Estetica e Arte - AV3

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Disciplina:
	Estética e Arte (ART106)
	Avaliação:
	Avaliação Final (Objetiva) - Individual FLEX ( Cod.:649253) ( peso.:3,00)
	Prova:
	26251421
	Nota da Prova:
	10,00
	
	
Legenda:  Resposta Certa   Sua Resposta Errada  
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	1.
	A colagem como procedimento técnico tem uma história antiga, mas sua incorporação na arte do século XX, através do cubismo, representa um ponto de inflexão na medida em que liberta o artista do jugo da superfície. Ao abrigar no espaço do quadro elementos retirados da realidade - pedaços de jornal e papéis de todo tipo, tecido, madeira, objeto e outros -, a pintura passa a ser concebida como construção sobre um suporte, o que dificulta o estabelecimento de fronteiras rígidas entre pintura e escultura. Sobre as colagens de Braque e Picasso, classifique V para as sentenças verdadeiras e F para as falsas:
(    ) Na colagem de Braque e Picasso serve como exemplo de quebra do realismo na pintura durante o modernismo.  
(    ) Nas colagens de Braque e Picasso foram utilizados objetos cotidianos, como folhetos e ingressos, que exploraram uma nova  realidade da superfície plana.
(    ) Como exemplo de colagem deste período, temos a "Garrafa de vinho Marc, vidro, violão e jornal", de Pablo Picasso, de 1913.
(    ) As colagens de Braque, Picasso e Gris não despertaram o interesse de outros artistas dos círculos cubistas mais próximos e mais distantes.
Assinale a alternativa que apresenta a sequência CORRETA:
	 a)
	V - V - V - F.
	 b)
	F - F - V - V.
	 c)
	F - V - V - F.
	 d)
	V - F - F - V.
	2.
	Clive Bell (1881-1964) foi um crítico de arte e filósofo de arte britânico que defendia a arte abstrata. A teoria estética de Bell estava focada na experiência estética. Ele alegou, em seu livro Art, de 1914, que existe uma certa emoção exclusivamente estética, e que as qualidades estéticas são as qualidades de um objeto que evoca essa emoção. Nas artes visuais, o que desperta essa emoção são certas "formas e relações de formas" (incluindo linha e cor), que Bell chamou de "forma significativa". Sobre as concepções estéticas de Clive Bell, analise as sentenças a seguir:
I- Clive Bell, com Roger Fry, no começo do século XX, ajudou a difundir uma apreciação do surrealismo na Grã-Bretanha.
II- Na visão de Bell (1916), uma forma significativa pode ser localizada em fenômenos tão diversos quanto nas janelas da catedral de Chartres, em uma tigela persa e nas pinturas de Nicolas Poussin.
III- Forma significativa que dá origem à "emoção estética" específica e que explica o alto valor que atribuímos a certas obras de arte.
IV- Para Bell, a ligação entre a forma significativa e a resposta estética não é causal. É a percepção pura da beleza estética que desperta, no espectador, a emoção estética apropriada.
Assinale a alternativa CORRETA:
	 a)
	As sentenças II e III estão corretas.
	 b)
	As sentenças I e III estão corretas.
	 c)
	As sentenças II e IV estão corretas.
	 d)
	As sentenças I e IV estão corretas.
	3.
	Quando lemos as cartas de Schiller, temos a impressão de que praticamente toda carta começa com um paradoxo. No entanto, em vez de deixar esses paradoxos não resolvidos como Kant fazia, Schiller resolve as antinomias kantianas, derivadas da lógica aristotélica, em um nível superior do platônico, em razão criativa. Para Schiller, a beleza não é uma questão de gosto subjetivo e arbitrário, como é para Kant, mas a beleza é a solução para a contradição não resolvida na filosofia de Kant como um todo, que deriva da falsa noção de Kant acerca da natureza do homem. Sobre as características da estética de Schiller, assinale a alternativa INCORRETA:
	 a)
	Para Schiller, a beleza é a forma equilibrada do sensual e do intelectual e leva-nos para um espaço entre a matéria e a forma, sentimento e pensamento, experiência e razão.
	 b)
	Schiller vê a estética como uma espécie de interesse de transição no caminho para uma política utópica e uma espécie de desenvolvimento teleológico da história.
	 c)
	Schiller defende o estudo da arte em um tempo de revolução (francesa), alegando que seu estudo não é trivial, pois somente a beleza nos mostra o caminho para a liberdade.
	 d)
	Para Schiller, a estética é a antítese da política, uma vez que, para o filósofo, a beleza e a bondade não compactuam com a corrupção política.
	4.
