoje.
Como você já deve ter conheci-
mento, os editores de texto não
se resumem a caracteres sobre um
fundo branco. É possível mudar o
fundo, incluindo marcas d’água,
criando modelos padronizados
e personalizados de papéis para
uma empresa ou pessoa, alterar os
caracteres por seu tamanho, for-
ma, cor, padrões e símbolos, além
de inserir imagens, tabelas estáti-
cas ou dinâmicas. Puxa! Quantas
opções possuem os editores de
texto!
 Além das funções do editor de
texto para a criação de documen-
tos e posterior armazenamento ou
impressão, é importante saber que
os recursos atuais permitem que o
texto ou conteúdo criado seja vin-
culado a um banco de dados, pla-
nilhas, apresentações, editores de
e-mail , publicação direta em meio
eletrônico via internet etc.
Esses aplicativos trazem consigo
um conjunto de ferramentas que,
de forma geral, um usuário dicil-
mente utiliza todos, pois depen-
derá do seu objetivo. Mas algumas
ferramentas são praticamente de
uso comum, como os corretores
ortográcos, a criação de tabelas,
os modelos de correspondência, a
utilização de símbolos especiais, a
inserção de imagens e guras.
Os corretores de texto são
auxiliares importantes no tra-
balho diário e na construção
de textos. Possuem funciona-
lidades interessantes como a
autocorreção, que acontece
na medida em que o texto vai
sendo digitado, assim como
aindicação de erros ou cons-
truções de frases que não
estejam em acordo as regras
gramacais.
Mas que atento! Isso não signi-
ca que se deva deixar o software  de-
cidir o que está correto ou não. É
necessário analisar se as sugestões
de correção estão de acordo com
o sentido que se quer dar ao texto.
Um cuidado que deve ser tomado
na utilização dos editores de tex-
to está no fato de que os diversos
fabricantes não padronizaram en-
tre si os formatos ou as chamadas
extensões.
Dessa forma é comum haver
problemas quando se transpor-
ta arquivos ou envia-se por meio
eletrônico. Para que a máquina
que receberá documento consiga
abri-lo sem problemas, é neces-
sário que haja compatibilidade
entre os programas presentes e
o formato que se quer abrir. Por
exemplo, um documento com ex-
tensão .pdf apenas será aberto ou
lido se no computador em ques -
tão houver um programa que faça
sua leitura.
É necessário também esclarecer
uma rotina que passa despercebi-
da por grande parte dos usuários.
 Ao abrir um arquivo, o sistema
operacional primeiro busca e abre
o programa que faz sua leitura
para na sequência abrir o arquivo.
Se esse não é encontrado ou não
é compatível, não há como fazer
sua leitura.
Um aplicavo hoje deve
atender as especicidades
do perl do usuário a que se
desna. Deve ter algumas ca-
racteríscas recomendáveis,
como integração aos meios
de web service, interface ami-
gável, facilidade de instalação
e compabilidade com sis-
temas operacionais de fabri-
cantes diferentes. Além disso,
não deve “pesar” a ponto
de afetar o desempenho do
equipamento.
Uma categoria que se destaca e
tem feito os fabricantes de hardwa- 
re   buscarem maior desempenho
são os jogos para PC. Por sua vo-
racidade gráca, esses aplicativos
demandam máquinas mais dedi-
cadas e de alto desempenho.
E os editores de texto, você sabe
o que são? Esse será o assunto da
seção seguinte. Continue atento!
SEÇÃO 2
Editores de texto
Dentro dos chamados pacotes
Ofce , o editor de texto é sem dú-
 vida o aplicativo de maior uso e
importância.
27INTRODUÇÃO AO COMPUTADOR
Mas essas situações podem ser
evitadas com a atenção no mo-
mento de salvar os documentos,
pois os fabricantes de softwares 
disponibilizam as soluções de
compatibilidade entre programas
de versões distintas ou mesmo de
fabricantes diferentes.
 Além disso, existem disponíveis
na internet versões de editores de
textos com compatibilidade para a
abertura desses arquivos, além da
possibilidade de edição completa
de textos, com quase as mesmas
funções de editores tradicionais.
