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Planejamento de Cardápios Normas para planejamento alimentar Conceitos → CARDÁPIO: Conjunto de alimentos e preparações destinadas ao consumo humano, planejados em conformidade com as necessidades nutricionais e fisiológicas do indivíduo ou coletividade Planejamento alimentar → Quantidade e qualidade de alimentos que o indivíduo deve receber durante todo o dia, a fim de manter equilibrado seu organismo → Para manter todas as funções orgânicas, é necessário que o plano alimentar proporcione adequadamente, todos os nutrientes, em quantidade e qualidade ajustadas aos requerimentos do indivíduo ↳ Individualizado → Rodízio alimentar é fundamental no planejamento alimentar Normas para formular cardápios → ATENDER AS EXIGÊNCIAS NUTRICIONAIS – a dieta deve conter todos os nutrientes balanceados e deve ser qualitativamente adequada de acordo com o sexo, idade, tipo de atividade e situações fisiológicas especiais → ADEQUADA ÀS CONDIÇÕES ECONÔMICAS – os mesmos nutrientes podem ser obtidos de alimentos diferentes cujos preços são variáveis → RESPEITAR OS HÁBITOS ALIMENTARES – no que se refere ao número de refeições e horário das mesmas, atendendo também às conveniências de trabalho → TER HARMONIA E VARIEDADE – variedade de alimentos, sabores, consistência temperatura e cores; harmonia pela combinação exata de cores, consistências e sabores → OUTRAS CONDIÇÕES ⦁ Proporcionar bom estado de saúde, vigor físico e capacidade satisfatória de trabalho e de outras atividades desenvolvidas ⦁ Valorizar a cultura alimentar local ⦁ Alimentação que privilegia alimentos in natura e minimamente processados ⦁ Alimentação variada que contempla vários grupos de alimentos ⦁ Respeitar os hábitos de vida, restrição em função de patologias, restrição religiosa ou filosófica e condição cultural ⦁ Ser de fácil digestão ⦁ Conter refeições frequentes e pouco volumosas Etapas para formular o cardápio → 1° ETAPA – MÉTODOS QUALITATIVOS ↳ É a forma pela qual podemos elaborar um cardápio equilibrado que atenda as leis da alimentação sem, contudo quantificar o valor nutricional, assim como as quantidades de alimentos que fazem parte da dieta ↳ É um método simples, redigido por algumas normas: ⦁ Em cada refeição, o cardápio deve conter alimentos dos três grupos – grupo energético, grupo protetor e grupo construtor; ⦁ Utilizar hortaliças, uma crua ou cozida nos lanches, no almoço ou no jantar ou ao menos uma vez ao dia – prestar atenção na diversidade; ⦁ Utilizar ao menos duas frutas ao dia; ⦁ Alternar os alimentos em relação à textura, sabor e cor – a alimentação deve ser atraente; ⦁ Não servir o mesmo alimento sob formas diferentes numa mesma refeição; ⦁ Variar o máximo possível os alimentos, dentro do mesmo grupo; ⦁ Incluir alimentos considerados do hábito alimentar; fácil disponibilidade; baixo custo; adequado à idade, estado fisiológico, atividade, etc; fácil preparo e adequado aos equipamentos e mão-de- obra existente → 2° ETAPA – MÉTODOS SEMI- QUANTITATIVOS ↳ É um método um pouco mais complexo e “exato”, pois quantifica os alimentos incluídos no cardápio em medidas caseiras ou porções ↳ O uso desse método pressupõe: ⦁ Atender as leis da alimentação e seguir à risca normas do método qualitativo; ⦁ Estabelecer “padrão dietético” ou “modelo de dieta” com alimentos quantificados em medidas caseiras ou porções; ⦁ Uma vez estabelecido um padrão dietético, a elaboração de outros cardápios se fará utilizando este padrão como referência, substituindo cada um dos alimentos por outros com valores calóricos e nutricionais similares – para facilitar essa tarefa é importante fazer uma lista de alimentos substitutos ou equivalentes ↳ Para o estabelecimento deste padrão/modelo é necessário: ⦁ Conhecer as necessidades nutricionais do indivíduo ou da coletividade a que se destina o plano alimentar; ⦁ Realizar o cálculo dietético e adequá- lo as necessidades do público ou indivíduo a quem estamos elaborando a dieta → 3° ETAPA – MÉTODOS QUANTITATIVOS ↳ É o método através do qual são quantificadas ou calculadas as necessidades calóricas basais e adicionais de um indivíduo de acordo com sexo, idade, altura, peso, atividades, hábitos e preferências alimentares ⦁ Com base nesses cálculos, elabora-se um cardápio equilibrado, seguindo-se as leis da alimentação e as normas do método qualitativo ⦁ O equilíbrio ou a adequação do cardápio é conferido através de cálculos dietéticos. Roteiro para elaborar cardápios → Para o planejamento de um cardápio deve-se considerar: ⦁ Estudo do indivíduo ⦁ Cálculo do VET e dos macronutrientes do consumido ⦁ Necessidade estimada de energia (EER ou NET) ⦁ Decisão do VET ideal para o paciente ⦁ Recomendações nutricionais (macronutrientes e micronutrientes) ⦁ Planejamento do plano alimentar (cálculos) → 1° - Estudo do