	A Grécia arcaica foi o período da história grega que durou do oitavo século a.C. até a segunda invasão persa da Grécia em 480 a.C., situada entre a Idade das Trevas grega e o período clássico grego. Na arte grega, o arcaísmo manifestou-se no início do século V a.C. Acerca do arcaísmo na arte grega, assinale a alternativa INCORRETA:
	 a)
	As esculturas gregas do período arcaico sofreram uma influência egípcia.
	 b)
	Os vasos de figuras negras começaram a ser feitos em Coríntios, no século VII a.C. e, no final do século, a técnica foi adotada em Atenas.
	 c)
	O estilo oriental do friso de animais não foi utilizado pelo estilo arcaico.
	 d)
	Durante este período foi introduzido o uso do molde para produção em massa de figurinhas e placas, como as de estilo Dedálico.
	5.
	No curso da história da arte ocidental, a representação artística do feio se estabeleceu. Em alguns momentos, ela foi utilizada para denunciar a presença do mau e afastar os homens do pecado. Em outros tempos, sua manifestação buscava desmistificar a feiura, criando monstros de aparência horrorosa e, contudo, amabilíssimos. No entanto, o que sempre se sustentou foi a ideia de que mesmo as coisas feias são necessárias para a ordem das coisas e do mundo. Acerca do conceito do feio na estética, assinale a alternativa INCORRETA:
	 a)
	Filósofos e especialmente teólogos, na Antiguidade e na Idade Média escolástica, conceberam uma explicação teórica para a presença do feio na arte, a saber, que o universo criado é um todo que deve ser valorizado em sua totalidade.
	 b)
	Aristóteles ressaltou que a arte também pode sempre retratar seres feios de uma maneira bonita, e que é precisamente o contraste com a beleza que o torna feio e aceitável.
	 c)
	O feio é logicamente o oposto do "belo" e ambos são portanto contraditórios.
	 d)
	No trabalho, Karl Rosenkranz em "A Estética do Feio" (1853), propõe uma abordagem dialética e hegeliana ao feio, completamente alinhada com a teologia holística medieval, dizendo que não há beleza sem feiura, nem feiura sem beleza.
	6.
	O período da influência oriental na Grécia Antiga seguiu o período geométrico e durou cerca de um século, de 700 a 600 a.C. Esse período foi distinguido por influências orientais do antigo Oriente Próximo, Egito e Ásia Menor, cada uma das quais contribuiu com um estilo oriental distinto para a arte grega. O contato próximo entre culturas se desenvolveu a partir do aumento do comércio e até da colonização. Estilos artísticos e arquitetônicos foram emprestados de outras culturas pelos gregos, que os transformaram em uma mistura única de estilos e motivos greco-orientais. Acerca das influências orientais na arte grega antiga sobre arquitetura, classifique V para as sentenças verdadeiras e F para as falsas:
(    ) Os frisos de animais na arte grega foram uma característica do estilo oriental.
(    ) A influência do Oriente para o artista grego era quase inexistente.
(    ) O crescimento do estilo oriental nunca destruiu o geométrico e foi usada pelos gregos através do uso de frisos de lótus, palmas e folhas sobrepostas.  
(    ) A influência dos estilos orientais continuou, sobretudo com elementos das artes egípcias, assírias, babilônicas e persas.  
Assinale a alternativa que apresenta a sequência CORRETA:
	 a)
	F - F - V - V.
	 b)
	F - V - V - F.
	 c)
	V - F - F - V.
	 d)
	V - F - V - V.
	7.
	O pensamento moderno que toma as coisas como meras coisas, sem se importar se servem para algo, ou que toma o utensílio como um "objeto de um conhecimento teórico do 'mundo'", não permite pensar o caráter de coisa da coisa e nem o caráter de utensílio do utensílio. Segundo Heidegger, por outro lado, coisa éaquilo que vem ao nosso encontro, antes mesmo que formemos um conceito acerca dela, e instrumento é aquilo que usamos, produzimos, etc., ou seja, com o qual cotidianamente nos relacionamos e o qual transformamos. Para ressaltar o caráter de utensílio do utensílio, Heidegger recorre a uma pintura de Van Gogh, cuja figura representa um par de sapatos de camponês. É certo que tais sapatos, como utensílios, possuem o seu ser na serventia, mas isso quer dizer algo mais, pois, é justamente ao usar os sapatos, no lidar cotidiano do campo, que a camponesa lhes inclui, sem atentar para isso, no seu mundo. A camponesa repousa no ser do utensílio mediante a confiabilidade (Verläßlichkeit) que deposita nele e é por isso que ela está segura de seu mundo. A serventia do utensílio é apenas uma consequência dessa confiabilidade, a qual é o seu ser. Sobre a interpretação fenomenológica de Heidegger da pintura "O par de sapatos" (1886), de Van Gogh, assinale a alternativa INCORRETA:
FONTE: PEREIRA, Viviane Magalhães. Heidegger e a Estética: uma crítica à tradição? Revista Eletrônica de Filosofia, São Paulo: CEP/PUC-SP, v. 10, n. 2, p. 240, jul./dez. 2013.