SEÇÃO 3
Planilhas eletrônicas
Se os editores de textos estão em
primeiro lugar nos aplicativos
mais utilizados, com certeza os
aplicativos que trabalham plani-
lhas eletrônicas estão em segundo.
Mas para falar de planilhas pri-
meiro é preciso falar em tabelas.
 Você sabia que as tabelas já eram
usadas há vários séculos? É ver-
dade! Elas foram encontradas em
manuscritos antigos.
 Até os dias de hoje, ainda são as
melhores formas de relacionar e
 visualizar valores entre si ou valo-
res e elementos que se relacionam
de alguma forma. Por exemplo,
uma tabela de temperaturas medi-
das de hora em hora, uma tabela
de mercadorias e seus valores res-
pectivos, com pagamento à vista,
parcelado etc.
Uma tabela simples já permite tratar dados de forma mais dinâmica do
que tirar as informações de um texto, por exemplo.
Se houver necessidade de indexar algo, realizar cálculos, a tabela agiliza
essas ações. Mas o que é uma tabela? Essa é uma boa pergunta!
Uma tabela é a união de colunas e linhas, com as colunas idencadas por
letras e as linhas por números.
 A intersecção de colunas e linhas cria a célula e seu endereço é formado
justamente pela letra da coluna e o número da linha. Por exemplo, a cé-
lula A5 encontra-se na coluna A, na quinta linha. Como a quantidade de
letras é pequena, nas planilhas modernas ao m do alfabeto se inicia a
denominação com o acréscimo de outra letra, então ao chegar na letra Z,
a próxima coluna será chamada de AA, a seguinte AB e assim por diante.
O desenvolvimento das planilhas eletrônicas tem como base que, ao
assumir um endereço ou célula, cada valor pode ser manipulado pelo
software  sendo sujeito a funções matemáticas, a funções de condição de
formatação e funções lógicas. Isto é, a tabela passa a ser dinâmica e au -
tomatizada em tratar os dados inseridos nela.
28 CURSOS TÉCNICOS SENAI
 Além disso, as planilhas são muito
utilizadas como tabelas, mesmo
que os editores de texto tenham
recursos ecientes na montagem
de tabelas.
O que acontece é que algumas
ferramentas mais simples das pla-
nilhas são muito atrativas e fáceis
de utilizar. O recurso de ltro é
uma delas. Basta inserir os dados
e aplicar o chamado ltro. Sabe o
que o ltro faz? Ele seleciona ape-
nas os valores ou elementos que
se deseja analisar pontualmente.
 Assim como nos editores, tam-
bém nas planilhas eletrônicas é
raro alguém que faça uso de todos
os recursos disponíveis. Mas nas
planilhas a integração com outros
recursos permite ir a níveis de
utilização altamente complexos,
chegando próximo à elaboração
de programas de gerenciamento,
com integração a sistemas de ban-
co de dados.
 Além das ações sobre as tabe-
las em si, é possível a geração de
grácos elaborados e de recursos
também extensos, incluindo gu-
ras em 3D ou a inserção de ima -
gens para a formação de itens de
destaque.
Lembre-se! Assim como nos
editores de texto, é preciso ter
cuidado com as compatibilidades
entre versões e fabricantes. Fique
atento também na hora de salvar
os arquivos para evitar perdas.
 Você já utilizou alguma planilha
eletrônica? Certamente agora po-
derá criar as suas! A seguir, você
aprenderá sobre apresentações
multimídia. Vamos lá!
SEÇÃO 4
Apresentações mulmí-
dia
Os recursos dos aplicativos de
apresentações multimídia tam-
bém nasceram de uma prática
anterior, em que o recurso era o
projetor de slides  ou um projetor
de lmes. Principalmente no caso
dos projetores, em que se forma-
 va um conjunto de imagens que
eram projetadas em equipamento
próprio, o trabalho era complexo
por envolver a necessidade de se
revelar em lme próprio. Além
disso, não era possível alterar o
produto depois de processado.
Com as apresentações de grácos,
utilizava-se o retroprojetor, com a
preparação de acetatos que depois
de prontos também não podiam
ser alterados.
