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1 Técnicas Básicas de Cozinha Utensílos, Técnicas de Aromatização e Cocção, Ervas, Especiairias, Arrozes, Ovos, Batatas e Cogumelos. Chef Paulinho Pecora 2 A FACA DO CHEF A faca do chef é a faca básica. É uma faca multiuso, própria para cortar, fatiar e picar. A lâmina geralmente tem de 20 a 30 cm de comprimento. Além da mão humana, a faca é o principal instrumento de trabalho de um chef de cozinha. Deve-se, portanto, trata-la com grande respeito e mantê-la bem cuidada e afiada. Para afiar uma faca: Coloque a pedra de afiar sobre um pano úmido; Molhe a pedra (ela deve estar sempre molhada); Deixe a faca com um angulo de 45º; Movimente a faca de baixo para cima, deslizando-a sobre a pedra, mantendo pressão durante o processo; 3 Vire a faca e repita o movimento; COMO SEGURAR A FACA VISÃO DE CIMA Pegue a faca com a mão dominante, colocando o polegar e o indicador paralelos à lâmina e juntando os outros dedos no cabo da faca. VISÃO DE LADO Observe a posição dos dedos auxiliares no cabo da faca. PRINCIPAIS FACAS E UTENSÍLIOS DE COZINHA Faca de desossar - Cortar em volta dos ossos. Ideal para desossar aves e peixes. Faca de pão - Lâmina serrilhada. Cutelo - Cortar ossos e fatiar ingredientes. Faca do chef - Faz cortes diversos e é a faca mais versátil. Faca de fatiar - Lâmina longa. Possibilita fatiar finamente curas e defumados. Faca de açougue - Pesada. Utilizada para cortar ossos e fatiar carnes. Faca de vegetais - Pequena, para cortes menores, para frutas e vegetais. Descascador de legumes - Remove a pele e a casca de vegetais e frutas. Chaira - Acerta do acabamento ao fio da faca. 4 Pedra - Afia a faca. Possui um lado mais abrasivo do que o outro. Existe em diversos tamanhos e é feita de diferentes materiais, como, por exemplo, cerâmica, diamante industrial, alumínio... No mercado é possível encontrar diversos tipos de facas, com marcas e materiais diferentes. Prefira a que melhor se adaptar a sua mão, porém mantenha sua faca sempre afiada. UTENSÍLIOS DE USO GERAL Copos e colheres de medidas Balança Termômetro Tesoura de cozinha Descascador de legumes Tábua de cortes Pegadores Concha Escumadeira Ralador Pinca Boleador Espátula de silicone Espatuda de confeitaria Bicos e sacos de confeitar Fouet Mandolin EQUIPAMENTOS DE REFRIGERAÇÃO Câmara fria Geladeira Freezer EQUIPAMENTOS DE COCÇÃO Fogão Grelha Chapa Frigideira – sautese e sautoir Forno e forno combinado Chairbroille Salamandra 5 EQUIPAMENTOS DE PREPARAÇÃO Batedeira Cilindro Liquidificador Moedor de carne Processador Etc. CORTES BÁSICOS 6 7 8 9 Como cortar cebolas a Brunoise, ou “picar bem picadinho” Chiffonade 10 ou Ciseler Juliene Ciseler 11 ERVAS FRESCAS São fundamentais na cozinha. Elas tanto temperam e aromatizam as bases quando formam um fundo de aroma especial, mas indistinguível – Quando podem ser o toque final de um prato. Por terem propriedades muito peculiares devem ser usadas com muito cuidado. Quando falamos em eras, não há regras. O importante é ter bom senso e provar cada uma delas, observe suas características e crie suas próprias combinações. As ervas mais utilizadas na cozinha são: Salsinha Coentro Cebolinha Alecrim Manjericão Hortelã 12 Louro Fresco Erva Doce de cabeça ou Funcho Alho Poró Manjericão Toscano Manjerona Tomilho Sálvia Endro 13 ERVAS SECAS E ESPECIARIAS Muito usadas na Gastronomia Mundial, a s ervas e espaciairias desidratadas são um legado das primeiras civilações humanas e principalmente do Oriente e entraram na nossa cozinha ocidental através da Rota da Seda vindas da India, China e Afeganistão há mais de 5000 anos. Esses reinos faziam comércio territorial e marítimo com os reinos mediterrâneos desde época da Assíria, Fenícia, Grécia, Roma e Etrúria que são as culturas que influenciaram toda a Gastronomia Ocidental e Mundial. As ervas tanto secas como as frescas representam nivis aromas e sabores diferenciados e únicos trazendo à Culinária novas sensações e novos gostos e sabores. Dominar o mundo das ervas e especiairias é dominar os aromas e sabores de sua cozinha, pois com elas conseguirá impor uma nova assinatura em suas receitas. Orégano Coloral (Urucum) Cúrcuma (Falso Açafrão) Curry Louro Seco Pimenta do Reino 14 ESPECIARIAS E ERVAS NOBRES Alfavaca Estragão Echalotes Dill Paprica Pimenta do Reino Branca Erva Doce 15 Cerefólio Manjericão Roxo Zafferano Açafrão Verdadeiro Tupinanbor 16 Especiarias mais usadas no Mundo O termo especiaria ou espécie (do latim species), a partir dos séculos XIV e XV na Europa, designou diversos produtos de origem vegetal(flor, fruto, semente, casca, caule, raiz), de aroma ou sabor acentuados. Isto se deve à presença de óleos essenciais. O seu uso distingue-as das ervas aromáticas, das quais são utilizadas principalmente as folhas. Além de utilizadas na culinária, com fins de tempero e de conservação de alimentos, as especiarias são utilizadas em farmácia, na preparação de óleos, unguentos, cosméticos, incensos e medicamentos. Historicamente, esses múltiplos usos deram lugar a disputas entre as corporações - notadamente entre os especieiros e os boticários. 17 No final desta Apostila irão encontrar um Glossário com todos os tipos de Aromáticos e Especiairias em ordem alfabética com suas denominações oreigens e usos! 18 TÉCNICAS DE AROMATIZAÇÃO EM COCÇÃO INFUSIVA (LÍQUIDOS) São misturas de ingredientes (normalmente legumes, ervas e especiarias) utilizadas para dar sabor as receitas. É importante observar a proporção de cada ingrediente na combinação, já que o objetivo é realçar o sabor das preparações, e não dominar. Combinações clássicas: Mirepoix Bouquet Garni. Saquet d’epices Cebola piqué Cebola brulé Combinações Técnicas Allspice Catrepis Duxelles Herbes d’provence Finnes Herbes Garam Masala Minhonete Pesto Quatre Épices Ras el hanout Mirepoix Designa e denomina uma preparação criada por Duc de Lévis-Mirepoix (Século 18) como acompanhamento e realçador de sabor de outras preparações culinárias. Consiste em vegetais (50% de cebola, 25% de cenoura e 25% de salsão) cortados em brunoise, acrescidos ou não, dependendo da formulação, de presunto cru ou bacon. Deriva de acordo com ingredientes trocados ou acrescentados, como: MIREPOIX: Mistura de vegetais usada para dar sabor aos fundos, molhos e outras preparações culinárias. O tamanho dos vegetais é diretamente proporcional ao tempo de cocção e ao tipo de produtos final. Normalmente usado na porcentagem básica: 50% de cebola + 25% de cenoura + 25% de salsão. 19 MIREPOIX BRANCO: Mistura de vegetais usada para dar sabor aos fundos, molhos especiais e algumas receitas especiificas e demais preparações culinárias. O tamanho dos vegetais é diretamente proporcional ao tempo de cocção e ao tipo de produtos final. Normalmente usado na porcentagem básica: 25% de cebola + 25% de nabo Branco + 25% de cenoura + 25% de salsão.Mirepoix Clássico MIREPOIX VERDE: mistura especial de ervas frescas usada para dar sabor aos fundos, molhos especiais e algumas receitas especiificas e demais preparações culinárias. O tamanho dos vegetais é diretamente proporcional ao tempo de cocção e ao tipo de produtos final. Normalmente usado na porcentagem básica: 25% de cebolinha verde + 25% Funcho + 50% de alho poró . 20 Combinações e Técnicas Clássicas de Aromatização BOUQUET GARNI: Combinação de vegetais e ervas, cuja composição básica contém talos de salsão cortados em bastonetes, talos de salsinha, tomilho e louro, amarradas por um barbante, com uma folha de alho poró. CEBOLA BRÛLÉ: Cebola cortada ao meio e caramelizada, usada para dar sabor e, principalmente, cor a preparações como consommées e fundos. CEBOLA PIQUÉE: Cebola espetada com uma folha de louro e cravo. Usada na produção de molho bechamel e algumas sopas. SACHET D’EPICES: Saquinho de especiarias composto de louro, pimenta em grãos, talos de salsinha e tomilho. Opcionalmente, pode-se ainda acrescentar cravo e alho. 21 Combinações e Técnicas Especiais de Aromatização Existem algumas técnicas e procedimentos dentro da Cozinha Internacional para Aromatizar pratos específicos, como mistura de pimentas, pimentas e ervas, pimentas e especiairias ou especiairias com ervas. Muito específicos, esses procedimentos tem como intuito dar uma intendidade do cozinheiro à receita, como também intensificar sabores Muitos chefs pelo mundo usam estas técnicas e procedimentos como um conceito próprio e criando seus procedimentos específicos, isto é, criando sua assinatura em suas realizações. Allspice ou Mix de Pimentas Combinação de Pimenta da jamaica 50% + Canela em pó 25% + Cravo em pó usado em preparações de licores, doces e molhos agridoces. Também usado em marinadas de carnes de caça e exóticas e alguns casos usa-se páprica picante 22 Catepris É uma mistura de quatro ervas: noz- moscada, cravo, pimenta-da-Jamaica, canela. Usa-se em bolos, doces tortas de frutas, pães e biscoitos e pão-de-mel. Combina muito com Bananas, maçãs e receitas que vão frutos secos como nozes, amêndoas e avelas. Duxelle É uma preparação da culinária da França, feita com champignons de Paris, finamente cortados e cozinhados, utilizados para rechear vários pratos. Os cogumelos cortados são salteados em manteiga até ficarem quase secos; junta- se mais manteiga e chalota cortada, deixando cozinhar até a chalota ficar macia; tempera-se com noz moscada, sal e pimenta. Supostamente, esta preparação foi inventada no século XVII pelo chef François Pierre de La Varenne, cozinheiro do marquês d’Uxelles, cujo título foi adaptado, como dedicatória; a ideia seria fazer uma conserva de cogumelos para ser utilizada mais tarde. Herbes d’Provence Técnica de aromatização criada na Região de Provance na França. Usadas geralmente para aromatizar a dar sabor a grelhados, cremes e dip's. Consistem numa mistura de tomilho, alecrim, louro, manjericão, segurelha e cascas de laranja desidratadas. Existem também com ervas frescas, mas só utilizado para temperos de assados. 