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Prática - Unidade IV

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Prévia do material em texto

Prática de Ensino 
em Biologia no 
Ensino Médio
Material Teórico
Responsável pelo Conteúdo:
Prof. Ms. João Paulo Silva Pinheiro
Revisão Textual:
Prof. Ms. Luciano Vieira Francisco
Estágio Curricular Supervisionado em Biologia
• Legislação do Estágio Curricular Supervisionado
• A Importância do Estágio
• A Prática do Estágio
 · Analisar a legislação vigente do estágio curricular supervisionado.
 · Reconhecer a importância do estágio para a carreira docente. 
 · Compreender e estimular a prática do estágio curricular supervisionado.
OBJETIVO DE APRENDIZADO
Estágio Curricular Supervisionado
em Biologia
Orientações de estudo
Para que o conteúdo desta Disciplina seja bem 
aproveitado e haja uma maior aplicabilidade na sua 
formação acadêmica e atuação profissional, siga 
algumas recomendações básicas: 
Assim:
Organize seus estudos de maneira que passem a fazer parte 
da sua rotina. Por exemplo, você poderá determinar um dia e 
horário fixos como o seu “momento do estudo”.
Procure se alimentar e se hidratar quando for estudar, lembre-se de que uma 
alimentação saudável pode proporcionar melhor aproveitamento do estudo.
No material de cada Unidade, há leituras indicadas. Entre elas: artigos científicos, livros, vídeos e 
sites para aprofundar os conhecimentos adquiridos ao longo da Unidade. Além disso, você também 
encontrará sugestões de conteúdo extra no item Material Complementar, que ampliarão sua 
interpretação e auxiliarão no pleno entendimento dos temas abordados.
Após o contato com o conteúdo proposto, participe dos debates mediados em fóruns de discussão, 
pois irão auxiliar a verificar o quanto você absorveu de conhecimento, além de propiciar o contato 
com seus colegas e tutores, o que se apresenta como rico espaço de troca de ideias e aprendizagem.
Organize seus estudos de maneira que passem a fazer parte 
Mantenha o foco! 
Evite se distrair com 
as redes sociais.
Mantenha o foco! 
Evite se distrair com 
as redes sociais.
Determine um 
horário fixo 
para estudar.
Aproveite as 
indicações 
de Material 
Complementar.
Procure se alimentar e se hidratar quando for estudar, lembre-se de que uma 
Não se esqueça 
de se alimentar 
e se manter 
hidratado.
Aproveite as 
Conserve seu 
material e local de 
estudos sempre 
organizados.
Procure manter 
contato com seus 
colegas e tutores 
para trocar ideias! 
Isso amplia a 
aprendizagem.
Seja original! 
Nunca plagie 
trabalhos.
UNIDADE Estágio Curricular Supervisionado em Biologia
Legislação do Estágio Curricular 
Supervisionado 
O estágio curricular supervisionado obrigatório é uma etapa crucial para o 
discente universitário, uma vez que vivenciará de forma crítica e reflexiva sua futura 
profissão. Esse momento da formação – estágio – é respaldado por leis trabalhistas 
e educacionais.
A primeira vez que o estágio supervisionado no ensino – prática de ensino 
– foi estabelecido na legislação deu-se a partir do Parecer do Conselho Federal 
de Educação n.º 292, em 14 de novembro de 1962, que tratava como requisito 
obrigatório para todos os cursos de formação de professores.
Andrade e Resende (2010) explanam que:
O Parecer CFE 292/62, que estabelecia a carga das matérias pedagógicas 
(1/8 da duração dos cursos), determinava que o estágio devesse ocorrer nas 
escolas da rede de ensino. Nesse espaço, o futuro professor seria assistido 
por educadores especialmente designados para orientá-lo, trazendo para 
a discussão os êxitos e erros cometidos pelo aluno estagiário. Definia, 
ainda, que o estágio tivesse um período de duração de um semestre letivo. 
Ao realizar o estágio, em escolas da rede de ensino, os futuros professores 
teriam a oportunidade de “aplicar” os conhecimentos adquiridos ao longo 
do seu curso, dentro das possibilidades e limitações de uma escola “real”. 
Com o passar dos anos, diante de mudanças políticas, o estágio supervisionado 
foi sendo modificado na legislação.