Os aplicavos mulmídia in-
tegram imagens, vídeos, tex-
tos com as mais diversas for-
matações, uma innidade de
efeitos para a troca de slides,
planos de fundo, navegação
durante a apresentação e en-
tre apresentações diferentes.
Quantas possibilidades para apre-
sentações multimídia, não é mes-
mo? Além de vários recursos,
existe a possibilidade de alteração
em qualquer momento e de qual-
quer parte do arquivo ou víncu-
lo deste com arquivos externos.
 Ainda permite ao usuário que a
apresentação seja adequada prati-
camente em tempo real.
 A praticidade desse tipo de apli-
cativo permite a um variado nú-
mero de pers de usuários. Como
exemplos mais simples, podemos
citar a apresentação de trabalhos
escolares ou a apresentação de
resultados em um ambiente em-
presarial, treinamento e capacita-
ção de funcionários, portfólio de
 vendas etc.
Como são vários pers e vários
recursos, é necessário ter um cui-
dado para adequar de forma cor-
reta a apresentação à ocasião ou
ao público que se quer atingir.
Dessa forma, se você for apresen-
tar um tema, deve car claro que
o foco não é o recurso, que serve
como apoio à ideia proposta no
tema. Portanto, que atento a sua
apresentação e não à tela do com-
putador. E como organizar uma
apresentação? Veja a seguir uma
maneira de montar uma apresen-
tação de forma simples, mas que
atinge a maior parte dos usuários.
 Acompanhe com atenção!
29INTRODUÇÃO AO COMPUTADOR
▪ Sugestão do 10 20 30, que signica 10 slides , 20 minutos de apresen-
tação e fonte de tamanho 30.
▪ O slide  deve ser um apoio para as ideias que serão apresentadas, que
podem estar em 10 slides, para nãocansar quem está assistindo.
▪ Um tempo de apresentação em torno de 20 minutos não será cansa -
tivo tampouco curto.
▪ Fontes de tamanho igual ou superior a 30, no padrão de fonte Arial
ou Times New Roman, têm dois objetivos: fazer com que o texto pos-
sa ser lido sem esforço e também que o slide , salvo exceções, contenha
tópicos ou textos curtos.
▪ O uso de recursos de transição e efeitos deve ser evitado ou minimi -
zado por ser cansativo a quem está assistindo.
▪ Quando se faz uso de grácos ou imagens, é preciso evitar  a colo-
cação de textos sobre a imagem.
▪ Para empresas, treinamentos corporativos, instituições de ensino e
mesmo um usuário que faça uso constante do software , é interessante a
confecção de um modelo de apresentação, para padronizar e valorizar a
marca ou assinatura do usuário.
▪  Teste a apresentação com antecedência no equipamento em que
será exibida. A maior parte dos problemas que ocorrem estão ligados
à incompatibilidade de software  ou recursos existentes na máquina que
serviu para montar o arquivo e que estavam ausentes no computador
em que será feita a apresentação.
▪ Evite imagens ou vídeos “pesados”, que possam travar o computa-
dor no momento de apresentação.
▪ Sempre que possível, utilize grácos e imagens. A quantidade de
texto deve ser minimizada.
▪  Tenha cuidado com a utilização de fontes fora do padrão e que não
estejam presentes no equipamento da apresentação.
Mas veja bem! Essas não são regras a serem seguidas. São orientações
em que o bom senso deve prevalecer. Uma boa apresentação é aquela
em que quem apresenta é o alvo da atenção. Além disso, é importante
usar sua criatividade para criar apresentações. Sempre, claro, observando
o público-alvo e o tema a ser explanado.
Parabéns! Você nalizou mais uma unidade de estudos, na qual apren -
deu o que são softwares  aplicativos, editores de textos, planilhas eletrôni-
cas e como fazer apresentações multimídia. Na próxima seção, o foco
do estudo serão as conexões de rede. Lembre-se de que em caso de
dúvidas você poderá conversar com o professor em sala de aula. Então,
dedique-se ao estudo fazendo dele um momento de reexão e novas
descobertas!