23 Finnes Herbes Popular na culinária francesa” finnes herbes”! é uma mistura clássica com um bouquet delicadamente equilibrado de ervas frescas e tenras. Usado para temperar pratos levemente aromatizados, como omeletes, peixes e legumes. Usando apenas ervas frescas, misture 2 colheres de sopa de salsa picada, 2 colheres de sopa de cerefólio picadas, 1 colher de sopa de tomilho picado, 2 colheres de sopa de cebolinha picada e 4 colheres de chá de estragão picado. Esta mistura deve ser picada antes do uso, pois se deteriora rapidamente. Garam Masala Garam masala (do hindi garam, "quente" e masala, "mistura") é uma mistura de especiarias moídas muito comuns na culinária da Índia, sendo também encontrada nas culinárias de outros países do sul da Ásia. Pode ser usado simples ou em conjunto com outros temperos. O garam masala é forte, mas não picante como uma malagueta. Sua composição varia de região para região, havendo uma grande variedade por toda a Índia. Alguns dos ingredientes mais comuns são grãos de pimenta preta e branca, cravinho, louro, cominho preto, sementes de cominho, canela, cardamomo preto, castanho e verde, noz-moscada, anis e sementes de coentro. São usadas diversas combinações destes ingredientes nas variações regionais do garam masala, não sendo nenhuma delas considerada mais autêntica que a outra. Algumas das variações regionais misturam as especiarias com ervas, enquanto outras trituram as especiarias com água, vinagre ou outros líquidos, tais como o leite de coco, de forma a se obter uma pasta. Em algumas receitas, são também adicionados frutos secos, cebola ou alho. Os sabores podem ser misturados cuidadosamente de forma a se obter um efeito equilibrado, ou, em alguns casos, um dos sabores pode ser salientado num prato em que tal seja desejado. Normalmente, o garam masala é cozinhado antes de ser usado, de forma a melhor libertar os seus sabores e aromas[1] . Existem também diversas versões comerciais de garam masala pré-preparado, com diferentes combinações de especiarias. 24 Minhonette ou Mignonette Termo usado para definir uma trituração específica de Especiarias (sementes, frutos secos ou grãos) em graúdos e uniformes pedaços, preferencialmente feitos com a lamina de uma faca. Usado para aromtizar Marindas de carnes em grandes peças e Vinha-d’alhos Sua Composição é muita variada cabendo ao Chef o que usar para compo-la, mas costuma ir de pimentas a todos os tipos de ervas secas e especiairias. Mas sempre com o toque de gengibre desidratado! Este termo e técnica nomina um famoso molho francês, muito parecido com nosso vinagrete, muito aromático e picante usado para acompanhar saladas e crustáceos cozidos servidos em temperatura ambiente! Receita do meu Molho Mignonete Leve ao fogo 3 colheres de sopa de azeite e uma colher do seu mignonete e um dente de alho inteiro e 2 colhers de cebola roxa picadinha deixe saborizar em fogo extra baixo por até 3 min. Esfume com 3 colheres de vinho (branco ou tinto) seco finalize com 1 colher de sopa de limão siciliano e 1 colher de suco de laranja Bahia. Tempere com sal e raspa de limão e de laranja - Sirva morno! Pesto Não confunda o Pesto Genovese com um pesto de temperos que nada mais é que a união de várias ervas frescas com azeite, alho e sal batidos em mixer ou moídos em pilão, muito usado para aromatizar molhos, acompanhar saladas, pães, tortas e carnes. A confecção desta técnica consiste em reaproveitar tudo que vc não usou como : Hastes de salsinha e de cebolinha Hastes de Manjerição e hortelã, sálvia e alecrim. Folhas de salsão e de alho poró E tb aquelas folhas que ficaram desinformes ou com alguma marca, murchas mas em bom estado de uso! Leve tudo ao mixer com alho, azeite e sal e Voilà! 25 Quatre Èpices Mistura picante de especiarias em pó feita, em ge-ral, com pimenta-do-reino, noz- moscada, cravo-da -índia e canela ou gengibre. Usado em doces, bolos, biscoitos, embutidos, ovos, carnes e peixes! Ras el Hanout É uma mistura de especiarias típica da culinária do Magrebe (Marrocos). O nome significa "o máximo da minha cozinha", é usado para temperar tagines, cuscuz,arroz ou carne para grelhados. Numa receita para este condimento, combinam-se sal, cominho, gengibre, açafrão, canela, pimenta branca, pimenta preta, pimenta-de-cayenne, pimenta-da- jamaica e cravinho, todos moídos. Para utilizar a mistura deve ainda juntar-se alho esmagado,no entanto, dependendo do gosto e da tradição local, a mistura pode ter mais de 100 ingredientes, incluindo haxixe. O Ras el hanout é picante, tem nuances sutis de uma fragrância floral dentro de um sabor robusto e ao mesmo tempo doce. É composto por vários ingredientes que podem ou não ser utilizados em sua totalidade e, a preparação, varia de região para região. MARINADAS OU CURA ÚMIDA: 26 Utilizadas para dar sabor a carnes, peixes e vegetais. É composta basicamente de óleos, ácidos (vinho, sucos cítricos, vinagre) e aromatizantes (ervas especiarias e vegetais). Esta te´cnica tem como quebrar as enzimas da carne crua e seus nervos mais sensíveis e amaciar, como também realçar sabores e aromas! Normalmente não leva sal, para não desidratar a peça a ser temperada – o sal é adicionado apenas próximo à hora do preparo. MARINADA COZIDA PARA CARNE OVINA E CAPRINA Rendimento: 3,6 Litros para até 2 kg de carnes inteiras ou 4 kg em pedaços ou fatias. Ingredientes 100 g Cenoura 100 g Cebola 100 g Salsão 2 dentes Alho 3 ramos Salsa 1 ramo Tomilho 3 folhas Louro 5 g Pimenta preta (10 grãos) 2 unid. Cravos-da-Índia 1,5 litros Vinho 300 ml Vinagre 250 ml Óleo 50 g Sal 3 litros Água Preparação: Esfregar o sal na carne direto e deixar descansar por 30 min. O restante do sal que sobrar junte a marinada. Cortar legumes em brunoise. Saltear os legumes no óleo com temperos. Acrescentar o vinho e o vinagre e deixar ferver (reduzir 50%). Finalizar com 3 litros de água. Deixar esfriar antes de usar. Despejar por cima da Carne já salgada Tempo de Marinação: 12h (As marinadas quentes ou cozidas são exatamente para diminuir o tempo de cura das proteínas) MARINADA CRUA PARA AVES 27 Rendimento: 2,2 Litros para 2 kg de carne inteira ou 4 kg em pedaços Ingredientes 700 ml Vinho branco 300 ml Vinagre 50 g Sal 2 folhas Louro 2 g Tomilho 5 g Pimenta branca (20 grãos) 2 g Manjericão fresco 2 g Manjerona fresca 10 dentes Alho amassado Preparação: -Misturar todos os ingredientes. -No caso de aves inteiras passar 50% do sal da receita por dentro da carcaça e o restante na marinada. Acomode-a em um recipiente que comprima o volume para a marinada banhar ao menos 2/3 da carcaça ou acomode em saco plástico virgem e resistente. -Colocar as peças de carne num recipiente junto com a marinada. -Deixar marinar durante 24h. MARINADA CRUA PARA CARNE BOVINA, OVINA E CAPRINA Rendimento: 3,5 litros para 2 kg de carne em peça inteira ou 4 kg em pedaços Ingredientes 1 litro Vinho seco 2 ramos Tomilho 2 folhas Louro 5 g Pimenta (12 grãos) 3 unid. Cravos da índia 2 ramos Alecrim 2 dentes Alho amassados 2 litros de Água 2 g Zimbro amassado 100 g Sal Preparação: Esfregar o sal na carne direto e deixar descansar por 30 min. O restante do sal que sobrar junte a marinada. Misturar todos os ingredientes e despejar sobre a carne. Marinar por 24h. 28 MARINADA CRUA PARA PEIXES RENDIMENTO: 1 Litro para 1,5 Kg de peixe inteiro ou 2 kg em postas ou filés Ingredientes 100 ml Azeite de oliva 3 un. Limão (suco extraído) 300 ml Vinho Branco seco 5 g Pimenta (10 grãos) 15 g Sal 45 g Cebolinhas verdes cortadas finamente 25 g de endro picado 500 ml de água Preparação: Esfregar o sal na carne direto e deixar descansar por 30 min. O restante do sal que sobrar junte a marinada. Misturar todos os ingredientes e passar no peixe. Marinar por 24 horas se for inteiro e 12 horas postas e filés. CURA SECA Originalmente a cura era utilizada apenas como um método de conservação de alimentos por ter como característica principal a desidratação e assim evitar a deterioração por bactérias. Para que este processo de desidratação seja iniciado é necessário que o alimento seja colocado em contato com uma solução seca ou úmida rica em sal, sendo que esta solução pode ser acompanhada de ingredientes doces, condimentos e ervas com o intuito de agregar sabor ao alimento. Uma curiosidade é que independente da cura ter sido feita apenas com sal ou combinada com açúcar, condimentos ou até a defumação, a carne curada ganha características. Quando a carne tem uma baixa concentração de sal a proteína tende a se expandir e portanto absorver a água, já quando o alimento possui uma alta concentração de sal, acima de 6% do seu peso total, a carne se retrai e expulsa todo o líquido, tornando o alimento seco e livre de microrganismos. As curas podem ser secas ou úmidas mas ambas possuem o mesmo objetivo que é a conservação do alimento através da