	 a)
	Heidegger, através da obra de Van Gogh, defende a ideia de que as representações realmente alcançam todas as profundezas da existência.
	 b)
	É apenas a partir desta interpretação estética de Heidegger da obra de Van Gogh que os modernos tardios podem aprender a transcender a estética moderna de dentro para fora e compreender com a arte o que significa se encontrar de forma pós-moderna.
	 c)
	A questão da origem da obra de arte, para Heidegger, está intimamente ligada com a tarefa de superar a estética, o que também significa superar uma certa concepção de entidades como o que é objetivamente representável.
	 d)
	A pintura de Van Gogh exemplifica diretamente o que Heidegger acha que significa deparar com a arte, de uma maneira que nos permita transcender a estética moderna a partir de sua essência.
	8.
	A mimesis é um princípio teórico básico na criação da arte. A palavra é grega e significa "imitação" (embora no sentido de "representação" ao invés de "copiar"). Platão e Aristóteles falavam de mimesis como a reapresentação da natureza. Segundo Platão, toda criação artística é uma forma de imitação: o que realmente existe (no "mundo das ideias") é uma forma criada por Deus; as coisas concretas que o homem percebe em sua existência são representações sombrias desse tipo ideal. Portanto, o pintor, o ator e o músico são imitadores de uma imitação, duas vezes removidos da verdade. Acerca da mimesis, analise as seguintes afirmativas:
I- A teoria da imitação (ou mimeses) situa a arte como um espelho para a natureza e o mundo que nos rodeia.
II- Dentro da história da pintura ocidental, o princípio da imitação foi associado à invenção e à adoção generalizada do ponto de vista único, uma inovação que, literal e simbolicamente, sublinhou o primado do ponto de vista do artista.
III- A mimesis na arte ajudou em ilusões cada vez mais convincentes das noções de profundidade e espaço em uma superfície plana.
IV- Em seus escritos, Platão mostrou um grande apreço à pintura, compreendida por ele como uma sublime forma de mimese ou de imitação.
Assinale a alternativa CORRETA:
	 a)
	As afirmativas I, II e III estão corretas.
	 b)
	Somente a afirmativa II está correta.
	 c)
	As afirmativas III e IV estão corretas.
	 d)
	As afirmativas I, II e IV estão corretas.
	9.
	Publicada em 1781, A Crítica da Razão Pura é considerada o tratado filosófico mais importante de seu tempo. A ela se seguiram a Crítica à Razão Prática e a Crítica ao Juízo. Na década seguinte, a 'filosofia crítica', como Kant chamava seu sistema, se tornou a orientação filosófica dominante na Alemanha. Nos anos subsequentes, a influência da filosofia de Kant se estendeu para a França e a Inglaterra. Em uma geração ele seria visto, mesmo por seus oponentes filosóficos, como o pensador moderno mais significativo desde René Descartes. Sobre as características da filosofia crítica de Kant, assinale a alternativa INCORRETA:
	 a)
	O conhecimento científico, a moralidade e as crenças religiosas e a função da natureza seriam, segundo Kant, mutuamente consistentes e seguras, por se ampararem no mesmo fundamento da autonomia humana.
	 b)
	Kant sintetizou o racionalismo e o empirismo moderno desde o início, e continua a exercer uma influência significativa na metafísica, epistemologia, ética, filosofia política e na estética.
	 c)
	A ideia fundamental da "filosofia crítica" de Kant é a dependência humana.
	 d)
	Kant argumenta que a compreensão humana é a fonte das leis gerais da natureza, que estruturam toda a nossa experiência e que, através da razão humana, se dá a lei moral, que é nossa base para a crença em Deus, liberdade e imortalidade.
	10.
	Em geral, o Classicismo pode ser definido como um estilo na literatura, arte visual, música ou arquitetura que se baseia nos estilos da Grécia e Roma Antigas. O termo pode ser confuso, porque assumiu muitos outros significados. Pode se referir a uma estética geral caracterizada por clareza, elegância e simetria, ou a um estilo que geralmente é considerado como exemplificando grandeza ou perfeição. Acerca do classicismo, analise as afirmativas a seguir:
I- Nas pinturas e esculturas clássicas eram empregadas figuras e formas idealizadas, tratando seus assuntos de forma séria e neutra.
II- Os designers gregos, por exemplo, usaram cálculos matemáticos exatos para acertar a altura, a largura, dentre outras características dos elementos arquitetônicos.