 A Lei n.º 6.494, de 7 de dezembro de 1977 – regulamentada pelo Decreto 
n.º 87.497/82: “[...] dispõe sobre os estágios de estudantes de estabelecimento de 
Ensino Superior e Ensino Profissionalizante do 2º Grau e Supletivo [...]”, em que se 
observa algumas normas, responsabilidades e estrutura do estágio curricular. 
Finalmente, a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB) n.º 9.394, 
de 20 de dezembro de 1996, que amplia e estrutura o oferecimento da Educação 
Básica, determina com mais precisão os direitos de todos os envolvidos no processo 
educacional, bem como a flexibilização do ensino e a autonomia dos municípios 
para a oferta da Educação Básica. 
A LDB abrange os princípios, fins, organização da Educação Nacional, os níveis 
e as modalidades de ensino, os recursos financeiros, dos profissionais de educação, 
em que traz o papel do estágio como etapa importante na formação docente, 
“[...] a associação entre teorias e práticas, mediante estágios supervisionados e 
capacitação em serviço [...]” – elemento incluído pela Lei n.º 12.014, de 2009 –, 
entre outros aspectos.
8
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No ano de 2001, por meio do parecer CNE/CP n.º 9/2001, instituiu-se as 
diretrizes curriculares nacionais para a formação de professores da Educação Básica, 
em Nível Superior, curso de Licenciatura, de Graduação Plena. Essas diretrizes 
consistem em um “[...] conjunto de princípios, fundamentos e procedimentos a 
serem observados na organização institucional e curricular de cada estabelecimento 
de ensino e aplicam-se a todas as etapas e modalidades da Educação Básica”.
Nesse parecer observa-se essa etapa de formação docente como um momento 
oportuno para a troca de experiências com um profissional já formado – professor 
supervisor da escola – e com outros elementos constituintes do contexto educacional, 
tais como a instituição escolar e os alunos. Logo, o estágio supervisionado refere-
-se a um processo de construção do conhecimento e/ou treinamento pelo aluno 
estagiário sob a supervisão de um profissional da área – professor da escola.
No mesmo ano de 2001, com a regulamentação do Conselho Nacional de 
Educação (CNE) e das Diretrizes Curriculares Nacionais (DCN) (Resoluções CNE 
n.º 1/2002 e 2/2002), os cursos de Graduação na modalidade Licenciatura foram 
encarregados pela formação de docentes. Assim, aborda no Artigo 3º, Parágrafo 
3º, da Resolução CNE/CO n.º 1/2002, a obrigatoriedade da realização de estágios 
em escola de Educação Básica, havendo o “diálogo” entre os sistemas de ensino.
A Resolução CNE/CO n.º 2/2002 aponta:
I 400 (quatrocentas) horas de prática como componente curricular, 
vivenciadas ao longo do curso;
II 400 (quatrocentas) horas de estágio curricular supervisionado a partir 
do início da segunda metade do curso;
III 1.800 (mil e oitocentas) horas de aulas para os conteúdos curriculares 
de natureza científico-cultural;
IV 200 (duzentas) horas para outras formas de atividades acadêmico-
científico-culturais.
V Parágrafo único. Os alunos que exerçam atividade docente regular 
na Educação Básica poderão ter redução da carga horária do estágio 
curricular supervisionado até o máximo de 200 (duzentas) horas.
Já na Lei n.º 11.788, de 25 de setembro de 2008, aborda-se de forma ampla o 
estágio de um estudante de curso de Graduação – Ensino Superior –, definindo como: 
Art. 1º – Estágio é ato educativo escolar supervisionado, desenvolvido no 
ambiente de trabalho, que visa à preparação para o trabalho produtivo 
de educandos que estejam frequentando o ensino regular em instituições 
de Educação Superior, de Educação Profissional, de Ensino Médio, 
da Educação Especial e dos anos finais do Ensino Fundamental, na 
modalidade profissional da Educação de Jovens e Adultos.
9
UNIDADE Estágio Curricular Supervisionado em Biologia
Além do mais, tal Lei traz a classificação, as relações de estágio, sobre a instituição 
de ensino – obrigações –, a parte concedente, o estagiário – por exemplo, a carga 
horária – e a fiscalização. 
Devemos ressaltar os seguintes artigos e incisos desta Lei:
Art.1º, § 1º – O estágio faz parte do projeto pedagógico do curso, além 
de integrar o itinerário formativo do educando. 
