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Doenças Parasitárias Helmintoses Pulmonares de Ruminantes e Equídeos DICTIOCAULOSE Espécies: • Dictyocaulusviviparus • Dictyocaulusfilaria • Dictyocaulusarnfieldi Filo Nematoda Classe Secernentea Superfamília: Trichostrongyloidea Localização: traqueia e brônquios Descrição: Verme pulmonar (vermes finos e filamentares, esbranquiçados de até 8cm de comprimento, ovos larvados, elipsoides, parede fina). Hospedeiros: Dictyocaulus viviparus=> bovinos, búfalos, cervos e camelos; Dictyocaulus filaria => ovinos e caprinos; Dictyocaulus arnfieldi => jumentos e ocasionalmente equinos; Distribuição geográfica: regiões de climas temperados com alta pluviosidade. Ciclo biológico: 1) Parasitas adultos na traqueia e brônquios liberam os ovos embrionados que rapidamente eclodem; 2) L1 são deglutidas e eliminadas junto com as fezes; 3) Larvas se desenvolvem no bolo fecal; 4) L3 abandonam o bolo fecal e alcançam a forragem (podem ser disseminada pelo fungo Pilobolus); 5) Hospedeiro ingere L3; 6) L3 atravessam a mucosa intestinal => chegam aos linfonodos mesentéricos e fazem muda para L4; 7) L4 migram para os pulmões e realizam a muda final nos brônquios. PPP=> 21-28 dias Patogenia: Larvas e parasitas adultos => bronquite e pneumonia; Presença de catarro => obstrução dos alvéolos; Enfisema e edema pulmonar => mortalidade; Parasitas mortos: • Dissolução e aspiração de substâncias dos parasitas mortos => contaminação bacteriana secundária => nova crise respiratória grave. • Larvas e parasitas adultos => reação inflamatória => presença de neutrófilos, eosinófilos e macrófagos. Sinais clínicos: Gravidade clínica é variável entre os animais afetados; Infecções brandas: • Tosse em repouso, taquipneia, secreção nasal e crepitações pulmonares; Infecções graves (especialmente bezerros menores): • Taquipneiagrave (> 80 rpm); • Dispneia => boca aberta e pescoço distendido; • Crepitações pulmonares, secreção nasal e hipertermia; • Salivação e anorexia Epidemiologia: Ocorre em zonas frias e temperadas; Estações frias e úmidas; Temperaturas baixas: • Diminuem a atividade das larvas, mas aumentam a longevidade. Maior ocorrência em animais jovens; Bovinos = 1º estação de pastejo. Fungos Pilobolus=> disseminação das larvas de Dictiocaulusa partir das fezes; Larvas relativamente inativas; Esporos projetados a distâncias de até 3m; Diagnóstico: História clínica => animais jovens, estação do ano, pastejo em piquetes permanentes; Necropsia => Localização e tamanho do parasita => fecham o diagnóstico; EPF => identificação das larvas (L1) em fezes frescas; Tratamento: Ivermectina; Levamisol; Fembendazol; Mebendazol; Animais com infecção bacteriana secundária = ATB. (Medicamentos efetivos em todos os estágios). Prevenção e controle: Tratamento regular; Quarentena dos animais adquiridos; SINGAMOSE Espécies: Syngamuslaryngeus Filo Nematoda Classe Secernentea Superfamília: Strongyloidea Localização: Laringe Descrição: verme do bocejo (avermelhados, 0,5 a 2cm, macho e fêmeas = copulação permanente). Hospedeiros: bovinos, búfalos, caprinos, veados e raramente o homem. Distribuição geográfica: Ásia, América Central e América do Sul. Ciclo biológico: 1)Ovos são liberados na laringe; 2)São deglutidos com excesso de muco e excretados nas fezes; 3)Larva de desenvolve dentro do ovo até estágio L3; 4)O hospedeiro adquire a infecção através da ingestão da L3 ou do ovo contendo L3; 5)L3 penetra o intestino => fígado => circulação sanguínea => pulmões => laringe; 6)L3 realiza mudas e alcança a maturidade sexual; 7)Cópula cerca de 7 dias pós-infecção fechando o ciclo. A longevidade do parasita é de aproximadamente 9 meses. Patogenia: Parasitas ficam aderidos à mucosa da laringe; Irritação local => Laringite; Ocasionalmente bronquite; Ocorre aumento da produção de muco na traqueia. Sinais clínicos: Infecções geralmente assintomáticas; Tosse; Secreção nasal; Anorexia; Emagrecimento; Diagnóstico: Sinais clínicos EPF => detecção de ovos nas fezes Necropsia: vermes avermelhados aderidos à mucosa da laringe. Tratamento: Benzimidazois Lactonas macrocíclicas Prevenção e controle: Tratamento regular do rebanho. MUELERIOSE Espécies: Muelleriuscapillaris Filo Nematoda Classe Secernentea Superfamília: Metastrongyloidea Localização: pulmão Descrição: verme pulmonar nodular (vermes delgados e longos, coloração cinza – avermelhada, entre 1 e 2,5cm). Hospedeiros: • HD: ovinos, veados e pequenos ruminantes selvagens; • HI: Caramujos (Helix, Succinea); Lesmas (Limax, Agriolimax, Arion) Distribuição geográfica: cosmopolita. Ciclo biológico: 1)L1 é excretada nas fezes e penetra no HI (caramujo); 2)No HI ocorre desenvolvimento da larva até L3 (2 a 3 semanas); 3)HD se infecta ingerindo o HI contaminado; 4)L3 é liberada durante a digestão; 5)Via corrente sanguínea L3 chega aos pulmões; 6)Nos pulmões realiza as mudas finais e atinge a maturidade 7)Ocorre nova postura finalizando o ciclo. PPP => 6a 10 semanas; Longevidade do parasita => superior a 2 anos. Patogenia: Em geral => infecções assintomáticas. Presença de nódulos cinza- avermelhados nos pulmões Infecções graves: • Pneumonia; • Infecção bacteriana secundária; Sinais clínicos: Infecções brandas: • Tosse esporádica Infecções graves • Tosse • Dispneia • Secreção nasal Epidemiologia: Verme pulmonar mais comum em ovinos; Ampla distribuição e prevalência; Grande variedade de HI; Larvas sobrevivem em bolos fecais; L3 persiste no HI durante toda a vida do molusco; Ovinos adultos = infecções mais graves e maior prevalência; Diagnóstico: História clínica; EPF => Detecção das larvas nas fezes. Tratamento: Benzimidazois, ivermectina, moxidectina e levamisol são efetivos; Prevenção e controle: Difícil em razão da ampla distribuição do HI; Aplicação de cal nas pastagens. PROTOSTRONGILOSE Espécies: Protostrongylusrufescens Filo Nematoda Classe Secernentea Superfamília: Metastrongyloidea Localização: bronquíolos Descrição: verme pulmonar vermelho (vermes avermelhados, delgados, até 6,5cm) Hospedeiros: HD: ovinos, caprinos, pequenos ruminantes selvagens. HI: Caramujos (Helicella, Theba, Abida, Zebrina e Arianta); Distribuição geográfica: cosmopolita. Ciclo biológico: 1)L1 é excretada nas fezes e penetra no HI (caramujo); 2)No HI ocorre desenvolvimento da larva até L3 (2 a 3 semanas); 3)HD se infecta ingerindo o HI contaminado; 4)L3 é liberada durante a digestão; 5)Via corrente sanguínea L3 chega aos pulmões; 6)Nos pulmões realiza as mudas finais e atinge a maturidade 7)Ocorre nova postura finalizando o ciclo. PPP => 5 a 6 semanas; Longevidade do parasita => superior a 2 anos. Patogenia: Presença dos vermes nos pequenos bronquíolos=> irritação Áreas de inflamação localizadas => pequenos focos (nódulos) de pneumonia lobular Gravidade da infecção => relacionada a quantidade de nódulos na superfície dos pulmões Sinais clínicos: Infecções geralmente assintomáticas; Tosse; Taquipneia; Dispneia e Secreção nasal; Epidemiologia: Ampla distribuição geográfica dos HI; L1 pode sobreviver por meses nos bolos fecais; L3 persiste no HI durante toda sua vida; Longo período de postura do parasita no HD; Incapacidade do HD em desenvolver imunidade adquirida ao parasita; Ovinos adultos => maior taxa de prevalência e infecçõesmais graves! Diagnóstico: História clínica (mais frequente em ovinos); EPF => identificação das larvas (L1) em fezes frescas; Tratamento: Benzimidazois, ivermectina, moxidectina e levamisol são efetivos; Prevenção e controle: Difícil em razão da ampla distribuição do HI; Aplicação de cal nas pastagens. CISTOCAULOSE Espécies: Cystocaulusocreatus Filo Nematoda Classe Secernentea Superfamília: Metastrongyloidea Localização: pulmão Descrição: pequeno verme pulmonar (vermes delgados, coloração marrom – escura, até 9cm). Hospedeiros: HD: Ovinos, caprinos, veados e pequenos ruminantes selvagens; HI: Caramujos (Helicella, Helix, Theba, Cepae, Monacha); Distribuição geográfica: cosmopolita Ciclo biológico: Patogenia: Presença do parasita nos bronquíolos => irritação; Áreas de inflamação; Pequenos focos de pneumonia lobular; Quantidade de nódulos na superfície do pulmão => relacionado a gravidade da infecção. Sinais clínicos: Maioria das infecções são assintomáticas; Infecções graves: • Tosse • Dispneia • Secreção nasal Epidemiologia: Prevalência menor comparada a infecção por Muelleriuscapillaris Demais aspectos semelhantes a outros metastrongilídeos: • Grande variedade de HI (caramujos); • Larvas sobrevivem em bolos fecais; • L3 persiste no HI durante toda vida do molusco; • Ovinos adultos => infecções mais graves e > prevalência. Diagnóstico: História clínica => ovinos adultos, sinais respiratórios; EPF => identificação das larvas nas fezes frescas; Necropsia => presença do parasita no parênquima pulmonar. Tratamento: Benzimidazois, ivermectina, moxidectina e levamisol são efetivos; Prevenção e controle: Difícil em razão da ampla distribuição do HI; Aplicação de cal nas pastagens.
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