desidratação, alteração de textura e ganho de sabor. A cura seca é feita envolvendo o alimento com sal, prioritariamente, mas pode ser adicionado qualquer outro tipo de ingrediente que seja seco. Já nas curas úmidas, mais conhecidas como salmouras marinadas o alimento deve ficar submerso na água que deve ter sal, na maior parte, e também pode ser acompanhada dos ingredientes desejados diluídos. CURA SECA PARA CARNE BOVINA,SUÍNA E CAPRINA 29 Ingredientes p/2,5 kg de carne 60 g Sal 5 g Pimenta branca quebrada na faca (10 grãos) 1 ramo Tomilho 3 ramas Sálvia 3 folhas Louro 3 grãos Pimenta-da-Jamaica (quebrada) 5 dentes Alho amassados Preparação: -Misturar todos os ingredientes e passar (esfregar energicamente)na superfície da carne. -Acondicionar em um prato inoxidável ou plástico coberto. -Deixar curar de 12h a 24h. -Virar a carne de 6h em 6h. e esfregar os temperos e a “sua” da carne (líquido resultante da salga) -Retirar os resíduos de temperos. -Secar e cozinhar. No caso de aves inteiras desviseradas e deoenadas pode-se também ser usada essa cura, porém com uma cura de apenas 12 h. CURA SECA PARA PEIXES DEFUMADOS Ingredientes p/ 5kg de peixe disvicerado e descamado ou 7,5 peixe espalmado 300 g Sal 7 g Salitre 1 g Noz moscada 3 grãos Zimbro 2 g Alho em pó 2 g Cebola em pó 100 g Açúcar mascavo Preparação: -Misturar todos os ingredientes e salteie em saltese seca por 5 min. -Espalhe os peixes em um Vasilhame plástico com tampa e forme camadas de peixe/cura/peixe terminando com a cura. - Deixe curar por 48 horas - Retire o excesso de “sua” escorrendo pelo canto do recipiente -Conservar em geladeira até o momento de utilizar. Este tipo de peixe deve ser feito ensopado ou em moquecas, caso precisa grelhá-lo ou fritá-lo aconselho deixar em demolho por 24 h antes. 30 CONDUTAS E PROCEDIMENTOS IMPORTANTES Para organização de uma Cozinha antes da Cocção MISE EN PLACE (Literalmente - Fazer a Praça ou colocar na praça) É uma expressão da língua francesa muito usada em culinária. Porém foi instituída em todas as linguas e cozinhas do mundo como já disseram aqui no Blog a Cozinha Francesa formou a cozinha profissional e suas expressões são usadas para identificar procedimentos, cortes e técnicas. Significa a preparação ou planejamento prévio do local e da produção, ou seja, aplica-se tanto à seleção, separação e limpeza prévia de equipamentos e do local de trabalho para a execução das preparações, quanto ao pré- preparo dos ingredientes a serem processados, isto é, limpeza e corte de carnes e vegetais, pesagem e separação dos ingredientes da receita. Um mise en place bem feito garante a correta execução do trabalho e mantém o ambiente organizado, limpo e agradável, possibilitando executar diferentes preparações simultaneamente. Dessa maneira, aperfeiçoa-se tempo, mão-de-obra, consumo de matéria- prima e recursos energéticos, além de separar o que será usado nas preparações, o que será reaproveitado e o que será descartado! Portanto, tudo no seu lugar antes de começar. http://4.bp.blogspot.com/-PA1uB9lhfTo/T6c1XmdOmAI/AAAAAAAAJX0/A9A2cMdQ8as/s1600/Mise+in+place.jpg31 VEGETAIS Dos vegetais o homem consome as folhas, os talos, as vagens, as sementes, as raízes, os frutos, os bulbos, as flores e os tubérculos. Podem ser classificados por diferentes critérios, porém, para fins de preparo na culinária é interessante a classificação por cor e a destinação de seu uso e características naturais. São 4 grupos de diferentes pigmentos que provocam características comuns aos vegetais: • CLOROFILA: Pigmento predominante em todos os vegetais de cor verde. Ex.: espinafre, brócolis, ervilhas e outros verdes. • CAROTENÓIDES: Pigmentos predominantes em todos os vegetais de cor amarela ou alaranjada. Ex.: cenoura, mandioquinha, abóbora e outros. • FLAVONÓIDES: Pigmento predominante em todos os vegetais de cor avermelhada, arroxeada ou azulada. Ex.: beterraba, pimentão vermelho, tomate, uva, cebola e alho, entre outros • BRANCOS: vegetais sem pigmentação. Ex: couve flor, nabo, cebola branca, mangostim, pinha e etc http://1.bp.blogspot.com/-WGJmfKxAl94/T6c1qo-n8BI/AAAAAAAAJX8/1DrjQNq0LTY/s1600/legumes.jpg http://3.bp.blogspot.com/-nUQtcnyqSnk/T6c2OytUZpI/AAAAAAAAJYE/M4yI6lA_BOI/s1600/legumes-verduras.jpg 32 São 8 Grupos de diferentes formas e usos que provocam características comuns aos vegetais: • VERDURAS, FLORES E ERVAS FRESCAS: Vegetais formados por folhas, pistilos, raízes e bulbos, seu uso e seu reaproveitamento são determinados por saladas ( frias, quentes ou ligosas), fundos, caldos, sopas, acompanhamentos e guarnições . Ex.: espinafre, brócolis, couve -flores, couve de bruxelas, escarola, alface, alho-poró, manjericão, salsa , cebolinha, sálvia e etc. • LEGUMES E FRUTAS: Vegetais formados por casca, polpa, pistilo e sementes, seu uso e seu reaproveitamento são determinados por saladas ( frias, quentes ou ligosas), molhos, antepastos, doces, entradas, fundos, caldos, sopas, acompanhamentos e guarnições . Ex.: Tomate, pimentões, abobrinha, berinjela, chuchu, quiabo, abóbora, maçã, pera, laranja e outros. • LEGUMINOSAS de GRÃOS FRESCOS: vegetais com frutos em forma de vagens com sementes internas da família botânica FABACEAE, seu uso e seu reaproveitamento são determinados por saladas ( frias, quentes ou ligosas), molhos, antepastos, entradas, sopas, acompanhamentos e guarnições. Ex.: Vagem, vagem macarrão, ervilha torta, ervilhas, feijões ( FRESCOS), jatobá , baunilha, tamarindo...entre outros. • LEGUMINOSAS de GRÃOS SECOS: vegetais com frutos em forma de vagens com sementes e/ou frutos internas da família botânica FABACEAE, seu uso em forma seca e seu reaproveitamento são determinados por saladas ( frias, quentes ou ligosas), molhos, antepastos, entradas, sopas, caldos, acompanhamentos e guarnições. Ex.: feijões (SECOS), ervilha seca, lentilha, grão de bico, soja... Entre outros. • TUBÉRCULOS: vegetais com bulbos, cascas, folhas e raízes, seu uso e seu reaproveitamento são determinados por saladas (frias, quentes ou ligosas), molhos, antepastos, entradas, sopas, caldos, farofas, purês, acompanhamentos e guarnições. Ex.: Batata, cenoura, beterraba, rabanete, nabo,mandioca, mandioquinha, cebola, alho...entre outros. http://3.bp.blogspot.com/-HnjtbkU8Sf4/T6c5YTrem6I/AAAAAAAAJYc/DrMBe5s0XSI/s1600/Frutas.jpg http://1.bp.blogspot.com/-6tfUPlaMhUw/T6c42lAwdgI/AAAAAAAAJYQ/XUbjZwbchI4/s1600/hortali%C3%A7as.jpg http://4.bp.blogspot.com/-bD2jF1KPqVE/T6c6BHDXJ_I/AAAAAAAAJYk/kvbQIcs2C68/s1600/Vagens.jpg http://4.bp.blogspot.com/-AFI7HEb-NQE/T6c7p0US_1I/AAAAAAAAJY8/mnN-YIg9Nvw/s1600/leguminosas+secas.jpg http://4.bp.blogspot.com/-R0hzIx7-d88/T6c6SF1yjvI/AAAAAAAAJYs/1zDmdZUuo_E/s1600/Tub%C3%A9rculos.jpg 33 • GRÃOS SECOS não LEGUMINOSOS: vegetais com frutos em receptáculo floral (pistilos com ovários superiores) com frutos e/ou sementes internas e externas, seu uso em forma seca e seu reaproveitamento são determinados por saladas ( frias, quentes ou ligosas), molhos, sopas, caldos, antepastos, entradas, acompanhamentos e guarnições. Ex.: milho, arroz, trigo, cevada, sorgo, aveia, linhaça ...entre outros. • FRUTOS SECOS OU NOZES: vegetais com frutos e sementes em forma de receptáculo floral ( pistilos com ovários inferiores), seu uso em forma seca e seu reaproveitamento são determinados por saladas ( frias, quentes ou ligosas), molhos, sopas, doces, caldos, antepastos, entradas, acompanhamentos e guarnições. Ex.: Noz, Castanhas, Avelã, Amêndoa, Macadâmia, Amendoim, Pistache... Entre outros. • PALMITOS ou MIOLO de PALMEIRAS e seus FRUTOS : vegetais em forma de palmeiras com pecíolos folhais e frutos e sementes em forma de receptáculo floral ( pistilos com ovários inferiores), seu uso em forma seca ou fresca e seu reaproveitamento são determinados por saladas ( frias, quentes ou ligosas), molhos, sopas, caldos, antepastos, doces, entradas, acompanhamentos e guarnições. Ex.: Caiçara, Jussara, Açaí, Pupunha, Babaçu, Côco...entre outros. COGUMELOS e FUNGOS: Muita gente confunde fungo com as plantas (VEGETAIS). A Ciência, no passado, também já os classificou assim. Porém, com o estudo das estruturas celulares, verificou-se que as células dos fungos são diferentes das células das plantas. A célula do fungo não possui clorofila, logo ela não tem a capacidade de fazer fotossíntese. As suas células têm paredes rígidas, mas que não são formadas por celulose, como acontece com as plantas. Nas células dos fungos existe quitina, uma substância também presente na casca de alguns animais, como os insetos. Com características tão próprias, os fungos são classificados pela ciência em um reino específico conhecido em algumas publicações científicas por Reino Fungi. http://1.bp.blogspot.com/-DtvgUEbQZ5c/T6c8k3fwD0I/AAAAAAAAJZE/F3144KEaIxs/s1600/Gr%C3%A3os+n%C3%A3o+leguminosos.jpg http://3.bp.blogspot.com/-ldavmzW3DR4/T6c63yAn-UI/AAAAAAAAJY0/_7gDRFBB8lc/s1600/frutos+secos.jpg http://2.bp.blogspot.com/-2Y3moum1KTI/T6c9E_dMizI/AAAAAAAAJZM/jpJAm5Cg42o/s1600/Palmito.JPG http://1.bp.blogspot.com/-SK4w0in9Q9w/T6cw5CCB6_I/AAAAAAAAJXQ/Z16Gim0PtwA/s1600/DSCF8077.jpg 34 Todos esses seres conhecidos como mofos, bolores, cogumelos ou leveduras, pertencem ao Reino dos fungos. Os fungos são seres vivos sem clorofila e podem ser unicelulares, as leveduras, utilizadas como fermento na fabricação de massas, vinhos e cervejas ou pluricelulares, como os cogumelos comestíveis. Eles têm vida