§ 2º – O estágio visa ao aprendizado de competências próprias da atividade 
profissional e à contextualização curricular, objetivando o desenvolvimento 
do educando para a vida cidadã e para o trabalho. 
Art. 2º – O estágio poderá ser obrigatório ou não-obrigatório, conforme 
determinação das diretrizes curriculares da etapa, modalidade e área de 
ensino e do projeto pedagógico do curso. 
§ 1º – Estágio obrigatório é aquele definido como tal no projeto do curso, 
cuja carga horária é requisito para aprovação e obtenção de diploma. 
§ 2º – Estágio não-obrigatório é aquele desenvolvido como atividade 
opcional, acrescida à carga horária regular e obrigatória.
Art 3º, § 1º – O estágio, como ato educativo escolar supervisionado, 
deverá ter acompanhamento efetivo pelo professor orientador da 
instituição de ensino e por supervisor da parte concedente, comprovado 
por vistos nos relatórios referidos no inciso IV do Caput do Art. 7º desta 
Lei e por menção de aprovação final.
Acesse a Lei n.º 11.788, de 25 de setembro de 2008 para ter mais informações sobre as 
obrigações da instituição de ensino, da parte concedente, do estagiário, da fiscalização e das 
disposições gerais. https://goo.gl/oIF7A
Ex
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Por fim, é fundamental que os sujeitos que realizam o processo de ensino-apren-
dizagem observem essas leis, assim como o momento político da época, a fim de 
proporcionar um processo de construção do conhecimento significativo para todos 
os envolvidos. Essa construção deve ocorrer de forma contínua para o aperfeiçoa-
mento da prática docente, tal como corroborado por Andrade e Resende (2010),
[...] a formação do profissional docente deve ser pensada “a partir”, 
mas também “para além” de suas diretrizes legais, pois essas, ainda que 
incorporem discussões que se travam na área e que sejam elementos 
norteadores dos projetos pedagógicos, não conseguem captar a dinâmica 
da realidade e da complexa relação teoria-prática. Quanto à prática, 
prática de ensino e estágio, mudanças estruturais na formação inicial 
de professores se fazem necessárias, buscando permitir que o aluno da 
licenciatura seja preparado na universidade, mas também “na” e “para” 
a escola. É preciso pensar num profissional que vai atuar dentro de um 
determinado contexto sócio-histórico e que deverá construir de modo 
idiossincrático a sua prática na realidade da sala de aula. Ainda que essa 
10
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construção não se esgote na formação inicial, pois ocorre de forma 
permanente e contínua durante a trajetória profissional, as experiências 
ali vivenciadas e refletidas são fundamentais. Desse modo, devem merecer 
atenção das políticas que tratam da formação, das instituições formadoras, 
dos pesquisadores do campo, dos supervisores de estágio, enfim, de todos 
aqueles que de alguma forma estão envolvidos nesse processo.
Leremos mais sobre a importância do estágio supervisionado e como ocorre a 
prática do mesmo, principalmente no Ensino Médio. 
A Importância do Estágio
Ao escutarem a menção de estágio durante a Licenciatura, muitos alunos 
universitários já se assustam, sejam pelas atividades a serem desenvolvidas durante 
esse período e/ou até mesmo pela “timidez” e medo de enfrentar uma sala de 
aula. No entanto, outros se motivam pela situação que viverão, pois sabem da 
importância dessa atividade para a formação docente. 
Mas em que consiste um estágio?
De acordo com o dicionário Aurélio On-Line, estagiar significa fazer estágio, 
passar algum tempo em algum lugar para aprender pela prática.
No ensino, de que forma o estágio pode ser realizado?
O estágio no ensino é classificado por alguns autores em três tipos: curricular 
obrigatório, curricular não obrigatório e monitoria. 
O primeiro trata-se do estágio que é ofertado como disciplina – grade curricular 
– durante a Graduação, em que o discente deve cumprir uma carga horária em 
alguma instituição de ensino, pública ou privada, realizando algumas atividades 
para obter no final uma nota e compor o histórico escolar do mesmo. Esse estágio 
ocorre de forma supervisionada pelo professor da escola – campo do estágio – e 
pelo professor da universidade. 
O estágio não obrigatório é caracterizado como uma atividade complementar à 
formação do estudante, não sendo exigido pela Instituição de Ensino Superior (IES). 