Unidade de
estudo 4
Seções de estudo
Seção 1 – A rede
Seção 2 – A internet
Seção 3 – Intranet e extranet
31INTRODUÇÃO AO COMPUTADOR
Conexões de Rede
SEÇÃO 1
A rede
Nas organizações atuais, é muito
comum ouvir falar em rede. Você
sabe o que é possível fazer com
 vários computadores interliga-
dos? Segundo Norton (1996), a
possibilidade de conectar vários
computadores resulta em tantos
benefícios que se tornou uma das
áreas de maior crescimento no
mercado de microcomputadores.
 A ideia de interligar equipamentos
é antiga, tendo início nos grandes
computadores que eram acessa-
dos por terminais de uso. Mas foi
realmente com a microinformáti-
ca que as redes expandiram acima
de qualquer prognóstico. Um fato
curioso é que na literatura de c -
ção cientíca, que foi sempre tão
pródiga em prever o futuro, não
há menção de algo parecido com
o que se tem hoje, de forma tão
comum na maioria dos lares.
Como conceito de rede, é possível
pensar na ligação de dois compu-
tadores estabelecendo uma rede.
Esse conceito seria válido há dez
anos. Agora, porém, em vez de
computadores deve-se ler disposi-
tivos, dois smartphones , por exem-
plo, ligados por tecnologia sem
o, também constituem uma rede
de transmissão de dados.
Para Meyer apud Norton (1996,
p. 241), “[...] uma rede de compu-
tadores liga dois ou mais compu-
tadores de forma a possibilitar a
troca de dados e os compartilha-
mentos de recursos incluindo pe-
riféricos como impressoras”.
Saiba que o meio de comunicação
mais difundido ainda é via cabea-
mento físico. Os dispositivos que
permitem essa interligação por si
já fariam um capítulo a parte, mas
os mais comuns são os roteado-
res, switches , modems  etc. Além dis-
so, a comunicação via meio sem
o tem tido uma expansão muito
grande e chegou às residências
com a diminuição de custo dos
dispositivos.
O uso de redes entre computado-
res possui suas vantagens, sabia?
 Veja quais são.
▪ Espaço em disco: compar-
tilhar um sistema de discos de
armazenamento em que vários
usuários tenham acesso a seus
dados e a dados comuns. Permite
maior segurança e centralização
da informação.
▪  Aplicativos: por meio de
terminais de uso ou servidores de
licença, há o compartilhamento
de softwares , reduzindo custos
e garantindo o uso de mesmas
 versões.
▪ Impressoras e periféricos:
centralizar impressoras ou pe-
riféricos e permitir o acesso via
rede. Representa a diminuição de
custos e a otimização do uso de
equipamentos de um custo alto.
▪ Internet e intranet: a rede é
o meio de comunicação interna
e externa para aquisição, troca e
pesquisa de dados.
Uma forma de entender as redes
é por sua abrangência geográca,
isto é, pela forma que é distribuí-
da. Observe a seguir.
▪ LAN, Local Area Network, ou
rede de área local: é uma rede
entre equipamentos restrita a
uma sala, edifício ou edifícios
próximos.
32 CURSOS TÉCNICOS SENAI
▪ MAN, Metropolitan Area Ne- 
twork, ou rede metropolitana: é
uma rede de abrangência dentro
de um raio de aproximadamente
10 km, que utiliza meios óticos
ou sem o.
▪  WAN, Wide Area Network,
ou rede de longa distância:
não deve ser confundida com
a internet, sendo uma rede que
pode ultrapassar fronteiras
geográcas entre continentes,
mas continua a ser uma única
rede.
SEÇÃO 2
A internet
Certamente você sabe o que é e
já utilizou a internet, certo? Mas
o que ela representa? A internet
é um conjunto de redes, interli-
gadas mundialmente, que nasceu
interligando dados entre institui-
ções militares e entre instituições
de ensino. Seu desenvolvimento
teve início nos anos 1960 e sua
expansão para o que conhecemos
hoje foi a partir de 1990, com o
surgimento da Word Wide Web
(WWW).
É importante que você saiba que
a internet não é a WWW. A inter-
net é a rede física que interliga os
dispositivos. O WWW é, segundo
a denição de Marçula e Benini
(2004, p. 324), “[...] um sistema
de servidores de internet que uti-
lizam como protocolo principal o
Hipertext Tranfer protocol , HTTP”.
