Buscar

Avaliação e tratamento fisioterapêutico em pacientes com câncer de intestin1

Prévia do material em texto

Avaliação e tratamento fisioterapêutico em pacientes com câncer de intestino 
Também conhecido como câncer colorretal ou câncer de cólon e reto.
Fatores de risco
· Idade – acima de 50 anos 
· Obesidade 
· Alimentação não saudável 
· Histórico familiar
· Histórico pregresso de câncer 
· Tabagismo 
· Etilismo 
· Doenças inflamatórias do intestino 
· Exposição excessiva à radiação 
Sinais e sintomas 
· Melena (sangue nas fezes) 
· Alteração do hábito intestinal (diarreia e prisão de ventre alternados)
· Dor/desconforto abdominal 
· Fraqueza e anemia 
· Perda de peso sem causa aparente 
· Alteração na forma de fezes (comumento finas e compridas)
· Massa (tumoração)
Detecção precoce e diagnóstico 
Pesquisa da sangue oculto nas fezes (PSOF)
Detecta sangue nas fezes que não pode ser visto a olho nu, através de análises laboratoriais. 
Endoscopia 
Colonoscopia: permite a visualização direta do interior do reto, cólons e parte do íleo terminal através de um tubo flexível com uma minicâmera em sua extremidade, introduzido pelo ânus. As imagens podem ser fotografadas ou gravadas em vídeo.
Retossigmoidoscopia: similar à colonoscopia, porem permite a visualização direta do reto até o cólon sigmoide (menos invasivo).
Tratamento 
Cirurgia 
Tratamento inicial que objetiva a ressecção do cólon até as margens livres da doença, com método que será determinado pelo tamanho e localização do tumor, além da presença ou não de metástases.
Métodos cirúrgicos:
Colectomia parcial: retira parte do cólon
Colectomia total: retira todo o cólon e reto 
Pode ser por incisão aberta (abdominal) ou laparoscópica (vídeo), e os linfonodos serão removidos conforme localização do tumor.
Quando os segmentos dos cólons não podem ser refeitos, é necessário realizar um estoma, procedimento que consiste na ligação da extremidade superior do cólon à uma abertura externa no abdome para permitir a eliminação das fezes, chamado COLOSTOMIA ( se for no intestino delgado, chama-se ileostomia).
Outras etapas do tratamento incluem a radioterapia, associada ou não à quimioterapia, para diminuir a possibilidade de recidiva do tumor.
O tratamento depende do tamanho, localização e extensão do tumor.
Avaliação e tratamento fisioterapêutico 
As principais funções que podem acometer pacientes pós colectomia parcial ou total são a incontinência fecal mais raramente de membro inferior.
Avaliação da incontinência fecal 
A fisiologia evacuatória ocorre através da ação do esfíncter anal interno, que mantém o tônus constante e impedindo o escape fecal, associada à ação do esfíncter anal externo, que age como uma barreira adicional na manutenção da continência anal. Lesões nas fibras nervosas do plexo retal, advindas do plexo hipogástrico inferior, levando à uma fraqueza da musculatura pélvica e esfinctérica, podem levar à incontinência fecal (IF), ou seja, a perda recorrente e incontrolável de material fecal.
A IF pode ser classificada em: 
· IF passiva: perda contínua de fezes sem a vontade de evacuar; 
· IF coital: perda de fezes durante relação sexual com penetração vaginal; 
· IF de urgência: desejo forte de evacuar sem condições de continência; 
· Incontinência flatal: perda involuntária de flatos; 
· Incontinência flatal de urgência: perda involuntária de flatos, associada à urgência;
A avaliação fisioterapêutica deve incluir:
Exame físico proctológico: inspeção da área anal para verificação de anormalidades estruturais que podem atrapalhar a defecção, como hemorroidas, fibroses e prolapsos; 
Exame neurológico: reflexo anal. 
Avaliação muscular: exame digital do reto e teste PERFECT
Tratamento da incontinência fecal 
Associa cinesioterapia funcional do assoalho pélvica (maior evidência), eletroestimulação intracavitária (quando o paciente não tem consciência dos MAPs ou para ganhar mais consciência) e biofeedback.
Avaliação e tratamento do linfedema de membro inferior
Nos casos de procotocolectomias, associadas à linfonodectomia de linfonodos inguinais superficiais, o paciente pode apresentar linfedema de membros inferiores, que deve ser avaliado e classificado por perimetria, e tratado com TFC – Terapia Física Complexa (fase intensiva e de manutenção).

Continue navegando