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Ed. física e idosos

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9
CURSO DE EDUCAÇÃO FÍSICA
TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO
OS EFEITOS DO TREINAMENTO DE FORÇA SOBRE A AUTONOMIA FUNCIONAL DE IDOSOS 
Maria Rita Alves
Muriaé – MG 
24
2020
caiquI FERREIRA BECEGATO
OS EFEITOS DO TREINAMENTO DE FORÇA SOBRE A AUTONOMIA FUNCIONAL DE IDOSOS 
Monografia apresentada como requisito parcial para a Conclusão do Curso de Educação Física do Centro Universitário UNIFAMINAS.
Orientador: Prof. (titulação?) Bernardo Rodrigues ____
Muriaé – MG 
2020
DEDICATÓRIA
AGRADECIMENTOS
epígrafe
BECEGATO, Caiqui Ferreira. OS EFEITOS DO TREINAMENTO DE FORÇA SOBRE A AUTONOMIA FUNCIONAL DE IDOSOS Trabalho de Conclusão de Curso. Curso de Educação Física. Centro Universitário UNIFAMINAS, 2020.
RESUMo
O presente Trabalho de Conclusão de Curso debruça-se sobre o tema dos efeitos da atividade física para a saúde dos idosos .....
Palavras-chave: 
BECEGATO, Caiqui Ferreira. THE EFFECTS OF STRENGTH TRAINING ON THE FUNCTIONAL AUTONOMY OF THE ELDERLY. Completion of course work. Physical Education Course. University Center UNIFAMINAS, 2020.
ABSTRACT
This Course Conclusion Paper focuses on the theme of the effects of physical activity on the health of the elderly .....
Key words: 
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO ................................................................................................. 8
1. Apresentação .........................................................................................
1.2. Problema .........................................................................................
1.3. Justificativa .........................................................................................
1.4. Objetivos .........................................................................................
1.4.1. Objetivos Gerais .........................................................................................
1.4.2. Objetivos Específicos .................................................................................
1.5. Hipóteses .........................................................................................
2 REFERENCIAL TEÓRICO ..................................................................................
2.1. IDOSOS E SUAS CARACTERÍSTICAS FISIOLÓGICAS ..................
2.2. EFEITO DA ATIVIDADE FÍSICA SOBRE A LONGEVIDADE DE IDOSOS 
2.3. A ATUAÇÃO DO PROFISSIONAL DE EDUCAÇÃO FÍSICA NO TREINAMENTO DE FORÇA PARA A AUTONOMIA FUNCIONAL DE IDOSOS .........................................................................................
3 CONSIDERAÇÕES FINAIS .......................................................................... 
4 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS .................................................................. 
>>> Posso continuar com o capítulo 2.3 e em seguida fazer as considerações finais?
1 INTRODUÇÃO 
O envelhecimento do ser humano é um processo lento, gradativo, contínuo e irremediável. Pode-se afirmar que se trata de uma das consequências do passar do tempo, somado a outros fatores, que determinarão a qualidade do que se habitua chamar ‘velhice’ de uma pessoa. Sabe-se que a qualidade de vida, os cuidados com a saúde física e mental, o cultivo do intelecto e das relações afetivas e sociais, dentre outros hábitos que se desenvolvem (ou não) ao longo da vida são determinantes para um envelhecimento saudável, em diversos aspectos. 
Tais cuidados são aqueles tomados ao longo de toda a vida, para que quando a velhice chegue, a pessoa esteja em condições de continuar usufruindo bem de sua saúde. Mas também há cuidados que devem ser reforçados (ou iniciados) a partir de uma determinada idade, a fim de otimizar os resultados obtidos ou de conquistar melhores índices gerais, que também possibilitem que o idoso viva com qualidade de vida, em plena atividade e com o mínimo possível de restrições.
Dentre todos os cuidados que se pode ter com a saúde ao longo de toda a vida, a atividade física está entre as mais eficientes, simples e populares. É de conhecimento público que a prática regular de exercícios, dos mais variados, tem o potencial de fortalecer e preservar a saúde. 
(CONTINUA – terminarei a introdução quando o trabalho todo estiver ok)
1.1. Apresentação
1.2. Problema
1.3. Justificativa
1.4. Objetivos
1.4.1. Objetivo Geral
1.4.2. Objetivos Específicos
1.5. Hipóteses
2 REFERENCIAL TEÓRICO
2.1. IDOSOS E SUAS CARACTERÍSTICAS FISIOLÓGICAS
Antes de este trabalho de pesquisa se aprofundar nas características fisiológicas do envelhecimento – e do idoso, considera-se importante esclarecer o conceito de Fisiologia Humana. 
