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Afecções da Coluna Vertebral

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Ana Luiza Atoui Faria 2020/2 Sétimo semestre 
AfecCOes da Coluna 
Vertebral 
Obs: o membro superior é inervado por raízes da coluna vertebral cervical. A coluna 
torácica, emite as raízes intercostais que transitam rente a cada arco costal. A coluna 
lombar vai formar as raízes que vão formar os nervos femoral e ciático que vão para 
membros inferiores. Alteração do nervo femoral é mais raro de ver. Normalmente, 
vemos alterações das raízes que formarão o nervo ciático (as famosas 
lombociatalgias). 
ESCOLIOSES 
Obs: quando avaliamos uma coluna vertebral de um paciente, e olhamos de frente e 
de costas (radiografia AP ou PA), normalmente ele não tem que apresentar 
deformidade da coluna vertebral porque ela tem que ser reta, não tem que ter 
curvatura lateral nenhuma. Quando ela tem uma curvatura lateral, a chamamos de 
escoliose. Quando você olha o paciente de lado, existe umas curvas fisiológicas da 
coluna vertebral (saliência sacral, lordose lombar, cifose torácica – curvatura anterior e 
a lordose cervical). Essas são curvaturas normais que quando estão anormais, é 
porque elas estão aumentadas. Lembrar que nas escolioses, normalmente, os 
pacientes têm uma retificação da coluna torácica (retificação da cifose). Existe a 
cifoescoliose onde há um desvio lateral associado à cifose. 
 Conceito: 
 Curva lateral fixa da coluna vertebral. 
 10% de prevalência com curva de 5 a 20 graus; 
 0,6% de prevalência com curva maior de 20 graus. 
Obs: curvas laterais pequenas, até uns 8 graus, praticamente devem ser ignoradas. 
Devemos prestar mais atenção em curvas mais acentuadas acima de 20 graus. 
 Etiopatogenia: 
 Idiopática (não consegue corrigir, não se sabe porque ela 
acontece) – mais comum é a idiopática do adolescente 
 Metabólica (raquitismo e osteogênese imperfeita/ossos de vidro) 
 Osteogênicas/escoliose congênita (defeitos ósseos congênitos) 
Obs: essas escolioses muitas vezes, além da curvatura lateral tem o componente 
tridimensional (principalmente a idiopática que é a mais comum). Na escoliose 
idiopática você tem curvatura lateral, uma alteração tridimensional com retificação 
da cifose torácica e torção da coluna vertebral (deformidade torcional). Isso denota 
uma escoliose fixa/doença que o paciente não controla. Por exemplo, se o paciente 
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tem uma hiperlordose, uma retificação da lordose, ele consegue corrigir sozinho assim 
como na cifose que não é tão fixo, é postural. 
 
