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BIOQUÍMICA DO LEITE ADMINISTRAÇÃO DE UNIDADES DE ALIMENTAÇÃO E NUTRIÇÃO II Profª Kamila Nascimento Nutricionista BOAS PRÁTICAS DE FABRICAÇÃO Qualidade BOA PRÁTICAS DE FABRICAÇÃO Abrangem um conjunto de medidas que devem ser adotadas pelas indústrias de alimentos e pelos serviços de alimentação, a fim de garantir a qualidade sanitária e a conformidade dos alimentos com os regulamentos técnicos. CODEX ALIMENTARIUS Foi criado em 1963. É um programa conjunto da Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO) e da Organização Mundial da Saúde (OMS). Objetivo: estabelecer normas internacionais na área de alimentos, incluindo padrões, diretrizes e guias sobre Boas Práticas e de Avaliação de Segurança e Eficácia. LEI ou Código em Alimentos Objetivo: Proteger a saúde dos consumidores e garantir práticas leais de comércio entre os países. Brasil é membro desde 1970. “Acesso físico e econômico das pessoas à alimentação suficiente, saudável e nutritiva, para atender suas necessidades dietéticas e preferências alimentares para uma vida ativa e saudável.” Segurança Alimentar Food Security Segurança de Alimentos Food Safety “Objetiva assegurar a qualidade nos produtos comercializados, garantindo que estão isentos de contaminantes biológicos, físicos e químicos no momento do consumo.” CONCEITOS DOENÇAS TRANSMITIDAS POR ALIMENTOS (DTA’S) Embora as DTA’s possam ser causadas por diversos tipos de microrganismos (como vírus, fungos e protozoários), as grandes vilãs da história são as bactérias, responsáveis por 90,5% dos casos de intoxicação e infecção alimentar. DTA 1 As que já tiveram NO MUNDO EXISTEM 3 TIPOS DE PESSOAS! 2 As que irão ter 3 As que estão tendo DTA´S Doenças Transmitidas por Alimentos (DTA): síndrome geralmente constituída de anorexia, náuseas, vômitos e/ou diarreia, acompanhada ou não de febre, relacionada à ingestão de alimentos ou água contaminados. Sintomas digestivos não são as únicas manifestações, podendo ocorrer afecções extraintestinais em diferentes órgãos, como rins, fígado, sistema nervoso central, dentre outros. Surtos Alimentares no Brasil – Dados atualizados em 2019 CAUSAS E SINTOMAS • O quadro clínico depende do agente etiológico envolvido e varia desde leve desconforto intestinal até quadros extremamente sérios, podendo levar a desidratação grave, diarreia sanguinolenta e insuficiência renal aguda. As DTA podem ser causadas por: Fonte: Sinan/SVS/Ministério da Saúde Série histórica de surtos de DTA. Brasil, 2000 a 2018*. Total de surtos de DTA notificados e doentes. Brasil, 2009 a 2018*. Surtos de DTA notificados por região. Brasil, 2009 a 2018*. Fonte: Sinan/SVS/Ministério da Saúde Distribuição dos surtos de DTA por local de ocorrência. Brasil, 2009 a 2018*. Fonte: Sinan/SVS/Ministério da Saúde Distribuição dos alimentos incriminados¹ em surtos de DTA. Brasil, 2009 a 2018*. Distribuição de surtos de DTA por critério de confirmação. Brasil, 2009 a 2018*. Fonte: Sinan/SVS/Ministério da Saúde Distribuição dos 10 agentes etiológicos mais identificados nos surtos de DTA² Brasil, 2009 a 2018*. Fonte: Sinan/SVS/Ministério da Saúde https://www1.folha.uol.com.br/mercado/2018/09/peste-suina-ja-matou-mais-de-40-mil-animais-na-china-belgica- registra-2-casos.shtml PERIGO!! Contaminante de natureza física, química ou biológica, ou uma condição do alimento, que pode causar dano à saúde ou à integridade do consumidor. Pedra