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1 Matheus Quaglia Peixoto 2 Mariane Martins Centro Universitário Leonardo da Vinci – UNIASSELVI – História (FLEX0490) – Prática do Módulo I – 20/11/2020 O ENSINO DE NOVOS TEMAS COM NOVAS TECNOLOGIAS Acadêmico¹ Tutor Externo² RESUMO O presente trabalho tem por objetivo analisar o ensino de novos temas com novas tecnologias. Em decorrência do objetivo principal, elaborou-se os objetivos específicos que percorrem a fundamentação teórica, quais sejam, os conceitos de história e tecnologia, o tempo e as periodizações históricas, o sentido e as funções do conhecimento histórico, as principais tendências historiográficas, a história e o ensino da história, e as alternativas metodológicas e tecnológicas à pesquisa e ao ensino da história, posteriormente, a apresentação referências teóricas que apoiaram a construção do trabalho, em seguida a metodologia adotada, juntamente com os resultados e, por fim as conclusões. Palavras-chave: História. Tecnologia. Conhecimento Histórico. Alternativas Metodológicas. 1. INTRODUÇÃO O presente trabalho tem por objetivo analisar o ensino de novos temas com novas tecnologias. Em decorrência do objetivo principal, elaborou-se os objetivos específicos que percorrem a fundamentação teórica, quais sejam, os conceitos de história e tecnologia, o tempo e as periodizações históricas, o sentido e as funções do conhecimento histórico, as principais tendências historiográficas, a história e o ensino da história, e as alternativas metodológicas e tecnológicas à pesquisa e ao ensino da história, posteriormente, a apresentação referências teóricas que apoiaram a construção do trabalho, em seguida a metodologia adotada, juntamente com os resultados e, por fim as conclusões. A justificativa do presente trabalho se dá pela percepção da necessidade de novas formas de ensinar novos temas utilizando-se de novas tecnologias. A metodologia utilizada para elaboração do presente estudo científico se deu por meio de pesquisas bibliográficas, documentais e doutrinárias. A presente pesquisa científica se encerra com as considerações finais, nas quais são apresentados pontos conclusivos seguidos da estimulação à continuidade dos estudos e das reflexões sobre o ensino de novos temas com novas tecnologias. 2. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA 2.1 HISTÓRIA 2 História é o campo de conhecimento que estuda e analisa as ocorrências do passado, ou seja, o que já aconteceu e a ação do homem no tempo, fazendo uma releitura dos comportamentos e consequências. Para Souza: A história é uma ciência humana profundamente ligada aos eventos contemporâneos mundiais. Tal afirmação pode soar estranha aos ouvidos dos leigos na temática, que relacionam os historiadores aos empoeirados arquivo se pomposos museus, porém se trata de um verdadeiro “lugar comum” para os já iniciados na literatura teórica referente a esta área do conhecimento a frase: “a compreensão do presente é a missão dos estudos históricos”.1 Nas palavras de Neves: História é a ciência responsável por estudar os acontecimentos passados. Esse estudo, no entanto, não é feito de qualquer maneira, pois o historiador, em seu ofício, deve colocar em prática uma análise crítica do seu objeto de estudo a fim de racionalizar a conclusão sobre os acontecimentos investigados. O conceito de História recebe definições distintas de acordo com diferentes historiadores. O historiador Marc Bloch, por exemplo, considera que a História não é a ciência que estuda os acontecimentos passados, mas sim a ciência que estuda o homem e sua ação no tempo2. Outros entendem como o estudo das transformações na sociedade humana ao longo