Para Cortes (2019), a etimologia da palavra fisiologia pode colaborar para a compreensão de seu significado. A autora explica que “a palavra possui origem grega, sendo a junção de dois termos: physis (natureza) e logos (conhecimento, estudo). Logo, a fisiologia é o estudo da natureza” [grifo da autora] (CORTES, 2019, .1). 
No que se refere especificamente ao ‘estudo da natureza’ humana, a fisiologia é a ciência que dá conta do homem em um aspecto global, ou seja, a formação, o funcionamento e a interação de todos os órgãos, sistemas, células, tecidos etc. Em outras palavras, o objeto de estudo da fisiologia humana é a forma como o corpo se organiza para gerar e manter a vida (IDEM). 
Ainda à luz de Cortes (2019, p. 1), tem-se que de acordo a fisiologia humana, o corpo humano é constituído de seis artes, a saber: moléculas, células, tecidos, órgãos, sistemas e o próprio organismo, que “nada mais é que a junção de todos os órgãos funcionando de maneira integrada, de modo a formar um indivíduo/ser humano. Quando se fala em organismo, pensa-se sempre órgãos conectados, garantindo a vida.”
Sobre o envelhecimento à ótica da fisiologia, Chagas e Rocha (2012, p. 94) explicam que 
O envelhecimento fisiológico compreende uma série de alterações nas funções orgânicas devido exclusivamente aos efeitos da idade avançada sobre o organismo, fazendo com que o mesmo perca a capacidade de manter o equilíbrio homeostático e que todas as funções fisiológicas gradualmente comecem a declinar.
As autoras chamam a atenção para o fato de que os indivíduos em fase de envelhecimento geralmente têm maior propensão ao desenvolvimento de doenças crônicas, o que faz dessa camada da população a que mais necessita de atendimento nos serviços básicos de saúde (CHAGAS e ROCHA, 2012).
Ainda seguindo este estudo, são apontados os principais aspectos fisiológicos afetados pelo envelhecimento, que seriam:
· Composição e Forma do Corpo – devido a alterações nos discos intervertebrais e, por conseguinte, na coluna vertebral, a partir dos 40 anos de idade, é comum que a pessoa ‘encolha’ até 1 cm a cada dez anos.
· Pele e Anexos – com o passar dos anos, as fibras responsáveis pela sustentação e pela elasticidade da pele perdem gradativamente a capacidade de produção do colágeno; com isso, a pele perde viço, firmeza e assa a adquirir um aspecto envelhecido.
· Sistema Ósseo - Este caso é curioso, pois o organismo leva cerca de 30 anos para atingir a maturidade óssea, mas poucos anos depois, a perda de massa óssea se acelera consideravelmente.
· Sistema Articular – Novamente, aqui os discos intervertebrais são responsáveis ela perda de hidratação e de colágeno, fazendo com que as articulações percam flexibilidade, tenham dificuldades de mobilidade e interferem, obviamente, na coluna vertebral, prejudicando-a também.
· Sistema Muscular – A perda de massa muscular no processo de envelhecimento está diretamente relacionada com o grau de atividade física praticada elo indivíduo ao longo da vida. Destaca-se que os diferentes músculos do corpo humano podem ser afetados de modos diferentes com o passar dos anos.
· Sistema Nervoso - É o mais afetado pelo envelhecimento e é responsável por gerar uma série de outros problemas no corpo, devido ao fato de que “As alteraçõesmais importantes, características do envelhecimento, ocorrem no cérebro. O cérebro diminui de peso e tamanho. Nota-se uma redução de 5% aos 70 anos e cerca de 20% aos 90 anos de idade” (CHAGAS e ROCHA, 2012, p. 95). 
· Cavidade Bucal
· Dente e Periodonto – Com o envelhecimento, há a decomposição contínua da dentina (uma das partes formadoras do dente, localizada mais internamente, abaixo do esmalte, caracterizada por ser mais rígida que os ossos). Essa degeneração torna a perda dentária muito comum nesse processo, o que pode ser fator de uma série de outros problemas, como na mastigação e, consequentemente, na digestão e em outros órgãos do sistema digestivo e até na fonação. 