livre ou não, e são encontrados nos mais variados ambientes, sobretudo em lugares úmidos e ricos em matéria orgânica. Os fungos pluricelulares geralmente apresentam hifas - filamentos que se entrelaçam formando uma rede denominada micélio, e em alguns dividido em haste e chapéu. As hifas, que formam a maioria dos fungos pluricelulares, crescem e vivem escondidas sob o solo, sob a casca do tronco de árvore ou sob a matéria orgânica, isto é, restos de seres vivos. No cogumelo-de-chapéu, o micélio apresenta em seu "chapéu" muitas hifas férteis, produtoras de esporos - unidades relacionadas com a reprodução desses fungos. Seu uso e seu reaproveitamento são determinados por saladas ( frias, quentes ou ligosas), molhos, sopas, caldos, antepastos, entradas, acompanhamentos e guarnições. Ex.: Champignons, Paris, Shitake, Shimeji, Portobello, Cantarello, Porcini , Truffas e muito mais. http://2.bp.blogspot.com/-AfVGb2nvckk/T6cxKS3U4rI/AAAAAAAAJXY/w4IHkQUU3sI/s1600/0020.jpg 35 Os cogumelos são encontrados no mercado frescos, desidratados ou em conservasneles acompanham qualquer tipode prato ou são servidos sozinhos, desde uma massa a uma carne é um excelente acompanhamento ou guarnição. São excelentes para recheios e alguns devido ao tamanho também pode ser recheados com carnes, queijos,legumes, frutos ou até com os próprios cogumelos! Que tal 3 receitas especiais com cogumelos! Pra começar vou ensinar refogar cogumelos frescos e hidratar cogumelos secos com vinho ou água morna! TRILOGIA DE COGUMELOS Ingredientes 50 g de porcini seco 150 g de shitake fresco 200 g de cogumelos paris fresco 30 g de manteiga 1 colher de azeite ½ cebola branca picada Sal e pimenta bransa á vontade 200 ml de vinho branco Salsinha picada para finalizar! Preparação - Lave bem o cogumelo porcini em água corrente e escorra em pano limpo para retirar excesso de terra e outros. - Deixe-os marinanando no vinho por 30 min. Para hidratação. Fatie os outros cogumelos e reserve. - Em uma saltese derreta a manteiga com azeite e refogue cebola levemente -Acrescente os outros cogumelos previamente fatiados e refogue por 2 minutos - Junte os porcini com o vinho e esfume o vinho. - Deixe reduzir em fogo alto por 2 min e estará pronto para servi-los em uma massa, carne ou sozinhos! MOLHO SUPREMO Ingredientes 1 litro Veloutê de aves 150 g Nata 150 g Champignon 36 Suco de ½ limão q.s. Sal e pimenta do reino 2 unid. Gemas 10 ml Água Preparação: -Aquecer o veloutê. -Adicionar champignon, a nata e cozinhar por 3 minutos. -Temperar com o sal, pimenta e suco de limão. -Retirar do fogo. -Desmanchar as gemas com 2 colheres de água e misturar ao molho. MOLHO PARISIENSE Ingredientes 600 g Frango 100 g Presunto em julienne 50 g Champignon laminado 25 g Queijo parmesão ralado 500 ml Molho creme 50 g Nata 25 g Pimenta-do-reino branca 50 ml Vinho branco seco 25 g Cebola em Julienne 25 g Manteiga 10 ml Óleo q.b. Sal Preparação: -Cortar o frango em tiras (goujonnete) e refogar. -Acrescentar a cebola, presunto em tiras e o champignon fatiado. -Acrescentar o vinho, o molho creme, a nata e puxar. -Temperar com sal pimenta do reino -Finalizar com manteiga gelada. OBSERVAÇÕES 37 CALDOS & FUNDOS Fundo é um líquido saboroso produzido pelo cozimento lento de ossos, mirepoix e ingredientes aromáticos em água ou remouillage (fundo feito com ossos que já foram usados para o preparo de um fundo. É mais fraco do que um fundo de primeira qualidade). É usado como base de sopas, molhos, e outras preparações culinárias. Os fundos podem ser divididos em duas principais categorias: Por cor: Claro: ossos + água + mirepoix + aromáticos Escuro: ossos assados + água + mirepoix caramelizado + purê de tomate + aromáticos Por ingredientes: Vegetais Aves Carnes Peixes Passos importante para o preparo do fundo: 1. Começar com líquido frio, para possibilitar a liberação de sucos e nutrientes no fundo produzido. 2. Cozinhar adequadamente em fogo lento, sem ferver, para não turvar o líquido e não reduzi-lo antes de todos os sabores serem extraídos dos componentes; 3. Cozinhar durante o tempo adequado, para que o sabor e os nutrientes sejam liberados; 4. Retirar as impurezas sempre que necessário, escumando; 5. Não adicionar sal, pois se trata de uma base; 6. Não tampar; 7. Coar, resfriar, etiquetar e armazenar adequadamente. 38 Fumet de peixe Trata-se de uma preparação em que a carcaça do peixe e o mirepoix são suados em gordura antes da adição de água fria e de um ácido (vinho branco). A seqüência de preparo é idêntica a do fundo de peixe. O fumet é bem mais saboroso do que o fundo de peixe, porém o resultado final não é tão claro. Devido à estrutura frágil, as carcaças de peixes e crustáceos requerem um tempo de cozimento curto, cerca de 30 a 45 minutos, tempo suficiente para extrair todo o seu sabor. Para este tipo de preparação, o mirepoix deve ser cortado em pedaços pequenos, para poder transferir suas propriedades para o fundo em um curto período de cozimento. 39 Court bouillon É um líquido saboroso, feito de vegetais e ervas aromáticas, especiarias, um ácido (vinho, suco de frutas cítricas, vinagre, etc.) e água. Serve para cozinhar determinados alimentos, como por exemplo, peixes e crustáceos, carnes brancas e vegetais, que absorvem o sabor dos ingredientes aromáticos do líquido. Depois, esse líquido pode ser usado em outras preparações. AGENTES ESPESSANTES Servem para dar mais corpo a molhos, sopas, cozidos e braseados. O tipo de espessante utilizado em cada preparação terá um efeito definitivo no prato final. Os principais são: Roux Combinação em proporções iguais de um amido e uma gordura, quase sempre farinha de trigo e manteiga clarificada*. O tipo de gordura influenciará sutilmente no resultado final do prato. Normalmente, deve-se combinar o roux ao líquido da seguinte maneira: Roux frio em líquido quente; Roux quente em líquido frio. Este procedimento deve ser realizado lentamente, sem parar de mexer, evitando a formação de grumos e garantindo um bom resultado final. Após a adição do roux a um líquido, deve-se cozinhar esta preparação por pelo menos 20 minutos, mexendo ocasionalmente, para todo o sabor da farinha de trigo desaparecer, cozinhando-a. 40 Os principais tipos de roux são (variando com o tempo de cozimento): Branco Amarelo Escuro Negro *Manteiga clarificada: É a pura gordura da manteiga. O propósito de se clarificar a manteiga é elevar seu ponto de fumaça, possibilitando o uso em temperaturas mais altas, uma vez que os sólidos do leite contidos na manteiga queimam em baixas temperaturas. Preparação: -Colocar a manteiga numa frigideira ou panela pequena com fundo espesso. -Levar ao fogo baixo ou em banho-maria para derreter. -Retirar (escumar) as impurezas da superfície na medida em que for clarificando. -Retirar a manteiga com cuidado, para não misturar com o resíduo depositado no fundo da panela. Slurry É um amido (araruta, amido de milho ou farinha de arroz) dissolvido em um líquido frio na proporção 1 amido : 2 líquido. A aparência e textura do slurry devem ser de creme de leite fresco e a mistura deve sempre ser adicionada lentamente a um líquido quente, mexendo-se constantemente para evitar a formação de grumos. Deve-se cozinhar o slurry na preparação apenas até que se atinja a consistência desejada. Beurre manié Literalmente “manteiga trabalhada”, é uma mistura de 50% de manteiga em ponto de pomada e 50% de farinha de trigo, utilizada fria em pequenas quantidades. Também é conhecida como “roux cru”. Liaison aux jaunes et à la crème Mistura de 20% de gemas e 80% de creme de leite fresco, utilizada na finalização de preparações. Não deve ser diretamente adicionada ao líquido quente, mas sim temperada gradualmente, para evitar que as gemas talhem. uito empregada para 41 ajuste de textura e para enriquecer produções. Legumes Alguns legumes em forma de purê também agem como agentes espessantes. Gelatina Utilizada para dar corpo a líquidos ou preparações que forem servidas frias. Quanto maior a quantidade de açúcar ou de ingredientes ácidos, maior a quantidade de gelatina necessária. Sangue Utilizado como agente espessante em diversos pratos. Ex: Galinha ao molho pardo, embutidos específicos, tais como chouriço, morcilla, etc. Ágar-ágar É um agente estabilizante preparado a partir de algas marinhas. Pode ser encontrado em pó e, quando dissolvido em água aquecida e depois resfriado, o ágar-ágar gelifica, espessando a preparação, que pode ser servida fria ou quente. Manteiga integral (monté au beurre, ou montar na manteiga) Utilizada principalmente na finalização de molhos. A manteiga integral gelada, emulsionada em pequenas parcelas, contribui com um leve espessamento, além de trazeruntuosidade e brilho ao preparo. Obs.: uma vez montado na manteiga, o preparo não deve mais ferver. PRINCÍPIOS DE COCÇÃO A cocção é a aplicação do calor no alimento com o intuito de modificar a estrutura, alterar o sabor, amaciar e torná-lo adequado para a digestão. O CALOR O calor é um tipo de energia. Quando um alimento fica quente, suas moléculas vibram, aumentam e “batem” umas nas outras transferindo energia entre si. Quanto mais as moléculas se movem, mais quente fica o alimento. O calor é o princípio básico utilizado na cocção de alimentos. Pode ser direto ou indireto, podendo ser gerado a partir de diversas fontes, como: gás, eletricidade, ondas eletromagnética, natural, etc. A transmissão