Esse sistema pode trabalhar com
outros protocolos para realizar os
serviços diversos. O WWW de-
pende da internet, mas o contrá-
rio não é verdadeiro.
O que permitiu essa expansão fo-
ram dois elementos: os protoco-
los de comunicação e os softwares 
de navegação.
Protocolos? O que são eles? De
uma forma simplicada, os pro-
tocolos são uma linguagem que
permite que várias máquinas de
arquiteturas diferentes, com sis-
temas operacionais diferentes
possam se comunicar. As infor-
mações dentro de uma rede são
tratadas em pacotes, sendo que
cabe aos protocolos de rede tratar
esses pacotes, agregando a eles in-
formações como em um correio
normal, isto é, remetente e desti-
natário. A partir daí, esses pacotes
“trafegarão” pelos diversos equi-
pamentos de rede até atingir seu
destino.
Os navegadores são sowares
desnados à exploração ou
“navegação” pela internet,
por meio de endereços virtu-
ais que traduzem os endere-
ços sicos de cada disposivo
de rede. Foram eles, a parr
de interfaces grácas, que
permiram essa navegação
pela rede de forma simples.
Os navegadores atuais utilizam re-
cursos grácos avançados e seus
diversos desenvolvedores estão
sempre implementando novida-
des e requisitos de segurança para
conquistar novos usuários.
Quais são os recursos de comuni-
cação que se tornaram populares
e hoje são indispensáveis para em-
presas e prossionais de todos os
níveis? São os e-mails , os correios
eletrônicos entre usuários da rede
mundial. Existem softwares  especí-
cos para o envio e recebimento
de e-mails , mas há vários portais
que também permite a criação e a
utilização desse serviço.
O interesse pelo uso do e-mail se
dá pelas vantagens em relação ao
tempo e custo sobre outros meios
utilizados, como telefone e cor-
reio convencional. A partir de um
custo xo de um provedor de ser-
 viços de internet, é possível enviar
e receberquantos e-mails  for pos-
sível ou necessário.
Outros meios de comunicação es-
tão presentes hoje. Por exemplo,
 voz sobre IP, isto é, falar via rede
como se fala via telefone com a
possibilidade de ter imagem em
tempo real.
Como você deve saber, os recur-
sos disponíveis hoje na internet
são incontáveis. Todos os tipos de
dados e informações podem ser
compartilhadas e algumas das mí-
dias tradicionais estão sendo reci-
cladas para se adequarem aos no-
 vos meios e não perderem espaço.
Um exemplo são os periódicos
mensais ou os jornais que man-
têm a mídia impressa em parale-
lo com portais com informações
atualizadas e de acesso fácil.
33INTRODUÇÃO AO COMPUTADOR
SEÇÃO 3
Intranet e extranet
Em empresas e instituições, é co-
mum ouvir falar em intranet e ex-
tranet. Mas você sabe o que essas
redes possibilitam? As empresas,
em todos os níveis, sejam públi-
cas ou privadas, pela importância
e pelo alcance da internet, criam e
alimentam sites  ou portais em que
seus serviços ou produtos cam
à disposição de seus funcionários
ou de seus clientes.
Esse recurso facilita os processos internos, mas necessita de manuten -
ção e gerenciamento centralizado e especializado.
A extranet é um recurso que também pode estar presente em um
portal ou site, para atender clientes ou fornecedores. Direcionados da
mesma forma por nome e senhas, mas com requisitos diferenciados a
acesso de áreas de navegação, esses usuários têm as facilidades para
seus negócios ou compras de produtos e serviços.
Da mesma forma, é necessário um gerenciamento, que nesse caso inclui
normas mais rígidas de segurança.
Percebeu como a intranet e a extranet podem ser importantes para uma
empresa? Você viu que a internet trouxe muitas facilidades que poderão
estreitar distâncias e melhorar os serviços, concorda? Depois de conhe-
cer o funcionamento das redes, internet, intranet e extranet você verá os
aspectos jurídicos sobre o uso dessas tecnologias. Está pronto para se -
guir? Na próxima unidade há muita coisa interessante para você. Até lá!