Essa atividade pode ser realizada em parceria com alguma instituição conveniada com 
a IES, ou por meio de algum programa de incentivo à docência, como o Programa 
Institucional de Bolsas de Iniciação à Docência (PIBID), mantido pelo Ministério da 
Educação – oferece bolsas a estudantes de cursos de Licenciatura Presencial para 
atuação em escolas da rede pública de ensino e que se comprometam a exercer 
a docência futuramente nas instituições públicas, ou até mesmo por iniciativa do 
próprio estudante universitário, sem ter vínculo com a IES. Muitas vezes, esse 
estágio ocorre de forma remunerada. 
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UNIDADE Estágio Curricular Supervisionado em Biologia
Já a monitoria consiste em o discente universitário auxiliar nas atividades do-
centes de determinada disciplina da Graduação – ou Pós-Graduação –, como na 
realização de aulas práticas e na resolução de exercícios com os alunos daquela dis-
ciplina. A monitoria ocorre sob a supervisão do professor orientador – responsável 
e/ou ministrante da disciplina.
Portanto, o estágio supervisionado na Licenciatura (Figura 1) trata-se de um 
período de experiência em que o discente universitário poderá aplicar a teoria 
de forma prática para eliminar futuras falhas, aprofundar os conhecimentos em 
determinada área, como a Biologia, e possibilitar uma aprendizagem significativa 
em relação à futura profissão de professor por meio da vivência da realidade escolar. 
Dessa maneira, o discente deverá aliar o conhecimento específico da área com o 
conhecimento didático para a sua formação docente. 
Figura 1 – Estágio supervisionado na Licenciatura
Fonte: iStock/Getty Images
Scalabrin e Molinari (2013) ressaltam a importância da realização dos estágios 
supervisionados na formação de docentes nos cursos de Licenciatura, uma vez que
[...] é um processo de aprendizagem necessário a um profissional que 
deseja realmente estar preparado para enfrentar os desafios de uma 
carreira e deve acontecer durante todo o curso de formação acadêmica, 
no qual os estudantes são incentivados a conhecerem espaços educativos 
entrando em contato com a realidade sociocultural da população e da 
instituição. Como preparação à realização da prática em sala de aula, 
o tradicional estágio se configura como uma possibilidade de fazer uma 
relação entre teoria e prática, conhecer a realidade da profissão que 
optou para desempenhar, pois, quando o acadêmico tem contato com as 
atividades que o estágio lhe oportuniza, inicia a compreensão aquilo que 
tem estudado e começa a fazer a relação com o cotidiano do seu trabalho.
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De que forma o discente universitário pode exercer a docência na comunidade? Somente 
por meio de aulas teóricas na escola? Pode ser por meio de palestras? Educação Ambiental? Ex
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Acesse um projeto de Extensão Universitária realizado por alunos de um curso de Graduação 
a Distância em Ciências Biológicas, em que os mesmos levam a comunidade local à 
conscientização ambiental e à “prática” da sustentabilidade por meio de algumas ações, 
como a realização de ofi cinas. https://goo.gl/GWuR7A
Ex
pl
or
Além da regência, o estágio supervisionado é dividido em outras atividades 
(Figura 2) que permitem a inserção do discente no ambiente escolar e na sociedade, 
auxiliando na formação de alunos críticos e reflexivos. Igualmente, o estagiário 
pode observar toda a estrutura física e o funcionamento da escola, bem como as 
ações do professor supervisor, por exemplo, a condução de uma aula – regência. 
A partir daí o graduando observa e escolhe práticas que o acompanharão na futura 
docênciae outras ações que não serão realizadas em sua carreira para que haja a 
formação de cidadãos. A participação efetiva do estagiário proporcionará menos 
dificuldades durante o exercício da profissão.
Estágio
supervisionado
Observação
da escola
Planejamento
Observação
das atividades
do professor
 supervisor
Regência
Atividades
complementares
(o�cinas, minicursos,
exercícios etc.)
Figura 2 – Atividades desenvolvidas durante o estágio supervisionado
Durante essas atividades, o aluno estagiário verificará de que forma deve ser a 
sua postura em sala de aula, como a linguagem deve ser empregada, quais habi-
lidades e competências devem ser desenvolvidas, qual deve ser a relação entre o 
professor e o aluno, a disponibilidade de recursos didáticos e como utilizá-los, entre 
outros aspectos. 