do tempo.3 A respeito do papel do historiador, o autor esclarece ainda que é, “fazer uma análise crítica que o permita chegar a uma conclusão sobre determinado acontecimento passado a partir da investigação de fontes históricas, não devendo glorificar ou demonizar determinado acontecimento”.4 No que tange ao surgimento da História o autor aduz que, “enquanto ciência de estudo foi obra dos gregos antigos. Heródoto, considerado o pai da História, sistematizou os eventos da história dos gregos e egípcios”.5 Salienta o autor ainda que, “Tucídides foi o primeiro historiador a utilizar, um método de análise que permitisse reconstruir e formular uma análise a respeito de um acontecimento do passado”.6 1 SOUZA, E. A. de (Org.). História em Foco. UNIASSELVI: Indaial, 2017. 2 BLOCH, Marc. Apologia da História ou o ofício do historiador. Rio de Janeiro: Zahar, 2002, p. 55. 3 NEVES, Daniel. História: Brasil Escola, 2020. Disponível em: <https://brasilescola.uol.com.br/historia#:~:text=Hist%C3%B3ria%20%C3%A9%20a%20ci%C3%AAncia%20que,per mitem%20o%20estudo%20do%20passado.> Acesso em: 20 de nov. 2020. 4 NEVES, Daniel. História: Brasil Escola, 2020. Disponível em: <https://brasilescola.uol.com.br/historia#:~:text=Hist%C3%B3ria%20%C3%A9%20a%20ci%C3%AAncia%20que,per mitem%20o%20estudo%20do%20passado.> Acesso em: 20 de nov. 2020 5 NEVES, Daniel. História: Brasil Escola, 2020. Disponível em: <https://brasilescola.uol.com.br/historia#:~:text=Hist%C3%B3ria%20%C3%A9%20a%20ci%C3%AAncia%20que,per mitem%20o%20estudo%20do%20passado.> Acesso em: 20 de nov. 2020 3 2.2 TECNOLOGIA A tecnologia é o campo de conhecimento de habilidades, métodos e processos utilizados na realização de objetivos. Pode ser enquadrada como a evolução ou o desenvolvimento das ferramentas utilizadas para determinado objetivo. Nas palavras de Veraszto, et al: Ao iniciarmos esta breve revisão histórica precisamos lembrar que a história do homem iniciou-se juntamente com a história das técnicas, com a utilização de objetos que foram transformados em instrumentos diferenciados, evoluindo em complexidade juntamente com o processo de construção das sociedades humanas.7 E complementa o autor que: E é através de um estudo da evolução histórica das técnicas desenvolvidas pelo homem, colocadas dentro dos contextos sócio-culturais de cada época, é que podemos compreender melhor a participação ativa do homem e da tecnologia no desenvolvimento e no progresso da sociedade, enriquecendo assim o conceito que temos a respeito do termo tecnologia8 Cabe ressaltar que a terminologia ‘tecnologia’ possui conceituação diversa dos mais variados estudiosos sobre o tema, contudo, a que mais de adequa ao presente trabalho, são os conceitos supramencionados. 2.3 TEMPO E PERIODIZAÇÕES HISTÓRICAS No tocante ao tempo e as periodizações históricas estão elencados os eventos que serviram como marco teórico para operacionalizar o estudo da história. Nas palavras de Neves: Ao longo do tempo, os historiadores convencionaram-se a organizar os eventos em períodos. Essa periodização, naturalmente, seguia uma organização cronológica e utilizava acontecimentos marcantes para determinar o fim de um período e o começo de outro. O fim de um período, no entanto, não significava o registro de mudanças profundas imediatas, mas indicava, a partir daquele marco, o acontecimento de mudanças significativas com o passar do tempo. Apesar de muitos historiadores questionarem a datação dos marcos de cada período, ela permanece em vigência e é utilizada como mecanismo para organizar o 6 NEVES, Daniel. História: Brasil Escola, 2020. Disponível em: <https://brasilescola.uol.com.br/historia#:~:text=Hist%C3%B3ria%20%C3%A9%20a%20ci%C3%AAncia%20que,per mitem%20o%20estudo%20do%20passado.