· Glândulas Salivares e Língua - A saliva desempenha uma importante tarefa na proteção dos dentes e da língua. Com o envelhecimento, há uma certa tendência de diminuição do trabalho das glândulas salivares, o que também pode representar sério risco à saúde geral do idoso. 
Numa visão complementar sobre a fisiologia do envelhecimento humano, Cardoso (2009, p. 1) considera importante ressaltar a diferença entre a senescência e a senilidade, sendo que esta “é caracterizada por afecções que frequentemente acometem os indivíduos idosos”, enquanto aquela “resulta do somatório de alterações orgânicas, funcionais e psicológicas do envelhecimento normal“. Neste contexto, 
conhecer a diferença entre esses dois processos dá subsídios para saber quando e como intervir no processo de envelhecimento. É de suma importância entender as peculiaridades anatômicas e fisiológicas do envelhecimento para poder melhor tratar o idoso [grifo meu] (IDEM).
Cardoso (2009) argumenta que as alterações anatômicas são, por exemplo, as alterações no sistema osteoarticular, que provocam, dentre outros problemas, o ‘encolhimento’ da coluna vertebral após os 40 anos de idade; a perda do equilíbrio corporal e a perda óssea do idoso, reduzindo sua mobilidade física e, logo, sua qualidade de vida. Paralelamente à perda de massa óssea, costuma ocorrer também o aumento do peso corporal, com ganho de gordura abdominal, o que é fator de risco para doenças metabólicas, circulatórias e cardiovasculares. Deve-se este fato à “diminuição da taxa de metabolismo basal e do nível de atividade física” (CARDOSO, 2009, p. 1).
Outro ponto destacado pelo autor é o envelhecimento cerebral, pois há evidências de que
adultos mais velhos têm mais dificuldade de assimilar novas informações, e habilidades de raciocínio diminuídas. Em geral, os idosos são mais lentos para responder algumas tarefas cognitivas, e são mais suscetíveis ao rompimento da informação que adultos mais jovens. Dentre as modificações mais importantes na estrutura e funcionamento cerebral, pode-se destacar: a atrofia (diminuição de peso e volume), hipotrofia dos sulcos corticais, redução do volume do córtex, espessamento das meninges, redução do número de neurônios e diminuição de neurotransmissores (IDEM). 
Ainda neste contexto, Fechine e Trompieri (2012) consideram que o sistema biológico mais comprometido com o envelhecimento é, justamente, o Sistema Nervosos Central (SNC), que é o responsável por praticamente cem por cento do funcionamento corporal e mental. Segundo os autores, 
Com o envelhecimento, o sistema nervoso apresenta alterações com redução no número de neurônios, redução na velocidade de condução nervosa, redução da intensidade dos reflexos, restrição das respostas motoras, do poder de reações e da capacidade de coordenações. [...] Assim, à medida que o cérebro envelhece, a atividade bioquímica (neurotransmissores) é afetada frequentemente. Desta maneira, com o envelhecimento normal, ocorre decréscimo no número de células nervosas, podendo ocorrer variações com uma mínima perda celular em uma região e prejuízos mais pronunciados em outras (FECHINE E TROMPIERI, 2012). 
Ademais, a degeneração visual e a perda da audição também são fatores apontados como consequência do envelhecimento cerebral:
Há alterações degenerativas da estrutura do olho, levando à diminuição visual, aumento da sensibilidade à luz, perda da nitidez das cores e da capacidade de adaptação noturna. A deterioração visual se deve a modificações fisiológicas e alterações mórbidas. Os transtornos mais comuns que afetam os idosos são a catarata, a degeneração macular, o glaucoma e a retinopatia diabética.
A perda de audição resulta da disfunção dos componentes do sistema auditivo. Há perda da discriminação dos sons mais baixos. Ocorre maior acúmulo de cera no ouvido pela alteração na função glandular. As alterações vasculares também alteram a audição. São comuns os estados vertiginosos e zumbidos (CARDOSO, 2009, p. 1).
Chama-se a atenção, ainda, para o fato de o SNC não possuir capacidade regenerativa natural, isto é, os danos provocados no cérebro – sejam em qualquer circunstância, não somente devido ao envelhecimento – dificilmente são passíveis de reparação, e quando acontece é por meio de intervenções, geralmente cirúrgicas de alta complexidade. Conforme Fechine e Trompieri (2012, p. 123), o cérebro humano está 
sujeito ao envelhecimento decorrente de fatores intrínsecos (genética, sexo, sistema circulatório e metabólico, radicais livres, etc.) e extrínsecos (ambiente, sedentarismo, tabagismo, drogas, radiações, etc.). Esses fatores continuam exercendo ações deletéria com o tempo.