Todavia, algumas dificuldades/problemas surgem durante essa fase de preparação 
docente, desde a primeira visita ao campo de estágio, até a realização de atividades 
complementares, menciona-se: 
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UNIDADE Estágio Curricular Supervisionado em Biologia
• A infraestrutura e disponibilidade de recursos didáticos na escola;
• Na etapa de planejamento, o estagiário sente-se inseguro por aquilo que está 
sendo pensado não seja a melhor forma de trabalhar determinado conteúdo e 
se a turma responderá de forma positiva; 
• Algumas escolas fazem com que os alunos realizem atividades mais mecanicistas 
e/ou tradicionais, dificultando a introdução de uma inovação no ensino; 
• O estagiário deve manter uma relação harmônica com o professor supervisor, 
sem haver divergências ou falta de respeito um para com o outro, mas com 
troca de informações e experiências;
• Alguns professores “supervisores” das IES não atuam de forma efetiva no 
estágio do graduando;
• Insegurança em mediar o conteúdo, por exemplo, ficar se questionando se o 
aluno vai perguntar “isso” ou “aquilo”, se saberá responder ou não? Pense o 
seguinte: ninguém sabe de tudo. Seja humilde e fale que pesquisará – não se 
esqueça de, na próxima aula, retomar o questionamento;
• Muitos pais e/ou profissionais da escola sentem-se incomodados com a 
presença/atuação do estagiário, questionando se este interferirá na qualidade 
do processo de ensino-aprendizagem;
• O tempo para a realização da regência no estágio é curto;
• O tempo da aula é curto ou longo demais, se for mal planejado;
• Comportamento dos alunos. Antes de ir para a sala de aula, imaginamos 
alunos que contribuem em tudo e mantêm um excelente comportamento, mas 
nem sempre isso é verdade! 
Imagine a seguinte situação: você está realizando a sua regência sob a supervisão do 
professor da escola e, durante esse período, a turma apresenta indisciplina – como 
observado na seguinte Figura:
Figura 3 – Desorganização e indisciplina em sala de aula
Fonte: iStock/Getty Images
Qual é o seu papel – de estagiário – frente a essa situação? O que deve ser feito? O professor su-
pervisor deve interferir? Você deve modificar algo para que na próxima aula isso não se repita?
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Logo, cabe ao estagiário refletir sobre o seu processo formativo, aplicando a 
teoria na prática com o intuito de que haja o desenvolvimento de um professor 
qualificado, que reconhece os principais desafios do contexto educacional, que 
lida com imprevistos e é capaz de superá-los para proporcionar a construção do 
conhecimento pelos alunos.
Leia a notícia: https://goo.gl/SXHyww e refl ita: Como o estágio lhe permitirá reverter o 
quadro noticiado tanto na escola que está atuando quanto futuramente, em seu emprego?Ex
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A Prática do Estágio
Nesse período do estágio, o estagiário aprenderá a melhor forma de atuar em sala 
de aula. Já que durante toda a sua vida teve professores diferentes que jamais gostaria 
de ser, ou outros pelos quais teve bastante admiração, buscará motivação para fazer 
um ótimo trabalho durante o período de estágio; assim como depois, quando se 
tornar professor efetivo. Logo, o estagiário é previamente construído para o que é 
ser um bom professor ou o que gostaria de ser (CASTOLDI; POLINARSKI, 2009).
O estágio supervisionado é regido por toda legislação supracitada, em que a IES 
deve exigir do universitário o cumprimento da carga horária. Para isso, o estagiário 
realiza algumas atividades inerentes à docência, tais como visita e análise do campo 
de estágio – escola –, observação da regência do professor supervisor, planejamento, 
regência propriamente dita, atividades complementares – por exemplo, oficinas, 
palestras, minicursos, resolução de exercícios, entre outras – e avaliação.
Reforçando, qual postura o discente estagiário deve ter?
• 1º Planejar a aula ou qualquer outra atividade que desenvolverá no estágio;
• 2º Treinar;
• 3º Criar boa relação com a escola e com o professor supervisor;
• 4º Proporcionar relação “amigável” com os alunos;
• 5º “Interagir” com os assuntos que apresentará à turma;
• 6º Ser acessível antes e após as aulas ou as atividades desenvolvidas;
• 7º Avaliar-se.