> Acesso em: 20 de nov. 2020 7 VERASZTO, Estéfano Vizconde et al. Tecnologia: buscando uma definição para o conceito. Prisma. com, n. 8, p. 19- 46, 2009. 8 VERASZTO, Estéfano Vizconde etal. Tecnologia: buscando uma definição para o conceito. Prisma. com, n. 8, p. 19- 46, 2009. 4 estudo da história e facilitar o ensino. Os períodos históricos são Pré-História, Idade Antiga, Idade Média, Idade Moderna, Idade Contemporânea.9 Conforme o autor a Pré-História foi um, “período que acompanhou toda a evolução histórica do homem, partindo de seu surgimento e estendendo-se até o momento em que a primeira forma de escrita foi criada, por volta de 4000 a.C.”.10 Para Neves, no tocante a Idade Antiga tinha como, “ponto de partida a criação da primeira forma de escrita desenvolvida pelo homem: a escrita cuneiforme, criada pelos sumérios, povo que habitou a Mesopotâmia”.11 A respeito da Idade Média, Neves esclarece que, “acompanha os eventos históricos do período que se estende de 476 a 1453, tendo como marco inicial o fim do Império Romano Ocidental, e como marco final a queda de Constantinopla para os otomanos”.12 Nesse sentido, aduz que: Nesse período, enfocam-se os fatos acontecidos na Europa com o surgimento do feudalismo e a formação de uma sociedade controlada pela Igreja Católica. Atualmente, o estudo desse período no Brasil tem expandido seu foco para estudos de outros povos, como árabes, povos asiáticos, africanos e pré-colombianos.13 Em seguimento ao estudo, a respeito da Idade Moderna, ensina Neves que, “é um período mais curto o qual analisa os acontecimentos de 1453 a 1789, com destaque para o processo de colonização do continente americano, onde são ressaltadas também as diversas transformações que a Europa enfrentou com o surgimento de novas ideias durante o Renascimento e o Iluminismo”.14 Por fim, Neves preleciona a respeito da Idade contemporânea que foi o, “período atual em que estamos inseridos. Acompanha acontecimentos do final do século XVIII até os dias de hoje. 9 NEVES, Daniel. História: Brasil Escola, 2020. Disponível em: <https://brasilescola.uol.com.br/historia#:~:text=Hist%C3%B3ria%20%C3%A9%20a%20ci%C3%AAncia%20que,per mitem%20o%20estudo%20do%20passado.> Acesso em: 20 de nov. 2020 10 NEVES, Daniel. História: Brasil Escola, 2020. Disponível em: <https://brasilescola.uol.com.br/historia#:~:text=Hist%C3%B3ria%20%C3%A9%20a%20ci%C3%AAncia%20que,per mitem%20o%20estudo%20do%20passado.> Acesso em: 20 de nov. 2020 11 NEVES, Daniel. História: Brasil Escola, 2020. Disponível em: <https://brasilescola.uol.com.br/historia#:~:text=Hist%C3%B3ria%20%C3%A9%20a%20ci%C3%AAncia%20que,per mitem%20o%20estudo%20do%20passado.> Acesso em: 20 de nov. 2020 12 NEVES, Daniel. História: Brasil Escola, 2020. Disponível em: <https://brasilescola.uol.com.br/historia#:~:text=Hist%C3%B3ria%20%C3%A9%20a%20ci%C3%AAncia%20que,per mitem%20o%20estudo%20do%20passado.> Acesso em: 20 de nov. 2020 13 NEVES, Daniel. História: Brasil Escola, 2020. Disponível em: <https://brasilescola.uol.com.br/historia#:~:text=Hist%C3%B3ria%20%C3%A9%20a%20ci%C3%AAncia%20que,per mitem%20o%20estudo%20do%20passado.> Acesso em: 20 de nov. 2020 14 NEVES, Daniel. História: Brasil Escola, 2020. Disponível em: <https://brasilescola.uol.com.br/historia#:~:text=Hist%C3%B3ria%20%C3%A9%20a%20ci%C3%AAncia%20que,per mitem%20o%20estudo%20do%20passado.