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Universidade Nove de Julho Maria Lívia Criptoquirdia: 1. Introdução: • Testículo fora do escroto - uni ou bilateral; • Principal problema é a esterilidade; • Importante diagnóstico precoce - cirurgia entre 6 meses e 1 ano. 2. Embriologia: • Desenvolvimento embrionário primário intra abdominal e depois migram p/ área escrotal; • Diferenciação a partir da 6ª semana - células de Sertoli e Leydig; Célula de Leydig - produz testosterona (virilização da genitália externa); Células de Sertoli: fator inibidor de Müller (responsável pela formação das tubas) -> causa a regressão dos órgãos femininos; Sobram os dúctil de Wolf - responsável pelas estruturas testiculares. • Fase Transabdominal - 10 a 15 semanas; • Fase Inguinoescrotal - 30 a 35 semanas; Razão de ser uma patologia mais comum no prematuro - chance de descida até os 6 meses de forma natural. 3. Descida Testicular: • Fatores Hormonais - testosterona (fator mais importante); • Fatores de Crescimento: INSL3 - hormônio regula o crescimento e a diferenciação do gubernáculo (guia até o escroto); CGRP. • Fatores Mecânicos: Pressão intra-abdominal; Tensão do gubernáculo; Processo vaginal patente. • Conduto Peritônio-Vaginal - caminho que liga as regiões e ajuda na descida. 4. Complicação - Infertilidade: • Unilateral - 10%; • Bilateral - 50 a 65%; Se não tratado a tempo - infértil. • Chance de desenvolvimento tumoral - pode sofrer displasia; Distopias Testiculares Distopias Testiculares Na criptorquidia o problema pode acontecer em qualquer uma dessas fases. A importância da descida testicular se explica pela necessidade de uma temperatura menor que a corporal (T < 32ºC). Universidade Nove de Julho Maria Lívia 5-10x mais chance que a população; Seminoma. 5. Classificação: • Retrátil - aumento da mobilidade músculo cremaster (reflexo exacerbado); Consegue trazer para o escroto de forma manual e fica na bolsa; Não precisa de tratamento cirúrgico. • Retido - palpáveis na região inguinal; 90% dos casos; Não consegue manter na bolsa de forma manual; Tratamento cirúrgico. • Ectópico - palpável, mas fora da região inguinal; Regiao suprapúbica ou raiz da coxa; Tratamento cirúrgico. • Criptorquídico - não palpável (se localizam na região intrabdominal); Pode ser diagnóstico diferencial - genitália ambígua (precisa fazer cariótipo), agenesia testicular ou torção intrauterina; Tratamento cirúrgico. 6. Exame Físico: • Inspeção - posição ortostática e de Buda; • Palpação - tentar trazer testículo para bolsa (bimanual); No caso de suspeita retrátil faz estímulo na raiz da coxa para ver o reflexo. • Objetivos: Mobilidade; Determinar a posição e o tamanho do testículo; Posição da uretra, tamanho do pênis; Presença de hérnia / hidrocele. 7. Diagnóstico: • Clínico nos casos palpáveis; Exames de imagem são pouco sensíveis - aumentam chance de erro. • Laparoscopia - testículo não palpável; Faz diagnóstico e já possibilita ao mesmo tempo o tratamento. 8. Tratamento: • Indicação Cirúrgica - entre 6 meses e 1 ano; Inguinotomia - ambulatorial (dissecção e ligadura do saco herniário e mobilização e fixação do testículo); Laparoscopia - técnica de Fowler Stephens (sucesso cirúrgico ruim - atrofia). • Complicações Pós Op - hematoma, edema; • Terapia hormonal NÃO é recomendado.
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