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Alterações cromossômicas numéricas (síndrome de klinefelter, síndrome de down, síndrome de patau e síndrome de edwards) - Citogenética

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 Aneuploidia é a segunda maior categoria de 
alterações cromossômicas na qual o número de 
cromossomos é anormal. 
❖ Aneuploide é um organismo cujo número de 
cromossomos difere daquele do tipo selvagem. 
❖ Em geral, o conjunto cromossômico aneuploide 
difere do tipo selvagem em apenas um 
cromossomo, ou em um pequeno número de 
cromossomo. 
❖ Em aneuploide pode apresentar um número de 
cromossomos superior ou inferior aquele do 
tipo selvagem. 
NOMENCLATURA 
 A nomenclatura aneuploide tem por base o 
número de cópias do cromossomo específico. 
2n + 1 é trissômico. 
2n – 1 é o monossômico. 
2n – 2 (o “– 2” representa a perda de ambos os 
homólogos de um cromossomo) é nulissômico. 
 É utilizada uma anotação especial para 
descrever os cromossomos sexuais aneuploides: 
XXY, XYY, XXX ou XO. 
NÃO DISJUNÇÃO 
 Disjunção é outra palavra para a segregação 
normal de cromossomos ou cromátides homólogas 
para polos opostos nas divisões meióticas ou 
mitóticas. 
A não disjunção é uma falha desse processo, 
na qual dois cromossomos ou duas cromátides se 
dirigem incorretamente para um polo e não para o 
outro. 
❖ Não disjunção mitótica pode ocorrer à medida 
que as células se dividem durante o seu 
desenvolvimento. Como resultado, partes do 
corpo serão aneuploides. 
❖ Não disjunção meiótica é observada mais 
comumente. Nesse caso, os produtos da meiose 
são aneuploides, levando a descendentes 
totalmente aneuploides. 
 meiose I ou meiose II. 
De qualquer modo, são produzidos gametas 
n – 1 e n + 1. Se um gameta n – 1 é fertilizado por 
um gameta n, é produzido um zigoto monossômico 
(2n – 1). A fusão de um gameta n + 1 e um gameta 
n produz um trissômico 2n + 1. 
DURANTE A MEIOSE I 
 
Observamos que os dois cromossomos 
homólogos foram para a mesma célula, quando o 
correto seria a separação destes. 
DURANTE A MEIOSE II 
 
 
alterações cromossômicas numéricas 
OCORRE ALTERAÇÃO NO NÚMERO DE CROMOSSOMOS. 
 
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MONOSSOMIA (2N-1) 
 Na maior parte dos organismos diploides, a 
ausência de uma cópia de um cromossomo de um 
par é deletéria. 
 Em seres humanos, os monossômicos em 
relação a qualquer dos autossomos morrem in 
utero. 
 Muitos monossômicos do cromossomo X 
também morrem in utero, mas alguns são 
viáveis. 
SÍNDROME DE TURNER → 44 AUTOSSOMOS 
+ XO 
 
 CARACTERÍSTICAS 
❖ Mulheres estéreis, de estatura baixa e com 
frequência apresentam uma frouxidão da pele 
que se estende entre pescoço e os ombros. 
❖ Embora a sua inteligência esteja próxima do 
normal, algumas de suas funções cognitivas 
específicas são afetadas. 
❖ Aproximadamente 1 em 5.000 nascimentos 
do sexo feminino demonstra a síndrome de 
Turner. 
 
TRISSOMIA (2N+1) 
 Em organismos diploides, o desequilíbrio 
cromossômico da condição trissômica pode 
resultar em anormalidade ou morte. Entretanto, 
existem muitos exemplos de trissômicos viáveis e 
podem ser férteis também. 
 a taxa de sobrevivência de indivíduos com 
síndrome de Klinefelter e síndrome de Down 
é relativamente longa. 
 enquanto indivíduos com a síndrome de Patau 
e síndrome de Edwards vem a óbito logo em 
após o parto. 
 