A intranet é um meio que
permite às organizações te-
rem, entre seus integrantes,
uma rede que atenda e facili-
te acesso a seus recursos, por
meio do ambiente gráco do
portal ou site  dela. Com ela,
os integrantes da empresa
ou instuição terão, por meio
de um nome e uma senha,
informações pessoais, e-mail 
corporavo, bancos de dados
etc.
Unidade de
estudo 5
Seções de estudo
Seção 1 – Legislação
Seção 2 – Sofware livre e licenças
Seção 3 – Segurança
35INTRODUÇÃO AO COMPUTADOR
Legislação e Segurança
SEÇÃO 1
Legislação
É impossível negar que a
sociedade moderna vive a era da
microinformática, em que a infor-
mação está ao alcance de todos de
forma rápida e fácil. No entanto,
alguns aspectos legais surgiram
como uma necessidade para situ-
ações novas.
São vários os aspectos em que os
legisladores devem atuar para ade-
quar as tecnologias atuais ao que
a sociedade espera. Vamos saber
mais sobre o assunto!
Os sites  que permitem downloads de
músicas e lmes, por si só, já res-
pondem por um grande prejuízo
aos que detêm os direitos autorais
das obras copiadas ilegalmente.
Mas perceba que aqui não discuti-
remos problemas sobre scaliza-
ção e observância das leis autorais
nesse sentido. Mas como infor-
mação, a legislação sobre direi-
tos autorais sobre som e imagem
aplica-se aos meios eletrônicos de
informação e comunicação.
O que você estudará aqui será a
legislação relativa à utilização de
softwares , que se refere aos direitos
de propriedade. É uma legislação
com mais de 10 anos, com data
de 19 de fevereiro de 1998, Lei n o
9.609. Veja o que institui o primei-
ro artigo da lei, que dene o que é
programa de computador.
“Art. 1º – Programa de computa-
dor é a expressão de um conjun-
to organizado de instruções em
linguagem natural ou codicada,
contida em suporte físico de qual-
quer natureza, de emprego neces-
sário em máquinas automáticas de
tratamento da informação, dispo-
sitivos, instrumentos ou equipa-
mentos periféricos, baseados em
técnica digital ou análoga, para
fazê-los funcionar de modo e para
ns determinados”.
O artigo 2º determina a equiva-
lência dos direitos de propriedade
intelectual nas mesmas bases da
lei das obras literárias. Veja o que
traz o artigo 6º dessa lei.
“Art. 6º – Não constituem ofensa
aos direitos do titular de progra-
ma de computador:
  I – a reprodução, em um só
exemplar, de cópia legitimamente
adquirida, desde que se destine à
cópia de salvaguarda ou armaze-
namento eletrônico, hipótese em
que o exemplar original servirá de
salvaguarda;
II – a citação parcial do progra -
ma, para ns didáticos, desde que
identicados o programa e o titu-
lar dos direitos respectivos;
III – a ocorrência de semelhança
de programa a outro, preexisten-
te, quando se der por força das
características funcionais de sua
aplicação, da observância de pre-
ceitos normativos e técnicos, ou
de limitação de forma alternativa
para a sua expressão;
IV – a integração de um progra-
ma, mantendo-se suas caracte-
rísticas essenciais, a um sistema
aplicativo ou operacional, tecnica-
mente indispensável às necessida-
des do usuário, desde que para o
uso exclusivo de quem a promo-
 veu”.
Como você pôde ver no primeiro
parágrafo do artigo, fazer cópia de
um software legalmente adquirido
já é considerado ilegal. Dessa for-
ma, comprar um programa com
apenas uma licença e utilizá-lo em
duas máquinas é passível de apli-
cação de penas previstas nessa lei.
Em relação aos softwares, como são
as licenças? Esse será o assunto da
próxima seção. Adiante!
SEÇÃO 2
Soware livre e licenças
Para Marçula e Benini (2004), os
softwares   apresentam algumas de-
nições relacionadas à forma de
aquisição e uso. As denições não
são padronizadas e muitos softwa- 
res   podem ser enquadrados em
mais de um tipo. Saiba mais!
