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09/09/2019 1 Pré-Formulação Profa. Lyghia Maria Araújo Meirelles Por onde começar? Biodisponibilidade Patologia ProcessoEstabilidade Forma farmacêutica Via de administração Antes de iniciar... • Candidatos a novos medicamentos / genérico / similar • Estudo de mercado • Pesquisa do estado da arte / viabilidade técnica • Delineamento das etapas Fonte: https://www.vencerocancer.org.br/cancer/tratamento/tratamento-experimental/ Etapas do desenvolvimento farmacotécnico Pré-formulação Lote piloto Scale up Registro e comercialização Estudos de estabilidade Desenvolvimento de metodologias analíticas Equivalência farmacêutica Bioequivalência 09/09/2019 2 Pré-formulação • Objetivo Gerar informações para que o farmacêutico desenvolva um medicamento estável, biodisponível e com boa reprodutibilidade em larga escala, obtendo uma fórmula robusta. Ampliação do portfólio Resolução de problemas Transferência de tecnologia Pré-formulação An ál is es fí si co -q uí m ic as Propriedades Organolépticas pKa logP Solubilidade Tamanho e forma da partícula Polimorfismo Higroscopicidade Reologia Estabilidade Propriedades organolépticas Cor Odor Sabor (Parise-Filho et al., 2010) Pró-fármaco Forma farmacêutica Composição pKa • Constante de ionização • Fármacos são bases ou ácidos fracos (Lemke et al., 2008) 09/09/2019 3 pKa • Desta forma, o pH do meio pode influenciar tanto a solubilidade, quanto a absorção dos fármacos. (Fraceto et al., 2007) Bupivacaína Lidocaína LogP Previsão do comportamento in vivo do fármaco em termos de absorção (difusão passiva) Adaptado de: http://www.sirius-analytical.com/science/log-p/methods-measuring-log-p Fármaco Solubilidade • Definição do perfil de solubilidade • Sistema de Classificação Biofarmacêutica (SCB) • Via de administração • Forma farmacêutica Solubilidade Fármaco Solubilidade (mg/mL) Diclofenaco (ácido) 2,03 x 10-7 Sal Sódico 9,6 Sal Potássico 4,7 pKa e pH Tamanho da partícula Temperatura Solvente Sais de ácidos e bases fracas são mais solúveis que os seus ácidos e bases livres, o que tem implicação na biodisponibilidade. (Glanzner & Silva, 2010) 09/09/2019 4 Solubilidade • Efeito do íon comum • Fármacos na forma de sais Na+Drug- (s) → Na+ + Drug- (aq) + Na+ + Sacarina- (aq) (Serajuddin et al., 1987) A solubilidade poderá ser reduzida na presença de íons que desloquem o equilíbrio no sentido dos reagentes Solubilidade Biodisponibilidade 40% Biodisponibilidade 80 – 97% 10 0 nm 10 nm (Durán et al., 2010) Caso Digoxina – Micronização (Lemke et al., 2008) Solubilidade • A entalpia (∆H) de uma solução pode ser positiva (endo) ou negativa (exo) Considerar a estabilidade térmica do IFA! Solubilidade Fármacos pouco solúveis em meio aquoso podem requerer o uso de co- solventes. Co-solvente: miscível com a água, no entanto menos polar. “Semelhante dissolve semelhante” Acetaminofeno + Água/Propilenoglicol (Jiménez & Martínez, 2006) Propilenoglicol Glicerina Propilenoglicol Glicerina EtanolEtanol SorbitolSorbitol 09/09/2019 5 (Williams et al., 2013) Estratégias comuns para contornar a baixa solubilidade de fármacos Dissolução • Correlação in vivo / in vitro • Equivalência farmacêutica • Mimetiza condições fisiológicas • Temperatura • Velocidade de agitação • Meio de dissolução (Lemke et al., 2008) Dissolução ≠ Solubilidade Dissolução Etapa limitante para muitos fármacos Ex.: digoxina, fenitoína, tetraciclina Ensaio de dissolução de sais de penicilina V em pH 4 (Juncher and Raaschou, 1957) Polimorfismo Capacidade de uma substância co-existir em duas ou mais formas cristalinas que diferem em seus arranjos porém são quimicamente idênticas. Ponto de fusão e ebulição Solubilidade e dissolução Propriedades ópticas Higroscopicidade Compressibilidade etc... 09/09/2019 6 Polimorfismo Transição de fases (fatores interferentes) Biodisponibilidade: caso Ritonavir • Inibidor da protease (Abbott, 1996) • Transição de fases e retirada do mercado (1998) Fonte: http://www.portaldosfarmacos.ccs.ufrj.br/resenhas_poliformismo.html Polimorfismo • Classificação (Brittain, 2014) Interconversão polimórfica É possível a existência de mais de uma forma estável. Ex.: Palmitato de Cloranfenicol Higroscopicidade • Muitos sólidos tendem a ser influenciados pela umidade do ambiente Higroscópicos. Ex.: NaCl Não-higroscópicos. Ex.: EDTA Deliquescentes. Ex.: NaOH Eflorescentes. Ex.: Ácido cítrico Higroscopicidade • Influência sobre o processo de fabricação Estabilidade Excipientes de escolha Reologia dos pó Controle do ambiente Controle do ambiente 09/09/2019 7 Tamanho e forma da partícula • Tamanho: granulometria das partículas • Morfologia • Impacto sobre a formulação Glibenclamida (Nery et al., 2008) Tamanho da partícula Tamisação Difração a laser Microscopia Qual excipiente proporcionaria uma mistura mais homogênea? Reologia de pós • Propriedades de fluxo • Densidade • Escoamento • Compactabilidade Coesão Adesão Densidadedade • Variação conforme a cristalinidade do fármaco e a granulometria • Influência: encapsulação e homogeneidade de misturas • Densidade BRUTA • Densidade COMPACTADA 09/09/2019 8 Índice de Carr e Fator de Hausner I.C. (%): dc – db x 100 dc Índice de Carr (%) FLUXO Fator de Hausner 1 – 10 Excelente 1,00 – 1,11 11 – 15 Bom 1,12 – 1,18 16 – 20 Razoável 1,19 – 1,25 21 - 31 Fraco 1,26 – 1,45 32 - 37 Muito fraco 1,46 – 1,59 ≥ 38 Extremamente deficiente ≥ 1,60 Fator de Hausner = dc db Ângulo de repouso • Método indireto de escoamento • Força de gravidade x coesão interparticular = 25 - 30°: Excelente fluxo = 31 - 35°: Bom fluxo = 36 – 40°: Razoável = 41 - 45°: Tolerável = 46 – 55°: Fraco = 56 - 65°: Muito fraco > 66°: Extremamente fraco r r Adjuvantes! Estabilidade • Avaliação do fármaco no estado sólido e/ou em solução sob condições normais e de stress. • Verificar incompatibilidades que comprometam a eficácia da formulação • Análise térmica de misturas binárias associada a outras técnicas Condições de estudo Método validado de doseamento EnsaiosCompatibilidade Delineamento da formulação Estudo de caso pouca habilidade de compressão tendência ao capeamento baixa propriedade de escoamento Paracetamol Quais cuidados devem ser tomados durante a escolha dos excipientes e o processo? Comprimido de liberação imediata 09/09/2019 9 Referência: Aulton, M. Delineamento de formas farmacêuticas. 1.ed. 2005. Cap. 8 – Pré-formulação farmacêutica. ?
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