a) paciente tem uma perna mais curta que a outra. Para ele andar ou para ele 
alcançar o chão, ele tem que bascular a pelve, pois fica uma perna mais 
curta. Quando ele bascula a pelve, a coluna tomba para um lado para 
acompanhar essa báscula da pelve. Ele não anda torna e sim cria uma outra 
curva compensatória para que o eixo mecânico do corpo seja o mais próximo 
da linha mediana. Com isso, ele gasta menos energia. Se colocarmos um calço 
embaixo da perna mais curta, some a escoliose significando que ela não é fixa, 
ou seja, ela não é uma deformidade tridimensional. Outra coisa importante, 
uma criança, você pede uma radiografia do abdomen total ou tórax e 
aparece uma curvatura lateral, isso é muito comum porque a criança não 
para queita e essa curvatura lateral é uma curva longa mas o paciente não 
teve sintoma nenhum, nenhuma dor. É um achado. Se você endiretar o 
paciente, some a curvatura, ou seja, é uma curva postural e não é fixa. 
PROVA*** 
b) Pode ocorrer também de o paciente ter problema no quadril (artrose, 
deformidade, paralisia infantil). Para ele manter o paralelismo dos membros e 
poder andar, ele também bascula a pelve criando uma escoliose 
compensatória. 
 ESCOLIOSE CONGÊNITA: 
 Malformação entre 6 e 8 semanas de gestação (acontece na 
fragmentação do somito, na fase embrionária) 
 Falha de formação (Hemivértebras - forma metade da vértebra) 
 Falha de segmentação (Barra óssea unindo dois corpos 
vertebrais) 
 Mista (pode ter uma hemivértebra associada a uma barra óssea) 
obs: História natural e gravidade depende do tipo, das associações e da lateralidade 
que levam ao crescimento assimétrico ou não, dos corpos vertebrais. 
Não são 
escolioses 
fixas 
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PROVA*** 
a) Falha de segmentação 
b) Falha de segmentação 
c) Falha de sgmentação 
d) Duas falhas de segmentação. Se eu tiver 
duas falhas de toda hemivértebra terei 
uma curva acentuada grave que vai 
progredir 
e) Se eu tiver uma hemivértebra de um lado 
e outra hemivértebra do lado contrário, 
não terei deformidade. Com o 
crescimento isso não vai alterar tanto. 
f) Segmentação parcial 
g) Barra óssea (união entre dois corpos 
vertebrais). Quando tenho uma barra 
óssea unindo dois corpos vertebrais, isso impedirá o crescimento nesse lado 
onde tem a barra fazendo com a a vertebra cresça do outro lado. 
h) Uma barra óssea que não é completa 
i) Barra óssea pegando quatro corpos vertebrais e isso causa uma deformidade 
acentuada 
Obs: também posso ter uma barra vertebral de uma lado e uma hemivértebra do 
outro e essa coluna não ter tanta deformidade assim 
 
1. Podemos ver um pedículo (bolinha no corpo vertebral – 
seta rosa), e falha de segmento vertebral (seta verde) e 
isso fará com que ele tenha uma curva aguda já na 
adolescência. 
2. Falha absurda quando tem muita barra e falhas de 
segmentação. 
 
 
Observação sobre crescimento ósseo: a barra óssea impede o crescimento vertebral 
no local onde está localizada. Essa situação de não crescimento ocorre também em 
uma lesão da fise (placa fisária). Se ocorreu um trauma e lesões uma parte medial ou 
lateral da placa fisária, pode ser que forme uma cicatriz no local lesionado que 
impedirá o crescimento desse lado lesionado. Quando você quer fazer uma correção 
em uma criança com a perninha torta, muitas vezes é realizada a chamada 
epifisiodese (dese significa fechamento e nesse caso, fechamento da epífise) através 
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da colocação de um parafuso ou grampo de um lado da fise fazendo com que só 
cresça do outro lado. A partir do momento que corrigiu a deformidade, aí tiramos o 
grampo. 
 ESCOLIOSE NEUROMUSCULAR 
Obs: não é tão frequente. Aparece em pacientes com paralisia cerebral, ou com 
alguma doença neurogênica, ou espástica, rígida, atetóide ou flácida. 
 Espástica, rígida, atetóide e flácida 
 Desequilíbrio muscular, colapso vertebral e peso do paciente 
levam a progressão da curva (placa de crescimento sob pressão 
não cresce) 
 Perde-se a sustentação, com obliquidade pélvica, 
descompensação do tronco e perda da capacidade de andar 
e sentar 
 Tratamento deve ser cirúrgico quando há comprometimento 
pulmonar e desequilíbrio do tronco. 
 ESCOLIOSE IDIOPÁTICA 
1. Infantil – até 03 anos, 0,5%, homem – torácica convexa esq., 80% de 
resolução espontânea 
2. Juvenil – de 03 a 10 anos, 10%, homem = mulher, torácica convexa dir. 
3. ADOLESCENTE – 10 anos até final de crescimento, 89%, mulher torácica 
convexa direita 
 