III- A cor está sempre subordinada à linha e à composição, e a obra clássica em geral procura alcançar sempre um efeito harmonioso e contemplativo.
IV- A arte clássica, na atualidade, não serve como base séria para o estudo das artes plásticas.
Assinale a alternativa CORRETA:
	 a)
	Somente a afirmativa I está correta.
	 b)
	As afirmativas I, II e III estão corretas.
	 c)
	As afirmativas II, III e IV estão corretas.
	 d)
	As afirmativas I, III e IV estão corretas.
	11.
	(ENADE, 2011) Dois professores de artes visuais da rede estadual das escolas públicas de Belo Horizonte planejaram juntos o desenvolvimento pedagógico anual, incluindo um Projeto de Trabalho com referencial nos textos de Fernando Hernández. Na segunda semana de aula, foi previsto um passeio educativo pela cidade, tendo como ponto de ancoragem a Igreja da Pampulha. Nas duas semanas seguintes, os professores negociaram em suas turmas o tema de trabalho a  ser desenvolvido. Foram escolhidos os  princípios do  modernismo brasileiro e o diálogo com a tradição, expandindo a investigação que já havia sido iniciada no passeio realizado. Entretanto, acabaram se deparando com o seguinte problema: metade de suas turmas manifestou a vontade de conhecer e enfocar os novos espaços da arte contemporânea, pois já haviam ouvido falar do Centro de Arte Contemporânea de Inhotim e tinham uma grande curiosidade em verificar a relação desse centro com a arte brasileira.
Como os professores não poderiam desenvolver os dois temas com suas turmas, resolveram dividir o trabalho, tentando fazer uma interlocução entre as duas temáticas: o modernismo e a arte contemporânea. Ao iniciarem o processo de pesquisa, ambos os grupos se depararam com o barroco e a azulejaria como conteúdo  fundante, que perpassava os dois temas enfocados. Nessa perspectiva, foram levantadas duas linhas de trabalho, a partir de um ponto focal: a relação da obra de Adriana Varejão com a arquitetura expositiva no Centro de Arte Contemporânea de Inhotim e a relação da arquitetura de Oscar Niemayer com a obra de Cândido Portinari na Igreja da Pampulha. Para a realização dos trabalhos, os professores fizeram um mapeamento dos dois locais estudados. Na primeira aula conjunta programada, ao ser apresentada a sequência de imagens a seguir, viu-se que as duas linhas de trabalho poderiam ser desenvolvidas em uma única direção, enfocando a interlocução entre elas.
Considerando as imagens, sobre aescolha dos professores para fazer a interlocução entre as obras, assinale a alternativa CORRETA:
	
	 a)
	As obras observadas nas imagens mostram que a arquitetura muda a concepção da obra, entretanto, não se constitui como obra destacável, atuando somente como moldura da pintura.
	 b)
	Nas imagens, as obras observadas mostram como foram moldadas pelo espaço, trazendo as condições do lugar como uma consciência espacial construída com o observador da obra.
	 c)
	Na arquitetura modernista, as novas expressões plásticas definem a relação com a arte que resgata a tradição da azulejaria portuguesa, da mesma forma que na arquitetura contemporânea.
	 d)
	Na atualidade, tal como no Modernismo, é a arte que traz novas expressões arquitetônicas em obras especialmente construídas como um conceito para abrigar obras de arte.
	12.
	(ENADE, 2017) Em Fairy Tales (Contos de fadas), uma das performances mais conhecidas de Francis Alis, retratada na imagem a seguir, o artista caminhou pelas ruas de Estocolmo vestindo um casaco de lã que ia se desmanchando ao longo de sua caminhada, uma vez que uma linha do casaco estava presa no início de sua trajetória. A partir da imagem e das informações apresentadas, analise as sentenças a seguir:
I- A linha deixada por Alys durante sua caminhada delineia o espaço, mapeando seu itinerário.
II- A trilha deixada sobre a superfície do caminho indica que o arista se refere mitos e histórias como Ariadne e João e Maria.
III- O performer sabe que o rastro que deixa, o traço sutil e evanescente de um desenho que perpassa a cidade é fadado ao desaparecimento, ou seja, a ser absorvido pela cidade, sendo, portanto, a ela que a performance se destina.  
Assinale a alternativa CORRETA:
FONTE DA IMAGEM: ALYS, F. Fairy Tales. Performance, 1995. Disponível em: https://representingplace.wordpress.com/2010/03/22/marking-journeys-of-transitory-spaces-a-few-artist-travelers/. Acesso em: 3 abr. 2020.
	
	 a)
	Somente a sentença I está correta.
	 b)
	As sentenças I, II e III estão corretas.
	 c)
	Somente a sentença II está correta.
	 d)
	Somente a sentença III está correta.