36 CURSOS TÉCNICOS SENAI
▪   Freeware  é um programa de uso
sem necessidade de licença, com
exceções eventuais para uso co-
mercial, por exemplo, o antivírus
 AVIRA, que é de uso livre para
usuários domésticos, mas não
é permitido seu uso comercial.
Para isso, existe a necessidade
de licença. Outro aspecto é que,
apesar de uso livre, o código-
fonte não é revelado.
▪  Open source  é um programa de
uso público, com o código-fonte
liberado para possibilitar altera-
ção do programa e que continua
livre mesmo com alterações.
O Linux, sistema operacional
de distribuição livre, segue esse
preceito.
▪   Shareware é um programa dis-
tribuído livremente, mas se des-
tina a mostrar suas funções total
ou parcialmente, sendo que após
um período de tempo ou quan-
tidade de usos, requer a compra
da licença. Muito conhecido com
 versões DEMO, esse tipo de
programa constantemente tem
suas condições burladas e isso
constitui violação nos direitos de
uso de licença.
▪   Adware é um software  distribu-
 ído gratuitamente, mas carrega
material publicitário.
O governo federal mantém secre-
tarias e portais com o objetivo de
disponibilizar e facilitar o uso de
software   público. Vários governos
municipais, estaduais e órgãos
públicos fazem uso de sistemas
operacionais e aplicativos de
licença livre. Como resultado,
tem-se a signicativa economia de
recursos monetários sem a perda
de qualidade de serviços.
A aquisição de licenças signica ter
a permissão de uso do soware por
tempo limitado ou indeterminado.
 A licença não é referente à mídia
que contém o software , até porque
em algumas situações pode ser
feito o download  direto do site do
fabricante. É referente ao uso e à
quantidade de equipamentos em
que será instalado.
Isso também se aplica a atualiza-
ções do software , se ela se dá de
forma gratuita ou remunerada.
No caso de softwares  gratuitos, não
se sabe ao certo se, ao necessitar
de suporte ou em caso de erros
e danos, o fabricante deve se res-
ponsabilizar.
SEÇÃO 3
Segurança
Na primeira unidade de estudo,
cou clara a dependência que a
sociedade tem no uso do compu-
tador e seus recursos em seu dia a
dia. A partir dessa dependência, é
necessário reetirsobre os meios
de evitar total ou parcialmente a
falha ou perda dos dados armaze-
nados.
O que signica segurança para a
informática? Signica riscos físi-
cos, técnicos, acidentais e inten-
cionais. Para Marçula e Benini
(2004, p. 350), “[...] infelizmente,
a máxima de computador seguro
é aquele que está desligado e des-
conectado”. Mas desse modo o
computador não tem utilidade, e é
importante estar preocupado com
a segurança.
Em relação aos riscos físicos, os
cuidados devem ser indicados
por um técnico habilitado e com
experiência. Mas, de forma geral,
signica que a máquina não deve
estar em posição ou área de risco
de choque físico, riscos elétricos.
 Além disso, é importante fazer
manutenção de limpeza. Lembre-
-se também que o uso do equipa-
mento deve ser realizado por uma
pessoa qualicada.
Os riscos técnicos são os que são
inerentes a qualquer equipamento
eletrônico, de falhas ou procedi-
mentos de uso errado, falha ou
avaria de dispositivo de armaze-
namento.
37INTRODUÇÃO AO COMPUTADOR
Os acidentes devem ser mi-
nimizados com a instalação e
o uso consciente dos equipa-
mentos. Cuidados com a lo-
calização e o posicionamento
também devem ser cuidados,
assim como ambientes com
excesso de calor, umidade e
poeira.
▪ Disponibilidade:
Os recursos devem estar disponí-
 veis, isto é, quando o usuário ne-
cessita de um arquivo presente em
um servidor, via rede ou na má-
quina local, não pode haver atra-
so ou o não fornecimento desse
arquivo. Hoje, grande parte das
empresas tem seus negócios base-
ados em sistemas informatizados
e qualquer parada não prevista é
uma grande ameaça.
▪ Integridade de dados:
Representa a manutenção dos da-
dos na forma como foram adqui -
ridos ou processados, sem perda
ou alteração de seus valores quan-
titativos ou qualitativos. Isso pode
ocorrer de forma intencional ou
por falha. Existem meios de man-
ter a integridade dos dados pela
proteção do equipamento ou da
redundância de dados.