SÍNDROME DE KLINEFELTER 
44 AUTOSSOMOS + XXY 
 
 Esta anomalia cromossômica provoca 
alterações no desenvolvimento físico e cognitivo, 
gerando características significativas como 
 
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aumento das mamas, falta de pelos pelo corpo ou 
atraso no desenvolvimento do pênis. 
 tratamento: reposição de testosterona. 
Alguns meninos podem não apresentar 
qualquer alteração, no entanto, outros podem ter 
algumas características físicas como: 
• Testículos muito pequenos 
• Mamas ligeiramente volumosas 
• Quadril largo 
• Osteoporose 
• Poucos pelos faciais 
• Pênis de tamanho reduzido 
• Voz mais aguda que o normal 
• Infertilidade 
 
SÍNDROME DE DOWN 
45 autossomos + XY 47, XY, +21 
 
 Os fenótipos combinados que compõem a 
síndrome de Down incluem: 
• Retardo menta; 
• Face achatada e larga; 
• Olhos com dobra epicântica; 
• Estatura baixa; 
• Mãos curtas com uma prega na parte 
intermediária e uma língua grande e sulcada. 
As mulheres podem ser férteis e produzir 
progênie normal ou trissômica, mas os homens são 
estéreis, com raríssimas exceções. A expectativa de 
vida média é de aproximadamente 17 anos e apenas 
8% das pessoas com síndrome de Down 
sobrevivem até depois dos 40 anos de idade. 
A incidência da síndrome de Down está 
relacionada com a idade materna: mães mais velhas 
apresentam um risco muito elevado de ter um filho 
com síndrome de Down. 
A análise cromossômica do feto (por meio 
de amniocentese ou de amostra de vilosidades 
coriônicas) atualmente é recomendada para mães 
gestantes mais velhas. 
 
SÍNDROME DE PATAU 
45 AUTOSSOMOS + XY/XXX 
 
 
 
 
 
 
 
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 Além do atraso mental acentuado, a 
síndrome de Patau se apresenta com malformações 
graves no sistema nervoso central e nos órgãos 
internos e tem características físicas muito 
específicas e frequentes. 
 Algumas doenças estão geralmente associadas 
à síndrome: 
• Problemas cardíacos; 
• Surdes; 
• Deficiência mental; 
• Doenças renais, entre outras condições. 
A face e o corpo das crianças afetadas pela 
síndrome de Patau também têm características 
frequentes: 
• Fenda labial e palato fendido; 
• Plantas dos pés arqueadas; 
• Problemas nos olhos, em geral pequenos, 
extremamente afastadas ou ausentes. 
• Orelhas malformadas e mal posicionadas; 
• Mãos e pés podem ter um sexto dedo e/ou 
dedos sobrepostos. 
A sobrevida das pessoas portadoras desta 
anomalia é bastante baixa, poucos indivíduos 
chegam aos 10 anos de vida. 
SÍNDROME DE EDWARDS 
45 AUTOSSOMOS + XY/XX 
 
 Provoca atrasos no desenvolvimento do feto, 
resultando em aborto espontâneo ou malformações 
graves ao nascimento como microcefalia e 
problemas cardíacos, que não podem ser corrigidos 
e que, por isso, baixam a expectativa de vida do 
bebê. 
• Cabeça pequena e de forma estreita; 
• Boca e mandíbula pequena; 
• Dedos longos e polegar pouco desenvolvido; 
• Pés com sola arredondada; 
• Fenda palatina. 
• Deficiência mental; 
• Problemas de respiração, devido a alterações 
estruturais ou ausência de um dos pulmões; 
• Dificuldade de sucção; 
• Choro fraco; 
• Baixo peso ao nascer; 
• Alterações cerebrais como cisto cerebral, 
hidrocefalia, anencefalia; 
• Paralisia facial; 
• Problemas renais. 
Menos de 10% conseguem sobreviver até 1 
anos após o nascimento.

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