Escoliose adolescente mostrando a curvatura e uma convexidade para o 
lado direito (raio x de coluna PA). Já na imagem da direita, podemos 
observar uma dupla curva. Também quanto a imagem da direita, não 
podemos esquecer que teremos uma curva (lombar como na imagem) 
fixa, com uma deformidade tridimencional (o corpo vertebral está 
rodado –observar que o pedículo, ao invez de estra mais na periferia, ele 
está centralizado) e outra curva. Na maioria das vezes teremos uma 
curva fixa e uma curva secundária flexível e compensatória. Porque? O 
paciente não vai andar com tronco tombado para um lado dessa escoliose 
fixa, ele criará uma outro curva compensatória para tentar alinhar o tronco. 
 Etiologia: indefinida, multifatorial 
 História Natural: Sexo (mais rápido em mulher), gravidade da curva, 
maturidade esquelética (quanto tempoo adolescente tem de 
crescimento ainda) e tipo de curva. 
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Obs: Não há uma única regra que determine se paciente com determinada curva 
terá melhor ou pior prognóstico. 
 Quanto maior valor angular, maior potencial de crescimento e curvas 
torácicas pior a chance de progressão. 
 Diagnóstico: 
 Assimetria do tronco 
 Altura dos ombros 
 TRIÂNGULO DE TALHE (figura a): espaço existente entre a parte 
medial do braço com a lateral do tronco = assimétrico nas 
escolioses 
 
 Desnivelamento pélvico 
 Descompensação do tronco (figura b) – a linha de prumo que sai 
da região occipital tem que passar pela linha interglútea. Quanto 
mais lateral está a linha de prumo, mais torto o paciente anda e 
mais energia ele gasta para andar. 
 Por isso que a MANOBRA DE ADAMS é usada (figura c)  o 
paciente deve se abaixar para frente, mantendo os pés 
juntos e os joelhos retos. Os membros superiores devem 
estar pendentes, com as mãos aproximadamente ao nível 
dos joelhos. A criança será avaliada pela cabeça e/ou 
pelas costas. Deve-se observar o alinhamento da coluna 
vertebral e procurar por qualquer assimetria no tronco, 
seja ao nível do tórax ou da cintura. A coluna vertebral 
deverá estar retilínea e não haver assimetrias no tronco. 
PROVA*** 
Obs: o que pode doer em uma escoliose é a curva secundária compensatória 
que o paciente faz. 
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Aqui temos uma ilustração dos 
parâmetros que podemos avaliar 
na manobra de Adams como 
crista ilíaca, escápula, entre 
outros. 
 
 
 
 
 
Essa é uma imagem mostrando a localização dos parâmetros da 
Manobra de Adams. A espinha da escápula, por exemplo, está 
entre T2 e T3. Já o ângulo inferior da escápula, está localizado a 
nivel de T7 e crista ilíaca em L4. 
 
 
 