no feijão Cabelo Fio de barba Perna de barata Pedaço de unha Caco de vidro Fragmento de palha de aço Gilete Prego Parafuso Eficiência de detector de metais e barra magnética no controle de contaminações físicas em alimentos. https://foodsafetybrazil.org/detector-de-metais-barra-magnetica-contaminacoes-fisicas/ Após a atualização da RDC 14, da ANVISA/2014, houve uma revolução com os fabricantes de Detectores de Metais, que agora deveriam ajustar os equipamentos instalados ou fornecer equipamentos capazes de detectar partículas metálicas de 2,0 mm em sua maior extensão, conforme determinava o novo regulamento. Produto de limpeza Inseticida Raticidas Agrotóxicos Soda cáustica Resolução da ANVISA RDC nº 21, de 26 de janeiro de 2001, e a Instrução Normativa IN 9, de 24 de fevereiro de 2011, do Ministério da Agricultura tratam do assunto “Processo físico de tratamento que consiste em submeter o alimento, já embalado ou a granel, a doses controladas de radiação ionizante, com finalidades sanitária, fitossanitária ou tecnológica Nos últimos três anos todas as empresas estão sofrendo visitas periódicas e acompanhamento do ministério da agricultura (MAPA) e dos clientes para que seja abolido o promotor de crescimento, pois, ele fica acumulado nos músculos dos animais e é repassado ao ser humano. RESÍDUOS VETERINÁRIOS PROMOTORES DE CRESCIMENTO Eles encontraram uma "alta prevalência" do Escherichia coli com o gene MCR-1, que dá às bactérias uma alta resistência à colistina e tem potencial de se alastrar para outras bactérias, como a Klebsiella pneumoniae e Pseudomonas aeruginosa. The Lancet Infus Diseases. Pode ser que esses microrganismos ou resquícios de antibióticos (restos dos medicamentos que, em contato com os micróbios, podem estimular sua resistência). Os grãos de café utilizados no seu café contêm algum perigo químico? •Contaminantes derivados da transformação gerados durante o processo de torrefação (por exemplo, acrilamida). •Resíduos de pesticidas aplicados na plantação e presentes nos grãos (por exemplo, heptacloro); •Contaminantes ambientais, como metais pesados que estão presentes nos grãos de café através da ingestão, pela planta, dos metais pesados do solo; CONTAMINAÇÃO DOS ALIMENTOS Curva de Crescimento de Microrganismos LAG = É o período que ocorre pouca ausência de divisão celular. LATÊNCIA EXPONENCIAL = A partir de um determinado momento, as células iniciam seu processo de divisão entrando no período de crescimento ESTACIONÁRIA = a velocidade de crescimento diminui DECLÍNIO = a população microbiana entra na fase de morte celular CLASSIFICAÇÃO São causadas pela ingestão diretas de toxinas por agentes microbianos e que já estão presentes no alimento. Toxinfecção Alimentar = doença produzida pela ingestão de bactéria patogênica capaz de produzir toxina, na luz intestinal com capacidade de causar dano ao organismo. FOOD POISONING – INTOXICAÇÃO ALIMENTAR Rapidez que aparecem os sintomas não há necessidade de tempo de colonização. Intoxicação Alimentar: SVS. Manual Integrado De Prevenção E Controle De Doenças Transmitidas Por Alimentos Fonte: NSW Food Autthority. Temperature danger zone. <http://www.foodauthority.nsw.gov.au/_Documents/industry_pdf/temp_danger_zone.pdf> 5 ºC e 63 ºC, no qual os microrganismos se multiplicam rapidamente. Estima-se que a temperatura ideal para a multiplicação das bactérias patogênicas é de 35 ºC. 0°C, ficam em estado latente, mas não morrem. A 100° C