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Doenças parasitárias Tripanossomose e Tricomonose TRIPANOSSOMOSE Doença causada por protozoários parasitas unicelulares pertencentes ao gênero Trypanosoma; Maior importância em bovinos e equinos. Espécies: Trypanosoma brucei Trypanosoma evansi Trypanosoma congolense Trypanosoma vivax Trypanosoma equiperdum Protozários Filo: Euglenozoa Classe: Kinetoplastea Família: Trypanosomatidae Localização: sangue Descrição: pleomórficos, longos e delgados a curtos e robustos, flagelo curto ou inexistente, moveis. Ciclo biológico: =>Os tripanossomas são transferidos mecanicamente de um mamífero ao utro por insetos hematófagos (Tabanidae e Stomoxydinae); =>Pode ocorrer também a transmissão artificial, por meio de agulhas contaminadas com sangue infectado. =>T. evansi: o morcego hematófago do gênero Desmodus é relatado como transmissor desse parasito. Patogenia: Aumento linfoide e esplenomegalia => • Hiperplasia de plasmócitos => hipergamaglobulemia (principalmente IgM); • Exaustão de órgãos linfoides => Supressão da resposta imune a outros antígenos (ex. bactérias e vacinas); Anemia => proporcional ao grau de parasitemia • Causada por hemólise extravascular => baço e fígado; • Proliferação intensa de macrófagos ativados => destruição de hemácias, leucócitos, plaquetas e células hematopoiéticas => anemia, leucopenia e trombocitopenia; Degeneração celular e infiltrados inflamatórios => músculo esquelético e SNC. Epidemiologia: Depende de três fatores: • Distribuição dos vetores; • Virulência do parasita; • Sistema imune do hospedeiro; Estações chuvosas => proliferação de moscas hematófagas => prevalência da doença; Espécies de importância para pecuária brasileira: • Trypanosoma evansi=> causa a doença “Mal das Cadeiras” em equinos; • Trypanosoma vivax=> causa “Naganados Bovinos”; • Trypanosoma equiperdum=> “Sífilis do Cavalo” ou “Durina”; Sinais clínicos: “Mal das Cadeiras” (Trypanosoma evansi) •Hipertermia; •Palidez de mucosas e letargia (anemia); •Perda da condição corporal; •Prostração; •Edema do abdome ventral e genitália; •Hemorragias; •Abortos; •Sinais neurológicos: andar cambaleante, incoordenação motora, pressão da cabeça contra objetos, paralisias; •Mortalidade. “Naganados bovinos” (Trypanosoma vivax) •Imunodepressão; •Hipertermia; •Hemorragias; •Palidez de mucosas; •Letargia; •Fraqueza; •Diarreia; •Emagrecimento; •Aborto; •Animais morrem em 5 semanas. “Durina” dos equinos (Trypanosoma equiperdum) •Febre; •Edema da genitália e glândulas mamárias; •Erupções cutâneas; •Edema nas articulações dos jarretes; •SNC: incoordenaçãoe paralisia principalmente dos membros posteriores; Diagnóstico: História clínica; Teste parasitológico => detecção do tripanossoma no sangue => esfregaço sanguíneo • Fase crônica => diminui parasitemia => falso negativo; Testes sorológicos => imunofluorescência e ELISA Teste molecular => PCR Tratamento: Tratamento sintomático / suporte e uso de tripanocidas; • Diminazeno • Isometamídio • Brometo de homídio • Brometo de piritídeo Prevenção e controle: Uso de quimioprofiláticos; • Brometo de homídio e brometo de piritídeo; Controle dos vetores; • Drogas pour on; • Armadilhas com inseticidas; TRICOMONOSE Enfermidade causada por protozoário; Não letal, porém responsável por perdas reprodutivas em bovinos. Espécie: Trichomonas foetus Filo: Parabasalia Classe: Trichomonadea Família: Trichomonadidae Localização: trato genital dos bovinos (prepúcio e útero). Descrição: Piriforme; um núcleo; Três flagelos anteriores e um posterior; Móveis. Hospedeiros: bovinos Distribuição geográfica: cosmopolita. Patogenia: No touro: • Pequenos nódulos no prepúcio e pênis logo após a infecção; • Animais com infecções crônicas => ausência de lesões. Na vaca: • Inicialmente => vaginite => invasão da cérvix e útero; • Placentite, aborto, secreção uterina, piometra. Sinais clínicos: Aborto precoce; Ciclos estrais irregulares; Secreção uterina purulenta; Touros => assintomáticos; Epidemiologia: Touros: infecção permanente; Parasitas no útero: eliminados para vagina a cada 2 – 3 dias antes do estro; Doença autolimitante, porém, vacas permanecem portadoras. Diagnóstico: História clínica => aborto precoce (entre 1 a 16 semanas de gestação, retornos repetidos ao estro ou ciclos irregulares); Detecção do parasita em fetos abortados, lavado prepucial ou secreção vaginal e uterina; Eliminação intermitente do agente => falso negativo => coleta do material em dias alternados. Tratamento: Tratamento sintomático Repouso sexual por 3 meses => doença autolimitante em vacas; Touros => descarte Prevenção e controle: Inseminação artificial com sêmen de doadores negativos; Caso opte pelo retorno da monta natural: • Testar touros; • Descartar vacas recuperadas;
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