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PRATICA JURÍDICA TRABALHISTA

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MERITÍSSIMO JUÍZO DA 30ª VARA DO TRABALHO DE VITÓRIA-ES
RECLAMAÇÃO TRABALHISTA N°: 79810
BANCO BRACON, pessoa jurídica de direito privado, inscrito no CNPJ n° XXX, sediado no endereço XXX, CEP XXX, pelo intermédio de seu advogado ADVOGADO OAB/UF XXX, conforme instrumento procuratório anexo (doc xxx), com endereço profissional XXX, endereço eletrônico XXX, vem à presença de vossa excelência, com base no art. 847 da CLT, propor 
CONTESTAÇÃO
À reclamação trabalhista, movida por MARIA, já devidamente qualificada nos autos, pelas razões de fato e de direito a seguir expostas.
I. DO CONTRATO DE TRABALHO
A reclamante trabalhou para a reclamada por um período de 4 anos, sua função foi de gerente geral de agencia, na qual se cumpria a jornada de trabalho, de segunda a sexta-feira de 08:00 as 20:00 horas, com intervalo de 20 minutos para almoço. A reclamante dispensada no dia 02/03/215, percebia o salário de oito mil reais, ainda mais a gratificação de função de 50% a mais que o cargo efetivo. 
II. DO CARGO E DA INAPLICABILIDADE DE HORAS EXTRAS
A reclamante tinha como função, o cargo de gerente geral de agencia, o que lhe conferia a responsabilidade por controlar a jornada e desempenho dos funcionários bem como o desempenho comercial da agencia. O cargo de confiança lhe percebia 50% como gratificação de função.
Observando o exposto acima nota-se que são indevidas as horas extras, pois como era uma empregada com cargo de gestor e recebia 50% a mais como gratificação, porcentagem superior aos 40% prescrito no art.62, II e parágrafo único da CLT. Ratificado pela Sumula 287 do Tribunal Superior do Trabalho, a qual diz que gerente-geral de agencia bancaria se iguala a cargo de gestor. Tornando assim evidente o enquadramento no artigo mencionado acima, portanto se faz indevido o pagamento de horas extras ou reflexos.
III. DAS DIFERENÇAS SALARIAIS 
A reclamante aduziu que seu salário era menor que o de João Petronio, gerente de agencia de grande porte que atendia pessoas físicas e jurídicas, tal função lhe conferia o salário de dez mil reais. A diferença de cargos é evidente aqui. Ao se observar as diferentes funções e tarefas de João, é justificável a diferença salarial e aplicável o art. 461 §1° da CLT e ratificado pela Sumula 6, III, do TST.
Desse modo, a reclamante não faz jus ao pedido de equiparação salarial ou ainda seus reflexos.
IV. DO ADICIONAL DE TRANSFERÊNCIA
A reclamante foi transferida após um ano na função, tendo fixado residência com sua família. 
Destaca se que esta previsto no art. 69 da CLT, a transferência daqules empregados que exercem cargos de confiança. No entanto, conforme a (OJ 113) do TST, expõe que tal situação se enquadraria caso fosse a transferência de forma provisória, o que não é o caso em questão. 
Isto posto, requer a improcedência do pedido de adicional de transferência.
V. DO PLANO DE SAUDE
No momento da admissão da empregada foi autorizado o desconto pela mesma, que também indicou dependentes. 
Expõe-se, no entanto, que descontos feitos pelo empregador com a devida autorização do empregado, que integrem planos de saúde ou similares, que são expostas pela sumula 342 do TST, em benefícios do empregado e de seus dependentes, não pode confrontar o art. 462 da CLT, fora quando o empregado é coagido pelo empregador o que não ocorreu.
Isto posto, requer a improcedência do pedido.
VI. DA MULTA DO ARTIGO 477 
A reclamante requer a multa á que se refere o art. 477, §8° da CLT fazendo a observância do prazo de dez dias previsto no artigo com a demonstração das datas de dispensa (02/03/2015) e pagamento (12/03/2015), segundo a alegação da reclamante um dia após o prazo.
Entretanto, este prazo de dez dias tem inicio de contagem no dia seguinte o anuncio da dispensa, e isso é exposto pelo art. 132 do código civil, explicitamente diz que se exclui o dia da notificação de demissão e inclui o dia do vencimento, ou seja, o pagamento foi realizado dentro do prazo. 
Observando o exposto acima a reclamante não faz jus a multa. Com isso requer indeferimento do pedido.
VII. DOS PEDIDOS
Considerando os fatos e fundamentos acima narrados, requer o acolhimento da presente, com a finalidade de que as aspirações apresentadas na reclamação trabalhista sejam julgadas totalmente improcedentes e a condenação da reclamante ao pagamento das custas processuais e honorários advocatícios.
Por fim, protesta provar o alegado por todos os meios de prova admitidos em direito.
Nestes termos, pede deferimento.
Local e data.
ADVOGADO
Advogado – OAB/UF XXX
RESPOSTAS ATIVIDADE N°2
A. O fato dos funcionários estarem em uma greve pacifica conforme foi explicitado, não pode constituir falta grave, fato que é necessário para justa causa, conforme sumula 316 do STF e ainda o art. 6 inciso I da Lei 7.783/89 diz que é vedada a rescisão de contrato de trabalho conforme previsto no art. 7 parágrafo único da mesma lei.
B. A manifestação grevista trás consigo a suspensão do contrato de trabalho, este fato desobriga o empregador dos pagamentos ate que seja novamente negociado os fatos da greve. Conforme o art. 7° parágrafo da Lei n° 7.783/89; sendo irregular a greve porque não seguiu o modelo de regência, não são devidos os salários, conforme arts. 4° e 14 da mesma lei.
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