indivíduo → Dados → Protocolo de Atendimento Nutricional ⦁ Idade, sexo, altura, peso atual e peso ideal; ⦁ Condições fisiológicas especiais: crescimento, gestação e lactação; ⦁ Atividade física; ⦁ Atividades desenvolvidas: trabalho, estudo; ⦁ Dados bioquímicos; ⦁ Outros: hábitos de vida, restrição em função de patologias, restrição religiosa, condição socioeconômica e cultura. ↳ Ex: Paciente, A.B.C, 25 anos, 65kg, 1.59m, secretária, casada, não pratica atividade física, hipercolesterolêmica e relata ter aversão a peixes e frutos do mar 2° - Definição do Estado Nutricional do indivíduo ou paciente ↳ Diagnóstico nutricional → Se o indivíduo estiver classificado em: ⦁ Desnutrição: deve-se usar o peso ideal para calcular o EER; ⦁ Eutrofia: deve-se usar o peso atual para calcular o EER; ⦁ Sobrepeso ou Obesidade: calcular EER para excesso de peso e usar o peso atual → 2° - Calcular o Gasto Energético Basal (GEB) ou Taxa de Metabolismo Basal (TMB) (FAO/OMS, 1985 e DRI, 2002/2005) ↳ O Gasto Energético Basal (GEB) destina-se a cobrir a despesa basal mínima e é calculado através de diversas fórmulas → 3° - Necessidade Estimada de Energia (EER ou NET) – DRI (2002/2005) ↳ Levar em consideração o coeficiente do nível de atividade física (NAF) ⦁ O valor final será o Valor Energético total (VET), ou seja, a quantidade de kcal (energia) que o indivíduo necessitará ingerir por dia e a partir disso será feita a distribuição de macro e micronutrientes do cardápio → 4° - EER - Necessidade Estimada de Energia (kcal) → VET → 5° - Cálculo do consumido (recordatório do paciente) ⦁ Kcal ⦁ Carboidrato ⦁ Proteína ⦁ Lipídeo ⦁ Fibras e micronutrientes relevantes → 6° - Resumo: Necessidades Energéticas ⦁ TMB BASAL –Taxa Metabólica Basal ⦁ EER – Requerimento Energético Estimado ⦁ FA – Fator Atividade ⦁ PLANO ALIMENTAR (valor calórico definido) ⦁ REGRA DE BOLSO (quantas calorias por kg de peso) → 7° - Quantidade de proposta de carboidratos, proteínas e lipídeos ⦁ CHO = __% = __kcal = __g __g/kg de peso ⦁ PTN = __% = __kcal = __g __g/kg de peso ⦁ LIP = __% = __kcal = __g __g/kg de peso → 8° - Micronutrientes relevantes ⦁ Ferro = RDA __ AI __ UL __ ⦁ Cálcio = RDA __ AI __ UL __ ↳ Descrever a ação do nutriente → Avaliar o paciente de forma integral Contribuição dos percentual dos nutrientes energéticos no VET da dieta → Exemplo: VET = 1.800kcal Planejamento para os micronutrientes → RDA (Ingestão dietética recomendada): Nível de ingestão dietética suficiente para cobrir as necessidades de quase todos os indivíduos saudáveis (97 a 98%) em determinada faixa etária, estado fisiológico e sexo ↳ Ingestão dietética recomendada; usado para fazer o plano alimentar ⦁ Esta é mais bruta, a EAR é um valor médio ⦁ Mesma coisa que AI → AI (Ingestão adequada): Nível de ingestão de nutrientes a ser utilizado em substituição da RDA quando as evidênciascientíficas não são suficientes para o cálculo da necessidade (EAR) ↳ Usada quando não é possível calcular a EAR ⦁ Sempre fica a mais mas não corre risco de intoxificação ⦁ Mesma coisa que RDA → UL (Nível máximo de ingestão tolerável): Não é um nível de ingestão recomendável Continuação do roteiro para elaborar cardápios → 9° - Distribuição percentual do VCT por refeição (calcular a distribuição em Kcal): ⦁ Desjejum = __%__kcal ⦁ Colação =__% __kcal ⦁ Almoço =__%__kcal ⦁ Lanche =__%__kcal ⦁ Jantar =__%__kcal ⦁ Ceia =__%__kcal → 10° - Número de porções – Grupo Alimentar → 11° - Prescrição do cardápio ⦁ 1° PASSO – seleção das preparações culinárias que devem compor cada refeição ↳ Considerações importantes: preferências, alimentos de época, possibilidade de execução, aspecto econômico, disponibilidade de alimentos, variedade de cor, sabor e consistência, aproveitamento de sobras, etc ⦁ 2° PASSO – estabelecer por refeição as quantidades individuais (percapita) de cada substância alimentar ↳ TABELAS DE MEDIDAS CASEIRAS – exemplo 1 xícara de chá de leite = 200mL → 12° - Cálculo do cardápio ↳ Apresentar a planilha com os alimentos e os valores de macronutrientes (energia, carboidrato, proteína e lipídio), os micronutrientes e fibras ⦁ 1° PASSO – Cálculo do valor calórico e dos nutrientes energéticos de cada refeição, dos minerais, vitaminas e fibras, com ajustes necessários 2° PASSO – observar a biodisponibilidade dos nutrientes 3° PASSO – cálculo do VET, do percentual (%) de macronutrientes e da quantidade de g/mg de micronutrientes → 13° - Análise dos nutrientes (entre os valores obtidos e os recomendados) ↳ Colocar somente os nutrientes que estão na planilha de cardápio que foi calculada) ⦁ Índice de adequação (AI) dos nutrientes da dieta (%) – avalia a proporção dos nutrientes da dieta em relação às recomendações nutricionais → 14° - Recomendações nutricionais → 15° - Referências bibliográficas
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