Nota-se que as observações sobre o cérebro do idoso nos estudos de Cardoso (2009), Fechine e Trompieri (2012) e de Chagas e Rocha (2012) são bastante similares e complementares, o que demonstra uma coesão nas informações sobre as influências do envelhecimento neste órgão vital, que tem o potencial de se refletir em todas as partes do corpo humano. 
Outra das modificações importantes na fisiologia humana durante o envelhecimento se refere ao envelhecimento cardiovascular. Ainda à luz de Cardoso (2009, p. 1), tem-se que
o envelhecimento está associado a alterações estruturais cardíacas. As paredes do ventrículo esquerdo aumentam de espessura, e ocorre depósito de colágeno, da mesma forma, a aorta se torna mais rígida.
Nas artérias, ocorre acúmulo de gordura (aterosclerose), perda de fibra elástica e aumento de colágeno. Dessa forma, a função cardiovascular fica prejudicada, diminuindo a resposta de elevação de frequência cardíaca ao esforço ou estímulo, aumentando a disfunção diastólica do ventrículo esquerdo e dificultando a ejeção ventricular. Além disso, ocorre maior prevalência de Hipertensão arterial sistólica isolada com maior risco de eventos cardiovasculares.
Na mesma linha de raciocínio, Fechine e Trompieri (2012) concordam que as funções cardiovasculares são comprometidas ao longo dos anos, como o fato de o coração da pessoa mais velha não ser capaz de responder rapidamente a um estímulo físico mais forte que o habitual, ou até mesmo ter seu funcionamento alterado mesmo sem esforço extra. Para os autores,
Algumas alterações biológicas esperadas no idoso com o envelhecimento ocorrem no sistema cardiovascular. No sistema cardiovascular, quando o idoso é submetido a um esforço, ocorre uma diminuição na capacidade do coração de aumentar o número e a força dos batimentos cardíacos. Com o envelhecimento, ocorre também redução da frequência cardíaca em repouso, aumento do colesterol, como também da resistência vascular, com o consequente aumento da tensão arterial (FECHINE e TROMPIERI, 2012, p. 113).
Há, ainda, a questão do sistema respiratório, cujas funções são reduzidas com o avançar da idade. De forma semelhante à massa óssea, que é formada ao longo de muitos anos e logo em seguida entra em declínio considerável, o mesmo acontece com a função pulmonar, que “aumenta durante a adolescência, estabiliza até o período dos 30 anos e, depois disso, começa a declinar” (FECHINE e TROMPIERI, 2012, p. 115). Segundo este mesmo estudo, 
No sistema respiratório, o envelhecimento acarreta diminuição da ventilação pulmonar, redução da elasticidade dos alvéolos e subtração da capacidade vital. A redução do consumo máximo de oxigênio ocorre pelo apoucamentoda massa ventricular decorrente do envelhecimento (AFFIUNE, 2002, apud FECHINE e TROMPIERI, 2012, p. 116).
Em conversa com Cardoso (2009), Fechine e Tromieri (2012) associam certas alterações fisiológicas do envelhecimento humano a alterações anatômicas, porém aqui são apontadas características do sistema respiratório, como a diminuição da força muscular – decorrente do envelhecimento, que pode, inclusive, afetar grupos de músculos do sistema respiratório, podendo provocar
diminuição da elasticidade pulmonar, a redução da capacidade da difusão do oxigênio, a redução dos fluxos expiratórios, a elevação da complacência pulmonar, o fecho das pequenas vias aéreas e fecho prematuro de vias aéreas (GORZONI E RUSSO, 2002 apud FECHINE e TROMIERI, 2012, p. 116). 
Ainda em interação com Cardoso (209), Fechine e Tromieri (2012) destacam o envelhecimento da musculatura e dos ossos humanos. Para estes autores, a perda de massa óssea se justifica pela “diminuição no comprimento, elasticidade e número de fibras. Também é notável a perda de massa muscular e elasticidade dos tendões e ligamentos (tecidos conectivos) e da viscosidade dos fluidos sinoviais” (FECHINE e TROMIERI, 2012, p. 116). 
