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RESUMO DO ARTIGO 357 DO CÓDIGO PENAL- RENAN

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RESUMO DO ARTIGO 357 DO CÓDIGO PENAL 
RENAN DA COSTA SILVA BUENO 
EXPLORAÇÃO DE PRESTTÍGIO 
De acordo com o art. 357. Configura-se EXPLORAÇÃO DE PRESTÍGIO o ato de solicitar ou receber dinheiro ou qualquer outra utilidade, a pretexto de influir em juiz, jurado, órgão do Ministério Público, funcionário de justiça, perito, tradutor, interprete ou testemunha:
Pena – reclusão, de 1 a 5 anos, e multa. 
Parágrafo único: As penas aumentam-se de um terço, se o agente alega ou insinua que o dinheiro ou utilidade também se destina a quaisquer pessoas referidas neste artigo. 
1.1 OBJETIVIDADE JURÍDICA
O crime de EXPLORAÇÃO DE PRESTÍGIO tem como objetividade jurídica a tutela da Administração da Justiça, no que diz respeito a sua credibilidade, e também ao normal funcionamento da atividade jurídica. Neste caso, a tipificação penal, coíbe, em particular, a venda inescrupulosa de pretensa influência sobre as pessoas que servem a justiça. 
1.2 SUJEITOS
O sujeito ativo, pode ser qualquer pessoa, mesmo tratando-se de um crime comum, é mais frequente quando praticado pela figura de um advogado ou procurador judicial. 
O Sujeito passivo é o Estado, titular da administração da justiça e, também, o iludido, que é explorado pela falsa influência, suportando o prejuízo em seu patrimônio. 
1.3 ANÁLISE DA(S) CONDUTA(S) DESCRITA(S) NO TIPO 
No art. 357. Encontramos duas condutas que tipificam o crime de “exploração prestigiada”: o ato de “solicitar” (pedir, requerer) ou o ato de “receber” (aceitar, obter). Objeto material estamos nos referindo ao “dinheiro”, seja ele moeda corrente nacional ou internacional, ou “qualquer outra utilidade” refere-se a formas abrangentes de vantagens, seja moral ou material. Esta fraude se verifica no elemento normativo representado pela expressão “a pretexto de influir”. Dessa forma a pessoa desonesta vende uma falsa influência, ou seja, iludindo o comprador de ilusões e ao mesmo tempo, denegrindo a imagem da justiça. O tipo penal especifica as pessoas que servem a justiça: juiz, jurado, órgão do Ministério Público, funcionário da justiça, perito, tradutor, intérprete ou testemunha. 
 Taxativo rol dos servidores da justiça, a promessa utilizada para tirar vantagem do iludido caracteriza-se estelionato.
Concluindo então que o objetivo do sujeito ativo do delito de Exploração de Prestigio é a obtenção de vantagem pelo dinheiro ou outra utilidade, mediante de fraude consistente no pretexto de influir servidores da justiça. 
1.4 ELEMENTOS SUBJETIVOS
Dolo especifico, consistente na vontade/intensão de solicitar ou receber a pecúnia (dinheiro) ou qualquer outra utilidade com o objetivo de influenciar o jurado, promotor de justiça, funcionário de justiça, perito, tradutor, interprete ou testemunha. Não se pune a forma culposa.
1.5 CAUSA ESPECIAL DE AUMENTO DE PENA
Nesse caso “se o agente alega ou insinua que o dinheiro ou utilidade também se destina a qualquer das pessoas referidas” configura-se a agravante do parágrafo único, aumentando a pena de um terço. Essa agravante se justifica na medida em que demonstra maior reprovabilidade da conduta, assim como um maior descrédito na administração da justiça. 
1.6 CONSUMAÇÃO E TENTATIVA
No momento em que é feita a solicitação ou do efetivo dinheiro ou da utilidade material é quando acontece a consumação do delito. Admita-se a tentativa na modalidade material, consistente na ação “receber”. 
1.7 CLASSIFICAÇÃO
Classifica-se como crime comum (quando qualquer pessoa pode ser sujeito ativo), unissubjetivo ( quando é cometido por um sujeito ativo), ,formal na modalidade “solicitar” (não exige resultado naturalístico) e material na modalidade ”receber” (exige resultado naturalístico), instantâneo, comissivo (ações: solicitar ou receber), plurissubsistente (pode ser praticado com um ou vários atos), instantâneo (resultado imediato), doloso. Admita-se a tentativa na modalidade receber.
2 JURISPRUDÊNCIA 
2.1 JULGADOS
EXPLORAÇÃO DE PRESTÍGIO QUANDO PRÁTICADA POR UM ADVOGADO 
1. Merece firme repulsa o crime de exploração de prestígio praticado por um Advogado, porquanto referindo profissional, ao invés de tentar desprestigiar o magistrado e o próprio Poder Judiciário, deveria envidar esforços na busca de uma melhor prestação judicial. 2. A calúnia é um meio de consumação do crime de exploração de prestígio, porque a assertiva de que o dinheiro recebido se destina a influenciar a decisão de um magistrado, pressupõe que se lhe atribua a prática de fatos definidos como crimes: corrupção passiva (solicitar) ou concussão (exigir). 3. Recurso parcialmente provido. 
3 OBSERVAÇÕES 
Embora os crimes de “exploração de prestígio” do art. 357 CP e “tráfico de influência” do art. 332 do CP sejam semelhantes, no art.357 do CP as figuras nucleares são as ações de “solicitar” e “receber”, não contemplando a conduta de “obter”. E no art.332 além de comtemplar a conduta “obter”, generaliza a influência do sujeito ativo para todo e qualquer “funcionário público”. 
CONCLUSÃO 
Comete crime de “Exploração de prestígio” qualquer funcionário do judiciário que solicita ou recebe dinheiro ou qualquer outra utilidade em troca de agilizar processos judiciários. Tendo como pena de 1 a 5 anos de reclusão e multa.

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