▪  Verifcação dos equipamen-
tos e de usuários:
 Vericar os computadores e os
usuários representa uma forma de
garantir que os dados não foram
manipulados de forma maliciosa,
que não há um agente que possa
roubar informações e que os usu-
ários estão seguros quanto as suas
áreas de acesso.
Grande parte dos programas hoje
tem ligação com a rede corpo-
rativa e a internet. No ambiente
de programação, nem sempre é
possível prever que uma rotina
de atualização de banco de dados,
por exemplo, possa vir a ser a por-
ta de entrada ou saída de informa-
ções sigilosas.
Os sistemas operacionais moder-
nos, por sua complexidade e por
seu alcance dentro da sociedade,
estão constantemente sujeitos a
situações de brechas em seguran-
ça. Assim, observa-se que a maio-
ria das atualizações fornecidas
pelo fabricante de softwares   estão
ligadas a essa situação.
Os ataques por vírus e outras
pragas presentes no universo
informazado representam
grandes prejuízos anuais a
empresas, instuições e pes-
soas. Os vírus nada mais são
que programas desnados a
prejudicar o sistema em que
será inserido.
Portanto, todo cuidado é pouco
quando se trata de segurança da
informação. Fique atento! Che-
gamos ao nal do curso e quanto
aprendizado novo! Certamente
agora você estará mais preparado
para utilizar as ferramentas do seu
computador, melhorando ainda
mais as suas atividades. Mas o es-
tudo não para por aqui. Busque
outras fontes de pesquisa sobre
os temas, informe-se e coloque
em prática os conhecimentos!
 Já os riscos intencionais são ain-
da os que mais trazem prejuízos.
São causados por tentativas de
ataque para capturar informações
ou simplesmente para danicar a
operação do equipamento em si.
Parar uma operação, em qualquer
empresa ou mesmo para pessoas
que dependem do computador,
causa prejuízos imediatos e de
médio e longo prazo. Por isso, é
preciso haver uma política de se-
gurança adequada. Sabe quais são
as situações de maior impacto
para a segurança da informação?
Então acompanhe!
▪ Privacidade da informação:
Os dados armazenados, por di-
reito, só podem ser acessados por
quem tem sua propriedade. E esse
determina a quem permite acesso
a essas informações. Grande par-
te dos ataques que ocorrem aos
sistemas é na tentativa de capturar
login  e senha para obter o acesso
aos dados armazenados.
39INTRODUÇÃO AO COMPUTADOR
Finalizando
Parabéns, querido aluno!
 Você concluiu mais uma etapa na construção de suas competências prossionais. Este curso
permitiu a você relacionar o hardware , o software  e os elementos que fazem parte dessa ciência que
hoje é indispensável a todos os ramos da sociedade moderna.
Mas esta é uma obra para despertar o interesse em uma variedade de assuntos ligados a uma
grande rede de caminhos que podem levar a tantos outros. Vai depender de você seguir esses
caminhos. Lembre-se de levar junto a sua curiosidade e o seu desejo de desenvolvimento pros-
sional.
Um grande abraço e muito sucesso em sua trajetória!
Referências
41INTRODUÇÃO AO COMPUTADOR
▪ BRASIL. Lei nº 9.609, de 19 de fevereiro de 1998. Dispõe sobre a proteção da propriedade
intelectual de programa de computador, sua comercialização no País, e dá outras providên -
cias. Diário Ofcial [da] República Federativa do Brasil, Poder Executivo, Brasília, 20
fev. 1998. Disponível em: <www.planalto.gov.br/ccivil_03/Leis/L9609.htm>. Acesso em:
10 dez. 2010.
▪ CAPRON, H. L.; JOHNSON, J. A. Introdução à  informática. São Paulo, SP: Pearson
Prentice Hall, 2004.
▪ MARÇULA, Marcelo; BENINI, Pio Armando Filho. Informática: conceitos e aplicações.
3. ed. São Paulo, SP: Érica, 2004.
▪ NORTON, Peter. Introdução à informática. São Paulo, SP: Makron Books, 1996.

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