 Diagnóstico por imagem 
 Raio X frente e perfil ortostático (em pé) 
Obs: se eu acho que é postural, posso fazer o raio x com o paciente deitado 
 Magnitude, localização, grau de rotação vertebral, 
compensação e anormalidades. 
 Magnitude (método de Cobb) – avalia a intensidade da 
deformidade angular em escolioses 
A bolinha é a marca do processo espinhoso. 
Conforme a vértebra vai rodando (fazendo uma 
rotação), o processo espinhoso vai saindo para a 
lateral saindo do centro. Então, o ápice da curva é 
onde tenho maior nível de rotação vertebral e 
depois esse processo espinhoso vai voltando para o 
centro novamente. 
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Como eu meço essa curva? Pego a vértebra mais 
apical e a mais caudal da curva. Como eu sei qual é 
mais apical e qual a mais caudal? Primeiro, 
observamos que o espaço na concavidade está 
fechando (seta) e na convexidade o espaço já se 
abriu (seta), ou seja, a dimensão do espaço veio para 
o outro lado. Então, eu sei que essa (seta) é a vértebra 
mais caudal. Cranialmente é a mesma coisa. Então, 
essa é a linha que quero estudar. Pego a vertebra 
apical a passo uma linha no platô superior dela e 
pego a vértebra mais caudal (seta) e passo uma linha no platô inferior 
dela. Aí, pego uma perpendicular de cada linha faço o cruzamento e vejo quantos 
graus tem de curva. Nesse caso aqui, tem 41 graus. 
 Índice de Risser (fase do crescimento) - interessante para saber 
idade óssea 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Obs: todo osso tem uma epífise, fise, e uma metáfise. A epífise é o núcleo de 
crescimento secundário. O osso ilíaco é diferente. Quando radiografamos umas 
crianças, só veremos o osso ilíaco, não veremos a epífise porque Risser descreveu que 
a epífise do osso ilíaco é a última epífise a se formar no corpo humano e que o 
crescimento do osso ilíaco acompanha o crescimento do osso vertebral. O que ele 
notou? Que quando começa a ocorrer a 
ossificação do núcleo secundário do ilíaco, vai 
de lateral para medial e depois se funda com a 
metáfise. Entre começar a aparecer (Risser1) e 
até fundir (Risser 5), leva mais ou menos dois 
anos. Aí dá para sabermos quanto tempo temos 
para trabalhar com a coluna porque no Risser 5 
já terminou o crescimento da coluna e não 
adiantará mais nada para correção. Enquanto que no Risser 1 eu tenho até 1 ano 
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para chegar no máximo até Risser 3 para trabalhar essa coluna. Na menina, esse 
crescimento, depois e dois anos da menstruação (que normalmente ocorre com 11 
anos), já está em Risser 5, ou seja, já terminou o crescimento fisário (de placa de 
crescimento- entre a epífise e metáfise). Já o menino demora mais indo até os 15 ou 16 
anos. Resumindo, quando chega em Risser 5 termina o crescimento de todo esqueleto 
porque esse é o último osso a formar e fechar a epífise e o núcleo de crescimento 
secundário. 
TRATAMENTO 
 Escoliose Congênita 
 Depende da história natural de cada deformidade (se tem barra 
de um lado ou de outro, quantos segmentos tem), 50% progridem 
acima de 30 graus (escoliose grande) 
 Controle periódico 
 Coletes são pouco eficiente 
 Cirurgia para casos de mal prognóstico 
 Escoliose Neuromuscular 
 Observação – na fase inicial e curvas leves 
 Colete – curvas flexíveis acima de 20 graus, ineficiente em curvas 
acima de 45 graus, rígida e com obliqüidade pélvica 
 Cirurgia – para compensar e estabilizar tronco, corrigir 
obliqüidade pélvica e evitar problemas respiratórios. 
 Escoliose Idiopática 
 Observação periódica – fase de crescimento (Risser 0, 1 ou 2) 
com curvas menores de 20 graus, fazer Raio X cada 4 a 6 meses. 
 Colete e fisioterapia – Curvas entre 20 e 40 graus em fase de 
crescimento (Risser menor que 3) e progressão de 1 grau por mês. 
Não adianta usar colete acima de Risser três porque aí já não 
tenho mais potencial de crescimento. 
 Colete de Milwaukee ou ortese CTLSO, para curvas torácicas com 
ápice acima de T 10 
 
 
 
 
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 Colete TLSO, para curvas com ápice abaixo de T 11 
 
 Cirurgia – para curvas acima de 40 graus e potencial de 
crescimento presente, ou indivíduos maduros com 
comprometimento estético, desequilíbrio de tronco, dor e 
progressão 
 Cirurgia – curvas acima de 60 graus com comprometimento 
cardiopulmonar. O paciente costuma ter uma retificação da 
cifose torácica, então, a distância entre o esterno e a coluna é 
diminuta nessas escolioses acentuadas. O paciente poderá ter 
um cor pulmonale, insuficiência ventricular e dispneia com muita 
frequência. Então, a cirurgia, além de corrigir a curvatura lateral 
e a rotação do corpo vertebral, tem que procurar criar uma 
cifose para aumentar a capacidade pulmonar. 
 Complicações 
 Curvas acima de 60 graus apresentam alterações da função 
cardiopulmonar aos esforços 
 Curvas de 90 a 100 graus podem evoluir para Cor Pulmonale 
 Alterações neurológicas em cifoescolioses ou malformações 
graves 
 Osteoartrose (e no futuro osteoporose) e dor por sobrecarga 
assimétrica 
Obs: a osteoporose no futuro causará uma sobrecarga assimétrica. O osso 
osteoporótico sobrecarregado só de um lado vai afundar e sofrer micro faturas 
causando no idoso a chamada escoliose degenerativa. Por isso é sempre fazer no 
idoso um tratamento postural e muscular. 
 
