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21 Aneuploidia é a segunda maior categoria de alterações cromossômicas na qual o número de cromossomos é anormal. ❖ Aneuploide é um organismo cujo número de cromossomos difere daquele do tipo selvagem. ❖ Em geral, o conjunto cromossômico aneuploide difere do tipo selvagem em apenas um cromossomo, ou em um pequeno número de cromossomo. ❖ Em aneuploide pode apresentar um número de cromossomos superior ou inferior aquele do tipo selvagem. NOMENCLATURA A nomenclatura aneuploide tem por base o número de cópias do cromossomo específico. 2n + 1 é trissômico. 2n – 1 é o monossômico. 2n – 2 (o “– 2” representa a perda de ambos os homólogos de um cromossomo) é nulissômico. É utilizada uma anotação especial para descrever os cromossomos sexuais aneuploides: XXY, XYY, XXX ou XO. NÃO DISJUNÇÃO Disjunção é outra palavra para a segregação normal de cromossomos ou cromátides homólogas para polos opostos nas divisões meióticas ou mitóticas. A não disjunção é uma falha desse processo, na qual dois cromossomos ou duas cromátides se dirigem incorretamente para um polo e não para o outro. ❖ Não disjunção mitótica pode ocorrer à medida que as células se dividem durante o seu desenvolvimento. Como resultado, partes do corpo serão aneuploides. ❖ Não disjunção meiótica é observada mais comumente. Nesse caso, os produtos da meiose são aneuploides, levando a descendentes totalmente aneuploides. meiose I ou meiose II. De qualquer modo, são produzidos gametas n – 1 e n + 1. Se um gameta n – 1 é fertilizado por um gameta n, é produzido um zigoto monossômico (2n – 1). A fusão de um gameta n + 1 e um gameta n produz um trissômico 2n + 1. DURANTE A MEIOSE I Observamos que os dois cromossomos homólogos foram para a mesma célula, quando o correto seria a separação destes. DURANTE A MEIOSE II alterações cromossômicas numéricas OCORRE ALTERAÇÃO NO NÚMERO DE CROMOSSOMOS. 22 MONOSSOMIA (2N-1) Na maior parte dos organismos diploides, a ausência de uma cópia de um cromossomo de um par é deletéria. Em seres humanos, os monossômicos em relação a qualquer dos autossomos morrem in utero. Muitos monossômicos do cromossomo X também morrem in utero, mas alguns são viáveis. SÍNDROME DE TURNER → 44 AUTOSSOMOS + XO CARACTERÍSTICAS ❖ Mulheres estéreis, de estatura baixa e com frequência apresentam uma frouxidão da pele que se estende entre pescoço e os ombros. ❖ Embora a sua inteligência esteja próxima do normal, algumas de suas funções cognitivas específicas são afetadas. ❖ Aproximadamente 1 em 5.000 nascimentos do sexo feminino demonstra a síndrome de Turner. TRISSOMIA (2N+1) Em organismos diploides, o desequilíbrio cromossômico da condição trissômica pode resultar em anormalidade ou morte. Entretanto, existem muitos exemplos de trissômicos viáveis e podem ser férteis também. a taxa de sobrevivência de indivíduos com síndrome de Klinefelter e síndrome de Down é relativamente longa. enquanto indivíduos com a síndrome de Patau e síndrome de Edwards vem a óbito logo em após o parto. SÍNDROME DE KLINEFELTER 44 AUTOSSOMOS + XXY Esta anomalia cromossômica provoca alterações no desenvolvimento físico e cognitivo, gerando características significativas como 23 aumento das mamas, falta de pelos pelo corpo ou atraso no desenvolvimento do pênis. tratamento: reposição de testosterona. Alguns meninos podem não apresentar qualquer alteração, no entanto, outros podem ter algumas características físicas como: • Testículos muito pequenos • Mamas ligeiramente volumosas • Quadril largo • Osteoporose • Poucos pelos faciais • Pênis de tamanho reduzido • Voz mais aguda que o normal • Infertilidade SÍNDROME DE DOWN 45 autossomos + XY 47, XY, +21 Os fenótipos combinados que compõem a síndrome de Down incluem: • Retardo menta; • Face achatada e larga; • Olhos com dobra epicântica; • Estatura baixa; • Mãos curtas com uma prega na parte intermediária e uma língua grande e sulcada. As mulheres podem ser férteis e produzir progênie normal ou trissômica, mas os homens são estéreis, com raríssimas exceções. A expectativa de vida média é de aproximadamente 17 anos e apenas 8% das pessoas com síndrome de Down sobrevivem até depois dos 40 anos de idade. A incidência da síndrome de Down está relacionada com a idade materna: mães mais velhas apresentam um risco muito elevado de ter um filho com síndrome de Down. A análise cromossômica do feto (por meio de amniocentese ou de amostra de vilosidades coriônicas) atualmente é recomendada para mães gestantes mais velhas. SÍNDROME DE PATAU 45 AUTOSSOMOS + XY/XXX 24 Além do atraso mental acentuado, a síndrome de Patau se apresenta com malformações graves no sistema nervoso central e nos órgãos internos e tem características físicas muito específicas e frequentes. Algumas doenças estão geralmente associadas à síndrome: • Problemas cardíacos; • Surdes; • Deficiência mental; • Doenças renais, entre outras condições. A face e o corpo das crianças afetadas pela síndrome de Patau também têm características frequentes: • Fenda labial e palato fendido; • Plantas dos pés arqueadas; • Problemas nos olhos, em geral pequenos, extremamente afastadas ou ausentes. • Orelhas malformadas e mal posicionadas; • Mãos e pés podem ter um sexto dedo e/ou dedos sobrepostos. A sobrevida das pessoas portadoras desta anomalia é bastante baixa, poucos indivíduos chegam aos 10 anos de vida. SÍNDROME DE EDWARDS 45 AUTOSSOMOS + XY/XX Provoca atrasos no desenvolvimento do feto, resultando em aborto espontâneo ou malformações graves ao nascimento como microcefalia e problemas cardíacos, que não podem ser corrigidos e que, por isso, baixam a expectativa de vida do bebê. • Cabeça pequena e de forma estreita; • Boca e mandíbula pequena; • Dedos longos e polegar pouco desenvolvido; • Pés com sola arredondada; • Fenda palatina. • Deficiência mental; • Problemas de respiração, devido a alterações estruturais ou ausência de um dos pulmões; • Dificuldade de sucção; • Choro fraco; • Baixo peso ao nascer; • Alterações cerebrais como cisto cerebral, hidrocefalia, anencefalia; • Paralisia facial; • Problemas renais. Menos de 10% conseguem sobreviver até 1 anos após o nascimento.
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