as bactérias começam a morrer. Abaixo de 5°C seu crescimento é mais lento. ZONA DE PERIGO CONSERVAÇÃO DOS ALIMENTOS Azeitona com moscas Conservação inadequada Molho de tomate mofado 15/08/2017 18:33 flaviaskb Baratas encontradas - proprietária foi presa 12/07/2018 18:00 flaviaskb Estudo foi feito em Campinas no Centro Universitário UniMetrocamp Wyden. Uma única amostra apresentou mais de 1 milhão de bactérias. Nível de coliformes fecais identificado é superior ao permitido pela Anvisa. São micro-organismos causadores de infecções intestinais, pulmonares e até faringite. 18 delas continham coliformes fecais em quantidade dez vezes maior do que o tolerável pela Anvisa. Apenas 2 das saladas analisadas estavam próprias para o consumo humano. • Nota Informativa nº 26, de 2016 – CGDT/DEVIT/SVS/MS. • Registro no Sistema de Informação de Agravos de Notificação(SINAN). NOTIFICAÇÃO Surto: Episódio em que duas ou mais pessoas apresentam os mesmos sinais/sintomas após ingerir alimentos e/ou água da mesma origem. Notificação compulsória imediata – Portaria nº 204 de 17 de fevereiro de 2016 INVESTIGAÇÃO LISTA DE NOTIFICAÇÃO COMPULSÓRIA - LNC Ficha de Investigação de Surto Três formas de botulismo: alimentar, por ferimentos e intestinal. Ficha de Investigação: BOTULISMO Doença de Chagas -Typanossoma cruzy Ficha de Investigação: DOENÇA DE CHAGAS O botulismo provoca dores, paralisa os músculos e atinge o sistema neurológico. Doença de Chagas -Typanossoma cruzy Ficha de Investigação: DOENÇA DE CHAGAS kamila.nascimento@yahoo.com.br phd_dos_alimentos mailto:kamila.nascimento@yahoo.com.br REFERÊNCIAS ARAÚJO, W.M. C. Alquimia dos alimentos. 2ª Ed. Distrito Federal: Senac DF ou BENETTI, G, B. Curso Didático de Nutrição. Vol.1. 1ª Ed. São Paulo, 2013. BRASIL. Portaria nº 326, de 30 de julho de 1997. Aprova o Regulamento Técnico sobre "Condições Higiênico-Sanitárias e de Boas Práticas de Fabricação para Estabelecimentos Produtores/Industrializadores de Alimentos". BRASIL. Resolução RDC nº 216, de 15 de setembro de 2004. Dispõe sobre o Regulamento Técnico de Boas Práticas de Fabricação para Serviço de Alimentação. ANVISA - Agência Nacional de Vigilância Sanitária. D.O.U. - Diário Oficial da União; Poder Executivo. BRASIL. Resolução RDC nº 275, de 23 de outubro de 2002. Dispõe sobre o Regulamento Técnico de Procedimentos Operacionais Padronizados aplicados aos Estabelecimentos Produtores/Industrializadores de Alimentos e a Lista de Verificação das Boas Práticas de Fabricação em Estabelecimentos Produtores/Industrializadores de Alimentos. ANVISA - Agência Nacional de Vigilância Sanitária. D.O.U. - Diário Oficial da União; Poder Executivo, de 23 de outubro de 2003. SILVA JÚNIOR, E.A.Manual de controle higiênico-sanitário em serviços de alimentação. 6. ed. São Paulo: Varela, 2005. GERMANO, M.I.S. Treinamento de Manipuladores de Alimentos: fator de segurança alimentar e promoção da saúde. São Paulo: Varela, 2003. FRANCO, B.D.G.M.; LANDGRAF, M.Microbiologia dos Alimentos. São Paulo: Atheneu, 2008. MARSHAL, I.Jr.; et al. Gestão da qualidade. 10 ed. Rio de Janeiro, Ed. FGV, 2010. 204p. BRASIL. Secretaria de Vigilância em Saúde. Departamento de Vigilância Epidemiológica. Manual integrado de vigilância, prevenção e controle de doenças transmitidas por alimentos. Brasília : Editora do Ministério da Saúde, 2010. 158 p. : il. – (Série A. Normas e Manuais Técnicos).
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