Essa é uma forma simplificada de correção que não é mais usada hoje em 
dia. Hoje, em vez de hastes, se usa parafusos pediculares. Toda correção 
de escoliose, significa que você está fazendo uma artrodese, ou seja, você 
tira movimento entre dois segmentos ósseos. Tira os ligamentos, cruentiza, 
deixa osso esponjoso com osso esponjoso, coloca enxerto para assim, 
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corrigir a deformidade. O metal não é para correção, e sim, para manter a correção 
obtida ao fazer a cruentização. 
CIFOSE JUVENIL – DOENÇA DE SCHEUERMANN 
Obs: nem sempre a cifose ou hipercifose é descrita como essa doença de 
Scheuermann Alterações estruturais das vértebras torácicas (pelo menos três 
vértebras) resultando em cifose acentuada. 
 Encunhamento anterior (de três vertebras adjacentes) 
 Irregularidade adjacente aos discos intervertebrais 
 Nódulos de Schmorl = protrusão do disco para dentro do osso- 
(seta azul) e estreitamento do espaço discal deixando o disco 
trapesoidal 
 
A coluna tem também sua placa de crescimento, a fise. Se você tem uma 
hipercifose, a parte anterior na concavidade da placa de crescimento 
(imagem b) vai sofrer uma pressão maior e crescer menos. No final, o que 
você pode ter corpo vertebral no formato trapezoidal (ponto vermelho da 
figura a lado) e aí vocês terão uma deformidade cifótica fixa porque o osso 
se alterou nesse deformidade. 
 
 Etiopatogenia – desconhecida, multifatorial e hereditária 
 Diagnóstico – após 12 anos em 8% da população, quadro de cifose 
antiestético 
 Aumento da cifose torácica e da lordose lombar (por 
encurtamento dos músculos isquiotibiais e peitorais havendo 
necessidade de RPG), inclinação pélvica com contratura 
isquiotibiais e de peitorais, raramente dor e alteração 
neurológica. 
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 Diagnóstico por imagem: 
 Raio X ortostático com achados típicos: 
 Cifose acima de 45 graus (medimos igual à escoliose, só que 
em vez de vermos a radiografia de frente, veremos a 
radiografia de perfil) 
 Mais de três vértebras com encunhamento anterior 
 Irregularidade dos platos vertebrais 
 Tratamento 
 Levar em conta: maturidade esquelética, queixa e flexibilidade 
da deformidade 
 Não operatório – a maioria responde bem ao uso de colete de 
Milwaukee e fisioterapia, e nos casos menos flexíveis, gesso em 
extensão 
 Operatório – raro, envolve artrodeses e instrumentação 
LOMBALGIAS E LOMBOCIATALGIAS 
 A dor lombar é uma queixa clínica presente em mais de 80% dos 
indivíduos, e que em algum momento de suas vidas faz com que 
procurem um médico e se afastem de suas atividades. 
 Conceito: 
 Lombalgia – condição dolorosa entre último arco costal e a 
bacia, ou seja, região lombar 
 Lombociatalgia – condição dolorosa que se irradia da região 
lombar em direção a face posterior (as vezes anterior também) 
de um membro inferior, às vezes face lateral até o calcanhar. 
 Etiopatogenia: 
 Podem ser aguda ou crônica e devido a qualquer problema 
diretamente ligado a coluna vertebral ou secundária a afecções 
localizadas em estruturas adjacentes 
 Mecânica e não mecânica 
 Causa mecânica – congênita, traumática, infecciosa, tumoral, 
degenerativa, hérnia discal, espondilolistese e funcional. 
 Unidade funcional espinhal/UFE: o disco entre dois corpos 
vertebrais 
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 Disco intervertebral – frequentemente é o responsável pela 
quebra da integridade destas unidades, ao sofrer 
alterações degenerativas ou sobrecargas mecânicas 
externas, com ou sem formação de hérnias discais. Onde 
há o problema primário. 
 