de calor se dá através de: CONDUÇÃO: transmissão direta Significa o contato direto do alimento com o calor; 42 É o mais lento, pois precisa de contato físico direto; Se dá por propagação, do exterior para o interior. CONVECÇÃO: Transferência de calor através de um fluido líquido ou gasoso. Pode ser: Natural: o movimento das moléculas do fluído acaba por movimentar também as moléculas do alimento. O ar ou líquido quente sobe, provocando esta movimentação contínua e circular. Artificial: uso de movimentos artificiais para acelerar a movimentação do meio para promover maior agitação de moléculas. Ex: ventilação no forno. RADIAÇÃO: A energia é transferida por ondas de luz ou calor. Ex: microondas, torradeira, salamandra, etc. EFEITOS DO CALOR Os alimentos são compostos de proteínas, carboidratos, água, gordura e minerais. As mudanças de textura, formato, cor e sabor ocorrem quando o calor é aplicado a cada um destes componentes. PROTEÍNA: na proteína o termo próprio para a cocção é a COAGULAÇÃO. Ao cozinhá- la perde-se umidade e volume, ficando compacta. AMIDO: o termo próprio para a cocção do amido é GELATINIZAÇÃO. Quando o amido está em contato com um líquido quente, suas moléculas “incham” fazendo com que cozinhem. A gelatinização se dá entre 66 e 100ºC. AÇÚCAR: o termo usado para a cocção do açúcar é CARAMELIZAÇÃO. Quando se dá a caramelização, os alimentos sofrem alteração de cor e sabor. A caramelização se dá a partir de 170ºC. ÁGUA: A água, quando submetida ao calor, evapora. Todos os alimentos contêm água em sua composição, em maior ou menor proporção. Quando a temperatura interna dos alimentos aumenta, as moléculas de água evaporam, causando a desidratação. 43 CONTROLE DE QUALIDADE E ALTERAÇÕES NA COCÇÃO DE VEGETAIS Dois fatores são extremamente importantes quando pensamos em cozinhar vegetais: 1. que acontece no processo de cocção? Como os vegetais mudam quando cozidos? 2. Como controlar estas mudanças? A cocção afeta os alimentos alterando sua textura, sabor, cor e valor nutricional. Compreendendo bem sua reação, podemos controlar as mudanças e transformar os alimentos de forma positiva e favorável às características que buscamos. TEXTURA A alteração da textura é a principal mudança ao cozinharmos os vegetais, pois as fibras e amidos se transformam pela exposição ao calor. FIBRAS A pectina e a celulose são as principais fibras contidas nos vegetais, estas dão ao vegetal estrutura e firmeza, a cocção amolece-as. A quantidade de fibras varia: De acordo com o vegetal. Ex: espinafre e tomate contêm menos fibras do que as cenouras. De acordo com suas características. Ex: cenouras velhas são mais fibrosas que cenouras novas. De acordo com cada parte do vegetal. Ex: a ponta do aspargo contém menos fibra que seu caule, portanto é mais macia e cozinha mais rapidamente. As fibras se tornam mais firmes (duras) na presença de: Ácidos: o contato com ácidos aumenta o tempo de cocção das fibras. Açúcares: eles fortalecem a celulose, deixando-a mais firme. As fibras se tornam mais ternas (macias) na presença de: Calor. Produtos alcalinos (Ex: bicarbonato de sódio). Porém o contato de vegetais com produtos alcalinos faz com que estes percam seu valor nutritivo. 44 ATINGINDO O PONTO DE COCÇÃO IDEAL Um vegetal estará cozido corretamente quando atingir a maciez desejada. Este estágio varia de vegetal para vegetal. O importante é que sejam mantidas suas características quanto à crocância e textura, além do sabor, cor e preservação de nutrientes. Para isto é importante considerar o seguinte: Faça cortes uniformes para atingir o mesmo ponto de cocção; Cozinhe o mais próximo possível do momento do serviço; Cozinhe os vegetais separadamente, pois cada um tem um tempo de cocção diferente (quebra de celulose); Nunca cozinhe demais os vegetais; Resfrie os vegetais depois de cozidos (no caso de pré-preparo) para evitar que o calor residual continue cozinhando-os. Vegetais cozidos propriamente irão apresentar as seguintes características: COR: brilhante e natural. APARÊNCIA: natural. TEXTURA: macia, preservando as características do vegetal. SABOR: natural. HORTALIÇAS São vegetais cultivados em horta e representam as partes comestíveis das plantas: raízes tuberosas, tubérculos, caules, folhas, flores, frutos e sementes. PARTES COMESTÍVEIS DAS HORTALIÇAS 1. FOLHAS: acelga, agrião, alface, almeirão, couve, espinafre, mostarda, repolho, rúcula. Fornecem em média 20 cal/100g. 2. VAGENS /GRÃOS: ervilha, ervilha torta, fava, vagem, feijões verdes, milho verde. Têm de 40 a 80 cal/100g. 3. TUBÉRCULOS E RAÍZES: beterraba, cenoura, nabo, rabanete, aipim, mandioquinha, batata, batata-doce, cará, inhame. Têm alta concentração de amido e por isso mais de 80 cal/100g. 4. BULBOS: alho poró, alho, cebola, échalote. Também são pobres em calorias: 20 cal/100g. 5. FLORES: alcaparra, alcachofra, brócolos, couve-flor e flor de abóbora. Pobres em caloria: 20 cal/100g. 6. CAULES: aipo, aspargo, ruibarbo e palmito. Todos pobres em calorias. 7. COGUMELOS: frescos e secos: boletos, caetetubas, porcinis, shiitakes, trufas. Com 2,4% de carboidratos e 1,7% de proteína. 8. BROTOS DE GRÃOS GERMINADOS: alfafa, feijão, lentilha, tremoço, trigo. 9. FRUTOS: tomate, quiabo, abóbora, berinjela, jiló, pepino, chuchu, pimentão, abobrinha. 10. PLANTAS AROMÁTICAS: alfavaca, alecrim, manjericão, cebolinha, cerefólio, coentro, endro, hortelã, louro, manjerona, salsa, sálvia, orégano, tomilho. 45 A adição química na cocção dos legumes alteram suas características da seguinte forma: CAROTENO FLAVONÓIDE CLOROFILA ÁCIDO – limao, vinho, vinagre, etc. - Retarda a cocção criando maior resistência. - Não altera a coloração. - Retarda a cocção criando maior resistência. - Ressalta a cor. - Retarda a cocção, criando maior resistência. - Perde a cor. BASE – bicarbonato de sódio - Acelera a cocção com a quebra da celulose desestruturando as fibras, ocorrendo a perda de nutrientes e provocando um sabor amargo. - Não atera a coloração. - Acelera a cocção, há perda de nutrientes e pode provocar sabor amargo. - Perde a cor. - Acelera a cocção, há perda de nutrientes e pode provocar sabor amargo. - Retem a cor. VEGETAIS CONGELADOS Ao utilizar vegetais congelados, observe sua procedência e data de validade. Examine também se ele foi recebido e armazenado em condições ideais (controle de temperatura). Métodos de Cocção - Calor Úmido BRANQUEAR Consiste em pré cozinhar o alimento por alguns minutos sem chegar ao cozimento completo, mantendo a cor, a textura, inativando enzimas e inibindo microorganismos, com o intuito de finalizá-lo posteriormente. COCÇÃO POR COMPLETO Cocção em meio líquido até o cozimento completo do alimento. O alimento estará cozido quando estiver macio ao toque do garfo (fork tender).Considerações importantes para a cocção de vegetais: Preparar adequadamente os vegetais (corte, limpeza etc.). Ferver em meio líquido adequado ao tipo de vegetal. Líquido deve cobrir o vegetal e estar em quantidade suficiente para que os vegetais se movam enquanto estão fervendo sem que grudem uns nos outros. 46 Levar sempre os vegetais mais duros à cocção antes dos demais. Os vegetais brancos, amarelos e vermelhos a panela pode ser tampada. Os vegetais verdes nunca devem ser cozidos com a panela tampada. Cozinhar os vegetais até o ponto desejado em seguida coar, resfriar, ou utilizá- lo imediatamente em outra preparação. COCÇÃO NO VAPOR Método onde o alimento entra em contato com o vapor produzido pelo líquido (fundo, água) quando em ebulição. É uma das formas de cocção que mantém mais íntegros os componentes nutricionais dos alimentos. Os alimentos podem ser preparados no vapor através de fornos combinados, ou com o uso de panelas e utensílios apropriados para este método. Considerações importantes para se cozinhar vegetais no vapor: Preparar adequadamente os vegetais (corte, limpeza etc.). Colocar os vegetais com um certo distanciamento entre eles para que o vapor possa circular melhor. Métodos de Cocção - Calor Seco sem Gordura MÉTODOS DE COCÇÃO - CALOR SECO SEM GORDURA GRELHAR É um método que consiste em cozinhar alimentos numa grelha colocada sobre uma fonte de calor. É utilizado quando se quer cozinhar um vegetal rapidamente, preservando seus nutrientes naturais, suculência e sabor. O calor radiante da grelha carameliza o vegetal, dando-lhe um sabor agradável e característico deste tipo de cocção. Aspectos importantes quando se grelha vegetais: Selecionar os vegetais mais adequados a este tipo de preparação. Observar o tipo de corte e o tamanho, pois o resultado (cocção X uniformidade) é diretamente proporcional ao tamanho do produto. É necessário adicionar gordura na hora de grelhar os vegetais. ASSAR É um tipo de cocção onde o alimento é exposto ao ar seco e quente, com temperatura controlada, por um tempo adequado. Aspectos importantes quando assamos vegetais: Escolha vegetais apropriados para este tipo de cocção. Pré-aqueça o forno à temperatura desejada. tamanho e o tipo de corte são diretamente proporcionais ao resultado final do produto. 