Em relação à escola, é importante atentar-se, principalmente, na escolha da 
mesma, se será particular ou pública, a localidade e até mesmo a afinidade ou não 
com os profissionais do local. Depois disso, uma boa recepção pela equipe gestora 
do local fará toda a diferença. É fundamental que o estagiário observe toda a estrutura 
física disponível (figuras 5 e 6), tais como pátios, jardins, quadras de esportes, 
bibliotecas, laboratórios, praças, salas de aula, entre outros elementos, bem como 
15
UNIDADE Estágio Curricular Supervisionado em Biologia
os recursos didáticos disponíveis, a fim de que haja um bom planejamento. Vale 
ressaltar que, muitas vezes, a escola particular oferecerá uma infraestrutura melhor 
(Figura 6). Além do mais, o estagiário deve observar o funcionamento de toda a 
escola, tanto pedagógico quanto gestor, ficar a par dos documentos norteadores 
do ensino – por exemplo, o projeto político-pedagógico –, como ocorre a relação 
entre escola e comunidade e quais eventos a escola promove durante o ano letivo.
Quando se fala em instalações físicas, refere-se ao ambiente físico esco-
lar, composto pelo espaço educativo, pelo mobiliário e pelo equipamento 
escolar. A falta de infraestrutura, a inexistência de projetos arquitetônicos 
adequados e viáveis, a falta de recursos públicos e até mesmo a utilização 
de instalações inadequadas dos prédios escolares são problemas reais en-
frentados por grande parte das escolas públicas brasileiras (HORTA, 2009).
Figura 4 – Escola com péssima infraestrutura
Fonte: iStock/Getty Images
Figura 5 – Escola com excelente infraestrutura e recursos disponíveis
Fonte: iStock/Getty Images
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Como mencionado, na etapa de observação da regência do professor supervisor 
é relevante observar os procedimentos do mesmo durante a aula, tais como os 
aspectos que podem ser ou não utilizados durante a futura prática docente, por 
exemplo, o modo de ministrar a aula, quais recursos didáticos aplicados com a 
turma, como “controlar” o comportamento dos alunos e qual relação afetiva deve 
ser desenvolvida entre professor e alunos. Somado a isso, o estagiário deve atentar- 
-se como é o relacionamento entre os alunos, a atenção nas aulas, de que maneira 
a aprendizagem “ocorre”, entre outros aspectos.
O planejamento é, talvez, a principal etapa para se obter sucesso durante a 
docência, já que podem ser traçados os objetivos e de que forma os mesmos serão 
alcançados. Os seguintes tópicos devem ser inseridos: nome da escola; nome do 
professor; quantidade de horas/aula para a exposição do tema; série; turma; tema; 
conhecimentos prévios dos alunos para que haja a compreensão do conteúdo da 
aula; objetivos; conteúdo – em tópicos e resumido –; material – recursos didáticos 
–; metodologia – como, quando, onde, o quê, o porquê de cada parte da aula –; 
avaliação; material complementar; referências bibliográficas.
Lembre-se que nem sempre determinado planejamento de uma série poderá ser 
utilizado em todas as turmase pense sempre em coisas alternativas, pois se algo não 
der certo, haverá o segundo plano. Tudo o que for pensado e decidido deve estar de 
comum acordo com a gestão da escola e, principalmente, com o professor supervisor. 
Existe algum modelo para o planejamento? Há vários disponíveis na literatura, bastando 
que você contemple o que é necessário para que a aula aconteça da melhor forma. Acesse e 
veja algumas sugestões de aulas/planejamentos: https://goo.gl/Dvpuiw
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A regência é uma das principais etapas do estágio supervisionado, exigindo 
bastante do aluno, tal como nos remetem Bianchi, Alvarenga e Bianchi (2003):
Compete ao aluno estar atento, demonstrar seu conhecimento pela teoria 
aprendida, realizar seu trabalho com dignidade, procurando, dentro da 
sua área de atuação, demonstrar que tem competência, simplicidade, 
humildade e firmeza, lembrando-se que ser humilde é saber ouvir para 
aprender, ser simples é ter conceitos claros e saber demonstrá-los de 
maneira cordial.
Durante a regência propriamente dita, aprende-se mais do que se ensina, 
aprendem-se novidades sobre o conteúdo da aula, sobre o dia a dia da escola e a 
interação com os alunos. A vivência em sala de aula em muito se difere das teorias 
obtidas sobre como ministrar aulas.