 Malformações congênitas ósseas e lesões ou 
fraturas de qualquer estrutura da UFE podem 
levar a instabilidade mecânica. 
Obs: a imagem ao lado mostra como a disco vertebral saudável funciona. 
Ele tem um anel fibroso e um núcleo gelatinoso. Quando movimentamos a 
coluna, o disco funcionará como um amortecedor através da 
movimentação do núcleo gelatinoso aliviando a carga nos corpos 
vertebrais. 
Ana Luiza Atoui Faria 2020/2 Sétimo semestre 
 
 
 
A noite, ele se enche de água. Quando vamos dirigir, por exemplo, 
estamos “mais alto”, mas no final da noite isso muda pela 
desidratação dos discos. 
 
 
 
 
 
 Causa não mecânica 
 Inflamatória – artrites seronegativas; 
 Metabólica – osteoporose ; 
 Psicossomáticas – contraturas, má postura, dor tensional e 
fibromialgias. 
 Diagnóstico: 
 Anamnese – característica da dor, fatores de piora e melhora, 
sua localização e antecedentes 
 Mecânica – relacionado com movimentos do tronco, de manhã 
ou quando muito sentado 
 Artrose – crônica, piora ao longo do dia e a marcha melhora 
com repouso 
 Anamnese 
 Tumoral – dor noturna e em repouso 
 Ciatalgia – dor contínua, compressiva e irradiada 
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 Hérnia discal – passado de esforço físico com início da dor, 
evoluindo com ciatalgia crônica 
 Espondilolistese 
 Infecções específicas e inespecíficas 
 Exame Físico 
 Atitude antalgica 
 Limitação de movimentos e contraturas 
 Sinal de Lasegue 
 
 Síndrome de cauda eqüina 
 
 Deformidades 
 Exame neurovascular 
 Imagem 
 Raio X – artrose, infecção, tumor e trauma oblíquo para visualizar 
ístmo do arco neural 
 Tomografia Computadorizada – para hérnia e artrose 
zigoapofisária, avalia forame e canal vertebral 
 RNMG – partes moles, disco e conteúdo do canal 
 Mielografia e Mielotomografia 
 Discografia vertebral 
Compressão das raízes nervosas do canal 
espinhal do cone medular que é terminação da 
medula espinhal levando a perda das 
sensibilidades dos membros inferiores. As 
principais causas são hérnia de disco, tumores, 
lesões, fraturas patológicas ou traumáticas entre 
outras. Dores e queimação nas pernas, perda 
sensorial na região perianal, retenção urinaria 
imperceptível seguida por incontinência urinária. 
 
Ana Luiza Atoui Faria 2020/2 Sétimo semestre 
 Cintilografia óssea 
 Eletroneuromiografia 
 Laboratorial 
 Hemograma, VHS, Eletroforese de proteína, Fosfatase alcalino, Cálcio e 
Fósforo, Antígeno Prostático e Mielograma. 
 Tratamento: 
 Sempre iniciar, em qualquer caso exceto tumor e infecção com 
tratamento não cirúrgico 
 Aguda – repouso, medicação analgésica e reabilitação 
 Crônica – investigar etiologias e tratá-las e reabilitação postural 
 Tratamento cirúrgico: 
Mecânico – listese e hérnias discais – artrodese, descompressões 
e estabilizações 
 Não mecânico – tratar a compressão e fatores causais como 
drenagem de abscesso no mal de Pott e estabilizações se 
necessárias.

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