47 MÉTODOS DE COCÇÃO - CALOR MISTO PURÊ É uma técnica muito utilizada com vegetais, geralmente usada como um tipo de preparação ou como pré-preparo (Ex: recheio de tortas, suflês, etc.). Para se produzir um purê os vegetais devem passar por um processo de cocção prévio, que pode variar entre: assado, cozido em água ou no vapor. Após este processo deverá ser amassado e transformado em purê. BRASEAR Este método consiste em selar o alimento principal e suar os acompanhamentos aromáticos, quando necessários, em gordura quente, depois serão cozidos em meio líquido. GUISAR Este método é similar ao braseado, diferindo no tamanho do ingrediente a ser preparado, que deve estar no tamanho de uma “mordida”. Aspectos importantes para se brasear ou guisar vegetais: Utilizar vegetais apropriados para estes métodos de cocção. Atentar para o tempo de cocção dos vegetais, cozinhando-os apenas até estarem macios ao toque do garfo. MÉTODOS DE COCÇÃO – CALOR SECO COM GORDURA FRITURA POR IMERSÃO A fritura por imersão é a cocção de um alimento submerso em gordura quente adequada e própria para resistir a altas temperaturas. Produtos fritos por imersão podem ser cobertos por uma camada de massa mole, farinha de rosca ou farinha de trigo para adicionar crocância e sabor a estas preparações. Os vegetais devem estar em tamanho adequado e uniforme para favorecer a cocção rápida e completa. A temperatura ideal para proceder esta cocção é de 160ºC a 180ºC. Tipos de fritura por imersão: Cesta: o alimento é colocado em uma cesta que é mergulhada na gordura quente, sendo retirada quando o alimento já está macio e dourado. Cesta Dupla: certos tipos de alimentos tendem a flutuar quando colocados em contato com a gordura e, ao mesmo tempo, necessitam de uma cocção prolongada. Para este tipo de alimento é recomendado o uso de cesta dupla, pois assim a segunda cesta segura o alimento para que ele fique inteiramente 48 submerso na gordura. Pesca: os alimentos são imersos livremente na gordura e “pescados” com uma escumadeira ou aranha quando atingem o ponto de cocção desejado. Em 2 tempos (ou branqueamento): o alimento é frito primeiramente a uma temperatura de 120ºC e depois a 180ºC, para proporcionar a cocção interna e crocância externa. Esta técnica é muito utilizada para vegetais ricos em amido como batata, mandioca, etc. FRITURA EM FRIGIDEIRA Método de cocção similar à fritura por imersão, diferindo apenas pela quantidade de gordura utilizada e o tipo de panela. Na fritura em frigideira a gordura deve cobrir apenas a metade do alimento e a cocção se desenvolve em dois estágios. Frita-se a parte inferior do produto e vira-se para fritar a parte superior. A fritura deve apresentar a mesma coloração dourada de ambos os lados. A panela adequada para este tipo de cocção é a sautoir. Caso se deseje fazer um molho para acompanhar o produto frito, este deverá ser servido à parte. Considerações importantes para fritar vegetais: 1. Aquecer a gordura na temperatura correta. 2. Colocar os vegetais a serem fritos, já empanados (se for o caso), em uma só camada, sem que se sobreponham. 3. Esperar a gordura voltar à temperatura ideal antes de iniciar uma nova remessa de fritura. EMPANAMENTO Este processo visa dar ao alimento uma finalização crocante e dourada, protegendo o alimento. Existem vários tipos de empanamento, como: Empanamento simples: utiliza-se apenas um tipo de farinha (trigo, milho, amêndoa, etc.). Empanamento completo: utiliza-se farinha de trigo, ovo batido (ou algum líquido) e farinha de rosca. Empanamento com massa mole: utiliza-se uma massa de consistência leve, mas aderente, feita essencialmente com uma farinha, um líquido e um aromatizante. 49 Considerações importantes quando se empana vegetais: 1. O vegetal a ser empanado deve estar seco. 2. Preparar todo o mise en place do empanamento. 3. Fritar imediatamente após o empanamento para que vegetal não solte água (umidade) e danifique o processo. 4. Colocar em papel absorvente para a retirada do excesso de gordura. GORDURA X FRITURA A qualidade de um alimento produzido a partir de fritura é diretamente proporcional ao cuidado com a gordura utilizada. Cada tipo de gordura possui uma característica diferente quanto ao sabor e sua capacidade de resistência ao calor e isto deve ser considerado quando se planeja usar uma ou outra gordura. TIPOS DE GORDURA E SEUS PONTOS DE FUSÃO E FUMAÇA TIPO FUSÃO FUMAÇA Manteiga Integral 36ºC 121ºC Manteiga Clarificada 36ºC 190ºC Óleo de Milho -11ºC 215ºC Azeite de Oliva 0ºC 175ºC Óleo de Soja -20ºC 240ºC Óleo de Girassol -17ºC 183ºC Gordura Animal 20ºC 205ºC Gordura Vegetal Hidrogenada 20ºC 215ºC CONSERVAÇÃO DA GORDURA: Local seco e arejado Coberta Livre de resíduos, preferencialmente coada Efetuar periodicamente um teste de saturação da gordura INIMIGOS DA GORDURA: Sal Altas temperaturas Umidade Exposição ao ar (oxidação) Metais Resíduos Ácidos graxos INDICADORES DA NECESSIDADE DA TROCA DA GORDURA: Baixo ponto de fumaça 50 Presença de espuma Alteração na cor Alteração no sabor Alteração no odor Cocção lenta Escurecimento do alimento posto em contato com ela Legislação: De acordo com a Portaria CVS-6/99 de 10/3/99 publicada em 12/3/99 no DiárioOficial do Estado: Os óleos e gorduras utilizados em frituras não podem ser aquecidos a mais de 180ºC. O óleo deve ser desprezado sempre que houver alteração de qualquer uma das seguintes características: sensoriais (cor, odor, sabor, etc.), ou físico- químicas (ponto de fumaça). Podem ser realizados testes físico-químicos comerciais rápidos, desde que comprovada a sua qualidade e eficácia. A reutilização do óleo só pode ser realizada quanto este não apresentar quaisquer alterações das características físico-químicas ou sensoriais. O óleo deve ser filtrado em filtro próprio ou pano branco fervido por 15 minutos. Quando utilizar fritadeiras com filtro, seguir as recomendações do fabricante e observar as características físico-químicas ou sensoriais. SALTEAR Neste método a cocção é feita rapidamente utilizando-se temperatura elevada e pouca gordura. O alimento a ser salteado deve ser naturalmente macio, ou então deve passer por uma cocção prévia para amolecer, pois em se tratando de uma técnica rápida, os alimentos mais duros não atingirão a textura desejada. O molho dos alimentos salteados, caso exista, deverá ser sempre feito utilizando-se da mesma panela em que foi feito o salteado, para aproveitar os sucos residuais liberados durante a cocção. A panela adequada para este tipo de cocção é a sauteuse. Aspectos importantes quando se salteia vegetais: 1. Vários são os vegetais que se prestam para serem salteados, verifique a uniformidade do corte utilizado. 2. Muitos dos vegetais escolhidos devem passar por algum processo de cocção prévio antes do salteamento, como por ex: a couve de Bruxelas, que deve ser branqueada antes. Assim sendo, verificar sempre o tipo de vegetal escolhido e o processo mais adequado para a sua cocção antes de salteá-lo. 3. A adição de ervas e temperos deve ser feita no final da cocção. Os vegetais devem ser salteados aos poucos para evitar o resfriamento da sauteuse, provocando assim a queda da temperatura na cocção. Portanto, deve-se estar atento ao tamanho da panela utilizada em relação ao volume de vegetais a serem salteados. 51 AMIDOS – BATATA Algumas produções especificam a utilização de batatas novas, cerosas, rijas, farináceas ou velhas. A distinção entre a batata cerosa e farinácea é a mais importante. As batatas cerosas têm muita umidade e menos amido que as farináceas. A sua pele é relativamente fina e sua polpa tem uma cor amarelada e um aspecto ceroso. São rijas, cozinham bem e não se desfazem se forem cozidas alguns minutos além do tempo necessário. São ótimas para saladas, caçarolas e purês. As batatas farináceas têm pouca umidade e açúcar e, por terem muito amido, ficam douradas quando fritas ou assadas, sendo indicadas para fritura. A maioria das batatas velhas é farinácea. Qualquer que seja a variedade deve-se escolher batatas rijas e pesadas e eliminar as moles, com manchas, com brotos e esverdeadas. Conserve as batatas em local fresco, seco e escuro, para evitar o desenvolvimento da solanina (substância que “esverdeia” a batata), que a torna amarga, indigesta e tóxica, e fora de embalagens plásticas fechadas, pois sua má conservação acelera seu processo de apodrecimento e ocasiona a perda dos nutrientes. Por ser um alimento de sabor bastante neutro e muito versátil, em termos de preparo, as batatas podem ser preparadas utilizando-se todos os métodos de cocção: assadas, fritas, fervidas, cozidas no vapor, salteadas, empanadas, braseadas, guisadas, utilizadas em sopas, pães, gnocchi, pudins, saladas, etc. AMIDOS – ARROZ Na natureza existem basicamente duas variedades de arroz: de grão longo e de grão curto. Seu comportamento é diferente quanto à cocção: os de grão longo, quando cozidos, ficam leves, macios e soltos, e os de grão curto (ou pérola) ficam úmidos, cremosos e ligados. Existem outros termos que diferenciam os tipos de arroz, a partir de seu processamento: O arroz polido (arroz branco) é um grão que passa por um processo de remoção da casca e do germe, removendo também muitos de seus nutrientes. É geralmente polido para melhorar sua aparência, suavizar seu sabor e amaciar os grãos (deste processo se originou sua nomenclatura). O arroz enriquecido é o arroz polido que recebe a adição de ferro e vitaminas no processo de polimento. O arroz integral é o grão descascado não polido, preservando assim seus nutrientes. Tem um sabor amendoado, textura fibrosa e uma cocção mais longa. O arroz parboilizado é um grão pré-cozido no vapor em altas temperaturas (com casca) que força as vitaminas e os minerais para o interior do grão, conservando-o, antes de ser descascado e polido. O arroz malequizado passa por um processo similar ao parboilizado, diferindo apenas pela temperatura de pré-cocção e o tempo de exposição ao vapor, mas com a mesma finalidade. 