> Acesso em: 20 de nov. 2020 https://brasilescola.uol.com.br/historiag/pre-historia.htm https://brasilescola.uol.com.br/historiag/civilizacoes.htm https://brasilescola.uol.com.br/historiag/civilizacoes.htm https://brasilescola.uol.com.br/historiag/idade-media.htm https://brasilescola.uol.com.br/historiag/idade-moderna.htm https://brasilescola.uol.com.br/historiag/idade-contemporanea.htm https://brasilescola.uol.com.br/historiag/caracteristicas-feudalismo.htm 5 Sendo assim, esse período engloba fatos que marcaram grandes transformações para a humanidade”.15 2.4 SENTIDO E FUNÇÕES DO CONHECIMENTO HISTÓRICO O sentido e função do conhecimento histórico, para Mayet é: Uma indagação sobre o significado da vida individual e coletiva dos seres humanos no transcorrer do tempo; nesse sentido, a história cumpre uma função na formação do cidadão. Seu estudo ilumina os mecanismos que impulsionaram o desenvolvimento dos povos e informa sobre as ideias que tais povos tem sobre o seu desenvolvimento histórico. Permite, portanto, registrar a variedade de artefatos que imaginaram para armazenar, reter e difundir a memória do passado.16 Em complemento o autor esclarece ainda que, “o conhecimento histórico é indispensável para preparar crianças e jovens para viver em sociedade, pois proporciona um conhecimento global do desenvolvimento dos seres humanos e do mundo que os rodeia”.17 2.5 PRINCIPAIS TENDÊNCIAS HISTORIOGRÁFICAS No que tange às questões pertinentes a tendências historiográficas, preleciona Ferreira em sua obra que: O ensino de História ainda é predominantemente factual, trabalhando com as tendências narrativas e positivistas, tornando-se, dessa forma, para os alunos um ensino desinteressante, confuso, anacrônico, burocratizado e repetitivo. Vários seriam os adjetivos que poderíamos dar para exemplificar o quadro de ensino desta disciplina, que pouco interesse desperta nos alunos, quer seja nos cursos de graduação, quer seja no ensino fundamental e médio.18 E complementa o autor que: 15 NEVES, Daniel. História: Brasil Escola, 2020. Disponível em: <https://brasilescola.uol.com.br/historia#:~:text=Hist%C3%B3ria%20%C3%A9%20a%20ci%C3%AAncia%20que,per mitem%20o%20estudo%20do%20passado.> Acesso em: 20 de nov. 2020 16 MAYET, Enrique Florescano. Função Social da História. Centro de Pesquisa e Documentação de História Contemporânea do Brasil, Rio de Janeiro. 2011. Disponível em: https:// https://cpdoc.fgv.br/noticias/eventos/09112011#:~:text=O%20conhecimento%20hist%C3%B3rico%20%C3%A9%20in dispens%C3%A1vel,fa%C3%A7am%20a%20partir%20do%20passado. 17 MAYET, Enrique Florescano. Função Social da História. Centro de Pesquisa e Documentação de História Contemporânea do Brasil, Rio de Janeiro. 2011. Disponível em: https:// https://cpdoc.fgv.br/noticias/eventos/09112011#:~:text=O%20conhecimento%20hist%C3%B3rico%20%C3%A9%20in dispens%C3%A1vel,fa%C3%A7am%20a%20partir%20do%20passado. 18 FEREIRA, C. A. L. Ensino de história e a incorporação das novas tecnologias da informação e comunicação: uma reflexão. Revista de História Regional, v. 4, n. 2, 1999. Disponível em: https://www.revistas.uepg.br/index.php/rhr/article/download/142/78. Acesso em: 20 de nov. 2020. 6 Desta forma, o conhecimento recebido na Universidade por futuros professores de História é repassado como pronto e acabado aos alunos do ensino secundário, negando-se a estes atitudes questionadoras, colocando-os passivos diante dos conteúdos transmitidos.19 Por fim, conclui o autor que, “devemos encarar na perspectiva de propormos concretamente novas ações que possibilitem não só mudança de atitudes, visando superar os aspectos da transmissão do conhecimento de forma estática, factual ou episódica da realidade histórica”.20 2.6 HISTÓRIA DO ENSINO DA HISTÓRIA No Brasil, século XIX, juntamente com a origem do Colégio Dom Pedro II, situado à época no estado do Rio de Janeiro, o ensino da História foi inserido nos planos de ensino a partir da sexta série. Nas palavras de Nadai, “A