Bessa e Barros (2009) destacam que essa perda de massa muscular geralmente leva a uma comorbidade relativamente comum nos idosos: a sarcopenia, que é a 
perda de massa muscular relacionada à idade, associada à perda de função. O termo não deve ser considerado em casos de perda muscular associados à processos inflamatórios, perda de peso, ou doenças em estágios avançados [grifo nosso] (BESSA e BARROS, 2009, p. 6)
O grifo se refere ao fato de que a sarcopenia é uma disfunção diretamente relacionada ao envelhecimento, isto é, jovens podem apresentar sintomas parecidos, mas devido a outras causas, como mencionado acima. A sarcopenia "está associada ao declínio progressivo da massa e consequentemente da função muscular (força, potência e resistência)” (IDEM).
Ressalta-se, novamente, a questão de que a musculatura e os ossos se desenvolvem durante um considerável período de tempo, mas 
que o pico de força máxima aconteça por volta dos 25 a 30 anos, com estabilizações até aos 50 anos e um declínio até por volta dos 70 anos, [... o que] leva a uma perda progressiva da força e da resistência aeróbia no idoso.” (FECHINE e TROMIERI, 2012, p. 119).
Até aqui, pôde-se compreender melhor a maneira como o organismo humano funciona no processo de envelhecimento. As diversas mudanças que ocorrem no corpo e mente da pessoa idosa podem levá-la a um estado de saúde físico e mental perigoso, com grande risco de perda da qualidade de vida, o que deve ser evitado ao máximo. Nosso corpo se desenvolve de forma contínua e progressiva ao longo de toda a vida, por esta razão é importante cuidar da saúde desde a infância, com boa alimentação, prática de atividades físicas, dentre outras formas de manter-se saudável. 
Com isso, não se intenciona evitar o envelhecimento – até porque isso é algo impossível, mas sim promover meios de conscientização sobre como tornar esse processo menos impactante tanto para o corpo quanto para a mente.
2.2. EFEITO DA ATIVIDADE FÍSICA SOBRE A LONGEVIDADE DE IDOSOS
Sabe-se que a atividade física é altamente positiva para a saúde e a longevidade. Um estilo de vida ativo reduz consideravelmente a chance de desenvolver diversas doenças, além de promover a melhoria ou a manutenção da qualidade de vida da pessoa idosa. 
De acordo com Hayflick (1997) apud Fechine e Tromieri (2012), com o passar do tempo, a capacidade aeróbia, que é a capacidade de respirar adequadamente, desde a inspiração até o transporte do oxigênio por todo o corpo e sua correta utilização pelo organismo, diminui, o que pode ser evitado ou revertido com a prática de atividades físicas. 
A diminuição da capacidade aeróbia se deve à “combinação entre necessidade de gasto energético, consumo de O² e redução do débito cardíaco” (GORZONI E RUSSO, 2002 apud FECHINE e TROMIERI, 2012, p. 117).
Para Geis (2003) apud Cinel e Alves (2016, p. 380), “A capacidade de aproveitar o oxigênio, que supõe a possibilidade da vida, é, paradoxalmente, a responsável pelo envelhecimento celular e, portanto, pelo envelhecimento do indivíduo”.
De acordo com Hayflick, 1997 apud Fechine e Tromieri, 2012, p. 117)
as pessoas fisicamente ativas possuem capacidade aeróbia melhor do que os idosos com a mesma idade, inativos, ou jovens e sedentários. As pessoas idosas fisicamente ativas têm a capacidade semelhante a jovens ativos. Desta maneira, o exercício pode modificar alguns processos fisiológicos que diminuem com a idade, melhorando a eficiência cardíaca, a função pulmonar e os níveis de cálcio [grifos meus]. 
Infere-se assim que a prática regular de exercícios tem um impacto tão forte no corpo humano, que um idoso ativo tende a ser mais saudável que um jovem sedentário. Assim, percebe-se que, de fato, a atividade física possui forte efeito na longevidade dos idosos. 
Nos dias de hoje, entende-se a prática regular de atividade física como um investimento, pois é público e notório o quanto esse hábito tem o potencial de melhorar o funcionamento do organismo em geral, promovendo uma melhor qualidade de vida e contribuindo fortemente para um envelhecimento saudável. 