No que se refere à atividade complementar, o estagiário tem diferentes maneiras 
de complementar a aula expositiva, tal como a realização de minicursos, oficinas, 
a resolução de exercícios, o “plantão” tira-dúvidas, a avaliação de seminários, 
auxiliando na realização e avaliação de feira de Ciências (Figura 6), entre outras 
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UNIDADE Estágio Curricular Supervisionado em Biologia
ações. Essa etapa é de suma importância para o estagiário, pois este praticará e 
observará outras formas para mediar a transmissão de teorias e fugir do modelo 
“tradicional” de ensino – exposição do conteúdo no quadro branco. Já para o 
aluno da escola, a atividade complementar permitirá compreender e estudar 
melhor o conteúdo; solucionar problemas que não conseguiu durante a aula e/ou 
fora da sala de aula; complementar a aula; praticar o que foi visto de forma teórica; 
contextualizar; ver os temas de forma interdisciplinar; ampliar a própria visão de 
mundo; desenvolver o pensamento crítico, a cooperação; ampliar o relacionamento 
entre os colegas e entre os alunos e professores; entre outras vantagens. 
Figura 6 – Exemplos de atividades realizadas pelos alunos 
com o auxílio do estagiário à docência em uma feira de Ciências
Fonte: Acervo do Conteudista
Por fim, chegou o momento de avaliar o estágio, que pode ser com o auxílio 
dos gestores da escola, do professor supervisor, dos alunos e do próprio estagiário. 
Essa avaliação acontece, geralmente, por meio de fichas elaboradas pela IES ou 
na confecção de relatórios. Tal etapa é de fundamental importância, já que o aluno 
estagiário poderá registrar todos os benefícios da prática realizada, as dificuldades 
enfrentadas, as propostas de soluções para alguns problemas vivenciados, as 
expectativas para a formação docente, e até mesmo algo observado que jamais 
utilizará na própria docência. Essa avaliação é importante para que ocorra um 
feedback a todas as instituições envolvidas, como a IES e a escola mediada pelo 
professor da disciplina de estágio supervisionado da IES. 
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Logo, com a realização do estágio supervisionado é possível vivenciar uma 
experiência enriquecedora para a formação, ratificando a importância do estágio 
no melhor preparo dos alunos para a prática docente, pois o estagiário tem a 
oportunidade de desenvolver não só a prática do ensino, como também a busca 
por metodologias que contribuem para facilitar o aprendizado e o envolvimento 
dos alunos durante a exposição dos conteúdos ministrados, frente os obstáculos 
que surgem.
A prática docente se torna bem mais ágil e simples e, com o passar do tempo, mais 
dinâmica. Por isso, os resultados obtidos ao final do estágio supervisionado do Ensino 
Fundamental são totalmente diferentes do Ensino Médio. O conhecimento prévio 
adquirido é um aliado na sala de aula no momento da regência propriamente dita.
A partir da experiência obtida com o estágio e das observações feitas na escola, 
o estagiário pode recomendar algumas intervenções estruturais e organizacionais 
para que a escola disponha de um ambiente adequado e confortável para alunos e 
funcionários, entre as quais: troca de carteiras dos alunos; reforma para ampliação 
de algumas salas de aula; melhoria na ventilação e iluminação; sugestão de menor 
intervenção do coordenador na prática do professor; entre outras propostas. 
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UNIDADE Estágio Curricular Supervisionado em Biologia
Material Complementar
Indicações para saber mais sobre os assuntos abordados nesta Unidade:
 Vídeos
ESTÁGIO: Observação Crítico-Reflexiva sobre a Prática Pedagógica
https://youtu.be/TXvrWusAEtY
UNESP em Pauta: Papel do Estágio
https://youtu.be/imWuQzr4ki8
 Leitura
Concepções e práticas avaliativas no estágio supervisionado de Ciências e Biologia
AMARAL, Anelize Queiroz et al. Concepções e práticas avaliativas no estágio 
supervisionado de Ciências e Biologia. R. Bras. de Ensino de C&T, v. 8, n. 4, 2015.
https://goo.gl/vJ1q1Q
A Importância e Concepção da Monitoria de Estágio Supervisionado 
para Alunos do Curso de Licenciatura em Biologia
COSTA, Jefferson Silva; BALTAR, Solma Lúcia Souto Maior de Araújo. A importância e 
concepção da monitoria de estágio supervisionado para alunos do curso de Licenciatura 
em Biologia. Iniciação & Formação Docente, v. 1 n. 2, nov. 2014/jul. 2015.