52 O arroz selvagem, apesar do nome, não é um arroz, e sim uma semente de uma gramínea. É marrom escuro, tem sabor forte e tempo de cocção prolongado. O arroz italiano do tipo “riso” é o grão utilizado na produção de risottos. Um grão de arroz de um bom risotto deve ser capaz de atingir a característica cremosa, que caracteriza o risotto, mas ao mesmo tempo deve estar firme à mordida. Das inúmeras variedades de arroz apropriadas para se produzir um risotto, três são consideradas as melhores: Arborio, Carnaroli e Vialone Nano. Arborio é um grão grande, roliço e rico em amilopectina, amido que se dissolve no cozimento, produzindo um risotto mais cremoso. É o mais popular arroz italiano no mundo. Carnaroli é considerado o “rei dos arrozes” na Itália. É longo e rico de amilose, motivo pelo qual se mantém mais tempo “al dente” quando cozido. Também apresenta alta concentração de amilopectina. Vialone Nano é um grão pequeno e curto que contém muita amilose, que não amacia facilmente durante o processo de cocção, apesar de ter amilopectina suficiente para que se possa classificá-lo como uma variedade boa para o preparo do risotto. Considerado um arroz semi- fino, muito popular na região do Veneto. Além destes, há outras inúmeras variedades de arroz utilizadas na gastronomia, como: Basmati - aromático (para pratos orientais); Japonês - branco de grão curto; Pudding - grão curto (cozido ou assado); Tailandês - com fragância de jasmim. TÉCNICAS DE COCÇÃO DO ARROZ PILAF Técnica originária da Pérsia e da Turquia, consiste na cocção de grãos no intuito de deixá-los tenros, soltos e leves. Em uma panela aquecida, com ou sem gordura, coloque o arroz, acrescente o líquido quente e cozinhe-o com a panela tampada direto no fogão ou no forno. RISOTTO Esta técnica explora as propriedades de certas variedades de arroz italiano cujos grãos são envoltos por um amido macio conhecido como amilopectina. Durante a cocção, este amido se dissolve, ligando-se cremosamente aos grãos e fundindo-os. Os aromáticos do risotto geralmente são a cebola e a manteiga, mas qualquer produto comestível poderá agregar sabor ao risotto básico. Para se produzir um bom risotto, deve-se seguir corretamente seu método de preparo, mexendo constantemente para que o amido se solte e se torne um agente aglutinador. A panela utilizada deve transmitir e reter calor suficiente para cozinhar o arroz em chama alta sem grudar no fundo, portanto, panelas de fundo grosso e ligas pesadas são mais indicadas. Os risottos podem ser agrupados em dois estilos que diferem quanto à cremosidade: mais denso (muito usado no Piemonte e na Emilia-Romagna) e mais alongado (abundância de líquido), ou “all‟onda”, muito comum na região de Veneto. 53 GLOSSÁRIO DE TEMPEROS E DE ERVAS AÇAFRÃO: Dois tipos: 1º) O bem nosso, o gengibre dourado - uma raiz de gosto forte, muito popular em Minas Gerais, usada depois de seca e moída. Em São Paulo não éfácil encontrar em pó, mas vale a pena procurar. Com açafrão o arroz e a galinha ficam não só uma delícia, como de um colorido lindo. 2º) O outro tipo é ingrediente indispensável na "paella" (à espanhola) em risotos e sopas. Na Itália e França se usa muito também. Tratase do pólen de lírios, que tem de ser colhido à noite, antes que as abelhas e passarinhos levem embora. É um pozinho amarelo. Só a dificuldade de colher e a quantidade de flores para produzir já fazem dele o próprio requinte na cozinha. Principais utilizações: sopa de peixe ou frango, na coloração do arroz e do risoto, paella e vitela, bacalhau a espanhola e bolos. AIPO: Da mesma família que o salsão, só que mais graúdo, com o talo branco mais rijo e mais grosso. Ótimo nas saladas, canapés, ensopados. Suas sementes são muito usadas na Europa e Estados Unidos para temperar assados, sopas, picles e saladas. ALCAPARRA: Uma florzinha de cujo botão se faz o tempero. Facilmente encontrada em vidro, conservada em sal e vinagre. Boa em saladas, pratos de carnes diversas, peixes e frutos do mar, molhos e pizzas. Indispensável para o "beef-tartar". ALECRIM: Erva aromática do Mediterrâneo. Cultivado principalmente na Itália, Espanha e Grécia. Folhinha de perfume doce e fresco, que vai muito bem no preparo de carnes, ensopados (carneiro fica sensacional), aves, peixes, molhos, sopas (principalmente as ervilhas e de tartaruga), omeletes. As folhinhas secas bem maceradas, passadas em carne de porco ou galinha, antes de assar, dão um toque especial. Um pouquinho também no nosso bolo de fubá, mas com calma que alecrim é forte. Usa-se também no preparo de frutos do mar. Principais utilizações: berinjela, patês, coquetel de marisco, minestrone e sopa de tomate, batatas, couve-flor ou tomates, omeletes, ovos recheados, cozido de carne, assado de porco, frango, peixes grelhados e cozidos, marinadas, molho branco para legumes, molho a bolonhesa, vinha-d'alhos, suco ou salada de frutas e biscoitos. ALHO PORÓ (Poireau-Leek): Tempero dos mais saborosos, indicado para todos os pratos da cozinha, especialmente as sopas. ALLSPICE: Nome inglês para a pimenta-da-jamaica. Uma frutinha muito saborosa, misto de cravo, canela e noz-moscada. Usada em pó, é tempero gostoso e versátil, que valoriza salgados ou doces, bolos ou pães. Especialmente indicada para sopas, ensopados, carne de panela, molhos, bolos de frutas e bebidas quentes, tipo grog. Veja pimenta-da-jamaica. ALFAVACA: Essa folhinha é o melhor tempero para peixes, carnes e aquele arroz que se cozinha com um tablete de caldo de carne. Duas folhinhas bastam. É meio parente do manjericão, porém mais saborosa. Fácil de se Ter em casa, plantada. Pode-se deixar secar as folhas e guardar em vidro. ANIZ ESTRELADO: Fruto em forma de estrela, originária da China. Quando seco é ligeiramente amargo e de aroma intenso, sendo utilizado em receitas típicas chinesas de carne, de porco e pato. Também utilizado para aromatizar bebidas. ANETO: (Aneth-Dill): Combina com todos os peixes, saladas, sopas, aspargos e queijos brancos. BOUQUET GARNI: Mistura especial de 5 ervas, acondicionadas em saquinhos de pano para serem colocados na panela e retirados antes de servir. Usado em cozidos de 54 carnes, legumes, sopas e frutos do mar. BAUNILHA: Fruto de planta nativa da América Central e México. Hoje muito cultivada na Malásia. Entre os astecas era conhecida a bebida "xoco-late", feita com cacau e baunilha. Suas favas são utilizadas em pudins, fios de ovos, marrom glacê, e em bebida com leite. Principais utilizações: (em favas) bebidas com leite, milk shakes, chocolate quente, massas, doces e recheios para pastéis, recheio de queijo para pão, pudins, marrom glacê e fios de ovos. CAMOMILA: Uma das mais populares erva originária da Europa, sendo fortemente aromática e de sabor intenso. Tradicionalmente utilizada como um eficaz chá calmante. O chá facilita também a digestão. CARDAMOMO: Fruta ou semente da planta da família do gengibre; nativo da Índia, também cultivada na Guatemala e Ceilão. Para utilizá-la é necessário retirá-la da casa e amassá-la. Use-as em sopas, no fígado, na carne de porco, nos picles e para aromatizar licores. Muito usada, principalmente em molhos cremosos doces. A planta também é decorativa, tem flor cor-de-rosa, muito bonita. Principais utilizações: (retirar e amassar as sementes) picles. para aromatizar licores,café, vinho quente, em sopa de frutas e massas, batata doce, feijão cozido, fígado e carne de porco, peixes, molho para churrasco, geléias, compotas, pães, doces, tortas, ponche e arroz-doce. CATREPIS: É uma mistura de quatro ervas: noz-moscada, cravo, pimenta-da-Jamaica, Canela. Usem em bolos, doces, torta de bananas e pão-de-mel. CANELA: Planta originária do Ceilão que foi introduzida na Europa pelos navegantes fenícios. Fornece sua casca, para ser comercializada em rama ou em pó para polvilhar bolos, biscoitos, bananas cozidas ou assadas, no arroz doce e em rama no vinho quente e em compotas e caldas. Principais utilizações: (em casca, em pó e com açúcar) chocolate quente, casca no quentão e vinho quente, sopas de carne e canja, batata doce e espinafre, cozidos, cobertura de presunto, bacon, carne assada, em casca no cozimento do frango, em casca nos molhos para carnes e aves, em bolos, biscoitos, bananas cozidas, pudins e mingaus. CEBOLINHA: A irmã caçula de cebola; cresce no clima fresco do hemisfério norte. Diferindo dos seus irmãos, seu sabor é delicado e agradável. Use em molhos em geral, patês, massas, omeletes, carnes, peixes e no minestrone. Vai bem em pastas de queijos e sobre pratos de forno. Não deve faltar em vinhos d'alhos e saladas. Principais utilizações: patês, minestrone e macarrão, salada de batata, omeletes, carnes e frango, peixes, molhos em geral, vinha d'alhos. CEREFÓLIO: (Cerfeuil-Chervil): Outra das Fines Herbes. Tempera saladas, peixes, queijos, omeletes, sopas e consomês. CHEIRO VERDE: É uma popular mistura de salsa com cebolinha, ambas desidratadas. Muito utilizado em cozidos, no arroz, massas e patês. COENTRO: Da família dos cheiros verdes, parente da salsa, com sabor e perfume bem mais estimulantes. A folha é indicada para pratos de peixe e frutos do mar, principalmente