história como disciplina escolar autônoma surgiu no século XIX, na França, imbricada nos movimentos de laicização da sociedade e de constituição das nações modernas, sendo marcada por “duas imagens gêmeas”.21 E complementa a autora que: No Brasil, a constituição da História como matéria de pleno direito ocorreu no interior dos mesmos movimentos de organização do discurso laicizado sobre a história universal, discurso no qual a organização escolar foi um espaço importante das disputas então travadas, entre o poder religioso e o avanço dopoder laico, civil.22 Conforme Nadai, “após a Independência de 1822, estruturou-se no Munícipio do Rio de Janeiro, o Colégio Pedro II, e seu primeiro regulamento, de 1838, determinou a inserção dos estudos históricos no currículo, a partir da sexta série.”.23 2.7 ALTERNATIVAS METODOLÓGICAS E TECNOLÓGICAS À PESQUISA E AO ENSINO DA HISTÓRIA 19 FEREIRA, C. A. L. Ensino de história e a incorporação das novas tecnologias da informação e comunicação: uma reflexão. Revista de História Regional, v. 4, n. 2, 1999. Disponível em: https://www.revistas.uepg.br/index.php/rhr/article/download/142/78. Acesso em: 20 de nov. 2020. 20 FEREIRA, C. A. L. Ensino de história e a incorporação das novas tecnologias da informação e comunicação: uma reflexão. Revista de História Regional, v. 4, n. 2, 1999. Disponível em: https://www.revistas.uepg.br/index.php/rhr/article/download/142/78. Acesso em: 20 de nov. 2020. 21 NADAI, Elza. O ensino de história no Brasil: trajetória e perspectiva. Revista Brasileira de História, v. 13, n. 25/26, p. 143-162, 1992. 22 NADAI, Elza. O ensino de história no Brasil: trajetória e perspectiva. Revista Brasileira de História, v. 13, n. 25/26, p. 143-162, 1992. 23 NADAI, Elza. O ensino de história no Brasil: trajetória e perspectiva. Revista Brasileira de História, v. 13, n. 25/26, p. 143-162, 1992. 7 Diante dos tempos de incerteza vivenciados por todos, onde se fez necessário que houvesse uma readequação na imersão da tecnologia em quase tudo no mundo, a educação não poderia ficar de fora. Para Ferreira: Como a nossa sociedade sofre um ritmo intenso de modificações, a escola e o ensino de história em especial, tem de acompanhar esse processo sob pena de transmitir conhecimentos já ultrapassados. Para isto deve incorporar os temas e as inovações tecnológicas com que os alunos já lidam no seu cotidiano. O processo de automação trouxe consigo um grande temor, advindo da excessiva mecanização da sociedade; contudo, hoje parece cada vez mais claro e evidente que o computador pode ser “humanizado”. Todavia, o centro desta discussão passa pela maneira como o homem e o computador se relacionam e interagem na construção de trabalhos e processos educativos, e não pelo impacto social decorrente do uso destes recursos.24 E complementa o autor que: Nesta perspectiva, o ensino de História deve estar atento para as mudanças advindas dessa nova realidade, possibilitando ao aluno ser capaz de compreender, de ser crítico, de poder ler o que se passa no mundo, qualificando-o para ser, dentro deste processo, um cidadão pleno, consciente e preparado para as novas relações trabalhistas. Para que isto aconteça, este ensino deve estar em sintonia com o nosso tempo.25 Ou seja, para Ferreira, “estas ferramentas tecnológicas, como o computador e a multimídia, por certo alcançarão as escolas em pouco tempo, forçando-as a ter, diante desta nova realidade, [...] para melhorar as apresentações escolares ou servirem como máquinas de escrever”.26 Nesse sentido para Ferreira, “há uma forte tendência de que o uso dos recursos tecnológicos na educação torne-se fórum de debate, construção e difusão do conhecimento produzido em várias partes do mundo.27 Para o autor, “o computador no ensino fundamental e médio de História visa a propiciar ao aluno uma nova didática, utilizando os recursos da informática na construção do cotidiano da sala de aula”.28 24 FEREIRA, C. A. L. Ensino de história e a incorporação das novas tecnologias da informação e comunicação: uma reflexão. Revista de História Regional, v. 4, n. 2, 1999. Disponível em: https://www.revistas.uepg.br/index.php/rhr/article/download/142/78. Acesso em: 20 de nov. 2020. 