Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Universidade Nove de Julho Maria Lívia Introdução: 1. Etiologias: • Vascular: Torção do cordão espermático, ou de apêndices; Púrpura de Henoch-Schonlein; Varicocele. • Inflamatória - epididimite, orquite e edema idiopático escrotal; • Raras - apendicite, linfangioma, herniação shunt ventrículo peritoneal, hérnia inguinal estrangulada, tromboflebite; • Outras - trauma, hemrocele. 2. Quadro Clínico: • Aumento do volume escrotal + hiperemia + dor; • É uma urgência médica; • É causado por afecções agudas - vasculares, infecciosas, traumáticas ou tumorais. Torção de cordão espermático: 1. Epidemiologia: • 1 a cada 4000 homens abaixo dos 25 anos; • 50-60% dos casos de escroto agudo; • Extravaginal: Intra-útero (70%) - mais comum pela descida testicular (não tá fixo); Neonatais. • Intravaginal - início na adolescência; • Torção testicular verdadeira - rara. 2. Infância e Adolescência: • Pode ocorrer em qualquer idade - pico entre 12 e 18 anos; • 2% de risco de torção sincrônica (bilateral) ou metacrônica (primeiro um lado depois outro); • Risco maior em testiculos distópicos - até 10 vezes. 3. Quadro Clínico: • Dor súbita e intensa; • Aumento do volume escrotal; • Inspeção - edema, hiperemia; Testis Redux - testículo mais alto; Sinal de Angel - horizontalização testicular. • Exame Físico: Sinal de Rabinowitz - ausência de reflexo cremastérico; Escroto agudo Escroto Agudo Universidade Nove de Julho Maria Lívia Sinal de Prehn (-) - ausência da melhora da dor com a elevação do escroto. 4. Diagnóstico: • USG com Doppler - ausência do fluxo intra testicular, cordão torcido; • Pulsed Doppler; • Cintilografia. 5. Tratamento: • Tratamento cirúrgico precoce: • Até 6 hrs - quase 100% de sucesso; • De 6 a 12 hrs - 70% de preservação; • 12 a 24 hrs - 20% de preservação. • Se for viável - fixar; • Se houver necrose - orquiectomia; • Fixação testicular contralateral. Apêndice testicular: • Apêndice Testicular - resquícios do ducto de Müller. 1. Quadro Clínico: • Semelhante à torção do cordão, mas com menor intensidade; • Presença de “ponto azul” no escroto. 2. Tratamento: • Clínico ou cirúrgico (se dúvida diagnóstica). Orquite e Epididimite: 1. Etiologia: • 20% dos casos de escroto agudo; • Bacteriana - ITU associada; • Viral - paramixovírus (mecanismo citopático e ou imunológico); Após 7 dias da parotidite; Geralmente bilateral; 50 a 60% da atrofia testicular. 2. Quadro Clínico: • Instalação gradual; • Dor menos intensa; • Sinal de Prenh positivo; • Reflexo cremastérico pode estar presente. 3. Diagnóstico: • USG com Doppler - fluxo intra testicular central e periférico aumentado. 4. Tratamento: • Depende da etiologia. Diminuição da Fertilidade - lesão secundária à isquemia (reperfusão) -> resposta inflamatória -> radicais livres em excesso -> lesão celular do testículo contralateral -> terapia adjuvante -> drogas que diminuem lesão (antioxidantes). Em adolescentes sempre lembrar de ISTs. Na dúvida do quadro clínico e tratamento -> realizar cirurgia.
Compartilhar