Para Okuma apud Silva (2012, p. 14), 
envelhecer bem e atividade física estão intimamente ligados. O incentivo para pessoas a partir dos 40 anos por parte dos profissionais da educação física e saúde á praticarem atividades diárias, moderadas é para que elas possam aproveitar melhor as oportunidades da vida.
Assim, pode-se afirmar que a pessoa que não se dedica a atividades físicas ao longo de sua vida possui grande chance de envelhecer de forma menos saudável, com dores diversas, fadiga excessiva, além de várias doenças e comorbidades que podem ser evitadas, com uma vida ativa desde a juventude. 
Geis (2003) apud Alves e Cinel (2016, p. 381) argumenta que
o corpo humano necessita de movimento, se o movimento for limitado as atividades de vida diária, ficará reduzido, o que poderá causar atrofia do corpo e que com exercícios físicos adequados, as articulações adquirem a capacidade de movimento maior, músculos e ligamentos fortalecidos, aumenta a capacidade cardiorrespiratória, e consequentemente melhorando a aptidão física.
Sabe-se que precisamos estar em constante movimentação para nos mantermos saudáveis, pois o sedentarismo debilita o organismo, provocando atrofia muscular, prejudicando a vida como um todo, desde os afazeres rotineiros até a capacidade de se manter ativo, de modo geral.
Segundo Corazza (2009) apud Silva (2012, p. 16), “todas as restrições, geralmente vão aparecer nos idosos sedentários, mas no ativo, esse processo diminui progressivamente devido ao hábito de praticar atividades físicas diariamente”.
Para Okuma apud Silva (2012, p. 17), 
a atividade física traz benefícios evidentes para os idosos, melhorando as capacidades cognitivas e psicossociais, tendo uma positiva relação com o bem-estar psicológico, levados por sentimentos de satisfação, felicidade e inclusão. Os idosos se sentem seguros e dispondo um melhor funcionamento intelectual, físico, afetivo e social.
 Com isso, entende-se que os benefícios do hábito de se exercitar vão bastante além do corpo físico, mas também se refletem na saúde psicológica e emocional, na capacidade de interação social, nas atividades cerebrais etc. 	
À luz de Cinel e Alves (2016, p. 379), tem-se que 
A inserção dos idosos em um programa regular de exercícios físicos contribui de forma gradativa para que o idoso possa ter um estilo de vida mais saudável, ativo e independente nesta fase da vida, pois causa respostas favoráveis que contribuem para um envelhecimento saudável, pois a diminuição da capacidade funcional ocorre em grande parte pela inatividade física [grifo meu].
Se para as pessoas mais jovens o sedentarismo é um grande mal, para os idosos os efeitos nocivos da inatividade física são ainda mais fortes e degradantes. Conforme Carvalho (2012, p. 13),“o sedentarismo na terceira idade é algo preocupante. Várias complicações decorrentes dos maus hábitos de vida (físico e alimentares), acometem idosos de nosso país e interferem diretamente no balanço do perfil epidemiológico”. Ainda para a autora, idosos sedentários podem começar a modificar esse quadro com pequenas mudanças de hábito, como “subir escadas, lavar o carro, limpar o jardim, passear com o cachorro, cuidar da horta, consideradas atividades da vida diária” (CARVALHO, 2012, p. 14)
Em concordância com Carvalho (2012), Manzini Filho et al. (2010, p. 101) entende que tais atividades diárias também podem ser o início do diagnóstico para a elaboração de um roteiro de exercícios personalizados para idosos em diversas condições de saúde:
O tipo de exercício a ser realizado depende do organismo e da vontade de cada indivíduo. Assim, não há nenhuma fórmula predeterminada do que deve ser feito na terceira idade. Com o auxílio do profissional de saúde o idoso precisa olhar para si e ver qual é a sua capacidade funcional nas atividades do dia a dia, como subir as escadas de um ônibus, carregar panelas de pressão, arrumar camas, abaixar-se para ver o forno. Assim, a melhora da atividade física melhorará, posteriormente, sua capacidade de desempenhar essas e outras tarefas cotidianas.
Há também a questão do desenvolvimento de doenças crônicas em idosos sedentários. Silva (2012, p. 18) explica que 
Com o passar dos anos é comum a maioria das pessoas adquirir doenças, que geralmente são características da velhice. Na terceira idade há uma tendência ao acumulo de doenças crônicas, na sua grande maioria, fáceis de serem controladas. Entre as principais doenças relacionadas ao sedentarismo estão: a hipertensão arterial, obesidade, aumento do colesterol LDL, diabetes mellitos, ansiedade, infarto do miocárdio e grandes possibilidades de morte súbita. 