25 FEREIRA, C. A. L. Ensino de história e a incorporação das novas tecnologias da informação e comunicação: uma reflexão. Revista de História Regional, v. 4, n. 2, 1999. Disponível em: https://www.revistas.uepg.br/index.php/rhr/article/download/142/78. Acesso em: 20 de nov. 2020. 26 FEREIRA, C. A. L. Ensino de história e a incorporação das novas tecnologias da informação e comunicação: uma reflexão. Revista de História Regional, v. 4, n. 2, 1999. Disponível em: https://www.revistas.uepg.br/index.php/rhr/article/download/142/78. Acesso em: 20 de nov. 2020. 27 27 FEREIRA, C. A. L. Ensino de história e a incorporação das novas tecnologias da informação e comunicação: uma reflexão. Revista de História Regional, v. 4, n. 2, 1999. Disponível em: https://www.revistas.uepg.br/index.php/rhr/article/download/142/78. Acesso em: 20 de nov. 2020. 8 Esclarece ainda que, “o aluno pode desenvolver com o auxílio do computador pesquisas de textos e imagens em enciclopédias interativas e em programas educativos, subsidiando a coleta de dados para a construção de temas históricos”.29 3. MATERIAIS E MÉTODOS O presente estudo foi desenvolvido mediante a apreciação de referencial bibliográfico, artigos acadêmicos e pesquisa documental, com o objetivo de apresentar informações acerca do ensino de novos temas com o uso de novas tecnologias, abordando os seguintes pontos: - História; - Tecnologia; - Tempo de periodizações históricas; - Sentido e funções do conhecimento histórico; - Principais tendências historiográficas; - História do ensino da história; - Alternativas metodológicas e tecnológicas à pesquisa e ao ensino da história; O trabalho foi exploratório de caráter bibliográfico, sendo necessário a busca de estudiosos acerca do tema para embasar o tópico de fundamentação teórica, não se limitando somente a um autor. Ademais, as considerações utilizadas para a elaboração do estudo também permearam pelos trabalhos acadêmicos em forma de artigos disponibilizados na internet. 4. RESULTADOS E DISCUSSÃO Diante das considerações da pesquisa, pôde-se analisar que é imprescindível a aplicação de novas técnicas e tecnologias na forma de ensino da história, visto que tais ferramentas são de suma importância para o aprendizado e compreensão dos novos temas pelos estudantes. Conforme ficou demonstrado no subtópico alternativas metodológicas e tecnológicas à pesquisa e ao ensino da história, são diversos os benefícios para os estudantes o uso de novas tecnologias para o ensino de história, uma vez que, proporciona, agilidade na captação do 28 28 FEREIRA, C. A. L. Ensino de história e a incorporação das novas tecnologias da informação e comunicação: uma reflexão. Revista de História Regional, v. 4, n. 2, 1999. Disponível em: https://www.revistas.uepg.br/index.php/rhr/article/download/142/78. Acesso em: 20 de nov. 2020. 29 29 FEREIRA, C. A. L. Ensino de história e a incorporação das novas tecnologias da informação e comunicação: uma reflexão. Revista de História Regional, v. 4, n. 2, 1999. Disponível em: https://www.revistas.uepg.br/index.php/rhr/article/download/142/78. Acesso em: 20 de nov. 2020. 