https://goo.gl/v7ahUq
Estágio Supervisionado na Formação do Professor de Biologia: Diálogos entre a Universidade e a Escola
SOUSA, Roselene Ferreira; CARNEIRO, Claudia Christina Bravo e Sá. Estágio 
supervisionado na formação do professor de Biologia: diálogos entre a universidade e 
a escola. SBenBio, n. 7, out. 2014. 
https://goo.gl/gQX6EY
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Referências
ANDRADE, R. C. R.; RESENDE, M. R. Aspectos legais do estágio na formação de 
professores: uma retrospectiva histórica. Educação em Perspectiva, Viçosa, MG. 
v. 1, n. 2, p. 230-252, 2010.
AURÉLIO On-Line [dicionário. 20--].
BIANCHI, A. C. M.; ALVARENGA, M.; BIANCHI, R. Manual de orientação: 
estágio supervisionado. 2. ed. São Paulo: Pioneira Thomson Learning, 2003.
BRASIL. Lei n.º 11.788, de 25 de agosto de 2008. Dispõe sobre o estágio 
de estudantes. Brasília, DF, 2008. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/
ccivil_03/_Ato2007-2010/2008/Lei/L11788.htm>. Acesso em: 20 abr. 2017.
BRASIL. Resolução CNE/CP 2, de 19 de fevereiro de 2002. Institui a 
duração e a carga horária dos cursos de Licenciatura, de Graduação Plena, de 
formação de professores da Educação Básica em Nível Superior. Brasília, DF, 
2002a. Disponível em: <http://portal.mec.gov.br/index.php?option=com_
content&view=article&id=12633&Itemid=86>. Acesso em: 20 abr. 2017.
______. Resolução CNE/CP 1, de 18 de fevereiro de 2002. Diretrizes 
curriculares nacionais para a formação de professores da Educação Básica, em 
Nível Superior, em cursos de Licenciatura de Graduação Plena. Brasília, DF, 
2002b. Disponível em: <http://portal.mec.gov.br/index. php?option=com_
content&view=article&id=12633&Itemid=86>. Acesso em: 20 abr. 2017.
______. Lei n.º 9.394, de 20 de dezembro de 1996. Estabelece as diretrizes 
e bases da educação nacional. Brasília, DF, 1996. Disponível em: <http://www.
planalto.gov.br/ ccivil_03/LEIS/ l9394.htm>. Acesso em: 20 abr. 2017.
______. Parecer CFE n.° 292, de 14 de novembro de 1962. Fixa matérias 
de formação pedagógica. Brasília, DF, 1962. Disponível em: <http://portal.mec.
gov.br/index. php?option=com_content&view=article&id=12636&Itemid=86>. 
Acesso em: 20 abr. 2017.
______. Conselho Nacional de Educação. Parecer n.º 9, de 8 de maio de 2001. 
Diretrizes curriculares nacionais para a formação de professores da Educação 
Básica, em Nível Superior, curso de Licenciatura, de Graduação Plena. Brasília, 
DF, 2001. Disponível em: <http://portal.mec.gov.br/index.php?option=com_content&view=article&id=12636&Itemid=86>. Acesso em: 20 abr. 2017.
CASTOLDI, R.; POLINARSKI, C. A. Considerações sobre o estágio supervisionado 
por alunos licenciandos em Ciências Biológicas. In: ENCONTRO NACIONAL DE 
EDUCAÇÃO EM PESQUISA EM CIÊNCIA, 7., 2009, Florianópolis, SC.
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UNIDADE Estágio Curricular Supervisionado em Biologia
HORTA, S. D. P. A influência da estrutura física no ensino aprendizado. 19 
nov. 2009. Disponível em: <http://www.webartigos.com/articles/28413/1/
A-INFLUENCIA-DA-ESTRUTURA-FISICA-NO-ENSINO-APRENDIZADO-/
pagina1.html#ixzz1RU0AHc1h>. Acesso em: 5 jul. 2011.
SCALABRIN, I. C.; MOLINARI, A. M. C. A importância da prática do estágio 
supervisionado nas licenciaturas. Revista Científica - Unar, v. 7, n. 1, 2013. 
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