no Norte. A semente moída, esfregada em carne de porco ou frango, antes de assar, é sensacional; bom também para molho de carnes. Tem um leve sabor de limão. Use-o em ensopados e vinha d'alhos. Era usado pelos antigos romanos em "poções de amor". Não confundir com folha de coentro, que apesar de vir da mesma planta seu sabor é diferente. Principais utilizações: picles e conservas, sopas de lentilha, legumes, feijão, ervilha, torta de cenoura, frango grelhado, assado de carneiro e porco, peixe grelhado e marinadas, molhos para carnes, pão de gengibre e torta de maçã. COLORÍFICO: É um preparo a base de urucuzeiro com fubá. Use-o para dar uma atraente coloração vermelho alaranjado ao arroz e frango. Também utilizado na 55 confecção de pastas de queijo, molhos cremosos e farofa. Principais utilizações: patês, sopas em geral, na coloração do arroz; farofa, pastas de queijo, picadinho de carne, molho cremoso para peixes. COGUMELO: Começou a ser cultivado na França em torno de 1700. Seco oferece grandes vantagens na cozinha, podendo substituir o cogumelo fresco em quase todos os pratos. Para utilizá-lo lave-os bem, deixando-os na água até voltarem a sua forma natural, escorra-os e use normalmente. Principais utilizações: patês, sopas diversas, macarronada, omeletes, carne moída, strogonoff, picadinho de carne, molhos básicos para macarronada. COMINHO: Semente amarelada marrom, originária do oriente e cultivada no Egito. Use-o em molhos para carne e peixe, legumes, ovos e queijo. Utilizado na carne assada, cozida ou de panela. Ingredientebásico na cozinha regional nordestina. Vai bem até no feijão. Sementes moídas são muito usadas para o tempero de picles. Experimente antes de usar pois o gosto é forte. Principais utilizações: maionese, sopa de legumes ou galinha, feijão, arroz, repolho, cenoura, batatas, queijos, cozidos de carne e aves, chilli com carne, hambúrguer, peixes cozidos, marinadas, molho de tomate. CRAVO: Todos conhecem. A semente com o cabinho, é decorativa e aromática no "tendermade". Bom para doces brasileiros e compotas. Em pó, menos conhecido, tem sabor forte, ao mesmo tempo doce e picante. Tem que ser usado com moderação. Em bolos de carne, caldos e ensopados. Principais utilizações: use inteiro no quentão, vinho quente, picles, suco de tomate, sopas, no cozimento de arroz e verduras frescas, carne assada, pato à Califórnia, frango cozido, peixes, molhos doces, molho de tomate, em pó em geléias, bolos, biscoitos. Inteiro – doces, caldas. CREMOR TÁRTARO: Se obtém a partir do depósito salino que os vinhos deixam na parede dos tonéis, rico em uma substância chamada tártaro. É usado na fermentação dos vinhos feitos em casa e outras fermentações artificiais, como na confecção de balas. CURCUMA: Raiz da planta da família do gengibre. Nativa de Conchin China e importada da Índia e Jamaica. Ingrediente básico no curry e na mostarda. Usado em sopa e massas. No Brasil conhecido como Açafrão da Terra. Principais utilizações: picles e maioneses, sopas e macarrão, na coloração do arroz; cobertura para saladas, pratos de ovos mexidos ou cozidos, frangos grelhados ou assados, peixes e frutos do mar, molhos cremosos; molho branco ou queijo, para colorir pães e bolos. CURRY: Ou caril. Originário da Índia. É uma “misturinha” de vários temperos e condimentos. Em pó, muito picante, parece bastante em cor com o nosso açafrão em pó. Muito usado em pratos de carne, aves, peixes, molhos. Também em arroz, sopas, cremes. Principais utilizações: maionese e salada de batatas, patês, caldos, sopa de tomate, sopa rala de feijão, ervilhas, salada e arroz, ovos, carne de porco, frango temperado, frito ou cozido, caldeirada de peixe, mexilhões, camarão, frutos do mar, molhos para ovos, peixes, aves, carne branca, arroz. ENDRO: Outra planta das pouco conhecidas. Aparentada também com a erva-doce. Vai muito bem em peixes e sopas. Excelente para conservas de pepinos, pimentões e picles. Principais utilizações: picles, suco de tomate, macarrão, saladas, couve-flor, pratos com ovos e ricota, lombo de carne de porco, no tempero para peixe e moluscos, vinagrete. 56 ERVA-DOCE: Nativa da região do Mediterrâneo, é também muito cultivada no México. Use-a em biscoitos, bolos, pães, torta de frutas, maças assadas, caldas de doces e canapés. ESTRAGÃO: As folhinhas são muito parecidas com as da erva doce. Perfeito para o tempero de porco, galinha, ovos, peixe. Dá um sabor especialíssimo à molhos de saladas à base de vinagre, sopas e pastas de queijo. Ótimo bem picadinho junto com manteiga derretida para derramar sobre aspargos, vagem, beterraba, ervilha ou espinafre. Principais utilizações: maionese e picles, sopa de tartaruga e creme de peixe, salada de atum e saladas verdes, creme de ovos, na preparação de vitela, carneiro, frango grelhado, limão e recheio de peixes e moluscos, vinagrete e molho tártaro. FINNES HERBES: Mistura de 4 ervas que tornou famoso o Omelete Aux Fines Herbes. Essa combinação de cerofólio, cebolinha francesa, salsa e estragão. É o segredo de muitos chefs. Também usada para peixes, legumes, maioneses, queijos, mostardas e suflês. FUNCHO: Também da família da erva doce ou anis. As folhas temperam bem peixes, algumas sopas (os franceses acham o funcho indispensável para a "bouillabaisse"). Também dá licor. Usa-se o bulbo para fazer saladas. GENGIBRE: Erva muito usada na cozinha brasileira, principalmente na região Norte. Ralado é indispensável no vatapá, por exemplo. Dá um gostinho especial em pratos de carne moída, peixes e camarão. Mas cuidado que é forte e ardido (lembre-se do nosso quentão). Muito usado em pó, principalmente na Europa e Estados Unidos, em doces, bolos e pães. Excelente no preparo de conservas, picles, "chutneys". Principais utilizações: picles, chutney, conservas, massas doces, arroz, batata doce e cenouras, carne de porco e aves, no tempero de peixes, molhos em geral, molho para vitela, carne de porco, pão de gengibre, bolos, biscoitos e torradas. GERGELIM: Sementinha com sabor muito semelhante ao das amêndoas. Muito usado na cozinha árabe. Bom para acrescentar à massa de pãezinhos, certos bolos, biscoitos. Fica ótimo polvilhado sobre galinha, peixe ou macarrão, antes de ir ao forno. Em pães, pãezinhos, biscoitos ou roscas, também. O gergelim dá um óleo com alto teor de gordura. Principais utilizações: canapés e patês, na massa e no recheio de tortas, espinafre, tomates e batatas, torrado nas saladas, cobertura de queijos, use torrado em carne, moída e recheio para aves, torrado na cobertura para peixes, pães, bolos e biscoitos. HERBES DE PROVENCE: Combinação maravilhosa de 7 ervas aromáticas para assados, grelhados e molhos de carne em geral. HORTELÃ: existem algumas variedades. A mais conhecida é aquela plantinha rasteira. Suas folhas aromáticas são geralmente usadas frescas, mas também podem ser guardadas secas. Excelente no tempero de molhos para saladas, sopas, carnes, peixes. Muito popular na cozinha árabe. Gostosa em refrescos e complemento de drinques (mint julep). Faz licor saboroso. Também vai bem em geléias. KUMMEL: Planta originária da Europa e Ásia, onde cresce espontaneamente, posteriormente aclimada e cultivada na América do Norte. Conhecida no Brasil também pelo nome de Alcarávia. Muito utilizado em pratos alemães, eslávicos e húngaros. Use-o também em bolos, pães, biscoitos, patês e sopas. Principais utilizações: licor e patê de queijo, salpicado em sopas, creme de ervilha, chucrute, salada de repolho e couve, torta de queijo, carne de porco, assado de carne bovina, pão de milho, maçãs assadas. LOURO: Outra folha essencial para a vinha d'alhos. Extremamente aromática, deve ser usada com cuidado. Há quem goste no feijão e algumas verduras. Vai bem em molhos (de tomate, inclusive), assados, ensopados e conservas. 57 MACIS: Do invólucro (arilo) de noz-moscada se extrai este óleo, usado no preparo de certos tipos de chocolate. Um pouquinho dá ótimo sabor a molhos, pirão de batata, verduras. Vai muito bem na vinha d'alhos. Umas gotas na massa de bolos e pudins: ficam mais gostosos. MANJERICÃO: Tempera muito bem carnes, assados, sopas e alguns tipos de conservas. Genial em peixes e camarões, ovos, queijo, tomates recheados. Pode ir na vinha d'alhos; sabor a aroma fortes. Vá com calma até conhecer bem. Tenha sempre um pé no quintal ou em um vaso. Principais utilizações: berinjela e pimentão, sopa de tomate, pizza (no lugar do orégano), arroz, saladas verdes ou de legumes, vagem, omeletes com tomate, recheio para frango, peru, vitela, carne de porco, pão de carne, com manteiga para cobrir peixes e lagosta, molho de tomate e vinagrete. MELISSA: da família da erva-cidreira. Água de melissa sempre se usou para acalmar os nervos. Também um tempero aromatizante. Um pouquinho em caldos e carnes dá certo. MANJERONA: Pouco mais suave que a alfavaca, excelente em pratos de carne, peixes, camarões, molhos. Essencial na vinha- d'alhos. Dá um gostinho especial ao molho para saladas, verduras refogadas, omeletes, caldos de carne, ensopados, cogumelos. As folhas secas também são usadas para os mesmos fins. Parece um pouco com orégano. Principais utilizações: maionese e patês, sopa de batata, consomê de cebola e pizza, suflê de batata, legumes cozidos, cenoura, omeletes, ovos mexidos, salada de ovos, carne moída, frango grelhado e lombo, com
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