9 conhecimento, agilidade no desenvolvimento do ensino, facilidade na busca bibliográfica para elaboração do estudo, ou seja, com base no presente estudo, a amplitude dos benefícios ficou demonstrada. 5. CONCLUSÃO O presente trabalho tem por objetivo analisar o ensino de novos temas com novas tecnologias. Em decorrência do objetivo principal, elaborou-se os objetivos específicos que percorrem a fundamentação teórica, quais sejam, os conceitos de história e tecnologia, o tempo e as periodizações históricas, o sentido e as funções do conhecimento histórico, as principais tendências historiográficas, a história e o ensino da história, e as alternativas metodológicas e tecnológicas à pesquisa e ao ensino da história, posteriormente,a apresentação referências teóricas que apoiaram a construção do trabalho, em seguida a metodologia adotada, juntamente com os resultados e, por fim as conclusões. Inicialmente o trabalho apresenta o tópico do resumo, onde aborda de forma suscinta o objetivo do trabalho, posteriormente foi apresentada a introdução, onde são explicitados os objetivos específicos da pesquisa. O tópico fundamentação teórica ficou divido em sete partes onde foi contextualizado os conceitos de história e tecnologia, posteriormente passou aos esclarecimentos pertinentes ao tempo e as periodizações históricas, por conseguinte foi analisado o sentido e as funções do conhecimento histórico, juntamente com as principais tendências historiográficas. Ainda em sede de fundamentação teórica passou-se a análise da história do ensino da história, e por fim a apresentação das alternativas metodológicas e tecnológicas à pesquisa e ao ensino da história. Posteriormente foi elaborado o tópico de métodos e metodologia, onde estudo foi desenvolvido mediante a apreciação de referencial bibliográfico, artigos acadêmicos e pesquisa documental, com o objetivo de apresentar informações acerca do ensino de novos temas com o uso de novas tecnologias. Em seguida a elaboração do tópico de resultados e discussões, onde ficou demonstrado a importância do ensino de novos temas com novas tecnologias para os estudantes de história. Por fim, não menos importante, a apresentação das considerações finais nas quais são apresentados pontos conclusivos seguidos da estimulação à continuidade dos estudos e das reflexões sobre o ensino de novos temas com novas tecnologias. 10 REFERÊNCIAS BLOCH, Marc. Apologia da História ou o ofício do historiador. Rio de Janeiro: Zahar, 2002, p. 55. NEVES, Daniel. História: Brasil Escola, 2020. Disponível em: <https://brasilescola.uol.com.br/historia#:~:text=Hist%C3%B3ria%20%C3%A9%20a%20ci%C3% AAncia%20que,permitem%20o%20estudo%20do%20passado.> Acesso em: 20 de nov. 2020. FEREIRA, C. A. L. Ensino de história e a incorporação das novas tecnologias da informação e comunicação: uma reflexão. Revista de História Regional, v. 4, n. 2, 1999. Disponível em: https://www.revistas.uepg.br/index.php/rhr/article/download/142/78. Acesso em: 20 de nov. 2020. SOUZA, E. A. de (Org.). História em Foco. UNIASSELVI: Indaial, 2017. MAYET, Enrique Florescano. Função Social da História. Centro de Pesquisa e Documentação de História Contemporânea do Brasil, Rio de Janeiro. 2011. Disponível em: https:// https://cpdoc.fgv.br/noticias/eventos/09112011#:~:text=O%20conhecimento%20hist%C3%B3rico %20%C3%A9%20indispens%C3%A1vel,fa%C3%A7am%20a%20partir%20do%20passado. Acesso em: 20 de nov. 2020. VERASZTO, Estéfano Vizconde et al. Tecnologia: buscando uma definição para o conceito. Prisma. com, n. 8, p. 19-46, 2009. NADAI, Elza. O ensino de história no Brasil: trajetória e perspectiva. Revista Brasileira de História, v. 13, n. 25/26, p. 143-162, 1992.
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