Nota-se que, de fato, levar uma vida sedentária, principalmente na velhice, definitivamente, não é uma boa forma de se viver. São muitos os males provocados pela falta de exercícios físicos regulares. Como mencionado por Carvalho (2014), é possível o idoso sair do sedentarismo de maneiras simples, como por exemplo realizando atividades domésticas, dar leves caminhadas ou qualquer atividade que permita ao menos o início de uma vida mais ativa e, portanto, mais saudável. Carvalho (2014, p. 14) argumenta, ainda, que “os benefícios da prática regular de exercício físico são, além de notáveis a curto, médio e longo prazo, comprovados cientificamente”.
Geis (2003, p. 54) apud Carvalho (2014, p. 14) informa que
Os estudos realizados sobre a prática de atividade física para com idosos deixam evidenciados os efeitos positivos de uma atividade motora regular e contínua. Tais melhoras se refletem não só na capacidade resistência ao exercício e, portanto, ao esforço que é determinada pelo treinamento físico como também nas capacidades intelectuais, com vivacidade intelectual e estado de desenvolvimento psíquico superior à média verificada nos idosos.
Mais uma vez fica claro que os benefícios dos exercícios físicos para idosos não se restringem a resultados apenas no corpo, mas também na atividade cerebral, o que se reflete em melhora da memória, diminuição da tendência à depressão, aguçamento da capacidade de aprendizagem, que também é afetada pelo avançar da idade, dentre outros diversos efeitos positivos, como a longevidade com qualidade de vida.
2.3. A ATUAÇÃO DO PROFISSIONAL DE EDUCAÇÃO FÍSICA NO TREINAMENTO DE FORÇA PARA A AUTONOMIA FUNCIONAL DE IDOSOS 
........... POSSO CONTINUAR COM ESTE CAPÍTULO E DEPOIS IR PARA AS CONSIDERAÇÕES FINAIS?
3 CONSIDERAÇÕES FINAIS 
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
BESSA, Letícia de Barros R.S; BARROS, Natália Vieira. Impacto da sarcopenia na funcionalidade de idosos. 2009. 22 f. TCC (Graduação) - Curso de Fisioterapia, Colegiado de Fisioterapia da Escola de Educação Física, Fisioterapia e Terapia Ocupacional, Universidade Federal de Minas Gerais, Belo Horizonte, 2009. Disponível em: http://www.eeffto.ufmg.br/biblioteca/1734.pdf. Acesso em: 04 set. 2020. 
CARVALHO, Taís Calazans Correa de. Sedentarismo na Terceira Idade. 2012. 18 f. Monografia (Especialização) - Curso de Especialização em Atenção Básica em Saúde da Família, Universidade Federal de Minas Gerais, Belo Horizonte, 2012. Disponível em: https://www.nescon.medicina.ufmg.br/biblioteca/imagem/Sedentarismo_terceira_idade.pdf. Acesso em: 27 set. 2020. 
CORTES, Rafaela. Fisiologia humana: o que é? formação e sistemas. O que é? Formação e Sistemas. 2019. Disponível em: v. Acesso em: 02 set. 2020.
CHAGAS, Adriana Moura; ROCHA, Eliana Dantas. Aspectos fisiológicos do envelhecimento e contribuição da Odontologia na saúde do idoso. Rev. Bras. Odontol. [online]. 2012, vol.69, n.1, pp. 94-96. ISSN 1984-3747.
Envelhecimento ativo: uma política de saúde / World Health Organization; tradução Suzana Gontijo. – Brasília: Organização Pan-Americana da Saúde, 2005. 60p.: il.
CINEL, Aline Lorene Gutierrez Belíssimo; ALVES, Jéssica Rodrigues. A IMPORTÂNCIA DO EXERCÍCIO FÍSICO NA TERCEIRA IDADE PARA A MANUTENÇÃO DAS ATIVIDADES DE VIDA DIÁRIA. Universitári@: Revista científica do UNISALESIANO, Lins, v. 7, n. 15, p. 378-389, jul. 2016. Disponível em: http://www.salesianolins.br/universitaria/artigos/no15/artigo65.pdf. Acesso em: 15 out. 2020. 
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